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ADMINISTRATIVO
Lei n. 10.261/1968 – Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado
de São Paulo
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 10.261/1968 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo
Sumário
Diogo Surdi
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Estatuto dos Servidores................................................................................................................. 4
1. Direito de Petição......................................................................................................................... 4
2. Regime Disciplinar. . ..................................................................................................................... 4
2.1. Deveres........................................................................................................................................ 5
2.2. Proibições. . ................................................................................................................................. 6
2.3. Responsabilidades................................................................................................................... 8
2.4. Penalidades............................................................................................................................... 9
3. Processo Administrativo Disciplinar......................................................................................12
3.1. Processo por Abandono do Cargo ou Função e por Inassiduidade.. ..............................16
3.2. Recurso e Revisão................................................................................................................... 17
4. Disposições Finais. . ................................................................................................................... 18
Questões de Concurso.................................................................................................................. 20
Gabarito............................................................................................................................................42
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Diogo Surdi
Apresentação
Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos as disposições exigidas no edital anterior com relação ao
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, que está expresso na Lei Estadual
n. 10.261/1968.
Para isso, faremos uso dos artigos 239 a 323 da norma objeto de estudo.
Grande abraço e boa aula!
Diogo.
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Neste sentido, qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, erro, omissão ou conduta
incompatível no serviço público. Além disso, temos a garantia de que, em nenhuma hipótese,
a Administração Pública poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou apreciar a petição,
sob pena de responsabilidade do agente.
2. Regime Disciplinar
Vamos compreender a origem do Regime Disciplinar relembrando alguns conceitos de
Direito Administrativo, mais precisamente dos poderes hierárquico e disciplinar.
De acordo com a doutrina, é por meio do Poder Disciplinar que a Administração Púbica
pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que estejam ligados a ela
por algum vínculo específico.
Dessa forma, existe Poder Disciplinar quando a Administração Pública aplica a penalida-
de de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subordinado.
Do mesmo modo, temos uma manifestação do Poder Disciplinar quando um órgão públi-
co, verificando que um licitante não cumpriu com as obrigações estipuladas em um Contrato
Administrativo, aplica a sanção de suspensão.
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Tudo isso nos permite afirmar que o Regime Disciplinar da Administração Pública é de-
corrência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico.
O regime disciplinar compreende os deveres, as proibições, as responsabilidades e as
penalidades aplicáveis aos servidores.
2.1. Deveres
O Estatuto Estadual elenca uma série de deveres que devem ser observados pelos servi-
dores públicos do Estado de São Paulo.
Importante salientar que tal lista consta de um rol exemplificativo, de forma que outros
deveres previstos em outras normas funcionais (tais como os códigos de ética) devem igual-
mente ser observados pelos agentes públicos. Vejamos os deveres previstos na Lei n. 10.261:
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VIII – providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, a sua declara-
ção de família;
IX – zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à sua guar-
da ou utilização;
X – apresentar -se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme determinado, quando
for o caso;
XI – atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições de papéis,
documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelas autoridades judiciárias ou
administrativas, para defesa do Estado, em Juízo;
XII – cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho;
XIII – estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que di-
gam respeito às suas funções;
XIV – proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.
2.2. Proibições
Tal como ocorre com os deveres, as situações de proibições constam de uma lista exem-
plificativa e tratam-se de hipóteses de fácil compreensão.
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V – aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da República;
VI – comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas condições mencionadas no item II deste
artigo, podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário;
VII – incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público;
VIII – praticar a usura;
IX – constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição pú-
blica, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;
X – receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entidades fiscalizadas, no País, ou no es-
trangeiro, mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou fiscalização de
qualquer natureza;
XI – valer-se de sua qualidade de funcionário para desempenhar atividade estranha às funções ou
para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito;
XII – fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte.
Parágrafo único. — Não está compreendida na proibição dos itens II e VI deste artigo, a partici-
pação do funcionário em sociedades em que o Estado seja acionista, bem assim na direção ou
gerência de cooperativas e associações de classe, ou como seu sócio.
Art. 244. É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até segundo grau,
salvo quando se tratar de função de confiança e livre escolha, não podendo exceder a 2 (dois) o
número de auxiliares nessas condições.
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Como vimos, apenas o Item III não apresenta uma proibição aos servidores paulistas, uma
vez que não consta na lista de proibições da norma em análise.
É importante frisar, no entanto, que a vedação em questão constava, inicialmente, no texto da
Lei n. 10.261, mais precisamente no inciso I do artigo 242. No entanto, a conduta em questão
foi revogada em 2009, por intermédio da Lei Complementar n. 1.096.
Letra a.
2.3. Responsabilidades
De acordo com as disposições da Lei n. 10.261, três são as esferas de responsabilidade a
que os servidores públicos do estado de São Paulo estão submetidos, sendo elas: Civil, Admi-
nistrativa e Penal.
A esfera civil pode ser entendida como todos os atos do servidor, seja por ação (comissi-
vo) ou omissão, que acarretem prejuízos ao erário.
Mas o que será que acontece quando os prejuízos causados pelo servidor são em relação
a terceiros?
Neste caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a Teoria da Impu-
tação (por meio do qual todas as ações do servidor são atribuídas ao órgão ou entidade no
qual ele desempenha suas atribuições), temos que, de início, é o órgão ou a entidade que irá
responder pelos danos causados.
Feito isso, a Administração impetra uma Ação Regressiva contra o servidor, que respon-
derá pela mesma no caso de dolo (intenção de cometer o dano) ou culpa (quando houve im-
prudência, negligência ou imperícia).
Importante dispositivo do Estatuto em estudo afirma que, em caso de dano à Fazenda
Estadual decorrente de desfalque, alcance, remissão ou omissão do servidor referente ao
recolhimento ou entrada nos prazos legais, acarretará a reposição em UMA SÓ VEZ aos co-
fres públicos.
Em todas as demais hipóteses de dano aos cofres públicos, poderá ocorrer o parcelamen-
to, de forma que o valor das parcelas mensais não poderá ser superior à 10% da remuneração.
Art. 247. Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma
só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão
em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Art. 248. Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser des-
contada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do valor
destes.
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2.4. Penalidades
São as seguintes as penalidades disciplinares passíveis de aplicação aos servidores pú-
blicos estaduais:
I – repreensão;
II – suspensão;
III – multa;
IV – demissão;
V – demissão a bem do serviço público;
VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade
São apenas estas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma lista
taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma nova modalidade de
penalidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser garantido o
contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cum-
primento dos deveres. Assemelha-se, em muitos aspectos, à penalidade de advertência de
diversos outros estatutos funcionais.
A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de
falta grave ou de reincidência das faltas anteriormente punidas com repreensão.
Importante sabermos que, à critério da autoridade competente, nas situações em que for
conveniente para o Serviço Público, a pena de suspensão pode ser substituída por multa de
50% por dia trabalhado.
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Para entendermos bem, imaginemos uma situação onde um servidor foi punido com suspen-
são. No entanto, como a repartição em questão possui poucos servidores, seria mais danoso
para o serviço público o fato do servidor penalizado permanecer sem trabalhar durante o prazo
de cumprimento da penalidade.
Ainda que a Administração tenha o dever de punir, desta punição não poderá resultar um pre-
juízo maior à sociedade, haja vista ser esta a titular do interesse público.
Assim, como meio de penalizar o servidor e não prejudicar a população, a Administração
poderá converter a pena de suspensão em uma multa, situação em que o servidor permane-
cerá trabalhando e receberá apenas 50% do que ganharia por dia normal de trabalho.
A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou
regulamento.
Já a demissão será utilizada nas situações que acarretem infrações mais graves, sendo,
por isso mesmo, de caráter vinculado, ou seja, sem margem de escolha entre a penalidade
que melhor se coaduna com o caso concreto.
As hipóteses de demissão à bem do serviço público são situações previstas no artigo 257
do Estatuto dos Servidores:
Art. 257. Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
I – for convencido de incontinência pública e escandalosa e de vício de jogos proibidos;
II – praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé pública e a Fazenda Esta-
dual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;
III – revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo, desde que o faça dolosamen-
te e com prejuízo para o Estado ou particulares;
IV – praticar insubordinação grave;
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V – praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em legítima
defesa;
VI – lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
VII – receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, direta-
mente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções mas em razão delas;
VIII – pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas que tratem de interesses ou
o tenham na repartição, ou estejam sujeitos à sua fiscalização;
IX – exercer advocacia administrativa;
X – apresentar com dolo declaração falsa em matéria de salário-família, sem prejuízo da respon-
sabilidade civil e de procedimento criminal, que no caso couber.
XI – praticar ato definido como crime hediondo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e terrorismo;
XII – praticar ato definido como crime contra o Sistema Financeiro, ou de lavagem ou ocultação de
bens, direitos ou valores;
XIII – praticar ato definido em lei como de improbidade.
A lista das penas disciplinares que podem ser aplicadas para os servidores do estado de São
Paulo encontra previsão no artigo 251 da Lei n. 10.261:
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Art. 251. São penas disciplinares:
I – repreensão;
II – suspensão;
III – multa;
IV – demissão;
V – demissão a bem do serviço público; e
VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade
Letra d.
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Um instrumento formal em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi do
Estado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), apura a existência de infra-
ções de natureza funcional praticadas por seus servidores e, caso o apuratório resulte pela autoria
da prática infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instrumento legal pertinente.
Neste mesmo sentido são as disposições iniciais acerca do Processo Administrativo Dis-
ciplinar, conforme previsão no Estatuto em questão:
A apuração das infrações será feita mediante sindicância ou processo administrativo, assegurados
o contraditório e a ampla defesa.
Será instaurada sindicância quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar as pe-
nas de repreensão, suspensão ou multa.
Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa de-
terminar as penas de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação de aposen-
tadoria ou disponibilidade.
Art. 264. A autoridade que, por qualquer meio, tiver conhecimento de irregularidade praticada por
servidor é obrigada a adotar providências visando à sua imediata apuração, sem prejuízo das medi-
das urgentes que o caso exigir.
Art. 265 .A autoridade realizará apuração preliminar, de natureza simplesmente investigativa, quan-
do a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria.
§ 1º A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 2º Não concluída no prazo a apuração, a autoridade deverá imediatamente encaminhar ao Chefe
de Gabinete relatório das diligências realizadas e definir o tempo necessário para o término dos
trabalhos.
§ 3º Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá opinar fundamentadamente pelo arqui-
vamento ou pela instauração de sindicância ou de processo administrativo.
Art. 266. Determinada a instauração de sindicância ou processo administrativo, ou no seu curso,
havendo conveniência para a instrução ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete, por despacho
fundamentado, ordenar as seguintes providências:
I – afastamento preventivo do servidor, quando o recomendar a moralidade administrativa ou a
apuração do fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e oitenta) dias, pror-
rogáveis uma única vez por igual período;
II – designação do servidor acusado para o exercício de atividades exclusivamente burocráticas
até decisão final do procedimento;
III – recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e algemas;
IV – proibição do porte de armas;
V – comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser estabelecida, para tomar ciência dos atos
do procedimento.
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§ 1º A autoridade que determinar a instauração ou presidir sindicância ou processo administrativo
poderá representar ao Chefe de Gabinete para propor a aplicação das medidas previstas neste arti-
go, bem como sua cessação ou alteração.
§ 2º O Chefe de Gabinete poderá, a qualquer momento, por despacho fundamentado, fazer cessar
ou alterar as medidas previstas neste artigo.
Art. 267. O período de afastamento preventivo computa-se como de efetivo exercício, não sendo
descontado da pena de suspensão eventualmente aplicada.
Dessa forma, ainda que estejamos estudando o PAD, temos que conhecer, da mesma for-
ma, as disposições acerca da Sindicância, que pode ser entendida como uma investigação
preliminar e mais célere com o objetivo de averiguar a ocorrência dos fatos.
A doutrina divide a Sindicância em duas espécies: Preparatória (quando apenas serve de
base para o PAD) e Punitiva (quando com base nela é possível a aplicação de penalidade).
E o fato que distingue as duas modalidades é um só: a punição que será aplicada.
Obs.: Explicando melhor, a Sindicância é o início das investigações. Por meio dela, a autori-
dade administrativa cumpre uma série de diligências com o objetivo de coletar provas
que comprovem que realmente houve uma infração funcional disciplinar.
DICA:
O prazo para encerramento da Sindicância é de 60 dias, ao pas-
sa que o prazo para conclusão do PAD é de 90 dias.
Professor, e como saber quando deve ser instaurada uma sindicância ou um processo
administrativo disciplinar?
A resposta para esta questão está na penalidade que pode vir a ser aplicada, conforme
previsão dos artigos 268 a 271:
Art. 268. A apuração das infrações será feita mediante sindicância ou processo administrativo, as-
segurados o contraditório e a ampla defesa.
Art. 269. Será instaurada sindicância quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar
as penas de repreensão, suspensão ou multa.
Art. 270. Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza,
possa determinar as penas de demissão, de demissão a bem do serviço público e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.
Art. 271. Os procedimentos disciplinares punitivos serão realizados pela Procuradoria Geral do Es-
tado e presididos por Procurador do Estado confirmado na carreira.
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DICA:
O relatório da Comissão, obrigatoriamente, será conclusivo
quanto à inocência ou responsabilidade do servidor.
Art. 308. Verificada a ocorrência de faltas ao serviço que caracterizem abandono de cargo ou fun-
ção, bem como inassiduidade, o superior imediato comunicará o fato à autoridade competente para
determinar a instauração de processo disciplinar, instruindo a representação com cópia da ficha
funcional do servidor e atestados de frequência.
Art. 309. Não será instaurado processo para apurar abandono de cargo ou função, bem como inas-
siduidade, se o servidor tiver pedido exoneração.
Art. 310. Extingue-se o processo instaurado exclusivamente para apurar abandono de cargo ou
função, bem como inassiduidade, se o indiciado pedir exoneração até a data designada para o inter-
rogatório, ou por ocasião deste.
Art. 311. A defesa só poderá versar sobre força maior, coação ilegal ou motivo legalmente justifi-
cável.
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b) O processo instaurado será extinto caso o indiciado peça exoneração até a data
designada para o interrogatório, ou por ocasião deste;
Art. 312. Caberá recurso, por uma única vez, da decisão que aplicar penalidade.
§ 1º O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias, contados da publicação da decisão impugnada no
Diário Oficial do Estado ou da intimação pessoal do servidor, quando for o caso.
Obs.: Do recurso deverá constar, além do nome e qualificação do recorrente, a exposição das
razões de inconformismo.
O recurso será apresentado à autoridade que aplicou a pena, que terá o prazo de 10 dias
para, motivadamente, manter sua decisão ou reformá-la. Mantida a decisão, ou reformada
parcialmente, será imediatamente encaminhada a reexame pelo superior hierárquico. Des-
taca-se que o recurso será apreciado pela autoridade competente ainda que incorretamente
denominado ou endereçado.
DICA:
Os recursos não têm efeito suspensivo, sendo que os que fo-
rem providos darão lugar às retificações necessárias, retroa-
gindo seus efeitos à data do ato punitivo.
É importante destacar também que caberá pedido de reconsideração, que não poderá
ser renovado, de decisão tomada pelo Governador do Estado em única instância, no prazo
de 30 dias.
Além do recurso, o processo administrativo poderá ser objeto de revisão. Contudo, os fun-
damentos que justificam cada uma das medidas são bastante distintos. Diferente do recurso,
a revisão será cabível a qualquer tempo, desde que, para isso, surjam fatos ou circunstâncias
ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de procedimento que possam justificar a redução
ou anulação da pena aplicada. Por isso mesmo, devemos memorizar que a simples alegação
da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido de revisão.
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Art. 315. Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de punição disciplinar de que não caiba mais
recurso, se surgirem fatos ou circunstâncias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de procedi-
mento, que possam justificar redução ou anulação da pena aplicada.
§ 1º A simples alegação da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido.
§ 2º Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo fundamento.
§ 3º Os pedidos formulados em desacordo com este artigo serão indeferidos.
§ 4º O ônus da prova cabe ao requerente.
Art. 316. A pena imposta não poderá ser agravada pela revisão.
Trata-se de característica bastante importante, uma vez que apenas a revisão (e não os
recursos) é que gozam da prerrogativa de não serem reformados para pior.
As demais regras relacionadas com a revisão podem ser visualizadas com base nas dis-
posições dos artigos 317 a 321:
Art. 317. A instauração de processo revisional poderá ser requerida fundamentadamente pelo inte-
ressado ou, se falecido ou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente, descenden-
te ou irmão, sempre por intermédio de advogado.
Parágrafo único. O pedido será instruído com as provas que o requerente possuir ou com indicação
daquelas que pretenda produzir.
Art. 318. A autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiver confirmado em grau de recurso, será
competente para o exame da admissibilidade do pedido de revisão, bem como, caso deferido o pro-
cessamento, para a sua decisão final.
Art. 319. Deferido o processamento da revisão, será este realizado por Procurador de Estado que
não tenha funcionado no procedimento disciplinar de que resultou a punição do requerente.
Art. 320. Recebido o pedido, o presidente providenciará o apensamento dos autos originais e noti-
ficará o requerente para, no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou requerer outras
provas que pretenda produzir.
Parágrafo único. No processamento da revisão serão observadas as normas previstas nesta lei
complementar para o processo administrativo.
Art. 321. A decisão que julgar procedente a revisão poderá alterar a classificação da infração, ab-
solver o punido, modificar a pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos pela
decisão reformada.
4. Disposições Finais
Nas disposições finais, encontramos regras específicas relacionadas com o estatuto dos
servidores. Neste ponto da matéria, devemos memorizar as seguintes informações:
a) O dia 28 de outubro será consagrado ao “Funcionário Público Estadual”.
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b) Os prazos previstos no estatuto serão todos contados por dias corridos. Logo, não se
computará no prazo o dia inicial, prorrogando-se o vencimento, que incidir em sábado, do-
mingo, feriado ou facultativo, para o primeiro dia útil seguinte.
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QUESTÕES DE CONCURSO
003. (VUNESP/CONTJ/TJ SP/2019) Conforme disciplinado na Lei n. 10.261/1968, o funcio-
nário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual,
por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Com relação ao tema, assinale a alternativa correta.
a) Será responsabilizado o funcionário que delegar a pessoas estranhas às repartições o de-
sempenho de encargos que lhe competirem, sem exceções.
b) A responsabilidade administrativa exime o funcionário da responsabilidade civil ou crimi-
nal, pois estas são dependentes.
c) Caracteriza-se especialmente a responsabilidade pela falta ou inexatidão das necessárias
averbações nas notas de despacho, guias e outros documentos da receita, ou que tenham
com eles relação.
d) A importância da indenização deverá ser descontada da remuneração do funcionário, não
excedendo o desconto de 20% (vinte por cento) do valor bruto.
e) Nos casos em que o funcionário é obrigado a repor a importância do prejuízo causado para
indenizar a Fazenda Estadual, ser-lhe-á facultado optar pela forma de reposição com o devido
desconto em seus vencimentos.
a) Errada. A responsabilização do servidor ocorre quando a delegação ocorrer fora das hipó-
teses legalmente previstas. Logo, há, ao contrário do que informado, exceções.
Art. 249. Será igualmente responsabilizado o funcionário que, fora dos casos expressamente pre-
vistos nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às repartições, o desem-
penho de encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
b) Errada. As esferas de responsabilização são independentes. Logo, a responsabilidade admi-
nistrativa não exime o servidor da responsabilidade civil ou criminal.
Art. 245. O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda
Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
III – pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros
documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
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d) Errada. O valor máximo que pode ser descontado é de 10% do provento ou da remuneração,
e não, conforme afirmado, 20%.
Art. 248. Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser des-
contada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do valor
destes.
e) Errada. O servidor não pode escolher a melhor forma de realizar a reposição ao Poder Públi-
co. Neste sentido, estabelece o artigo 247 que
Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma só vez,
a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efe-
tuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Fora destas situações, a importância da indenização poderá ser descontada do vencimento ou
remuneração não excedendo o desconto à 10ª parte do valor destes.
Letra c.
004. (VUNESP/CONTJ/TJ SP/2019) Nos termos da Lei n. 10.261/1968, constitui um dos de-
veres do funcionário, dentre vários outros,
a) residir no local onde exerce o cargo ou onde for autorizado.
b) abandonar o local de trabalho quando sofrer ofensas físicas ou morais.
c) participar de todas as reuniões convocadas pelo sindicato de classe.
d) omitir-se diante das irregularidades cometidas pelo seu chefe imediato.
e) retirar, ainda que com a anuência do seu superior imediato, qualquer objeto existente na
repartição.
005. (VUNESP/MJ/TJ SP/2019) O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nes-
sa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados. Conforme
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Para responder a questão, façamos uso das disposições do parágrafo único do artigo 245 da
norma em análise, de seguinte redação:
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c) A demissão é nula porque a Administração Pública não deveria ter processado administra-
tivamente Arceus e proferido decisão demissória antes do trânsito em julgado da sentença no
processo criminal.
d) Arceus poderá pedir o desarquivamento e a revisão da decisão administrativa que o demi-
tiu, utilizando como documento novo a sentença absolutória proferida no processo criminal.
e) Se a absolvição criminal ocorreu depois do prazo de interposição do recurso da decisão de-
missória proferida no processo administrativo, não será possível Arceus valer-se da sentença
criminal para buscar a anulação da demissão.
Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos e vantagens
devidas, o servidor absolvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito em julgado
de decisão que negue a existência de sua autoria ou do fato que deu origem à sua demissão.
Sendo assim, Arceus terá direito de ser reintegrado no cargo que ocupava, uma vez que hou-
ve a absolvição pela justiça com o trânsito em julgado da decisão que negou a existência de
sua autoria.
Letra a.
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Art. 246. O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regulamen-
tares, será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabí-
veis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Letra a.
008. (VUNESP/ALUN OF/PM SP/2018) Segundo o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
do Estado de São Paulo (Lei n. 10.261/1968), o funcionário que adquirir materiais em desacor-
do com as disposições legais e regulamentares
a) deverá indenizar o erário até o limite de seus vencimentos anuais, e será responsabilizado
civil e criminalmente pelos seus atos.
b) restituirá em dobro o valor dos prejuízos causados ao poder público, e responderá proces-
so administrativo disciplinar, podendo sofrer a pena de demissão do serviço público.
c) responderá pelos seus atos somente se houve efetivo prejuízo aos cofres públicos, deven-
do sua eventual responsabilidade ser apurada em processo criminal.
d) terá que justificar a compra perante seu superior hierárquico, que poderá isentá-lo de pena
se entender que o funcionário não agiu com dolo ou culpa.
e) será responsabilizado pelo respectivo gasto, sem prejuízo das penalidades disciplinares
cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração
Temos aqui uma questão que exige o conhecimento do artigo 246 da norma estadual, que, por
sua vez, apresenta a seguinte redação:
Art. 246. O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regulamen-
tares, será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabí-
veis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Letra e.
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Ainda que, na situação narrada, o servidor não estivesse no exercício da função pública, in-
fringiu ele um dever estabelecido para os servidores estaduais:
Com exceção da letra D, todas as demais alternativas elencas vedações conferidas aos servi-
dores públicos de São Paulo.
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II – retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto existen-
te na repartição; (Letrae)
III – entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades estranhas
ao serviço; (Letra B)
Na Letra D, a vedação existente é com relação a emprego ou função em empresas, estabeleci-
mentos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com
a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado.
Como regra geral, o servidor não pode constituir-se em procurador de partes. A exceção fica
por conta dos interesses relacionados com o cônjuge ou parentes até o segundo grau.
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Art. 243. É proibido ainda, ao funcionário:
IX – constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição pú-
blica, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;
Letra a.
Para responder a questão, temos que fazer uso de dois importantes artigos da Lei Estadual
n. 10.261.
Art. 245. O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda
Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
IV – por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Art. 248, Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do artigo 245, não tendo havido
má-fé, será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
Letra e.
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c) em caso de desfalque aos cofres públicos, o servidor poderá repor a importância do prejuízo
causado em parcelas que não excedam à 10ª (décima) parte do vencimento ou remuneração.
d) para ser responsabilizado administrativamente, o servidor deverá ser condenado criminal-
mente, por decisão transitada em julgado.
e) ele pode exercer emprego ou função em empresas, estabelecimentos ou instituições que
tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalidade da repartição
ou serviço em que esteja lotado, desde que fora do horário de trabalho.
a) Errada. Ainda que seja um dever, para os servidores regidos pela Lei n. 10.261, guardar sigilo
sobre assuntos da repartição, devem eles, sempre que tiverem conhecimento, representar con-
tra as irregularidades para as autoridades competentes.
b
) Correta. A alternativa versa sobre uma das proibições estabelecidas no estatuto em análise.
Art. 247. Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma
só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão
em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Art. 248. Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser des-
contada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do valor
destes.
d) Errada. As esferas de responsabilização administrativa, civil e penal são independentes, não
havendo necessidade de condenação em uma delas para que ocorra a responsabilização nas
demais.
e) Errada. A alternativa elenca uma proibição dos servidores regidos pela Lei n. 10.261, confor-
me previsão do artigo 243, IV. Tal proibição, ressalta-se, alcança até mesmo o exercício fora do
horário de trabalho.
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IV – exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas, estabelecimen-
tos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalida-
de da repartição ou serviço em que esteja lotado;
Letra b.
Vejamos, de acordo com o estatuto paulista, quais são as penas disciplinares previstas:
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e) proceder conforme ordenado pelo Escrivão Diretor, nada dizendo sobre o assunto, pois é
dever do servidor público guardar sigilo sobre os assuntos da repartição.
O servidor deve cumprir todas as ordens superiores, exceto, como no caso apresentado, as
ordens ilegais, que devem ser representadas à autoridade superior.
a) Errada. A pena de repreensão deverá, sempre, ser aplicada por escrito.
Art. 253. A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cum-
primento dos deveres.
b) Certa. Ao praticar crime contra a Administração Pública, deve o servidor ser sancionado
com a penalidade de demissão a bem do serviço público.
Art. 257. Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
II – praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé pública e a Fazenda
Estadual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;
c) Errada. A suspensão não poderá exceder ao prazo de 90 dias, e não 30, conforme informado
pela alternativa.
Art. 254. A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de
falta grave ou de reincidência.
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d) Errada. A pena de suspensão poderá ser convertida em multa à base de 50% da remunera-
ção ou vencimento por dia de exercício, e não 75%.
Art. 254, § 2º A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em
multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, sendo o fun-
cionário, nesse caso, obrigado a permanecer em serviço.
e) Errada. Em caso de abandono de cargo, a penalidade a ser aplicada é a de demissão.
Dentre as alternativas propostas, apenas a letra B trata-se de um dever dos servidores regidos
pela Lei n. 10.261:
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Dentre as alternativas de resposta, a Letra E é a única que elenca, de forma correta, uma proi-
bição aos servidores regidos pela Lei n. 10.261.
Em caso de ineficiência no serviço, será aplicada a pena de demissão, nos termos do estatuto
dos servidores do estado de São Paulo.
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e) a pena de repreensão poderá ser aplicada verbalmente ou por escrito, a critério da autorida-
de competente, nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres.
A Lei n. 10.261, de 1968, estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de
São Paulo.
De acordo com o artigo 251 da norma em questão, temos seguintes penalidades passíveis de
aplicação aos Servidores Públicos Estaduais:
A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave
ou de reincidência.
b) Errada. Nesta hipótese, a pena aplicável será a de Demissão, conforme teor do artigo 257:
A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa, na base
de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, sendo o funcionário, nesse
caso, obrigado a permanecer em serviço.
d) Errada. De acordo com o § 2º do artigo 256, a pena de demissão por ineficiência apenas
será aplicada quando verificada a impossibilidade de readaptação:
A pena de demissão por ineficiência no serviço, só será aplicada quando verificada a impossibili-
dade de readaptação.
e) Errada. A pena de repreensão apenas poderá ser aplicada por escrito, conforme previsão do
artigo 253:
A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento
dos deveres.
Letra c.
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No caso narrado pela questão, estamos diante de uma servidora do TJ-SP que também é
sócia minoritária de uma empresa privada. Tal empresa, no entanto, resolve participar de uma
licitação promovida pelo tribunal.
A conduta é possível ou recairia em uma das proibições do Estatuto?
De acordo com o artigo 243 da norma em questão, temos a seguinte redação:
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Logo, Maria não poderá permitir que a empresa da qual é sócia (ainda que minoritária) parti-
cipe da licitação, independente das aquisições serem ou não destinadas para a unidade onde
ela está lotada.
Letra e.
De acordo com o artigo 242 da Lei n. 10.261 (Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de
São Paulo), temos as seguintes proibições aos servidores regidos pela norma:
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A alternativa que apresenta um dever do servidor é a letra C, de forma que estes devem estar
em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam res-
peito às suas funções.
Dentre as alternativas propostas, é a letra A que apresenta, de forma correta, uma das proibi-
ções aos servidores públicos do estado de São Paulo.
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Art. 243. É proibido ainda, ao funcionário:
IX – constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição pú-
blica, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;
Letra a.
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d) trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até segundo grau, nas funções de confiança
e livre escolha.
e) cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais.
De acordo com a Lei n. 10.261, apenas a letra A apresenta uma proibição aos servidores do
estado de São Paulo:
Para responder à questão, façamos uso da literalidade do artigo 247 da Lei n. 10.261:
Art. 247. Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma
só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão
em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Letra a.
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a) Certa. A penalidade de suspensão não poderá ser aplicada por prazo superior e 90 dias.
b) Errada. A suspensão, quando aplicada, enseja a perda dos direitos e vantagens decorrentes
do exercício do cargo.
c) Errada. A suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento)
por dia de vencimento ou remuneração, sendo o funcionário, nesse caso, obrigado a perma-
necer em serviço.
d) Errada. Pela ineficiência no serviço, a penalidade aplicada será a de demissão, e não de
suspensão.
e) Errada. Se o servidor revelar segredo de que tenha conhecimento em razão do cargo, deve-
rá ser penalizado com a sanção de demissão a bem do serviço público.
Letra a.
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Apenas a letra B elenca um dos deveres dos servidores públicos regidos pelas disposições da
Lei n. 10.261.
Na situação narrada, e tendo em vista que não houve má-fé, deverá o servidor sofrer a pena-
lidade de repreensão. Em caso de reincidência, a suspensão é que deverá ser aplicada.
Art. 245. O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda
Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
IV – por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Art. 248, Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do art. 245, não tendo havido
má-fé, será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
Letra a.
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Art. 257. Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
VII – receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, direta-
mente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções mas em razão delas;
Letra d.
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GABARITO
3. c 13. b 23. c
4. a 14. d 24. a
5. d 15. c 25. b
6. a 16. b 26. a
7. a 17. b 27. a
8. e 18. e 28. e
9. b 19. a 29. a
10. d 20. c 30. b
11. a 21. e 31. a
12. e 22. e 32. d
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Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e
MPU.
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