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RECURSO ADMINISTRATIVO

ILMO. SR. GERENTE DA ENEL DO BRASIL.


Recorrente, brasileira, estado civil ..., profissã o ..., com documento de identidade nº..., e CPF
nº ..., cliente nº ..., vem, pessoalmente, interpor o presente RECURSO ADMINISTRATIVO.
Em outubro de 2019 a Recorrente compareceu a sede da Recorrida e lhe foi entregue um
Termo de Ocorrência e Inspeçã o - TOI, sob nº ..., no valor de R$ 3.015,38 (três mil quinze
reais e trinta e oito centavos).
Importante salientar que a Recorrente nã o foi comunicada da vistoria que teria sido
realizada pela Recorrida, sendo certo, reafirme-se que somente teve ciência no momento
que compareceu a sede da concessioná ria.
Certo, ainda, que nã o houve realizaçã o de perícia a fim de constatar as irregularidades
alegadas.
Ademais, a Recorrente afirma que ninguém mexe no medidor, com exceçã o dos agentes da
concessioná ria, devidamente identificados, , portanto todo e qualquer defeito existentes no
medidor é responsabilidade daqueles que sempre tiveram acesso, quais sejam os agentes
da concessioná ria.
Convém ressaltar que a Recorrida, unilateralmente, sem a adoçã o dos procedimentos
corretos e de forma arbitrá ria, aplicou penalidade a Recorrente, gerando aplicaçã o de
multa, além do aviso de corte de energia. No entanto, conforme o art. 6º, inciso III, do
Có digo de Defesa do Consumidor, como direito primordial do consumidor exige-se que as
informaçõ es sejam, além de claras e precisas, adequadas, suficientes e verdadeiras, além
disso, encontra-se pacificado na Sú mula nº 256 do TJRJ, que o consumidor nã o deve
suportar ô nus, no qual nã o teve conhecimento.
Conforme acima exposto, a Recorrida emitiu, indevidamente, TOI, porém, a referida
emissã o é totalmente ilegal, ferindo princípios constitucionais como o devido processo
legal, direito de defesa e contraditó rio.
Isto porque para imputar ao consumidor ato manifestamente ilegal, deve o consumidor
provar suas alegaçõ es, demonstrando que foi efetivamente o consumidor responsá vel pelo
o ato a ele imputado, em conformidade com o art. 5º, da CRFB. Assim, ninguém poderá ser
considerado culpado de um ato ilícito, grave como este de adulteraçã o de equipamento de
propriedade da concessioná ria, sem o devido processo legal, direito a ampla defesa,
portanto é descabida a presente cobrança.
Nesse sentido, o art. 129 da Resoluçã o Aneel nº 414/2010, determina que o TOI só se
concretiza caso a concessioná ria instituir elementos probató rios suficientes para ser
caracterizada a irregularidade. Sendo evidente que a cobrança reputada é indevida e
efetuada por meio abusivo e coativo.
Assim, diante o exposto requer:
i. Seja reconhecida a ilegalidade do Termo de Ocorrência e Inspeçã o - TOI;
ii. Que seja imediatamente concedido o cancelamento da cobrança do débito.
Local e Data. Recorrente.

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