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RESPOSTA A ACUSAÇÃO
I- DA TEMPESTIVIDADE
O Acusado foi denunciado pelo Ministério Público pela suposta prática de crime
previsto no art. 171, caput, do Código de Penal e art. 2º, IX da Lei 1521/51, de onde narra a
denúncia que o ora acusa, NOME DA PARTE de que:
“...No dia 01 de outubro de 2021, em horário que não se pode precisar, no interior da
empresa “AC Consultoria & Gerenciamento Ltda.” Situada na Avenida Pelinca, nº 55, sala 806,
Centro, nesta Comarca de Campos dos Goytacazes, os denunciados ... na qualidade de sócia-
proprietária da referida empresa, de forma livre e consciente, em comunhão de ações e desígnios
com os também denunciados...”
III- DO DIREITO
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o cargo da administração e manutenção dos computadores, cujo nome é ANALISTA DE TI, e
diferente da denúncia não tinha nenhum contato, seja formal ou informal com qualquer
cliente que seja.
Não existe nenhum contrato assinado em seu nome, ou qualquer deposito feito na
conta do decorrente em razão de algum investimento feito na empresa em trabalhava de
ANALISTA DE TI.
Todos os contatos com cliente eram feitos por funcionária da empresa cujo nome são,
ANDRESSA CARDOSO, BEATRIZ, JUPIARA, e neste tempo trabalhado sua carteira não foi
assinada pela empresa.
Nada do que acima se expõe contraria a lei ou mesmo é considerado qualquer tipo de
crime. Logo, trata-se de relação jurídica cível de fundo legal, em face apenas da empresa e
seus proprietários.
No caso trazido a esse digno Juízo, a narrativa inicial fez induzir ao leitor a existência de
intenções escusas nos corações dos personagens, intenções estas que jamais existiram no
caso vertente, tendo em vista que o acusado não obtinha tal poderes para cumprir com o
explicitado na peça acusatória, sendo apenas o responsável dos computadores, e não da
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administração geral do escritório, e não tinha contato algum com cliente, seja de modo
formal ou informal, ficando apenas responsável pelos computadores em que eram
operados pelos “traders”.
Em primeiro lugar, insta salientar que não houve indução ou mantença em erro algum,
até porque o acusado não fazia parte de setores de arrecadação de clientes, muito menos
de operação com o valor arrecadado com os investidores.
Outrossim, também não houve prejuízo alheio por intenção do agente, uma vez que a
interrupção dos pagamentos mensais, que é o fato gerador da revolta da suposta vítima, ou
seja o definido “prejuízo”, que fez com que o Parquet tenha nomeado equivocadamente a
conduta do Requerido como “estelionato”, apenas se deu por conta de decisão judicial de
paralisação de funcionamento da empresa, Logo, vê-se que a paralisação do pagamento
esperado pelo cliente, bem como a impossibilidade do estorno, se deu por fato alheio e
contrário à vontade inicial do acusado, por fazer parte do setor de informática.
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Lembramos que para que seja caracterizado o crime de estelionato faz-se necessário a
caracterização do elemento volitivo na esfera cognitiva do Autor do fato.
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III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Logo, não foi apontado qual prática configurou o suposto “ardil” contra a suposta
vítima, uma vez que a prática narrada na denúncia é tão somente a prestação de serviço de
investimentos legalmente contratada.
“Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;”
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Inexistentes estão todos os elementos que poderiam caracterizar o dolo do agente.
Dessa forma, impossível visualizar qualquer resquício de má-fé do acusado na simples
contratação de mais um dos clientes da empresa, a qual a intenção real era de cumprir o
acordo junto aos seus responsáveis, que era de deixar os computadores da empresa
rodando 24h por dia, para que os “traders” pudessem operar.
A total ausência do dolo, somada a atipicidade da conduta, que não pode ser cunhada
como crime, justifica o trancamento da ação penal contra o sr. GILSON RAMOS VIANA e o
arquivamento do feito.
Cumpre ressaltar que, além de não ser possível configurar o elemento subjetivo do
tipo acima referido, os fatos narrados não constituem o delito constante do art. 171 do CP,
que sequer admite a modalidade culposa, embora ainda, não seja esse o caso.
Sendo assim, requer o trancamento da ação penal contra o sr. GILSON RAMOS VIANA
e o arquivamento do feito, em razão da exaustivamente demonstrada ausência de justa
causa para o exercício da ação penal, nos exatos termos do art. 395, III, do Código de
Processo Penal. Subsidiariamente, requer a absolvição sumária do réu GILSON RAMOS
VIANA, por conta da total atipicidade das condutas, nos termos do art. 397, III, do mesmo
CPP.
V- DO MÉRITO
Caso este douto juízo não proceda com o trancamento e arquivamento da presente
ação penal, nem proceda com a absolvição sumária do réu, a defesa opta por apresentar
suas teses após a instrução do feito, de onde ressoará a sua incontestável inocência.
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Por ora, reafirma a total atipicidade das condutas praticadas pelo Réu, tendo em vista
ser ele apenas um funcionário de informática na empresa, atuando como ANALISTA DE TI, e
tendo como principal obrigação a administração e manutenção dos computadores da
empresa, não tinha nenhum tipo de contato, pois o atendimento aos clientes eram feitos
por pessoas especificas, não tendo contato seja formal ou informal com qualquer cliente
que seja, além também, de nunca ter assinado nenhum contrato em seu nome autorizando
o recebimento de dinheiro em nome da empresa, estando apenas no exercício regular de
sua profissão, e levando-se em consideração que a impossibilidade de cumprir com o
contrato não foi oriunda de sua vontade, até porque não tem poder para tal feito.
a) A absolvição sumária do réu GILSON RAMOS VIANA, tendo em vista a total atipicidade
das condutas narradas, nos termos do art. 397, III, do Código de Processo Penal;
N. Termos,
p deferimento.
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DR LUAN VIEIRA COELHO
OAB/RJ: 222.246-E
ROL DE TESTEMUNHAS
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