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Assistida em 2.9.20
Direito Processual Civil - Recursos. 1º bimestre.
Revisão
Terminamos a parte de pressupostos e requisitos
Vimos preparo, regularidade formal e ausência de fato
impeditivo/modificativo/extintivo
Juízo
Assim como ocorre com a própria ação, em que há a necessidade de se
verificar se os pressupostos e requisitos estão satisfeitos, da mesma forma
serão para os recursos, se todos os pressupostos e requisitos dos recursos
estão satisfeitos (se o recurso é cabível, se tem legitimidade, interesse,
tempestividade, se foi realizado o preparo, se não foi realizado o preparo, o
pagamento em dobro, regularidade formal, além dos requisitos específicos de
cada recurso)
PI pode ser inepta de plano
Quando estiver ausente algum requisito ou pressuposto não irá ser
conhecido ou será tido como inadmissível
o No CPC/15, como regra, haverá somente um juízo de
admissibilidade que é na instância ad quem.
o Na hipótese da instância a quo poder fazer a admissibilidade do
recurso, automaticamente teria que abrir a possibilidade de um
novo recurso contra a decisão de inadmissibilidade.
Por isso, o CPC/15 adotou como regra.
Haverá exceção nos juízos excepcionais, onde há
um duplo grau de admissibilidade. Haverá a
verificação dos pressupostos e requisitos na
instância de origem, como há esta mesma análise
na instância ad quem.
o Se houver a inadmissibilidade na instância de
origem, a consequência vai ser a
possibilidade de um outro recurso, que está
previsto no art. 1.042, que é o recurso de
ARE e AREsp.
o O juízo de admissibilidade, como regra, é realizado apenas no
tribunal ad quem (no tribunal que julgará) excepcionando-se os
recursos excepcionais, recurso de revista (direito do trabalho) e
recurso especial eleitoral, que será um juízo duplo.
Juízo de admissibilidade
Como regra, é realizado apenas no tribunal ad quem
Vislumbra apenas os pressupostos e requisitos dos recursos
Juízo de provimento
Feito para analisar o objeto, “mérito” do recurso
Muitas vezes se faz importante porque quando o recurso é sequer conhecido,
na realidade, o tribunal nem analisou a matéria, e isto terá relevo, em especial,
quando, por exemplo, na AR, se o tribunal não conheceu o recurso não
analisou o mérito
O tribunal que se posiciona na AR é o último que conheceu
Efeitos
Analisado os juízos dos recursos, verificam-se os efeitos dos recursos
Efeito devolutivo
Noção de que o tribunal irá rever/reanalisar a decisão, a questão
Na doutrina há uma pequena divergência quanto ao conceito
Para alguns, todo recurso tem efeito devolutivo porque esta
possibilidade é de devolver ao poder judiciário a possibilidade de
julgamento
o Nelson Nery
Para outros, o recurso terá efeito devolutivo sempre que tiver alteração
do órgão a analisar esta matéria.
Em síntese, sempre que se estuda este efeito, é saber que dentro do efeito
devolutivo, há duas partes
1ª – A extensão do recurso
o O que que o tribunal pode analisar em um determinado recurso.
o Temos alguns recursos que gozam de cognição ampla; isto é,
toda matéria que não esteja preclusa, tem a possibilidade de ser
analisada no âmbito do tribunal, como o recurso ordinário, de
juizados especiais.
Cognição ampla: muitas poucas matérias não são
passíveis de análise pelo tribunal
o Há outros recursos que a extensão é bem restrita, como o REsp,
RE e EDiv que só pode ser analisado aquilo que foi trazido
o Quando se fala em extensão se fala no que pode ser analisado
pelo órgão julgador na análise do recurso
o Extensão diz respeito a matéria
o Exemplo
A extensão da nossa matéria sãos os meios impugnativos:
recursos e ações impugnativas (reclamação, AR, IRDR,
incidente de assunção de competência, incidente de
inconstitucionalidade, etc)
o A extensão varia de recurso para recurso
A apelação tem uma extensão; o REsp, EDIv, ED... Cada
um tem sua extensão própria
2ª – Profundidade: quais os poderes que o juiz/tribunal tem para analisar
determinada matéria
o Temos recursos que esta profundidade é ampla, como a apelação
que, ainda que uma matéria não tenha sido analisada por
completo, o tribunal poderá analisar
Em uma sentença, por exemplo, que não se analisou o
mérito, e, por algum motivo, o tribunal tenha condições de
imediato julgamento, já pode julgar o mérito, uma vez
afastando essa causa
Estudaremos isto na apelação, teoria da causa
madura
o Em outras recursos, esta profundidade é bem mais limitada, como
é a questão dos recursos excepcionais, onde não pode
reexaminar as provas, o suporte fático.
Diferença entre reexame e revaloração de provas
Reexame: alterar o que foi considerado como
suporte fático
o Não pode nos recursos excepcionais
Revaloração: não se quer alterar o que foi
considerado como suporte fático.
o Pode nos recursos excepcionais
Súmula 7, STJ. Súmula 279, STF.
o De qualquer sorte, temos a questão da profundidade, que diz
respeito ao poder do juiz e do tribunal
o Profundidade diz respeito aos poderes
o Exemplo
Profundidade é a graduação
o Cada recurso tem profundidade própria.
Em síntese, no caso do efeito suspensivo pode tanto ser oper legis (apelação;
e RE e REsp decorrente do IRDR) e oper judice. No efeito ativo, sempre será
oper judices.
Efeito translativo
É a possibilidade do tribunal conhecer de ofício uma matéria de ordem pública,
isto é, uma matéria que diga respeito entre a parte e o Estado-Juiz; e não entre
as partes
O juiz pode e deve conhecer de ofício, ainda que não seja objeto do
pedido
Ex.: inépcia da petição inicial, prescrição, decadência,
inconstitucionalidade de determinada lei
A maioria dos recursos tem
Há discussão se os recursos excepcionais (RE e REsp) gozam, ou não,
deste efeito.