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Aula 23-09-21

Bibliografia - elementos colocados no campus online


Avaliação - exame final

Direito ao recurso - artigo 20º da crp como tutela constitucional do acesso aos tribunais e a recurso
Art.32 crp e 7º protocolo adicional da CEDH - artigo 2º
Uma decisão condenara do Tribunal internacional de Portugal é um dos fundamentos de recurso.

Recursos ordinários e os extraordinários, consoante operem antes ou depois do transito em julgado que são: fixação
de jurisprudência e revisão extraordinária.

Artigo 399º do CPP


Temos plasmado o princípio geral da recorribilidade
Onde se interpõe o recurso? Artigo 427 do CPP - não segue exatamente o esquema hierárquico uma vez que existe a
possibilidade de haver recurso direto para o STJ, nos casos do artigo 432º/1/c). Recurso per saltum. Tem de estar em
causa um Tribunal colegial, de juri ou coletivo, com pena superior a 5 anos e sobre matéria de direito. No nº2, temos
marcado de forma clara que o recurso é direto não sendo admissivel para a relação.
Fora destes casos, o recurso faz-se para a relação
Das decisões de recurso da relação, podem ir para o STJ? Artigo 432/1/b que remete para o artigo 400/1. Temos aqui
presente a situação da dupla conforme na alínea f).
No caso de concurso de crimes, existe uma análise crime a crime, podendo apenas recorrer sobre a pena de
concurso de crimes, caso esta seja superior a 8 anos, ou se o crime individualmente for superior a 8 anos. Acordão
186/2013.

Em relação ao recurso direto para o STJ, em 2017 a solução foi no sentido contrário. Desde que a pena conjunta seja
superior a 5 anos, pode haver recurso direto sobre matéria de direito referente a qualquer crime, ainda que não seja
superior.

O arguido ser condenado sem ter direito a recurso é algo que sempre existiu. Acórdão 4/2016 vem estabelecer que o
tribunal da relação deve estabelecer a medida da pena. No acórdão 595/2018 do TC, com força obrigatória geral, a
inconstitucionalidade da irrecorribilidade da norma que impede o recurso em caso de condenação inferior a 5 anos.
Sempre que em 1 instancia seja decisão absolutória e for condenado na relação, o arguido pode recorrer para o STJ.
Acórdão 524/2021

Legitimidade para recorrer - artigo 401º cpp


Existe um acórdão sobre legitimidade e interesse em agir do MP, 2/2011
O assistente - pode constituir-se assistente para efeitos de recurso, mesmo que não tenha sido antes. Em que
medida se pode recorrer sobre a medida da pena, acórdão 8/99, segundo o qual deve ser acompanhado pelo MP
quando queira recorrer da espécie do medida da pena

Aula 30-09-21

Acórdão 5/2011
artigo 409º cpp - reformation in pejus - um limite ao tribunal de recurso do quantitativo de pena do tribunal de 1ª
instância quando ou arguido interponha recurso
Abrange não só as decisões diretas pelo tribunal supeiror bem como tem um efeito indireto, caso venha a ser
anulada ou reenvio para nvo julgamento, tambem está limitado nos poderes decisórios. Pode alterra a qualificação
juridica, mas não pode agravar a medida da pena
Aula 07-10-21

Interposto o recurso e admitido, nos termos do artigo 402º, o recurso de uma sentença abrange toda a decisão,
exceptuando os casos do artigo seguinte. O Tribunal superior tem poderes para se pronunciar sobre toada a
decisão. Quer o recurso em matéria de direito , quer de facto, têm de ser motivados. Em caso de matéria de
facto, têm de ser designados os pontos que visam ser revisados. A analise depende do pedido.
Há a interpretação que a alínea f do 400, a decisão é interpretada como correspondendo a cada crime.
Aqui, diz-se que é toda a decisão. No artigo 403º, a decisão que verse sobre um dos crimes, não será uma
decisão, mas parte dela.
Artigo 402 - efeito extensivo do recurso. Se existe na interposição do recurso ou se se estende aos efeitos da
decisão do recurso. Na interpretação do professor, está em causa um efeito extensivo da interposição do
recurso, interposto um recurso, nestes casos, o efeito, apesar de não haver recorrente, aproveita aos elencados
se não fosse esta norma, podia levar a questões estranhas. Podia um arguido ser absolvido por não haver
crime e o outro em comparticipação ser condenado por esse mesmo crime. É um mecanismo legal que visa
prevenir que não haja decisões que sobre os mesmos factos tenham conteúdos completamente distintos.
Mesmo os que não requeiram a instrução, são chamados a debate instrutótrio em alguns casos, de modo a
que a decisão seja extensiva a outros. Se o+houver 4 arguidos e só houver dois a requerer, acontece esta
extensão de forma a prevenir incoerência. Estritamente pessoais, tem a ver com o recorrente.
Deveria haver uma norma que por força deste efeito, os não recorrentes estejam presentes. Para o STJ, a
interpretação é de que este artigo 402º/2, não se refere à interposição do recurso, mas aos efeitos da decisão
do recurso. Se houver um arguido que não recorre ou não pode recorrer, haverá execução da pena de prisão.
Se a decisão do recurso esse tornar insustentável, será no final que stj fará uma revisão de sentença e anulará
a execução da sentença dos arguidos que não recorreram ou não podiam recorrer. A questão está se consagra
o efeito extensivo de interposição de recurso ou de decisão de recurso. Na prática, aplica-se a ultima.
Efeito suspensivo - 408, cp - aqui suspende o processo, o transito em julgado e consequente execução da
pena.
Se for absolutórias, serão exequíveis logo que proferidas - 467, cp.

Reformatio in pejus - em alguns casos, afastou-se este princípio em matéria de contra ordenações. Na lei da
concorrência isso acontece, 88º. Também existe na lei das infrações ambientais.

Art. 410 - fundamentos do recurso - pode ter como fundamento quaisquer questões de que pudesse conhecer
a decisão recorrida.
No nº2, temos os vícios da decisão - acórdão 7/95 - são viciosidades de conhecimento oficiososo.

motivação do recurso. 412,cp - a impugnação deve estar motivada, deve ser enunciado o que o tribunal vai
analisar. A sua falta, é requisito de inadmissibilidade do recurso, 414/2.
Quando se trate de impugnação da matéria de facto, tem de definir os factos, nos termos do 412/3.
A resposta faz-se nos termos do artigo 413.
Quando não há vícios do 410/2, não há lugar a renovação da prova. Se houver, haverá renovação da prova.
Haverá nova audiência de nova produção de prova. Existe a possibilidade de a relação realizar ela própria a
renovação da prova, mas pode reenviar para novo julgamento. Se estiver no stj, aqui nunca poderá ser ele a
julgar uma vez que não julga matéria de facto. Faz reenvio.
a documentação da audiência esta prevista no artigo 362 - acórdão 13/2013 - nulidade relativa, que tem prazo
de 10 dias para ser invocada depois de terminar a audiência em que ser verificou a nulidade.
Acórdão 3/2012 - deve ser capaz de revelar o âmbito que deve fixar matéria de facto

Preferencialmente, o recurso será julgado em Conferência. Contudo, pode ter sido previamente requerida a
audiência de julgamento, 411/5. Existe a discussão se também pode o recorrido requeerer na resposta a
audiência. Tem-se entendido que sim
A modicacção da prova pela relação, vem prevista no art.431º
Na audiência, temos o artigo 423º e a deliberação temos o 424º.

O reenvio, quando a relação conhecer de facto e direito, pode renovar a prova nos termos do art.430º. esta
possibilidade só se dá se houver razões de que permitirá evitar o reenvio do processo.
O reenvio dá-se nos termos do artigo 426º, se for direto para o stj, volta a 1 instancia, se for de 2 instancia de
Os vicios do 410º/2

Aula 14-10-21

O CPP, não prevê a aplicação do objeto de recurso. O regime de recursos do cpp, está incompleto. No artigo
de helena Mourão (no campus), pág.158, nota 8. O professor tem dúvidas que a solução seja a mais correta.

Casos especiais de recurso

Recursos de medidas de coação, 219 cpp


art.407/2/c) - estes recursos sobem imediatamente. Art.204, temos o principio da atualidade, para efeitos de
fundamentos cautelaras tem de ser o momento de aplicação.
A decisão de medida de coação não tem contraditório pleno, ao contrário de uma sentença.
Acórdão 16/2014 que vem dizer que é admissível recurso pelo mp de decisões que revoguem, extingam ou
modifiquem medidas de coação.Aqui já não há obrigatoriedade de subida imediata. Duvida levantada pelo
facto de o 219/1 falar na positiva.
o prazo de 30 dias, não é perentório, mas apenas ordenatório.
No caso de medidas privativas de liberdade, devem ser revistas no prazo de 3 meses. art.213/5, nos casos
em que o recurso sobre a primitiva decisão de aplicação dessa decisão vir a ser julgado depois desta revista.

Habeas corpus

219/2 - o habeas corpus em termos rigorosos, não é um modo de impugnação. Também não está associado
à prisão preventiva.
Este estava inicialmente pensado para a detenção arbitrária de autoridades administrativas. Também está
previsto na lei de saúde mental, para os casos de internamento.

art.222 - habeas corpus em virtude de prisão ilegal - fundamentos de ilegalidade manifesta. Não é só a prisão
preventiva, pode ser prisão definitiva.
Pode haver sobreposição entre recurso e habeas corpus - 219/2 - só se colocará quando esteja em causa
pra~sao preventiva ilegal. tem.se entidendio que é algo não suscetível de discussão, para isso teríamos o
recurso.
não visa discutir o conteúdo, como o recurso, visa cessar efeitos de uma decisão ilegal. Normalmente
precede o recurso.

Recursos na fase de execução de sentenças, 474 cpp


A execução de penas não privativas da liberdade é da competência do tribunal que proferiu a decisão, sendo
recorrível. No art.408, temos os efeitos destas decisões.

art.235 CEP - cabe recurso para a relação os caos expressamente previstos na lei - principio da tipicdidade
dos recursos - ao contrário do 399 cpp
Legitimidade - 236
âmbito do recurso - 237
Regime de subida - 238

casos de recurso - 179 - concessão da liberdade condicional; nº3 - parecer dos técnicos do mp, que tem
efeitos suspensivos; 186º - revogação de liberdade condicional; art.196º
não existe recurso sobre a questão da adaptabilidade à liberdade condicional - acórdão 150/2013

Recursos extraordinários

Recurso de revisão, 449º, cpp - fundamentos e admissibilidade da revisão, são 7


4 mais tradicionais e os últimos 3 mais recentes
Fundamentos a e b - são fundamentos que podem ser usadaos tanto a favor como contra o
condenado.
c e d - apontam para revisões de sentenças condenatórias. interpretado com o conceito de
legitimidade, estes parecem ser reservados ao arguido
os ultimos 3, também serão reservados ao arguido
a alinea g) - este fundamento refere-se ao tribunal europeu dos direitos do homem. em que
circunstancias obriga a uma revisão de sentença? temos as condenações penais por difamação de
jornalista. quando haja contradição e aqui está em causa a liberdade de experessão. casos de demora
da justiça, já não caberão aqui. já no caso de violação de deveres processuais, também parece que é
dificil haver revisão do processo por estas questões.
f) - está relacionado com o art.282º da crp - alguem condenado num processo, em que a norma que
serviu de base à condenação é declarada inconstitucional.
e) - provas proibidas - se descobrir- supoe-se que surgiu algo de novo

esta dividido em dois momentos: admissibilidadde: o requerimento tem de ser motivado e o recurso
tem de ser aceite ou negado pelo STJ
Legitimidade - 450
formulação do pedido - 451º
tramitação no stj - 455º
negação - 456
autorizada - 457

em principio, a revisão de sentença é feita em novo julgamneto. baixa o processo - 460º


em relação à aliena c do 449, temos o 458/1
em relação ao d do 449, temos o artigo 453 - o rquerente não pode indicar testemunhas que não
tenham intervido no processo, a n~çao ser que justifique que ignirava a sua existencia ou estiveram
impossibilitadas de depor. não pode haver revisão com o únioco fim de corrigir a medida concreta da
sanção aplicada, nos termos 449/3 - quando esteja em causa a qualificação juridica, deve aceitar-se.
estaá em causa pena abstrata o que não cabe é medida concreta. graves duvidas, o stj tem de duvidar
que o resultado do processo não será antes a absolvição.

Aula 21-10-21

Art.457 - autorização da revisão


o recurso de revisão, é um pedido que pressupõe dois momentos: a admissibilidade e autorização. É
analisado pelo STJ. Ou nega a petição e termina aí o autoriza a revisão. Para haver revisão é preciso
que este autorize. Essa análise dependerá de cada um dos concretos fundamentos previstos na lei. No
1º caso, tem de estar em causa a sentença que prove factos falsos, tem de se certificar desses factos.
O mais utilizado é a aliena d), novas provas - em relação aos meios, 453º, não pode usar testemunhas
que não tenham estado presentes no processo.
Autoriza, o STJ reenvia o processo. Quando estiverem em causa questões de direito, não é necessário
que assim seja. AS sentenças inconciliáveis são anuladas e há novo julgamento.
462 e 463 - em caso de absolvição ou condenação.
O stj só autoriza a revisão, qaundo vendo os novos elementos, ficar com dúvidas da justiça da
condenação. Tem de considerar possível a absolvição. O novo julgamento é necessário uma vez que o
STJ decide sem contraditório perante os novos elementos. Na audiência podem surgir factos contrários
a isso. Aplica-se também a reformation in pejus nos casos em que seja o arguido a solicitar.
O Conteúdo da revisão é constituído pelo juízo de autorização e pelo julgamento (caso seja necessário)
art.464 - despacho de não pronuncia, se houver revisão do despacho de não pronuncia, incia-se o
processo .
465º - não pode haver nova revisão com o mesmo fundamento.

Recurso de Fixação de jurisprudencia

Dois interresses- uniformização da jurisprundencia sem deixar de permitir que haja evolução .

Relativamente à mesma questão de direito haja soluções opostas (do STJ ou relações quando estas
decidam em última instancia). Entre dois acordaos do STJ, ou um da relçaõ em ultima instancia e um
do STJ ou dois da relção em ultima instancia . Um deles é prévio, acórdão fundamento, que transite
em julgado e um posterior também transitado em julgado . Recorre-se do acórdão com fundamneto
em acórdão sobre a mesma questão de direito, no dominio da mesma legislação com soluções
diferentes .
tem que haver intorposição tempestiva - o ultimo acordão tem de transitar em julado e depois tem 30
dias .
Pode ser apresentado pelo arguido, assistente e obrigatório para o mp
sendo admitido, temos as alegações de recurso e depois o julgamento onde particpiam todos os juizes
da secç~eos criminais do stj . não tem efeito suspensivo.
443/3º - reformation in pejus, mas este efeito manté-se mesmo quando seja o assistente ou mp a
recorrer, sem que antes tenham recorrido
efeitos da decisão - 445 - tem efeitos no caso em concreto e o stj decide ou, estando em causa
questões processuais, p.ex, reenvia . nº3 - os outros tribunais não estão obrigados a seguir esta
decisão, mas devem fundamentar .
446º e 447º - o procurador por de interpor recurso.

Recursos ordinários - subida e efeitos

art.97 - classificações dos atos decisórios. decisões que colocam termo ao processo e decisão
interlocutórias .

414º - admissão do recurso - o juiz fixa o efieto e regime de subida


o relator verifica se mantém a mesma decisão . na reclamação, 405º, pode haver reclamação do
despacho que retiver o recurso .
407 - regime de subida

408- efeito suspensivo do processo - não avança para a fase da execução

nº2 - suspensão da decisão recorrida

Caso prático

Condissões de admissibilidade - 414º - legitimidade, motivação, tempstividade, conclusões - questões


de admkssiblidade.
Direito de resposta 411/6

b) art.427; 432/1/c) - pelo menos um dos recursos aqui é de matéria de facto


414/8 - Relação

C) - o mp não se vai limitar a opor o visto - tem de se garantir o contraditório - para haver audiência
tem de ser requerida, ou pelo recorrente ou recorrido).
Os sujeitos processuais, não havnedo audiemncia, são notificados e respondem por escrito - 417º/2
se fosse em audiencia, deveria aguardar por ela .

relator - acórdão 2/2011 - comportamento contraditório do mp - rejeitar o recurso - reclamar para a


conferencia 417º
b) - convite a aperfeiçoamento

Relator entender que a insusficiencia da matéria de facto é verdadeira - casos do art.410/2 - pode ser a
relação a renovar prova, 430º, ou reenvio

g) decisão interlocutória; efeito de subida com os autos

Pena de 10 anos - pode haver recurso


coação - manteve a decisão - dupla conforme
Agravação para 8 anos - o mp não podia recorrer - só o arguido - houve confirmação da condenação,
mas pode questionar a medida da pena
na hipotese inversa de 12 para 5 - já não podia recorrer. E o mp? Devia interpretar-se corretivamente
para que pudesse recorrer
Podia recorrer em relação ao crime que aumentou e da pena do concurso.
dependedo da interpretação o mp e o assistente só teriam em relação à pena de concurso.

Condenação em 2ª instancia - tem direito ao recurso, não nos termos do cpp, mas através do acórdão
do TC 595/2018 - pode recorrer sobre a pena aplicada. Se fosse pena suspensa, não haveria recurso.

Questão quando ambos recorrem, um em matéria de facto e outro em direito - 414/8 - relação
Se fosse o mp sobre matéria de direito - acórdão 4/2017 - em recurso restrito em matéria de direito,
direto, a pena superior a 5 anos é na pena conjunta mesmo que as penas parcelares não sejam
superiores.

O relator não está vinculado às decisões do juiz de 1ª instancia - 414/3


reclamar para a conferencia.

Pode o mp recorrer da decisão de não aplicação de medida de coação

g) recurso de revisão - a razão de ser o facto de em certos casos o estado português reconhecer este
tipo de decisão. Mas estas devem demonstrar a injutiça da condenação ou graves dúvidas.

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