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LEONARDO MONT’ALVÃO
EXMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ____ VARA
FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO.
MIGUEL ALVARENGA FERNANDEZ Y FERNANDEZ, brasileiro,
Engenheiro Civil, casado, Carteira de Identidade nº 200786629-3, CPF
025.449.127-82, residente na Rua Rodolfo Dantas 97 Ap 601, Copacabana / Rio de
Janeiro, RJ, CEP 22020-040, vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio
de seu advogado (procuração anexa), com fulcro no art. 5º, LXXIII, da
Constituição da República e no art. 1º e seguintes, da Lei 4.717/65, propor a
presente
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03- Nos termos do art. 77 da lei 5194/66 compete aos funcionários designados
para este fim pelos Creas, a responsabilidade pela lavratura de auto de infração, in
verbis:
Art. 77. São competentes para lavrar autos de infração das disposições
a que se refere a presente lei, os funcionários designados para esse fim
pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
nas respectivas Regiões.
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07- Logo Exa, está permitindo que um leigo, com formação em nível médio
faça uma atividade de fiscalização em relação a um engenheiro, que possui
formação superior.
08- Ora, O fiscal em nível médio não tem uma vivência profissional ou
conhecimento técnico suficiente para realizar esta fiscalização, não podendo
mensurar a capacidade técnica de um profissional com qualificação de nível
superior, à sua qualificação técnica.
09- Assim, nos termos do art. 5º, LXXIII, da CF/88, a ação popular tem por
objetivo a invalidação de atos praticados pelo Poder Público que sejam lesivos ao
patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, o que ocorre in casu, vez que ao permitir a investidura do cargo
de agente de fiscalização, com exigência apenas de formação em nível médio,
estaríamos contribuindo para a ocorrência de risco coletivo a toda sociedade.
Portanto, esta ação popular visa proteger o direito coletivo de toda a sociedade de
forma a evitar dano irreparável com fiscalizações mal empreendidas por pessoa
inabilitada, resguardando por consequência a legalidade do princípio do concurso
público.
Tese:
Não é condição para o cabimento da ação popular a demonstração de
prejuízo material aos cofres públicos, dado que o art. 5º, inciso
LXXIII, da Constituição Federal estabelece que qualquer cidadão é
parte legítima para propor ação popular e impugnar, ainda que
separadamente, ato lesivo ao patrimônio material, moral, cultural ou
histórico do Estado ou de entidade de que ele participe.
11- Dessa maneira, autor, que também é engenheiro, maneja a presente ação
popular de forma a fazer respeitar os princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e principalmente, da eficiência, de forma a impedir a
ineficiência na prestação dos serviços públicos, sendo o serviço público executado
por pessoas sem a devida qualificação técnica, sendo lesivos ao patrimônio da
União, mesmo que sem valor econômico.
12- Importante destacar que a presente matéria deve ser discutida através da
propositura da ação popular, sendo o meio adequado para a invalidação de atos do
concurso público ora questionado, sobejamente quanto a exigência da formação
catedrática para o cargo de agente de fiscalização. Neste sentido são os seguintes
julgados:
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II. DO MERITO
14- O réu é uma Autarquia Federal, criada pela Lei 5.194/66, voltado
institucionalmente para a fiscalização do exercício profissional, atuando observados
os limites legais e regulamentares, nas áreas de atuação privativas dos engenheiros.
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https://www.quadrix.org.br/resources/1/concursos/2015/CRFRJ/CRFRJ_concurso_publico_2015_edital_v1.pdf
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22- Não faz sentido e lógica que o Conselho de Engenharia realize um concurso
para investidura de Agente de Fiscalização, tendo como exigência apenas a
formação de nível médio. Sendo impossível uma pessoa sem formação adequada
atestar se o serviço está sendo executado de forma adequada, dentro dos requisitos
legais e garantir a segurança da sociedade.
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auto) as Câmaras previstas pelo parágrafo único do art. 71 da Lei 5194/66, que
julga os autos de infrações.
24- Logo, por dedução lógica, ambos deveriam possuir a mesma formação na
área da engenharia, pois pressupõe-se que deveria possuir o mesmo espectro
de conhecimento técnico.
26- A situação é tão esdruxula que esse novo agente de fiscalização apenas como
formação em nível médio, ao ingressar para fiscalizar atividade de engenharia, ele
próprio exerceria ilegalmente a profissional, pois ao fiscalizar e fazer juízo
técnico de uma atividade de engenheiro, é desempenhar também uma
atividade de engenharia.
27- Importante destacar que a presente matéria deve ser discutida através da
propositura da ação popular, sendo o meio adequado para a invalidação do
presente concurso público, vejamos:
30- Sendo assim, requer a anulação de ato lesivo, com a consequente anulação
parcial do Concurso Público Edital nº 001/2023 somente quanto ao cargo de
agente de fiscalização diante da deficiência na exigência de formação em ensino
médio para o provimento deste cargo.
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