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Introdução

O art. 4 nº3 define as as acções executivas como sendo aquelas em o autor requer
as providencias adequadas à reparação efectiva do direito violado.

Aprendemos também que quanto ao fim da acção executiva ela pode ser na forma
comum de acordo com o art. 45, para pagamento da quantia certa, para entrega da
coisa certa e para prestação de facto positivo ou negativo, que é determinado pelo
título.

No entanto coloca-se a questão de se saber que distinção se pode fazer das


diferentes acçãoe executiva de acordo com a sua finalidade e como se processa a
tramitação de cada uma delas para a sua efetivação. No presente trabalho traremos
uma abordagem tratando especificamente sobre as acções executivas para a
entrega de coisa certa relactivamente a sua tramitação, apreensão e entrega da
coisa, e conversão da acção executiva.

1
A acção executiva para entrega de coisa certa tem lugar sempre que o o bjecto da
obrigação, tal como o titulo configura é a entrega de coisa certa.

Sempre por tanto que o título configure uma obrigação de prestação de coisa,
deverá usar-se o processo de execução para entrega de coisa certa.

Assim não consubstancia a constituição dum direito real de garantia nem é dirigida
a ulterior transmissão da coisa apreendida, mais sim a sua entrega ao exequente
que normalmente lhe é feita ato continuo.

Sempre por tanto que o título configure uma obrigação de prestação de coisa,
deverá usar-se o processo de execução para entrega de coisa certa.

Em consequência não confere ao exequente qualquer direito de preferência nem


opera a transferência da posse da coisa para o tribunal1.

Podendo a acção executiva ter na sua base um direito real ou um direito de credito,
entrega da coisa logo investe o exequente numa posse em nome próprio ou em
nome alheio quando nela não se limita a mantê-lo e mesmo quando a apreensão e
a entrega aparecem como actos temporariamente bem separados, o tribunal não
deixa de actuar desde a apreensão como mero detentor da coisa em nome do
exequente, a quem a ira entregar.

Acresce que os limites objetivos a penhorabilidade dos bens não tem aplicação ao
caso de execução especifica da obrigação de entrega da coisa determinada, uma
vez que a cobertura da pretensão do credor pelo título executivo constituiu já
demonstração suficiente de que não há razões sociais (de interesses geral ou de
interesse particular do devedor) que obstem a entrega

Do que se deixa dito decorrem dois outros aspectos deste tipo de acção executiva:
não há lugar a concurso de credores nem a venda da cosa apreendida.

1
FREITAS DE L. JOSÉ, Acção Executiva Depois da reforma da reforma. 5ª Edição, p 369.

2
TRAMITAÇÃO

Requerimento e oposição

No requerimento inicial da acção executiva para entrega de coisa certa o exequente


deverá requerer que o executado a seja citado no prazo de 10 dia fazer a entrega
da coisa art.928º
Sabermos já que o executado pode opor-se por meio de recursos ou por meio de
embargos. Os embargos serão deduzidos nos mesmos termos do processo
ordinário de execução para entrega da coisa certa, constantes dos arts. 813 814 e
815 ver também 929 Nº1. Porém, temos uma especialidade . O executado pode,
além dos meios expostos, formular uma defesa reconvencional art. 501 com
fundamento em benfeitorias a quem tenha direito. Pensamos que as benfeitorias
voluptuárias não serão susceptíveis de reconversão
Apresentado o requerimento executivo, realizada a tramitação que lhe é
complementar e proferido o despacho liminar de citação, quando a ele haja lugar, o
executado é citado para no prazo de 10 dias, fazer a entrega da coisa ou opor-se á
execução.

A oposição segue o mesmo regime que na execução para pagamento de quantia


certa2.

Mais, quando o cumprimento da obrigação possa, na oposição deduzida à execução


de sentença, ser verificado por meio de inspecção ( judicial ou de peritos), não se
justifica a restrição do art. 814 nº1, visto que por esse meio se pode atingir
segurança maior do que a decorrente dum documento, que, por isso mesmo, as
partes normalmente dispensarão .

Por outro lado, o executado pode salvo se, tratando-se de execução de sentença,
tiver tido a possibilidade de o fazer na acção declarativa e não o tiver feito (art. 929
nº3), invocar na oposição, para além dos fundamentos nos arts. 814 nº1 e 815
(respectivamente, nos casos de execução de sentença judicial e de sentença
arbitral e sem prejuízo do que hoje se dispõe para o caso do titulo formado no

2
FREITAS DE L. JOSÉ, Acção Executiva Depois da reforma da reforma. 5ª Edição, p 371.

3
processo de injunção: art 814 nº2) a realização de benfeitoria que tenha feito 929
nº1. Basear-se-á para tanto, normalmente no direito de retenção por elas conferido.

A redação do art. 929 nº 2 anterior à revisão do código em expressa em determinar


que o recebimento dos embargos fundada em benfeitorias que concedessem o
direito de retenção suspendia as execução, sem necessidade de caução, até que o
exequente pagasse o respectivo valor, ou consignasse em deposito ou caucionasse
a quantia pedida. Hoje, o mesmo art .929 nº2. Limita-se a determinar que o
«exequente caucionar a quantia pedida a título de benfeitorias, o recebimento da
oposição não suspende o prosseguimento da execução», suscitando a dúvida sobre
se, na falta desta caução, a suspensão desta caução é automática ou depende de
caução a prestar, nos termos do art 818 nº1 (ex vi art 466 Nº2), pelo executado,
questão que só faz sentido no pressuposto de que só as benfeitorias que concedam
o direito de retenção é que continuam a estar previsto no art. 929 Nº2. No sentido
da primeira solução dir-se-á que a natureza garantistica do direito de retenção
implica que a coisa não seja entregue ao exequente sem que o direito a
indemnização seja satisfeito e que não sentido exigir ao executado a prestação de
caução para a manutenção dum efeito civil que a lei já lhe assegura. No sentido a
segunda, dir-se-á que a invocação das benfeitorias não garante a sua existência e
que o direito do exequente, que não preste caução, a coisa que lhe é devida pode
ser gravemente ofendido com a demora da execução, por esta ser suspensa,
quando os embargos sejam improcedentes ou os pedidos de indemnização seja
exorbitante.

É certo que a lei civil mantem direito de retenção até que o devedor da
indemnização preste a caução suficiente (art. 756 CC); mais também o é que
à posse por ele conferida não corresponde qualquer direito de usufruição,
mas o mero fim de garantia do credor (arts. 671CC e 672 CC aplicáveis por
força dos arts.758 CC e 759CC). Ora este puro fim de garantia não será
afetado pelo prosseguimento da execução se a coisa entretanto apreendida
ao executado, só se for entregue ao exequente se este pagar a indemnização
a que o executado tinha direito: o lugar paralelo do art. 818 nº 4 permite

4
defender, em face da actual redação do art. 929nº2, que, não prestada
caução pelo executado, a coisa devida ao exequente deve ser imediatamente
apreendida, mas não entregue na pendencia dos embargos. Esta solução
tem por s3i harmonização dos interesses legítimos do titular do direito de
retenção e do devedor da indemnização, com economia de meios
processuais
Fora o caso do direito de retenção, não se nos afigura que o direito a
indemnização por benfeitorias possa fundar a oposição à execução. A ser
assim, a invocação de benfeitorias, desligada do dever da entrega da coisa,
configuraria um pedido reconvencional, que julgamos nunca ter lugar em
processo executivo. Não obstante o art. 929 nº 2 falar de quantia pedida a
propósito da indemnização pelas benfeitorias invocadas, o que inculca a ideia
do pedido reconvencional previsto no art. 274 nº 2 b), figura-se que a
invocação das benfeitorias configura antes um caso de excepção perentoria,
que como tal obsta a procedência do pedido executivo, mas com a
particularidade de cessar com o pagamento das benfeitorias. Sendo assim,
a decisão que o tribunal profira no processo de embargos quanto ao direito
do executado a uma indemnização por benfeitorias nunca pode ser
executada no processo de execução para entrega de coisa certa.

Convocação do cônjuge o executado


Note-se ainda que embora não haja convocação de credores, se deve
aplicar por analogia o art. 864 nº3 a), quanto a citação do conjuge executado
quando a coisa apreendida for um bem imóvel ou estabelecimento comercial
próprio do executado mais de que ele não possa dispor livremente. No
entanto a convocação só pode ter por fim permitir ao conjuge citado a
impugnação do credito exequendo na oposição à execução4.

3
FREITAS DE L. JOSÉ, Acção Executiva Depois da reforma da reforma. 5ª Edição, p. 372.
4
JOSÉ J. ANTÓNIO, Os labirintos do direito processual civil, p. 72

5
Apreensão e entrega
Feitas as buscas e outras diligencias que forem necessárias à apreensão da
coisa, o tribunal o tribunal aprende-a e investe o exequente na sua posse, O
investimento tem lugar mediante:
a. Tradição ou entrega material da coisa movel, precedida se, se tratar de
coisa fungível (arts. 207 CC, 539CC), das operações necessárias a
concentração da obrigação (art. 930 Nº2 );
b. Entrega simbólica da coisa imóvel, mediante a entrega material de
chaves documentos e notificação do executado, bem como dos
arrendatários e outros possuidores em nome próprio ou alheio (cuja
situação jurídica, derivada do executado, ou do próprio exequente,
porque compatível com o direito deste, deve substir), para que
reconheçam e respeitem o direito do exequente art. 930 Nº3, havendo
ainda que observar os arts. 930 b) a 930 e) quando a entrega tenha por
objeto coisa imovel arrendada (art 930 );
c. Investimento do exequente comproprietario na posse da sua quota-
parte com notificação do administrador dos bens, se o houver, e dos
comproprietarios(atr. 930 nº3 e 862nº1)5.
Quid júris se a coisa a entregar se encontrar penhorada em acção executiva
para pagamento de quantia certa?
A apreensão não é possível. Mas, desde que o facto de que se à penhora se
para tanto estiver legitimado, por embargos de terceiro ou por invocação de
sentença proferida em acção de reivindicação (que constitua o seu título
executivo, ou quando este for extrajudicial, tenha vindo mais tarde a obter em
acção que proponha) após o que levantada a penhor, a execução para
entrega de coisa certa, entretanto suspensa, poderá prosseguir. Quando,
porém, tenha um mero direito de credito, só lhe resta o recurso a acção de
indemnização por incumprimento.
O mesmo se aplica no caso de arresto da coisa a apreender.

5
FREITAS DE L. JOSÉ, Acção Executiva Depois da reforma da reforma. 5ª Edição, p. 375.

6
Coversão da execução

Quando não é encontrada a coisa cuja a entrega o exequente tem direito,


maxime quando ela já não exista, tem lugar a conversão da acção executiva.
Liquidada a indemnização devida pelo incumprimento (correspondente ao
valor da coisa à reparação de qualquer outro dano), segue-se a penhora e os
demais termos da acção executiva para pagamento da quantia certa art. 931.
Nela, só por fundamento superveniente ( nos termos do art. 813nº3) pode ter
lugar oposição do executado6.
Mais não só quando a coisa não é encontrada que se da a conversão da
execução. A esse é de assimilar o caso em que sobre a coisa incida direitos
de terceiros, que prevalecendo sobre o do exequente e com ele sendo
incompatível, impeça o investimento material ou jurídico na posse.
Quer num quer noutro caso, o exequente, mesmo sabendo já que a execução
especifica se malogrará, deve instaurar a acção executiva para entrega de
coisa certa e só na sua pendencia pode requerer a ulterior conversão.

Como se faz a entrega judicial da coisa exequenda


Se o executado não entregar voluntariamente a coisa exequenda, no prazo
que lhe tiver sido assinado pela citação, a entrega é feita coercitivamente.
Para isto, o juiz deve ordenar que o funcionário judicial competente proceda
a essa entrega ou a investidura do exequente na posse da coisa exequenda.
Dizia o primeiro período do art. 930 do código de 1939: Se o executado não
fizer a entrega, será está feita judicialmente, procedendo-se às buscas e
outras diligencias que forem necessárias,
É um pouco diferente o texto do nº1 do actual art. 930º, que termina pelas
palavras procedendo-se as buscas e outras diligencias que o tribunal jugue
necessário7

6
FREITAS DE L. JOSÉ, Acção Executiva Depois da reforma da reforma. 5ª Edição, p. 375
7
JOSÉ J. ANTÓNIO, Os labirintos do direito processual civil, p.90

7
A alteração resultou da revisão ministerial do projecto que só mandava
proceder as buscas ou diligencias para entrega judicial da coisa quando o
exequente indicasse o paradeiro provável dela.
«Apenas se esclarece que as buscas e diligencias destinadas à apreensão e
entrega judicial da coisa só se realizam quando o tribunal as julgue
necessárias. Mas podem e devem realizar-se oficiosamente, logo que o
executado deixe de fazer a entrega da coisa e se passa presumir ou admitir
o paradeiro desta nalgum local determinado»
Daqui dever entender-se que só tem de ser ordenada a entrega judicial caso
o exequente indique o paradeiro provável da coisa a entregar ou caso os
elementos do processo levem a admitir ou presumir que ela esta em certo
lugar.
Quando assim não suceda, terminado o prazo da entrega voluntaria, sem
esta ser feita pode logo o exequente proceder como determina o art. 931.
Ao ser ordenado a entrega judicial devem ordenar-se as buscas e diligencias
necessárias para ela.
Embora a entrega judicial da coisa não possa considerar-se nem se
denominar penhora, o funcionário incumbido dela poderá praticar as
diligências que para a penhora, estão autorizadas pelo art. 840º,
iclusivelmente arrombar moveis e portas.
«Quando a entrega judicial diz respeito a objecto cuja quantidade seja
determinável por conta, peso ou medida, o funcionario mandara fazer na sua
presença e no acto de entrega, a contagem, pesagem ou medida.
Se tiver que entregar imóveis, o funcionário, ao investir o exequente na posse
deles, entregar-lhe-á as chaves e os documentos que houver, notificando o
executado, os arrendatários e quaisquer detentores, para que respeitem e
reconheçam o direito do mesmo exequente.
A entrega judicial da quota-parte em bens indivisos faz-se mediante
investidura judicial do exequente na posse dessa quota-parte, devendo

8
notificar-se o executado e os comproprietários para reconhecerem o direito
que resulta do mesmo8.

Execução da coisa certa na forma sumaria


Do art. 466, nº2 resulta para a execução sumaria para entrega de coisa certa, o
seguinte:
A demanda penhora, entrega e possibilidade de conversão são aplicáveis as
normas referentes a execução ordinária para entrega de coisa certa, atrás estudada;
Os prazos são da execução sumaria para entrega de quantia certa art. 924º e
seguintes. No que se refere à conversão, são aplicáveis a norma referente à
execução sumaria também para pagamento de quantia certa.
O executado é citado para, no prazo de cinco dias entregar a coisa. No mesmo
prazo o executado pode deduzir embargo, seguindo-se depois, sem mais articulado,
os termos do processo sumario de declaração9.

Execução para entrega de coisa certa na forma sumaríssima


O art. 466, nº3 diz que "as execuções sumaríssimas para entrega de coisa certa
aplicar-se-ão as regras da execução sumaria, para o mesmo fim, mais os prazos e
o processo de oposição serão, com as necessárias adaptações, os que se acham
estabelecida para as execuções destinadas ao pagamento de certa"
Este artigo não de todo claro, uma vez que tem sido objeto de várias interpretações.
Desde logo o prof. Alberto dos Reis entendia que uma vez proferida a sentença e
liquidada a as custas, se o réu não fazer a entrega da coisa no prazo de dez dias,
proceder-se-á a entrega judicial.
No entender do Prof. Lopes Cardoso na execução sumaríssima para entrega de
coisa certa começa como a sumaria. Ou seja, o executado é citado para no prazo
de cinco dias, fazer a entrega da coisa. No mesmo prazo o executado pode
embargam, tal como na execução sumaria. A única especialidade é a aplicação do

8
Evaristo Solano, Processo executivo angolano (Noções fundamentais) p. 107.

9
Evaristo Solano, Processo executivo angolano (Noções fundamentais) p. 108.

9
art. 927 nº4 que diz deverem os embargos seguir os mesmos termos do processo
sumaríssimo10.
O art. 466 impõem que a marcha do processo executivo sumaríssimo para entrega
d coisa certa siga, em principio a tramitação do processo sumario para o mesmo
fim. Por tanto, o processo sumaríssimo começará pela citação do executado para a
entregar a coisa em cinco dias, como processo executivo sumario para entrega de
coisa certa e não por apreensão da coisa como no processo sumaríssimo para
pagamento da quantia certa
O regime deste último só será seguido quanto ao prazo, neste ponto, não vimos
qualquer diferença em relação do processo sumario e quanto ao processo de
oposição.
Quanto ao processo de oposição, segue-se o processo sumaríssimo para
pagamento da quantia certa, ou seja, oposição é posterior a penhora e pode ter
como objeto a própria execução em si ou a penhora.
Logo que o exequente queira executar requererá a citação do réu para entregar a
coisa no prazo de cuinco dias precedendo a apreensão da mesma. Após a
apreensão o executado é notificado para, se quiser, deduzir no prazo de cinco dias,
oposição art. 927, nº3 ex vi art. 924 agravos do despacho de citação. Os embargos
correspondem os termos do processo sumaríssimo de declaração, por outro lado
nada obstaculiza a possibilidade de conversão da execução.

10
Evaristo Solano, Processo executivo angolano (Noções fundamentais) p 108.

10
Conclusão
Não se põe normalmente o problema da ineficiência dos actos dispositivos
subsequentes, pois o executado conserva, após a apreensão, exatamente os
mesmo direitos que anteriormente tinha: se for titular dum direito real sobre a coisa,
com poder de dela dispor, continuará a poder valer-se da mesma forma deste seu
poder ; se não tiver qualquer direito real sobre a coisa ou o seu direito não englobar
a faculdade de dela dispor, será nulo, por ilegitimidade, qualquer negócio jurídico
de disposição que celebre antes ou depois da apreensão. Só no caso
excepcionalíssimo de a transferência da propriedade se processar com a entrega
da coisa ao exequente e esta não ter lugar logo a seguir, a apreensão é que se
poderia ver utilidade na aplicação da disposição do art. 819 CC; mais uma vez
entendido que a apreensão logo constituiu o exequente na posse da coisa
apreendida, através do tribunal, dificilmente a transferência da propriedade deixara
de operar com o acto de apreensão.

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Bibliografia

Evaristo Solano, Processo executivo angolano (Noções


fundamentais).
FREITAS DE L. JOSÉ, Acção Executiva Depois da reforma
da reforma. 5ª Edição.
JOSÉ J. ANTÓNIO, Os labirintos do direito processual civil.

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