Você está na página 1de 6

ATIVIDADE PARA AVALIAÇÃO CONTINUADA

Nome: Luiz Guilherme Lima Silva Turma:2E

Questões:

1. Explique o que é prescrição aquisitiva e extintiva.

Prescrição é um conceito legal que se refere à perda do direito de ação de uma pessoa devido
à passagem do tempo. Existem dois tipos principais de prescrição: prescrição aquisitiva
(também conhecida como usucapião) e prescrição extintiva.
1. Prescrição Aquisitiva (Usucapião): A prescrição aquisitiva, ou usucapião, é um meio
pelo qual alguém pode adquirir propriedade sobre um bem móvel ou imóvel por meio da
posse contínua e ininterrupta desse bem por um período de tempo especificado por lei. As
leis variam de país para país e até mesmo dentro de um país, mas geralmente envolvem
requisitos como posse pacífica, pública, contínua e sem oposição do verdadeiro
proprietário por um determinado número de anos. Após o período de posse exigido, o
possuidor adquire legalmente a propriedade, mesmo que não seja o titular legal original.
2. Prescrição Extintiva: A prescrição extintiva refere-se à perda do direito de ação para
buscar uma reivindicação legal ou uma decisão judicial devido à inatividade por um
período de tempo específico. Em outras palavras, se alguém tem um direito legal, mas não
toma medidas legais para fazer valer esse direito dentro do prazo prescrito pela lei, esse
direito é perdido. A prescrição extintiva se aplica a uma ampla gama de situações, como
dívidas, contratos, danos pessoais, entre outros. O período de tempo após o qual a
prescrição ocorre varia de acordo com a natureza da reivindicação e as leis do país em
questão.
Ambos os tipos de prescrição são mecanismos legais que visam trazer estabilidade e segurança
jurídica às relações sociais, limitando o tempo durante o qual as disputas legais podem ser
iniciadas.

2. Explique o que é perempção e decadência. Quais as diferenças entre elas? Explique.

Perempção e decadência são conceitos legais que se referem à perda do direito de ação em
um processo judicial, mas elas ocorrem por razões diferentes.
1. Perempção: A perempção é a perda do direito de ação devido à inatividade processual ou
falta de movimentação do processo por um período de tempo determinado. Em outras
palavras, se uma parte em um processo judicial não tomar as medidas necessárias para
dar andamento ao caso dentro dos prazos estabelecidos pela lei ou pelo tribunal, o
processo pode ser extinto por perempção. A perempção geralmente está relacionada a
atos processuais, como a falta de pagamento de custas judiciais, a falta de contestação ou
a falta de diligência por parte do autor para dar seguimento ao processo.
2. Decadência: A decadência, por outro lado, refere-se à perda do direito substancial em si.
Isso significa que a parte perde o direito de ação ou de contestação devido ao decurso do
tempo a partir de algum evento ou circunstância específica, geralmente relacionada ao
objeto do litígio. Em outras palavras, há um prazo legal após o qual a parte não pode mais
fazer valer seus direitos, independentemente de haver ou não atividade processual. A
decadência está relacionada ao direito material em disputa, não aos procedimentos
processuais.
Diferenças principais entre perempção e decadência:
 Natureza: A perempção está relacionada à inatividade processual, enquanto a decadência
está relacionada à perda do direito substantivo devido à passagem do tempo.
 Causa: A perempção é causada pela falta de ação processual dentro dos prazos
estabelecidos, enquanto a decadência é causada pela passagem do tempo a partir de um
evento específico que afeta o direito em questão.
 Consequência: A perempção leva à extinção do processo, enquanto a decadência impede
que a parte faça valer seus direitos, independentemente de haver ou não um processo
judicial.
Ambos os conceitos são importantes para garantir que as partes em um processo judicial
ajam dentro de prazos razoáveis e para garantir a finalidade e a segurança jurídica das
decisões judiciais.

3. Quais são as causas que impedem ou suspendem a prescrição? Explique.

Existem várias causas que podem impedir ou suspender o prazo de prescrição, permitindo que a
pessoa que possui um direito adie ou interrompa a perda desse direito devido à passagem do
tempo. As causas que impedem ou suspendem a prescrição podem variar de acordo com a
legislação de cada país, mas algumas das causas comuns incluem:
1. Suspensão por Reconhecimento do Direito:
 A prescrição pode ser suspensa se o devedor reconhecer explicitamente o direito
do credor durante o período de prescrição. Por exemplo, se o devedor admitir que
deve uma quantia específica ao credor, o prazo de prescrição pode ser suspenso a
partir desse reconhecimento.
2. Suspensão por Ajuizamento de Processo Judicial:
 Se uma ação judicial é iniciada para proteger ou fazer valer o direito, o prazo de
prescrição é suspenso durante o curso do processo. A prescrição permanece
suspensa até que o processo judicial seja concluído ou até que ocorra uma decisão
final.
3. Suspensão por Obstrução Jurídica ou Fática:
 Se circunstâncias além do controle do credor (como guerra, desastres naturais ou
obstáculos legais) impedirem a execução do direito, o prazo de prescrição pode ser
suspenso até que essas circunstâncias sejam resolvidas.
4. Suspensão por Incapacidade:
 Se o titular do direito estiver legalmente incapacitado, como em casos de doença
mental, o prazo de prescrição pode ser suspenso até que a incapacidade seja
superada ou até que um representante legal possa agir em nome do titular do
direito.
5. Suspensão por Menoridade:
 Em muitas jurisdições, se a parte com direito for menor de idade, o prazo de
prescrição pode ser suspenso até que a pessoa atinja a maioridade legal.
6. Suspensão por Ação Administrativa:
 Em casos envolvendo agências governamentais ou processos administrativos, a
prescrição pode ser suspensa enquanto a agência está realizando investigações
ou procedimentos administrativos relacionados ao direito em questão.
É importante notar que as leis relacionadas à prescrição e suas exceções podem variar
significativamente de um país para outro e podem estar sujeitas a mudanças. Portanto, é
essencial consultar a legislação específica do país em questão para entender completamente as
causas que impedem ou suspendem a prescrição em situações particulares.

4. Cite e explique, pelo menos, 3 pretensões imprescritíveis.

1. Pretensão de Anulação de Casamento Nulo:


 Em muitos sistemas legais, a pretensão para anular um casamento nulo por razões
como bigamia, incesto ou casamento envolvendo uma pessoa menor de idade é
considerada imprescritível. A razão para isso é garantir que um casamento que é
legalmente inválido possa ser contestado a qualquer momento,
independentemente de quanto tempo passou desde a celebração do casamento.
2. Pretensão de Reparação por Crimes de Guerra e contra a Humanidade:
 No contexto de crimes graves, como crimes de guerra, genocídio, tortura e outros
crimes contra a humanidade, a pretensão para buscar reparação por esses atos é
frequentemente considerada imprescritível. Isso significa que as vítimas ou seus
familiares podem buscar justiça a qualquer momento, mesmo que os crimes
tenham ocorrido há décadas. A imprescritibilidade nesses casos é uma resposta ao
reconhecimento da gravidade desses crimes e ao desejo de responsabilizar os
perpetradores, independentemente do tempo que tenha se passado.
3. Pretensão de Revisão de Decisões Judiciais Obtidas por Meios Fraudulentos:
 A pretensão de revisar decisões judiciais obtidas por meios fraudulentos é
frequentemente considerada imprescritível em muitos sistemas legais. Se uma
decisão judicial foi obtida de maneira fraudulenta, por meio de suborno, falsificação
de evidências ou outras práticas desonestas, a parte prejudicada pode buscar a
revisão da decisão a qualquer momento, independentemente do tempo que tenha
passado desde que a decisão foi proferida.

5. Quais os meios de prova admitidos em nosso sistema civil? Explique.

1. Documentos:
 Documentos Públicos: São aqueles emitidos por autoridades públicas, como
certidões de nascimento, casamento, escrituras públicas etc.
 Documentos Particulares: São documentos elaborados pelas partes ou por
terceiros, como contratos, cartas, e-mails, entre outros.
2. Testemunhas:
 Pessoas que testemunham em tribunal sobre os fatos do caso. As testemunhas
podem ser tanto factuais (que presenciaram os eventos relevantes) quanto
periciais (especialistas em determinada área que fornecem opiniões
especializadas).
3. Perícia Técnica:
 Quando um especialista é designado para investigar detalhadamente uma questão
específica e fornecer um relatório pericial sobre seus achados. A perícia é
frequentemente utilizada em casos complexos, como disputas de propriedade,
acidentes e questões técnicas.
4. Inspeção Judicial:
 O juiz ou um perito designado pelo juiz inspeciona pessoalmente um local ou
objeto relevante para o caso e relata suas observações em tribunal.
5. Confissão:
 Admissão voluntária e formal de um fato pela parte contrária. Pode ser judicial (em
tribunal) ou extrajudicial (fora do tribunal).
6. Documentos Eletrônicos:
 Em tempos modernos, documentos eletrônicos, como e-mails, mensagens de
texto, registros eletrônicos e outros documentos digitais, também são admitidos
como prova, desde que sua autenticidade seja comprovada.
7. Presunções:
 Certas situações podem criar presunções legais, onde determinados fatos são
considerados verdadeiros a menos que se prove o contrário. Por exemplo, a
presunção de paternidade em relação a um filho nascido dentro do casamento.
8. Juramento:
 Algumas jurisdições permitem que as partes prestem juramento, prometendo dizer
a verdade ao tribunal. No entanto, em muitos casos, o juramento por si só não é
considerado suficiente e precisa ser apoiado por outras formas de prova.

6. Quais são as restrições a admissibilidade ampla da prova testemunhal no sistema civil?


Explique.

1. Relevância e Pertinência:
 As testemunhas devem testemunhar sobre fatos relevantes e pertinentes ao caso
em questão. O tribunal pode rejeitar perguntas ou testemunhos que não são
considerados pertinentes para o assunto sendo julgado.
2. Proibição de Prova sobre Convicções Pessoais:
 As testemunhas não podem testemunhar sobre suas próprias convicções pessoais,
opiniões ou crenças. Elas devem se ater aos fatos que testemunharam ou
observaram diretamente.
3. Proibição de Prova por Ouvir Dizer (Hearsay):
 O princípio de prova testemunhal por ouvir dizer proíbe testemunhas de relatar
informações que ouviram de terceiros. As testemunhas devem testemunhar sobre
fatos que pessoalmente testemunharam ou experimentaram.
4. Testemunhas Interessadas e Inidôneas:
 Testemunhas que têm interesse pessoal no resultado do caso, ou que são
consideradas inidôneas devido a falta de credibilidade (por exemplo, criminosos
condenados), podem ter sua credibilidade questionada e suas declarações podem
ser consideradas com cautela pelo tribunal.
5. Testemunhas Técnicas e Especialistas:
 Testemunhas especializadas, como peritos, são frequentemente usadas para
fornecer informações técnicas ou científicas ao tribunal. No entanto, suas opiniões
devem ser fundamentadas e baseadas em métodos confiáveis para serem
consideradas como prova.
 Certas profissões, como médicos, advogados e padres, têm a obrigação de manter
a confidencialidade das informações de seus clientes ou penitentes. Em muitas
jurisdições, essas testemunhas estão protegidas por privilégios que impedem que
revelem informações confidenciais em tribunal.
6. Número de Testemunhas:
 Em alguns casos, há limitações sobre o número de testemunhas que podem ser
apresentadas por cada parte para evitar um excesso de testemunhos repetitivos ou
irrelevantes.
7. Capacidade da Testemunha:
 Testemunhas devem ter a capacidade mental e emocional para prestar
depoimento. Pessoas mentalmente incapacitadas, menores de idade e pessoas
sob coação podem não ser consideradas testemunhas confiáveis.

7. Há pessoas que não podem testemunhar? Explique.

1. Testemunhas Incapazes:
 Pessoas que não têm capacidade mental para entender as perguntas feitas ou
para fornecer respostas coerentes não podem testemunhar de forma confiável.
Isso inclui pessoas com deficiências mentais graves ou incapacidade intelectual.
2. Menores de Idade:
 Menores de idade geralmente enfrentam limitações em seu testemunho devido à
sua idade e falta de maturidade. No entanto, em casos específicos, os tribunais
podem permitir o testemunho de crianças, especialmente em casos de abuso
infantil ou violência doméstica.
3. Cônjuges e Parentes Próximos:
 Em muitas jurisdições, cônjuges e parentes próximos do acusado ou do
demandado podem ser impedidos de testemunhar para evitar parcialidade ou
conflito de interesses. Isso é conhecido como privilégio marital ou familiar.
4. Advogados e Outros Profissionais com Dever de Sigilo:
 Advogados, médicos, padres e outros profissionais que têm um dever legal ou ético
de manter o sigilo das comunicações com seus clientes ou penitentes geralmente
não podem testemunhar sobre essas comunicações em tribunal. Isso é conhecido
como privilégio profissional.
5. Pessoas sob Coação ou Ameaça:
 Testemunhas que são coagidas, ameaçadas ou submetidas a qualquer forma de
pressão para fornecer um testemunho específico podem não ser consideradas
testemunhas confiáveis.
6. Pessoas com Interesse no Resultado do Caso:
 Testemunhas que têm um interesse direto ou substancial no resultado do caso
podem ser vistas como tendenciosas e, portanto, podem ser impedidas de
testemunhar para evitar parcialidade.
7. Pessoas Sem Capacidade de Entendimento da Importância do Juramento:
 As pessoas que não compreendem a importância e as consequências de prestar
juramento podem não ser consideradas testemunhas válidas.

8. Cite e explique um exemplo em que pode ser utilizado uma prova pericial.

Exemplo: Acidente de Trânsito


Imagine um caso em que um acidente de trânsito resultou em lesões graves para uma das
partes envolvidas. As partes discordam sobre as circunstâncias do acidente e sobre quem foi
responsável pelo ocorrido. O tribunal precisa determinar as causas exatas do acidente para
atribuir a responsabilidade adequadamente.
Nesse cenário, uma prova pericial pode ser solicitada para examinar as evidências do local do
acidente, analisar os danos nos veículos envolvidos e considerar outros fatores, como as
condições da estrada e a velocidade dos veículos. Um engenheiro especializado em acidentes
de trânsito pode ser designado como perito para realizar essa análise.
O perito, após uma investigação detalhada, pode fornecer um relatório pericial que inclui
conclusões sobre a dinâmica do acidente, quem estava em violação das regras de trânsito, a
velocidade dos veículos no momento do acidente e outras informações relevantes. Esse
relatório pericial pode ajudar o tribunal a entender melhor as circunstâncias do acidente e
pode ser fundamental para determinar a culpa e estabelecer a compensação adequada para a
parte lesionada.
A prova pericial é essencial nesses casos, pois oferece ao tribunal uma análise técnica e
imparcial das evidências, ajudando a esclarecer pontos complexos que podem não ser
compreendidos adequadamente por pessoas sem treinamento especializado. A opinião do
perito é valiosa para assegurar que a decisão do tribunal seja fundamentada em uma
compreensão detalhada dos fatos e das circunstâncias do acidente.

Você também pode gostar