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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE DIREITO

LICENCIATURA EM DIREITO

Alberto Francisco Alberto

TIPOLOGIA DA INTERVENÇÃO DO ESTADO:


CASO DE MOÇAMBIQUE

PEMBA

2022
UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE DIREITO

LICENCIATURA EM DIREITO

Alberto Francisco Alberto

TIPOLOGIA DA INTERVENÇÃO DO ESTADO:


CASO DE MOÇAMBIQUE

Trabalho de caracter avaliativo da


cadeira de Direito Económico, 2º
ano, leccionada pelo docente:

PEMBA

2022
Índice
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1

1 Noções Introdutórias ............................................................................................. 2

1.1 Intervenção do Estado.................................................................................... 2

1.2 A Presença do Estado na Economia ............................................................... 4

2 Intervenção directa e intervenção indirecta – critério do sujeito económico ........... 5

2.1 Intervenção Directa ....................................................................................... 5

2.2 Intervenção Indirecta ..................................................................................... 6

2.2.1 A Política Económica ................................................................................ 6

2.2.2 O Fomento Económico .............................................................................. 6

3 Intervencionismo, Dirigismo e Planificação........................................................... 6

3.1 Intervencionismo ........................................................................................... 7

3.2 Dirigismo (ou direcção económica) ............................................................... 7

3.3 Planificação ................................................................................................... 7

3.4 Intervenção imediata e intervenção mediata: .................................................. 8

3.4.1 Intervenção Imediata (ou directa) ............................................................... 8

3.4.2 Intervenção Mediata (ou indirecta)............................................................. 8

3.5 Intervenção unilateral e intervenção bilateral ou contratual ............................ 8

3.5.1 Intervenção Unilateral................................................................................ 8

3.5.2 Intervenção Bilateral ou Contratual ............................................................ 8

CONCLUSÃO ............................................................................................................ 10

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 11


INTRODUÇÃO
O presente trabalho propomo-nos discutir sobre “Tipologia Da Intervenção Do Estado:
Caso De Moçambique”, circunscreve-se na cadeira Direito Económico que constitui um
instrumento fundamental para os estudos da disciplina supracitada, enquanto ramo
do direito que se compõe das normas jurídicas que regulam a produção e
a circulação de produtos e serviços, com vista ao desenvolvimento econômico do país
jurisdicionado, especialmente no que diz respeito ao controle do mercado interno, a luta
e disputa lá estabelecida entre as empresas, bem como nos acertos e arranjos feitos para
explorarem o mercado.

No que tange ao tema atenente, para melhor compreensão deste tema iremos abordar os
aspectos relevantes, tais como: intervenção do Estado, a presença do Estado na Economia,
tipologias patentes no Estado Moçambicano, e várias intervenções mencionadas no
decorrer do presente trabalho.

Como material fundamental para o efeito do trabalho, foram usadas obras disponíveis na
biblioteca da Faculdade e como fontes auxiliares, as diferentes plataformas digitais que
também oferecem um vasto conhecimento sobre Tipologia Da Intervenção Do Estado:
Caso De Moçambique. Por outro lado, optou-se pela pesquisa bibliográfica. Do ponto de
vista estrutural, o trabalho apresenta se seguinte estrutura:

 Capa, introdução;
 Desenvolvimento onde encontrar-se-á abordagens referentes ao tema;
 Conclusão onde é abordado o resumo ou a síntese no que se refere do assunto
tratado;
 Referência bibliográfica onde está contido as obras usadas na elaboração do
trabalho.

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1 Noções Introdutórias
A intervenção do Estado no domínio econômico, nada mais é do que todo ato ou medida
legal que restrinja, condiciona ou tenha por fim suprimir a iniciativa privada em
determinada área, visando assim, o desenvolvimento nacional e a justiça social,
assegurados os direitos e garantias individuais. Dentre os motivos determinantes para o
surgimento da intervenção estatal na economia, despontam o fracasso do mercado e a
necessidade de recriá-lo com o Estado que assumisse determinadas responsabilidades.

1.1 Intervenção do Estado

Partindo da ideia de Estado de Direito, pode-se identificar, de acordo com a doutrina, uma
tríplice vertente: liberal, social e pós-social. No Estado Liberal, percebe-se uma
evidenciação do indivíduo. Este tem como característica principal a ideia de que o Estado
deve intervir o mínimo possível nas relações econômicas.

De acordo com Adam Smith, um dos principais representantes do liberalismo econômico,


o Estado possui apenas três deveres, sendo estes: a realização de obras públicas, desde
que estas não possam ser realizadas pela iniciativa privada; a defesa da sociedade contra
inimigos externos; e a proteção dos indivíduos contra as ofensas mútuas.

Afirma Dallari (199) que:

O Estado moderno nasceu absolutista e durante alguns séculos todos os efeitos e virtudes
do monarca absoluto foram confundidos com as qualidades do Estado. Isso explica
porque já no século XVIII o poder público era visto como inimigo da liberdade individual,
e qualquer restrição ao individual em favor do coletivo era tida como ilegítima. Essa foi
a raiz individualista do Estado Liberal. Ao mesmo tempo, a burguesia enriquecida, que já
dispunha do poder econômico, preconizava a intervenção mínima do Estado na vida
social, considerando a liberdade contratual um direito natural do indivíduo (p. 233).

Ante o surgimento de novas necessidades sociais, sobrevém a teorização do Estado


Social, que expressava o clamor de uma sociedade que lutava e desejava as garantias e
cumprimento dos direitos sociais. O grupo foi colocado em evidência e a questão social
passou a ser a principal preocupação do Estado.

Sobre a questão, assevera Bobbio (2000)

Da crítica das doutrinas igualitárias contra a concepção e a prática liberal do Estado é que
nasceram as exigências de direitos sociais, que transformaram profundamente o sistema
de relações entre o indivíduo e o Estado e a própria organização do Estado, até mesmo
nos regimes que se consideram continuadores, sem alterações bruscas, da tradição liberal
do século XIX, Liberalismo e igualitarismo deitam suas raízes em concepções da
sociedade profundamente diversas: individualista, conflitualista e pluralista, no caso do

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liberalismo; totalizante, harmônica e monista, no caso do igualitarismo. Para o liberal, a
finalidade principal é a expansão da personalidade individual, abstratamente considerada
como um valor em si; para o igualitário, essa finalidade é o desenvolvimento harmonioso
da comunidade. E diversos são também os modos de conceber a natureza e as tarefas do
Estado: limitado e garantista, o Estado liberal; intervencionista e dirigista, o Estado dos
igualitários (p. 42).

Vale ressaltar que a assistência prestada pelo Estado Social, ou Estado do bem-estar, não
é oferecida como caridade, mas sim como um direito político.

Já o Estado considerado pós-social, Lenza (2011), pode-se afirmar que “os institutos
clássicos do direito de propriedade e a autonomia da vontade privada eram suficientes
para regulamentar à atividade econômica, até porque, o capitalismo, primitivo, pregava a
autorregulação, sem qualquer interferência do Estado na economia” (p. 138).

Porém, a partir do século XX, a situação começa a ser repensada, principalmente devido
a frequentes situações de abuso do poder econômico. Assim, ocorreu a
constitucionalização da economia.

Em economia, intervencionismo estatal refere-se à interferência do Estado na atividade


econômica do país, visando a regulação das atividades do setor privado ou o socorro a
setores em crise. Um exemplo é o acordo firmado em 1997 pelos governos
da Alemanha, Espanha, França e Reino Unido para ajuda governamental às respectivas
indústrias carboníferas, em crise.

Mais recentemente, em 2008-2009, a crise da indústria automobilística dos Estados


Unidos também suscitou a intervenção do governo central para socorrer as empresas.

Desta forma, o termo intervenção deve ser utilizado quando o Estado regula determinado
mercado, sem atuar ou participar diretamente de atividade econômica de sua titularidade.
Ainda, é possível que o Estado exerça uma intervenção e actuação ao mesmo tempo. É o
que acontece quando atua explorando actividades econômicas resguardadas como
monopólios.

De acordo com ISCED (2016), a Intervenção económica do Estado é todo o


comportamento do Estado (ou de outras entidades públicas equiparáveis), cuja função e
finalidade consiste na modificação concreta do comportamento de outros agentes ou
sujeitos ou das condições concretas da actividade económica (p. 68).

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O autor acima citado reforça que, esta intervenção não se limita à ordenação abstracta de
regras ou instituições jurídicas que orientam, enquadram ou condicionam o desenvolver
da actividade económica – Ordenação económica, nem se traduz apenas nos
comportamentos em que o próprio Estado (ou entidade equiparada) desenvolve uma
actividade económica própria, dispondo de bens raros susceptíveis de aplicações
alternativas para satisfazer necessidades (próprias do aparelho estadual ou da sociedade)
– Estado produtor, intervenção directa.

Sendo assim, o conceito de intervenção define uma função clara e um conjunto coerente
de normas jurídico-económicas, que, no essencial, se caracterizam por operarem uma
delimitação dos poderes do Estado relativamente a comportamentos económicos dos
sujeitos que em princípio seriam livres.

1.2 A Presença do Estado na Economia

De acordo com Franco (1996), “o tipo de intervenção do Estado na Economia, é


determinada pela doutrina ou ordem económica e social estabelecida, Ordem esta que
poderá ser mais ou menos Liberal, incorporar elementos socialistas ou mesmo definir-se
inclusivamente como comunista” (p. 17).

Por isso que, a intervenção do estado define, no fundo, as funções gerais do Estado e o
tipo de sociedade que se pretende construir.

Segundo Franco (1996), o Estado pode intervir na economia através de:

a) Ordenação económica: que é a concretização na constituição e legislação da


doutrina económica. E através desta que o Estado estabelece os princípios gerais que
norteiam a sua intervenção na economia, ela delimita o campo de acção do Estado e dos
diferentes sujeitos económicos.
b) Intervenção Económica: refere-se a acções do Governo que visam alterar a
actuação ou comportamento dos agentes económicos sem, contudo, modificar o quadro
geral da actividade económica.

Esta intervenção não implica, contudo, decisões directas sobre a utilização dos bens e
serviços, as quais são deixadas ao critério dos agentes económicos privados, não
implicam uma actuação do Estado como sujeito económico.

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a) Actuação económica dá-se quando o Estado se assume como agente económico,
neste caso o Estado dispõe de bens económicos, afectando-os a necessidades sociais que
pretende ver satisfeitas.

Incluem-se nesta categoria a produção de bens e serviços, o investimento público, a


administração da justiça, a defesa, a contracção de empréstimos e a compra ou venda de
acções numa empresa.

É através da actuação económica que o Estado oferece bens e serviços de educação,


satisfazendo deste modo a necessidade pública em Educação. O mercado nem sempre
garante a provisão de determinados bens e serviços, ou fá-lo de forma inadequada. No
geral, a realização de despesas por parte do Estado satisfaz necessidades públicas e
influencia a afectação de recursos entre bens públicos e privados, consumo e
investimento, e entre diversos sectores da economia.

2 Intervenção directa e intervenção indirecta – critério do sujeito económico


Conforme ISCED (2016), existem várias classificações das modalidades de intervenção
do Estado no domínio económico:

2.1 Intervenção Directa

Quando é o próprio Estado que é o sujeito económico, assumindo o papel de agente


produtivo, criando empresas públicas ou actuando através delas, intervindo nos circuitos
de comercialização, agindo da mesma forma como agem os agentes económicos, e
sujeitando-se às regras e normas jurídico-económicas traçadas para serem de
cumprimento geral (ISCED, 2016, p. 68).

O Estado intervém na economia através da realização de uma actividade económica,


concorrendo com outros agentes económicos. Por outro lado, a intervenção directa do
Estado tem, de forma crescente, fins lucrativos, tradicionalmente exclusivos da actividade
privada. Sendo que, a estrutura da empresa privada é a que melhor se adequa a obtenção
do lucro, o Estado procura cada vez mais imitar a empresa privada.

Contudo, importa referir que o Estado, por essência, não devia produzir bens e serviços
transaccionáveis porque tem uma função essencialmente executiva, legislativa e judicial
e, portanto, todos os seus órgãos estão dependentes destas funções estatais no serviço da
administração pública.

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2.2 Intervenção Indirecta

Para ISCED (2016), “quando o Estado não é ele próprio sujeito económico, mas limita-
se a condicionar, a partir de fora, a actividade económica privada, sem assumir o papel
de sujeito económico activo – trata-se da “regulação” (p. 69). A intervenção indirecta do
Estado efectua-se a 3 níveis, designadamente: Política económica, Fomento económico e
Investimento.

2.2.1 A Política Económica


É o conjunto de medidas tomadas pelo Estado em ordem a influenciar a economia e
orientar o seu desenvolvimento. Portanto, a política económica consiste na definição de
medidas orçamentais, monetárias, salariais, de preços, de emprego, ordenamento
territorial, concorrenciais, fiscais e outras, em ordem a influenciar o comportamento dos
agentes económicos (ISCED, 2016, p. 69).

2.2.2 O Fomento Económico


Para ISCED (2016), pode consistir na concessão de crédito pelo Estado, de benefícios
fiscais como redução e isenção, bonificação de juros, bem como subsídios. Portanto, o
fomento económico pode compreender: isenções fiscais; redução de impostos, subsídios
financeiros, crédito, aval, isenção ou redução de direitos aduaneiros, facilidade de
exportação e reexportação de bens, etc (p. 69).

3 Intervencionismo, Dirigismo e Planificação


O governo Moçambicano embarcou em uma série de reformas macroeconómicas
destinadas a estabilizar a economia. Essas medidas, combinadas com a assistência dos
doadores e com a estabilidade política desde as eleições multipartidárias em 1994,
levaram a melhorias dramáticas na taxa de crescimento do país. A inflação foi reduzida
para um dígito durante o final dos anos 1990, embora tenha voltado para dois dígitos em
2000-02.

Quanto à doutrina inspiradora (elementos ideológicos, em termos qualitativos e


quantitativos), de acordo com ISCED (2016), a intervenção do Estado caracteriza-se
segundo 3 formas distintas: intervencionismo, dirigismo e planificação.

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3.1 Intervencionismo

Existe quando o Estado, respeitando no essencial a liberdade de actuação dos agentes


económicos privados, procura realizar objectivos próprios relativos ao conjunto da
economia, condicionando ou influenciando com tal fim a actividade dos particulares.

3.2 Dirigismo (ou direcção económica)

Existe quando o Estado formula objectivos globais e pretende propô-los, ou até impô-los,
aos sujeitos económicos. Dirige assim a sua actividade (em vez de se limitar a corrigi-la),
embora com respeito pelos princípios essenciais da liberdade económica e pelo mercado
como instrumento regulador.

3.3 Planificação

ISCED (2016), sustenta que:

Existe quando o Estado define objectivos globais e sectoriais e estratégias de


comportamento por ele ditadas, impondo-as, mediante o Plano imperativo, à generalidade
dos sujeitos económicos, aos principais sujeitos económicos, ou só aos sujeitos
produtivos. De qualquer forma o mercado deixa de ser o principal instrumento regulador
do sistema, passando essa função a ser exercida pelo Plano e diferentes planos sectoriais.
O Plano é um documento adoptado pelo poder público, que analisa a evolução nacional,
identifica os problemas e define a orientação que seja pertinente (p. 70).

Nos países de economia de mercado, o plano é um instrumento político meramente


indicativo, pois não determina a conduta dos agentes – a economia assenta sempre na
liberdade de decisão desses agentes económicos. Nos países de economia centralizada, o
plano é um instrumento fundamental da actividade económica e tem um carácter
vinculativo quer ao sector público, quer privado.

A diferença entre intervencionismo e dirigismo é essencialmente qualitativa. Enquanto


o intervencionismo se reduzia às intervenções pontuais sem outro objectivo que não o da
resolução de problemas conjunturais, o dirigismo, característico do pós-guerra, já
pressupõe uma actividade coordenada com vista à obtenção de certos fins, nomeadamente
de ordem sócio-económica, e já não somente arrecadar receitas.

A diferença entre dirigismo e planificação é de ordem quantitativa. A planificação é um


dirigismo por planos. A diferença reside no carácter mais racional do documento
planificatório, ou seja, o Plano é mais detalhado, mais organizado, mais sistemático e
mais racional.

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3.4 Intervenção imediata e intervenção mediata:

3.4.1 Intervenção Imediata (ou directa)


Segundo ISCED (2016), “quando o Estado intervém directamente na economia e
prossegue objectivos económicos, adoptando medidas de conteúdo económico e com fins
económicos. (ex.: nacionalizações, criação de Empresas Públicas, e medidas de apoio ou
fomento de actividades económicas)”.

3.4.2 Intervenção Mediata (ou indirecta)


“Quando o Estado adopta medidas que não têm apenas fins económicos, mas também
sociais ou outros, apesar de se repercutirem na política económica” (ISCED, 2016, p. 72).
Neste tipo de intervenção o Estado não intervém na economia, mas sim sobre a economia.
(ex.: aumento ou diminuição de impostos sobre o rendimento das empresas ou sobre o
trabalho; abertura de linhas de crédito a favor da construção social; diminuição das taxas
de juro, etc.).

3.5 Intervenção unilateral e intervenção bilateral ou contratual

3.5.1 Intervenção Unilateral


ISCED (2016), afirma que;

Quando o Estado adopta unilateralmente medidas proibitivas ou de autorização de prática


de certas actividades através da edição de normas legais e regulamentares, da fiscalização
da sua observância (vigilância, inspecção) e de actos administrativos de carácter
preventivo (licenças, autorizações) ou repressivo (multas). Quando o Estado nacionaliza
ou privatiza, aumenta os impostos ou as taxas de juro, apoia um sector, etc., estamos
perante intervenções unilaterais (p. 72).

Estas intervenções são as tradicionais e ainda maioritárias. No entanto, cada vez mais se
acentua a tendência para o Estado intervir ao abrigo de formas convencionais e contratuais
do exercício da autoridade.

3.5.2 Intervenção Bilateral ou Contratual


Quando se opta por formas convencionais e contratuais do exercício da autoridade,
procurando-se a prévia adesão dos parceiros sociais, assegura-se uma maior eficácia da
intervenção estatal, para além de garantir um clima de paz social em todo o processo de
intervenção (ISCED, 2016, p. 72).

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Trata-se de uma intervenção baseada numa relação jurídica contratual com tendência
para, em conjunto, o Estado e agentes económicos realizarem uma acção concertada no
campo económico. (ex.: a oferta por parte do Estado de reduções fiscais às empresas em
troca de um aumento de investimento, o que é completamente diferente, em termos de
efeitos esperados, da medida unilateral de reduções fiscais).

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CONCLUSÃO
Finda a realização do trabalho foi possível concluir o seguinte:

No computo geral, podemos compreender que a intervenção do Estado no domínio


econômico é ato que restringe, condiciona ou suprime a iniciativa privada em determinada
área econômica, tendo como finalidade o desenvolvimento nacional e a justiça social,
assegurando os direitos e garantias individuais. Não só, a Intervenção do Estado é um
fenómeno historicamente permanente, diferindo em quantidade e qualidade. É também
um fenómeno geral, que se manifesta em sistemas muito diversos.

Importa salientar que, a intervenção direta da actividade econômica pelo Estado, quanto
o Estado agindo como agente normativo e regulador da atividade econômica. Com isso,
pode estatal pode ser um agente econômico ou um agente disciplinador da economia. Na
intervenção indirecta, o Estado tem função de agente normativo e regulador da atividade
econômica, exercendo, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor
privado.

O Estado passou a intervir em prol da justiça social por meio de uma distribuição justa de
renda e, finalmente, atuar no setor econômico como empresário. Contudo, tal atuação
acontece apenas dentro das limitadas hipóteses constitucional. De tal modo, o Estado só
atua como empresário nas situações em que há interesse coletivo relevante ou pela
manutenção da soberania nacional.

Finalmente, é evidente a necessidade da intervenção direta do Estado na economia


nacional, com fim precípuo de equilibrar o mercado reduzindo as sequelas emanadas de
flutuações no mercado interno e externo. Através de políticas sociais destinadas a
minimizar as desigualdades econômicas, corrigir deficiências do mercado de trabalho, o
Estado tem o dever/poder de atuar na mitigação das crises internas fruto da globalização
responsável pelas mudanças na estrutura do país em frente a outros Estados.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bobbio, N. (2000). Igualdade e liberdade. (4ª. Ed). Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.

Dallari, D, A. (1991). Elementos de teoria geral do Estado. (16ª. Ed). São Paulo: Saraiva.

ISCED. (2016). Manual de Licenciatura em Direito: Direito Económico. Beira,


Moçambique.

Lenza, P. (2011). Direito Constitucional Esquematizado. (15ª. Ed). São Paulo: Saraiva.

Sousa Franco, A (1995). Finanças Públicas e Direito Economico. Lisboa, Portugal:


Planeta.

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