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C 364
MANUAL DE FORMAÇÃO
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Índice
1. Conteúdos ........................................................................................................................... 3
2. Socialização – conceitos ..................................................................................................... 4
3. Definição.............................................................................................................................. 6
4. Características..................................................................................................................... 7
5. Aspetos consideráveis na sociedade ............................................................................... 16
6. Socialização – agentes ...................................................................................................... 23
7. Tipos de agentes ............................................................................................................... 24
7.1 Família: ......................................................................................................................... 24
7.2 Amigos ........................................................................................................................... 26
7.3 Escola............................................................................................................................. 29
7.4 Meios de comunicação social (televisão) .................................................................... 30
7.5 Livros, revistas .............................................................................................................. 32
7.6 Atividades/brincadeiras............................................................................................... 32
7.7 Os colegas (entrada no grupo – o isolamento; as relações entre as crianças; a
cooperação e a autonomia) ...................................................................................................... 35
8. Papel dos agentes ............................................................................................................. 38
9. Bibliografia e netgrafia ..................................................................................................... 42
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1. Conteúdos
Socialização - conceitos
Definição
Características
Socialização - agentes
Tipos de agentes
Família
Amigos
Escola
Livros, revistas
Atividades/brincadeiras
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2. Socialização – conceitos
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O psicólogo suíço Jean Piaget, por sua vez, baseia-se no egocentrismo como um dos
aspetos fundamentais da condição humana, o qual é controlado através dos
mecanismos da socialização.
Por fim, podemos mencionar que Robert A. LeVine fez a distinção entre três
momentos fundamentais no processo de socialização: a civilização (transmissão de
cultura), a aquisição do controlo dos impulsos e a aprendizagem das funções.
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3. Definição
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diversos problemas na sua vida social, uma vez que o primeiro momento de
socialização é essencial na construção do caráter do indivíduo.
4. Características
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Jean Piaget
O desenvolvimento do ser humano é ininterrupto e gradativo, obedecendo a certa
ordem e regularidade.
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adolescência e tem um nivelamento final aos dezoito e dezanove anos até vinte e
poucos anos.
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lembro-me muito bem que me chamava à atenção o fato de, nessa faixa etária, o
meu filho dizer coisas do tipo "o meu carro do meu pai", sugerindo, portanto, o
egocentrismo característico desta fase do desenvolvimento. Assim, neste estágio,
embora a criança apresente a capacidade de atuar de forma lógica e coerente (em
função da aquisição de esquemas sensoriais-motores na fase anterior) ela
apresentará, paradoxalmente, um entendimento da realidade desequilibrado (em
função da ausência de esquemas conceituais).
Período das operações formais (12 anos em diante): nesta fase a criança,
ampliando as capacidades conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar
sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais
abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da
lógica formal. Com isso, a criança adquire "capacidade de criticar os sistemas
sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e
constrói os seus próprios (adquirindo, portanto, autonomia)".
De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua
forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que
persistirá durante a idade adulta. Isso não quer dizer que ocorra uma estagnação
das funções cognitivas, a partir do ápice adquirido na adolescência, como enfatiza
Rappaport, "esta será a forma predominante de raciocínio utilizada pelo adulto. O
seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos tanto
em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos de
funcionamento mental".
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5. Aspetos consideráveis na sociedade
Uma criança que seja incentivada a brincar durante muito tempo sozinha,
tende a apresentar comportamentos de isolamento. Por outro lado, se a criança for
estimulada apenas a estar em grupos, tende, com o passar do tempo, a apresentar
problemas de concentração.
Assim, é importante que as crianças tenham momentos dedicados a
brinquedos individuais como massinhas, jogos de memória, quebra-cabeças, bem
como, momentos de convívio com os colegas, inclusive até mesmo usando os
brinquedos que utilizam nas suas brincadeiras solitárias.
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A partir desta idade, contar histórias, desenvolver a imaginação das
crianças ouvindo as histórias que elas inventam e desenvolver atividades teatrais é
o reconhecimento de que as crianças já estão a caminhar para se tornarem
indivíduos na sociedade.
O período do desenvolvimento compreendido entre o 3º e o final do 5º ano
de vida é chamado de idade pré-escolar. Nesta fase, a criança conquista
importantes habilidades, principalmente em relação à linguagem e à socialização, o
que contribui para que se torne mais independente e com capacidade de afirmar
sua personalidade de forma única e peculiar.
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Na faixa de dois a três anos, a criança começa a ter consciência da genitália e
das diferenças entre os sexos, o que a leva a começar um processo de busca de
compreensão dos papéis feminino e masculino.
E na fase pré-escolar? Para os psicanalistas, neste período a criança
encontra-se no estágio fálico do desenvolvimento psicossexual. Entre três e cinco
anos, a libido está voltada à região genital. Não raras vezes, observam-se
comportamentos naturais às dúvidas e descobertas em relação ao próprio corpo,
como a masturbação e a ansiedade em relação a ferimentos.
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maneira de solucionar problemas e cooperar com os outros, o que resultará num
avanço significativo da sua autonomia e autossuficiência.
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Como explicar o que é respeito? Ainda mais para uma cabecinha de cinco ou
seis anos? Os pais e os professores precisam mostrar aos filhos como eles devem
tratar as pessoas ao seu redor. Se as crianças forem educadas desde cedo a ter
respeito, melhores cidadãos serão.
É preciso ter noção de que a criança presta atenção a tudo ao seu redor,
desde gestos a olhares, portanto é preciso ter muito cuidado com o que se faz ou
diz à frente de uma criança. As situações vão surgindo e cabem aos pais ou
responsáveis educativos estarem atentos para explicar os porquês de cada
comportamento.
O principal é sempre dar o exemplo dentro de casa. Essa é forma mais
correta de fazer a criança entender o que é tratar bem o outro. Não adianta ensinar
a não maltratar se os pais fazem isso no trânsito, por exemplo. As atitudes
relacionadas ao respeito estão intimamente ligadas ao que vemos dos nossos pais.
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O conceito de tratar bem as pessoas é válido para todos, desde colegas da
escola até aos membros da família. Se for transmitido adequadamente e assimilado
pela criança, em qualquer situação ou ambiente em que ela esteja, com certeza,
conseguirá agir de maneira adequada e transmitir os valores de educação. A
educação de uma criança está nos nossos gestos, olhares e atitudes.
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6. Socialização – agentes
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7. Tipos de agentes
7.1Família: ~
Há que ter em conta que desde tenra idade a criança compreende que a
resposta imediata dos pais aos seus apelos significa que os seus atos podem
exercer um efeito nas pessoas e no meio ambiente (Yarrow et alii, 1975). Importa
salientar que as famílias têm características diferentes. Os pais de uma classe social
baixa sofrem numerosas situações de stress (problemas económicos, excesso de
trabalho, um número elevado de filhos, etc), o que lhes diminui, significativamente,
não só o tempo disponível para interagirem com os filhos como a sua própria
disponibilidade mental.
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companheiros e da aceitação dos companheiros relativamente à criança. Y. Winder
e Rau (1962) salientam que os pais e as mães das crianças que são bem aceites
pelos colegas raras vezes recorrem ao castigo físico para repreenderem os seus
filhos. Referem, igualmente, que as mães destas crianças recorrem muito pouco à
negação de privilégios como forma de castigo, enquanto os pais fazem avaliações
favoráveis às suas competências (condutas que podem ser interpretadas como
sinais de aceitação). Do exposto, conclui-se que os investigadores consideram a
atitude dos pais essencial, porque uma inadequada relação com as figuras de apego
(pai ou mãe, em geral) são fatores impeditivos para a criança se sentir segura e
independente, o que lhe dificulta e reduz a interação com o grupo de pares. Ao não
adquirir competências sociais, a criança fracassa nas poucas tentativas que faz
para se aproximar das outras crianças, fracasso que contribui, uma vez mais, para
diminuir a sua competência social.
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brincadeiras com outras crianças a fim de o compensarem dos possíveis efeitos
negativos decorrentes desse facto. A interelação promovida por estes pais funciona
como um elemento facilitador da sua entrada no jardim-de-infância.
7.2Amigos
Para compreendermos a influência que os grupos jovens, devem ser referidos dois
processos sociopsicológicos bastante relevantes:
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Todos aqueles que possuírem uma baixa autoconfiança ou auto estima são
bastante conformistas.
Todos aqueles que se sentem incompetentes nas mais variadas situações
são propensos a seguir orientações alheias.
O estatuto dentro do grupo influencia também o grau de conformidade: os
jovens que no seu grupo ocuparem posições médias ou baixas são mais
conformistas que os líderes.
As capacidades sociocognitivas marcam também de forma relevante o nível
de conformidade dos jovens.
A amizade
“Amizade: s.f. afeição por uma pessoa; simpatia; dedicação; atração (do latim
amicitãte-)”
O termo amizade significa possuir relações pessoais próximas nas quais
existe uma apreciação e valorização mútuas. Os jovens consideram os amigos
como pessoas com quem compartilham pensamentos e sentimentos comuns,
pessoas que são menos competitivas e que se comportam de uma forma mais
equitativa em relação a eles do que os outros jovens. A personalidade dos amigos e
as formas pelas quais respondem uns aos outros, tornam-se os temas centrais da
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amizade. A ênfase é colocada na lealdade, na fidelidade e no respeito pela confiança
mútua.
7.3Escola
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A socialização que os alunos recebem dos professores, outros elementos da
escola e outros estudantes ocorre em simultâneo com o que eles aprendem em
família e sobrepõe‐se –lhe. .
Hoje em dia, não se pode falar em socialização sem falar em escola, e vice-
versa, pois elas complementam-se. A escola transmite aos alunos todos os
conhecimentos necessários para estes poderem viver numa determinada
sociedade, pois é responsável pela construção de identidades dos elementos de
socialização elaborados e transmitidos pela família.
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Através da publicidade, exaltam o valor social de certas qualidades: beleza;
juventude; êxito; riqueza…
Os media dão acesso a conhecimentos que dependem muito das nossas atividades
sociais. Além de veículos de informação, são também veículos de valores que, de
forma consciente ou inconsciente, moldam a nossa forma de pensar, de sentir e de
agir, o que os torna importantes agentes de socialização.
A tecnologia da mídia tem tornado a comunicação cada vez mais fácil. Hoje
as crianças são incentivadas a utilizar meios de comunicação na escola e devem ter
uma compreensão geral das diversas tecnologias disponíveis. A internet é sem
dúvida uma das ferramentas mais eficazes na mídia de comunicação. Ferramentas
como o e-mail, MSN, Facebook, etc, tornaram as pessoas mais próximas e criaram
novas comunidades online. No entanto, alguns podem argumentar que certos tipos
de mídia podem dificultar a comunicação face-a-face e, portanto, podem resultar
em complicações como a fraude de identidade.
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7.5Livros, revistas
7.6Atividades/brincadeiras
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É preciso lembrar que a brincadeira é um processo essencial para o
desenvolvimento das habilidades infantis não apenas um entretenimento, a
brincadeira em grupo favorece a cooperação, competição, através dessas
interações sociais as crianças aprendem a falar expressar suas ideias, organizar
emoções.
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acordo com a idade em que acontece ela é uma ferramenta de grande relevância,
de fundamental importância para o seu crescimento e aprendizado.
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interação social que a criança desenvolve suas potencialidades humanas, entrando
em contato com mundo externo e se tornando sociável.
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Os amigos aparecem como proteção pois a socialização a que são expostos
unificam as suas relações. O tempo que passam juntos é justificado como o mais
relevante nas suas vidas, visto ser neste que realizam os seus desejos e interesses,
vivendo o quotidiano não como a sociedade o vê, mas como eles o constroem.
Como refere Pais (1993), a aparência é uma expressão de identidade entre
os grupos de jovens que permitem a diferenciação entre grupos, referindo-se a
título particular o vestuário, que aparece como instrumento de identificação
grupal, através do seu poder simbólico. Através desta marca, os jovens afirmam-se
socialmente e como salienta Weber (in Fischer, 1993) é um meio de diferenciação
de status. Também o vocabulário reforça essa diferenciação de grupos.
Desta forma, entre os diferentes grupos são registados diferentes mapas de
significados, interpretando a própria realidade de forma diferente, mas reforçando
a identidade e solidariedade grupal que pode mesmo tornar-se um objeto de
provocação e/ou agressão.
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durante a adolescência foi talvez exagerada, em particular porque as correlações são
muitas vezes estabelecidas a partir de declarações de jovens sobre a sua própria
delinquência e a dos seus amigos.”
Os amigos podem ser fonte de apoio mas também de perseguição [como sucede no
caso do bullying].»
Richard T. Schaefer, Sociologia, 6ª edição, McGraw-Hill, São Paulo, 2006, pp. 93 e 94.
Para Karl Marx, as relações sociais que os homens estabelecem entre si, e que
constituem a sua existência social, decorrem das forças produtivas e dos modos de
apropriação dos meios de produção. "As relações sociais estão intimamente ligadas
às forças produtivas. Ao adquirir novas forças produtivas, os homens mudam o seu
modo de produção e ao mudar o seu modo de produção, a maneira de ganhar a
vida, alteram todas as suas relações sociais" (Rocher). A História mostra-nos que a
um determinado estádio do desenvolvimento das forças produtivas corresponde
um tipo determinado de "relações de produção", que são o conjunto de relações
estabelecidas pelos homens com vista à produção.
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encontrar alguns tipos de compreensão e ainda refúgio apesar de todos os
conflitos.
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9. Bibliografia e netgrafia
http://www.sobresites.com/psicologia/
http://www.psicologia.pt/
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