Você está na página 1de 42

Certificação Nº.

C 364

MANUAL DE FORMAÇÃO

UNIDADE DE FORMAÇÃO DE CURTA DURAÇÃO 3250

PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA

Área de Formação: 761 – Serviços de Apoio a Crianças e Jovens


Entidade Formadora: Avalforma – Formação e Consultoria, Lda.
Conceção/Autoria: Orlando Teixeira Loureiro
Validação: Maria Eugénia Amaro (Gestora da Formação)

Documento: D7 Página 1 de 42
Certificação Nº. C 364
Índice

1. Conteúdos ........................................................................................................................... 3
2. Socialização – conceitos ..................................................................................................... 4
3. Definição.............................................................................................................................. 6
4. Características..................................................................................................................... 7
5. Aspetos consideráveis na sociedade ............................................................................... 16
6. Socialização – agentes ...................................................................................................... 23
7. Tipos de agentes ............................................................................................................... 24
7.1 Família: ......................................................................................................................... 24
7.2 Amigos ........................................................................................................................... 26
7.3 Escola............................................................................................................................. 29
7.4 Meios de comunicação social (televisão) .................................................................... 30
7.5 Livros, revistas .............................................................................................................. 32
7.6 Atividades/brincadeiras............................................................................................... 32
7.7 Os colegas (entrada no grupo – o isolamento; as relações entre as crianças; a
cooperação e a autonomia) ...................................................................................................... 35
8. Papel dos agentes ............................................................................................................. 38
9. Bibliografia e netgrafia ..................................................................................................... 42

Documento: D7 Página 2 de 42
Certificação Nº. C 364

1. Conteúdos

 Caracterizar o processo de socialização da criança.

 Socialização - conceitos

 Definição

 Características

 Aspetos consideráveis na sociedade

 Socialização - agentes

 Tipos de agentes

 Família

 Amigos

 Escola

 Meios de comunicação social (televisão)

 Livros, revistas

 Atividades/brincadeiras

 Os colegas (entrada no grupo – o isolamento; as relações entre as crianças; a


cooperação e a autonomia)

 Papel dos agentes

Documento: D7 Página 3 de 42
Certificação Nº. C 364
2. Socialização – conceitos

Chama-se socialização ou sociabilização ao processo através do qual os indivíduos


aprendem e interiorizam as normas e os valores de uma determinada sociedade e
de uma cultura específica. Esta aprendizagem permite-lhes obter as capacidades
necessárias para desempenharem com êxito o seu papel de interação social.
Por outras palavras, a socialização é a tomada de consciência (ou
consciencialização) da estrutura social que envolve uma pessoa. O processo é
possível graças à ação dos chamados agentes sociais, que são as instituições e os
sujeitos representativos com capacidade para transmitir os elementos culturais
apropriados.
Os agentes sociais de maior relevância são a escola e a família, embora não sejam
os únicos.

Na sociologia, o processo de socialização é fundamental para a construção das


sociedades a qual ocorre em diversos espaços sociais. Ou seja, é pelo processo de
socialização que os indivíduos interagem e se integram por meio da comunicação,
ao mesmo tempo que constroem a sociedade.
A socialização (efeito de ser tornar social) está relacionada com a assimilação de
hábitos culturais bem como ao aprendizado social dos sujeitos, na medida em que
por meio dela os indivíduos aprendem e interiorizam as regras e valores de
determinada sociedade, os quais vão se sentido membro e, portanto, se integrando
a ela.
Assim, desde criança os seres humanos vão-se socializando mediante as normas,
valores e hábitos dos grupos sociais que o envolvem. Nesse processo, todos os
sujeitos sociais sofrem influência comportamentais.

O Austríaco Sigmund Freud, o pai da psicanálise, definiu a socialização do ponto de


vista do conflito, como sendo o processo através do qual os indivíduos aprendem a
conter os seus instintos inatos antissociais.

Documento: D7 Página 4 de 42
Certificação Nº. C 364
O psicólogo suíço Jean Piaget, por sua vez, baseia-se no egocentrismo como um dos
aspetos fundamentais da condição humana, o qual é controlado através dos
mecanismos da socialização.
Por fim, podemos mencionar que Robert A. LeVine fez a distinção entre três
momentos fundamentais no processo de socialização: a civilização (transmissão de
cultura), a aquisição do controlo dos impulsos e a aprendizagem das funções.

Documento: D7 Página 5 de 42
Certificação Nº. C 364
3. Definição

Importante notar que existem diferentes processos de socialização de


acordo com a sociedade que estamos inseridos. Qualquer que seja a classe social e
a realidade, os processos de socialização são muito diversos e podem ocorrer entre
pessoas que vivem numa favela, por exemplo, ou entre os burgueses que habitam a
zona sul de São Paulo.
No entanto, seja qual for a cor, a etnia, a classe social, todos os seres
humanos desde cedo estão em constante processo de socialização, seja na escola,
na igreja, na faculdade, no trabalho. Alguns fatores podem afetar esse processo, por
exemplo, um local marcado por guerras.
As consequências dos processos de socialização geralmente são positivas e
resultam na evolução da sociedade e dos indivíduos. Por outro lado, as pessoas que
não se socializam podem apresentar muitos problemas psicológicos,
determinados, por exemplo, pelo isolamento social.
O processo de socialização vem-se alterando ao longo do tempo, através das
mudanças da sociedade. Para tanto, podemos observar que os processos de
socialização da antiguidade e da atualidade são bem distintos, com a evolução dos
meios de comunicação e o avanço tecnológico.
Os processos de socialização estão classificados em dois tipos:
Socialização Primária: como o próprio nome já indica, esse tipo de
socialização ocorre na infância e se desenvolve no meio familiar. Aqui, a criança
tem contato com a linguagem e vai compreendendo as relações sociais primárias e
os seres sociais que a compõem. Além disso, é nesse estágio em que são
interiorizados normas e valores. A família torna-se a instituição social mais
fundamental desse momento.
Socialização Secundária: nesse caso, o indivíduo já socializado
primariamente vai interagindo e adquirindo papéis sociais determinada pelas
relações sociais desenvolvidas, bem como a sociedade que está inserido. Se por
acaso o sujeito social teve uma socialização primária afetada, isso poderá gerar

Documento: D7 Página 6 de 42
Certificação Nº. C 364
diversos problemas na sua vida social, uma vez que o primeiro momento de
socialização é essencial na construção do caráter do indivíduo.
4. Características

Como processo pelo qual o sujeito aprende os elementos socioculturais do


seu meio, a socialização torna possível a manutenção da sociedade e a transmissão
da sua cultura de geração em geração. A socialização pode ser entendida como a
interiorização das normas sociais. Neste sentido, o indivíduo impõe a si mesmo as
regras sociais pois elas fazem sentido para si; o indivíduo é o sujeito do seu próprio
constrangimento. A socialização pode também ser concebida como um elemento
essencial da interação na medida em que as pessoas desejam fazer valer a sua
autoimagem através da obtenção do reconhecimento dos outros. Neste sentido, os
indivíduos adotam o ambiente social em que vivem sendo voluntariamente objeto
do constrangimento exercido pelos outros.

Numa primeira fase da vida de um ser humano, a socialização é levada a


cabo pela família. Numa segunda fase, a escola assume papel ativo nessa
socialização.
Numa terceira fase, como adulto, a socialização ocorre através da assunção dos
papéis sociais que o individuo desempenha.
Já sabemos que na socialização primária a criança estabelece relações com
os indivíduos integrantes de determinada cultura. Mas como se desenvolve o
intelecto da criança?

Documento: D7 Página 7 de 42
Certificação Nº. C 364
Jean Piaget
O desenvolvimento do ser humano é ininterrupto e gradativo, obedecendo a certa
ordem e regularidade.

O desenvolvimento processa-se por etapas (fases/estágios). As etapas do


desenvolvimento seguem uma sequência. Essa sequência é invariável (O indivíduo
não pode “saltar” etapas, embora possa passar por certas etapas mais depressa, ou
mais devagar que os outros). O processo de desenvolvimento ocorre ao longo de
toda a vida do indivíduo.

Desde a conceção até à maturidade há um paralelo no desenvolvimento do


organismo, do cérebro e do comportamento

As capacidades mentais e comportamentais só surgem com base na


maturação do sistema nervoso (em que inclui o cérebro) e de todo o organismo.
Por exemplo – Uma criança só começa a andar quando as suas pernas têm uma
maturação óssea e muscular adequada à marcha, mas o seu sistema nervoso e o
ouvido interno têm que ser capazes de manter e regular o equilíbrio corporal e
motor. As aquisições necessárias à transição de um estádio do desenvolvimento
para outro não são feitas instantaneamente, ocorrem ao longo do tempo.

O que ocorre em cada fase do desenvolvimento, influencia as outras. Um


trauma na infância pode levar a que um adulto exiba determinados
comportamentos resultantes desse trauma. A não aquisição de competências das
fases do desenvolvimento que lhes são propícias pode comprometer seriamente as
fases seguintes (como no caso do menino selvagem).

A velocidade e a intensidade do processo de desenvolvimento não são as


mesmas ao longo de todo o processo.

O processo de desenvolvimento é rápido na primeira infância, depois lento ,


torna-se rápido outra vez durante o surto de crescimento pré-pubertário, lento na

Documento: D7 Página 8 de 42
Certificação Nº. C 364
adolescência e tem um nivelamento final aos dezoito e dezanove anos até vinte e
poucos anos.

O desenvolvimento é o processo pelo qual o ser humano se forma enquanto


ser bio-sócio-cultural, desde o momento da conceção, até à sua morte. Este
processo dá-se como uma interação constante entre o indivíduo (as suas
estruturas biológicas e mentais) e o meio em que se encontra inserido.

Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana que são


caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das
diversas faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento. São eles:

 1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos)

 2º Período: Pré-operatório (2 a 7 anos)

 3º Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)

 4º Período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)

Cada uma dessas fases é caracterizada por formas diferentes de organização


mental que possibilitam as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a
realidade que o rodeia. De uma forma geral, todos os indivíduos vivenciam essas 4
fases na mesma sequência, porém o início e o término de cada uma delas pode
sofrer variações em função das características da estrutura biológica de cada
indivíduo e da riqueza (ou não) dos estímulos proporcionados pelo meio ambiente
em que ele estiver inserido. Por isso mesmo é que "a divisão nessas faixas etárias é
uma referência, e não uma norma rígida. Abordaremos, a seguir, sem entrar em
uma descrição detalhada, as principais características de cada um desses períodos.

Documento: D7 Página 9 de 42
Certificação Nº. C 364

 Período Sensório-motor (0 a 2 anos): segundo La Taille (2003), Piaget usa a


expressão "a passagem do caos ao cosmo" para traduzir o que o estudo sobre a
construção do real descreve e explica. De acordo com a tese piagetiana, "a criança
nasce num universo para ele caótico, habitado por objetos evanescentes (que
desapareceriam uma vez fora do campo da perceção), com tempo e espaço
subjetivamente sentidos, e causalidade reduzida ao poder das ações, em uma
forma de onipotência" (id ibid). No recém-nascido, portanto, as funções mentais
limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos. Assim sendo, o universo que
circunda a criança é conquistado mediante a perceção e os movimentos (como a
sucção, o movimento dos olhos, por exemplo).

Documento: D7 Página 10 de 42
Certificação Nº. C 364

Progressivamente, a criança vai aperfeiçoando tais movimentos reflexos e


adquirindo habilidades e chega ao final do período sensório-motor já se
concebendo dentro de um cosmo "com objetos, tempo, espaço, causalidade
objetivados e solidários, entre os quais situa a si mesma como um objeto
específico, agente e paciente dos eventos que nele ocorrem" (id ibid).

Ao nascer, a conduta da criança é determinada hereditariamente. Ela


desenvolve os reflexos inatos, como, por exemplo o de sugar, por meios de
exercícios funcionais, que são exercícios de repetição dos seus atos. Na interação
com os objetos e pessoas, a criança vai assimilando suas próprias reações aos
estímulos que recebe.
A partir dessas repetições e, consequentemente, assimilações, a criança vai
construindo aos poucos uma lógica de ação. Por meio da ação, a criança refere-se
aos acontecimentos, recorda-os e pode produzi-los.
O universo que inicialmente estava centrado no corpo da criança e na sua ação, vai
sendo descentrado de tal forma que ela acaba por se situar como alguém num
universo maior, num universo de objetos permanentes.

 Período pré-operatório (2 a 7 anos): para Piaget, o que marca a passagem


do período sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função
simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da linguagem. Nessa conceção, a
Documento: D7 Página 11 de 42
Certificação Nº. C 364
inteligência é anterior à emergência da linguagem e por isso mesmo "não se pode
atribuir à linguagem a origem da lógica, que constitui o núcleo do pensamento
racional." Na linha piagetiana, desse modo, a linguagem é considerada como uma
condição necessária mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe um
trabalho de reorganização da ação cognitiva que não é dado pela linguagem,
conforme alerta La Taille (1992). Numa palavra, isso implica entender que o
desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência.

Todavia, conforme demonstram as pesquisas psicogenéticas, a emergência


da linguagem acarreta modificações importantes nos aspetos cognitivos, afetivos e
sociais da criança, uma vez que ela possibilita as interações interindividuais e
fornece, principalmente, a capacidade de trabalhar com representações para
atribuir significados à realidade. Tanto é assim, que a aceleração do alcance do
pensamento neste estágio do desenvolvimento, é atribuída, em grande parte, às
possibilidades de contatos interindividuais fornecidos pela linguagem.

Contudo, embora o alcance do pensamento apresente transformações


importantes, ele caracteriza-se, ainda, pelo egocentrismo, uma vez que a criança
não concebe uma realidade da qual não faça parte, devido à ausência de esquemas
conceituais e da lógica. Para citar um exemplo pessoal relacionado à questão,

Documento: D7 Página 12 de 42
Certificação Nº. C 364
lembro-me muito bem que me chamava à atenção o fato de, nessa faixa etária, o
meu filho dizer coisas do tipo "o meu carro do meu pai", sugerindo, portanto, o
egocentrismo característico desta fase do desenvolvimento. Assim, neste estágio,
embora a criança apresente a capacidade de atuar de forma lógica e coerente (em
função da aquisição de esquemas sensoriais-motores na fase anterior) ela
apresentará, paradoxalmente, um entendimento da realidade desequilibrado (em
função da ausência de esquemas conceituais).

A criança, neste período, reconstrói conceitualmente tudo o que, desde o


seu nascimento, constituiu como ação.
Os esquemas sensórios-motores já não são os únicos instrumentos de
aprendizagem e desenvolvimento. A criança possui a capacidade de representação
verbal e de pensamento.

A criança agora é capaz de interagir com o objeto, mesmo ausente, criando


significantes que o representam como desenhos, gestos, palavras ou outros
objetos.
A capacidade de representação da criança manifesta-se de diferentes
formas: a imitação, a brincadeira do faz-de-conta, o desenho, a imagem mental e a
linguagem.
A linguagem escrita também surge neste período, que além de fazer parte
do sistema de representação, começa a ser objeto de interesse da criança.
Nesta fase a criança amplia muito, a sua capacidade linguística, com o uso de
verbos simples, adjetivos e advérbios de tempo e de lugar. Enquanto as crianças
Documento: D7 Página 13 de 42
Certificação Nº. C 364
mais novas falam para si mesmas ainda que estejam juntas com outras crianças, as
mais velhas já são capazes de estabelecer trocas verbais com seus pares e os
adultos.
Vejamos agora a descrição das características do crescimento e desenvolvimento da
criança, bem como algumas breves orientações de acordo com cada idade.

 Período das operações concretas (7 a 11, 12 anos): neste período o


egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de
outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da
criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes (próprios e
de outrem) e de integrá-los de modo lógico e coerente. Um outro aspeto
importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade da criança de
interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não
mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-motor (se lhe
perguntarem, por exemplo, qual é a vareta maior, entre várias, ela será capaz de
responder acertadamente comparando-as mediante a ação mental, ou seja, sem
precisar medi-las usando a ação física).

Contudo, embora a criança consiga raciocinar de forma coerente, tanto os


esquemas conceituais como as ações executadas mentalmente se referem, nesta
fase, a objetos ou situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de
forma concreta. Além disso,) se no período pré-operatório a criança ainda não
havia adquirido a capacidade de reversibilidade, i.e., "a capacidade de pensar
Documento: D7 Página 14 de 42
Certificação Nº. C 364
simultaneamente o estado inicial e o estado final de alguma transformação
efetuada sobre os objetos (por exemplo, a ausência de conservação da quantidade
quando se transvaza o conteúdo de um copo A para outro B, de diâmetro menor)",
tal reversibilidade será construída ao longo dos estágios operatório concreto e
formal.

 Período das operações formais (12 anos em diante): nesta fase a criança,
ampliando as capacidades conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar
sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais
abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da
lógica formal. Com isso, a criança adquire "capacidade de criticar os sistemas
sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e
constrói os seus próprios (adquirindo, portanto, autonomia)".

De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua
forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que
persistirá durante a idade adulta. Isso não quer dizer que ocorra uma estagnação
das funções cognitivas, a partir do ápice adquirido na adolescência, como enfatiza
Rappaport, "esta será a forma predominante de raciocínio utilizada pelo adulto. O
seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos tanto
em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos de
funcionamento mental".

Documento: D7 Página 15 de 42
Certificação Nº. C 364
5. Aspetos consideráveis na sociedade

Uma criança que seja incentivada a brincar durante muito tempo sozinha,
tende a apresentar comportamentos de isolamento. Por outro lado, se a criança for
estimulada apenas a estar em grupos, tende, com o passar do tempo, a apresentar
problemas de concentração.
Assim, é importante que as crianças tenham momentos dedicados a
brinquedos individuais como massinhas, jogos de memória, quebra-cabeças, bem
como, momentos de convívio com os colegas, inclusive até mesmo usando os
brinquedos que utilizam nas suas brincadeiras solitárias.

A observação que as crianças fazem das pessoas e das situações é de


fundamental importância para o comportamento social delas.
No inicio da segunda infância as crianças começam comportar-se
socialmente de maneira mais áspera. Forma que precede os seus comportamentos
sociais
Muitos desses comportamentos apresentam um excesso de qualidades que
são virtudes quando mantidas com moderação.
A criança ainda não aprendeu a quantidade e os estilos próprios desses atos
e atitudes.
Depois de adquirirem um certo conhecimento do mundo, aos 3 anos, elas já
têm iniciativas para falar de si mesmas ou das pessoas que as rodeiam, iniciando as
trocas de ideias.

Documento: D7 Página 16 de 42
Certificação Nº. C 364
A partir desta idade, contar histórias, desenvolver a imaginação das
crianças ouvindo as histórias que elas inventam e desenvolver atividades teatrais é
o reconhecimento de que as crianças já estão a caminhar para se tornarem
indivíduos na sociedade.
O período do desenvolvimento compreendido entre o 3º e o final do 5º ano
de vida é chamado de idade pré-escolar. Nesta fase, a criança conquista
importantes habilidades, principalmente em relação à linguagem e à socialização, o
que contribui para que se torne mais independente e com capacidade de afirmar
sua personalidade de forma única e peculiar.

No início do período, a criança já é capaz de compreender e expressar


sentimentos mais complexos, como amor, tristeza, ciúmes e inveja, tanto no âmbito
verbal como não-verbal. Além disso, demonstra preocupação em ter a aprovação
das pessoas que lhe são queridas: seus pais e cuidadores.
Na fase final, a criança mostra-se apta para enfrentar desafios cada vez mais
complexos no que se refere ao convívio social, já que domina tarefas primárias de
socialização, como controlar os esfíncteres, vestir-se e alimentar-se sozinha, além
das suas emoções estarem mais estáveis.
Segundo a teoria psicanalítica, a primeira fase do desenvolvimento é marcada pela
importância da oralidade. Um pouco mais adiante, entre 18 meses 24 meses de
idade, o controle do próprio corpo (esfíncteres) coincide com um grande desejo de
controlo do mundo e procura de autonomia, o que caracteriza a fase anal.

Documento: D7 Página 17 de 42
Certificação Nº. C 364
Na faixa de dois a três anos, a criança começa a ter consciência da genitália e
das diferenças entre os sexos, o que a leva a começar um processo de busca de
compreensão dos papéis feminino e masculino.
E na fase pré-escolar? Para os psicanalistas, neste período a criança
encontra-se no estágio fálico do desenvolvimento psicossexual. Entre três e cinco
anos, a libido está voltada à região genital. Não raras vezes, observam-se
comportamentos naturais às dúvidas e descobertas em relação ao próprio corpo,
como a masturbação e a ansiedade em relação a ferimentos.

Erik Erikson trouxe uma importante contribuição para os estudos


psicanalíticos sobre a criança em fase pré-escolar ao propor que nesse período o
grande desafio está no desenvolvimento do senso de iniciativa. Nessa fase, a
criança parece dotada de uma energia interminável, que é extravasada
principalmente através do brincar e de atividades motoras (correr, pular, subir,
descer etc.). A criança estará a aprender também como funciona o mundo social e
como ela funciona dentro dele. A confiança na sua própria capacidade de iniciativa,
para Erikson, está bastante associada à criatividade e ao desempenho de tarefas na
idade adulta. Neste período de intensa atividade imaginativa, o mundo de fantasias
parece sobressair-se em relação à realidade.

Documento: D7 Página 18 de 42
Certificação Nº. C 364

Aos quatro anos, a criança é extremamente curiosa, costuma perguntar


tudo. Essa é a famosa fase dos “porquês”, e é nesse momento que começa a
elaborar melhor a linguagem, começa a ter preferências no seu vestir e no arrumar
dos cabelos, está sempre disposta a brincar e realiza pequenas missões.
No período dos cinco aos seis anos, a criança já consegue se movimentar
com confiança para todas as direções, o que evidencia uma real ampliação de suas
capacidades motoras. A utilização da linguagem já é eficiente, a criança sente
orgulho das suas realizações e, algumas vezes, vergonha de seus erros. A sua
memória esta em pleno desenvolvimento. Neste momento, já possui habilidades
sociais para praticar desporto jogos e frequentar a pré-escola.

Em relação ao desenvolvimento cognitivo, Jean Piaget postulou que, nesse


período, a criança encontra-se no estágio pré-operatório, ou seja: torna-se mais
sofisticada no uso do pensamento simbólico e da linguagem, mas, apesar disso,
ainda não é plenamente capaz de pensar logicamente e de compreender operações
como, por exemplo, a reversibilidade. Neste estágio, principalmente no começo do
período, é marcante o egocentrismo do seu pensamento. Um exemplo disso está na
tendência a pensar que cada um de seus pensamentos é comum a todas as outras
pessoas, e que podem sempre ser compreendidos.
Como pode ser visto, a idade pré-escolar caracteriza-se por um intenso
desenvolvimento das habilidades cognitivas, motoras e sociais. A habilidade
crescente de agir sobre o mundo traz consequências psicológicas pra criança: ao
passo que melhora o seu teste de realidade, vê nas capacidades verbais uma

Documento: D7 Página 19 de 42
Certificação Nº. C 364
maneira de solucionar problemas e cooperar com os outros, o que resultará num
avanço significativo da sua autonomia e autossuficiência.

A “mentalidade infantil” é diferente da do adulto, pela estrutura e


funcionamento.
Existe uma ausência de uma verdadeira lógica das relações e das classes, pela
grande dificuldade em considerar a realidade de um ponto de vista realmente
objetivo e pela ausência de normas morais verdadeiras que se impõem com
necessidade.

O pensamento pré-lógico, pré-causal e pré-moral e egocentrismo


manifestam-se nos níveis da linguagem, do raciocínio, da explicação dos
fenómenos físicos e do julgamento moral.
Aqui, os fatores sociais intervirão no aparecimento do raciocínio lógico,
através de uma tomada de consciência dos conteúdos e passos do próprio
pensamento.
A criança que vive uma vida dominada pela obediência às regras de outros
pode desenvolver uma moralidade de obediência cega à autoridade.
A única possibilidade real para influenciar-se o comportamento das
crianças quando estão por sua própria conta é apoiar a construção gradual da
moralidade, conhecimento, inteligência e personalidade

Documento: D7 Página 20 de 42
Certificação Nº. C 364
Como explicar o que é respeito? Ainda mais para uma cabecinha de cinco ou
seis anos? Os pais e os professores precisam mostrar aos filhos como eles devem
tratar as pessoas ao seu redor. Se as crianças forem educadas desde cedo a ter
respeito, melhores cidadãos serão.
É preciso ter noção de que a criança presta atenção a tudo ao seu redor,
desde gestos a olhares, portanto é preciso ter muito cuidado com o que se faz ou
diz à frente de uma criança. As situações vão surgindo e cabem aos pais ou
responsáveis educativos estarem atentos para explicar os porquês de cada
comportamento.
O principal é sempre dar o exemplo dentro de casa. Essa é forma mais
correta de fazer a criança entender o que é tratar bem o outro. Não adianta ensinar
a não maltratar se os pais fazem isso no trânsito, por exemplo. As atitudes
relacionadas ao respeito estão intimamente ligadas ao que vemos dos nossos pais.

Muitos acreditam que as crianças antigamente eram muito mais educadas


do que as de hoje em dia. Isso ocorre devido aos filmes e agressivos que
influenciam o comportamento dos mais jovens. Um maior contacto com situações
de violência influenciaram a mudança de comportamentos das crianças de hoje em
dia.
Outro facto importante é a falta da família reunida. Na correria do dia a dia,
os pais acabam por passar pouco tempo com os filhos e mesmo assim não
demonstram o carinho como deveriam. Por menor que seja o contacto no dia-a-dia
com a criança, esta precisa de ter qualidade. Cabe aos pais dar amor, carinho,
atenção, mas também colocar limites, ensinar sobre a rotina, além de bons hábitos
e maneiras.

Documento: D7 Página 21 de 42
Certificação Nº. C 364
O conceito de tratar bem as pessoas é válido para todos, desde colegas da
escola até aos membros da família. Se for transmitido adequadamente e assimilado
pela criança, em qualquer situação ou ambiente em que ela esteja, com certeza,
conseguirá agir de maneira adequada e transmitir os valores de educação. A
educação de uma criança está nos nossos gestos, olhares e atitudes.

Documento: D7 Página 22 de 42
Certificação Nº. C 364
6. Socialização – agentes

Os mecanismos da socialização são postos em ação por um certo número de


agentes sociais privilegiados denominados agentes de socialização. É muito difícil
separar a parte de atuação que cabe a cada um dos agentes.
São eles:
A Família: tem um papel determinante nos primeiros anos de vida. É aí que
as crianças adquirem a linguagem e os hábitos do seu grupo social. Estes primeiros
anos de formação são muito importantes na vida dos indivíduos. Normalmente, são
os pais a adaptar os filhos à sociedade. Mas na sociedade atual é através dos filhos
que os pais têm conhecimento de novos fatores culturais. No caso das famílias
imigrantes, os jovens desempenham um papel fundamental na socialização dos
pais pois são as crianças que facilitam a integração dos seus pais.
A Escola: permite à criança entrar num meio social novo que vai ter sobre ela uma
influência fundamental. Tem várias funções – além de proporcionar à criança
instrumentos de trabalho, métodos de reflexão e conhecimentos que lhe vão ser
úteis durante toda a vida, impõe-lhe novas regras e uma disciplina que a liberta
parcialmente do meio e completa a sua formação, aprendendo a conhecer os
outros e o meio que o rodeia.

Os Grupos Sociais: durante toda a vida o homem pertence a grupos sociais e


outras instituições que continuam a sua socialização. Mas os meios mais eficazes
de que a sociedade atual dispõe são os meios de comunicação.

Documento: D7 Página 23 de 42
Certificação Nº. C 364
7. Tipos de agentes

7.1Família: ~

É com os membros da família que a criança inicia o seu processo de


socialização e é igualmente nela que encontra os primeiros objetos de apego.
Vários estudos defendem que o adulto desempenha, nesta fase, um papel fulcral
nos afetos como fonte de estimulação. Schaffer e Emerson (1964) consideraram
que as características mais significativas consistem nas respostas dadas pelo
adulto aos sinais emitidos pela criança assim como à quantidade de interação que
aciona espontaneamente com ele.

Há que ter em conta que desde tenra idade a criança compreende que a
resposta imediata dos pais aos seus apelos significa que os seus atos podem
exercer um efeito nas pessoas e no meio ambiente (Yarrow et alii, 1975). Importa
salientar que as famílias têm características diferentes. Os pais de uma classe social
baixa sofrem numerosas situações de stress (problemas económicos, excesso de
trabalho, um número elevado de filhos, etc), o que lhes diminui, significativamente,
não só o tempo disponível para interagirem com os filhos como a sua própria
disponibilidade mental.

Hoffman (1961) constatou que a interação afetiva existente entre pai/filho


está diretamente relacionada com a aceitação da criança por parte dos

Documento: D7 Página 24 de 42
Certificação Nº. C 364
companheiros e da aceitação dos companheiros relativamente à criança. Y. Winder
e Rau (1962) salientam que os pais e as mães das crianças que são bem aceites
pelos colegas raras vezes recorrem ao castigo físico para repreenderem os seus
filhos. Referem, igualmente, que as mães destas crianças recorrem muito pouco à
negação de privilégios como forma de castigo, enquanto os pais fazem avaliações
favoráveis às suas competências (condutas que podem ser interpretadas como
sinais de aceitação). Do exposto, conclui-se que os investigadores consideram a
atitude dos pais essencial, porque uma inadequada relação com as figuras de apego
(pai ou mãe, em geral) são fatores impeditivos para a criança se sentir segura e
independente, o que lhe dificulta e reduz a interação com o grupo de pares. Ao não
adquirir competências sociais, a criança fracassa nas poucas tentativas que faz
para se aproximar das outras crianças, fracasso que contribui, uma vez mais, para
diminuir a sua competência social.

Os pais não são, no entanto, os únicos elementos da família a ter em conta


relativamente aquele que consideramos ser o primeiro processo de socialização da
criança. A relação com os irmãos não pode ser remetida para segundo plano uma
vez que a família nuclear não é apenas constituída pelos pais da criança. As
relações existentes entre os irmãos assumem também um importante papel no que
respeita ao seu desenvolvimento.
Segundo alguns estudos (por exemplo, Zussman, 1978), os pais vão modificando os
seus métodos de aplicar a disciplina aos filhos à medida que a família vai
aumentando. A este respeito, McGillicuddy-Delisi (1982) afirma que os pais de
famílias numerosas mostram mais o seu poder e têm menos manifestações de
afetividade relativamente aos pais de famílias mais reduzidas.

Os resultados obtidos por Light (1979) confirmam a existência de uma


correlação significativa entre a quantidade da interação exclusiva com os adultos
(mais diminuta, obviamente, no caso de a criança ter irmãos) e o desenvolvimento
da capacidade de adoção de diferentes perspetivas. O autor salienta ainda a
tendência revelada por muitos pais que possuem um único filho para promoverem

Documento: D7 Página 25 de 42
Certificação Nº. C 364
brincadeiras com outras crianças a fim de o compensarem dos possíveis efeitos
negativos decorrentes desse facto. A interelação promovida por estes pais funciona
como um elemento facilitador da sua entrada no jardim-de-infância.

De acordo com o exposto, sempre que nos propusermos abordar a questão do


processo de socialização da criança há que ter em conta os seguintes aspetos:
a interação com os pais;
a natureza e a interação com os irmãos;
a comparação social que resulta do tratamento diferencial dos outros para
com ele e
a interação da criança com outros companheiros.

7.2Amigos

A influência dos amigos na socialização pode ser de dois tipos:

 Informal – os colegas funcionam como fontes de conhecimento acerca de

padrões comportamentais, atitudes, valores e consequências dos mesmos em


diferentes situações. Nestes grupos há uma grande partilha de vivências e
experiências, o que contribui para que o adolescente tome contacto, através dos
seus colegas, com diversas realidades, quer positivas, quer negativas como o
tabaco e a droga.

 Normativa – o grupo exerce uma pressão social sobre o jovem, no sentido

de este se comportar de acordo com os padrões seguidos pelos outros elementos


do grupo. De facto, muitos jovens, para que possam ingressar em determinados
grupos sofrem pressões para que adquiram certos hábitos caraterísticos do grupo.

Para compreendermos a influência que os grupos jovens, devem ser referidos dois
processos sociopsicológicos bastante relevantes:

Documento: D7 Página 26 de 42
Certificação Nº. C 364

Comparação social – o comportamento e as capacidades dos outros

constituem os termos de comparação, de acordo com os quais os jovens fazem a


sua autoavaliação. Este processo desencadeado pelo jovem pode ter consequências
benéficas mas também maléficas.

Conformidade - consiste na adoção do mesmo comportamento ou atitudes

que os outros adotaram.

Confrontando estes dois processos, verificamos que a comparação social não


conduz apenas à adoção de determinadas formas de atuação, mas também a
alterações a nível da autoestima e da autoimagem, à persistência em certas tarefas
e atividades, bem como outros efeitos pessoais e sociais. Contudo a conformidade
nem sempre envolve comparação social: os adolescentes podem apresentar o
mesmo comportamento dos colegas que os rodeiam, devido ao facto de terem sido
previamente ensinados a comportarem-se dessa forma, ou esse comportamento
pode ser até resultado das recompensas e punições dadas pelos colegas.
 Sabemos que os jovens são particularmente suscetíveis às influências
externas, mas mesmo durante a adolescência há alguns indivíduos que são mais
conformistas que outros.

Enunciamos agora, alguns fatores individuais de conformidade:

Documento: D7 Página 27 de 42
Certificação Nº. C 364

Todos aqueles que possuírem uma baixa autoconfiança ou auto estima são
bastante conformistas.
Todos aqueles que se sentem incompetentes nas mais variadas situações
são propensos a seguir orientações alheias.
O estatuto dentro do grupo influencia também o grau de conformidade: os
jovens que no seu grupo ocuparem posições médias ou baixas são mais
conformistas que os líderes.
As capacidades sociocognitivas marcam também de forma relevante o nível
de conformidade dos jovens.

A amizade

“Amizade: s.f. afeição por uma pessoa; simpatia; dedicação; atração (do latim
amicitãte-)”
 O termo amizade significa possuir relações pessoais próximas nas quais
existe uma apreciação e valorização mútuas. Os jovens consideram os amigos
como pessoas com quem compartilham pensamentos e sentimentos comuns,
pessoas que são menos competitivas e que se comportam de uma forma mais
equitativa em relação a eles do que os outros jovens. A personalidade dos amigos e
as formas pelas quais respondem uns aos outros, tornam-se os temas centrais da
Documento: D7 Página 28 de 42
Certificação Nº. C 364
amizade. A ênfase é colocada na lealdade, na fidelidade e no respeito pela confiança
mútua.

Rapazes e raparigas interpretam de forma diferente o conceito “amizade”:

Os rapazes : tendem a centrar-se mais em atividades comuns do que em

compromissos interpessoais. As suas amizades têm uma maior longevidade.

As raparigas : Limitam mais que os rapazes o tamanho do grupo, no entanto são

mais propensas a incluir novos amigos no seu círculo de amizades. Estabelecem


amizades mais facilmente do que os rapazes, pois são mais rápidas no
reconhecimento de certas qualidades que poderão sustentar uma relação de
atração e companheirismo mútuo. Apresentam um maior conhecimento e
sensibilidade mútuos, maior entrega e partilha e uma maior aceitação e exigência
de parte a parte que os rapazes.

7.3Escola

A Escola ajuda as crianças a tornarem‐se menos dependentes da família,


proporcionando uma ponte para outros grupos sociais.

Documento: D7 Página 29 de 42
Certificação Nº. C 364
A socialização que os alunos recebem dos professores, outros elementos da
escola e outros estudantes ocorre em simultâneo com o que eles aprendem em
família e sobrepõe‐se –lhe. .

Hoje em dia, não se pode falar em socialização sem falar em escola, e vice-
versa, pois elas complementam-se. A escola transmite aos alunos todos os
conhecimentos necessários para estes poderem viver numa determinada
sociedade, pois é responsável pela construção de identidades dos elementos de
socialização elaborados e transmitidos pela família.

A escola é pois, juntamente com a família, a instituição social que maiores


repercussões têm para a criança. Assim, o aluno adquire competências que são
indispensáveis para o seu futuro, tanto a nível pessoal como profissional, uma vez
que para viver numa determinada sociedade é necessário a absorção de vários
princípios e valores.

7.4Meios de comunicação social (televisão)

Meios de comunicação de massa: jornais e revistas; rádio e televisão; cinema;


internet (redes sociais) atingem um público numeroso.
Não fornecem apenas informação, veiculam valores, oferecem modelos de papéis e
expõem estilos de vida, influenciam atitudes e opiniões.

Documento: D7 Página 30 de 42
Certificação Nº. C 364
Através da publicidade, exaltam o valor social de certas qualidades: beleza;
juventude; êxito; riqueza…
Os media dão acesso a conhecimentos que dependem muito das nossas atividades
sociais. Além de veículos de informação, são também veículos de valores que, de
forma consciente ou inconsciente, moldam a nossa forma de pensar, de sentir e de
agir, o que os torna importantes agentes de socialização.

A tecnologia da mídia tem tornado a comunicação cada vez mais fácil. Hoje
as crianças são incentivadas a utilizar meios de comunicação na escola e devem ter
uma compreensão geral das diversas tecnologias disponíveis. A internet é sem
dúvida uma das ferramentas mais eficazes na mídia de comunicação. Ferramentas
como o e-mail, MSN, Facebook, etc, tornaram as pessoas mais próximas e criaram
novas comunidades online. No entanto, alguns podem argumentar que certos tipos
de mídia podem dificultar a comunicação face-a-face e, portanto, podem resultar
em complicações como a fraude de identidade.

Numa sociedade largamente consumista, os meios eletrónicos (como a TV)


e a mídia impressa (como jornais) são importantes para a distribuição da mídia
de propaganda. As sociedades mais tecnologicamente avançadas têm acesso a bens
e serviços através de meios de comunicação mais novos que as sociedades menos
avançadas tecnologicamente.

A mídia, através dos meios de comunicação e psicologia, ajudou a interligar


diversas pessoas de longe e de perto. Também contribuiu para os negócios on-
line e outras atividades que têm uma versão on-line. Todos os meios destinados a
afetar o comportamento humano são iniciados através da comunicação e o
comportamento esperado tem fundamento na psicologia. Portanto, a compreensão
da psicologia dos meios de comunicação e da mídia é fundamental para a
compreensão dos efeitos sociais e individuais da mídia. O campo em expansão da
psicologia dos meios de comunicação e da mídia combina estas disciplinas
estabelecidas de uma forma inovadora.

Documento: D7 Página 31 de 42
Certificação Nº. C 364
7.5Livros, revistas

Os livros e as revistas têm palavras, desenhos, magia. Alimentam a curiosidade,


aumentam o conhecimento, desenvolvem competências desde cedo. São
importantes instrumentos de socialização. “A observação de figuras e pequenas
palavras e a nomeação das mesmas com um bebé, a leitura de uma história ao
deitar pelo adulto e a conversa sobre essa história com a criança, a leitura e
exploração do livro na escola desde idades precoces, são exemplos de excelentes
momentos que contribuem para o processo de socialização”. Um livro abre um
mundo de possibilidades.
Inês e Rita enumeram algumas para o desenvolvimento dos mais pequenos.
Permite que se sintam compreendidos e fiquem tranquilos ao identificarem-se com
a história escrita num livro. Que aprendam de uma forma lúdica, que coloquem
questões, que reflitam. “Ao ser um recurso que pode ser explorado pelo adulto com
a criança, ou entre várias crianças, contribui igualmente para o bom
desenvolvimento emocional, proporcionando a interação entre a criança e quem
explora com ela e o livro.
Os livros ajudam as crianças a exteriorizar sentimentos, emoções, preocupações. A
leitura permite ver escrito o que, às vezes, está dentro do leitor e é difícil de
compreender, o que permite tornar consciente e dar forma, separar o problema da
pessoa, processo extremamente facilitador da fase seguinte, ou seja, encontrar
formas para lidar e intervir. Se não houver problema, um livro é um exercício
extraordinário de desenvolvimento emocional, pelas emoções que proporciona,
pelas questões que suscita, pelas aprendizagens que são feitas.

7.6Atividades/brincadeiras

O brincar traz consideráveis contribuições ao desenvolvimento infantil, sendo


indispensável à saúde física, mental e intelectual. Através da brincadeira a criança
conhece o mundo, aprende a distinguir entre a realidade e a fantasia, o lúdico
possibilita o surgimento crescente de sua consciência.

Documento: D7 Página 32 de 42
Certificação Nº. C 364
É preciso lembrar que a brincadeira é um processo essencial para o
desenvolvimento das habilidades infantis não apenas um entretenimento, a
brincadeira em grupo favorece a cooperação, competição, através dessas
interações sociais as crianças aprendem a falar expressar suas ideias, organizar
emoções.

O brincar é a principal atividade da segunda infância, elas se envolvem em


diversos tipos de brincadeiras em idades diferentes. Á medida que as habilidades
motoras gerais se aprimoram, a criança corre, pula, salta, arremessa objetos e faz
pontaria. Cada criança tem seu estilo de brincar e suas brincadeiras preferidas.

Um fator importante para o desenvolvimento saudável de uma criança é o


lúdico. As brincadeiras podem ajudar no processo de aprendizagem e de
socialização fazendo com que a criança tenha um interesse maior pelo aprendizado
e desenvolva novas habilidades. Segundo PAPALIA (2010, p. 291) “Brincar é o
trabalho das crianças e isso contribui para todos os domínios do
desenvolvimento”, através da brincadeira a criança conhece o mundo e seu corpo,
a brincadeira estimula seus sentidos, como a visão, audição, trabalha a
coordenação motora do corpo, a brincadeira ocorre de diferentes maneiras de

Documento: D7 Página 33 de 42
Certificação Nº. C 364
acordo com a idade em que acontece ela é uma ferramenta de grande relevância,
de fundamental importância para o seu crescimento e aprendizado.

Mais do que assimilar um novo conhecimento o brincar atinge dimensões


ainda mais importantes para o desenvolvimento das crianças, que é o fator da
socialização, a brincadeira exercita a imaginação, a investigação possibilita o
envolvimento afetivo, o convívio social, através do lúdico a criança tem o desafio
mental, forma símbolos, conceitos, testa hipóteses.

Dentro da escola, a criança entra em contato com um meio social diferente


do que ela presencia dentro de sua família, isso possibilita uma nova maneira de
ver o mundo a sua volta. A partir de tudo que ela aprende no contexto escolar irá
refletir na sua socialização. As brincadeiras, os jogos, os brinquedos permitem um
aprimoramento das habilidades e capacidades da criança de se envolver em um
contexto social, onde outras crianças também estão inseridas.

Ao se referir à importância do brincar e das atividades e o quão esses atos


são repetitivos durante o cotidiano das crianças, nota-se a grande relevância que
se tem para o desenvolvimento além de físico, psicomotor e também social. A
criança se mostra totalmente integrada com o ambiente ao expressar suas
vontades por meio do lúdico e quando se brinca com o outro abre espaço para a
interação social, desenvolve a capacidade de divisão e passar a reconhecer o quão
o brincar com o outro é importante para amenizar sentimentos negativos.

Atualmente as crianças tem se direcionado para brinquedos e jogos


diferentes do que usados há algum tempo atrás. Computadores, celulares,
televisão, tem ganhado grande atenção e preferência das crianças, sendo muitas
vezes seu uso prejudicial para o desenvolvimento saudável quando se torna algo
excessivo, provocando até mesmo isolamento, perda da capacidade de criação e
entretenimento reduzindo os benefícios que a interação social traz para a criança e
o adolescente, sendo assim, é relevante estimular as crianças a brincarem.

O cuidar, o educar e o brincar andam juntos na educação infantil, a criança


pequena também aprende brincando, e o educar vem junto com o brincar. As
atividades lúdicas têm como objetivo as interações e a brincadeira. É por meio da

Documento: D7 Página 34 de 42
Certificação Nº. C 364
interação social que a criança desenvolve suas potencialidades humanas, entrando
em contato com mundo externo e se tornando sociável.

7.7Os colegas (entrada no grupo – o isolamento; as relações entre as


crianças; a cooperação e a autonomia)

Não é exagero dizer que a entrada num grupo é um acontecimento inevitável na


passagem da infância para o mundo adulto. Faz parte do processo de elaboração da
identidade. Quando chega a puberdade, o adolescente não se contenta mais apenas
com a rede protetora da família e procura fora de casa outras referências para se
formar como sujeito. É por isso que, nessa altura, os amigos crescem em
importância. Através deles, o jovem exercita papéis sociais, identifica-se com
comportamentos e valores e procura segurança para lutar contra a angustia da
solidão típica desta fase.

Como exemplo de redes grupais destacam-se os grupos de pares, que


tendem a assegurar uma identificação própria, com caraterísticas semelhantes
onde partilham os mesmos gostos e interesses, que como diz Pais (1993:94) “os
amigos de grupo constituem o espelho da sua própria identidade”.

Documento: D7 Página 35 de 42
Certificação Nº. C 364
Os amigos aparecem como proteção pois a socialização a que são expostos
unificam as suas relações. O tempo que passam juntos é justificado como o mais
relevante nas suas vidas, visto ser neste que realizam os seus desejos e interesses,
vivendo o quotidiano não como a sociedade o vê, mas como eles o constroem.
 Como refere Pais (1993), a aparência é uma expressão de identidade entre
os grupos de jovens que permitem a diferenciação entre grupos, referindo-se a
título particular o vestuário, que aparece como instrumento de identificação
grupal, através do seu poder simbólico. Através desta marca, os jovens afirmam-se
socialmente e como salienta Weber (in Fischer, 1993) é um meio de diferenciação
de status. Também o vocabulário reforça essa diferenciação de grupos.
 Desta forma, entre os diferentes grupos são registados diferentes mapas de
significados, interpretando a própria realidade de forma diferente, mas reforçando
a identidade e solidariedade grupal que pode mesmo tornar-se um objeto de
provocação e/ou agressão.

 Desta forma, a aprovação pelos elementos do grupo e o reconhecimento de


um estatuto dentro do mesmo, e até mesmo a simples aceitação da sua presença
enquanto elemento demonstram que de fato agem como reforços sociais.
 Em jeito de conclusão, Morizot e Le Blanc (2000, cit. por Born, 2005:195)
“notam que a importância da associação com pares para a produção de delinquência

Documento: D7 Página 36 de 42
Certificação Nº. C 364
durante a adolescência foi talvez exagerada, em particular porque as correlações são
muitas vezes estabelecidas a partir de declarações de jovens sobre a sua própria
delinquência e a dos seus amigos.”

 Destaca-se assim, as próprias caraterísticas individuais (fatores sociais,


familiares, pessoais) que conduzem o jovem a escolher grupos com fatores de risco
idênticos, veja-se o caso da delinquência que resulta da associação com pares
delinquentes.
 Os jovens ocupam mais parte do seu tempo com os colegas do que com as
suas próprias famílias. Na adolescência, comparativamente com a infância, “há um
alargamento do mundo social”, devendo-se este facto ao maior número e à
diversidade de contactos sociais que ocorrem nesta fase da vida.
 No princípio da adolescência, período em que os adolescentes frequentam
as escolas básicas, há uma maior percentagem de grupos de colegas que são
formados por adolescentes do mesmo sexo, ao contrário do que acontece na fase
final da adolescência, quando estes frequentam o ensino secundário, pois aí os
grupos existentes são predominantemente mistos.

Pergunte a jovens de 13 anos o que é mais importante em suas vidas e eles


provavelmente responderão “amigos”. À medida que a criança fica mais velha, a
família se torna menos importante no desenvolvimento social. Em vez disso os
“grupos de amigos” (*) assumem o papel dos outros significativos [de que falava
Margaret] Mead. Nesse grupo os jovens associam-se a pessoas com aproximadamente
a mesma idade e que com frequência têm um status social semelhante.
Os “grupos de amigos” facilitam a transição para as responsabilidades de adulto. Em
casa, os pais tendem a dominar; na escola, os adolescentes têm de lidar com
professores e administradores. Mas no “grupos de amigos” cada um dos membros do
grupo pode-se afirmar de uma maneira que não seria possível em outro lugar.
Mesmo assim, quase todos os adolescentes na cultura norte-americana continuam
dependentes, em termos financeiros, dos seus pais e a maioria deles é dependente
também emocionalmente. (…)
Documento: D7 Página 37 de 42
Certificação Nº. C 364

Os amigos podem ser fonte de apoio mas também de perseguição [como sucede no
caso do bullying].»
Richard T. Schaefer, Sociologia, 6ª edição, McGraw-Hill, São Paulo, 2006, pp. 93 e 94.

 No período adolescente, os grupos atingem rapidamente uma estrutura


nítida, onde existem certas regras para atingir um determinado estatuto no seu
seio. São exigidos também certos comportamentos dos seus membros, para que
estes possam continuar a pertencer ao grupo. Por exemplo, o aspeto físico parece
ser, frequentemente, um importante fator do estatuto social do adolescente, sendo
o fator mais comum, a eficiência com que os membros do grupo são capazes de
tomar iniciativas quanto à realização de atividades conjuntas.
 Independentemente da idade dos indivíduos, os grupos tornam-se sempre
fechados e estabelecem regras implícitas em relação ao comportamento dentro e
fora do próprio grupo.

8. Papel dos agentes

Para Karl Marx, as relações sociais que os homens estabelecem entre si, e que
constituem a sua existência social, decorrem das forças produtivas e dos modos de
apropriação dos meios de produção. "As relações sociais estão intimamente ligadas
às forças produtivas. Ao adquirir novas forças produtivas, os homens mudam o seu
modo de produção e ao mudar o seu modo de produção, a maneira de ganhar a
vida, alteram todas as suas relações sociais" (Rocher). A História mostra-nos que a
um determinado estádio do desenvolvimento das forças produtivas corresponde
um tipo determinado de "relações de produção", que são o conjunto de relações
estabelecidas pelos homens com vista à produção.

Documento: D7 Página 38 de 42
Certificação Nº. C 364

Os homens, para produzir, "estabelecem uns com os outros laços e relações


bem determinadas (segundo Marx, necessárias e independentes da sua vontade): o
seu contacto com a natureza, isto é, a produção, só se efetua no quadro destes laços
e destas relações sociais. Estas relações sociais que ligam os produtores uns aos
outros diferem naturalmente segundo o carácter dos meios de produção. Isto
equivale a dizer que as relações sociais segundo as quais os indivíduos produzem,
as relações de produção, se alteram e se transformam com a evolução e o
desenvolvimento dos meios materiais de produção, das forças produtivas. As
relações de produção, consideradas na sua totalidade, constituem aquilo a que
chamam as relações sociais" (Rocher).
Em ciências sociais, relação social refere-se ao relacionamento entre
indivíduos ou no interior de um grupo social. As relações sociais formam a base da
estrutura social. Nesse sentido, as relações sociais são o objeto básico da análise
das Ciências Sociais.
A relação social diz respeito à conduta de múltiplos agentes que se orientam
reciprocamente em conformidade com um conteúdo específico do próprio sentido
das suas ações. Na ação social a conduta do agente está orientada
significativamente pela conduta de outro ou outros, ao passo que na relação social
a conduta de cada qual entre múltiplos agentes envolvidos (que tanto podem ser
apenas dois e em presença direta quanto um grande número e sem contato direto
entre si no momento da ação) orienta-se por um conteúdo de sentido
reciprocamente compartilhado.

Documento: D7 Página 39 de 42
Certificação Nº. C 364

Na sociologia e na antropologia, as formas de relação e interação podem ser


descritas conforme segue. As primeiras e mais básicas relações são análogas às do
comportamento animal, isto é, referem-se aos vários movimentos físicos do corpo.
Depois, existem as ações, ou seja, movimentos com um significado e um propósito.
Depois, há o comportamento social ou a ação social, que é voltada direta ou
indiretamente para as outras pessoas e que solicita uma resposta do outro agente.
Em seguida, estão o contacto social, isto é, algumas ações sociais que formam o
início da interação social. As interações sociais, por sua vez, constituem a base das
relações sociais.
As relações sociais são formadas portanto de várias ações sociais motivadas
por um mesmo conjunto de significados. A relação social é o sentido compartilhado
da ação. As relações sociais podem estruturar comportamentos regulares ou
conformar-se numa "estrutura particular de relações sociais", materializando-se
em instituições particulares - tais como a família patriarcal, o código civil.
Mesmo tendo em conta todas as diferenças, existe normalmente um processo
determinado de socialização considerado formal, este que é totalmente conduzido
por instituições como as escolas, as igrejas e ainda um processo considerado mais
informal e ainda abrangente de espaço que acontece na família, nas vizinhanças e
ainda grupos de amigos por toda a exposição da comunicação determinada. Os
pontos de partida para a formação de uma sociedade é uma família, não
necessariamente uma família convencional, é um espaço totalmente privado das
relações existentes de intimidade e ainda afeto em que normalmente podemos

Documento: D7 Página 40 de 42
Certificação Nº. C 364
encontrar alguns tipos de compreensão e ainda refúgio apesar de todos os
conflitos.

Este deverá ser o espaço onde aprenderemos a obedecer uma série de


regras de convivência para que se possa lidar totalmente com a diferença e a
diversidade social. Os espaços que são considerados como públicos de socialização
poderão ser considerados como todos os outros lugares que acabamos
frequentando no nosso dia-a-dia. Através deles as relações são totalmente
diferentes pois podemos conviver com pessoas que muitas vezes jamais iremos
conhecer. E ainda em todos os espaços públicos não se pode fazer muitas coisas
que em casa são permitidas, e ainda precisamos levar em conta as normas e ainda
uma série de regras próprias em cada uma das situações. Existem alguns processos
utilizados, por exemplo, para os religiosos, os locais de culto deverão ser feito em
silêncio, agora na escola, onde acontece a chamada educação formal é necessário
que sejamos pontuais nos horários tanto de entrada como saída e assim por diante.
Existem com isto uma série de agentes de socializações existentes que interferem e
estão presentes tanto nos espaços públicos como também nos privados, e são os
meios de comunicação como o cinema, a televisão, jornais, revistas, internet e
ainda telemóvel.

Documento: D7 Página 41 de 42
Certificação Nº. C 364
9. Bibliografia e netgrafia

FACHADA, O. (1998). Psicologia das relações interpessoais. Lisboa: Edições


Rumo.

MASLOW, A. H. Introdução à Psicologia do Ser. 2.ed. Rio de Janeiro:


Eldorado, s/d.

FALCÃO, Ana Mraia de Aragão e AZZI, Roberta Gurguel, Psicologia e


formação docente: desafios e conversas, Editora Casa do Psicólogo, (2002)

http://www.sobresites.com/psicologia/

http://www.psicologia.pt/

Documento: D7 Página 42 de 42

Você também pode gostar