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PRESSE – Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar

Caderno de Actividades PRESSE

CADERNO DE ACTIVIDADES PRESSE


FORMAÇÃO DE ALUNOS DO 5º ANO DE ESCOLARIDADE

GRUPO DE TRABALHO PRESSE


M ARIA NETO
M ARIA DA PAZ
LUÍS DELGADO
MIRIAM GONZAGA
CÁRMEN GUIMARÃES

Rua Anselmo Braancamp, 144 4000-078 PORTO Telefone: 225105548 / 3480 Fax: 225101618
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Índice…………………………………………………………. ………………………Página

NOTA INTRODUTÓRIA..................................................................................................... 3

TEMA 1: AFECTIVIDADE ................................................................................................. 4

TEMA 2: GÉNERO ........................................................................................................ 14

TEMA 3: ASSERTIVIDADE ............................................................................................. 25

TEMA 4: AUTO-ESTIMA ................................................................................................ 36

TEMA 5: SEXUALIDADE/PUBERDADE ............................................................................. 42

TEMA 6: REPRODUÇÃO HUMANA .................................................................................. 44

TEMA 7: HIGIENE CORPORAL ....................................................................................... 57

TEMA 8: VIH/SIDA....................................................................................................... 59

BIBLIOGRAFIA GERAL .................................................................................................. 61

ANEXOS .................................................................................................................................62

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NOTA INTRODUTÓRIA

O grupo de trabalho do PRESSE – Programa Regional de Educação Sexual em Saúde


Escolar elaborou este caderno de actividades com o objectivo de disponibilizar aos
professores das Áreas Curriculares Não Disciplinares do 2º Ciclo do Ensino Básico alguns
recursos para a implementação da 3º fase do programa nas suas escolas.

Adesão ao PRESSE

Maio a Julho do ano lectivo anterior


1ª Fase
Formação dos Profissionais de Saúde e dos
Coordenadores de Educação para a Saúde

2ª Fase Setembro a Dezembro


Formação dos Professores das Áreas
Curriculares não Disciplinares

Janeiro a Junho
Formação dos alunos do 5º ano de
3ª Fase escolaridade das Escolas PRESSE

Antes de iniciar as actividades com os alunos, é imperativo aplicar os questionários de


pré-avaliação, não sendo possível nenhum tipo de actividade sobre a educação sexual
antes deste procedimento.
Salienta-se que as actividades apresentadas neste documento são transcritas
integralmente dos documentos referenciados, assim como se ressalta que este Caderno de
Actividades é uma mera sugestão, podendo ser usado livremente pelos Professores (que
podem optar por utilizar outras actividades para trabalhar os temas propostas).
As actividades estão descritas de forma sequencial, em função dos conceitos a
trabalhar, sugerindo-se que sejam realizadas pela ordem apresentada. Contudo, podem não
ser efectuadas todas as actividades, assim como o trabalho sobre determinado tema pode
não ser iniciado pela primeira actividade sugerida.

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TEMA 1: AFECTIVIDADE

INTRODUÇÃO TEÓRICA:
Formar para a afectividade ou formar para os afectos consiste, no essencial, em
criar espaços para a discussão de emoções, sentimentos, experiências e memórias,
visando a autonomia, a responsabilidade, o auto-conhecimento e a auto-realização.

OBJECTIVOS A ATINGIR NESTE MÓDULO:


• Descriminação de sentimentos/emoções
• Importância dos afectos no relacionamento interpessoal
• Importância da família e dos amigos no crescimento afectivo do indivíduo

ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividades dos Módulos 2.4 e 2.5 (Livro “Educação Sexual na Escola –
Guia para Professores, Formadores e Educadores”, pp. 42-47)
Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).

B. Actividade “Imagens e Sentimentos” (Livro “Educação Sexual no 1º Ciclo –


um Guia para Professores e Formadores”, pp. 86)
Objectivos:
Identificar diferentes tipos de sentimentos
Verbalizar acerca dos sentimentos

Material necessário:
Imagens de revistas e jornais em que sejam evidenciadas expressões de
sentimentos.
Cola e marcadores.

Como fazer:
Numa fase, estão dispostas várias imagens. Cada grupo de trabalho selecciona
uma delas e vai responder a algumas questões sobre a mesma. Por exemplo:
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- O que vês?
- Gostas do que vês?
- As pessoas representadas estão felizes/tristes/preocupadas, etc.?
- Por que será que estão assim?
- Já alguma vez observaste uma situação parecida?
- Já viveste alguma situação parecida?
- O que se deve fazer numa situação destas?

C. Actividade “O Sorriso (jogo)” (Livro “Educação Sexual no 1º Ciclo – um Guia


para Professores e Formadores”, pp. 95)
Objectivo:
Ser capaz de expressar emoções em linguagem não verbal e identificar as
mesmas nos outros.

Material necessário:
Cartões com emoções
Saco

Como fazer:
Previamente, colocam-se num saco cartões em que se descreve um sentimento
ou uma emoção. Convirá que existam cartões com a mesma emoção ou sentimento.
Cada aluno retira do saco um cartão. De seguida, pedir que deambulem
livremente pela sala, demonstrando a emoção referida no seu cartão, e procurando
simultaneamente os outros alunos que também a possuem, agrupando-se.
Referir que não é permitida a utilização da linguagem verbal.

D. Actividade “Sinto-me Envergonhado(a) quando…” (Livro “Educação Sexual


no 1º Ciclo – um Guia para Professores e Formadores”, pp. 94)
Objectivo:
Ser capaz de expressar sensações e emoções

Material necessário:
Ficha de trabalho

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Como fazer:
Divide-se o quadro de parede em duas partes iguais
Numa das partes, coloca-se o título “Sinto-me envergonhado”, na outra, o título
“O que posso fazer...”
A seguir, realiza-se uma chuva de ideias em relação a situações que deixam os
alunos embaraçados, identificando-se alternativas para ultrapassar essas situações.
Generaliza-se o debate acerca dos resultados obtidos.
No final, aplica-se uma ficha de trabalho onde, individualmente, cada criança
regista o que mais a preocupa e qual a melhor forma de contornar as situações.

E. Actividade “Cartas dos sentimentos” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 84 e


85 - actividade 5)
Desenvolvimento da actividade:
Dividir os alunos em pequenos grupos e espalhar as cartas dos sentimentos (cf.
anexo I) pela mesa. Cada aluno deve tirar uma carta e relatar uma situação em que
se tenha sentido assim.
Os outros devem descobrir que carta lhe saiu, ou seja, que sentimento está
patente na situação.
Ou fazer um role-play do sentimento da carta que lhe saiu, convidando os outros
a descobrirem que sentimento está ele a representar.

F. Actividade “A Aldeia Feliz” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 97-99 -


actividade 4)
“Era uma vez uma aldeia que ficava na encosta de uma montanha. Era um sítio
lindo, maravilhoso, daqueles que pensamos que já não existem.
Não havia restaurantes, T.V., carros, computadores mas também ninguém sentia
falta. As pessoas eram felizes porque eram amigas, gostavam muito umas das
outras e ajudavam-se sempre que necessário.
Sentimentos como a desconfiança, suspeição, inveja, não existiam.
As pessoas confiavam umas nas outras, e sempre que se cruzavam na rua
sorriam como quem diz “Gosto de te ter perto de mim”. Estes sorrisos e
pensamentos traduziam sentimentos nobres que podemos chamar “carinhosos”.

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Eram estes “carinhos” que faziam desta aldeia uma aldeia tão especial e feliz. As
pessoas na rua trocavam “carinhos”, numa tentativa de dizerem que se
preocupavam, e gostavam umas das outras.
Um dia uma bruxa má sobrevoou a aldeia e não gostou do que viu. “O que se
passa? Como é que eles são tão felizes? Tenho de acabar com isto.”
Desceu até à aldeia fingindo-se doente e cansada, e logo surgiu de uma casa
uma velha senhora para a ajudar com os seus “carinhos”.
A bruxa má quando estava a ser confortada pela boa senhora disse-lhe: “Mas
porque é que a senhora me está a dar carinhos? Eu não quero, eu não preciso. Não
percebe que por dar tantos carinhos, sem razão, a senhora pode ficar sem nenhuns
para si e até ficar doente, ou morrer?”
A senhora que nunca tinha ouvido falar naquela doença ficou muito assustada e
rapidamente contou a toda a gente da aldeia.
No dia seguinte a aldeia não era a mesma. Todas as pessoas se fecharam em
casa sem falar com ninguém, sem sorrir, sem alegria de viver.
Passaram-se dias, meses, anos, sem que se trocasse um carinho.
Até que um dia, num Inverno muito frio, junto à lareira, uma avozinha estava a
contar a história da aldeia aos seus netos. Contou-lhes como todos eram felizes,
como a aldeia era linda e única. Como se divertiam e como trocavam carinhos a
todas as horas.
As crianças ficaram tão excitadas que saíram para a rua e começaram a dar
“carinhos” a quem aparecesse para que os velhos tempos voltassem.
Conseguiram trazer a felicidade de volta para o povo da aldeia, fazendo-os ver
como tinham sido egoístas. E assim viveram felizes para sempre.”

Discutir com as crianças a história, tendo em conta as seguintes questões:


- O que são “carinhos”
- O que sentimos quando damos “carinhos”
- O que sentimos quando recebemos “carinhos”
- O que sentimos quando não recebemos “carinhos”.

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G. Actividade “Expressar gestualmente sentimentos” (livro “Educación Sexual


de Adolescentes y Jóvenes” pp. 78-79 – actividade IV 3.1)
Os alunos colocam-se de pé, em filas de sete a nove. O último da fila expressa
gestualmente um sentimento ao colega que está à sua frente, sendo que este deve
transmitir ao colega seguinte o que acha que lhe foi transmitido, e assim
sucessivamente até chegar ao primeiro da fila. Cada aluno só pode ver como lhe
expressam o sentimento a ele, recebendo uma única mensagem – do colega
anterior para ele – e expressando uma vez o sentimento – ao colega a seguir a ele.
Quando chegar ao primeiro da fila, este diz de que sentimento se tratava. Se não
acertar, tenta o segundo da fila, e assim sucessivamente para ver onde se quebrou
a cadeia.
É necessário ter em conta que as falhas podem dever-se ao emissor, ao receptor
ou a ambos. Não se trata de encontrar culpados, mas sim dar-se conta de que,
muitas vezes, a mensagem se distorce.
Posteriormente muda-se a ordem da fila e recomeça-se com outro sentimento.

Mensagem para os alunos:


Expressar sentimentos é fundamental do ponto de vista afectivo e social.
Estamos continuamente a fazê-lo. Às vezes fazemo-lo mal ou entendemo-lo mal.
Por isso convém que aprendamos a expressar gestualmente as emoções e que as
acompanhemos de palavras explícitas.

H. Actividade “O que é um amigo?” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 53-54 –


actividade 1)
Os alunos devem pensar durante uns breves instantes no melhor amigo que têm
ou tiveram.
Colocar a seguinte questão: “Porque é que o/a___________é ou foi o meu
melhor amigo/a?
Dividir o grupo em pequenos grupos que, em cinco minutos, devem formular uma
lista com qualidades que todos considerem importantes e tenham em conta a
escolha de um amigo. Limitar a lista a cinco qualidades.

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O grande grupo deve então voltar a reunir-se para fazer um apanhado do


trabalho feito pelos diferentes grupos. De seguida deverá escrever no quadro o título
“Qualidade de um amigo”. Explicar que isto quer dizer “coisas importantes que um
amigo deve ter”.
Cada grupo, através do seu porta-voz, deve transmitir as conclusões a que
chegou, a sua lista final.
Depois de escrever no quadro as respostas dos diferentes grupos devem-se
escolher as que são mais frequentes, ou seja, as que são mais comuns a todos os
grupos e elaborar a lista final. Procurar agora levá-los a pensar sobre algo, que
gostariam de mudar em si, de forma a se tornarem mais amigos dos seus amigos.
Pedir voluntários para partilharem as suas respostas.

I. Actividade “Vamos ser amigos?” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 54 –


actividade 3 e 4)
Após preencherem as fichas (cf. anexo II) devem partilhar as respostas.

J. Actividade “Árvore Genealógica” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 55 –


actividade 6)
Fazer a árvore genealógica em casa. Perceber as ligações e relações entre os
diferentes ramos familiares e a origem de cada um.
Perceber a evolução da família desde a sua origem.
Perceber os diferentes papéis de cada um e a evolução dos mesmos.

K. Actividades dos Módulos 2.7 (Livro “Educação Sexual na Escola – Guia


para Professores, Formadores e Educadores”, pp. 51-53)
Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).

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L. Actividade “Adolescer” - Adaptado do manual “Dinâmicas de Sexualidade”


in www.forma-te.com
Objectivo
Possibilitar aos jovens uma reflexão sobre como eles percebem o processo da
adolescência.

Duração:
1 hora

Material:
Papel, lápis de cor.

Desenvolvimento:
1. O professor solicitará ao grupo que faça um desenho representando o que é
que eles acham que é a adolescência, ou ser adolescente.
2. Após a realização dos desenhos, solicitar aos jovens que escrevam algo
sobre: Adolescência é...
3. Cada adolescente deverá falar sobre o seu desenho e texto sobre a
adolescência.

Sugestões para reflexão:


• Como é que o adolescente se percepciona?
• Como é que o adolescente é visto pela sociedade?
• Quais as diferenças mais significativas entre a forma como os adolescentes se
vêem?

M. Actividades do Capítulo 4 “Corpo atraente e atraído” (Dossier “A minha


sexualidade – dos 9 aos 13 anos”, pp. 47-55)
Fornecer aos alunos cópias das páginas acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).

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N. Actividade “História da Teresa” (Livro “Educação Sexual no 1º Ciclo – um


Guia para Professores e Formadores, pp. 83 – 1ª actividade)
Objectivos:
Distinguir pessoas conhecidas, desconhecidas, amigas e companheiras.
Desenvolver competências para ser capaz de dizer “sim” ou “não”, para pedir
ajuda e para expressar afectos.

Material necessário:
Texto e questionários

Como fazer:
Distribuição de um texto a cada aluno para que o leia e comente.
Aplicação de um questionário previamente elaborado acerca da história já
trabalhada.
Numa fase seguinte, em grandes grupos, podem partilhar e discutir as respostas.

Hipótese de texto a trabalhar:

“Acabei de sair de uma aula onde o meu professor me falou de medo. O


medo? Que horror!
Deu para pensar porque a nossa vida é feita de medo. Logo por azar, ao sair
da escola, um homem que não conhecia de lado nenhum e que tinha um olhar
estranho, mas também aflito, chamou-me.
Pediu-me para o acompanhar no carro dele e indicar o caminho para a
farmácia. Entrei em pânico e, sem saber bem o que fazer, chamei uma pessoa
adulta para o ajudar.
Por um lado, eu queria ajudá-lo mas, por outro, recuei e lembrei-me do que o
professor me tinha falado na aula. Disse-lhe que não sabia onde era a farmácia.
Com medo, menti, mas estou desculpada, não estou?
É que medo é o medo.”

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Perguntas:
- O que achas do comportamento das personagens do texto?
- Que farias tu no lugar da protagonista?
- Já te aconteceu alguma coisa parecida?
- O que fizeste?
- Como te sentiriam se tivesses mentido?
- Em que momentos já sentiste medo?
- Alguém te ajudou?

O. Actividade “Jogo dos medos” (Livro “Educação Sexual no 1º Ciclo – um


Guia para Professores e Formadores”, pp. 87 – 5ª actividade)
Objectivos:
Ser capaz de identificar e de expressar medos pessoais.
Consciencializar de que todas as pessoas têm os seus medos.
Identificar e adoptar respostas assertivas adequadas à superação de alguns
medos.

Material necessário:
Cartões e um saco.

Como fazer:
Cada criança recebe um cartão e escreve nele uma situação que, em geral, lhe
gera medo.
Dentro de um saco, colocam-se os cartões que contêm os medos expressos por
cada criança.
Depois, um aluno retira um cartão e revela ao grupo o medo que lhe saiu na
sorte e, em conjunto, todos procuram imaginar caminhos para ultrapassar aquele
medo.
A seguir, outro aluno retira também um cartão, apresenta o medo nele contido e
todos procuram encontrar saídas, e assim sucessivamente até se completar a leitura
dos cartões.

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P. Actividade “A Comunidade” (adaptado de Dossier “Prevenir a Brincar”, pp.


67 – actividade 26)
Sabes onde moras?

- Os alunos sabem indicar as suas moradas?


- Sabem indicar o caminho até casa?
- Conhecem o bairro/vila em que moram?
- Sabem onde fica: a praça/ supermercado? A polícia? O centro de saúde? As
escolas? A igreja? Etc?
- Conhecem os vizinhos? Sabem a quem podem/ devem pedir ajuda?
- Fazem parte de algum grupo/ colectividade? Sabem os que existem?
Conhecem as alternativas para os seus tempos livres?

Tendo em conta estas questões organizar: conversas, debates, exposições,


desenhos, maquetes, fotografias, convidar pessoas da comunidade, conhecer
pontos de interesse, fazer visitas de estudo, etc.

BIBLIOGRAFIA:
Frade, A., Marques, A. M., Vilar, D. (2006). Educação Sexual na Escola – Guia para
Professores, Formadores e Educadores. Lisboa: Texto Editores.
Ló, A. C. (1998). Prevenir a Brincar. Projecto VIDA.
López Sanchez, F. (1995). Educación sexual de adolescentes y jóvenes. Madrid:
Siglo Veintiuno de España Editores, S.A..
Marques, A. M., Vilar, D., Forreta, F. (2002). Educação Sexual no 1º Ciclo – Um Guia
para Professores e Formadores. Lisboa: Texto Editora.
Robert, J. (2006). A minha sexualidade – dos 9 aos 13 anos. Porto: Porto Editora.
Site www.forma-te.pt – acedido a 14 de Novembro de 2008.

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TEMA 2: GÉNERO

INTRODUÇÃO TEÓRICA:
“O conceito género refere-se à “construção social do “ser-se homem” ou “ser-se
mulher” elaborada a partir das diferenças biológicas entre ambos os sexos. Numa
determinada sociedade, o género define os papéis e as responsabilidades dos
indivíduos enquanto elementos de um ou de outro grupo, induz experiências de vida,
determina expectativas pessoais, condiciona oportunidades e modela a forma como
homens e mulheres se relacionam mutuamente. Implica, portanto, não apenas
diferenças socialmente construídas entre os mundos masculino e feminino, mas
também uma hierarquia estabelecida entre ambos, em que o primeiro tem sido
dominante ao longo dos tempos” (Prazeres, 2003).

OBJECTIVOS A ATINGIR NESTE MÓDULO:


• Papéis de Género
• Modelos de Género
• Discriminação em função do género

ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividades do Capitulo 1 “É giro ser Rapariga ou Rapaz” (Livro “A minha
sexualidade – dos 9 aos 13 anos”, pp. 7-12)
Fornecer aos alunos cópias das páginas acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).

B. Actividade “Rapaz/Rapariga – Homem/Mulher” (Livro “Educação Sexual no


1º Ciclo – um Guia para Professores e Formadores, pp. 60 – actividade 3)
Objectivo:
Identificar as diferenças entre o corpo de um rapaz e de uma rapariga e o de um
homem e de uma mulher.

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Material necessário:
Recortes de fotografias ou desenhos de rapazes, raparigas, homens e mulheres,
vestidos e nus.
Fichas de trabalho.

Como fazer:
Divide-se a turma em pequenos grupos que vão analisar o material recolhido
para posteriormente construírem cartazes (legendados) com fotografias, desenhos e
recortes de várias figuras humanas, com e sem roupa.
O resultado deste trabalho é depois exposto, constituindo assim objecto de
estudo para todos os grupos.
Segue-se um momento de debate, visando a resolução de dúvidas.

C. Actividade “Ser Homem e Ser Mulher” (Livro “Os Afectos e a Sexualidade


na Educação Pré-Escolar – um Guia para Educadores e Formadores”, pp. 88)
Tempo Previsível:
1 hora

Como fazer:
Pedir aos alunos para desenharem numa folha grande o pai e a mãe.
Desenhar à volta do pai alguns objectos que só o pai usa (gravatas, máquina de
barbear, etc.).
Desenhar à volta da mãe coisas que só a mãe usa (batons, verniz, saias, etc).

Recursos necessários:
Papel e Lápis

Notas e comentários:
Esta actividade pode ser complementada com a ajuda dos pais:
- Fazer com eles listas das profissões e ver quem as pode realizar, se só os
homens, se só as mulheres ou se ambos.
- Procurar, com a ajuda dos pais, imagens de vários desportos e indicar qual o
sexo das pessoas que os praticam.

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D. Actividades dos Módulos 2.6 (Livro “Educação Sexual na Escola – Guia para
Professores, Formadores e Educadores”, pp. 48-50)
Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).

E. Actividade “Masculino ou Feminino” (Adaptado do manual “Dinâmicas de


Sexualidade” in www.forma-te.com)
Objectivo:
Evidenciar as diferenças entre os papéis sexuais dentro do nosso contexto
cultural.

Duração:
30 minutos.

Material:
Uma caixa, frases com os comportamentos, quadro branco

Desenvolvimento:
1. Peça ao grupo para, sem olhar, retirar da caixa um comportamento que
deverá ler e classificar como masculino ou feminino. Esta classificação deverá ser
registada no quadro.
2. No fim, analise os registos e discuta com o grupo a classificação dos
comportamentos enquanto masculinos ou femininos.

Comportamentos:
FAZER UM CURSO DE INFORMÁTICA
URINAR EM PÉ
SAIR À NOITE COM OS AMIGOS
PASSAR A ROUPA DA FAMÍLIA
SER GERENTE DE UM HOTEL
USAR ROUPAS ÍNTIMAS DELICADAS
TOMAR A INICIATIVA PARA NAMORAR

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USAR MAQUILHAGEM
CONDUZIR UM CAMIÃO
SER SENSÍVEL
CHORAR EM FILMES ROMÂNTICOS
USAR BRINCOS
TER FORÇA E CORAGEM
TER DOCILIDADE E ROMANTISMO
LAVAR A LOUÇA
TER ESPÍRITO PRÁTICO
FUMAR CHARUTO

F. Actividade “Tarefas e Responsabilidades da Família” (Livro “Educação


Sexual no 1º Ciclo – um Guia para Professores e Formadores”, pp. 99)
Objectivos:
Fomentar a reflexão acerca das estruturas familiares e o reconhecimento das
tarefas domésticas como actividades colectivas.

Material necessário:
Ficha de trabalho

Como fazer:
Fomentar previamente um diálogo colectivo acerca das várias actividades
desenvolvidas pelos elementos que compõem uma família e das formas como se
dividem e partilham essas tarefas.
Aplicação das fichas de trabalho.
Ex. Lista dos elementos que fazem parte da família com registo das tarefas
inerentes a casa um.
Ex. O João e a Joana ajudam os pais em casa e têm a seu cargo várias tarefas.
Imagina quem faz as seguintes tarefas:

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Tarefas João Joana


Pôr a mesa
Lavar a Louça
Fazer a comida
Fazer a cama
Passar a ferro
Despejar o lixo
Lavar a roupa
Lavar o carro
Aspirar
Limpar o pó
Fazer as compras
Fazer reparações

G. Actividade “Mensagens dos Meios de Comunicação” (adaptado do manual


“Dinâmicas de Sexualidade” in www.forma-te.com)
Objectivo:
Reconhecer algumas mensagens transmitidas pela televisão e outros meios de
comunicação, sobre os papéis sexuais e as relações pessoais.

Duração:
50 minutos.

Material:
Ficha de Trabalho.

Desenvolvimento:
1. Sem muitas explicações, peça ao grupo que assista em casa a programas de
televisão durante uma hora.
2. Informe que esta hora deve incluir pelos menos cinco anúncios e um
programa sobre família ou uma novela sobre relações entre casais.

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3. Distribua uma Ficha de Trabalho "Mensagens dos Meios de Comunicação" a


cada participante e peça-lhe que a preencha quando terminar de assistir aos
programas. Pode dar alguns exemplos.
4. Solicite aos alunos que tragam a Ficha de Trabalho na sessão seguinte,
quando serão discutidos os seguintes pontos:

Sugestões para reflexão:


Parte I
1. Em que tipos de actividades estiveram envolvidos os homens e as mulheres?
2. Os alunos perceberam padrões nos quais homens e mulheres estivessem
representados?
3. Que tipo de produtos eram anunciados pelas mulheres? E pelos homens?
4. Os alunos acharam que os anúncios eram realistas?

Parte II
1. Que papéis foram desempenhados por homens e mulheres em relação à
família?
2. Quem exercia papel dominante nas famílias? Alguém representou algum
papel não tradicional?
3. A família apresentada no programa parecia real?
4. Quem eram as personagens que estavam envolvidas em relações românticas
no programa sobre casais?
5. Os casais apresentados eram casados?
6. As relações românticas mostradas pareciam realistas?
7. Os alunos acharam que a televisão reflecte os valores da sua família? Ou dos
seus amigos?

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Ficha de Trabalho – Mensagens dos meios de comunicação


PARTE I:
Vê 5 anúncios de televisão e preenche as seguintes informações, conforme descrito
no exemplo.
Exemplo
Nome do Produto: Cera para chão
Papel do Personagem: Dona-de-casa
Sexo: Feminino
Local: Cozinha

Anúncio 1.
Nome do Produto:___________________________________________________
Papel do Personagem:_______________________________________________
Sexo:___________________
Local:____________________________________________________________

Anúncio 2.
Nome do Produto:___________________________________________________
Papel do Personagem:_______________________________________________
Sexo:___________________
Local:____________________________________________________________

Anúncio 3.
Nome do Produto:___________________________________________________
Papel do Personagem:_______________________________________________
Sexo:___________________
Local:____________________________________________________________

Anúncio 4.
Nome do Produto:___________________________________________________
Papel do Personagem:_______________________________________________
Sexo:___________________
Local:____________________________________________________________

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Anúncio 5.
Nome do Produto:___________________________________________________
Papel do Personagem:_______________________________________________
Sexo:___________________
Local:____________________________________________________________
PARTE II:
Agora, assiste a um programa de televisão sobre família ou uma novela sobre
relações entre casais e descreve os principais personagens:
Nome do Programa: ________________________________________________
Personagens, Sexo, Características e atitudes:
1.___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

2.___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

3.___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

4.___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

5.___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

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Actividades opcionais:
1. Se deseja explorar outras fontes de mensagens, pode propor uma "pesquisa
sobre mensagens dos meios de comunicação". Esta actividade assemelha-se à
"pesquisa sobre estereótipos" e consiste em procurar exemplos de estereótipos e
mensagens sexuais na comunidade, incluindo cartazes, filmes, pessoas e eventos.
A seguir, estão alguns exemplos de imagens que os alunos podem apresentar:
• Uma mulher como objecto sexual.
• Um homem machista.
• Uma mulher vítima de violência.
• Uma imagem promovendo a paternidade responsável.
A discussão deve focar o conteúdo da mensagem e o que podemos fazer para
mudar as imagens estereotipadas ou irreais transmitidas pelos meios de
comunicação.

2. Outra alternativa para esta actividade é solicitar que cada aluno traga três dos
seus anúncios preferidos. Peça que cada um apresente os anúncios ao grupo e que
responda às seguintes perguntas:
• Que imagem das mulheres é apresentada?
• Que imagem dos homens é apresentada?
• O que esses anúncios mostram como sendo o "correcto" a fazer?
• O que é que os anunciantes dizem que mudará em nós se consumirmos
esse produto?

H. Actividade “Estou satisfeito como Sou” (adaptado do manual “Dinâmicas de


Sexualidade” in www.forma-te.com)
Objectivo:
Conscientizar os participantes do grupo sobre seus sentimentos em relação ao
sexo a que pertencem.

Duração:
30 a 40 minutos.

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Material:
Papel, canetas e fita adesiva.

Desenvolvimento:
1. Divida o grupo em pequenos subgrupos do mesmo sexo.
2. Peça que pensem em todos os finais possíveis para as seguintes frases:
- Grupos de raparigas: "Estou satisfeita por ser rapariga porque..."
- Grupos de rapazes: "Estou satisfeito por ser rapaz porque..."
anotando as respostas numa folha de papel, durante aproximadamente 10
minutos.
3. A seguir, peça aos grupos que façam o mesmo com outra frase:
- Grupos de raparigas: "Se fosse rapaz, eu...porque…"
- Grupos de rapazes: "Se fosse rapariga, eu...porque…"
anotando as respostas numa folha de papel, durante aproximadamente 10
minutos.
4. Peça a voluntários de cada subgrupo que copiem as frases do seu
subgrupo no quadro, na seguinte ordem:
Respostas das raparigas: "Estou satisfeita por ser rapariga porque..." e "Se
fosse rapaz, eu... porque..."
Respostas dos rapazes: Estou satisfeito ser rapaz porque... e "Se fosse
rapariga, eu... porque..."
5. Promova uma discussão sobre os seguintes pontos:
• Algumas das respostas foram iguais para os dois grupos?
• Foi difícil pensar em razões pelas quais estão satisfeitos com seu
sexo?
• Foi difícil pensar nas vantagens de pertencer ao outro sexo?
• Quais das vantagens em ser rapaz ou rapariga são reais e quais são
baseadas em estereótipos ou preconceitos?
• É possível ser rapaz e ter ou fazer algumas das coisas “listadas em
rapariga"? (e vice-versa?)
• Podemos pensar em alguma mulher conhecida que apresente
algumas das características listadas em "homem"? (e vice-versa?)
• Que significa "masculino" e "feminino"?

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Actividades opcionais:
Outra actividade que pode ajudar o grupo a entender qual o papel "actual" do
homem e da mulher é "O Marciano". Consiste em se tentar explicar a um "marciano"
as diferenças entre homens e mulheres. Um dos alunos é um "marciano" recém-
chegado ao nosso planeta que quer saber quais são as diferenças entre homens e
mulheres, uma vez que em Marte, tais diferenças não existem. O marciano pede ao
grupo que mencione todos os tipos de diferenças: físicas, psicológicas, de
expressão das emoções, sentimentos, pensamentos. Depois, quer saber quais as
que não se alteram com o tempo, o lugar, a cultura.
Como tema de discussão, pede-se ao grupo que reflicta como, logo à nascença,
o processo de socialização nos leva a comportamentos diferentes para homens e
mulheres. Dar o exemplo das cores escolhidas para meninos e meninas, das
brincadeiras realizadas, dos tipos de brinquedos, das profissões escolhidas na
brincadeira “quando eu for grande quero ser…”, das expressões que condicionam o
comportamento, tais como “os homens não choram” ou “ és uma maria-rapaz”, etc.
(Esta actividade foi adaptada de Peru-Mulher, Lima, Peru).

BIBLIOGRAFIA:
Prazeres, V. (2003). Adolescentes, Pais e tudo o mais. Lisboa: Texto Editora.
Marques, A. M., Vilar, D., Forreta, F. (2002). Educação Sexual no 1º Ciclo – Um Guia
para Professores e Formadores. Lisboa: Texto Editora.
Robert, J. (2006). A minha sexualidade – dos 9 aos 13 anos. Porto: Porto Editora.
Marques, A., Vilar, D., & Forreta, F. (2002). Os Afectos e a Sexualidade na
Educação Pré-Escolar – um Guia para Educadores e Formadores. Lisboa: Texto
Editora
Site www.forma-te.pt

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TEMA 3: ASSERTIVIDADE

INTRODUÇÃO TEÓRICA:
Às vezes temos necessidade de dizer coisas aos outros que são conflituosas ou
nos custam por diferentes motivos (pedir a alguém o dinheiro que não nos devolveu,
dizer a alguém que algo que disse nos caiu mal, responder a alguma queixa, etc.)
(López Sanchez, 1995). Do nosso ponto de vista, uma comunicação correcta deve
cumprir pelo menos estas condições (ibidem):
1. Ser adequada na forma: usar gestos e palavras adequados.
2. Ter em conta os argumentos da outra pessoa.
3. Defender bem os próprios interesses.
4. Ter em conta os interesses dos outros.
5. Resolver os conflitos pacificamente.

OBJECTIVOS A ATINGIR NESTE MÓDULO:


1. Definir assertividade de forma breve, clara e simples.
2. Debater as duas formas principais de comunicação não-assertiva
(passividade e agressividade).

ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividade “Pedir” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 40-41 – actividade 11)
Explorar com as crianças as diferentes formas de pedir algo que desejamos:
- mentir
- não ir directo ao assunto
- chorar
- implorar
- etc.

Conversar com as crianças sobre outras formas de “pedir” e solicitar exemplos


de cada uma.

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Colocar as seguintes questões:


- conhecem alguém que use estes métodos?
- como é que te fazem sentir?
- qual é o método que costumas usar?
- já usaste algum dos métodos mencionados?
- algumas pessoas quando pedem algo gritam, atiram coisas, dão pontapés e até
têm tremores. Conheces alguém que aja assim? Como é que te sentes?
Quando se usam métodos negativos para se conseguir o que se quer, ninguém
fica satisfeito, todos se sentem mal e incomodados.

Há uma boa maneira de se pedir o que se quer – ser directo.


O que é isto? Como se faz?
(escrever no quadro)

1. Fica quieto e direito (em pé ou sentado)


2. Olha de frente a outra pessoa.
3. Fala com uma voz normal.
4. Sê honesto e directo.

Não faz mal pedir-se o que se deseja, mas não se deve esperar sempre
consegui-lo.
Nem sempre conseguimos o que queremos, mas sentir-nos-emos melhor se
tivermos pedido de uma forma respeitadora.
Quando tratamos respeitosamente os outros, estes também nos tratarão da
mesma maneira.

B. Actividade “Como lidar com o sentimento de estar zangado” (Dossier


“Prevenir a Brincar”, pp. 91 – actividade 23)
Fazer duas colunas no quadro, uma para as formas positivas de lidar com a
zanga, outra para as negativas e solicitar ideias às crianças.
NB: – Sugestão do gt-PRESSE: depois de construídas as listas no quadro, pedir voluntários para
criarem pequenos role-plays que exemplifiquem uma forma negativa de lidar com a zanga, seguida
da sua solução positiva.

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C. Actividade “As boas maneiras” (Livro “Educación Sexual de adolescentes y


jóvenes”, pp. 83-84 – IV. 5.2)
Um ditado oriental lembra-nos que cada um é dono das suas palavras enquanto
elas não saírem da sua boca. Em muitas ocasiões, pomos os outros mal ou, pior,
criam-se grandes chatices por usar palavras ou gestos inadequados. Um dos
exemplos mais claros pode ver-se quase todos os dias com os condutores de
carros: insultos gestuais e verbais, apitadelas fortes e contínuas, etc., provocam
discussões ou contestações que podem criar grandes discussões ou, pelo menos,
nervosismo e cólera que carece de toda a utilidade. Algo parecido se passa com
frequência nos bares, discotecas, etc., entre os jovens.
Vejamos o seguinte exemplo de comunicação inadequada (deve ser
representado por dois alunos ou por um aluno e o professor)
João: enquanto empurra um desconhecido, diz-lhe: “olha lá palerma, não vês
que me pisaste?”
O desconhecido: vira-se para o João e diz-lhe: “não sabia que eras de manteiga,
oh idiota!”
João: levanta o braço, empurra-o com mais força ao mesmo tempo que diz “o
idiota és tu; vou-te encher de porrada!”
O João e o desconhecido envolvem-se à pancada

Teria sido muito melhor que o João, o desconhecido ou ambos, tivessem


enfrentado o assunto com boas maneiras:
João: toca ligeiramente as costas do desconhecido e diz: “desculpa, acho que
me pisaste”.
O desconhecido: “desculpa, não tinha reparado”

É possível que nem sempre sejam os dois correctos. Contudo, se alguém for
incorrecto, o melhor que temos a fazer é não cair na asneira de começar uma
discussão absurda. Como se costuma dizer, duas pessoas não discutem se uma
delas não quiser. Por exemplo:
João: toca ligeiramente as costas do desconhecido e diz: “desculpa, acho que
me pisaste”.
O desconhecido: “não sabia que eras de manteiga, oh idiota!”

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João: acho que tenho o direito de te dizer que me pisaste. Mas não me apetece
discutir, nem chatear ninguém.
Podem fazer-se outros role-plays, em que todos os alunos devem participar e,
neste caso, só se devem representar formas supostamente correctas de
comunicação:
a) O Pedro emprestou dinheiro à Maria e esta parece ter-se esquecido de o
devolver.
b) A Joana não passa a bola quando joga basket. A Raquel quer queixar-se,
para tentar mudar o comportamento da amiga.
c) O Jorge tenta sempre fazer o que quer. Manuel, um dos seus colegas de
grupo, quer fazê-lo ver que tem de ter em conta os outros.
d) A Joana nunca paga quando toma café com as suas amigas. A Rita acha que
não há direito e que ela deve pagar como toda a gente.
e) O Diogo insultou uma colega dizendo-lhe “és uma cusca, queres saber tudo”.
f) etc.

D. Actividade “Os elogios como forma de dizer sim” (Livro “Educación Sexual de
Adolescentes y Jóvenes”, pp. 89-90 – IV. 6.1)
Os elogios são uma forma de fazer as pessoas sentirem-se bem, demonstrar o
nosso apreço, chamar a atenção do outro, demonstrar a nossa atenção por alguém
ou reconhecer que os outros se sabem interessar por nós.
Fazer elogios significa dizer algo agradável ou positivo a outra pessoa.
Aceitar elogios significa manifestar a quem nos faz elogios que se gostou.
Uma coisa e outra têm a vantagem de tornar a vida agradável às pessoas, e
demonstrar o nosso apreço e são bons inícios de relações que podem ampliar-se e
aprofundar-se; são, por isso, uma boa forma de dizer sim, pelo menos em certa
medida, a uma relação ou à possibilidade de uma relação interpessoal satisfatória.
Às vezes têm um significado mais superficial – mas também são adequados neste
caso – e referem-se a reforços laborais e sociais de diversos tipos. A nós interessa-
nos mais o seu uso nas relações interpessoais.
Os elogios devem ser sinceros – porque se não forem podem induzir em erro – e
feitos de forma a que o receptor os possa aceitar. Isto depende muito das situações
e do nível de confiança entre os interlocutores.

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Por outro lado, é importante que tanto os homens como as mulheres façam e
recebam elogios e que os façam aos dois sexos.
Um bom exemplo:
A Teresa diz ao António: “Hoje estás giríssimo, estás com um cabelo fantástico e
essa roupa fica-te mesmo bem!” O António responde-lhe: “Obrigado, tu sim é que
estás sempre linda, dá-me um beijo”. E a Teresa dá-lhe um beijo.

Role-plays
Procedimento e objectivo:
Representar as seguintes situações e/ou outras que o professor ou os alunos
proponham. Fazer por grupos segundo o nº de personagens. Todos os alunos
devem participar pelo menos uma vez fazendo e recebendo elogios de pessoas do
mesmo e do outro sexo.
a) Fazer três elogios diferentes referentes a diversas características físicas dos
outros.
b) Aceitar três elogios referentes a características próprias
c) Elogiar um rapaz ou rapariga por algo bem feito na sala de aula. O outro
recebe bem o elogio.
d) Elogiar uma característica de personalidade (simpatia, bondade, etc.). O
outro recebe bem o elogio.
e) Elogiar alguém que acaba de nos ganhar num jogo. O outro recebe bem o
elogio.
f) Dizer a alguém que simpatizamos com ela. O outro recebe bem o elogio.

Comentário:
Os actores comentam a sua forma de fazer e receber elogios. O professor
completa estes comentários. Se não estiverem bem feitos ou não tiverem sido bem
recebidos, repetem-se.

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E. Actividade “Aceitar e pedir um comportamento” (Livro “Educación Sexual de


Adolescentes y Jóvenes”, pp. 93-94 – IV. 6.3)
Introdução e exemplificações
As relações implicam diversos comportamentos. Há sempre comportamentos
que desejamos que o outro tenha e há pedidos que a outra pessoa gosta de nos
fazer.
É importante saber pedir de forma clara e simples os comportamentos que
queremos que o outro tenha e saber aceitar os pedidos das outras pessoas, se nos
parecerem adequados.
Desta forma é mais fácil estarmos juntos e entendermo-nos com outra pessoa,
porque sabemos de que gostamos e de que é que o outro gosta. De outra forma,
andávamos às cegas. Sejamos abertos e expressemos as nossas preferências em
relação aos comportamentos do outro.
Quantas vezes temos de dizer: “porque é que não mo pediste, se gostavas tanto
disso?”. Contudo, é importante dar à pessoa o direito de dizer não, para que tenha a
liberdade de organizar a sua vida e os comportamentos que considere mais
adequados.
Seguidamente apresenta-se um bom e um mau exemplo:
a) O João e a Ana saem juntos há alguns meses. Gostam de estar juntos mas
já não sabem o que fazer na forma de se relacionarem, porque um não sabe como o
outro quer estar.
Por exemplo, a Ana gostaria de dar a mão ao João enquanto passeiam ao longo
da rua, mas não se atreve a fazê-lo. O João nem faz ideia disso, embora também
lhe apetecesse ter um contacto mais próximo com a Ana – mas é tímido, tem medo
de a incomodar e não se atreve a iniciar nenhum tipo de aproximação. Por esta
razão, vão os dois pela rua fora com os braços esticados e a meio metro de
distância.
b) O João e a Ana começaram a andar juntos há pouco tempo, e não fazem a
mínima ideia de como o outro gosta de estar. A Ana tem imensa vontade de pegar
na mão do João, mas não sabe muito bem de que forma é que interpretará essa
conduta.

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Então, a Ana pega na mão do João enquanto lhe pergunta “Posso? Apetece-me
dar-te a mão, gosto de a sentir enquanto passeamos.” O João faz um gesto de
aproximação corporal enquanto lhe diz: “Eu também gosto. Que bom que é estar
contigo!”.
Role-plays
Por pares, formadas por membros de sexos diferentes, fazem as seguintes
representações:
a) pedir que alguém te empreste dinheiro e aceitar emprestá-lo
b) pedir que alguém te faça o favor de avisar os teus pais sobre alguma
coisa e aceitar fazê-lo por alguém
c) sorrir a alguém e responder com um sorriso
d) pedir um beijo e aceitar um beijo
e) pedir um abraço e aceitar um abraço
f) pedir a alguém que te olhe nos olhos e aceitar o olhar de alguém

F. Actividade “Estás a seguir as minhas instruções?” (Livro “Educación Sexual


de Adolescentes y Jóvenes”, pp. 100-102)
Objectivo:
Introduzir o conceito de comunicação e ajudar os alunos a entender a
importância de se comunicar claramente

Material:
Pão, manteiga ou margarina, compota ou marmelada, mesa, faca, papel e lápis

Tempo:
40 a 60 minutos

Procedimento:
1. Introduza esta actividade dizendo ao grupo que parte de uma boa
comunicação é ser capaz de se comunicar claramente para que possa ser
entendido. Isto é particularmente importante em situações que envolvam informação:
dar instruções, realizar uma tarefa ou adquirir uma nova competência.

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No entanto, uma vez que a comunicação faz parte da rotina diária, muitas vezes
tomamo-la como garantida. Torna-se difícil comunicarmos de forma a que nos
entendam facilmente. Este exercício pega numa actividade simples e comum e
demonstra o difícil que pode ser comunicarmos claramente.
2. Depois desta introdução, peça a cada pessoa que pegue numa folha de papel
e escreva as suas próprias instruções sobre “como fazer uma sandes ou uma tosta
com manteiga e compota ou margarina e compota”.
3. Ponha as instruções dobradas a um lado.
4. Peça dois voluntários.
5. Peça a um dos voluntários que escolha um grupo de instruções escritas.
6. Leia o seguinte ao segundo voluntário: “Imagina que nunca fizeste uma
sandes ou uma tosta com manteiga e compota ou margarina e compota. Só podes
fazer o que as instruções dizem para fazer. Por exemplo, se as instruções dizem
«pôr manteiga no pão» mas esqueceram-se de pôr «pegar na faca», o que farias?
Podes tirar a compota do frasco se nas instruções não te diz para abrir o frasco e
retirar a tampa?”.
7. Se o voluntário encontrar instruções que não são claras, peça-lhe que
escolha outro grupo de instruções. Solicite a um dos voluntários que leia as
instruções, e ao outro que as execute.
8. Mantenha a actividade até que sejam lidas tantas instruções quantas o tempo
permita, procurando as que comuniquem claramente como fazer um pão com
manteiga e compota ou margarina e compota.
9. Se nenhuma das instruções é clara, faça com que o grupo pratique a
elaboração de umas instruções concisas e claras.
10. Comentem os pontos de discussão.

Pontos de discussão:
1. Obviamente, a maioria das pessoas já tem uma ideia de como fazer uma
sandes com manteiga e compota e não precisa de instruções precisas para o fazer.
Mas, se alguém faz algo completamente diferente e complexo (como pilotar um
avião ou trabalhar num computador), achas que já tinham o conhecimento
suficiente? Como lhes explicarias a tarefa?
2. O que pode acontecer se não comunicamos claramente o que queremos?

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3. Porque é tão importante a comunicação clara numa família? E num trabalho?


E com o teu companheiro?

G. Actividade “Treino de Assertividade I” (retirado de


http://eb23aradas.prof2000.pt/NACs/Forma%C3%A7%C3%A3o%20C%C3%ADvica/Sugest%C3%B5
es%20de%20Trabalho/Treino%20de%20assertividade%20-%202.doc)

Objectivos:
• Identificar as atitudes agressivas, manipuladoras, passivas e assertivas.
• Reflectir sobre as vantagens/desvantagens de cada uma delas.
• Cultivar a assertividade.

Material:
• Acetatos (ou powerpoint).
• Retroprojector (ou computador e projector multimédia).
• Teste.

Metodologia:
• Dinâmica de grupo: 20 minutos
• Trabalho individual: 5 minutos
• Diálogo: 10 minutos

Desenvolvimento:
1. O professor informa sobre o tema em estudo.
2. Observação dos acetatos com diferentes situações:
• A sopa está estragada;
• Alguém tenta passar à tua frente numa fila;
• Um cabelo na sanduíche.
3. Análise dos diferentes tipos de resposta. Características de cada tipo de
pessoa.
4. Verificação das vantagens e das desvantagens de cada uma delas.
5. Distribuição do teste "Como anda a tua assertividade?" (ver anexo III)

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6. O professor questiona: Como se deve agir em sociedade? Quais as vantagens


para a nossa vida?

A sopa está estragada

A. Que porcaria! Que nojo! Quem foi o imbecil que fez uma coisas
destas?!
B. Não consigo comer isto, vou pedir outra coisa.
C. Vou comer isto! Só espero não ficar doente.
D. A tua sopa também está estragada? Tu já viste isto! É preciso ter lata!
Só querem ganhar dinheiro! Não queres ir reclamar, tu que tens tanto
jeito para estas coisas?

Alguém tenta passar à tua frente numa fila

A. Espere um pouco e entre na sua vez.


B. Estão-me sempre a passar à frente!
C. Grande lata! Tem a mania que é esperto... vá para a fila!!
D. E tu deixas que te passem à frente? Afinal és um cobardolas!!

Um cabelo na sanduíche

A. Um cabelo! Que nojo! Vou tirá-Io... espero que ninguém esteja a ver...
B. Importa-se de trocar a minha sanduíche? Tem um cabelo.
C. Isto é um nojo! Que espelunca é esta? Vou-me embora e não venho
mais aqui...

H. Actividade “Treino Assertivo II”


São apresentadas algumas situações de alguma forma controversas, sendo
pedido aos alunos que escrevam qual seria a sua atitude provável, em cada uma
das situações.

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a) Vais ao bar da escola comprar um pacote de leite e, ao chegares à sala,


reparas que no troco faltam 0.50€.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
b) No bar da escola pedes um pão com queijo e trazem-te um com
fiambre.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
c) No final da aula de Educação Física, um(a) amigo(a) pede-te para
esperares, para irem juntos para a próxima aula. Contudo, põe-se a fazer coisas
sem importância e pára de 5 em 5 minutos para falar com toda a gente, e vocês
chegam atrasados(as) à aula, ficando com falta.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
d) Enquanto esperas que a Sra. da reprografia atenda um aluno, entra
outro e a Sra. atende-o primeiro.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

I. Actividades 9, 10, 11 e 12 da Unidade 2 do livro “Educação para a saúde na


escola para prevenção da Sida e de outras DST –Documento para o
desenvolvimento de programas escolares – Actividades para Alunos”, pp. 48-51
Trabalhar as actividades disponibilizadas em anexo (cf. Anexo IV-VII).

BIBLIOGRAFIA:
Educação para a Saúde na Escola para Prevenção da SIDA e de outras DST
Documento para o desenvolvimento de programas escolares – Actividades para
os Alunos. Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA, 2002 – Lisboa;
Ló, A. C. (1998). Prevenir a Brincar. Projecto VIDA.
Lopez Sanchez, F. (1995). Educación sexual de adolescentes y jóvenes. Madrid:
Siglo Veintiuno de España Editores, S.A..
Site:
http://eb23aradas.prof2000.pt/NACs/Forma%C3%A7%C3%A3o%20C%C3%ADvica/Sugest%C3%B5
es%20de%20Trabalho/Treino%20de%20assertividade%20-%202.doc – acedido a 29/02/2008

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TEMA 4: AUTO-ESTIMA

INTRODUÇÃO TEÓRICA:
“A Auto-estima é a ideia que a pessoa tem de si própria em termos de
características, relações, capacidades e competências. É a avaliação que a pessoa
faz de si própria no que se refere às suas capacidades, importância, sucesso e
valor.
Se as crianças, jovens, se sentirem bem com elas próprias, tomarão bem conta
de si e quando tiverem grandes escolhas a fazer, saberão como fazê-las e
aprenderão a dizer não ao que for prejudicial.” (Ló, 1998)

OBJECTIVOS A ATINGIR NESTE MÓDULO:


1. Definir auto-estima de forma breve, clara e simples e salientar a sua
importância no estabelecimento de relações interpessoais saudáveis.
2. Debater algumas formas de promover e diminuir a auto-estima.

ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividade “Sou especial porque...” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 95 –
actividade 9)
As crianças devem escrever, na ficha que se encontra em anexo (cf. anexo VIII)
algo de especial, único ou diferente sobre si próprias. Devem partilhar o que
escreveram, em pequenos grupos ou em pares, e memorizar o que cada um disse.

Se se optar por juntar as crianças em pares, devem descobrir no outro


características especiais, únicas ou diferentes, e depois devem comunicá-las ao
grupo.

B. Actividade “Coisas que me tornam especial” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp.


95 – actividade 10)
Cada criança deve escrever ou desenhar, na ficha que se encontra em anexo (cf.
anexo IX):
a) na casa: algo que a família faça para se divertir;
b) na estrela: algo de que se orgulhe;
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c) no coração: algo que a faça sentir bem;


d) no diploma – algo que tenha aprendido no ano passado;
Em pequenos grupos devem partilhar o que escreveram.

C. Actividade “Deitar abaixo” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 99 – actividade 5)


NB: esta actividade é a continuação da actividade F do tema AFECTIVIDADE,
logo só deve ser utilizada caso a outra actividade também o tenha sido.

Explorar a situação que a bruxa criou.


- O que significa “deitar abaixo”?
- Como se sentem quando vos “deitam abaixo”?
- Como se sentem quando “deitam abaixo”?
- Porque é que as pessoas “deitam abaixo”?
- Formas de “deitar abaixo”.
- Será que também nos “deitamos abaixo” (a nós próprios)?

D. Actividade “Auto-estima” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 101 – actividade 8)


Escrever no quadro a seguinte definição e discutir com as crianças o que cada
frase quer dizer.

Auto-estima é:
1. Saber que se é especial, diferente e sentir-se feliz por isso.
2. Reconhecer os seus pontos fortes e fracos, sucessos e fracassos, e aceitá-
los ou mudá-los, se assim se desejar.
3. Respeitar os outros.
4. Ser responsável pelas suas acções e sentimentos.
5. Receber dos pares estímulos e mensagens positivas.

E. Actividade “O jogo da auto-estima” (Livro “Educación Sexual de Adolescentes


y Jóvenes”, pp. 62-64)
Objectivo:
Ensinar aos jovens o que é a auto-estima e que coisas a afectam.

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Materiais:
Folhas de papel (todas do mesmo tamanho), uma para cada membro do grupo.

Tempo:
20-30 minutos.

Nota importante:
Certifique-se de ter pelo menos a mesma quantidade de frases para recuperar a
auto-estima e para “tirá-la”. Acrescente pormenores às frases ou invente novas
frases, que reflictam o mais fielmente possível as situações que acontecem aos
jovens da sua comunidade.

Procedimento:
1. Pergunte ao grupo se alguém sabe o que significa auto-estima. Se ninguém
souber, explique-lhes que a auto-estima é a forma como uma pessoa se sente em
relação a si mesma, e que a auto-estima está estreitamente relacionada com a
nossa família e o nosso meio ambiente. Explique-lhes que todos os dias
enfrentamos coisas e acontecimentos que afectam a forma como nos sentimos em
relação a nós mesmos. Por exemplo, se nos zangamos com os nossos pais, ou se
um amigo nos critica, isso pode afectar a nossa auto-estima.
2. Entregue uma folha de papel a cada participante, explicando-lhe que
representa a sua auto-estima. Explique-lhes que vai ler uma lista de acontecimentos
que podem ocorrer durante o dia e que afectam a nossa auto-estima.
3. Diga-lhes que de cada vez que ler uma frase, eles devem arrancar um
pedaço da folha, e que o tamanho do pedaço que tirarem significa mais ou menos a
proporção de auto-estima que o acontecimento afectaria. Dê-lhes um exemplo
depois de ler a primeira frase, retirando um bocado da sua folha e dizendo “isto
afecta-me muito” ou “isto não me afecta muito”.
4. Leia as frases que considere apropriadas da seguinte lista, ou faça as suas
próprias frases.
5. Depois de ter lido todas as frases que afectam a auto-estima, explique aos
alunos que agora vão recuperar a auto-estima. Diga-lhes para reconstruírem a auto-
estima por pedaços, da mesma maneira que a “tiraram”.

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6. Comentem os pontos de discussão.

Diminuir a auto-estima (imagina que, na última semana, te aconteceu o


seguinte:)
1. Uma zanga com um amigo(a) que ainda não tenha terminado.
2. Um professor zangou-se contigo porque não fizeste os trabalhos de casa.
3. Um grupo de amigos chegados não te convidou para uma festa.
4. Um dos teus pais zangou-se contigo ou chamou-te “malcriado/a”.
5. Um amigo/a revelou a outra pessoa um segredo que lhe disseste em
confidência.
6. Um grupo de amigos gozou com o teu penteado ou com a tua roupa.
7. Tiveste má nota num teste ou num trabalho.
8. A tua equipa de futebol favorita perdeu um jogo importante.
9. Um/a rapaz/rapariga de quem gostas rejeitou um convite para sair contigo.
10. Foste dos últimos alunos a ser escolhidos para as equipas na aula de
Educação Física.

Recuperar a auto-estima (imagina que, na última semana, te aconteceu o


seguinte:)
1. Algum colega de escola pediu-te conselhos sobre um assunto delicado.
2. Um/a rapaz/rapariga de quem gostas convidou-te para sair.
3. A tua mãe ou o teu pai disseram-te que gostam muito de ti.
4. Tiveste boa nota num teste ou num trabalho.
5. Um/a rapaz/rapariga aceitou o teu convite para sair.
6. A tua equipa de futebol favorita ganhou um jogo importante.
7. Os teus colegas de turma elegeram-te como delegado.
8. Ganhaste um prémio atribuído pela tua escola.
9. O/a rapaz/rapariga de quem gostas mandou-te uma carta/bilhete de amor.
10. Todos os teus amigos disseram que adoram a tua roupa ou penteado.

NB: os professores podem acrescentar livremente mais frases, com atenção ao facto de que
devem ser em mesmo número (as de “diminuir” e as de “recuperar”).

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Pontos de discussão
1. Todos recuperaram a auto-estima?
2. Qual foi o acontecimento que mais afectou a auto-estima? Porquê?
3. Qual foi o acontecimento que menos afectou a auto-estima?
4. Qual foi o acontecimento mais importante para recuperar a auto-estima?
5. O que podemos fazer para defender a nossa auto-estima quando nos
sentimos atacados?
6. O que podemos fazer para ajudar os nossos amigos e familiares quando a
sua auto-estima está em baixo?
Acrescente alguns pontos de discussão para as perguntas que incluir.

F. Actividade “Uma entrevista sobre mim” (Livro “Educación Sexual de


Adolescentes y Jóvenes”, pp. 67-68)
Objectivo:
Dar aos adolescentes a oportunidade de aprender quais as qualidades positivas
que os outros vêem neles.

Materiais:
Ficha de trabalho “Entrevista sobre mim” (anexo X).

Tempo:
Dois ou três dias para os alunos realizarem a entrevista; 30 minutos para a
discussão em grupo.

Procedimento:
1. Introduza esta actividade dizendo ao grupo que algumas vezes as outras
pessoas reconhecem as nossas qualidades muito melhor do que nós mesmos.
2. Distribua a folha de trabalho e peça aos alunos que escrevam o seu nome no
centro da folha e preencham o espaço que diz “Eu mesmo”, escrevendo três coisas
que gostem de si mesmos.

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3. Depois, diga-lhes que a sua tarefa é escolher quatro espaços da ficha e


“entrevistar” a pessoa descrita em cada espaço. Durante a entrevista, os alunos
devem formular a pergunta “Quais são as três coisas de que gostas em mim?” e
registar as respostas no espaço apropriado.
4. Certifique-se que determina uma data e um tempo limite para a realização da
entrevista e determine tempo para discutir esta actividade na sua próxima sessão,
usando os seguintes tópicos de discussão.
5. Comentem os pontos de discussão na próxima sessão.

Pontos de discussão
1. O que sentes ao saber o que é que as pessoas gostam em ti?
2. Descobriste ou apercebeste-te de algumas qualidades que não sabias que
tinhas?
3. Ficaste zangado/a se ninguém mencionou uma qualidade que consideravas
importante? Como podes consciencializar as pessoas sobre essa qualidade?
4. Mais de uma pessoa mencionou a mesma qualidade sobre ti?
5. Dizes às pessoas que te rodeiam o que gostas delas?

BIBLIOGRAFIA:
Ló, A. C. (1998). Prevenir a Brincar. Projecto VIDA.
Lopez Sanchez, F. (1995). Educación sexual de adolescentes y jóvenes. Madrid:
Siglo Veintiuno de España Editores, S.A..

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TEMA 5: SEXUALIDADE/PUBERDADE

INTRODUÇÃO TEÓRICA:
O conceito de sexualidade é um conceito bastante amplo que não se resume ao
sexo ou à reprodução mas tem que ver com sentimentos, prazer, comunicação
interpessoal, amor, atracção e todo um misto de emoções que se vão aprendendo e
fazem parte integrante da vida de cada um de nós.
“A puberdade é uma fase de transformações físicas, psicológicas e
psicoafectivas que o jovem poderá ter alguma dificuldade em entender e aceitar. O
medo de ser diferente dos outros é algo que começa a estar presente e que deve
ser levado em conta no tratamento deste tema, salientando-se o facto de cada
indivíduo ter o seu próprio ritmo de crescimento” (Frade, Marques, Alverca & Vilar,
2006).

OBJECTIVOS A ATINGIR NESTE MÓDULO:


1. Definir o conceito de sexualidade;
2. Compreender/entender a sexualidade no seu sentido mais amplo;
3. Adquirir conhecimentos fidedignos sobre o funcionamento e as
transformações do corpo feminino e masculino na puberdade.

ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividades da página 36 à página 41 e actividades 1 e 2 das páginas 72 e 73
do livro “Educação Sexual na Escola – Guia para Professores, Formadores e
Educadores”.
Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).

B. Actividade “Chuva de ideias sobre a Sexualidade”


Entregar a cada aluno até 3 (três) rectângulos de papel e uma caneta.
Pedir para que escrevam de imediato uma palavra (em letras grandes) em cada
rectângulo de papel, após ouvirem a palavra que lhes é proposta.
A palavra proposta é SEXUALIDADE.
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Recolher todos os rectângulos de papel preenchidos.


Agrupar de uma forma aleatória todos os rectângulos escritos na parede ou
quadro preto.
Reorganizar as diferentes palavras de acordo com a sua ligação, interligação,
construindo de forma lógica e coerente o conceito de sexualidade.

C. Jogos de avaliação de conhecimentos do CD “Função Reprodutiva e sua


Regulação… para o bem-estar da Mulher”.
Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do CD disponibilizado à
escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).

D. Actividades das páginas 31 e 32 do livro “A minha sexualidade – dos 9 aos 13


anos”.
Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).

E. Visualização da 1ª História (“Quero conhecer-me”) do CD “Saúde na Escola”.


Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do CD disponibilizado à
escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).

BIBLIOGRAFIA:
CD Função Reprodutiva e sua Regulação… para o bem-estar da Mulher.
Schering.
CD Saúde na Escola. Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida.
Frade, A., Marques, A. M., Vilar, D. (2006). Educação Sexual na Escola – Guia
para Professores, Formadores e Educadores. Lisboa: Texto Editores.
Robert, J. (2006). A minha sexualidade – dos 9 aos 13 anos. Porto: Porto
Editora.

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TEMA 6: REPRODUÇÃO HUMANA

INTRODUÇÃO TEÓRICA:
A riqueza de significados da sexualidade humana engloba naturalmente o
conceito de reprodução, mas não se limita a este aspecto, embora seja fundamental
o seu conhecimento (Dias, Ramalhete, Marques, Seabra, & Antunes, 2002).
Para que haja reprodução humana é necessário que se processe a fecundação
do óvulo com o espermatozóide, ou seja, a união das células sexuais feminina e
masculina.
O conhecimento dos aparelhos reprodutores, feminino e masculino, e em
particular das diversas fases do ciclo menstrual na mulher, permite compreender o
processo de fecundidade.

OBJECTIVOS A ATINGIR NESTE MÓDULO:


1. Conhecer o aparelho reprodutor masculino;
2. Conhecer o aparelho reprodutor feminino;
3. Compreender a fisiologia do ciclo menstrual.

ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividade “Jogo das Aventuras do Óvulo, do Espermatozóide e do Futuro
Bebé” (Livro “Educação Sexual no 1º Ciclo – Um Guia para Professores e
Formadores”, pp. 73-82 – 8ª actividade)

Objectivos da actividade:
• Compreender o processo da fecundação na espécie humana;
• Compreender o funcionamento dos aparelhos reprodutores masculino e
feminino, nomeadamente os conceitos de ovulação, ciclo ovulatório, menstruação,
ejaculação, fecundação, gravidez e parto.

Materiais:
• Um dado apenas com os algarismos 1, 2 e 3 (duas faces com cada um
destes três algarismos);

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• Quadros esquemáticos referentes ao aparelho reprodutor masculino e


feminino, pintados com cores relacionadas com as cores do percurso do jogo;
• Seis peças representando espermatozóides, seis peças representando
óvulos, duas peças representando um futuro bebé do sexo masculino e duas peças
representando um futuro bebé do sexo feminino (estas peças só são necessárias se
o jogo for construído em tamanho pequeno e não possam, portanto, ser as próprias
crianças a representar o espermatozóide, óvulo e o futuro bebé);
• Reprodução em cartolina, madeira ou outro material do percurso
apresentado em escala reduzida em anexo (Anexo XI);
• Cartões com registo das provas referentes a cada casa do percurso;
• Uma ou duas bolas, duas mantas, duas vendas para os olhos, uma
dezena de sacos grandes de serapilheira e uma caixa grande de cartão ou uma arca
(onde caibam uma ou duas crianças);
• Objectos facultativos: uma baliza, um cesto de basquetebol, dois
pequenos sinos ou campainhas, roupas para teatro.

Tempo de duração da actividade:


Muito variável, dependendo do tempo que o professor desejar dedicar à
aquisição de conhecimentos e à realização do jogo. É possível jogar só a primeira
parte (até abrir a Porta do Caminho para Nascer) e prosseguir com a segunda parte
num outro dia.

Como fazer:
Trata-se de um jogo para duas equipas e com duas partes distintas.
Cada equipa tem a dimensão que se quiser, mas o número de membros não
deve ser inferior a quatro.
Na primeira parte do jogo, uma das equipas é responsável pelo movimento do
óvulo ao longo do percurso A (ver figura – anexo XI) e a outra equipa é responsável
pelo movimento do espermatozóide ao longo do percurso B.
Ambos os percursos têm nove casas e terminam no Ponto de Encontro (casa
10), o qual tem duas portas: a Porta da Menstruação e a Porta do Caminho para
Nascer.

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Quando o óvulo atinge o Ponto de Encontro (casa 10), mas não se encontra com
o espermatozóide, sai pela porta da menstruação e a respectiva equipa poderá
reiniciar o percurso A, usando outro óvulo.
O mesmo acontece com o espermatozóide quando não se encontra com o óvulo
no Ponto de Encontro (casa 10). Sairá, portanto, pela Porta da Menstruação, será
substituído por outro espermatozóide e reiniciará o percurso B.
Quando o óvulo e o espermatozóide se encontram no Ponto de Encontro, abrem
juntos a Porta do Caminho para Nascer e começa a segunda parte do jogo.
Então, deixa de haver duas equipas e passa a haver apenas uma equipa,
formada pelos membros das duas anteriores. Esta equipa única é a responsável
pelo movimento do Futuro Bebé (ou, porque não, de dois futuros bebés gémeos) ao
longo do Caminho para Nascer, que tem também 9 casas.
Os movimentos do óvulo, do espermatozóide e do futuro bebé vão ser
determinados pelo lançamento do dado (duas faces com o algarismo 1, duas com o
2 e duas com o 3) e pelos resultados das provas que as equipas vão fazendo.

1ª Parte
Cada uma das equipas poderá ter de prestar determinadas provas, conforme se
refere mais à frente (ver regras e provas).
O objectivo desta primeira parte é que o espermatozóide e o óvulo cheguem ao
Ponto de Encontro (casa 10) e se encontrem, pois só dessa forma poderão abrir a
Porta do Caminho para Nascer.
No entanto, este encontro pode não acontecer por duas razões:
a) Uma das equipas pode estar na casa 8 e o dado marcar o algarismo 3 ou
estar na casa 9 e o dado marcar o algarismo 2 ou 3 (na casa 9, a equipa tem o
direito de fazer duas tentativas para tentar que saia o nº 1).
Quando acontecer que o espermatozóide ou o óvulo não acertem na casa 10,
então saem pela Porta da Menstruação e as respectivas equipas poderão retomar o
jogo desde o início, à procura de atingir o Ponto de Encontro (casa 10).
b) Uma equipa pode ter chegado ao Ponto de Encontro mas a outra equipa não
chegar lá na jogada seguinte. Então, ainda tem o direito de ficar ali e esperar por
mais uma jogada da outra equipa. Mas, se esta continuar a não atingir a casa 10
nessa jogada, o óvulo ou o espermatozóide que ali estava terá de sair pela Porta da

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Menstruação e a equipa deverá voltar ao início do jogo, retornando a fase inicial de


progressão, com o objectivo de se realizar o encontro do óvulo e do espermatozóide
no Ponto de Encontro.

Nota: Cada vez que o óvulo ou o espermatozóide saem pela Porta da


Menstruação e a equipa retoma o jogo do início, deve recorrer a um óvulo ou
espermatozóide diferente, para simbolizar que o jogo foi retomado noutro momento,
com um novo ciclo ovulatório e uma nova entrada de espermatozóides no aparelho
reprodutor feminino.

2ª Parte
Quando o óvulo e o espermatozóide se encontram na casa 10 e após realizada
com êxito a Porta do Encontro (ver regras e provas), deixa de haver duas equipas
separadas e passa a haver apenas uma equipa onde todos cooperam para
chegarem ao fim do caminho. O objectivo final do jogo é, portanto, o nascimento do
bebé.

Regras e Provas
Nota Introdutória: Uma das vertentes importantes deste jogo é a criatividade, o
que também se aplica às próprias regras e provas nele incluídas.
Consoante as características do grupo que participa no jogo, e à medida que os
seus conhecimentos evoluem e que certas provas começam a correr o risco de se
tornarem desinteressantes pela sua repetição e pelo grau de conhecimentos já
adquiridos, poderão ser introduzidas novas provas mais adequadas a cada situação
e ao sabor da própria criatividade do animador. Assim, o que a seguir apresentamos
é assumido, sobretudo, como ponto de partida, aberto a reformulações. É por esta
razão que propomos que as provas sejam redigidas em cartões – um cartão para
cada casa – podendo assim fazer-se sucessivas substituições dos cartões iniciais,
conforme se for considerando mais adequado.
Em relação às casas que não têm provas com jogos especiais, a tarefa proposta
nos cartões é apenas a de identificar e descrever a localização do óvulo, do
espermatozóide ou do futuro bebé, com apoio dos quadros respectivos.

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Quando se verificar que os conhecimentos necessários a estas localizações já


estão adquiridos, poderão ser criados cartões alternativos com perguntas para
avaliação de outros conhecimentos, que podem ser colocadas a todo o grupo, ou a
um dos elementos, por forma sorteada ou rotativa.
Por fim, chama-se a atenção para o facto de se ter procurado escolher provas
acessíveis sem materiais muito complexos, mas que têm algo a ver com a
localização da casa onde estão o óvulo, o espermatozóide ou o futuro bebé. Outras
provas podem ser concebidas com a mesma perspectiva consoante a imaginação
dos autores e os recursos que disponham.

Regras:
1. Na primeira parte do jogo, cada equipa lança o dado alternadamente. Sorteia-
se a equipa que faz o primeiro lançamento.
Na segunda parte do jogo, as duas equipas iniciais formam uma única equipa.
2. Após o lançamento do dado, a equipa vai ver o conteúdo do cartão
correspondente à marca onde ficou e realiza a respectiva prova.
3. Se após a realização da prova, saltar ou recuar para outra casa, não realiza a
prova que corresponde a essa casa.

CARTÕES PARA O PERCURSO A


Nº 1 – Jogo da roda cada vez mais larga
Num dos ovários, há um óvulo que começa a amadurecer e fica cada vez maior.
Para representar esse fenómeno, a equipa deve fazer uma roda que começa só
com duas pessoas e onde vai entrando mais uma pessoa de cada vez, ao ritmo de
uma cantiga, ficando a roda cada vez maior.

Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 3

Objectivo não realizado:


Fica na casa nº 1

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Nº 4 – Jogo de penalty
O óvulo vai ser atirado do ovário para a trompa. É preciso pontaria como para
marcar um golo.
Para representar este fenómeno, a equipa escolhe um dos seus membros para
marcar um penalty – dar um pontapé numa bola, atirando-a para dentro de uma
baliza (ou de um espaço que “faça de conta” que é a baliza). Consoante o grau de
dificuldade, pode haver entre uma e três tentativas.

Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 6.

Objectivo não realizado:


Fica na casa nº 4.

Nº 7 – Jogo do Dão Badalão


O óvulo não tem mobilidade própria. Vai avançando lentamente pela trompa,
empurrado pelas contracções ondulantes das paredes da própria trompa.
Para representar isto, uma das crianças deita-se no chão, em cima de uma
manta. As outras crianças e o professor pegam na manta, levantam-na um pouco e
afastam a manta de forma suave, ondulante, fazendo a criança nela deitada rebolar
um pouco, mas sem movimentos bruscos que lhe provoquem susto. A criança deve
fechar os olhos e sentir-se bem, embalada pelos movimentos.

Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 9.

Objectivo não realizado:


Fica na casa nº 7.

Nº 2, nº 3, nº 5, nº 6, nº 8, nº 9
A equipa tem de identificar qual é a sua posição, apontando-a no respectivo
quadro e explicar o que está a acontecer.

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Objectivo realizado:
Fica na casa onde estava.

Objectivo não realizado:


Recua uma casa.

CARTÕES PARA O PERCURSO B


Nº 1 – Jogo do espermatozóide gigante
A partir da puberdade, começa a produzir-se nos testículos milhões de
espermatozóides, que parecem girinos com “cabeça e cauda”.
Para os representar, a equipa é desafiada a encenar uma figura feita em
conjunto por todos os seus membros, formando alguns a cabeça e os outros a
cauda usando duas mantas (estilo de representação do “Dragão” na cultura oriental),
e devendo o espermatozóide gigante ser capaz de se deslocar de maneira bem
articulada, com movimentos ondulantes da cauda.

Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 3.

Objectivo não realizado:


Fica na casa nº 1.

Nº 4 – Jogo de andar às escuras


Os espermatozóides avançam com a ajuda das suas caudas por um canal (canal
deferente) que desemboca depois numa via normal (a uretra), que atravessa o
pénis. Podemos imaginar que este percurso é um longo caminho feito às escuras.
Para representar isto, um dos membros da equipa faz de conta que é um
espermatozóide e coloca uma venda nos olhos, sendo conduzido através da voz por
alguém da equipa ao longo do percurso (pode ser um corredor, por exemplo) sem
chocar com obstáculos.

Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 6.

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Objectivo não realizado:


Fica na casa nº 4.

Nº 7 – Corrida de sacos
Depois de percorrerem o caminho ao longo do canal deferente e da uretra, os
espermatozóides saem do corpo masculino e entram na vagina, por onde seguem
até à descoberta da entrada do útero e, depois, dentro do útero, terão de descobrir
as entradas para as duas trompas, seguindo uma por outra à procura de encontrar o
óvulo, que pode nem sequer estar lá.
Para complexificar mais as coisas, há milhões de espermatozóides, mas só o
primeiro a encontrar o óvulo é que tem sorte de fecundá-lo, entrando dentro dele.
Para representar isto, a equipa é desafiada a fazer uma corrida de sacos (ou ao
“pé coxinho”).
Se for possível, o percurso da corrida poderá bifurcar-se e só num dos dois
caminhos finais é que estará o óvulo (para além da rapidez, será preciso alguma
sorte para acertar no caminho que leva ao óvulo).

Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 9.

Objectivo não realizado:


Fica na casa nº 7.

Nº 2, nº 3, nº 5, nº 6, nº 8, nº 9
A equipa tem de identificar qual é a sua posição, apontando-a no respectivo
quadro, e explicar o que está a acontecer.

Objectivo realizado:
Fica na casa onde estava.

Objectivo não realizado:


Recua uma casa.

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CARTÃO SOBRE O ACESSO AO PONTO DE ENCONTRO


Pode-se chegar ao Ponto de Encontro (casa 10) a partir das casas nº 7, 8, 9 dos
percursos A e B.
No entanto, se estiver na casa 8 e o dado marcar 3, ou se estiver na casa 9 e o
dado marcar 2 ou 3, é-se obrigado a sair pela Porta da Menstruação, voltando a
respectiva equipa ao princípio do jogo, com um novo óvulo ou um novo
espermatozóide.
Chama-se ainda a atenção para a possibilidade de, a partir da casa 9, se usar o
direito de recorrer a uma segunda tentativa para o lançamento do dado, caso na
primeira o resultado tenha sido diferente de 1.

CARTÃO SOBRE O PONTO DE ENCONTRO (casa 10)


Quando uma equipa chega ao Ponto de Encontro, não realiza nenhuma prova e
pode decidir se prefere esperar que a outra equipa lá chegue, aguardando que esta
realize, no máximo, duas jogadas, ou pode sair de imediato pela Porta da
Menstruação, para retomar o jogo, outra vez, do início.
O professor poderá explicar que os espermatozóides e os óvulos conseguem
manter-se vivos nas trompas entre um e três dias, à espera que possa ocorrer a
fecundação.
No caso de a equipa ter decidido esperar e quando se esgotam sem êxito as
duas jogadas da outra equipa, terá então de sair pela Porta da Menstruação e voltar
ao início do jogo.
No caso de as duas equipas conseguirem juntar-se no Ponto de Encontro (casa
10) então realiza-se a:

PROVA DO ENCONTRO
Às vezes um óvulo é cercado por muitos espermatozóides, mas só há um para
quem ele abre a porta da membrana que o envolve. Parece que se reconhecem um
ao outro.
Para representar o momento da fecundação (união do óvulo e do
espermatozóide), há uma criança que representa o óvulo (membro da equipa que
fez parte do percurso A) e outra que representa o espermatozóide (membro da
equipa que fez o percurso B).

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Ambas as crianças ficam longe uma da outra com os olhos vendados. Se o


número de crianças das duas equipas for grande, poderão fazer entre todas uma
roda, delimitando o espaço onde o óvulo e o espermatozóide vão procurar-se um ao
outro.
Se houver duas pequenas campainhas, o óvulo e o espermatozóide poderão
usá-las para se orientarem na procura. Também poderão usar a própria voz. A prova
acaba quando se tocarem e reconhecerem.
A seguir, lançam ambos um dado, que corresponde a ter-se aberto a Porta do
Caminho para Nascer e ao início desse caminho.

CARTÕES PARA O PERCURSO C


Nº 1 – Jogo da bola ao cesto
Logo que o óvulo e o espermatozóide se juntam, a célula resultante da união
entre os dois começa a dividir-se em 2, 4, 8, 16 e por aí adiante, enquanto continua
a viagem pela trompa. Assim, quando chega ao útero, o futuro bebé já tem tamanho
que se veja e precisa agora de fazer ninho, onde vai ter o alimento de que necessita
para crescer cada vez mais.
Para representar a nidação, faz-se a prova da bola ao cesto.
O conjunto de crianças, que agora forma uma única equipa, responsável pelo
movimento do futuro bebé, escolhe 5 de entre elas. Cada uma faz um lançamento
de bola ao cesto (pode ser uma bola de ténis para um cesto de papeis ou uma de
basquetebol para um cesto próprio).
Para que o objectivo seja realizado, é preciso que haja, pelo menos, três
tentativas conseguidas.

Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 3.

Objectivo não realizado:


Fica na casa nº 1.

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Nº 4 – Jogo dos sons


Durante cerca de nove meses, o futuro bebé vai-se desenvolvendo dentro do
útero.
Aos poucos, começa a mexer as mãos, a dar pontapés e a virar-se para um lado
ou para outro. Também gosta de sentir, de vez em quando, as paredes do útero a
fazer-lhe festinhas em todo o corpo, e percebe quando a mãe está quietinha ou
quando vai a andar ou está a comer. Abre os olhos mas não vê nada, porque está
tudo muito escuro, mas consegue ouvir a voz da mãe e do pai, quando fala perto, e
muitos sons à sua volta. Assim vai aprendendo a reconhecer aqueles que são mais
habituais.
Para dramatizar esta cena, uma criança que representa o futuro bebé fica de
olhos vendados, dentro de uma grande caixa de cartão (ou de uma arca) e o resto
da equipa vai produzir 5 sons ou ruídos diferentes, estando realizado o objectivo se
a criança identificar pelo menos 3.
Um dos sons deve ser o de uma voz de outra das crianças, outro deve ser o de
um instrumento musical e os outros serão criados livremente pela equipa.
Pode aproveitar-se este momento para outras experiências relacionadas com a
vivência do futuro bebé no útero: fazer uma festinha na cabeça, andar com a caixa
de um lado para o outro, etc.

Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 6.

Objectivo não realizado:


Fica na casa nº 4.

Nº 2 e 3
O futuro bebé chegou ao seu ninho.
A equipa deve identificar o percurso que o futuro bebé realizou desde o ponto de
encontro (fecundação) até ao ninho (nidação), apontando-o no quadro esquemático
do aparelho reprodutor feminino, e dizer o que sucedeu ao futuro bebé ao longo
deste caminho.

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Objectivo realizado:
Fica na mesma posição.

Objectivo não realizado:


Recua uma casa.

Nº 5 e 6
O futuro bebé está a desenvolver-se dentro do útero da mãe.
A equipa deve identificar no quadro do aparelho reprodutor feminino onde é que
isto acontece e falar das capacidades que o futuro bebé vai adquirindo.

Objectivo realizado:
Fica na mesma posição.

Objectivo não realizado:


Recua uma casa.

Nº 7, 8 e 9 – Jogo do nascer
Agora chegou o momento de o bebé nascer.
O útero abre-se em baixo, a vagina alarga-se, a mãe faz força e o bebé percorre
um corredor estreito até sair do corpo da mãe.
Para representar o parto, um dos membros da equipa que faz de “futuro bebé”,
atravessa rastejando e de olhos fechados um corredor formado pelas pernas abertas
dos outros membros da equipa. Só deve abrir os olhos quando chega ao fundo
deste “túnel”.
Mas como o Jogo das Aventuras do Óvulo, do Espermatozóide e do Futuro
Bebé acaba com esta prova, todas as crianças podem também fazer o percurso do
bebé a nascer. Assim, quando o primeiro faz o percurso e chega ao fim, levanta-se e
coloca-se à frente da fila do grupo, de pernas abertas, enquanto o última da fila
começa por sua vez a rastejar de olhos fechados e assim sucessivamente até todos
terem “nascido”.

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B. Distribuir aos alunos um diagrama dos órgãos genitais externos e internos do


homem e da mulher para que façam a sua legenda. Seguidamente, projectar um
acetato legendado para que possam confrontar as suas respostas e eventualmente
emendar ou completar alguma delas.

C. Pesquisar o CD “Função Reprodutiva e sua Regulação… para o bem-estar da


Mulher” nos módulos “Função Reprodutiva e sua Regulação: Anatomia do Aparelho
Reprodutor Feminino” e “Ciclo Menstrual e sua Regulação hormonal”.

BIBLIOGRAFIA:
CD Função Reprodutiva e sua Regulação… para o bem-estar da Mulher. Schering.
Dias, A., Ramalheira, C., Marques, L., Seabra, M. & Antunes, M. (2002). Educação
da sexualidade no dia-a-dia da prática educativa. Braga: Edições Casa do
Professor.
Marques, A. M., Vilar, D., Forreta, F. (2002). Educação Sexual no 1º Ciclo – Um Guia
para Professores e Formadores. Lisboa: Texto Editora.

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TEMA 7: HIGIENE CORPORAL

INTRODUÇÃO TEÓRICA:
A higiene corporal faz parte integrante da saúde do indivíduo. A importância dos
seus procedimentos correctos e a sua periodicidade devem constituir hábitos
individuais que devem ser treinados com os alunos, em particular lavagem das mãos
e escovagem dos dentes. Além disso deve ser fomentado o banho diário e a
lavagem mais cuidada dos órgãos genitais.

OBJECTIVOS A ATINGIR NESTE MÓDULO:

1. Compreender a importância da higiene corporal para a saúde do indivíduo


a. Identificar a importância do banho
b. Identificar a importância de lavar as mãos
c. Identificar a importância da escovagem dos dentes
d. Conhecer a importância e a especificidade da lavagem dos órgãos
genitais

ACTIVIDADES SUGERIDAS:

A. Distribuir pelos alunos o questionário que se encontra em anexo (cf. anexo


XII) para que preencham individualmente.

B. Actividade “Procedimentos para o banho”


Elabore cartões com fases relativas ao banho (desenhos ou frases):
1. Despir
2. Molhar
3. Ensaboar (sabão/sabonete); o cartão “ensaboar” poderá ser completado com
sub-cartões relativos à lavagem das diferentes partes do corpo, em particular
cabeça, tronco, membros e genitais.
4. Lavar (evidenciar o não uso de esponja)
5. Enxaguar (retirar o sabão)
6. Secar/limpar
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Depois desta actividade, coloque os alunos em pequenos grupos para que


possam discutir o tema, e chegar a uma conclusão sobre as etapas/procedimentos
que põem o banho.

C. Actividade “Procedimentos para lavar as mãos”


Recorte os cartões apresentados no anexo XIII.
Distribua os alunos em grupos e entregue a cada grupo um conjunto de cartões
identificativos da lavagem de mãos para que tomem conhecimento da forma correcta
deste procedimento. Além disso, distribua por cada grupo de alunos um conjunto de
frases que descrevam cada uma das imagens (cf. anexo XIV), para que os alunos
façam a devida correspondência. Pode tornar esta actividade num jogo lúdico,
introduzindo tempo ou prémios para as melhores respostas.
Posto isto, promova a prática da correcta higiene das mãos.

BIBLIOGRAFIA:
Site www.forma-te.pt – acedido a 14 de Novembro de 2008.

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TEMA 8: VIH/SIDA

INTRODUÇÃO TEÓRICA:

O VIH é adquirido durante a vida e vai provocar uma falência do sistema


imunitário produzindo assim a síndrome.
A Sida é, então, a Síndrome de Imunodeficiência Humana Adquirida
S Síndrome, que significa conjunto de sinais e sintomas de uma doença;
I Imunodeficiência, refere-se ao sistema imunitário que nos protege dos
microrganismos patogénicos que são os causadores de doenças e infecções;
D Deficiência, ou falha, mau funcionamento;
A Adquirida, ou desenvolvida durante a vida.

O VIH pode transmitir-se através de relações sexuais desprotegidas, partilha de


objectos cortantes ou através da via peri-natal (mãe-filho). As formas de prevenção
do VIH são a utilização correcta e consistente do preservativo e a não partilha de
objectos cortantes.

In “O VIH/sida na Comunidade Escolar - Aprender a prevenir. Informação para os


alunos” do Programa de Promoção e Educação para a Saúde do Ministério da
Educação e Comissão Nacional de Luta Contra a Sida do Ministério da Saúde, 1997.

OBJECTIVOS A ATINGIR NESTE MÓDULO:


• Modos de Transmissão
• Modos de Prevenção
• Discriminação

ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. CD Saúde na Escola – Desenvolvimento de Competências Preventivas:
Crianças dos 11 aos 13 anos – Unidade 4: Vamos falar sobre SIDA e outras
DST

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Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do CD disponibilizado à


escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (GT-PRESSE).

B. Actividades 1-7 da Unidade 1 e 1-3 da Unidade 4 do livro “Educação para a


saúde na escola para prevenção da Sida e de outras DST –Documento para
o desenvolvimento de programas escolares – Actividades para Alunos”, pp.
10-16 e 76-79.

Trabalhar com os alunos as actividades disponibilizadas em anexo (cf. Anexo


XV-XXIV).

BIBLIOGRAFIA:
CD Saúde na Escola. Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida.
Educação para a Saúde na Escola para Prevenção da SIDA e de outras DST –
Documento para o desenvolvimento de programas escolares – Actividades para
os Alunos. Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA, 2002 – Lisboa;

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BIBLIOGRAFIA GERAL
CD Função Reprodutiva e sua Regulação… para o bem-estar da Mulher. Schering.
CD Saúde na Escola. Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida.
Dias, A., Ramalheira, C., Marques, L., Seabra, M. & Antunes, M. (2002). Educação
da sexualidade no dia-a-dia da prática educativa. Braga: Edições Casa do
Professor.
Educação para a Saúde na Escola para Prevenção da SIDA e de outras DST –
Documento para o desenvolvimento de programas escolares – Actividades para
os Alunos. Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA, 2002 – Lisboa;
Frade, A., Marques, A. M., Vilar, D. (2006). Educação Sexual na Escola – Guia para
Professores, Formadores e Educadores. Lisboa: Texto Editores.
Ló, A. C. (1998). Prevenir a Brincar. Projecto VIDA.
López Sanchez, F. (1995). Educación sexual de adolescentes y jóvenes. Madrid:
Siglo Veintiuno de España Editores, S.A..
Marques, A. M., Vilar, D., Forreta, F. (2002). Educação Sexual no 1º Ciclo – Um Guia
para Professores e Formadores. Lisboa: Texto Editora.
Marques, A., Vilar, D., & Forreta, F. (2002). Os Afectos e a Sexualidade na
Educação Pré-Escolar – um Guia para Educadores e Formadores. Lisboa: Texto
Editora
Prazeres, V. (2003). Adolescentes, Pais e tudo o mais. Lisboa: Texto Editora.
Robert, J. (2006). A minha sexualidade – dos 9 aos 13 anos. Porto: Porto Editora.
Site www.forma-te.pt – acedido a 14 de Novembro de 2008.
Site:
http://eb23aradas.prof2000.pt/NACs/Forma%C3%A7%C3%A3o%20C%C3%ADvica/Sugest%C3%B5
es%20de%20Trabalho/Treino%20de%20assertividade%20-%202.doc – acedido a 29 de
Fevereiro de 2008.

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