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PRESSE – Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar
Caderno de Actividades PRESSE
Índice…………………………………………………………. ………………………Página
NOTA INTRODUTÓRIA..................................................................................................... 3
TEMA 8: VIH/SIDA....................................................................................................... 59
ANEXOS .................................................................................................................................62
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Caderno de Actividades PRESSE
NOTA INTRODUTÓRIA
Adesão ao PRESSE
Janeiro a Junho
Formação dos alunos do 5º ano de
3ª Fase escolaridade das Escolas PRESSE
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TEMA 1: AFECTIVIDADE
INTRODUÇÃO TEÓRICA:
Formar para a afectividade ou formar para os afectos consiste, no essencial, em
criar espaços para a discussão de emoções, sentimentos, experiências e memórias,
visando a autonomia, a responsabilidade, o auto-conhecimento e a auto-realização.
ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividades dos Módulos 2.4 e 2.5 (Livro “Educação Sexual na Escola –
Guia para Professores, Formadores e Educadores”, pp. 42-47)
Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).
Material necessário:
Imagens de revistas e jornais em que sejam evidenciadas expressões de
sentimentos.
Cola e marcadores.
Como fazer:
Numa fase, estão dispostas várias imagens. Cada grupo de trabalho selecciona
uma delas e vai responder a algumas questões sobre a mesma. Por exemplo:
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- O que vês?
- Gostas do que vês?
- As pessoas representadas estão felizes/tristes/preocupadas, etc.?
- Por que será que estão assim?
- Já alguma vez observaste uma situação parecida?
- Já viveste alguma situação parecida?
- O que se deve fazer numa situação destas?
Material necessário:
Cartões com emoções
Saco
Como fazer:
Previamente, colocam-se num saco cartões em que se descreve um sentimento
ou uma emoção. Convirá que existam cartões com a mesma emoção ou sentimento.
Cada aluno retira do saco um cartão. De seguida, pedir que deambulem
livremente pela sala, demonstrando a emoção referida no seu cartão, e procurando
simultaneamente os outros alunos que também a possuem, agrupando-se.
Referir que não é permitida a utilização da linguagem verbal.
Material necessário:
Ficha de trabalho
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Como fazer:
Divide-se o quadro de parede em duas partes iguais
Numa das partes, coloca-se o título “Sinto-me envergonhado”, na outra, o título
“O que posso fazer...”
A seguir, realiza-se uma chuva de ideias em relação a situações que deixam os
alunos embaraçados, identificando-se alternativas para ultrapassar essas situações.
Generaliza-se o debate acerca dos resultados obtidos.
No final, aplica-se uma ficha de trabalho onde, individualmente, cada criança
regista o que mais a preocupa e qual a melhor forma de contornar as situações.
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Eram estes “carinhos” que faziam desta aldeia uma aldeia tão especial e feliz. As
pessoas na rua trocavam “carinhos”, numa tentativa de dizerem que se
preocupavam, e gostavam umas das outras.
Um dia uma bruxa má sobrevoou a aldeia e não gostou do que viu. “O que se
passa? Como é que eles são tão felizes? Tenho de acabar com isto.”
Desceu até à aldeia fingindo-se doente e cansada, e logo surgiu de uma casa
uma velha senhora para a ajudar com os seus “carinhos”.
A bruxa má quando estava a ser confortada pela boa senhora disse-lhe: “Mas
porque é que a senhora me está a dar carinhos? Eu não quero, eu não preciso. Não
percebe que por dar tantos carinhos, sem razão, a senhora pode ficar sem nenhuns
para si e até ficar doente, ou morrer?”
A senhora que nunca tinha ouvido falar naquela doença ficou muito assustada e
rapidamente contou a toda a gente da aldeia.
No dia seguinte a aldeia não era a mesma. Todas as pessoas se fecharam em
casa sem falar com ninguém, sem sorrir, sem alegria de viver.
Passaram-se dias, meses, anos, sem que se trocasse um carinho.
Até que um dia, num Inverno muito frio, junto à lareira, uma avozinha estava a
contar a história da aldeia aos seus netos. Contou-lhes como todos eram felizes,
como a aldeia era linda e única. Como se divertiam e como trocavam carinhos a
todas as horas.
As crianças ficaram tão excitadas que saíram para a rua e começaram a dar
“carinhos” a quem aparecesse para que os velhos tempos voltassem.
Conseguiram trazer a felicidade de volta para o povo da aldeia, fazendo-os ver
como tinham sido egoístas. E assim viveram felizes para sempre.”
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Duração:
1 hora
Material:
Papel, lápis de cor.
Desenvolvimento:
1. O professor solicitará ao grupo que faça um desenho representando o que é
que eles acham que é a adolescência, ou ser adolescente.
2. Após a realização dos desenhos, solicitar aos jovens que escrevam algo
sobre: Adolescência é...
3. Cada adolescente deverá falar sobre o seu desenho e texto sobre a
adolescência.
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Material necessário:
Texto e questionários
Como fazer:
Distribuição de um texto a cada aluno para que o leia e comente.
Aplicação de um questionário previamente elaborado acerca da história já
trabalhada.
Numa fase seguinte, em grandes grupos, podem partilhar e discutir as respostas.
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Perguntas:
- O que achas do comportamento das personagens do texto?
- Que farias tu no lugar da protagonista?
- Já te aconteceu alguma coisa parecida?
- O que fizeste?
- Como te sentiriam se tivesses mentido?
- Em que momentos já sentiste medo?
- Alguém te ajudou?
Material necessário:
Cartões e um saco.
Como fazer:
Cada criança recebe um cartão e escreve nele uma situação que, em geral, lhe
gera medo.
Dentro de um saco, colocam-se os cartões que contêm os medos expressos por
cada criança.
Depois, um aluno retira um cartão e revela ao grupo o medo que lhe saiu na
sorte e, em conjunto, todos procuram imaginar caminhos para ultrapassar aquele
medo.
A seguir, outro aluno retira também um cartão, apresenta o medo nele contido e
todos procuram encontrar saídas, e assim sucessivamente até se completar a leitura
dos cartões.
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BIBLIOGRAFIA:
Frade, A., Marques, A. M., Vilar, D. (2006). Educação Sexual na Escola – Guia para
Professores, Formadores e Educadores. Lisboa: Texto Editores.
Ló, A. C. (1998). Prevenir a Brincar. Projecto VIDA.
López Sanchez, F. (1995). Educación sexual de adolescentes y jóvenes. Madrid:
Siglo Veintiuno de España Editores, S.A..
Marques, A. M., Vilar, D., Forreta, F. (2002). Educação Sexual no 1º Ciclo – Um Guia
para Professores e Formadores. Lisboa: Texto Editora.
Robert, J. (2006). A minha sexualidade – dos 9 aos 13 anos. Porto: Porto Editora.
Site www.forma-te.pt – acedido a 14 de Novembro de 2008.
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TEMA 2: GÉNERO
INTRODUÇÃO TEÓRICA:
“O conceito género refere-se à “construção social do “ser-se homem” ou “ser-se
mulher” elaborada a partir das diferenças biológicas entre ambos os sexos. Numa
determinada sociedade, o género define os papéis e as responsabilidades dos
indivíduos enquanto elementos de um ou de outro grupo, induz experiências de vida,
determina expectativas pessoais, condiciona oportunidades e modela a forma como
homens e mulheres se relacionam mutuamente. Implica, portanto, não apenas
diferenças socialmente construídas entre os mundos masculino e feminino, mas
também uma hierarquia estabelecida entre ambos, em que o primeiro tem sido
dominante ao longo dos tempos” (Prazeres, 2003).
ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividades do Capitulo 1 “É giro ser Rapariga ou Rapaz” (Livro “A minha
sexualidade – dos 9 aos 13 anos”, pp. 7-12)
Fornecer aos alunos cópias das páginas acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).
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Material necessário:
Recortes de fotografias ou desenhos de rapazes, raparigas, homens e mulheres,
vestidos e nus.
Fichas de trabalho.
Como fazer:
Divide-se a turma em pequenos grupos que vão analisar o material recolhido
para posteriormente construírem cartazes (legendados) com fotografias, desenhos e
recortes de várias figuras humanas, com e sem roupa.
O resultado deste trabalho é depois exposto, constituindo assim objecto de
estudo para todos os grupos.
Segue-se um momento de debate, visando a resolução de dúvidas.
Como fazer:
Pedir aos alunos para desenharem numa folha grande o pai e a mãe.
Desenhar à volta do pai alguns objectos que só o pai usa (gravatas, máquina de
barbear, etc.).
Desenhar à volta da mãe coisas que só a mãe usa (batons, verniz, saias, etc).
Recursos necessários:
Papel e Lápis
Notas e comentários:
Esta actividade pode ser complementada com a ajuda dos pais:
- Fazer com eles listas das profissões e ver quem as pode realizar, se só os
homens, se só as mulheres ou se ambos.
- Procurar, com a ajuda dos pais, imagens de vários desportos e indicar qual o
sexo das pessoas que os praticam.
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D. Actividades dos Módulos 2.6 (Livro “Educação Sexual na Escola – Guia para
Professores, Formadores e Educadores”, pp. 48-50)
Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).
Duração:
30 minutos.
Material:
Uma caixa, frases com os comportamentos, quadro branco
Desenvolvimento:
1. Peça ao grupo para, sem olhar, retirar da caixa um comportamento que
deverá ler e classificar como masculino ou feminino. Esta classificação deverá ser
registada no quadro.
2. No fim, analise os registos e discuta com o grupo a classificação dos
comportamentos enquanto masculinos ou femininos.
Comportamentos:
FAZER UM CURSO DE INFORMÁTICA
URINAR EM PÉ
SAIR À NOITE COM OS AMIGOS
PASSAR A ROUPA DA FAMÍLIA
SER GERENTE DE UM HOTEL
USAR ROUPAS ÍNTIMAS DELICADAS
TOMAR A INICIATIVA PARA NAMORAR
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USAR MAQUILHAGEM
CONDUZIR UM CAMIÃO
SER SENSÍVEL
CHORAR EM FILMES ROMÂNTICOS
USAR BRINCOS
TER FORÇA E CORAGEM
TER DOCILIDADE E ROMANTISMO
LAVAR A LOUÇA
TER ESPÍRITO PRÁTICO
FUMAR CHARUTO
Material necessário:
Ficha de trabalho
Como fazer:
Fomentar previamente um diálogo colectivo acerca das várias actividades
desenvolvidas pelos elementos que compõem uma família e das formas como se
dividem e partilham essas tarefas.
Aplicação das fichas de trabalho.
Ex. Lista dos elementos que fazem parte da família com registo das tarefas
inerentes a casa um.
Ex. O João e a Joana ajudam os pais em casa e têm a seu cargo várias tarefas.
Imagina quem faz as seguintes tarefas:
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Duração:
50 minutos.
Material:
Ficha de Trabalho.
Desenvolvimento:
1. Sem muitas explicações, peça ao grupo que assista em casa a programas de
televisão durante uma hora.
2. Informe que esta hora deve incluir pelos menos cinco anúncios e um
programa sobre família ou uma novela sobre relações entre casais.
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Parte II
1. Que papéis foram desempenhados por homens e mulheres em relação à
família?
2. Quem exercia papel dominante nas famílias? Alguém representou algum
papel não tradicional?
3. A família apresentada no programa parecia real?
4. Quem eram as personagens que estavam envolvidas em relações românticas
no programa sobre casais?
5. Os casais apresentados eram casados?
6. As relações românticas mostradas pareciam realistas?
7. Os alunos acharam que a televisão reflecte os valores da sua família? Ou dos
seus amigos?
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PARTE II:
Agora, assiste a um programa de televisão sobre família ou uma novela sobre
relações entre casais e descreve os principais personagens:
Nome do Programa: ________________________________________________
Personagens, Sexo, Características e atitudes:
1.___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2.___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
3.___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
4.___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
5.___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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Actividades opcionais:
1. Se deseja explorar outras fontes de mensagens, pode propor uma "pesquisa
sobre mensagens dos meios de comunicação". Esta actividade assemelha-se à
"pesquisa sobre estereótipos" e consiste em procurar exemplos de estereótipos e
mensagens sexuais na comunidade, incluindo cartazes, filmes, pessoas e eventos.
A seguir, estão alguns exemplos de imagens que os alunos podem apresentar:
• Uma mulher como objecto sexual.
• Um homem machista.
• Uma mulher vítima de violência.
• Uma imagem promovendo a paternidade responsável.
A discussão deve focar o conteúdo da mensagem e o que podemos fazer para
mudar as imagens estereotipadas ou irreais transmitidas pelos meios de
comunicação.
2. Outra alternativa para esta actividade é solicitar que cada aluno traga três dos
seus anúncios preferidos. Peça que cada um apresente os anúncios ao grupo e que
responda às seguintes perguntas:
• Que imagem das mulheres é apresentada?
• Que imagem dos homens é apresentada?
• O que esses anúncios mostram como sendo o "correcto" a fazer?
• O que é que os anunciantes dizem que mudará em nós se consumirmos
esse produto?
Duração:
30 a 40 minutos.
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Material:
Papel, canetas e fita adesiva.
Desenvolvimento:
1. Divida o grupo em pequenos subgrupos do mesmo sexo.
2. Peça que pensem em todos os finais possíveis para as seguintes frases:
- Grupos de raparigas: "Estou satisfeita por ser rapariga porque..."
- Grupos de rapazes: "Estou satisfeito por ser rapaz porque..."
anotando as respostas numa folha de papel, durante aproximadamente 10
minutos.
3. A seguir, peça aos grupos que façam o mesmo com outra frase:
- Grupos de raparigas: "Se fosse rapaz, eu...porque…"
- Grupos de rapazes: "Se fosse rapariga, eu...porque…"
anotando as respostas numa folha de papel, durante aproximadamente 10
minutos.
4. Peça a voluntários de cada subgrupo que copiem as frases do seu
subgrupo no quadro, na seguinte ordem:
Respostas das raparigas: "Estou satisfeita por ser rapariga porque..." e "Se
fosse rapaz, eu... porque..."
Respostas dos rapazes: Estou satisfeito ser rapaz porque... e "Se fosse
rapariga, eu... porque..."
5. Promova uma discussão sobre os seguintes pontos:
• Algumas das respostas foram iguais para os dois grupos?
• Foi difícil pensar em razões pelas quais estão satisfeitos com seu
sexo?
• Foi difícil pensar nas vantagens de pertencer ao outro sexo?
• Quais das vantagens em ser rapaz ou rapariga são reais e quais são
baseadas em estereótipos ou preconceitos?
• É possível ser rapaz e ter ou fazer algumas das coisas “listadas em
rapariga"? (e vice-versa?)
• Podemos pensar em alguma mulher conhecida que apresente
algumas das características listadas em "homem"? (e vice-versa?)
• Que significa "masculino" e "feminino"?
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Actividades opcionais:
Outra actividade que pode ajudar o grupo a entender qual o papel "actual" do
homem e da mulher é "O Marciano". Consiste em se tentar explicar a um "marciano"
as diferenças entre homens e mulheres. Um dos alunos é um "marciano" recém-
chegado ao nosso planeta que quer saber quais são as diferenças entre homens e
mulheres, uma vez que em Marte, tais diferenças não existem. O marciano pede ao
grupo que mencione todos os tipos de diferenças: físicas, psicológicas, de
expressão das emoções, sentimentos, pensamentos. Depois, quer saber quais as
que não se alteram com o tempo, o lugar, a cultura.
Como tema de discussão, pede-se ao grupo que reflicta como, logo à nascença,
o processo de socialização nos leva a comportamentos diferentes para homens e
mulheres. Dar o exemplo das cores escolhidas para meninos e meninas, das
brincadeiras realizadas, dos tipos de brinquedos, das profissões escolhidas na
brincadeira “quando eu for grande quero ser…”, das expressões que condicionam o
comportamento, tais como “os homens não choram” ou “ és uma maria-rapaz”, etc.
(Esta actividade foi adaptada de Peru-Mulher, Lima, Peru).
BIBLIOGRAFIA:
Prazeres, V. (2003). Adolescentes, Pais e tudo o mais. Lisboa: Texto Editora.
Marques, A. M., Vilar, D., Forreta, F. (2002). Educação Sexual no 1º Ciclo – Um Guia
para Professores e Formadores. Lisboa: Texto Editora.
Robert, J. (2006). A minha sexualidade – dos 9 aos 13 anos. Porto: Porto Editora.
Marques, A., Vilar, D., & Forreta, F. (2002). Os Afectos e a Sexualidade na
Educação Pré-Escolar – um Guia para Educadores e Formadores. Lisboa: Texto
Editora
Site www.forma-te.pt
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TEMA 3: ASSERTIVIDADE
INTRODUÇÃO TEÓRICA:
Às vezes temos necessidade de dizer coisas aos outros que são conflituosas ou
nos custam por diferentes motivos (pedir a alguém o dinheiro que não nos devolveu,
dizer a alguém que algo que disse nos caiu mal, responder a alguma queixa, etc.)
(López Sanchez, 1995). Do nosso ponto de vista, uma comunicação correcta deve
cumprir pelo menos estas condições (ibidem):
1. Ser adequada na forma: usar gestos e palavras adequados.
2. Ter em conta os argumentos da outra pessoa.
3. Defender bem os próprios interesses.
4. Ter em conta os interesses dos outros.
5. Resolver os conflitos pacificamente.
ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividade “Pedir” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 40-41 – actividade 11)
Explorar com as crianças as diferentes formas de pedir algo que desejamos:
- mentir
- não ir directo ao assunto
- chorar
- implorar
- etc.
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Não faz mal pedir-se o que se deseja, mas não se deve esperar sempre
consegui-lo.
Nem sempre conseguimos o que queremos, mas sentir-nos-emos melhor se
tivermos pedido de uma forma respeitadora.
Quando tratamos respeitosamente os outros, estes também nos tratarão da
mesma maneira.
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É possível que nem sempre sejam os dois correctos. Contudo, se alguém for
incorrecto, o melhor que temos a fazer é não cair na asneira de começar uma
discussão absurda. Como se costuma dizer, duas pessoas não discutem se uma
delas não quiser. Por exemplo:
João: toca ligeiramente as costas do desconhecido e diz: “desculpa, acho que
me pisaste”.
O desconhecido: “não sabia que eras de manteiga, oh idiota!”
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João: acho que tenho o direito de te dizer que me pisaste. Mas não me apetece
discutir, nem chatear ninguém.
Podem fazer-se outros role-plays, em que todos os alunos devem participar e,
neste caso, só se devem representar formas supostamente correctas de
comunicação:
a) O Pedro emprestou dinheiro à Maria e esta parece ter-se esquecido de o
devolver.
b) A Joana não passa a bola quando joga basket. A Raquel quer queixar-se,
para tentar mudar o comportamento da amiga.
c) O Jorge tenta sempre fazer o que quer. Manuel, um dos seus colegas de
grupo, quer fazê-lo ver que tem de ter em conta os outros.
d) A Joana nunca paga quando toma café com as suas amigas. A Rita acha que
não há direito e que ela deve pagar como toda a gente.
e) O Diogo insultou uma colega dizendo-lhe “és uma cusca, queres saber tudo”.
f) etc.
D. Actividade “Os elogios como forma de dizer sim” (Livro “Educación Sexual de
Adolescentes y Jóvenes”, pp. 89-90 – IV. 6.1)
Os elogios são uma forma de fazer as pessoas sentirem-se bem, demonstrar o
nosso apreço, chamar a atenção do outro, demonstrar a nossa atenção por alguém
ou reconhecer que os outros se sabem interessar por nós.
Fazer elogios significa dizer algo agradável ou positivo a outra pessoa.
Aceitar elogios significa manifestar a quem nos faz elogios que se gostou.
Uma coisa e outra têm a vantagem de tornar a vida agradável às pessoas, e
demonstrar o nosso apreço e são bons inícios de relações que podem ampliar-se e
aprofundar-se; são, por isso, uma boa forma de dizer sim, pelo menos em certa
medida, a uma relação ou à possibilidade de uma relação interpessoal satisfatória.
Às vezes têm um significado mais superficial – mas também são adequados neste
caso – e referem-se a reforços laborais e sociais de diversos tipos. A nós interessa-
nos mais o seu uso nas relações interpessoais.
Os elogios devem ser sinceros – porque se não forem podem induzir em erro – e
feitos de forma a que o receptor os possa aceitar. Isto depende muito das situações
e do nível de confiança entre os interlocutores.
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Por outro lado, é importante que tanto os homens como as mulheres façam e
recebam elogios e que os façam aos dois sexos.
Um bom exemplo:
A Teresa diz ao António: “Hoje estás giríssimo, estás com um cabelo fantástico e
essa roupa fica-te mesmo bem!” O António responde-lhe: “Obrigado, tu sim é que
estás sempre linda, dá-me um beijo”. E a Teresa dá-lhe um beijo.
Role-plays
Procedimento e objectivo:
Representar as seguintes situações e/ou outras que o professor ou os alunos
proponham. Fazer por grupos segundo o nº de personagens. Todos os alunos
devem participar pelo menos uma vez fazendo e recebendo elogios de pessoas do
mesmo e do outro sexo.
a) Fazer três elogios diferentes referentes a diversas características físicas dos
outros.
b) Aceitar três elogios referentes a características próprias
c) Elogiar um rapaz ou rapariga por algo bem feito na sala de aula. O outro
recebe bem o elogio.
d) Elogiar uma característica de personalidade (simpatia, bondade, etc.). O
outro recebe bem o elogio.
e) Elogiar alguém que acaba de nos ganhar num jogo. O outro recebe bem o
elogio.
f) Dizer a alguém que simpatizamos com ela. O outro recebe bem o elogio.
Comentário:
Os actores comentam a sua forma de fazer e receber elogios. O professor
completa estes comentários. Se não estiverem bem feitos ou não tiverem sido bem
recebidos, repetem-se.
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Então, a Ana pega na mão do João enquanto lhe pergunta “Posso? Apetece-me
dar-te a mão, gosto de a sentir enquanto passeamos.” O João faz um gesto de
aproximação corporal enquanto lhe diz: “Eu também gosto. Que bom que é estar
contigo!”.
Role-plays
Por pares, formadas por membros de sexos diferentes, fazem as seguintes
representações:
a) pedir que alguém te empreste dinheiro e aceitar emprestá-lo
b) pedir que alguém te faça o favor de avisar os teus pais sobre alguma
coisa e aceitar fazê-lo por alguém
c) sorrir a alguém e responder com um sorriso
d) pedir um beijo e aceitar um beijo
e) pedir um abraço e aceitar um abraço
f) pedir a alguém que te olhe nos olhos e aceitar o olhar de alguém
Material:
Pão, manteiga ou margarina, compota ou marmelada, mesa, faca, papel e lápis
Tempo:
40 a 60 minutos
Procedimento:
1. Introduza esta actividade dizendo ao grupo que parte de uma boa
comunicação é ser capaz de se comunicar claramente para que possa ser
entendido. Isto é particularmente importante em situações que envolvam informação:
dar instruções, realizar uma tarefa ou adquirir uma nova competência.
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No entanto, uma vez que a comunicação faz parte da rotina diária, muitas vezes
tomamo-la como garantida. Torna-se difícil comunicarmos de forma a que nos
entendam facilmente. Este exercício pega numa actividade simples e comum e
demonstra o difícil que pode ser comunicarmos claramente.
2. Depois desta introdução, peça a cada pessoa que pegue numa folha de papel
e escreva as suas próprias instruções sobre “como fazer uma sandes ou uma tosta
com manteiga e compota ou margarina e compota”.
3. Ponha as instruções dobradas a um lado.
4. Peça dois voluntários.
5. Peça a um dos voluntários que escolha um grupo de instruções escritas.
6. Leia o seguinte ao segundo voluntário: “Imagina que nunca fizeste uma
sandes ou uma tosta com manteiga e compota ou margarina e compota. Só podes
fazer o que as instruções dizem para fazer. Por exemplo, se as instruções dizem
«pôr manteiga no pão» mas esqueceram-se de pôr «pegar na faca», o que farias?
Podes tirar a compota do frasco se nas instruções não te diz para abrir o frasco e
retirar a tampa?”.
7. Se o voluntário encontrar instruções que não são claras, peça-lhe que
escolha outro grupo de instruções. Solicite a um dos voluntários que leia as
instruções, e ao outro que as execute.
8. Mantenha a actividade até que sejam lidas tantas instruções quantas o tempo
permita, procurando as que comuniquem claramente como fazer um pão com
manteiga e compota ou margarina e compota.
9. Se nenhuma das instruções é clara, faça com que o grupo pratique a
elaboração de umas instruções concisas e claras.
10. Comentem os pontos de discussão.
Pontos de discussão:
1. Obviamente, a maioria das pessoas já tem uma ideia de como fazer uma
sandes com manteiga e compota e não precisa de instruções precisas para o fazer.
Mas, se alguém faz algo completamente diferente e complexo (como pilotar um
avião ou trabalhar num computador), achas que já tinham o conhecimento
suficiente? Como lhes explicarias a tarefa?
2. O que pode acontecer se não comunicamos claramente o que queremos?
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Objectivos:
• Identificar as atitudes agressivas, manipuladoras, passivas e assertivas.
• Reflectir sobre as vantagens/desvantagens de cada uma delas.
• Cultivar a assertividade.
Material:
• Acetatos (ou powerpoint).
• Retroprojector (ou computador e projector multimédia).
• Teste.
Metodologia:
• Dinâmica de grupo: 20 minutos
• Trabalho individual: 5 minutos
• Diálogo: 10 minutos
Desenvolvimento:
1. O professor informa sobre o tema em estudo.
2. Observação dos acetatos com diferentes situações:
• A sopa está estragada;
• Alguém tenta passar à tua frente numa fila;
• Um cabelo na sanduíche.
3. Análise dos diferentes tipos de resposta. Características de cada tipo de
pessoa.
4. Verificação das vantagens e das desvantagens de cada uma delas.
5. Distribuição do teste "Como anda a tua assertividade?" (ver anexo III)
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A. Que porcaria! Que nojo! Quem foi o imbecil que fez uma coisas
destas?!
B. Não consigo comer isto, vou pedir outra coisa.
C. Vou comer isto! Só espero não ficar doente.
D. A tua sopa também está estragada? Tu já viste isto! É preciso ter lata!
Só querem ganhar dinheiro! Não queres ir reclamar, tu que tens tanto
jeito para estas coisas?
Um cabelo na sanduíche
A. Um cabelo! Que nojo! Vou tirá-Io... espero que ninguém esteja a ver...
B. Importa-se de trocar a minha sanduíche? Tem um cabelo.
C. Isto é um nojo! Que espelunca é esta? Vou-me embora e não venho
mais aqui...
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BIBLIOGRAFIA:
Educação para a Saúde na Escola para Prevenção da SIDA e de outras DST
Documento para o desenvolvimento de programas escolares – Actividades para
os Alunos. Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA, 2002 – Lisboa;
Ló, A. C. (1998). Prevenir a Brincar. Projecto VIDA.
Lopez Sanchez, F. (1995). Educación sexual de adolescentes y jóvenes. Madrid:
Siglo Veintiuno de España Editores, S.A..
Site:
http://eb23aradas.prof2000.pt/NACs/Forma%C3%A7%C3%A3o%20C%C3%ADvica/Sugest%C3%B5
es%20de%20Trabalho/Treino%20de%20assertividade%20-%202.doc – acedido a 29/02/2008
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TEMA 4: AUTO-ESTIMA
INTRODUÇÃO TEÓRICA:
“A Auto-estima é a ideia que a pessoa tem de si própria em termos de
características, relações, capacidades e competências. É a avaliação que a pessoa
faz de si própria no que se refere às suas capacidades, importância, sucesso e
valor.
Se as crianças, jovens, se sentirem bem com elas próprias, tomarão bem conta
de si e quando tiverem grandes escolhas a fazer, saberão como fazê-las e
aprenderão a dizer não ao que for prejudicial.” (Ló, 1998)
ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividade “Sou especial porque...” (Dossier “Prevenir a Brincar”, pp. 95 –
actividade 9)
As crianças devem escrever, na ficha que se encontra em anexo (cf. anexo VIII)
algo de especial, único ou diferente sobre si próprias. Devem partilhar o que
escreveram, em pequenos grupos ou em pares, e memorizar o que cada um disse.
Auto-estima é:
1. Saber que se é especial, diferente e sentir-se feliz por isso.
2. Reconhecer os seus pontos fortes e fracos, sucessos e fracassos, e aceitá-
los ou mudá-los, se assim se desejar.
3. Respeitar os outros.
4. Ser responsável pelas suas acções e sentimentos.
5. Receber dos pares estímulos e mensagens positivas.
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Materiais:
Folhas de papel (todas do mesmo tamanho), uma para cada membro do grupo.
Tempo:
20-30 minutos.
Nota importante:
Certifique-se de ter pelo menos a mesma quantidade de frases para recuperar a
auto-estima e para “tirá-la”. Acrescente pormenores às frases ou invente novas
frases, que reflictam o mais fielmente possível as situações que acontecem aos
jovens da sua comunidade.
Procedimento:
1. Pergunte ao grupo se alguém sabe o que significa auto-estima. Se ninguém
souber, explique-lhes que a auto-estima é a forma como uma pessoa se sente em
relação a si mesma, e que a auto-estima está estreitamente relacionada com a
nossa família e o nosso meio ambiente. Explique-lhes que todos os dias
enfrentamos coisas e acontecimentos que afectam a forma como nos sentimos em
relação a nós mesmos. Por exemplo, se nos zangamos com os nossos pais, ou se
um amigo nos critica, isso pode afectar a nossa auto-estima.
2. Entregue uma folha de papel a cada participante, explicando-lhe que
representa a sua auto-estima. Explique-lhes que vai ler uma lista de acontecimentos
que podem ocorrer durante o dia e que afectam a nossa auto-estima.
3. Diga-lhes que de cada vez que ler uma frase, eles devem arrancar um
pedaço da folha, e que o tamanho do pedaço que tirarem significa mais ou menos a
proporção de auto-estima que o acontecimento afectaria. Dê-lhes um exemplo
depois de ler a primeira frase, retirando um bocado da sua folha e dizendo “isto
afecta-me muito” ou “isto não me afecta muito”.
4. Leia as frases que considere apropriadas da seguinte lista, ou faça as suas
próprias frases.
5. Depois de ter lido todas as frases que afectam a auto-estima, explique aos
alunos que agora vão recuperar a auto-estima. Diga-lhes para reconstruírem a auto-
estima por pedaços, da mesma maneira que a “tiraram”.
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NB: os professores podem acrescentar livremente mais frases, com atenção ao facto de que
devem ser em mesmo número (as de “diminuir” e as de “recuperar”).
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Pontos de discussão
1. Todos recuperaram a auto-estima?
2. Qual foi o acontecimento que mais afectou a auto-estima? Porquê?
3. Qual foi o acontecimento que menos afectou a auto-estima?
4. Qual foi o acontecimento mais importante para recuperar a auto-estima?
5. O que podemos fazer para defender a nossa auto-estima quando nos
sentimos atacados?
6. O que podemos fazer para ajudar os nossos amigos e familiares quando a
sua auto-estima está em baixo?
Acrescente alguns pontos de discussão para as perguntas que incluir.
Materiais:
Ficha de trabalho “Entrevista sobre mim” (anexo X).
Tempo:
Dois ou três dias para os alunos realizarem a entrevista; 30 minutos para a
discussão em grupo.
Procedimento:
1. Introduza esta actividade dizendo ao grupo que algumas vezes as outras
pessoas reconhecem as nossas qualidades muito melhor do que nós mesmos.
2. Distribua a folha de trabalho e peça aos alunos que escrevam o seu nome no
centro da folha e preencham o espaço que diz “Eu mesmo”, escrevendo três coisas
que gostem de si mesmos.
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Pontos de discussão
1. O que sentes ao saber o que é que as pessoas gostam em ti?
2. Descobriste ou apercebeste-te de algumas qualidades que não sabias que
tinhas?
3. Ficaste zangado/a se ninguém mencionou uma qualidade que consideravas
importante? Como podes consciencializar as pessoas sobre essa qualidade?
4. Mais de uma pessoa mencionou a mesma qualidade sobre ti?
5. Dizes às pessoas que te rodeiam o que gostas delas?
BIBLIOGRAFIA:
Ló, A. C. (1998). Prevenir a Brincar. Projecto VIDA.
Lopez Sanchez, F. (1995). Educación sexual de adolescentes y jóvenes. Madrid:
Siglo Veintiuno de España Editores, S.A..
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TEMA 5: SEXUALIDADE/PUBERDADE
INTRODUÇÃO TEÓRICA:
O conceito de sexualidade é um conceito bastante amplo que não se resume ao
sexo ou à reprodução mas tem que ver com sentimentos, prazer, comunicação
interpessoal, amor, atracção e todo um misto de emoções que se vão aprendendo e
fazem parte integrante da vida de cada um de nós.
“A puberdade é uma fase de transformações físicas, psicológicas e
psicoafectivas que o jovem poderá ter alguma dificuldade em entender e aceitar. O
medo de ser diferente dos outros é algo que começa a estar presente e que deve
ser levado em conta no tratamento deste tema, salientando-se o facto de cada
indivíduo ter o seu próprio ritmo de crescimento” (Frade, Marques, Alverca & Vilar,
2006).
ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividades da página 36 à página 41 e actividades 1 e 2 das páginas 72 e 73
do livro “Educação Sexual na Escola – Guia para Professores, Formadores e
Educadores”.
Trabalhar com os alunos as actividades acima indicadas do livro disponibilizado
à escola pelo Grupo de Trabalho do Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar (gt-PRESSE).
BIBLIOGRAFIA:
CD Função Reprodutiva e sua Regulação… para o bem-estar da Mulher.
Schering.
CD Saúde na Escola. Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida.
Frade, A., Marques, A. M., Vilar, D. (2006). Educação Sexual na Escola – Guia
para Professores, Formadores e Educadores. Lisboa: Texto Editores.
Robert, J. (2006). A minha sexualidade – dos 9 aos 13 anos. Porto: Porto
Editora.
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INTRODUÇÃO TEÓRICA:
A riqueza de significados da sexualidade humana engloba naturalmente o
conceito de reprodução, mas não se limita a este aspecto, embora seja fundamental
o seu conhecimento (Dias, Ramalhete, Marques, Seabra, & Antunes, 2002).
Para que haja reprodução humana é necessário que se processe a fecundação
do óvulo com o espermatozóide, ou seja, a união das células sexuais feminina e
masculina.
O conhecimento dos aparelhos reprodutores, feminino e masculino, e em
particular das diversas fases do ciclo menstrual na mulher, permite compreender o
processo de fecundidade.
ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. Actividade “Jogo das Aventuras do Óvulo, do Espermatozóide e do Futuro
Bebé” (Livro “Educação Sexual no 1º Ciclo – Um Guia para Professores e
Formadores”, pp. 73-82 – 8ª actividade)
Objectivos da actividade:
• Compreender o processo da fecundação na espécie humana;
• Compreender o funcionamento dos aparelhos reprodutores masculino e
feminino, nomeadamente os conceitos de ovulação, ciclo ovulatório, menstruação,
ejaculação, fecundação, gravidez e parto.
Materiais:
• Um dado apenas com os algarismos 1, 2 e 3 (duas faces com cada um
destes três algarismos);
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Como fazer:
Trata-se de um jogo para duas equipas e com duas partes distintas.
Cada equipa tem a dimensão que se quiser, mas o número de membros não
deve ser inferior a quatro.
Na primeira parte do jogo, uma das equipas é responsável pelo movimento do
óvulo ao longo do percurso A (ver figura – anexo XI) e a outra equipa é responsável
pelo movimento do espermatozóide ao longo do percurso B.
Ambos os percursos têm nove casas e terminam no Ponto de Encontro (casa
10), o qual tem duas portas: a Porta da Menstruação e a Porta do Caminho para
Nascer.
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Quando o óvulo atinge o Ponto de Encontro (casa 10), mas não se encontra com
o espermatozóide, sai pela porta da menstruação e a respectiva equipa poderá
reiniciar o percurso A, usando outro óvulo.
O mesmo acontece com o espermatozóide quando não se encontra com o óvulo
no Ponto de Encontro (casa 10). Sairá, portanto, pela Porta da Menstruação, será
substituído por outro espermatozóide e reiniciará o percurso B.
Quando o óvulo e o espermatozóide se encontram no Ponto de Encontro, abrem
juntos a Porta do Caminho para Nascer e começa a segunda parte do jogo.
Então, deixa de haver duas equipas e passa a haver apenas uma equipa,
formada pelos membros das duas anteriores. Esta equipa única é a responsável
pelo movimento do Futuro Bebé (ou, porque não, de dois futuros bebés gémeos) ao
longo do Caminho para Nascer, que tem também 9 casas.
Os movimentos do óvulo, do espermatozóide e do futuro bebé vão ser
determinados pelo lançamento do dado (duas faces com o algarismo 1, duas com o
2 e duas com o 3) e pelos resultados das provas que as equipas vão fazendo.
1ª Parte
Cada uma das equipas poderá ter de prestar determinadas provas, conforme se
refere mais à frente (ver regras e provas).
O objectivo desta primeira parte é que o espermatozóide e o óvulo cheguem ao
Ponto de Encontro (casa 10) e se encontrem, pois só dessa forma poderão abrir a
Porta do Caminho para Nascer.
No entanto, este encontro pode não acontecer por duas razões:
a) Uma das equipas pode estar na casa 8 e o dado marcar o algarismo 3 ou
estar na casa 9 e o dado marcar o algarismo 2 ou 3 (na casa 9, a equipa tem o
direito de fazer duas tentativas para tentar que saia o nº 1).
Quando acontecer que o espermatozóide ou o óvulo não acertem na casa 10,
então saem pela Porta da Menstruação e as respectivas equipas poderão retomar o
jogo desde o início, à procura de atingir o Ponto de Encontro (casa 10).
b) Uma equipa pode ter chegado ao Ponto de Encontro mas a outra equipa não
chegar lá na jogada seguinte. Então, ainda tem o direito de ficar ali e esperar por
mais uma jogada da outra equipa. Mas, se esta continuar a não atingir a casa 10
nessa jogada, o óvulo ou o espermatozóide que ali estava terá de sair pela Porta da
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2ª Parte
Quando o óvulo e o espermatozóide se encontram na casa 10 e após realizada
com êxito a Porta do Encontro (ver regras e provas), deixa de haver duas equipas
separadas e passa a haver apenas uma equipa onde todos cooperam para
chegarem ao fim do caminho. O objectivo final do jogo é, portanto, o nascimento do
bebé.
Regras e Provas
Nota Introdutória: Uma das vertentes importantes deste jogo é a criatividade, o
que também se aplica às próprias regras e provas nele incluídas.
Consoante as características do grupo que participa no jogo, e à medida que os
seus conhecimentos evoluem e que certas provas começam a correr o risco de se
tornarem desinteressantes pela sua repetição e pelo grau de conhecimentos já
adquiridos, poderão ser introduzidas novas provas mais adequadas a cada situação
e ao sabor da própria criatividade do animador. Assim, o que a seguir apresentamos
é assumido, sobretudo, como ponto de partida, aberto a reformulações. É por esta
razão que propomos que as provas sejam redigidas em cartões – um cartão para
cada casa – podendo assim fazer-se sucessivas substituições dos cartões iniciais,
conforme se for considerando mais adequado.
Em relação às casas que não têm provas com jogos especiais, a tarefa proposta
nos cartões é apenas a de identificar e descrever a localização do óvulo, do
espermatozóide ou do futuro bebé, com apoio dos quadros respectivos.
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Regras:
1. Na primeira parte do jogo, cada equipa lança o dado alternadamente. Sorteia-
se a equipa que faz o primeiro lançamento.
Na segunda parte do jogo, as duas equipas iniciais formam uma única equipa.
2. Após o lançamento do dado, a equipa vai ver o conteúdo do cartão
correspondente à marca onde ficou e realiza a respectiva prova.
3. Se após a realização da prova, saltar ou recuar para outra casa, não realiza a
prova que corresponde a essa casa.
Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 3
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Nº 4 – Jogo de penalty
O óvulo vai ser atirado do ovário para a trompa. É preciso pontaria como para
marcar um golo.
Para representar este fenómeno, a equipa escolhe um dos seus membros para
marcar um penalty – dar um pontapé numa bola, atirando-a para dentro de uma
baliza (ou de um espaço que “faça de conta” que é a baliza). Consoante o grau de
dificuldade, pode haver entre uma e três tentativas.
Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 6.
Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 9.
Nº 2, nº 3, nº 5, nº 6, nº 8, nº 9
A equipa tem de identificar qual é a sua posição, apontando-a no respectivo
quadro e explicar o que está a acontecer.
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Objectivo realizado:
Fica na casa onde estava.
Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 3.
Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 6.
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Nº 7 – Corrida de sacos
Depois de percorrerem o caminho ao longo do canal deferente e da uretra, os
espermatozóides saem do corpo masculino e entram na vagina, por onde seguem
até à descoberta da entrada do útero e, depois, dentro do útero, terão de descobrir
as entradas para as duas trompas, seguindo uma por outra à procura de encontrar o
óvulo, que pode nem sequer estar lá.
Para complexificar mais as coisas, há milhões de espermatozóides, mas só o
primeiro a encontrar o óvulo é que tem sorte de fecundá-lo, entrando dentro dele.
Para representar isto, a equipa é desafiada a fazer uma corrida de sacos (ou ao
“pé coxinho”).
Se for possível, o percurso da corrida poderá bifurcar-se e só num dos dois
caminhos finais é que estará o óvulo (para além da rapidez, será preciso alguma
sorte para acertar no caminho que leva ao óvulo).
Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 9.
Nº 2, nº 3, nº 5, nº 6, nº 8, nº 9
A equipa tem de identificar qual é a sua posição, apontando-a no respectivo
quadro, e explicar o que está a acontecer.
Objectivo realizado:
Fica na casa onde estava.
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PROVA DO ENCONTRO
Às vezes um óvulo é cercado por muitos espermatozóides, mas só há um para
quem ele abre a porta da membrana que o envolve. Parece que se reconhecem um
ao outro.
Para representar o momento da fecundação (união do óvulo e do
espermatozóide), há uma criança que representa o óvulo (membro da equipa que
fez parte do percurso A) e outra que representa o espermatozóide (membro da
equipa que fez o percurso B).
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Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 3.
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Objectivo realizado:
Salta para a casa nº 6.
Nº 2 e 3
O futuro bebé chegou ao seu ninho.
A equipa deve identificar o percurso que o futuro bebé realizou desde o ponto de
encontro (fecundação) até ao ninho (nidação), apontando-o no quadro esquemático
do aparelho reprodutor feminino, e dizer o que sucedeu ao futuro bebé ao longo
deste caminho.
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Objectivo realizado:
Fica na mesma posição.
Nº 5 e 6
O futuro bebé está a desenvolver-se dentro do útero da mãe.
A equipa deve identificar no quadro do aparelho reprodutor feminino onde é que
isto acontece e falar das capacidades que o futuro bebé vai adquirindo.
Objectivo realizado:
Fica na mesma posição.
Nº 7, 8 e 9 – Jogo do nascer
Agora chegou o momento de o bebé nascer.
O útero abre-se em baixo, a vagina alarga-se, a mãe faz força e o bebé percorre
um corredor estreito até sair do corpo da mãe.
Para representar o parto, um dos membros da equipa que faz de “futuro bebé”,
atravessa rastejando e de olhos fechados um corredor formado pelas pernas abertas
dos outros membros da equipa. Só deve abrir os olhos quando chega ao fundo
deste “túnel”.
Mas como o Jogo das Aventuras do Óvulo, do Espermatozóide e do Futuro
Bebé acaba com esta prova, todas as crianças podem também fazer o percurso do
bebé a nascer. Assim, quando o primeiro faz o percurso e chega ao fim, levanta-se e
coloca-se à frente da fila do grupo, de pernas abertas, enquanto o última da fila
começa por sua vez a rastejar de olhos fechados e assim sucessivamente até todos
terem “nascido”.
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BIBLIOGRAFIA:
CD Função Reprodutiva e sua Regulação… para o bem-estar da Mulher. Schering.
Dias, A., Ramalheira, C., Marques, L., Seabra, M. & Antunes, M. (2002). Educação
da sexualidade no dia-a-dia da prática educativa. Braga: Edições Casa do
Professor.
Marques, A. M., Vilar, D., Forreta, F. (2002). Educação Sexual no 1º Ciclo – Um Guia
para Professores e Formadores. Lisboa: Texto Editora.
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INTRODUÇÃO TEÓRICA:
A higiene corporal faz parte integrante da saúde do indivíduo. A importância dos
seus procedimentos correctos e a sua periodicidade devem constituir hábitos
individuais que devem ser treinados com os alunos, em particular lavagem das mãos
e escovagem dos dentes. Além disso deve ser fomentado o banho diário e a
lavagem mais cuidada dos órgãos genitais.
ACTIVIDADES SUGERIDAS:
BIBLIOGRAFIA:
Site www.forma-te.pt – acedido a 14 de Novembro de 2008.
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TEMA 8: VIH/SIDA
INTRODUÇÃO TEÓRICA:
ACTIVIDADES SUGERIDAS:
A. CD Saúde na Escola – Desenvolvimento de Competências Preventivas:
Crianças dos 11 aos 13 anos – Unidade 4: Vamos falar sobre SIDA e outras
DST
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BIBLIOGRAFIA:
CD Saúde na Escola. Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida.
Educação para a Saúde na Escola para Prevenção da SIDA e de outras DST –
Documento para o desenvolvimento de programas escolares – Actividades para
os Alunos. Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA, 2002 – Lisboa;
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BIBLIOGRAFIA GERAL
CD Função Reprodutiva e sua Regulação… para o bem-estar da Mulher. Schering.
CD Saúde na Escola. Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida.
Dias, A., Ramalheira, C., Marques, L., Seabra, M. & Antunes, M. (2002). Educação
da sexualidade no dia-a-dia da prática educativa. Braga: Edições Casa do
Professor.
Educação para a Saúde na Escola para Prevenção da SIDA e de outras DST –
Documento para o desenvolvimento de programas escolares – Actividades para
os Alunos. Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA, 2002 – Lisboa;
Frade, A., Marques, A. M., Vilar, D. (2006). Educação Sexual na Escola – Guia para
Professores, Formadores e Educadores. Lisboa: Texto Editores.
Ló, A. C. (1998). Prevenir a Brincar. Projecto VIDA.
López Sanchez, F. (1995). Educación sexual de adolescentes y jóvenes. Madrid:
Siglo Veintiuno de España Editores, S.A..
Marques, A. M., Vilar, D., Forreta, F. (2002). Educação Sexual no 1º Ciclo – Um Guia
para Professores e Formadores. Lisboa: Texto Editora.
Marques, A., Vilar, D., & Forreta, F. (2002). Os Afectos e a Sexualidade na
Educação Pré-Escolar – um Guia para Educadores e Formadores. Lisboa: Texto
Editora
Prazeres, V. (2003). Adolescentes, Pais e tudo o mais. Lisboa: Texto Editora.
Robert, J. (2006). A minha sexualidade – dos 9 aos 13 anos. Porto: Porto Editora.
Site www.forma-te.pt – acedido a 14 de Novembro de 2008.
Site:
http://eb23aradas.prof2000.pt/NACs/Forma%C3%A7%C3%A3o%20C%C3%ADvica/Sugest%C3%B5
es%20de%20Trabalho/Treino%20de%20assertividade%20-%202.doc – acedido a 29 de
Fevereiro de 2008.
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