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NOME: Yalle Pereira Macena

Ana Célia Rodrigues Medeiros


Ana Rodrigues da Silva
Jucimara Pereira Santana Trovão
Nilcelia da Silva Reis
Marta Elias de Castro
FICHAMENTO Nº 03

FICHAMENTO DE CITAÇÃO PARA O PROJETO DE PESQUISA

FICHAMENTO DO CAPÍTULO 4 DO LIVRO DE EUGENIO CUNHA

Autismo e Inclusão – psicopedagogia E práticas educativas na


escola e na família (pag.57 a 75)

Cunha (2011) fala neste livro sobre as práticas Pedagógicas para alunos
com transtornos do Espectro Autista.

Cunha cita as ações inclusivas que a escola e a família deve proceder no


cuidado com crianças autistas.

Ele enfatiza que a aprendizagem dessas crianças deve ser feita sempre
tendo como fator principal a autonomia da criança, e essa autonomia vai desde
uma troca de roupa, até a realização das tarefas por iniciativa própria, pois o
autista tem grande dificuldade de realizar tais tarefas do nosso cotidiano.

Cunha deixa claro que o currículo deve ser pensado em conjunto com a
escola e a família, garantindo desse modo que o aluno alcance as várias etapas
da vida.

Ainda segundo Cunha deve-se trabalhar com o aluno a interação, a


cognição, a comunicação e os movimentos, e a cada dificuldade que o aluno
apresente o educador deve sempre ter um olhar afetivo, enaltecendo as suas
conquistas.

Quanto aos comandos dado pelo professor, este deve ser sempre em tom
sereno, calmo, de acolhimento, por fala ou por gestos. Deve-se sempre chamar
o aluno pelo nome, e lembrar que com alunos autistas alguns fatores são
importantíssimos para se ter um bom sucesso nas práticas pedagógicas, pois
segundo cunha:

“A primeira coisa a se fazer é entender quais as habilidades que o aluno


autista possui e traçar um plano de aula que possa dar ao aluno autista a
autonomia para que ele próprio possa conquistar outras habilidades”.

Por isso uma rotina diária é de extrema importância visto que com isso o
aluno descobrirá vários tipos de interações onde ele irá manifestar e conhecer
alguns aspectos sociais como: valores, amizades, regras, afeto, carinho, amor,
sentimentos e com isso estará construindo a sua autonomia.

O professor deve estar sempre atento em estimular no aluno a sua


independência, pois no autista uma característica marcante que é o déficit de
atenção, e devemos trabalhar isso seguindo alguns estágios que Cunha cita a
seguir: o primeiro estagio seria provocar no aluno o gosto em aprender e deste
modo ele passa pelo segundo estágio que é fazer que o aluno interaja com o
professor seja por contato físico ou por gestos, e o estágio final é quando o aluno
já está habituado com a rotina escolar e com os materiais que lhe e oferecido,
com os demais alunos da sala de livre e espontânea vontade.

São muitos os materiais que ajudam o aluno autista a se desenvolver, por


exemplo objetos sensoriais, atividades que desenvolvam a coordenação motora
como rasgar jornais, atividades com tintas, agua, deixar o aluno experimentar os
mais diversos meios de se desenvolver naturalmente.

Um recurso estimulante para alunos autistas é a técnica de rasgar


jornal e brincar com água para aliviar tensões e desenvolver
coordenação motora fina; usar tinta para rabiscar papéis
indiscriminadamente com os dedos em forma de pinça, a fim de
desenvolver a “pega do lápis”; subir escadas para atividades motoras
mais amplas. (CUNHA, 2015, p. 63)
Agora falando das mateiras pedagógicas destacam-se os materiais
montessorianos sempre com cores variadas, tamanhos, peso, espessura, blocos
de montar, de encaixar, atividades de formas geométricas, possibilitando desse
modo que o aluno autista conheça os mais variados materiais que o ajudarão
não só na coordenação motora, mas também na sua cognição.

Segundo o capítulo do livro devemos deixar o aluno manipular matérias


concretos e sensoriais e desse modo ele irá aprender vários conceitos de uma
forma lúdica e prazerosa.

Maria Montessori desenvolveu vários materiais que dão suporte não só


ao aluno autista, mas por qualquer aluno ajudando no seu desenvolvimento e no
processo de aprendizagem, são materiais para diversas idades, de diferentes
formas e texturas estimulando o aluno a desenvolver sua capacidade motora e
cognitiva.

Segundo Montessori toda criança é capaz de construir seu próprio


conhecimento, de aprender, cada qual a seu tempo pois:

A criança é um ser, fisicamente fraco, nascido com


grandes possibilidades, mas praticamente sem ter desenvolvido nele
um dos fatores da vida mental, é um ser que pode ser considerado
“zero”, mas que, no decorrer de seus anos, já supera todos os outros
seres vivos. (MONTESSORI, 1949, Prefácio).

Podemos explorar as múltiplas linguagens que nos é ofertada observando


cada aluno e qual a linguagem que ele se identifique, pois todo aluno é capaz de
aprender, devemos respeitar o tempo de cada um e estimular sempre por menos
que seja sua conquista.

No campo da alimentação, algumas altistas resistem a certos alimentos e


uma dieta alimentar é recomendado, pois alguns alimentos podem gerar
algumas alergias e desse modo seu comportamento também será alterado,
gerando irritabilidade, dor de cabeça, nervosismo, perda de memória e ficando
muito mais difícil educar esse aluno com esses sintomas.
Várias atitudes devem ser tomadas para se obter um bom
desenvolvimento do aluno autista.

Devemos proporcionar ao aluno um ambiente acolhedor, prezar pelo seu


bem-estar e desse modo construir um ambiente saudável de aprendizagem.

Como enfatiza (Luria 2006) o comportamento da criança se baseia em


dois grupos: aquilo que ela se interessa, que goste de brincar ou um outro objeto
qualquer, mas que apenas representa um sentido funcional para ela.

E é desta maneira que a criança vai construindo sua relação com as


coisas que as cercam e com o mundo a sua volta, por isso o reforço positivo
dado ao aluno autista faz toda a diferença no seu processo de aprendizado,
devemos usar várias técnicas de reeducação, sempre estimulando o aluno e
elogiando sua mudança de forma que o aluno tome gosto em conhecer novos
aprendizados.

Realizando essas técnicas de reeducação o aluno autista passa a abrir


mão de muitos comportamentos agressivos e de hiperatividade.

Mas essa técnica deve ser aplicada com muito cuidado, o professor deve
conhecer o seu aluno em sua particularidade e achar a melhor maneira de
desenvolver o progresso em seu aluno, sempre com muito cuidado, sem forçar,
sem pressa para que o aluno não se sinta ansioso, e deste modo a criança ira
aos poucos interagir com o mundo a sua volta.

“Uma sala de aula inclusiva está preparada para receber o educando


típico ou com necessidades especiais. Por isso, os materiais de desenvolvimento
pedagógico devem ter propriedades que atendam a diversidade discente”.

Os tratamentos para os autistas não são iguais, visto que cada um possui
sua particularidade, mas algumas intervenções são bem eficientes no tratamento
do autismo como o método TEACCH (tratamento e educação para autistas e
crianças com distúrbios de comunicação)

O ABA (analise aplicada ao comportamento) e o PECS Sistema de


comunicação mediante a troca de figuras), essas tarefas irão auxiliar seu
desenvolvimento escolar e familiar.
O TEACCH é uma técnica que leva em consideração os pontos fortes do
aluno e as suas dificuldades organizando os ambientes por meio de rotinas como
um quadro, painel ou agenda.

Já o ABA vem do behaviorismo, esse método explica o comportamento


humano e a aprendizagem estudadas por Skinner e Watson, e ensina aos
autistas a desenvolver as habilidades que eles ainda não possuem, sendo a
repetição uma abordagem importante para seu desenvolvimento.

Desde modo ao longo dos anos vária técnicas foram testadas em busca
de uma melhor qualidade de vida e independência.

De acordo com este livro todas essas técnicas contribui para que o autista
alcance sua independência, com paciência e amor, estimulando sempre sua
evolução e reforçando sua autoestima de uma maneira lúdica e prazerosa.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Cunha, Eugênio
Autismo e inclusão: psicopedagogia práticas educativas na escola e na
família ( Eugênio Cunha. -
4. ed. - Rio de Janeiro: Wak Ed., 2012. 140p.: 21cm
CUNHA, Eugénio. Afetividade na Prática Pedagogica: Educação,TV e Escola.
Rio de Janeiro: Wak Editora, 2007.

VYGOTSKY, L. S; LURIA,A1exander Romanovich; Leontiev,Alex N.


..Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: ícone Editora,
2006.

CUNHA, Eugénio. Afetividade na Prática Pedagogica: Educação,TV e Escola.


Rio de Janeiro: Wak Editora, 2007.

Aleto e aprendizagem: relação de amorosidade e saber


na prática pedagÓgica. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2008.

GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prá-


tica. Porto Alegre: Artmed, 1995.

MONTESSORI, Maria. MenteAbsorvente. Rio de Janeiro: Portugålia Editora, (?)


2a edição a,

Formação do homem, Rio de Janeiro: Portugália Editora, (?)


, 2a edição b.

Para educar o potencial humano. Campinas, SP: Papirus,


2003.

OLIVIER, Lou de. Psicopedagogia e arteterapia: teoria e prática na aplicação


em clínicas e escolas. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2007.
SKINNER, B. F. Behaviorism and Logical Positivism de Laurence Smith. In
______. Questões Recentes na Análise Comportamental. Campinas, SP:
Papirus, (1989), 1995c, pp. 145- 150.

 Watson, J. B. (1913). Psychology as a behaviorist views it. Psychological


Record, 20, 158-177.

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