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RELATÓRIO OBSERVAÇÃO/ACOMPANHAMENTO

IDENTIFICAÇÃO
Nome do paciente: Escola de Ensino Especial 01 do Gama
Número de prontuário: 01

Terapeuta Acompanhante: Simone Rodrigues de Oliveira


Terapeuta Responsável: Rejane Ferreira Medeiros Mendes
Professor Supervisor: Professor Gleison Gomes

Número de sessões observadas: 1


Assunto/finalidade: Prestação de serviço psicológico para a Escola de Ensino Especial.

DESCRIÇÃO DA DEMANDA

L, F, M, B, A, todos alunos da Instituição escolar, com idades entre 17, 18 à 20


anos, todos com deficiência intelectual, sendo que uma delas tinha deficiência motora.
Alunos DMu com déficits em funções intelectuais como raciocínio, solução de
problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e
aprendizagem pela experiência, estavam no ambiente de sala de aula apenas com 1
professora, no período vespertino. A professora em questão estava trabalhando a
coordenação motora dos alunos, utilizando várias técnicas como: movimento de pinça,
colorimetria,
Nossa observação se deu dentro de um olhar circular, onde observamos tanto os alunos
como a professora e onde a mesma, estava desenvolvendo um trabalho pedagógico,
centrado em cada aluno, onde cada um não estava sendo comparado aos demais, mas
sim tendo suas habilidades desenvolvidas por meio de flexibilização curricular nas áreas
em que apresentam dificuldades ou em apresentando alguma necessidade de suporte.
BEYER (2010), destacou que mesmo que os docentes tenham, as melhores intenções e
esforços pedagógicos, não conseguirão responder às demandas específicas de alguns
alunos por conta de necessidades educacionais especiais que somente uma pedagogia
diferenciada poderá dar conta. O ambiente em questão se dava em bastante harmonia e
com reforço positivo através de aplausos conforme cada um ia executando as tarefas,
tanto por parte da acadêmica quanto pelos alunos. O reforçamento positivo é geralmente
definido como o fortalecimento de uma resposta devido à apresentação de determinado
estímulo a ela contingente; já o reforçamento negativo consiste no aumento na
frequência de uma resposta por causa da remoção contingente de um estímulo (Skinner,
1953/2007). Dessa forma, as consequências reforçadoras dos novos comportamentos
gerados participam da definição de comportamento criativo. (Skinner, 1970/1972).
PROCEDIMENTO E ANÁLISE

As observadoras Rejane e Simone, alunas do curso de psicologia da instituição


Unibrasília, observaram que as crianças estavam dentro da área da psicomotricidade
trabalhando a parte funcional e relacional.
A psicomotricidade busca sempre o empenho para cada professor e cada aluno, ao
conhecimento de ver que através dela trouxe a intervenção dentro de sala de aula,
fazendo com que os alunos tenham suas funções no aprendizado rápido e mútuo.
A psicomotricidade relacional caracteriza-se por escutar, considerar e notabilizar o
diálogo entre os aspectos corporais e os psíquicos do ser humano, motora e cognitiva,
focalizando a compreensão e a atividade dos núcleos psicoafetivos e seus decorrentes
elementos relacionais interpessoais, enquanto que a psicomotricidade funcional se
baseia na organização e aplicação de exercícios que trabalhem o aprimoramento dos
movimentos, baseando-se de acordo com a faixa etária, dificuldade motora, deficiência
intelectual e cognitiva de cada aluno. Utiliza ciclos de exercícios para a reeducação
motora, onde os professores planejam as atividades com objetivos pré-estabelecidos,
visando desenvolver a área motora desejada.

PROPOSTA A SER IMPLEMENTADA

Uma proposta para estruturação da prática inclusiva fundamenta-se na elaboração de


Planos Educacionais Individualizados – PEI para os alunos que apresentam uma
necessidade educacional especial. A ideia seria a de relacionar o origami à inclusão dos
alunos e em seu desenvolvimento, uma vez que essa técnica é motivada pelo fato de
trazer inúmeros benefícios quando utilizada como instrumento de aprendizagem e tendo
em vista que cada indivíduo, mesmo dentro de suas limitações, possui habilidades
particulares e específicas, essas às vezes aparentes e em outros casos com necessidades
de serem desenvolvidas e potencializadas, procurou-se por uma estratégia de ensino que
pudesse auxiliar nessas descobertas, investindo não em dificuldades e sintomas, mas em
possibilidades de crescimento e de aperfeiçoamento.
Segundo Tommasi & Minuzzo (2010 p.43), o origami é aconselhado: “...tanto com
alunos que apresentam necessidades educativas especiais quanto com as demais pessoas
em geral, de qualquer idade, que desejem passar por um processo de desenvolvimento
da criatividade, da imaginação, de distensão e equilíbrio mental e também na área de
saúde, pois ao ser executado favorece o equilíbrio e harmonia mental. O resultado final
enaltece a autoestima, estimula o riso e alegria. A sensação de competência e realização
domina o corpo, a mente e a alma”. A pratica do origami traz também o cor dos papeis,
o movimento, a leveza em suas inúmeras formas e objetos, deixando a escola mais
colorida e divertida.
O origami, como ferramenta pedagógica quando trabalhado com os alunos possibilita
contemplar todos os sete tipos diferentes de inteligências: A inteligência linguística; A
inteligência lógico-matemática; A inteligência espacial; A inteligência cinestésica; A
inteligência musical; E a inteligência intrapessoal.

Como fazer um cachorro de origami:


Material
Papel colorido no tamanho 12cm x 12 cm
Canetinhas
Barbante ou palito de picolé
REFERÊNCIAS:

BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola: alunos com necessidades


educacionais especiais. 3 ed. Porto Alegre: Mediação, 2013.

SANTOS, Edson Luiz Nascimento dos; LEITE, Felipe Lustosa. A distinção entre
reforçamentos positivo e negativo em livros de ensino de análise do comportamento.
Perspectivas, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 10-19, 2013. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-
35482013000100003&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 01 out. 2022.

FERREIRA DA COSTA LEITE, E.; MICHELETTO, N. Criatividade para Skinner


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Disponível em: https://rbtcc.webhostusp.sti.usp.br/index.php/RBTCC/article/view/1325.
Acesso em: 1 out. 2022.DOI: 10.31505/rbtcc.v21i3.1325.

BERSCH, Ângela Adriane Schmidt; YUNES, Maria Angela Mattar; MOLON, Susana
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TEÓRICOS DE VYGOTSKY E BRONFENBRENNER. Revista da FAEEBA:
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Disponível em <http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
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MEIO DO ORIGAMI: UMA EXPERIÊNCIA NA EJA. OS DESAFIOSDA
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Artigos, Paraná, v. I, 11 out. 2014. PDE, p. 25. DOI
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/20
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http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 18 out. 2022.

Brasília, __18_ de ___outubro____ de 2022.

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(Nome completo) (Nome completo)
Terapeuta Acompanhante Professor Supervisor

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