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Metodologia Educacional mas usada

Praticamente todas as pessoas conhecem de perto as metodologias de


ensino tradicionais. É provável que você esteja acostumado a provas,
testes e notas numéricas. A divisão de conteúdos em várias disciplinas e a
separação de alunos por séries, por exemplo, também podem parecer
muito naturais.
Entretanto, o ensino não precisa necessariamente ser assim. Há escolas
que apostam em outras metodologias e desenvolvem práticas diferentes
dessas às quais estamos mais acostumados.
A diversidade de métodos de ensino bastante positiva para pais e
responsáveis, pois estes podem escolher uma instituição de ensino mais
compatível com seus ideais e mais adequada ao perfil de seus filhos.
Algumas dessas metodologias já são bastante conhecidas e postas em
prática por várias instituições. Porém, outros métodos de ensino menos
divulgados também apresentam propostas interessantes. Nesse artigo
explicamos 5 metodologias educacionais que você precisa conhecer.
Confira!
Veja também como estimular a criatividade dos alunos em sala de aula!
Metodologia de ensino Construtivista
Adotado por um bom número de escolas em Angola, como por exemplo
as escolas das Províncias do Namibe e Huila o construtivismo é uma
corrente baseada na obra do biólogo e pensador suíço Jean Piaget. que
propôs que o conhecimento é adquirido através da interação da criança
com o ambiente em que ela vive.
O construtivismo assume que o aluno é a peça central na aprendizagem.
Por essa razão, ele deve ser estimulado a conquistar independência,
resolver problemas e elaborar hipóteses e perguntas.
Nesse método o professor passa a ser um mediador para auxiliar os alunos
na absorção de novos conteúdos e criar condições para que o estudante
vivencie situações e atividades enriquecedoras.
Considerando que no modelo construtivista o aluno participa ativamente
de seu aprendizado, trabalhar em salas de aula com menos alunos é muito
positivo. Em turmas menores o professor pode acompanhar de perto os
alunos, entendendo as necessidades de cada um deles.

No construtivismo as avaliações são diagnósticas, ou seja, são


instrumentos para que o professor entenda os desafios e desenvolva
ações para melhorar o aproveitamento dos alunos nas disciplinas. A sala
de aula também é organizada em círculo, pois esse posicionamento
igualitário favorece a interação entre os alunos.
Uma linha do construtivismo é o sócio-interacionismo, pedagogia baseada
nos conceitos do psicólogo bielorrusso Lev Semenovitch Vygotsky, que
considera que a aprendizagem se dá a partir da interação do sujeito e a
sociedade ao seu redor. Ou seja: o homem modifica o ambiente e o
ambiente modifica o homem. No contexto da educação, o professor
assume o papel de mediador para estimular avanços que não ocorreriam
espontaneamente.
Metodologia de ensino Montessori
Criado pela educadora italiana Maria Montessori na passagem do século
XIX para o século XX, o método Montessori tem como pilares a valorização
da autonomia do aluno dentro da escola e o respeito pelo tempo de
desenvolvimento de cada criança ou jovem.
Em escolas montessoriana, os materiais didáticos ficam à disposição dos
alunos, que podem escolher trabalhar temas que os interessem mais.
Além disso, os estudantes também escolhem em que local desejam
realizar suas atividades e por quanto tempo desejam se dedicar ao mesmo
trabalho.
No método Montessori, o papel do professor é guiar e observar os
estudantes, entendendo as necessidades deles e se disponibilizando para
auxiliá-los, sem impor um ritmo e interferindo apenas o necessário.
Outra particularidade deste método é que as classes não são divididas da
maneira convencional. As turmas são compostas por alunos de diferentes
idades para que estes possam trocar experiências e ajudar uns aos outros.
A corrente montessoriana também defende que educar significa muito
mais que ensinar conteúdos prontos. Para os adeptos dessa pedagogia, a
educação vai desde o desenvolvimento da segurança e da criatividade do
aluno até o amadurecimento social, emocional e intelectual dele. Por isso,
até mesmo objetos da vida cotidiana devem ser inseridos no ambiente
escolar com fins pedagógicos.
Metodologia de ensino Waldorf
Adotada por mais de 1200 escolas pelo mundo, a pedagogia Waldorf é
uma abordagem desenvolvida em 1919 pelo filósofo austríaco Rudolf
Steiner. Segundo ele, a educação deve permitir o desenvolvimento
harmônico do aluno, estimulando nele a clareza do raciocínio, equilíbrio
emocional e a proatividade. O ensino deve, portanto, contemplar aspectos
físicos, emocionais e intelectuais do estudante.
Por essas razões, a pedagogia Waldorf dá muito valor ao contato com a
natureza, à prática de atividades físicas, à realização de trabalhos manuais
(como o tricô, por exemplo) e ao desenvolvimento das habilidades
artísticas dos estudantes.
A contação de histórias, as brincadeiras com bonecos e o uso de imagens
no ensino também são recursos muito empregados pelas escolas Waldorf,
já que estimulam a imaginação e a memória das crianças, evitando o
estímulo excessivo ao pensamento abstrato.
O método Waldorf prevê que o currículo escolar deve ser individualizado
para levar em conta apenas as necessidades de aprendizado do aluno em
cada fase da sua vida. Cada classe tem um tutor responsável por todas as
atividades, que acompanha a mesma turma durante sete anos. Já no
período correspondente ao Ensino Médio, as classes ganham professores
especialistas, mas continuam com um tutor.
Nesse modelo o ensino é dividido em ciclos de sete anos e não há
repetência, para que as etapas de aprendizagem possam estar de acordo
com o ritmo biológico próprio de cada idade. Além disso, não há provas,
as avaliações são baseadas nas atividades do dia-a-dia e resultam em
boletins descritivos sobre o comportamento, a maturidade e o
aproveitamento do aluno.
Metodologia de ensino Pikler
Focada na Educação Infantil, a abordagem desenvolvida pela médica
húngara Emmi Pikler prevê o desenvolvimento da criança em seu próprio
ritmo, sem ser apressada pelos pais ou educadores. Desse modo, a técnica
pode ser utilizada no ambiente doméstico e também no âmbito escolar.
A abordagem Pikler prega que não se deve forçar a criança a situações nas
quais ela não consegue se colocar sozinha, Assim, segundo essa
abordagem, não se deve pôr de pé o bebê que ainda não sabe andar ou
pressionar a criança para que ela deixe de usar fraldas, por exemplo.
Segundo Pikler, ao colocar bebês e crianças em situações forçadas, acaba-
se por gerar insegurança neles e compromete-se o desenvolvimento
saudável. A construção da autonomia por meio do brincar livre também é
um dos principais pontos dessa abordagem, que defende que os
brinquedos devem ser deixados à disposição da criança e que deve-se
intervir o mínimo possível nas atividades delas.
Os momentos de cuidados com o bebê (troca de fraldas, banho e
alimentação, por exemplo) também devem ser aproveitados para
conversar com a criança e explicar a ela o que está sendo feito. Assim, ela
começa ter uma consciência sobre si própria e aprende a lidar com isso de
maneira natural.
Metodologia de ensino Freiriana
Desenvolvida inicialmente para a alfabetização, a metodologia do
pedagogo brasileiro Paulo Freire foi testada pela primeira vez no Rio
Grande do Norte em 1963. Seu princípio básico é a “pedagogia
libertadora”, ou seja, a ideia de que cada indivíduo é agente da própria
libertação à medida que adquire conhecimento.
Por isso, as escolas que adotam a pedagogia criada por Paulo Freire tem
como objetivo educarem respeitando as condições socioculturais dos
alunos e desenvolver neles um senso crítico. Para Freire, o grande objetivo
da educação é formar um cidadão livre, capaz de fazer questionamentos e
agir para transformar o mundo.
 Ao contrário da metodologia tradicional, em que o professor
deposita seu conhecimento sobre a classe, o papel do professor
nessa metodologia é escutar todos os alunos para entender a
realidade em que eles vivem e ajudá-los a criar confiança para
produzir o conhecimento. O método freiriano costuma não prever
provas para os estudantes, mas em algumas escolas isso pode
acontecer.

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