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Ano de frequência 2o
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................5
Objectivos....................................................................................................................................5
Objectivo Geral............................................................................................................................5
Objectos específicos.....................................................................................................................5
2. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................6
2.1 Conceito de drogas.................................................................................................................6
2.2 Vulnerabilidade individual.....................................................................................................7
2.3 Relações sexuais e as Drogas.................................................................................................8
3. CONCLUSÃO.......................................................................................................................11
Referencias Bibliográficas.........................................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO
Em nossa sociedade, a questão das substâncias psicoactivas, principalmente as drogas
consideradas ilícitas, se construiu como um problema social complexo, composto de
fenómenos igualmente complexos e por agentes diversos, com posições, muitas vezes,
contraditórias sobre o tema. Assim, além do uso de drogas estar relacionado a
fenómenos como a violência e a criminalidade, a epidemia de AIDS veio somar-se à
actual configuração em que se encontram as substâncias psicoactivas como problema
social (Knauth e Piccolo, s/d).
Assim, a crescente incidência dos casos de HIV ocorre entre pessoas pertencentes aos
grupos populares. Entende-se que estes convivem cotidianamente com situações que
ameaçam a vida, tanto ou mais que a epidemia de HIV, como a violência doméstica e
policial, tiros perdidos1, prisão, fome, outras doenças ocasionadas pelas precárias
condições habitacionais e sanitárias. Assim é que HIV não é considerada, muitas vezes,
uma ameaça imediata à vida dessas pessoas como esses outros factores (Britto, 2000).
E neste contexto que a presente pesquisa tem como tema “a relação entre as drogas e
HIV e SIDA”. A mesma tem como objectivo principal analisar a relação entre as drogas
e HIV e SIDA.
Objectivos
Objectivo Geral
Analisar a relação entre as drogas e HIV – SIDA.
Objectos específicos
Apresentar o conceito e tipos de drogas;
Identificar o tipode vulnerabilidade em que está sujeita a pessoa/indivíduo
drogado;
Descrever a relação existente entre drogas e HIV – SIDA.
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2. REVISÃO DA LITERATURA
Goeders (2009), define drogas psicoactivas como substâncias que agem sobre o sistema
nervoso central e produzem mudança da actividade psíquica ou comportamental do
indivíduo. Afirma que tais substâncias, além das importantes aplicações clínicas, são
também utilizadas para alterar o estado de consciência, para melhorar o desempenho das
funções corporais e na realização de rituais.
Já o antropólogo inglês Andrew Sherratt (1995), traz concepção diversa sobre o que se
entende por drogas. Aduz que o conceito pode ser usado actualmente para categorizar as
substâncias químicas que são introduzidas no organismo humano sem o propósito da
nutrição, com finalidades essencialmente médicas ou hedónicas.
Fernandes, (1997 citado por Fonte, s/d) propõe uma definição que vai para alem da
dimensão química e farmacológica da substancia: “droga e todo o conjunto de
substâncias químicas introduzidas voluntariamente no organismo com o fim de
modificar as condições psíquicas e que, enquanto tal, criam mais ou menos facilmente
uma situação de dependência no sujeito.
Portanto podemos considerar que o uso de drogas, incluindo álcool e nicotina, altera o
Sistema Nervoso Central (SNC) e está entre os principais problemas de Saúde Pública
no mundo. Além do comprometimento das estruturas cerebrais, as drogas podem causar
problemas físicos, psicológicos, sociais, ocupacionais e legais.
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Como diz Mesquita (1992) é impossível abstrair o fato de que a droga traz prazer. No
caso do uso compartilhado da droga, a possibilidade de overdose vem ilustrar. O usuário
se arrisca e, por meio da overdose, toca simbolicamente a morte ao mesmo tempo em
que se preserva ao confiar no manejo, ainda que precário, do grupo que o socorre.
A overdose fornece-lhe o surplus necessário à continuidade de sua existência.
A fala não sou eu que fumo, são as drogas que me fumam é exemplar. Expõe tal
simbiose simbólica entre o usuário e o produto utilizado que chega à inversão entre o
sujeito e o objecto, à medida que transfere à droga propriedades de seres animados
como é o caso do querer e do agir. O usuário, neste caso, passa a ser o "fumado"; a
droga torna-se o sujeito da acção.
Risco, loucura, prazer, vertigem e abandono irrompem, portanto, das falas dos jovens
entrevistados, frutos de suas vivências, sentidos, memórias e interpretações.
Cabe lembrar que a droga, assim como o sexo, oferece o que o mundo tem de mais
escasso, a sensação de felicidade e prazer, ao mesmo tempo em que podem trazer
ansiedade e sofrimento. Vê-se assim que são ambos ambivalentes, neles o indivíduo
pode buscar tanto a criatividade e o êxtase, como o desvario e a dissolução.
A ambivalência na prática do sexo e no uso das drogas não são mais que reflexo da
ambivalência das práticas humanas. A complexidade interna dos sujeitos humanos é a
única invariante que pode ser pressuposta nos trabalhos de prevenção do risco de uma
ou de outra. São diversas as tensões em meio às quais o sujeito faz suas escolhas e frágil
a lógica racional que acredita que representações e comportamentos constituem um
sistema relativamente estável, concatenado, coerente e homogéneo. Das falas dos
entrevistados emergiram constâncias e estabilidades, mas elas trouxeram à luz,
sobretudo, diversidades e singularidades na forma como o risco é representado e vivido.
Os discursos reflectiram ainda a polissemia a eles intrínseca, ou seja, apontaram para a
existência potencial de significações concomitantes e construíram versões plausíveis de
um eu intersubjetivamente constituído.
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O conjunto dos dados extraídos das duas pesquisas aqui analisadas mostra que a
invariância na determinação dos riscos simplesmente não existe. Não existe nem mesmo
a dicotomia determinação/evitamento de risco. Esta visão dicotómica leva a uma
redução da pluralidade nos comportamentos humanos. Entre estes dois pólos flutuam
miríades de variâncias, sutilezas, e significados. Trabalhar com riscos exige, portanto,
abrir mão da busca da invariância, da lógica racional e dos discursos autoritários. Exige
ainda estratégias de acção que aceitem a ambivalência das práticas sociais e descartem a
expectativa de soluções definitivas.
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3. CONCLUSÃO
Observa-se o facto de que os usuários de drogas têm conhecimento das formas de
infecção pelo HIV/AIDS, bem como das medidas preventivas, tanto no que diz respeito
ao uso de drogas quanto nas relações sexuais. Mas, para que eles adotem essas medidas,
outras questões se colocam além de somente ter conhecimento do que é necessário
fazer; questões relacionadas à lógica orientadora das relações sociais de amizade,
solidariedade e reciprocidade, dos papéis sociais, atitudes e comportamentos atribuídos
a homens e mulheres, e a representação de corpo e seus fluidos.
Referencias Bibliográficas
Fonte, C. (s/d). Comportamentos Aditivos: Conceito de Droga, Classificações de
Drogas e Tipos de Consumo. (Artigo cientifico), Mestre Assistente Faculdade de
Ciencias Humanas e Sociais – UFP.
Gil, A. C. (2007). Como elaborar projectos de pesquisa. (4. ed.) São Paulo:
Atlas.
Goeders, N. E. (2009). Psychoactive drug. In : KRANZLER, H. R.;
KORSMEYER, P. (ed.). Encyclopedia of drugs, alcohol & addictive behavior.
3. ed. Farmington Hills: Gale.
Mann, J.; Tarantola, D.J.M.; Netter, T. (1993). Como avaliar a vulnerabilidade
à infeção pelo HIV e Aids. In: Parker R, organizador. A Aids no mundo. Rio de
Janeiro: Relume Dumará; p. 276-300.
Mesquita, F. (1992). Drogas injetáveis e Aids. In V Paiva (org.). Em tempos de
Aids. Summus, São Paulo.
Organização Mundial da Saúde. (1994). Glosário de térmimos de alcoholy
drogas. disponível em:
<http://www.who.int/substance_abuse/terminology/lexiconalcohol_drugs
spanish.pdf>.
Piccolo, F. D.; Knauth, D. R. (s/d). Uso de drogas e sexualidade em tempos de
AIDS e redução de danos. Universidade Federal do Rio de Janeiro – Brasil,
Artigo Cientifico.
Sá, D.B.S.(1994). Projeto para uma nova política de drogas no país, pp. 147-
171. In A Zaluar (org.). Drogas e cidadania. Brasiliense, São Paulo.
A Estrela depois de ter se formado e graduado, uma dessas vezes fica doente e resolve
fazer teste de HIV, tendo acusado positivo. Os médicos conseguiram tratar-lhe a doença
e ela melhora muito. Portanto, presume-se que tenho sido contaminada pelo namorado,
visto que, o texto não explica onde ela teria contraído a doença. Em seguida ela fica
gravida do tal namorado onde veio a ter uma filha. Há uma dado momento começa a
emagrecer devido ao nível de CD4 que estava baixo, nesse fase começa o tratamento de
TARV, e tempo depois melhora. Mais tarde decide não voltar a tomar os medicamentos,
onde teria tido varias recaídas, tendo sido internada por duas vezes, neste período
começa a se meter em bebedeiras, isola-se dos amigos, e antes de a filha completar 2
anos a estrela perde a vida.
A estrela estava envolvida numa relação com um jovem de 35 anos com 2 filhos de uma
outra esposa.
A Estrela devia ter continuado com a medicação. Era dever da família sobretudo o
namorado e os demais amigos apoia-la, dando o carinho e conselho necessários.
Se fosse familiar ou mãe, teria dado muito apoio, sobretudo na questão do tratamento
contínuo da TARV, sendo esta, a única esperança para a sua sobrevivência.