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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Personalidade segundo Sigmund Freud

Mariana Paulo – 708202171

Docente: Sónia

Licenciaturas em ensino da Língua Portuguesa

Cadeira de Habilidades para a vida

2º Ano

Maputo, Maio de 2021


Introdução
Introdução..................................................................................................................................1

Abordagens da personalidade....................................................................................................1

Formação da personalidade humana..........................................................................................2

Estrutura da Personalidade.........................................................................................................3

Dinâmica da personalidade........................................................................................................5

Desenvolvimento da personalidade segundo freud....................................................................5

Erik Erikson: Desenvolvimento Psicossocial.............................................................................6

Teorias da personalidade............................................................................................................7

Conclusão...................................................................................................................................8

Referências Bibliográficas.........................................................................................................9
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Introdução
O estudo da personalidade constitui um domínio particularmente interessante nas áreas
Sociais e Humanas. Desde os primórdios, a noção de personalidade tem sofrido significativas
mudanças, o que, desde já, nos deixa a reflectir acerca do quão complexo é esta temática bem
como de tofdas as componentes intimamente frelacionados.

Esse trabalho tem a finalidade de apresentar, resumidamente, alguns conceitos da teoria de


Freud, considerado o pai da Psicanálise, sobre sua teoria a respeito da personalidade, e seu
olhar em relação à pessoa humana e seus conflitos. Inicialmente, Freud sugeria a divisão da
vida mental em duas partes: consciente e inconsciente. A porção consciente, assim como a
parte visível do iceberg, seria pequena e insignificante, preservando apenas uma visão
superficial de toda a personalidade. Contudo, a maior parte do iceberg, a parte submersa,
seria aquela responsável por manter todos os instintos, ou seja, as forças que impulsionam
todo e qualquer comportamento humano. No limiar entre uma e outra estaria o pré-
consciente.

Posteriormente, Freud ao reavaliar essa distinção no aparelho psíquico, deu início ao estudo
da chamada 2ª tópica, e propôs os conceitos de id, ego e superego.

Segundo Freud, a estrutura da personalidade é formada por três instâncias, o id, o ego e o
superego. De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em
diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de
um nível para o outro.

Para a elaboração deste trabalho, usou se a metodologia de consulta Bibliográfica, e esta


estrututurado da seguinte maneira: introdução, desenvolvimento, conclusão e referências
bibliográficas

Tem como objectivo, caracterizar a pesrsonalidade segundo Ssigmnd Freud.

Abordagens da personalidade
Existem duas grandes vias de abordagem no que se retoma ao estudo da personalidade, sendo
estas a abordagem ideográfica e a nomotética.

No que concerne à abordagem ideográfica, considera o indivídio como uma pessoa inteira e
única, cujo processo consiste na concetração de um indivídio e na observação das suas
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características em diversas situações como acontece por exemplo nos estudos de caso. Ao
passo que a abordagem nomotéctica faz referência a procura de regras que possam ser
aplicadas a vários indivídios, onde neste caso se estuda as características de um vasto número
de indfivídios comparando os entre si (Hansenne, 2003)

Um dos campos de estudo mais importantes da psicologia e da psicanálise é a personalidade


humana. O conceito de personalidade humana diz que a mesma pode ser definida como o
conjunto de características mentais que formam parte de um indivíduo e o diferenciam dos
demais. A personalidade é uma construção muito difícil de analisar, uma vez que apenas pode
ser inferida através do comportamento das pessoas. É por isso que, hoje em dia, muitas
investigações estão centradas em estudar esta parte tão importante da nossa psique.

Formação da personalidade humana

Sigmund Freud descreveu numerosos modelos e tipos de personalidade, modelos esses que
interagem constantemente entre eles e se complementam a nível teórico. Os dois modelos
descritos nesse artigo são apenas uma pequena parte de toda as teorias da personalidade
segundo Freud e devem ser entendidos como um processo de búsqueda da definição mais
ampla e absoluta que pode ser feita da psique humana.

Com o passar dos anos, a concepção da personalidade mudou radicalmente. O que no início
era um aspeto cheio de enigmas, definições individuais e extensas análises pessoais, hoje em
dia pode ser reduzido a algumas ideias estatísticas. Alguns especialistas proporcionaram
grandes teorias como as teorias de personalidade de Eysenck, Maslow com a sua pirâmide ou
Cattel com o seu famoso teste de 16 fatores.

No entanto, simplificar o a formação da personalidade humana a fatores e estatísticas é muito


redutor. Cada pessoa é única e não seria correto abreviar toda uma vida a um número ou a um
fator. É por isso que o exercício da psicologia deve ter em conta todas as perspetivas teóricas
para integrar o que beneficia mais cada paciente.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer


um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo
para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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Estrutura da Personalidade
As observações de Freud a respeito de seus pacientes revelaram uma série interminável de
conflitos e acordos psíquicos. A um instinto opunha-se outro; proibições sociais bloqueavam
pulsões biológicas e os modos de enfrentar situações freqüentemente chocavam-se uns com
os outros. Ele tentou ordenar este caos aparente propondo três componentes básicos
estruturais <te psique: o id, o ego e o superego.

O Id. O Id “contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está
presente na coristituição-acima de tudo, portanto, os instintos que se originam da organização
somática e que aqui (no id) encontrair uma primeira expressão psíquica, sob formas que nos
são desconhecidas (1940, livro 7, pp. 17-18 na ed. bras.). É a estrutura da personalidade
origini. básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo coir aos efeitos
do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se ct- senvolvam a partir do id, ele
próprio é amorfo, caótico e desorganizado. “. As leis lógicas do pensamento não se aplicam
ao id. . . . Impulsos contrários existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um
diminua o outro” (1933, livro 28, p. 94 na ed. bras.).

0 id é o reservatório de energia de :oda a personalidade. 0 id pode ser associado a um rei cego


cujo poder e autoridade são totais e cerceadores, mas que depende de outros para distribuir e
usar de modo adequado o seu poder.

Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que
nunca se tornaram conscientes, assim como o material que fai considerado inaceitável pela
consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas
sombras do id, é mesmo üsim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Freud
acentuou o fato de que materiais esquecidos conservam o poder de agir com a mesma
intensidade mas sem controle consciente.

O Ego. 0 ego é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa.
Desenvolve-se a partir do id, à medida que o bebê toma-se cônscio de sua própria identidade,
para atender e aplacar as constantes exigências do id. Como a casca de uma árvore, ele
protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto.
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Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. Freud descreve suas
várias funções em relação com o mundo externo e com o mundo interno, cujas necessidades
procura satisfazer.

São estas as principais características do ego: em conseqüência da conexão preestabelecida


entre a percepção sensorial e a ação muscular, o ego tem sob seu comando o movimento
voluntário. Ele tem a tarefa de autopreservação. Com referencia aos acontecimentos
externos desempenha essa missão dando-se conta dos estímulos externos, armazenando
experiências sobre eles (na memória), evitando estímulos excessivamente internos
(mediante a fuga), lidando com estímulos moderados (através da adaptação) e, finalmente,
aprendendo a produzir modificações convenientes no mundo externo, em seu próprio
benefício (através da atividade). Com referência aos acontecimentos internos, cm relação
ao id, ele desetn- penha essa missão obtendo controle sobre as exigências dos instintos,
decidindo se elas devem ou não ser satisfeitas, adiando essa satisfação para ocasiões e
circunstâncias favoráveis no mundo externo ou suprimindo inteiramente as suas
excitações. É dirigido, em sua atividade, pela consideração das tensões produzidas pelos
estímulos; despejam estas tensões nele presentes ou são nele introduzidas. A elevação
dessas tensões é, em geral, sentida como desprazer e o seu abaixamento como prazer.... O
ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer (1940, livro 7, pp. 18-19 na ed. bras.).

Segundo Freud, o id é a parte instintiva de nossa natureza, representa os processos primitivos


do pensamento e constitui o reservatório das pulsões; dessa forma, toda energia envolvida na
atividade humana seria advinda do id.

Inicialmente, considerou que todas essas pulsões seriam ou de origem sexual, ou que
atuariam no sentido de autopreservação. Posteriormente, introduziu o conceito das pulsões de
morte, que atuariam no sentido contrário ao das pulsões de agregação e preservação da vida.
O id é responsável pelas demandas mais primitivas e perversas.

O ego atua como um mediador dentro da estrutura da personalidade humana, alternando


nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. E a instância na qual se
inclui a consciência. Um eu saudável proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e
interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja cômoda para o id e o superego.

O superego, a parte que contra age ao id, representa os pensamentos morais e éticos da
sociedade que são internalizados pelo indivíduo. O superego se desenvolve mais ou menos na
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época em que a criança resolve o complexo de Édipo e começa a se identificar com os pais e
suas expectativas e exigências.

Dinâmica da personalidade
Freud considerava que a personalidade já estava bem formada no final do quinto ano de vida
e que o desenvolvimento ulterior era essencialmente a elaboração dessa estrutura básica.
Conforme a psicanálise freudiana, a personalidade se desenvolve em resposta a quatro fontes
importantes de tensão:

1. Processos de crescimento fisiológico;

2. Frustrações

3. Conflitos;

4. Ameaças.

Como uma consequência direta do aumento das tensões provenientes dessas fontes, o
indivíduo é forçado a aprender novas formas de reduzir a tensão. Essa aprendizagem seria o
desenvolvimento da personalidade.

Desenvolvimento da personalidade segundo freud


1. Desenvolvimento Psicossexual

Freud acreditava que as pessoas nascem com impulsos biológicos que devem ser
redirecionados para tornar possível a vida em sociedade. Ele dividiu a personalidade em três
componentes hipotéticos: ID, EGO e SUPEREGO.

O ego é intermediário entre os impulsos do id e as demandas do superego.

Os recém-nascidos são governados pelo id, que opera sob o principio do prazer – o impulso
que busca satisfação imediata de suas necessidades e desejos.

Quando a gratificação é adiada, como acontece quando os bebês precisam esperar para serem
alimentados, eles começam a ver a si próprios, como separados dos mundo externo.
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O ego, que representa a razão, desenvolve-se gradualmente durante o primeiro ano de vida e
opera sob o principio da realidade. O objetivo do ego é encontrar maneiras realistas de
gratificar o id.

O superego se desenvolve por volta dos 5 ou 6 anos, este inclui a consciência e incorpora
“deveres” e “proibições” socialmente aprovados ao próprio sistema de valores da criança. O
superego é altamente exigente e se os seus padrões não forem satisfeitos, a criança pode se
sentir culpada ou ansiosa.

Para Freud a personalidade forma-se através dos conflitos inconscientes da infância entre os
impulsos inatos do id e as exigências da sociedade.

Esses conflitos ocorrem em uma seqüência invariável de 5 fases baseadas na maturação, em


que o prazer se desloca de uma zona corporal para outra – da boca ao ânus e depois para os
genitais.

Segundo Freud (1964 cit in Hansenne, 2003), existem 5 fases no desenvolvimento da


personalidade sendo estas a oral, a anal, a fálica, o período de latência e a fase genital.
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Erik Erikson: Desenvolvimento Psicossocial


Erik Erikson fez parte do círculo de Freud, e modificou e ampliou a teoria freudiana,
enfatizando a influência da sociedade no desenvolvimento da personalidade.

Freud sustentava que as primeiras experiência na infância moldavam a personalidade, já


Erikson afirmava que o desenvolvimento do ego se estendia pela vida toda. A teoria do
desenvolvimento psicossocial abrange os oito estágios ao longo do ciclo da vida.

Carl G. Jung

Carl Gustav Jung nasceu em 1875 e morreu em 1961.

Foi um discípulo de Freud.

Jung fundou uma escola de psicoterapia e psicologia que ele denominou psicologia
analítica.

Os Modelos de Estagio Normativo

Freud não viu razão na psicoterapia para pessoas acima de cinqüenta anos, porque ele
acreditava que a personalidade já estava permanentemente formada nessa idade.

Carl G. Jung e Erik Erikson, dois teóricos do estagio normativo, possuem trabalhos que
fornecem uma estrutura de referência para a maior parte da pesquisa e da teoria do
desenvolvimento da meia-idade.

Individualização e transcendência

Jung sustentava que o desenvolvimento saudável da meiaidade busca a individualização,


onde ocorre a emersão de seu eu verdadeiro por meio do equilíbrio ou integração das
partes conflitantes da personalidade, incluindo as que foram anteriormente
negligenciadas.

Teorias da personalidade
São várias as teorias da personalidade, a saber: Perspectiva Psicanalítica, Perspectiva
Neo – analítica, Perspectiva Humanista, Perspectiva de aprendizagem, Perspectiva
cognitiva, perspectivas das Disposiçoes, Perspectiva Psicobiológica, mas como este
trabalho fala da Personalidade segundo Sigmund Freud, destacarei apenas a primeira
teoria (Perspectiva Psicanalítica).
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Nesta teoria, cujo autor é Freud, os elementos mais importantes desta teoria são: a
personalidade é um conjunto dinâmico constituído por componentes em conflito,
dominadas por forças incoscientes e a sexualidade tem um papel crucial nesta teeoria.
Refere também a existência da primeira tópica e da segnda tópica sendo o icosciente, o
pré – consciente, consciente e o Eu, Id, Supereu, respectivamente.

Conclusão
Segundo Freud, a estrutura da personalidade é formada por três instâncias, o id, o ego e o
superego. De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam
em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e
impulsos de um nível para o outro. O id é o sistema original da personalidade, a matriz o
qual se originam o ego e o superego. O id é o reservatório inconsciente das pulsões, as
quais estão sempre ativas. Ele está diretamente relacionado à satisfação das necessidades
corporais. Para Freud, ele age de acordo com o princípio do prazer. O id não tolera
aumentos de energia, que são experienciados como estados de tensão desconfortáveis
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Referências Bibliográficas
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futuro de uma ilusão ; O mal-estar na civilização ; Esboço de psicanálise. São
Paulo: Abril Cultural, 1978.
2. FREUD, S. Novas conferências introdutórias sobre psicanálise e outros
trabalhos. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund
Freud. Livro 22. Rio de Janeiro: Imago, 2016.
3. FREUD, S. O Ego e o Id. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas
de Sigmund Freud. Livro. 19. Rio de Janeiro: Imago, 2016. FREUD, S. Primeiras
Publicações Psicanalíticas. Edição standard brasileira das obras psicológicas
completas de Sigmund Freud. Livro 3. Rio de Janeiro: Imago, 2016.
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Freud e critica da sua applicabilidade a educação. São Paulo: Melhoramentos de
S. Paulo, [19-].
5. KAPLAN, Harol; SADOCK, Benjamin. Compêndio de Psiquiatria dinâmica. 3a
ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1984. MONTANHINI, Nadia Regina Quilici. A
Street Car Named Desire, de Tennessee Williams: A Caracterização da
Personagem Blande Dubois. Araras: UNAR, 2009.
6. KUHN. T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1997.
7. KUPFER, M.C.M. Freud e a educação :o mestre do impossível. São Paulo:
Scipione, 1995
8. LOURENÇO F. M. B. Introdução ao estudo da escola nova. São Paulo:
Melhoramentos, 1963.
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menagerie and Lord Byron's Love letter. Amman: Faculty of Graduate studies
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10. MAUCO, G. Psychanalyse et education. Paris : Aubier-Montaigne, 1968.


11. NEILLl, A. S. Liberdade sem mêdo :Summerhill : radical transformação na
teoria e na prática da edu-cação. São Paulo: IBRASA, 1968.

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