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Introdução a Psicologia
Tema:
Personalidade
Constituintes do Grupo 5:
Anacleto Tamele
Demácia C. Djedje
Esperança B. Nhanombe
Halima Cumbe
Manuel R. Razão
Merson M. Matlombe
Shélcia P. Nhaul
O Docente:
Mestre Alfredo Fernando
Machava
2023
Anacleto Tamele
Demácia C. Djedje
Esperança B. Nhanombe
Halima Cumbe
Manuel R. Razão
Merson M. Matlombe
Shélcia P. Nhaul
Introdução a Psicologia
Tema:
Personalidade
O Docente:
Mestre Alfredo Fernando
Machava
2023
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
1. PERSONALIDADE: Um olhar para o conceito, estrutura e factores influenciadores
……………………………………………………………………………………... 2
1.1. Conceito de personalidade ................................................................................. 2
1.2. Estrutura da personalidade segundo Freud ........................................................ 2
1.2.1. Id..................................................................................................................... 3
1.2.2. Ego ................................................................................................................. 3
1.2.3. Superego ......................................................................................................... 4
1.3. Níveis das estruturas da personalidade .............................................................. 5
1.4. Actividades da personalidade ............................................................................ 5
1.5. Necessidades e níveis de necessidades .............................................................. 5
CONCLUSÃO .................................................................................................................. 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 11
INTRODUÇÃO
Psicologia da Personalidade procura explicar a consistência e a mudança no
comportamento das pessoas ao longo do tempo e os traços que distinguem umas pessoas
das outras quando confrontadas com a mesma situação. Assim, o termo personalidade
reveste-se de alguma ambiguidade e mal-entendidos. Quando na linguagem comum,
alguém diz que uma pessoa ele(a) tem personalidade, não está a utilizar o mesmo
significado e o mesmo conceito usados em Psicologia. Na própria psicologia,
personalidade significa diferentes coisas, em função da perspectiva teórica em que cada
autor se coloca.
Objectivos
Metodologia
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1. PERSONALIDADE: Um olhar para o conceito, estrutura e factores
influenciadores
Neste sentido Pestana & Páscoa (1995) entendem por personalidade ao conjunto
estruturado das características inatas (herdadas), das aquisições do meio (sociocultural),
e da história das experiências vividas (desenvolvimento) que organizam e determinam o
comportamento do indivíduo.
Por seu turno, Rebollo & Harris (2006) consideram que a palavra personalidade diz
respeito a padrões de comportamento e atitudes que são típicas de um determinado
indivíduo, de forma que os traços de personalidade difeririam de um indivíduo para
outro, sendo, entretanto, relativamente constantes em cada pessoa e estáveis (Rebollo &
Harris, 2006). Nesse sentido Allport (1966 citado por Rebollo & Harris, 2006)
caracteriza a personalidade como "a organização dinâmica, no indivíduo, dos sistemas
psicofísicos que determinam seu comportamento e seus pensamentos característicos"
(p. 50).
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presente trabalho iremos abordar a estrutura da personalidade de acordo com Freud.
Abrunhosa & Leitão (1981) e Rebollo & Harris (2006) as observações de Freud a
respeito de seus pacientes revelaram uma serie interminável de conflitos e acordos
psíquicos. A um instinto opunha-se outro; proibições sociais bloqueavam pulsões
biológicas e os modos de enfrentar situações frequentemente chocavam-se uns com os
outros. Ele tentou ordenar este caos aparente propondo três componentes básicos
estruturais da psique: o id, o ego e o superego.
1.2.1. Id
O Id contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está
presente na constituição – acima de tudo, portanto, os instintos que se originam da
organização somática e que aqui (no id) encontram uma primeira expressão psíquica,
sob formas que nos são desconhecidas". É a estrutura da personalidade original, básica e
mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e
do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele
próprio é amorfo, caótico e desorganizado. "As leis lógicas do pensamento não se
aplicam ao id. Impulsos contrários existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou
sem que um diminua o outro (Abrunhosa & Leitão, 1981).
1.2.2. Ego
De acordo com Abrunhosa & Leitão (1981) o ego é a parte do aparelho psíquico que
está em contacto com a realidade externa. Desenvolve-se a partir do id, à medida que o
bebé toma-se cônscio de sua própria identidade, para atender e aplacar as constantes
exigências do id. Segundo estes autores, o ego é como a casca de uma árvore, ele
protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto, com a tarefa de garantir a
saúde, segurança e sanidade da personalidade.
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As principais características do ego: (i) em consequência da conexão preestabelecida
entre a percepção sensorial e a acção muscular, o ego tem sob seu comando o
movimento voluntário; (ii) Ele tem a tarefa de auto-preservação, com referência aos
acontecimentos externos desempenha essa missão dando-se conta dos estímulos
externos, armazenando experiências sobre eles (na memória), evitando estímulos
excessivamente internos (mediante a fuga), lidando com estímulos moderados (através
da adaptação) e, finalmente, aprendendo a produzir modificações convenientes no
mundo externo, em seu próprio benefício (através da actividade); (iii) Com referência
aos acontecimentos internos, em relação ao id, ele desempenha essa missão obtendo
controle sobre as exigências dos instintos, decidindo se elas devem ou não ser
satisfeitas, adiando essa satisfação para ocasiões e circunstâncias favoráveis no mundo
externo ou suprimindo inteiramente as suas excitações (Abrunhosa & Leitão, 1981).
Portanto, o ego é dirigido, em sua actividade, pela consideração das tensões produzidas
pêlos estímulos; despejam estas tensões neles presentes ou são nele introduzidas. A
elevação dessas tensões é, em geral, sentida como desprazer e o seu abaixamento como
prazer. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. Assim, o ego é
originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e
aumentar o prazer. Contudo, para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou
regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos
imediatas e mais realistas.
1.2.3. Superego
Parafraseando Abrunhosa & Leitão (1981) o superego actua como um juiz ou censor
sobre as actividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos
de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud
descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais;
Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a
actividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes
são indirectas, aparecendo como compulsões ou proibições. Aquele que sofre (de
compulsões e proibições) comporta-se como se estivesse dominado por um sentimento
de culpa, do qual, entretanto, nada sabe.
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que também está envolvido na satisfação das necessidades. A formação de ideais está
ligada ao desenvolvimento do próprio superego. Ele não é, como se supõe às vezes, uma
identificação com um dos pais ou mesmo com seus comportamentos.
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substituída pela seguinte mais forte na hierarquia, na medida em que começa a ser
satisfeita. Assim, por ordem decrescente de premência, as necessidades estão
classificadas em: fisiológicas, segurança, afiliação, auto-estima e auto-realização,
conforme podemos observar na figura a seguir:
Figura 1:
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c) Necessidades sociais – são necessidades de manter relações humanas com
harmonia: sentir-se parte de um grupo, ser membro de um clube, receber carinho
e afecto dos familiares, amigos e pessoas do sexo oposto;
d) Necessidades de estima – existem dois tipos: o reconhecimento das nossas
capacidades por nós mesmos e o reconhecimento dos outros da nossa capacidade
de adequação. Em geral é a necessidade de sentir-se digno, respeitado por si e
pelos outros, com prestígio e reconhecimento, poder, orgulho etc. Incluem-se
também as necessidades de auto-estima;
e) Necessidades de auto-realização pessoal – também conhecidas como
necessidades de crescimento. Incluem a realização, aproveitar todo o potencial
próprio, ser aquilo que se pode ser, fazer o que a pessoa gosta e é capaz de
conseguir. Relaciona-se com as necessidades de estima: a autonomia, a
independência e o autocontrole.
Olhando para esta hierarquia das necessidades, Andrade (2017) corrobora a teoria de
Maslow ao analisar que o comportamento motivacional das pessoas é demonstrado
pelas necessidades humanas que cada indivíduo possui ou realiza em determinadas
acções. E para que disponha de qualquer acção é necessário algum estímulo para início
do ciclo motivacional, sendo ele do próprio ser ou de seu meio externo. Para a autora a
não realização do ciclo motivacional causará ao indivíduo frustração momentânea
mudando o seu comportamento e as suas atitudes, daí a motivação é uma condição
cíclica e constante na vida pessoal do indivíduo.
Nesta linha de pensamento, Maximiano (2008) afirma que, de acordo com a teoria de
Maslow, as pessoas tendem a progredir ao longo das necessidades, buscando atender
uma após outra e orientando-se para a auto-realização. Essas necessidades estão assim
hierarquizadas, o que não significa dizer que em sua actuação, o individuo caminhe
linearmente para a satisfação delas, inexistem estágios definitivos a serem atingidos, as
necessidades alternam-se de acordo com a vivência do indivíduo e as mudanças e
experiências que ele enfrenta em seu cotidiano. As necessidades fundamentais vêm a
tona e, após serem satisfeitas, as necessidades mais complexas voltam a se apresentar.
Outrossim, Braço (2010) considera que existem alguns aspectos a se considerar sobre a
hierarquia de necessidades de Maslow, que enumeramos a seguir:
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a) Para alcançar uma nova etapa, a anterior deve estar satisfeita, ao menos
parcialmente. Isto se dá uma vez que, quando uma etapa está satisfeita ela deixa
de ser o elemento motivador do comportamento do ser, fazendo com que outra
necessidade tenha destaque como motivação;
b) Os 4 primeiros níveis destas necessidades podem ser satisfeitos por aspectos
extrínsecos (externos) ao ser humano, e não apenas por sua vontade;
c) A necessidade de auto realização nunca é saciada, ou seja, quanto mais se sacia,
mais a necessidade aumenta;
d) Acredita-se que as necessidades fisiológicas já nascem com o indivíduo. As
outras mostradas no esquema acima se adquirem com o tempo;
e) As necessidades primárias, ou básicas, se satisfazem mais rapidamente que as
necessidades secundárias, ou superiores;
f) O indivíduo será sempre motivado pelas necessidades que se apresentarem mais
importantes para ele.
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CONCLUSÃO
“Personalidade, sua estrutura, bem como das necessidades e seus níveis”, foi o tema
abordado ao longo do presente trabalho, do qual tecemos as seguintes considerações
finais:
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em sociedade de forma amigável. Após ter alcançado esses níveis, avança-se para o
próximo, o reconhecimento social, desejo de estar numa determinada posição e assim a
auto-estima manter-se elevada. O quinto nível dessa pirâmide é o da auto-realização,
quando o indivíduo consegue realizar-se, sendo uma necessidade intrínseca a pessoa.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Abrunhosa, M.A. & Leitão, M. (1981). Psicologia B. Lisboa: Asa.
Cardoso, A., Frois, A. & Fachada, O. (1993). Rumos da Psicologia. Lisboa: Rumo.
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