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Resumo: O ano de 2015 marca os 1600 anos da morte da cientista e filósofa negra, Hipácia de
Alexandria. Hipácia cometeu um suposto erro no mundo patriarcal de seu contexto, tanto em nível
político como religioso: pensar por conta própria e ser formadora de pensamento. Ela tornou-se
alvo de cristãos fundamentalistas pelo fato de não aceitar converter-se ao cristianismo, sendo
morta sob a acusação de ser herege, de ir contra os costumes morais e desviar-se daquilo que
cabia a uma boa mulher temente a Deus. O texto busca, por um lado, denunciar o patriarcalismo
histórico-cultural e religioso que confisca os corpos e o conhecimento das mulheres com violência,
santificando os pais da igreja, como Cirilo de Alexandria, e por outro, apresenta Hipácia como
símbolo de liberdade de pensamento e de escolha, de resistência e luta pela superação da
violência contra as mulheres.
Abstract: The year 2015 marks the 1600th anniversary of the death of scientist and black
philosopher, Hypatia of Alexandria. Hypatia made a supposed error in the patriarchal world of her
context, both at the political and religious level: to think on her own and to be a thought builder.
She became the target of fundamentalist Christians because she did not accept to convert to
Christianity, being killed on charges of being a heretic, to go against the morals and deviate from
what it was up to a good faithful woman. The text seeks on one hand, to report historical-cultural
and religious patriarchy that confiscates women’s bodies and knowledge with violence, sanctifying
the church fathers, as Cyril of Alexandria, and on the other hand, it presents Hypatia as a symbol
of freedom of thought and choice, of resistance and struggle to overcome violence against women.
Keywords: Hypatia. Women and Philosophy. Religious Freedom. Ancient History. Secular State.
*
Mestre e doutora em Teologia pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdades EST, onde atuou como docente no
período de 2002 a 2010. É especialista em Gestão de Políticas Públicas em Direitos Humanos, pela Escola Nacional
de Administração Pública/ENAP. Foi Assessora de Direitos Humanos e Diversidade Religiosa da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República (2011-2014). É Analista do Seguro Social e atua no Centro de
Formação e Capacitação do INSS, em Brasília, na área de Educação a Distância. É integrante do Núcleo de Pesquisa
de Gênero e Religião da Faculdades EST, realizando pesquisa na área de filosofia intercultural e interculturalidade.
E-mail: marga_stroher@yahoo.com.br
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Hipácia (ou Hipátia pela transliteração do grego ΙΥΠΑΤΙΑ) nasceu em torno de 355 EC,
em Alexandria, no norte do Egito, cidade fundada em 331 a.EC pelo monarca grego Alexandre, o
Grande. Não há registros sobre sua mãe, o que é quase uma normalidade no relato patriarcal,
mas sabe-se que era filha de Theon de Alexandria, um matemático famoso e autor de várias
obras. Theon, que era professor no Museu de Alexandria, foi tutor e professor de Hipácia. Hipácia
é uma mulher negra, não apenas pelo seu nascimento em território egípcio, mas por registros
iconográficos da época;1 contudo, a representação ocidentalizada da mesma a partir da Idade
Média é de uma mulher branca.2
1
Era comum entre os gregos, como em alguns outros povos, retratar os mortos na tampa dos ataúdes e o de
Hipácia é indubitavelmente o retrato de uma mulher negra.
2
Exemplo do afresco A Escola de Atenas, de Rafael de Sânzio (Séc. XVI) e a pintura de Charles William Mitchell
(1885).
3
EUZÉBIO, Rodrigo. Hipácia de Alexandria e a história de uma tragédia. Causarum Cognitio – Ensaios sobre ciência,
filosofia e cultura. Disponível em: <http://causarum-cognitio.blogspot.com.br/2009/08/hipacia-de-alexandria-
historia-de-uma.html>. Acesso em: 20 de mar. 2010.
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Hipácia renunciou as propostas de casamento, pois entendia que o seu corpo deveria ser
da sua exclusiva propriedade e não queria comprometer sua atividade intelectual. Para um dos
pretendentes, teve uma atitude inesperada e com certeza causou espanto: “atirou-lhe um lenço
manchado com o sangue da sua menstruação e perguntou-lhe se era aquilo que ele queria
desposar”.6 A filósofa dizia estar casada com a verdade e dedicava sua vida à pesquisa e ao
ensino na escola do museu de Alexandria. E se destacava em diversas áreas do conhecimento,
tornando-se a primeira astrônoma e a primeira grande matemática. Carl Sagan destaca sua
extraordinária amplitude de conhecimentos: “A última cientista a trabalhar na Biblioteca foi uma
astrônoma, matemática, física e a líder da escola neoplatônica de filosofia - uma gama
extraordinária de instrução para um indivíduo em qualquer idade. Seu nome era Hipácia.”7
4
LIMA, Vânia. Hipatia de Alexandria. Disponível em: <http://www.vanialima.blog.br/2014/01/hipatia-de-
alexandria.html>. Acesso em: 28 fev. 2015.
5
SAGAN, Carl. Cosmos. Lisboa: Gradiva, 2009. p. 335. Disponível em: <http://podpensar.livrespensadores.net/wp-
content/downloads/cosmos_de_carl_sagan.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2014.
6
LOBATO, João Pedro. Hypatia. Uma cientista num mundo de homens. Disponível em:
<http://obviousmag.org/archives/2011/05/hypatia_uma_cientista_num_mundo_de_homens.html>. Acesso em:
28 fev. 2015.
7
SAGAN, 2009, p. 335.
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A teoria geocêntrica defendida por Cláudio Ptolomeu (o grego) e aceita na época pela
ciência e pela igreja era questionada por Hipácia, cujos pensamentos e experimentos
estabeleceram as bases da teoria formulada por Nicolau Copérnico séculos depois, qual seja, a
teoria heliocêntrica.
Sua atuação como cientista e filósofa era conhecida e reconhecida no mundo da ciência
da época. Sócrates, o Escolástico, em sua História Eclesiástica, assim se manifesta acerca de
Hipácia:
Havia em Alexandria uma mulher chamada Hipácia, filha do filósofo Theon, que
fez tantas realizações em literatura e ciência que ultrapassou todos os filósofos de
seu tempo. Tendo progredido na escola de Platão e Plotino, ela explicava os
princípios da filosofia a quem a ouvisse, e muitos vinham de longe para receber
8
seus ensinamentos.
Evidentemente, não temos acesso à grande parte de sua obra pela dificuldade das
fontes. Como aponta Kathleen Wider,9 há dificuldade de encontrar fontes adequadas, que não
sejam sexistas e nem distorçam a visão sobre as mulheres da história, até porque muito de seus
registros foram destruídos. Mas a vida de Hipácia se tornou conhecida por meio de cartas e
relatos de seus discípulos e admiradores, como é o caso de seu aluno e discípulo Hesiquio, o
hebreu:
Vestida com o manto dos filósofos, abrindo caminho no meio da cidade, explicava
publicamente os escritos de Platão e de Aristóteles, ou de qualquer outro filósofo a
todos os que quisessem ouvi-la. Os magistrados costumavam consultá-la em
10
primeiro lugar para administração dos assuntos da cidade.
8
SÓCRATES apud MOTA, Silvia. Hypatia de Alexandria: A mulher cientista do mundo antigo. Disponível em:
<http://www.recantodasletras.com.br/biografias/3543836>. Acesso em: 28 Jun. 2015.
9
WIDER, Kathleen. Women Philosophers in the Ancient Greek World: Donning the Mantle. In: Hypatia. A Journal of
Feminist Philosophy, v. 1, n. 1, março de 1986, p. 21-62. A parte sobre Hipácia encontra-se nas páginas 52-58.
Disponível em: http://www.readcube.com/articles/10.1111%2Fj.1527-
2001.1986.tb00521.x?r3_referer=wol&tracking_action=preview_click&show_checkout=1&purchase_referrer=onli
nelibrary.wiley.com&purchase_site_license=LICENSE_DENIED_NO_CUSTOMER. Acesso em: 27 fev. 2015.
10
FEITOSA, Elisa Geralda; MIRANDA, Francisco Alves de; NEVES, Wilson da Silva. Filosofia: alguns de seus caminhos
no Ocidente. São Paulo: Baraúna, 2014, p. 199.
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adicionais sobre a vida de Hipácia e seus feitos como cientista e professora. Assim, sabemos de
registros da época, a exemplo de Sinésio (de Cirene – 370-413 EC), um notável filósofo que
tornara-se bispo de Cirene, que foi seu aluno e mantinha correspondência com Hipácia pedindo-
lhe conselhos sobre o seu trabalho. Em um trecho de suas cartas ele se manifesta de uma
maneira afetuosa:
Meu coração deseja a presença de vosso divino espírito que mais do que tudo
poderia adoçar a minha amarga sorte. Oh minha mãe, irmã, mestre e benfeitora
minha! Minha alma está triste. Mata-me a lembrança de meus filhos perdidos...
Quando receber notícias vossas e souber, como espero, que estás mais feliz do
11
que eu, aliviar-me-ão pelo menos a metade de minhas dores.
Hipácia cometeu um suposto erro no mundo patriarcal de seu contexto, tanto em nível
político como religioso: pensar por conta própria e ser formadora de pensamento. Se, por um lado,
Alexandria era um centro multicultural e de livre expressão, no tempo de Hipácia, a cidade
encontrava-se em meio a disputas entre a igreja cristã imperial, que tentava se apoderar de
centros importantes e ampliava seus domínios e seu poder sob os auspícios do Império Romano a
partir de Constantino (350 E.C.),13 e as diferentes correntes filosóficas que confrontavam as
doutrinas da nova religião. E ao lado, as diversas religiões não cristãs perdiam espaço frente à
hegemonia do cristianismo. Cirilo, homem ávido pelo poder, prepotente e intolerante, tornou-se o
novo Patriarca de Alexandria. Sob seu patriarcado aumentam as hostilidades e inicia a
perseguição a judeus e outros grupos não cristãos. E somado a isto, crescia a oposição entre o
11
SINÉSIO apud MOTA, Silvia.Hypatia de Alexandria: A mulher cientista do mundo antigo. Disponível em:
<http://www.recantodasletras.com.br/biografias/3543836>. Acesso em: 28 Jun. 2015.
12
SILVA, Clayton Garcia da, 2011. HIPÁCIA: a última grande cientista de Alexandria. Disponível em:
<http://stoa.usp.br/claytongds/forum/99149.html>. Acesso em: 05 de mar. 2015.
13
Com Constantino (Edito de Milão, de 313 E.C.) o cristianismo passa da condição de religião tolerada pelo Império
romano para o status de religião oficial do Império (com Teodósio - Edito de 380 E.C ) e isto reflete na mudança
radical das relações entre a Igreja e o poder político imperial. Em 392 E.C., todas as religiões não cristãs são
declaradas proscritas.
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poder civil do prefeito Orestes e o poder religioso de Cirilo, pois o bispo tentava submeter o
prefeito à sua autoridade eclesiástica.
A Alexandria da época de Hipácia, então sob o domínio romano, era uma cidade
sob grande tensão. A escravidão tinha minado a civilização clássica na sua
vitalidade. A Igreja Cristã em expansão consolidava seu poder e tentava erradicar
a influência e cultura pagãs. Hipácia permaneceu no epicentro destas poderosas
forças sociais. Cirilo, patriarca de Alexandria, desprezou-a pela sua amizade
íntima com o governador [prefeito] romano e por ser ela um símbolo do saber e da
14
ciência, que eram identificados no início da Igreja com o paganismo.
Hipácia decide, então, usar sua influência para combater o crescente poder dos cristãos
intolerantes junto a Orestes, o prefeito da cidade, que fora seu aluno e era um cristão convertido
moderado e a tinha como mentora, buscando conselhos sobre questões políticas e de ciência.
Houve tentativa de conversão de Hipácia através de cartas de cristãos, inclusive de Sinésio de
Cirene que buscava convencê-la a fazer um alinhamento de seu pensamento filosófico ao
pensamento cristão. Mas Hipácia não quis se converter ao cristianismo. E uma resposta quando
teria sido questionada sobre sua conversão mostraria a radicalidade de sua filosofia: "Você não
pode questionar sua fé; eu devo!"
Assim, ela foi acusada em praça pública de ir contra os costumes morais e desviar-se
daquilo que devia ser uma boa mulher temente a Deus e acusada de ser herege e bruxa. Assim,
facilmente tornou-se alvo dos cristãos fundamentalistas instigados por Cirilo. Mesmo assim ela
não desistiu, defendendo a liberdade de pensamento e de religião e de que o conhecimento
deveria ser acessível a todas as pessoas. Ela continuou seus ensinos e pesquisas no Museu.
Com grande perigo pessoal, ela continuou a ensinar e a publicar, até que no ano
de 415 foi atacada por uma turba fanática de paroquianos de Cirilo. Tiraram-na de
sua charrete, rasgaram suas roupas e, armados com conchas, esfoliaram-na até
os ossos. Seus pertences foram queimados, seus trabalhos obliterados, seu nome
15
esquecido. Cirilo foi canonizado.
A tragédia de Hipácia foi ter vivido numa época de crescente hostilidade dos cristãos
dogmáticos em relação aos não cristãos, quaisquer que fossem. E assim, em 415, a ira dos
cristãos fundamentalistas se voltou contra ela. Quando regressava do Museu, foi assaltada na rua
pelos seguidores de Cirilo e lapidada, teve as roupas e cabelos arrancados e arrastada nua até a
igreja onde seu corpo foi torturado até a morte, sendo dilacerado com conchas afiadas de
ostra e depois esquartejado. As partes de seu corpo foram expostas na cidade e depois
queimadas em uma fogueira. O relato do historiador Edward Gibbon nos traz uma dimensão do
que foi esta morte cruel aplicada a Hipácia:
14
SAGAN, 2009, p. 335.
15
SAGAN, 2009, p. 335-336.
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Num dia fatal na estação sagrada de Lent, Hiácia foi arrancada de sua carruagem,
teve suas roupas rasgadas e foi arrastada nua para a igreja. Lá foi
desumanamente massacrada pelas mãos de Pedro, o Leitor e sua horda de
fanáticos selvagens. A carne foi esfolada de seus ossos com ostras afiadas e seus
16
membros ainda palpitantes, foram atirados às chamas.
E assim, em pouco tempo depois de sua morte a biblioteca é destruída e perde-se toda a
pesquisa de Hipácia, além das demais obras importantes do acervo da biblioteca. Como diz
Sagan:
A morte de Hipácia serviu de exemplo público para quem ousava desafiar a nova ordem
político-religiosa estabelecida do que viria a ser o Sacro Império Romano. Por outro lado, o Bispo
Cirilo de Alexandria foi considerado santo por ter perseguido judeus e não cristãos em Alexandria,
recebendo diversos títulos como “Santo”, “Doutor da Igreja”, “Pilar da Fé" e "Selo de todos os
Padres". E a intolerância religiosa se repete cotidianamente no contexto atual.
16
SILVA, 2011, online.
17
SAGAN, 2009, p. 336. Do que restou, de algumas obras são conhecidas apenas alguns títulos; na maioria nem os
títulos e autoras/autores são conhecidos; das 123 peças de Sófocles que estavam na Biblioteca, apenas sete se
salvaram. Uma delas é Édipo Rei. E pouco restou dos trabalhos de Ésquilo e Eurípides.
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Hipácia foi acusada de não ser uma boa mulher temente a Deus, que atentava contra os
costumes morais e de ser herege e bruxa, isto porque ousava pensar por si mesma e ser
formadora de pensamento. Ou seja, todas as gerações de mulheres que se seguiram receberam
as mesmas acusações, foram condenadas pelos mesmos supostos delitos e proscritas da história
e das decisões mais importantes da vida civil e religiosa por séculos.
Por isto que 2015 – quando se faz a memória dos 1600 anos de sua morte – é o Ano de
Hipácia pela Superação da Violência contra as Mulheres.
Referências
FEITOSA, Elisa Geralda; MIRANDA, Francisco Alves de; NEVES, Wilson da Silva. Filosofia:
alguns de seus caminhos no Ocidente. São Paulo: Baraúna, 2014.
LOBATO, João Pedro. Hypatia. Uma cientista num mundo de homens. Disponível em:
<http://obviousmag.org/archives/2011/05/hypatia_uma_cientista_num_mundo_de_homens.html>.
Acesso em: 28 fev. 2015.
18
Notícia encontrada em: https://rsamadrid.wordpress.com/2014/09/18/obispo-de-alcala-hay-que-quitarle-el-voto-
a-las-mujeres-porque-ultimamente-piensan-por-su-cuenta/. Acesso em 20 de maio de 2015. E isto não é delírio de
um bispo, pois de alguma forma aconteceu no Congresso Nacional, quando a Câmara de Deputados decidiu – em
junho de 2015 – não aprovar a política de cotas para mulheres para aumentar a bancada feminina que
atualmente ocupa menos de 10% das vagas.
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Disponível em: <http://periodicos.est.edu.br/index.php/genero>
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SILVA, Clayton Garcia da.HIPÁCIA: a última grande cientista de Alexandria. Post publicado em:
08 nov 2011. Disponível em: <http://stoa.usp.br/claytongds/forum/99149.html>. Acesso em: 05
mar. 2015.
SINÉSIO apud MOTA, Silvia. Hypatia de Alexandria: A mulher cientista do mundo antigo.
Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/biografias/3543836>. Acesso em: 28 Jun.
2015.
SÓCRATES apud MOTA, Silvia. Hypatia de Alexandria: A mulher cientista do mundo antigo.
Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/biografias/3543836>. Acesso em: 28 Jun.
2015.
WIDER, Kathleen. Women Philosophers in the Ancient Greek World: Donning the Mantle. In:
Hypatia. A Journal of Feminist Philosophy, v. 1, n. 1, março de 1986, p. 21-62. A parte sobre
Hipácia encontra-se nas páginas 52-58. Disponível em:
http://www.readcube.com/articles/10.1111%2Fj.1527-
2001.1986.tb00521.x?r3_referer=wol&tracking_action=preview_click&show_checkout=1&purchas
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Acesso em: 27 fev. 2015.