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Direção editorial: Agemir Bavaresco
Diagramação e capa: Lucas Fontella Margoni
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR
ISBN - 978-85-5696-050-4
CDD-100
Índices para catálogo sistemático:
1. Filosofia 100
APRESENTAÇÃO
O nascimento deste livro deu-se somente agora em
2016, porém sua idealização ocorreu desde meus primeiros
anos no curso de Graduação em Filosofia na PUCRS, cujo
ingresso aconteceu no segundo semestre de 2009.
A presença, ou melhor, a ausência das mulheres
dentro da filosofia sempre foi alvo de minha atenção e
questionamento. Antes mesmo de entrar no curso de
filosofia, já havia lido algo sobre a filósofa Hipátia de
Alexandria e tinha ficado maravilhada em saber da existência
de uma pensadora deste a Antiguidade. Contudo, não
esperava (na minha ingenuidade) encontrar no curso de
filosofia apenas o estudo e menção dos filósofos homens, e
principalmente o desconhecimento – por parte de alguns
colegas que já estavam finalizando o curso – sobre a presença
de filósofas na história do pensamento filosófico.
Ao longo da faculdade, na medida em que avançava
nas pesquisas e estudos sobre as mulheres na filosofia,
descobri algumas obras de Maria Luísa Ribeiro Ferreira, as
quais abordavam exatamente a presença das mulheres na
filosofia. A primeira obra que tive contato foi As mulheres na
filosofia (2009), onde já no início é problematizada a questão
do feminismo como filosofia, trazendo questões reflexivas
acerca da presença e pensamento das mulheres na filosofia.
Outra obra bastante importante, também desta mesma
autora, é O que os filósofos pensam sobre as mulheres (2010) onde
– como o próprio título elucida – trata de apresentar o modo
como alguns filósofos ocidentais pensaram e conceituaram a
mulher, mostrando também a contribuição de algumas
mulheres para a criação e aperfeiçoamento de teorias e
conceitos de filósofos renomados. Além destes dois livros,
há outros três que abordam esta temática, que são: As teias
que as mulheres tecem (2003); Também há mulheres filósofas (2001);
e Pensar no feminino (2001).
Estas obras mencionadas anteriormente são
resultados de um projeto coordenado pela Maria Luísa
Ribeiro Ferreira, professora associada da Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa. Tal projeto de
investigação, intitulado Filosofia no Feminino buscou tratar do
resgate das mulheres dentro da filosofia, como as próprias
obras nos mostram. Para Ferreira, o motivo de se trabalhar
uma filosofia no feminino surgiu quando ela estava participando
de um ciclo de conferência sobre filosofia em uma rádio e
alguém perguntou: “Por que será que não há mulheres
filósofas? Por que mulheres não fizeram (ou não fazem)
filosofia?”1 Assim, sentiu-se confrontada por tais perguntas
e verificando a inverdade das mesmas começou sua
investigação, resgatando o pensamento e a existência do
“feminino” na filosofia.
Foi a partir da minha experiência no curso de
filosofia, de alguns estudos sobre o tema e tendo as obras de
Ferreira como exemplo, que idealizei este livro. Porém,
diferentemente de Ferreira, sempre me interessei por este
tema e pensava com veemência em como poderia dar
visibilidade para as mulheres e em como poderia tirá-las do
ocultamento. No início pensei no título As mulheres na história
da filosofia, pois a intenção era mostrar a existência de
filósofas desde a Idade Antiga até a Idade Contemporânea.
Durante a organização mantive, por um bom tempo, este
título, mas depois ao refletir sobre alguns pontos, decidi que
Filósofas: a presença das mulheres na filosofia atingiria um dos
meus objetivos maiores que é o de falar em filósofas no
feminino. Penso que ao utilizarmos o termo filósofas estamos
iniciando uma mudança, ou seja, retirando a falsa ideia de
que a filosofia é composta apenas por filósofos. Devemos
buscar a utilização de termos que equiparem o homem e a
texto B3: tó gar autó noein te kai einai (“pois pensar é também
o mesmo que ser”).
Esta afirmação permite entrever uma evidência de
que já se pensava naquele período que a vida poderia ser
compreendida também pela perspectiva do pensamento e
não apenas através das aparências. Dito de outro modo,
podemos conceber que, já para aquele momento, a vida de
pensamento, em certo sentido, poderia sustentar-se na
realidade mediante, por exemplo, a recordação, a qual
constituiria um dos expedientes de conexão entre vida e
pensamento. É justamente o que encontramos no contexto
da obra de um dos maiores autores da poesia lírica do século
VII a.C.: Safo de Lesbos.
Considerações finais
Referências bibliográficas
Introdução
Conclusão
Referências bibliográficas
book%20apolodoro_%5Bdemostenes%5D_59_contra_ne
era.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2013.
Introdução
Conclusão
Referências bibliográficas
<http://forumonpublicpolicy.com/archivesum07/george
.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2016.
Disponível em:
<https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/633277.pdf
>. Acesso em: 10 jan. 2016.
1- Fontes históricas
Conclusões
Referências bibliográficas
http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Damascius.
Edla Eggert 2
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151209_obstacul
os_violencia_mulher_rm acessado em 02/09/2016. Nesta postagem
vemos os entraves que dificultam as denúncias e as punições contra os
agressores.
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7A regra de são Bento esclarece sobre a forma como o fiel deverá atentar
para receber as visões: [9] E, com os olhos abertos para a luz deífica,
ouçamos, ouvidos atentos, o que nos adverte a voz divina que clama
todos os dias: [10] "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não permitais que se
endureçam vossos corações" (Sl 94,8), [11] e de novo: "Quem tem
ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas". (p.19). Há um
chamado para que se ouça a voz divina: mas que o ouvinte esteja atento
de olhos abertos e que apure os sentidos a fim de melhor escutá-la.
JULIANA PACHECO (ORG.) | 93
Referências bibliográficas
BÍBLIA SAGRADA. 12. ed. São Paulo: Ed. Paulinas, 1984. 1408
p.
SITES:
Christine de Pisan.
Figura 2
Christine ofertando um dos seus livros para a Rainha Isabeau
da França, esposa de Carlos VI
FONTE: Collected Works (1407), British Library, MS Harley 4431, fol. BL,
MS Harley 4431, fol. 1r.
Figura 3
Detalhe da construção da Cidade das Damas
5A versão a que tive acesso foi uma edição fac-símile da obra publicada
em 1987 pela Biblioteca Nacional de Portugal, encontra-se em português
arcaico. Agradeço ao professor Dr. José Rivair Macedo o empréstimo da
obra para estudos. A obra é composta por 102 folhas ou fólios.
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Referências bibliográficas
Contexto histórico.
Vida pessoal.
O Legado de Olympe.
Referências:
O percurso psicanalítico
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Vida e Obra
Contexto Histórico
Família
Religião
Infância
Vida Adulta
Objetivismo
Realidade Objetiva
Razão
Egoísmo
Política
Feminismo
Considerações Finais
Referências bibliográficas
***
18Tradução nossa. No original: “If I can be said ‘to have come from
anywhere’, it is from the tradiction of German Philosophy.” In:
ARENDT, H. Letter to Gershom Scholem. In: The Jewish writings. Edited
204 | FILÓSOFAS: A PRESENÇA DAS MULHERES NA FILOSOFIA
***
Referências bibliográficas
ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução de Roberto
Raposo. Revisão técnica de Adriano Correia. 11.ed. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2010. 407p.
3 Para sabe mais, ler: BEAUVOIR (2000). Cartas a Nelson Algren. Um amor
transatlântico. 1947-1964.
240 | FILÓSOFAS: A PRESENÇA DAS MULHERES NA FILOSOFIA
Referências bibliográficas
5 Foppa, em linha.
258 | FILÓSOFAS: A PRESENÇA DAS MULHERES NA FILOSOFIA
Referências bibliográficas
O começo...
1 kempfaily@gmail.com
JULIANA PACHECO (ORG.) | 265
70’s
Capa do Livro Diante da dor dos outros, pintura feita por Goya retratando o terror
durante a invasão dos franceses na Espanha.
Referências bibliográficas
A Coisa
Cow's Skull with Calico Roses, 1931. The Art Institute of Chicago
(Disponível em: http://www.artic.edu/aic/collections/artwork/61428)
Fonte: www.kristeva.fr
308 | FILÓSOFAS: A PRESENÇA DAS MULHERES NA FILOSOFIA
Fonte: www.kristeva.fr
Referências bibliográficas
São Paulo. Gilda fez parte do grupo que em 1941 fundou a revista Clima,
onde publicou regularmente. Sob a orientação de Bastide, defendeu em
1950 a tese de doutorado A moda no século XIX, publicada dois anos
depois na Revista do Museu Paulista e, em edição modificada, em 1987,
com o título de O Espírito das Roupas. Casou-se em 1943 com seu
companheiro na Revista Clima e na Universidade, Antonio Candido de
Mello e Souza, com quem teve três filhas. Faleceu em 25 de dezembro
de 2005. Principais publicações: A moda no século XIX (1952); O Tupi
e o Alaude (1979); Exercícios de Leitura (1980); O Espírito das Roupas
(1987); e A ideia e o figurado (2005). Cf. Disponível em: <
http://agencia.fapesp.br/gilda_de_mello_e_souza_morre_aos_86_ano
s/4831/>. Acesso em 04 de setembro de 2015.
5 “Em 1961, a partir do Decreto de Lei n.4.024/61, a filosofia deixou de
ser obrigatória no ensino. Com o Decreto de Lei n.869/69,
regulamentado pelo Decreto n.68.065/71, essas disciplinas foram
substituídas pelas disciplinas de Educação Moral e Cívica e Ordem Social
e Política Brasileira (OSPB) [...]. Assim, no lugar antes ocupado pelas
disciplinas consideradas subversivas ao controle social, foi colocada uma
disciplina que tinha como objetivo uma educação que preparasse os
estudantes para o ingresso na sociedade, para o culto à pátria e para a
obediência às leis estabelecidas, sem que, para isso o aluno tivesse de
fazer críticas ou compreender a sociedade. Porém, é em outro momento
que a filosofia sofre seu maior golpe, com a Lei n.5.692/71, durante o
período de ditadura militar (de 1964 a 1982) que fez com que a Filosofia
e a Sociologia fossem sumariamente retiradas do currículo escolar”. Cf.
GELAMO, R. P. O ensino da filosofia no limiar da contemporaneidade:
O que faz o filósofo quando seu ofício é ser professor de filosofia? São
Paulo: Cultura Acadêmica, 2009, p. 41-42.
JULIANA PACHECO (ORG.) | 317
6 Uma obra bastante aclamada, como também muito criticada visto que
a mesma pretende ir na contramão de vários interpretes de Spinoza ao
defender que a imanência de Deus à natureza é condição necessária para
a existência dos seres individuais e para a sua liberdade.
318 | FILÓSOFAS: A PRESENÇA DAS MULHERES NA FILOSOFIA
Obras
Repressão Sexual
Conclusão
Referências bibliográficas
4 Disponível em:
http://rapefilosofia.blogspot.com.br/2015/07/texto-completo-de-
angela-davis.html.
JULIANA PACHECO (ORG.) | 337
Referências bibliográficas
15 Cabe observar, porém, que Young retoma essa distinção via Merleau-
Ponty e Simone de Beauvoir, e não através de sua fonte primeira, que
seria o trabalho de Husserl. Isso se deve, sobretudo, ao fato de que essas
questões foram desenvolvidas apenas no pensamento husserliano tardio,
que não era largamente estudado no contexto que Young desenvolve seu
trabalho.
16 Ver HUSSERL, Edmund. Ideen II, §36-40 e HUSSERL, Edmund.
Krisis, §28ss.
366 | FILÓSOFAS: A PRESENÇA DAS MULHERES NA FILOSOFIA
Considerações finais
23 YOUNG, Iris Marion. On female body experience:" Throwing like a girl" and
other essays, p. 9.
JULIANA PACHECO (ORG.) | 369
Bibliografia
Filósofa da performatividade?
Considerações finais
Referências bibliográficas