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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

LETRAS – INGLÊS

LUIZ FERNANDO SANTOS COSTA

GLOSSÁRIO DO LIVRO: “PEDAGOGIA DA AUTONOMIA” –


PAULO FREIRE

MACEIÓ
2022
GLOSSÁRIO

Ativismo: Para Freire, o ativismo consiste na tendência de o sectário apenas


agir, sem analisar os resultados de suas próprias ações. Pelo fato de sempre
querer impor a sua opinião, o sectário não respeita a opção dos outros. Nesse
sentido, para Freire, o ativista tem dificuldades de transcender aos mitos,
fixando-se nas meias-verdades e nos slogans.

Autonomia: Para Freire (1978), autonomia é uma tarefa fundamental no ato de


educar, ligada a outros princípios basilares da prática educativa, seria
fundamentalmente a autonomia do direito pessoal na construção de uma
sociedade democrática que a todos respeita e dignifica.
Boniteza: Esta dimensão, boniteza, faz parte para Paulo Freire, da concepção
da vida, bem como amorosidade, bem querer, amizade, solidariedade, utopia,
alegria, esperança e estética. A vida há que ser bonita, não só a vida do
indivíduo, mas a realização de um povo.
Cidadania: A cidadania em Freire é compreendida como apropriação da
realidade para nela atuar, participando conscientemente em favor da
emancipação. Para Freire, cidadão pode ser e deve ser o lavrador, a faxineira,
o assalariado, as mulheres do campo, da faxina, as que vivem do salário, as
funcionárias públicas. Todo ser humano pode e necessita ser consciente de
sua cidadania.
Discência / Docência: A idéia que sustenta a condição da discência/docência
situa-se na condição crítica do que é ensinar e do que é aprender, visto de
forma dicotômica. Para Freire, não existe ensinar sem aprender, e essa
percepção vai além da condição necessária de um professor com seus alunos.
Educação: Para Paulo Freire, não existe a educação, mas educações, ou seja,
formas diferentes de os seres humanos partirem do que são para o que
querem ser. Basicamente, as várias “educações” se resumem a duas: uma,
que ele chamou de “bancária”, que torna as pessoas menos humanas, porque
alienadas, dominadas e oprimidas; e outra, libertadora, que faz com que elas
deixem de ser o que são, para serem mais conscientes, mais livres e mais
humanas.
Globalização: Pode-se afirmar, sem sombra de dúvida, que Paulo Freire
considerou a Globalização muito mais como a elaboração ideológica
justificadora das ideias, concepções, projeções e aspirações, enfim, como
componente importante da burguesa, do que como fenômeno histórico
generalizado contemporâneo. Por isso, ele trata muito mais do “Globalismo”,
que é uma expressão contemporânea do pensamento burguês neoliberal, do
que dos fenômenos econômicos, sociais, políticos ou culturais que cobrem a
superfície do planeta.
Liderança: A liderança em Freire corresponde a uma dimensão processual de
aquisição de conhecimentos para contribuir na transformação da realidade
enfatizando a importância do ato educativo como produtor de lideranças.
Mito: O mito é a forma como um grupo social expressa sua própria atitude em
relação ao mundo ou como procura resolver os problemas de sua existência.
Ele expressa o modo como o ser humano se compreende em seu mundo, e o
que ele diz não é claramente demonstrável nem claramente concebível, mas
sempre é claro seu significado moral e religioso, ou seja, o que ele ensina
sobre conduta do homem em relação aos outros ou em relação à divindade. O
mito é um relato sobre as origens com a finalidade instauradora e ele diz como
nasceram as coisas, as instituições, as regras.
Racismo: O racismo, para Freire, está entre as manifestações dos discursos
fatalistas que resumem homens e mulheres em meras coisas.

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