Ativismo: Para Freire, o ativismo consiste na tendência de o sectário apenas
agir, sem analisar os resultados de suas próprias ações. Pelo fato de sempre querer impor a sua opinião, o sectário não respeita a opção dos outros. Nesse sentido, para Freire, o ativista tem dificuldades de transcender aos mitos, fixando-se nas meias-verdades e nos slogans.
Autonomia: Para Freire (1978), autonomia é uma tarefa fundamental no ato de
educar, ligada a outros princípios basilares da prática educativa, seria fundamentalmente a autonomia do direito pessoal na construção de uma sociedade democrática que a todos respeita e dignifica. Boniteza: Esta dimensão, boniteza, faz parte para Paulo Freire, da concepção da vida, bem como amorosidade, bem querer, amizade, solidariedade, utopia, alegria, esperança e estética. A vida há que ser bonita, não só a vida do indivíduo, mas a realização de um povo. Cidadania: A cidadania em Freire é compreendida como apropriação da realidade para nela atuar, participando conscientemente em favor da emancipação. Para Freire, cidadão pode ser e deve ser o lavrador, a faxineira, o assalariado, as mulheres do campo, da faxina, as que vivem do salário, as funcionárias públicas. Todo ser humano pode e necessita ser consciente de sua cidadania. Discência / Docência: A idéia que sustenta a condição da discência/docência situa-se na condição crítica do que é ensinar e do que é aprender, visto de forma dicotômica. Para Freire, não existe ensinar sem aprender, e essa percepção vai além da condição necessária de um professor com seus alunos. Educação: Para Paulo Freire, não existe a educação, mas educações, ou seja, formas diferentes de os seres humanos partirem do que são para o que querem ser. Basicamente, as várias “educações” se resumem a duas: uma, que ele chamou de “bancária”, que torna as pessoas menos humanas, porque alienadas, dominadas e oprimidas; e outra, libertadora, que faz com que elas deixem de ser o que são, para serem mais conscientes, mais livres e mais humanas. Globalização: Pode-se afirmar, sem sombra de dúvida, que Paulo Freire considerou a Globalização muito mais como a elaboração ideológica justificadora das ideias, concepções, projeções e aspirações, enfim, como componente importante da burguesa, do que como fenômeno histórico generalizado contemporâneo. Por isso, ele trata muito mais do “Globalismo”, que é uma expressão contemporânea do pensamento burguês neoliberal, do que dos fenômenos econômicos, sociais, políticos ou culturais que cobrem a superfície do planeta. Liderança: A liderança em Freire corresponde a uma dimensão processual de aquisição de conhecimentos para contribuir na transformação da realidade enfatizando a importância do ato educativo como produtor de lideranças. Mito: O mito é a forma como um grupo social expressa sua própria atitude em relação ao mundo ou como procura resolver os problemas de sua existência. Ele expressa o modo como o ser humano se compreende em seu mundo, e o que ele diz não é claramente demonstrável nem claramente concebível, mas sempre é claro seu significado moral e religioso, ou seja, o que ele ensina sobre conduta do homem em relação aos outros ou em relação à divindade. O mito é um relato sobre as origens com a finalidade instauradora e ele diz como nasceram as coisas, as instituições, as regras. Racismo: O racismo, para Freire, está entre as manifestações dos discursos fatalistas que resumem homens e mulheres em meras coisas.