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Alda Hugo - Artigo Sobre Alimentação Saudável e Actividade Física
Alda Hugo - Artigo Sobre Alimentação Saudável e Actividade Física
Avaliação Final
Maputo, 2003
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ACTIVIDADE FÍSICA: um olhar para a
educação nutricional para crianças e adolescentes e alimentação na velhice/terceira
idade
RESUMO
ABSTRACT
“HEALTHY EATING AND PHYSICAL ACTIVITY: a look at nutritional education for children
and adolescents and nutrition in old age/old age” is the theme of this article. We define as a
general objective to understand the impact of healthy eating and physical activities on the
quality of life of individuals in childhood, adolescence and old age/old age. In methodological
terms, this is a review study (essentially bibliographical), in which we seek to analyze articles
published in the period between 2017 and 2023. The results show that: (i), the regular practice
of physical activity is an established factor in protecting health. Furthermore, just like healthy
eating, it prevents diseases such as obesity, which is a risk factor for a series of chronic diseases,
such as systemic arterial hypertension, diabetes mellitus and cancer. (ii) The promotion of
nutritional education must take place mainly in early childhood, this way it is much more
guaranteed that these habits continue throughout life, as changes in adulthood have a high
failure rate, because the eating habits of adults are related with those learned in childhood; (iii)
To age healthily and comfortably, as well as at all stages of life, food must be varied and
balanced, referenced by food culture, harmonious in quantity and quality, naturally colorful and
safe from a hygiene point of view.
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1. INTRODUÇÃO
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1.1. Problema
1.2. Objectivos
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2. REVISÃO DA LITERATURA
A nossa revisão da literatura inicia com o quadro conceptual em torno dos conceitos
chaves para a compreensão integral do trabalho. De seguida fazendo um estudo de arte
sobre a alimentação saudável e actividades físicas, educação nutricional e importância
da alimentação na velhice.
Conforme explica a mesma fonte supracitada, a alimentação não ocorre apenas para
suprir as necessidades biológicas; ela está internalizada na cultura do indivíduo e
depende de sua vontade e disponibilidade. Portanto, a alimentação é um elemento de
humanização das práticas de saúde, visto que expressa as relações sociais, valores e
história do indivíduo e dos grupos populacionais, além de ter implicações directas na
saúde e na qualidade de vida.
Em relação à nutrição, Brasil (2017, p.13) considera que é um acto involuntário, uma
etapa sobre a qual o indivíduo não tem controlo. Começa quando o alimento é levado à
boca. Segundo esta fonte, a partir desse momento, o sistema digestório entra em acção,
ou seja, a boca, o estômago, o intestino e outros órgãos desse sistema começam a
trabalhar em processos que vão desde a trituração dos alimentos até a absorção dos
nutrientes, que são os componentes dos alimentos que consumimos e são muito
importantes para a nossa saúde.
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2.2. A alimentação e actividades físicas
A OMS (2017, p.18) define a actividade física como “qualquer movimento corporal
produzido por músculos esqueléticos que requer gasto de energia”. Segundo a entidade,
mesmo as actividades que realizamos em nosso dia a dia, como no deslocamento a
compromissos, no trabalho ou em momentos de lazer, trazem benefícios à saúde e, por
isso, também são consideradas actividades físicas (OMS, 2017).
Ainda de acordo com a OMS (2017), a alimentação saudável em si não é suficiente que
se tenha uma saúde esplêndida, mas sim a mesma deve ser conciliada com a prática de
actividades físicas. Por isso, a entidade considera que a falta de actividade física é um
factor de risco importantíssimo para o desenvolvimento das doenças crónicas não
transmissíveis e também para morte em todo o mundo. Por isso, postula que a prática
regular e adequada de actividade física está relacionada a: (a) melhor aptidão muscular e
cardiorrespiratória; (b) melhor saúde óssea e funcional; (c) menor risco de hipertensão,
doença cardíaca coronariana, acidente vascular cerebral, diabetes, vários tipos de câncer
(incluindo câncer de mama e câncer de cólon) e depressão; (d) menor risco de quedas,
bem como as fracturas do quadril ou vertebral; (e) melhor equilíbrio energético e
controlo de peso.
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conjunto de estratégias criadas para promover a alimentação adequada e saudável,
sobretudo para crianças e adolescentes (Brasil, 2017).
Por seu turno, Coelho (2019) entende que a promoção de comportamento alimentar
saudável deve acontecer principalmente na primeira infância, dessa forma é muito mais
garantido que esses hábitos continuem ao longo da vida, pois a mudança na fase adulta
tem alta taxa de insucesso, porque os hábitos alimentares dos adultos estão relacionados
com os aprendidos na infância. Segundo este autor, esses costumes são determinantes
do consumo e também da preferência por estes alimentos.
De acordo com a OMS (2019) considera-se velho ou idoso ao indivíduo com idade
igual ou superior a 65 anos residentes em países desenvolvidos e com 60 anos ou mais
para países em desenvolvimento. Esta entidade, subdivide a idade adulta em quatro
estágios: meia idade: 45 a 59 anos, idoso: 60 a 74 anos, ancião: 75 a 90 anos e velhice
extrema: acima de 90 anos. Esta classificação considera apenas o aspecto cronológico
da idade do indivíduo, desprezando os aspectos biológicos, psicológicos e sociológicos.
No entanto, é comum encontrarmos indivíduos com a mesma idade cronológica, porém
com capacidades diferenciadas.
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De acordo Gustavo (2021) um padrão alimentar equilibrado proporciona melhor
condição de saúde e contribui directamente na prevenção e controle das principais
doenças que acometem os idosos, visto que, com o avançar da idade, a digestão e
absorção dos nutrientes sofrem prejuízos que são atribuídos ao processo natural do
envelhecimento. Segundo este autor, são caracterizados principalmente pela diminuição
da sensação do paladar por redução no número e função das papilas gustativas e redução
na percepção do olfacto e da visão; diminuição da secreção salivar e gástrica; falha na
mastigação pela ausência de dentes ou uso de próteses impróprias; diminuição da
absorção intestinal, ocasionando a constipação intestinal.
Com isso o apetite do idoso pode ficar reduzido, gerando uma redução no consumo
alimentar e consequentemente deficiência de nutrientes específicos e até estados de
desnutrição. De acordo com Da Paixão et al (2020) os principais indicadores de mau
estado nutricional em idosos são: perda de peso, redução significativa na circunferência
do braço, aumento ou diminuição das dobras cutâneas, redução significativa da
albumina do soro, mudança significativa na subtracção funcional, ingestão alimentar
inadequada, e níveis inadequados de vitaminas, minerais ou lipídios no sangue. Assim
como, a circunferência da panturrilha é um dos principais indicadores de desnutrição
proteica em idosos.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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3.2. Educação nutricional em crianças e adolescentes
Por sua vez, Pereira et al. (2017), no seu estudo intitulado “Influência de intervenções
educativas no conhecimento sobre alimentação e nutrição de adolescentes de uma
escola pública” constataram que entre adolescentes havia consumo frequente de
alimentos altamente calóricos, ricos em açúcares, sódio e gorduras, baixo consumo de
frutas, verduras e legumes, e consumo diário de guloseimas, doces e fast food e
refrigerantes.
Por fim, Azevedo e Aranha (2022), no seu estudo intitulado “Caracterização dos
hábitos alimentares de crianças menores de cinco anos no distrito de Namacurra
província da Zambézia em Moçambique”, os resultados evidenciaram que o povoado de
Vuruca, Localidade de Malei embora seja uma zona com alta produção agrícola,
apresenta uma taxa de alfabetização e cobertura de saúde baixa e os hábitos alimentares
mostraram estar fora do padrão alimentar normal para uma boa nutrição. Daí que os
autores concluíram que estes hábitos estão relacionados com a falta de políticas de
educação alimentar, através dos órgãos do governo, assim como o baixo nível de
desenvolvimento económico e cobertura sanitária.
Olhando para os resultados desses três estudos acima referenciados podemos constatar
claramente que os maus hábitos alimentares evidenciados pelos participantes resultam
da educação da inexistência e/ou fraca educação nutricional destinada às crianças,
adolescentes, incluindo, de certo modo, os próprios pais e encarregados de educação. A
explicação dessa nossa constatação pode ser subsidiada por Coelho (2019) ao advogar
que a promoção de comportamento alimentar saudável deve acontecer principalmente
na primeira infância, dessa forma é muito mais garantido que esses hábitos continuem
ao longo da vida, pois a mudança na fase adulta tem alta taxa de insucesso, porque os
hábitos alimentares dos adultos estão relacionados com os aprendidos na infância.
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Segundo este autor, esses costumes são determinantes do consumo e também da
preferência por estes alimentos.
Bernart e Zanardo (2018) corroboram com Coelho (2019) e explicam que os hábitos
alimentares estabelecem-se durante os primeiros anos de vida, além de formados, são
consolidados na chamada fase pré-escolar (2 a 6 anos). Para estes autores, estes podem
colocar em risco o crescimento e desenvolvimento, quando pouco saudáveis, como
também causar o surgimento de anemia ferropriva, obesidade, subnutrição, entre outros.
Por isso, na educação nutricional de crianças e adolescentes deve se tomar em
consideração que a formação de hábitos alimentares erróneos tem tido consequências
graves na fase adulta e na velhice, ou seja, a fase pré-escolar é um período decisivo na
formação de hábitos alimentares, que tendem a continuar na vida adulta, devido a isso,
torna-se importante estimular o consumo de uma alimentação variada e equilibrada.
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incorporar uma alimentação saudável e adaptada, quando considerado as mudanças
fisiológicas que ocorrem devido ao processo de envelhecimento.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para envelhecer com saúde e comodidade, como também em todas as fases da vida, a
alimentação deve ser variada e equilibrada, referenciada pela cultura alimentar,
harmónica em quantidade e qualidade, naturalmente colorida e segura do ponto de vista
da higiene. É importante estabelecer rotinas saudáveis de vida, mesmo nas idades mais
avançadas, para poder manter o corpo, a mente e o espírito em equilíbrio. Logo, um
bom estado nutricional, garantido com o fornecimento adequado de energia, macro e
micronutrientes é de extrema importância para que a população idosa resista às doenças
crónicas e debilitantes, mantendo a saúde e a independência.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Azevedo, A & Aranha, F. (2022), no seu estudo intitulado “Caracterização dos hábitos
alimentares de crianças menores de cinco anos no distrito de Namacurra província da
Zambézia em Moçambique. Rerv Simbio-Logias, V. 14, Nr. 21
Bernart A. & Zanardo VPS. (2018). Educação nutricional para crianças em escolas
públicas de Erechim/RS. Rev. Electrónica de Extensão da URI. 2011; 7 (13): 71-79
[acesso em 07 set 2018]. Disponível em:
http://www.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_013/artigos/artigos_vivencias_13/n13_09
.pdf.
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Kroth, JB & Fraga-Maia, HMS. (2015). Pressão arterial, perfil antropométrico e
demais fatores de risco cardiovascular em escolares da rede pública. Rev Pesq em
Fisio. Pp. 251-61.
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