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O Supervisor:
Prof. Doutor. Ernesto Guimino Júnior
LISTA DE TABELAS.....................................................................................................................v
DECLARAÇÃO DE HONRA......................................................................................................vii
DEDICATÓRIA...........................................................................................................................viii
AGRADECIMENTOS...................................................................................................................ix
RESUMO.........................................................................................................................................x
ABSTRACT...................................................................................................................................xi
0. INTRODUÇÃO......................................................................................................................12
0.3. Objectivos...........................................................................................................................14
0.3.1. Geral.................................................................................................................................14
0.3.2. Específicos.......................................................................................................................14
1.1. A leitura...............................................................................................................................16
4.2. Levantamento das competências básicas e objectivos gerais relativos à leitura na 9ª classe
………………………………………………………………………………………….36
CONCLUSÃO...............................................................................................................................43
Sugestões....................................................................................................................................43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................45
v
LISTA DE TABELAS
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Ivone Lucas Cerveja, declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha
investigação pessoal sob orientação do meu Supervisor, o seu conteúdo é original e
todas as fontes consultadas estão devidamente citadas no texto, e na bibliografia final.
Declaro ainda, que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição
para obtenção de qualquer grau académico.
______________________________________________________
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia ao meu pai Lucas Cerveja (em memória) pela educação que deu
aos seus filhos.
Igualmente, dedico este trabalho ao meu esposo, Sanito Francisco, pela dedicação e
companheirismo, pois esteve sempre presente em minha vida, dando força e incentivo
para que eu não desistisse do curso. Ainda no seio familiar, endereço uma especial
dedicátoria às minhas filhas,Yànica da Sorte e Lyana da Sorte, que tão pequenas e
indefesas, deixei-as, para correr atrás do meu sonho.
ix
AGRADECIMENTOS
Para começar, agradeço a Deus todo-poderoso, por ter me agraciado pelo dom da vida e
por nunca me ter abandonado em todos os momentos da minha vida. Mas, também,
pelas pessoas que tem colocado em minha vida, para coadjuvarem-me.
Agradeço de igual modo, a Doutora Célia Cossa, que esteve em colaboração com o meu
supervisor, bem como, pela simplicidade e paciência.
Agradeço também aos colegas da FCLA, com os quais tive o privilégio de aprender
conhecimentos acadêmicos, bem como dos diversos campos da vida, durante os quatro
anos de formação. Em destaque, refiram-se os colegas do major de Português e do
minor em de línguas Bantu, pelo afecto, pela paciência e irmandade com que me
acolheram nos momentos mais difíceis dessa jornada acadêmica.
Para terminar, quero destacar alguns amigos que durante este percurso revelaram-se
mais do que isso, nomeadamente, Domingos Cossa; Filomena Zeca Manhique e Judite
Antònio Lumbela, aos quais digo o meu muitíssimo obrigada.
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RESUMO
ABSTRACT
0. INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa tem como tema ‘‘a compreensão da leitura no I Ciclo do Ensino
Secundário Geral’’. Pretende-se, a partir desta pesquisa, reflectir em torno das estratégias que o
professor pode implementar para melhorar a compreensão da leitura no I Ciclo do Ensino
Secundário Geral (ESG).
O aumento do acesso à educação vem sendo notável na sociedade mocambicana. Com o efeito,
notável é também o facto da expansão não ter lugar somente no ensino primário, pois no ensino
secundário a mudança é notória.
Contudo, o acesso à educação não assegura por si a qualidade da educação. Segundo MEC
(2008), citado por GUJAMO (2017), ‘‘apesar dos progressos alcançados, sobretudo no
incremento dos níveis de acesso à educação, o aumento da capacidade institucional do sector da
educação, e da crescente disponibilização anual de fundos ao sector, a qualidade de ensino-
aprendizagem não está a melhorar’’.
Sendo a compreensão da leitura um dos elemento que contribuem sobremaneira na qualidade do
ensino-aprendizagem da língua portuguesa, eis alguns condicionalismos a considerar: a
metodologia seleccionada pelo professor face às actividades de compreensão da leitura e o
(des)interesse dos alunos em ler.
Pretende-se, então, desenvolver a pesquisa seguindo uma abordagem qualitativa, tendo, com
efeito, a análise documental (dos manuais de Português da 9ª classe e dos respectivo programa de
ensino da classe) como o meio a partir do qual os dados serão colectados.
Quanto à sua estrutura, para além desta parte introdutória, o trabalho corrente inclui mais três
capítulos, assim descritos: Capítulo I: É reservado à revisão da literatura em torno da
compreensão da leitura; Capitulo II: Neste capítulo faz uma breve abordagem sobre os manuais
escolares: conceptualização, constituição e sua função; Capítulo III: É exclusivamente dedicado
ao enquadramento metodológico utilizado no trabalho; Capítulo IV: Refere-se a apresentação,
análise e discussão dos resultados. A parte final do trabalho, é dedicado às considerações,
sugestões, referências bibliográficas e aos apêndices.
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lêem e apreender rapidamente os dados essenciais de um texto, assim como ler com entoação e
ritmo ajustados.
Neste contexto, vale ressaltar o papel da metodologia do professor face às actividades de
compreensão escrita, o desinteresse dos alunos em ler e escrever, a desestruturação familiar e a
ausência dos pais que trabalham e não acompanham a vida escolar dos filhos, deixando a
educação apenas a cargo da escola.
Posto isso, urge fazer a questão à luz da qual se pretende conduzir esta pesquisa: Quais as
estratégias e/ou sugestões metodológicas propostas pelo Programa de Português 9ª classe com
vista a maximização da compreensão da leitura dos alunos da 9 a Classe do I Ciclo do Ensino
Secundário Geral (ESG)?
Para além desta questão central, outra questão norteará o desenvolvimento desta pesquisa,
designadamente: Quais as actividades de compreensão da leitura propostas pelos Manuais
Escolares de Língua Portuguesa - MELP (9 a classe) adoptados pelo Ministério da Educação e
Desenvolvimento Humano (MINED-DH?
0.3. Objectivos
Para o desenvolvimento desta pesquisa, evocam-se os seguintes objectivos:
0.3.1. Geral
Reflectir em torno das estratégias e actividades de compressão da leitura propostas
pelo Programa de Português 9ª classe e pelos respectivos manuais da classe adoptados
pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINED-DH).
0.3.2. Específicos
Analisar as sugestões metodológicas propostas pelo Programa de Portugues – 9 a
classe com vista o desenvolvimento da compreensão da leitura pelos aprendentes;
Analisar actividades de compreensão da leitura propostas pelos Manuais Escolares de
Língua Portuguesa - MELP (9a classe).
Sugerir estratégias de superacao das dificuldades de compreensão da leitura nos
alunos.
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1.1. A leitura
De acordo com AMOR (1999), durante muito tempo entendeu-se a leitura como uma prática de
base perceptiva, integrando a apreensão elementar, reconhecimento e decifração dos códigos de
comunicação socialmente estabelecidos e a construção do significado, assimilação directa do
conteúdo informacional circunscrito ao próprio texto. Segundo esta autora, esta concepção é
demasiada restritiva, dado que valorizava na leitura a sua dimensão do “fazer receptivo”, de
reconstituição linear de formas-sentido patentes no corpo textual, ignorando que a leitura é,
essencialmente, um “fazer interpretativo” uma produção, relevando tanto do escrito como do não
escrito, do texto quanto ao leitor e ao contexto, processo de leitura em si, quanto de curtas
leituras anteriores, do domínio da percepção, quanto de processos cognitivos ou de motivos e
pulsões afectivas, mais complexos e profundos.
Por seu turno, AMARO (2010) refere que a leitura é uma aquisição complexa que proporciona
possibilidades variadas de entendimento da relação sujeito-sociedade. Segundo este autor, essa
habilidade não se limita apenas à decifração de alguns sinais gráficos, exigindo do indivíduo uma
participação efectiva enquanto sujeito activo no processo, levando-o à produção de sentido e
construção do conhecimento.
REIS & ADRAGÃO (1990) citados por DINIS & MENDOÇA (2004), definem a leitura em três
possíveis vertentes: (i) ler é decifrar um código escrito; (ii) ler é um processo de interpretação/
compreensão; (iii) ler é um acto de comunicação.
Segundo estes autores, trata-se de três níveis de acesso ao texto escrito, o primeiro dos quais se
resume a uma técnica e uma aproximação exterior, o segundo privilegia a aquisição de
conhecimentos que o texto veicula, o terceiro dá ao leitor o papel activo de interlocutor no
processo comunicativo. Neste sentido, DINIS & MENDOÇA (2004) explicam que isto não
significa que estes três níveis correspondam a três etapas na progressão da habilidade de leitura,
mas permite considerar que a leitura não se pode reduzir à técnica de decifrar.
Assim é perceptível que a leitura implica uma compreensão, não só pela decifração, mas também
pela aprendizagem dos símbolos fonéticos, a identificação dos seus valores e a associação
mecânica desses valores entre si, ou seja, é capaz de potenciar e alargar conhecimentos na
escrita. SÁ (2004) afirma que os professores do I Ciclo (do ensino primário), responsáveis “pela
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De acordo com REBELO (1992) a leitura silenciosa é feita individualmente em qualquer lugar
em que o indivíduo tenha disponibilidade e um texto. É mais rápida, menos fatigante e é a
técnica usada pelo adulto na maioria das oportunidades, nomeadamente como suporte da sua
formação cultural e profissional.
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Por seu turno TEMBE, MAXAIEIE e MATABEL (2019) acrescentam que a leitura silenciosa é
(…) feita em silêncio, mentalmente, sem interferência dos órgãos vocais e sem mexer os lábios
(pode ser praticada a partir da 3.ª classe, altura em que os alunos terão alguma fluência na
leitura). De acordo com estes autores, esta modalidade é feita com a finalidade de facilitar a
apreensão da informação ou compreensão da mensagem veiculada no texto, para além de servir
como preparação da leitura oral, devendo o professor recomendar aos alunos que: (i) se
concentrem e leiam com atenção; (ii) não interrompam a leitura, quando encontrarem uma
palavra que não conheçam; (iii) registem, no caderno, as palavras desconhecidas para consulta
posterior.
Portanto, a partir dos conceitos acima referenciados, pode-se compreender que a leitura
silenciosa é uma modalidade de leitura completa de um texto sem menosprezar qualquer
segmento ou palavra, que pode ser usada na generalidade das situações da vida corrente e na
apreciação de textos literários, na medida em que garante maior aproximação do conteúdo,
fidelidade da mensagem e maior apreensão de dados do domínio da língua, com reflexo na
oralidade e na escrita.
Para DINIS & MENDOÇA (2004), a leitura silenciosa é aconselhável sempre que se pretenda a
compreensão do texto a explorar. Segundo estes autores, uma vez que a assimilação do sentido
se faz directamente, elimina-se todo o esforço de articulação, o eco produzido pela voz, a
preocupação em prestar o máximo de atenção à correcta pronúncia das palavras, o desejo de ler
depressa para que o professor não note a falta de preparação (Em suma, eliminam-se todos os
factores que concorrem para dificultar a apreensão do sentido).
Num outro desenvolvimento, DINIS & MENDOÇA (2004) explicam que é preciso ensinar os
alunos a ler em silêncio, sendo necessário ter em conta as seguintes recomendações: (i) o
professor deve orientar os alunos no sentido de se concentrarem; os alunos que terminem a
leitura em primeiro lugar devem permanecer em silêncio para não perturbar os colegas que não
tiverem acabado; os alunos não devem colocar dúvidas ao professor enquanto lêem, mas
assinalam-nas e pedem esclarecimento após todos terem acabado de ler; (ii) o professor deve
aconselhar os alunos a não mover os lábios ou apontar com o dedo pois tais hábitos perturbam a
leitura que se pretende seja silenciosa.
a) Pré-leitura
Também classificada por outros autores como leitura prévia ou de contacto, tem como finalidade
dar uma visão global do assunto, ao mesmo tempo em que permite ao leitor verificar a existência
ou não de informações úteis para o seu objectivo específico; trata-se de uma leitura rápida, “por
alto”, apenas para permitir um primeiro contacto com o texto (ANDRADE,1999).
De acordo com AMOR (1999) a pré-leitura destina-se a facultar uma visão imediata e abrangente
da obra, uma avaliação rápida do seu conteúdo, nível de complexidade e intensidade. Esta autora
acrescenta que nesta etapa, procura-se estimular, no leitor, a activação dos conhecimentos já
existentes e necessários à contextualização e ao aprofundamento da leitura.
A pré leitura é condicionada pelo contacto visual geral, apoiado nas imagens, nos títulos e
subtítulos, em chamadas de atenção. A partir daí o aluno tem o seguinte comportamento: (i) Faz
associações e estabelece relações, de semelhança e de contraste, entre o que o texto lhe sugere e
os conhecimentos de que dispõe; (ii) Esboça hipóteses sobre o conteúdo ou sobre a forma do
texto; (iii) Faz perpassar algum vocabulário ligado ao assunto ou aos assuntos previstos; (iv)
Eventualmente, troca impressões a propósito, se está acompanhado REBELO (1992).
Por sua vez, SOLÉ (1998) advoga que a pré-leitura é a exploração prévia do texto, estratégias a
serem utilizadas antes da leitura, cuja finalidade é de auxiliar o leitor na compreensão do texto
que será lido e trabalhado, Dessa forma as actividades de pré-leitura preparam os alunos para o
conteúdo do texto, direccionam o seu pensamento, criam expectativas para a leitura, estimulam o
seu interesse, aguçam a sua curiosidade. Acima de tudo, proporcionam uma actividade
intelectual desde início do processo de leitura.
MAGRON, BARRETO e FECCHIO (2004) sugerem algumas actividades a serem exploradas no
momento da pré-leitura, conforme se segue::
i. Iniciar a tarefa de leitura deixando que os alunos visualizem somente as
imagens/ilustrações (coso existam) e o título do texto a ser utilizada nessa etapa;
ii. Estimular os alunos a inferir sobre o texto, activando o seu conhecimento prévio, a
partir do título;
iii. Algumas questões podem ser levantadas pelo professor, contudo, deve-se evitar
conduzir as hipóteses dos alunos sobre o texto;
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De acordo com REBELO (1992), o aluno tem o seguinte comportamento: (i) Analisa as ideias do
texto e o seu encadeamento lógico; (ii) Aprecia aspectos da linguagem, nomeadamente a forma
como as ideias estão expressas; (iii) Constrói uma pequena apreensão de ideias e afere-as com as
que tinha pressuposto; (iv) Procura precisar o significado de certos vocábulos; (v) Estabelece
novas ligações entre as ideias apreendidas e os seus conhecimentos; (vi) Discrimina o que no
texto é dado como novo elemento.
Em suma, durante a leitura é feita uma compreensão da mensagem passada pelo texto, uma
selecção das informações relevantes, uma relação entre as informações apresentadas no texto e
uma análise das predições feitas na pré-leitura, para confirmá-las ou refutá-las.
Neste sentido, MAGRON, BARRETO e FECCHIO (2004), sugerem algumas actividades a
serem exploradas no momento da leitura, conforme segue a seguir:
i. Levantar algumas questões relacionadas ao texto. Exemplos: Que tipo de texto é
esse? Do que ele trata? Quais são as suas características que o diferem dos demais?
Entre outras;
ii. Orientar os alunos no esclarecimento dos vocábulos de difícil compreensão, se
possível com ajuda do dicionário;
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iii. Favorecer que os próprios alunos infiram no texto e exteriorizem as suas diferentes
leituras quanto ao conteúdo lido;
iv. Orientar, se possível, um debate sobre assunto do texto. O professor deve estar
preparado para interagir com os alunos, aproveitando as diferentes interpretações
dadas ao texto. Deve ainda valorizar todos os pontos de vista apresentados, porém
sempre primando pela melhoria das relações dos alunos entre si e com as demais
pessoas de seus convívios.
c) Pós-leitura
Trata-se da leitura de análise e avaliação das informações e das intenções do autor. A reflexão se
dá por meio da análise, comparação e julgamento das ideias contidas no texto
(ANDRADE,1999). AMOR (1999) acrescenta que nesta fase, procura-se uma perspectiva
integradora da obra e uma reflexão crítica, concretizada em actividades como: extracção de
conclusões, elaboração de sínteses e produção de comentários, ensaios críticos, entre outras
actividades.
De acordo com REBELO (1992), durante este momento, o aluno tem o seguinte comportamento:
(i) Elabora uma síntese, salientando o que deve ser retirado e reestruturando as novas
informações; (ii) Volta a reflectir sobre os seus pontos de vista (ou confronta-os se estiver
acompanhado), procurando uma posição crítica ou considerando alternativas.
Entretanto, depois da leitura é feita uma análise com o objectivo de rever e refletir sobre o
conteúdo lido, ou seja, a importância da leitura, o significado da mensagem, a aplicação para
solucionar problemas e a verificação de diferentes perspectivas apresentadas para o tema.
Também é realizada uma discussão da leitura, com expressão e comunicação do conteúdo lido
após análise e reflexão, seguida de um resumo e de uma releitura do texto (DUKE & PEARSON,
2002).
De uma forma sintética, MAGRON, BARRETO e FECCHIO (2004), sugerem algumas
actividades a serem exploradas na fase da pós-leitura, designadamente: (i) questionário com vista
a fazer a interpretação (oral ou escrita do texto), identificar a tipologia textual, a estrutura e a
linguagem predominante; (ii) elaboração de resumos ou sínteses; (iii) reconto e; (iv)
dramatização;
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Todavia, DINIS & MENDOÇA (2004), explicam que para motivar para a leitura as crianças que
ainda não lêem, o professor deve, por exemplo, ler sistematicamente histórias curtas e simples
versando temas ligados à realidade dos alunos, podendo ser histórias tradicionais que estes
provavelmente tenham já ouvido contar nas suas línguas maternas; Segundo estes autores,
aconselha-se ainda que o professor leia outros textos como, por exemplo, avisos que
regularmente são feitos pela direcção da escola que muitas vezes são ditos oralmente e não lidos,
notícias, cartas, entre outros.
Por seu turno, LUCKESI (2011) afirma que a avaliação é um acto amoroso, acolhedor e
inclusivo na medida em que avaliação tem por objectivo diagnosticar e incluir o aluno, pelo mais
variado meio, no curso da aprendizagem satisfatória, que integre todas as suas experiências da
vida.
categoria, é preciso ter obtido um desempenho adequado na anterior, pois cada uma utiliza
capacidades adquiridas nos níveis anteriores, designadamente: Conhecimento; Compreensão;
Aplicação; Análise; Síntese; e Avaliação;
A leitura é uma actividade activa que exige a participação do leitor na recriação da mensagem e
na assimilação de informações que o autor apresenta, isto é, ler implica usar experiências e
conhecimentos prévios para compreender e interpretar o sentido do texto (MAJUISSE, TEMBE
& GUNGULO, 2018). Neste sentido, SPINDLER & MARTINS (2011) explicam que a leitura
não é uma simples decodificação de códigos pois, existem diversos parâmetros para a leitura,
dentre as quais, a leitura observadora dos detalhes do texto, além da simples codificação, a partir
da qual, além de compreender o texto, o leitor terá que encontrar detalhes do texto que ajudem a
compreender como foi organizado.
Outrossim, TEMBE, MAXAIEIE e MATABEL (2019) referem que para que haja uma boa
compreensão de leitura, é necessário que o professor seleccione materiais que reflictam a
vivência do aluno de modo a que, este tenha já conhecimento básico, vocabulário e experiência
própria para dar sentido ao texto. Todavia, segundo estes autores, a medida em que o aluno
adquire vocabulário e experiência, os textos devem convidá-lo para conhecer outras realidades e
experiências.
vista a fazer a interpretação (oral ou escrita do texto), identificar a tipologia textual, a estrutura e
a linguagem predominante.
Para POZO (1970) citado por CABRAL (2005) o ME é: “todo livro escolar que serve para guiar
os alunos na aprendizagem sistemática das diferentes matérias do programa”.
Por sua vez, GRETI (1972) citado por CABRAL (2005) define o ME como sendo “toda a obra
que está nas mãos dos alunos e que eles utilizam sob a orientação dum professor para
aprenderem um certo domínio do conhecimento”.
Analisando este três conceitos podem-se constatar três cenários: (i) para OPEL (1976) o ME é
apenas visto como um material de uso exclusivo do aluno para adquirir novos conhecimentos,
que se encontram plasmados num determinado currículo; (ii) POZO (1970) não se afasta muito
da definição de OPEL (op cit), onde também refere que o ME tem o papel de transmissor de
conhecimentos que estão no programa e que também é um guia/orientador de aprendizagem. (iii)
GRETI (1972) corrobora com OPEL (op cit) e POZO (op cit) mas acrescenta que não é o manual
que se assume como guia, mas o professor que surge como orientador na sua utilização,
deixando transparecer a ideia de que é através do ME que os alunos adquirem as novas
aprendizagens, valorizando, deste modo, o papel do professor como agente educativo.
Todavia, OLIVEIRA (1984), afirma que os MEs, também designados por livros didácticos (LD),
são utilizados “como instrumentos com a dupla função, a de transmitir um dado conteúdo e de
possibilitar a prática de ensino”. Para este autor, os Mês devem servir como mediador da relação
entre professor e aluno e como modelo de actuação pedagógica, definindo-se como algo que
supera a simples noção de selecção e apresentação de conteúdos, devendo ser entendido de modo
mais amplo, inserido social e politicamente.
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Por fim, FARINHA (2007), de forma sintética, refere que o ME é como um guia dos programas
curriculares prescritos pelo ME para um funcionamento padronizado das aulas. Por isso, muitas
vezes, acabam por funcionar como o próprio programa da disciplina em causa, como uma base
estável, a que o professor irá recorrer para preparar as suas actividades lectivas diariamente.
Entretanto, RAMOS (2012) afirma que para além das características supra apresentadas, o ME
também deve adaptar-se à linguagem do aprendente e ao nível etário pois, o público adulto e
infantil possuem diferentes necessidades, motivações, objectivos e maturidade. Outrossim,
convém frisar que as características propostas exigem estudo, pesquisa, experimentação e
reflexão adaptadas ao contexto geográfico, social, antropológico, cultural, linguístico e
pedagógico, enfim, uma adaptação fulcral a uma realidade singular e concreta.
Num outro desenvolvimento, RAMOS (2012) refere que o manual, para além de corresponder a
um conjunto de objectivos traçados ao nível da política educativa (finalidades, metas, objectivos
gerais e específicos da disciplina), também pode ser um portador de orientações ideológicas
sobre a vida, consubstanciada numa determinada visão da sociedade, da história e da cultura.
A partir desta afirmação pode-se ver que os manuais são ou pelo menos deveriam ser produtos da
política educacional que vigora em determinado contexto de ensino e consequentemente também
supor concepções ideológicas e teorias acerca da realidade em que se vive. Ao perfilhar uma
determinada visão da realidade e um modelo de homem e sociedade a construir, o manual reforça
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a natureza ética e política da própria acção educativa. Nesta óptica, MORGADO (2004)
considera que um manual de qualidade deve: (i) Estar consentâneo com o programa oficial no
que se refere aos conteúdos e actividades propostas, mas em simultâneo introduzir novos
conteúdos para além dos previstos no programa oficial; (ii) Propor actividades de investigação;
(iii) Estimular o recurso a outras formas de conhecimentos; (iv) Possibilitar o desenvolvimento
de destrezas mais complexas tais como relacionar e criticar; (v) Possuir textos de qualidade,
desenhos, fotografias e ou esquemas pertinentes; (vi) Recorrer a experiências do quotidiano das
crianças; (vii) Promover a interdisciplinaridade e interligações com aprendizagens realizadas na
escola ou na comunidade; (viii) Consignar ao docente um papel activo na tomada de decisões.
Para concluir pode-se dizer que o manual deve respeitar a diversidade de produções e incluir:
textos de autores literários adequados a idade dos alunos, textos de literatura popular, fábulas,
contos maravilhosos, banda desenhada, publicidade, textos do quotidiano, textos utilitários,
cartas, telegramas, postais, receitas, manuais de utilização, esquemas, notícias, textos com temas
e interesse às crianças, adolescentes e jovens, textos ligados a temas atuais e de interesse geral;
textos escritos por crianças adolescentes e jovens (BARRIOS et al, 2000).
Na realidade, o que se tem aqui de forma bem explícita é que os manuais para além de transmitir
os conhecimentos, ajudam no desenvolvimento de capacidades e competências. Deste modo,
BRITO (1999), advoga que se pode dizer que os Mês não pretendem desenvolver apenas a
aquisição do saber e do saber-fazer, mas também a do saber ser, ajudando o aluno a encontrar o
seu lugar no quadro social, familiar, cultural e nacional em que está inserido.
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aprendizagem e à promoção do sucesso educativo. Esta cooperação pode ser efetuada tendo em
conta aspectos técnicos, científicos, pedagógicos e didácticos dos projectos de ME por peritos
das instituições acreditadas para a avaliação.
Para o I ciclo do ESG, são os seguintes os LDLPs adoptados pelo MINEDH/CALE: P8:
Português 8ªClasse, Texto Editores, 2ª edição, 2017; P9: Português 9ª Classe, Texto Editores, 2ª
edição, 2017; LP10: 10ª classe, Língua Portuguesa, Plural Editores, 2016 e o respectivo Livro
do Professor (GUIMINO JR, 2019).
Deste modo, GUIMINO JR (s/d) conclui que o ensino da Língua Portuguesa (LP) era baseado
em colectâneas cujos textos em prosa/verso eram representativos de autores pertencentes aos
cânones da época.
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Todavia, de acordo com BUZEN e ROJO (2008) citado por GUIMINO JR (s/d), na actualidade,
criou-se um novo material didáctico de apoio à prática docente que, propositadamente, interfere
na autonomia do professor. Este autor, ainda refere que este novo tipo de material (livro
didáctico – LD) propõe-se a estruturar e facilitar o trabalho do professor do no tipo, apresentando
não somente os conteúdos, como também as actividades didácticas e organizando-as conforme a
divisão de tempo escolar. A este respeito, BAKHTIN, advoga a ideia de que a configuração
actual do género LDLP (Livro Didáctico de Língua Portuguesa) advém justamente da
confluência, para o LDLP, de três outros géneros, designadamente: a antologia, a gramática e a
aula.
Por isso, os MELP/LDLP são considerados um instrumento de trabalho, na medida em que visa
contribuir para o desenvolvimento de capacidades, mudança de atitudes e aquisição de
conhecimentos propostos pelos programas. A sua adopção tem o papel fundamental de auxiliar
no processo de ensino e aprendizagem.
Em relação ao tratamento de dados, LÜDKE e ANDRÉ (1986), referem que este processo
significa “trabalhar” todo o material obtido durante a pesquisa, ou seja, os relatos das
observações, as transcrições de entrevistas, as análises de documentos e as demais informações
disponíveis. Assim, no presente estudo, os dados colectados foram tratados através do método de
análise de conteúdo, criando categorias de análise onde, primeiro fez a leitura flutuante do
material e de seguida a sua exploração atentando-se sempre na revisão da literatura em forma de
quadro sinóptico.
Competências Objectivos
Na disciplina de Português 9ª classe procura-se O ensino-aprendizagem da leitura na 9ª classe, de
desenvolver as seguintes competências de leitura: entre outros, visa a consecução dos seguintes
- •Interpreta textos orais e escritos de natureza diversa; objectivos gerais:
- Analisa, interpreta e produz textos relacionando-os com - Interpretar textos orais e escritos de natureza
o contexto, estrutura, organização e sua função na diversa;
sociedade e explorando os seus recursos expressivos; - Desenvolver as habilidades de leitura, tendo em
- Lê textos não literários, visando a consolidação da vista a consolidação da capacidade de compreensão
compreensão escrita e das regras de construção de textos; escrita, de forma autónoma e livre, sabendo
- Lê de forma crítica obras literárias de escritores reconhecer as regras de construção dos
moçambicanos, dos países africanos de língua oficial vários tipos de texto;
portuguesa (PALOP) e da comunidade dos países de - Manifestar o gosto pela leitura;
língua portuguesa (CPLP), visando a criação da
sensibilidade estética e gosto pela leitura;
Fonte: Adaptado de MINED/INDE-Programa de Português-9ª classe (2010)
As competências básicas aqui apresentadas traduzem a capacidade de realizar uma tarefa
concreta com sucesso apelando aos conhecimentos, habilidades e atitudes desenvolvidos ao
longo do PEA e; Os objectivos gerais, operacionalizam-se por meios dos objectivos específicos
que, definem os resultados observáveis do PEA, que podem denotar um conhecimento pontual,
habilidade ou atitude específica. São componentes dos objectivos de formação e exprimem-se
em termos de acção concreta em situações educativas organizadas no contexto dos programas de
ensino. Estão directamente ligados aos resultados da aprendizagem pela qual o aluno aprende a
dominar um conhecimento, uma habilidade ou a desenvolver uma atitude, são específicos duma
disciplina ou de um domínio de estudo (PCESG, 2007).
Assim, os alcance desses objectivos, em sala de aula, será evidenciado pelos indicadores de
desempenho apresentados na tabela 3, onde também estão apresentadas algumas sugestões
metodológicas a serem usadas pelos professores.
Tabela 3: Apresentação das sugestões metodológicas para a leitura, interpretação e compreensão de textos
Tipologia textual Sugestões metodológicas para a leitura, Indicador de desempenho
interpretação e compreensão
Textos Normativos: - Identificação do objectivo do texto; - Interpreta os direitos pessoais,
- Declaração dos - Interpretação de extractos dos textos judiciários, sociais civis e políticos;
Direitos Humanos: propostos;
direitos pessoais, - Classificação do texto quanto à sua tipologia;
judiciários, sociais, - Descrição da estrutura do texto;
civis e políticos - Análise do tipo de linguagem predominante;
- Declaração dos - Reflexão/debate sobre os textos analisados
Direitos da Criança; tendo em conta a realidade moçambicana.
Textos - Apresentação e organização do texto; - Faz a distinção entre os textos
Administrativos: - Tipo de linguagem; administrativos através da sua mancha
- Convocatória, acta e gráfica e/ou conteúdo.
carta comercial
Textos Jornalísticos: - Apresentação e organização do texto; - Faz a distinção entre os textos
- Textos publicitários e - Tipo de linguagem. jornalísticos através da sua mancha
anúncios - Construção de slogan publicitário gráfica e/ou conteúdo.
Textos Multiusos: - Apresentação e organização dos textos; - Segue correctamente as instruções
- Textos didácticos ou - Tipo de linguagem. sobre a utilização de bens de uso pessoal
científicos; - Interpretação e análise de textos expositivo - e colectivo;
-Textos expositivos- explicativos; - Age, em diferentes circunstâncias, de
explicativos. - Identificação do vocabulário e as estruturas acordo com instruções apresentadas em
usadas nos textos expositivo-explicativos; folhetos e cartazes;
- Identificação de segmentos de exposição e Indica, recorrendo a extractos do texto,
de explicação; as características de um texto expositivo
– explicativo;
- Define, analisa, descreve e ilustra o
objecto do texto expositivo-explicativo;
Textos Literários: - Interpretação de textos narrativos; - Distingue a personagem principal das
- Narrativo, Poético e - Identificação do subgénero da narrativa em personagens secundárias;
Dramático questão; - Procede à caracterização das
- Levantamento e caracterização dos personagens, tanto a nível físico, como
elementos da narrativa; psicológico ou social;
- Interpretação de poemas onde se exaltam a - Faz o levantamento de marcas textuais
Pátria e o orgulho de ser moçambicano; que indiquem o espaço e o tempo da
- Análise de textos poéticos nos seguintes acção;
aspectos: Apresentação e organização do - Justifica com marcas textuais o estatuto
texto; Tipo de linguagem; participante do narrador;
- Produção de pequenos textos sobre temas - Identifica o tipo a que uma narrativa
diversos pertence;
- Leitura de textos dramáticos (drama); - Interpreta as representações de cenas
- Análise de textos dramáticos, nos seguintes retratadas em histórias lidas, ouvidas,
aspectos: Organização do texto; Acções e vividas ou imaginadas;
Tipo de linguagem
Fonte: Adaptado do Programa de Português - 9a Classe (2010)
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Analisando os resultados apresentados na tabela 2, pode-se constatar que a leitura não é uma
simples decodificação de códigos, pois os indicadores de desempenho remetem a uma
capacidade de realizar uma tarefa concreta com sucesso por forma a dar significado à leitura
feita, isto é, a compreensão dos textos nucleares.
Tabela 4: Amostra actividades instrucionais de compreensão da leitura veiculados pelos MELP-9ª classe
8.“Propõe, depois, um outro titulo alternativo ao «Pós 13. “Maputo apresenta um aspecto cosmopolita. a) Em
da História» e comenta a tua adequação ao poema que que consiste esse aspecto cosmopolita? b) Como é,
leste”. segundo o texto, a paisagem moçambicana? c) Qual é o
9.“Classifica o texto quanto à mancha gráfica e comenta objectivo deste texto? d) No texto é feito um apelo ao
a sua estrutura estrófica”. P. 134. leitor. De que apelo se trata”? P. 88.
10.“A história começa por nos apresentar um homem 14. “Classifica o texto lido quanto tipo de enunciado”.
que tinha duas esposas. a) Que designação se dá ao 15. Fale da estrutura organizacional do texto”.
individuo que possui oficialmente duas esposas? b) 16. “Quem é o Patrão Mateus”?
achas esse comportamento normal nas sociedades 17. “Que realidades sociais são representadas por Patrão
actuais? Justifica a tua resposta”. Mateus”?
11.“O texto lido é um conto tradicional. a) Situa a 18. “O que simboliza o mal incondicional no texto”?
história narrada no tempo e no espaço. b) Identifica as 19. “O que levou Quiloa a procurar trabalho”? P. 153.
personagens intervenientes na história e classifica-as
quanto ao relevo. c) Que lição/moral se poda apreender
do conto acabado de estudar”? P. 204-205.
Fonte: MINZO e GUIMINO JR (2017) e MUHATE e MACIE (2009)
Analisando a amostra das actividades de leitura apresentados na tabela 4, pode-se denotar que
essas actividades, ao delinearem as tarefas, definem os vários níveis do procedimento a partir dos
quais o aprendente faz a representação cognitiva da tarefa, para, por estágios recursivos, realizar
a leitura, para destinatários e finalidades específicas. Por isso, essas actividades
(supramencionadas) representam, por um lado, as tarefas que conduzem o aluno ao produto, por
outro, inserem a actividade de leitura numa sequência elaborada para o desenvolvimento de
capacidades discursivas (actividades integradas de oralidade, leitura e escrita).
Outro aspecto que se pode observar nessas actividades, reside no facto de, na maior parte das
questões existir uma certa predominância de perguntas relacionados com as questões de forma
do texto (tipologia e estrutura organizacional), são os exemplos disso: no M1 questões 3, 4, 5, 9 e
11; no M2 questões 4, 6, 9, 10, 12, 14 e 15, em detrimento das questões meramente de
compreensão e interpretação. No entanto, esta constatação pode encontrar explicação num
objectivos previsto no Programa da Português, que refere que o aluno deve ser capaz de (…)
reconhecer a estrutura organizacional e as regras de construção dos vários tipos de texto. Na
tabela (3) também se pode observar que nas sugestões metodológicas e indicadores de
desempenho, de forma repetida, o programa privilegia as questões de caracterização das
diferentes tipologias textuais.
Acerca disso, SPINDLER & MARTINS, (2011) explicam que a leitura também deve ser
observadora de detalhes do texto, a partir da qual, além de compreender o texto, o leitor terá que
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encontrar detalhes do texto que ajudem a compreender como foi organizado por forma a permitir
a distinção entre as diferentes tipologias textuais. Corroborando com estes autores, TEMBE,
MAXAIEIE e MATABEL (2019) referirem que, para uma demonstração dos elementos da
compreensão, o professor pode explorar questionários com vista a fazer a interpretação (oral ou
escrita do texto), identificar a tipologia textual, a estrutura e a linguagem predominante.
Ademais, estes autores acrescentam que compreender um texto é fazer uma análise objectiva do
mesmo, descodificar e verificar o que realmente está escrito, apropriar-se das principais palavras
e ideias presentes no conteúdo e colher dados e informações concretas.
No tratamento dos textos literários, para além da leitura dos textos e resolução dos questionários,
os manuais também sugerem algumas actividades lúdicas, de produção escrita e oral, com vista a
aprimorar a compreensão dos textos nucleares. Em relação às actividades lúdicas pode-se
verificar as actividades de declamação e produção de poemas, encenação dos textos dramáticos e
a produção de pequenas histórias e o reconto.
No tange aos textos narrativos, MAJUISSE, TEMBE & GUNGULO (2018) corroboram com a
constatação feita na análise dos manuais e advogam que o reconto de uma história ajuda na
compreensão da leitura e, pode acontecer usando um vocabulário apropriado para indicar a
sequencialização dos factos. Segundo estes autores, o sequenciamento é uma habilidade que
ajuda a compreender melhor o que se lê e se escreve. Trata-se de seguir em ordem de ocorrência
dos eventos, por exemplo, uso de palavras que indicam a sequência: primeiro, segundo, depois e
no fim ou por ‘ultimo. Tomando em referência estes autores, no que refere ao reconto.
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CONCLUSÃO
Com a análise e discussão dos dados teóricos assim como os dados empíricos, chegou-se às
seguintes conclusões apresentadas de acordo com a ordem dos objectivos enunciados
(implicitamente respondendo as principais questões da pesquisa):
Sugestões
Das constatações feitas a partir da análise do programa e dos manuais de Português-9 a classe,
bem como em resposta ao terceiro objectivo específico (Sugerir estratégias de superação das
dificuldades de compreensão da leitura e maximização do gosto pela leitura nos alunos),
colocam-se as seguintes sugestões:
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