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António Nuvunga
DECLARAÇÃO ................................................................................................................ i
AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... ii
DEDICATÓRIA .............................................................................................................. iii
LISTAS DE ABREVIATURA........................................................................................ iv
LISTAS DE TABELAS ................................................................................................... v
LISTAS DE GRÁFICOS ................................................................................................ vi
RESUMO ....................................................................................................................... vii
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1
1.1.Problematização……………………………………………………………………2
1.2.Justificativa………………………………………………………………………...2
1.3. Objectivos………………………………………………………………………....4
1.3.1. Objectivo geral .................................................................................................4
1.3.2. Objectivos específicos: .....................................................................................4
1.4. Hipótese da pesquisa………………………………………………………………4
1.5. Limitações do Estudo……………………………………………………………..4
1.6.Estrutura e organização do trabalho……………………………………………….5
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA .............................................................. 6
2.1. Clarificação de conceitos…………………………………………………………6
a) Aprendizagem………………………………………………………………………6
b) Leitura e escrita……………………………………………………………………..7
2.2. Métodos de Ensino da leitura e da escrita e sua aplicação………………………..8
CAPÍTULO III: ASPECTOS METODOLÓGICOS ...................................................... 16
3.1.Tipo de pesquisa………………………………………………………………….16
3.2.Técnicas de recolha de dados…………………………………………………….16
3.2.1. A análise bibliográfica e documental ............................................................. 16
3.2.2. Entrevista semi-estruturada ............................................................................16
3.2.3. Observação directa ......................................................................................... 17
4. Aspectos éticos ........................................................................................................... 17
5. Universo de Pesquisa .................................................................................................. 17
Tabela – 1. Amostra………………………………………………………………….18
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS ................................... 19
4.1 Análise dos resultados de entrevistas concedidas pelos professores e a direcção .... 19
Tabela Nº 2- Entrevistados em género e nível de formação profissional……………19
Tabela-3 Métodos de ensino da leitura e escrita adoptados………………………….20
Gráfico: 1 Aplicação dos métodos e técnicas de ensino da leitura escrita……………22
CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................... 24
5.1. Facilidades/dificuldades que surgem na aplicação das diversas metodologias….25
CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES E SUGESTÕES ........................................................ 27
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 30
Apêndice ......................................................................................................................... 33
Apêndice – 1 GUIÃO DE ENTREVIETS ................................................................. 34
Apêndice - 2 FICHA DE OBSERVAÇÃO…………………………………………35
Anexos…………………………………………………………………………………40
DECLARAÇÃO
Declaro por minha honra, que esta monografia é produto da minha investigação pessoal sob a
orientação da minha supervisora, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente referenciadas na referência bibliográfica. Declaro ainda que esta monografia não
foi apresentada em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico.
___________________________________
/António Nuvunga/
ii
AGRADECIMENTOS
Ao meu irmão Mário Nuvunga e toda a sua família por ter me acolhido na sua casa durante
estes quatro anos e meio desta jornada e pela disponibilidade manifestada desde o primeiro
dia do curso.
DEDICATÓRIA
LISTAS DE ABREVIATURA
UP – Universidade Pedagógica
LISTAS DE TABELAS
LISTAS DE GRÁFICOS
RESUMO
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
Todavia, apesar da atenção considerável que a linguagem escrita tem tido nos recentes
esforços para a melhoria do ensino no país, especialmente no primeiro ciclo do ensino
primário, existem ainda muitos alunos que não desenvolvem com sucesso as capacidades de
leitura e escrita. Esta é a conclusão de avaliações nacionais e internacionais que revelam
baixos níveis de literacia entre os estudantes. Contudo, estes resultados salientam as
dificuldades na aquisição e desenvolvimento da linguagem escrita nas fases iniciais de
aprendizagem.
As crianças não nascem com dificuldades escolares, mas elas aparecem ao longo do processo
de aprendizagem, e a dificuldade na leitura e na escrita tem sido reconhecida como um dos
factores que interferem no aprendizado e na auto-estima do aluno. Assim, a postura adoptada
pelos professores em sala de aula pode ter um papel determinante na superação desta
dificuldade.
O presente trabalho tem como objectivo geral: Analisar o impacto das metodologias e técnicas
pedagógicas adoptadas no primeiro ciclo da EPC de Tihovene, Distrito de Massingir,
província de Gaza, no intervalo compreendido entre 2013 e 2017, momento este em que
2
1.1.Problematização
Foi em 2004, que se introduziu no país um novo programa do ensino primário, chamado novo
currículo com uma inovação: a organização do ensino por ciclos de aprendizagem e em graus
que consagra as progressões semiautomáticas dentro dos ciclos. Com este currículo o ensino
primário tem três ciclos e dois graus assim organizado: 1ª e 2ª classes são do 1º ciclo; 3ª, 4ª e
5ª classes são do 2º ciclo e o 3º ciclo que comporta 6ª e 7ª classes e, da 1ª a 5ª classes tem-se o
1º grau e a 6ª e 7ª classes o 2º graus.
Como se sabe, uma das principais tarefas da escola é ensinar a ler e escrever. A leitura e a
escrita são essenciais a todas as matérias escolares. Dessa forma, a cada ano, o aluno precisa
desenvolver cada vez mais sua capacidade de ler e escrever. Sendo assim, é um trabalho que
se faz em parceria (aluno e professor) para que o resultado do ensino-aprendizagem da leitura
e da escrita em sala de aula sejam os melhores possíveis.
1.2.Justificativa
Todos os dias ouve-se a reclamação da sociedade sobre o fraco desempenho dos alunos do
ensino primário no tocante a aquisição de conhecimentos sobre a leitura e escrita na língua
portuguesa, pelo que, a maioria dos alunos chegam a terminar este nível com pouco domínio
da leitura e da escrita.
3
Diante desta situação surge um apontar mútuo de dedos entre os professores e, os pais e
encarregados de educação. Enquanto os pais e encarregados de educação acusam os
professores como responsáveis pelo fraco desempenho, alegadamente porque pouco fazem
para melhoria da educação dos filhos e os professores culpabilizam os pais alegando uma falta
de colaboração na educação dos seus filhos.
Na verdade, no meio deste apontar mútuo de dedos há um dado adquirido: existe um grave
problema de leitura e escrita em língua portuguesa, na maioria dos alunos do ensino primário
em particular. Esta problemática deve-se ao fraco conhecimento ou aplicação inadequada de
estratégias de ensino da leitura e da escrita por parte dos professores do primeiro ciclo do
ensino primário.
O interesse pelo tema, o ensino aprendizagem da leitura e escrita no primeiro ciclo do ensino
primário, decorre da experiência pessoal como professor e por suas constatações no campo de
ensino e aprendizagem durante os anos de trabalho no ensino primário das escolas públicas
nacionais onde trabalha e convive com alunos que apresentam inúmeras dificuldades na
leitura e na escrita.
Este tema é de grande importância na medida em que a leitura e escrita é uma das
oportunidades mais democráticas e acessíveis de desenvolvimento pessoal e profissional. É
através dela que o indivíduo quebra fronteiras e descobre novos universos sem ao menos sair
do lugar. “Ler é um processo de expansão de si mesmo, a abertura para infinitas
possibilidades, o caminho para o despertar de seu potencial pleno (Borges, 2006, p.56).
O indivíduo que pratica o hábito da leitura, absorve mais conhecimento e promove sua
evolução enquanto ser humano e profissional. Os livros são fontes de riqueza, não somente
em carácter material mas também no sentido mais sublime da palavra, é uma questão de
engrandecimento como um todo. Assim, esta importância observa-se através de duas
perspectivas: social e da vida pessoal e profissional.
1.3. Objectivos
H1: A existência de alunos que terminam o primeiro ciclo da Escola Primária com
bom desenvolvimento na leitura e na escrita é resultado de uma aplicação correcta das
metodologias pelos professores da escola; acção da pesquisa.
H2: A má adopção de metodologias e técnicas pedagógicas naquela escola concorra
para uma maioria considerável de alunos que terminam o primeiro ciclo na Escola
apresentem problemas de leitura e escrita.
O presente estudo, teve como principais limitações a amostragem da pesquisa, pelo facto de
ter sido realizado somente com uma parte dos que convivem com esta situação de crianças em
processo de ensino e aprendizagem da leitura e escrita em ambiente escolar e não com todos
os alunos e professores da escola onde se realizou o estudo porque não seria exequível
5
trabalhar com todos. Os dados e informações terem sido colectados através de entrevistas e
pela observação das aulas dos alunos
a) Aprendizagem
“Só se aprende para a vida quando não somente se pode fazer a coisa de outro modo, mas também
se quer fazer a coisa desse outro modo. Só essa aprendizagem interessa à vida e, portanto a escola.
Tal aprendizagem é inevitavelmente, mais complexa do que a simple aprendizagem de
informativa” (Texeira, 1971 apud Pileti, 2004).
Buendía (2010, p. 13) afirma que entre “as necessidades básicas de aprendizagem destaca-se a
da leitura e escrita, porque é uma competência básica e imprescindível para a formação do
pensamento e espírito crítico do indivíduo, para se ter acesso a outros conhecimentos e
continuar aprendendo ao longo da vida.” Se a criança não aprenda correctamente estas
competências durante a frequência do primeiro ciclo de ensino primário, a criança irá
enfrentar sérios problemas, muitas vezes, sem solução, para continuar com os seus estudos
e/ou para a sua formação profissional, porque muitas das habilidades requeridas pelo mundo
do trabalho exigem um domínio das competências de leitura e de escrita.
7
b) Leitura e escrita
A leitura e a escrita são duas actividades que tanto a criança como os jovens e adultos estão
sempre envolvidos, seja de maneira directa ou indirectamente. Mas, muitas vezes os
professores estão mais preocupados em ensinar como as crianças devem escrever do que
propriamente com a escrita em si.
Ensinar a ler e a escrever a criança, é permitir que elas construam as estratégias de que
necessitam para utilizar a escrita quando quiser brincar, agir, informar-se, distrair-se. “A
utilização ampla da escrita, das várias modalidades de textos sociais, faz com que a criança
aprenda a ler naturalmente, da mesma maneira que ela aprendeu a falar” (Barbosa, 1990, p.
56).
Já se referiu que a língua portuguesa é a base para que os alunos aprendam as restantes
disciplinas curriculares, pois é a base do ensino. Quem não domina esta língua fica condenado
ao fracasso nas diversas disciplinas pois a compreensão dos conteúdos de história, geografia,
ciências naturais, matemática fica seriamente posta em causa, impedindo o seu sucesso na
vida escolar.
Para Kleiman (1989) apud Silva (2013) a “leitura é um acto social, entre dois sujeitos – leitor
e autor – que interagem entre si, obedecendo a objectivos e necessidades socialmente
determinados”. Portanto, a leitura deve ser entendida como o resultado de sentido. O texto é o
resultado de um trabalho anterior do autor e chega até o leitor convidando, desafiando a sua
importância da leitura.
Dos conceitos acima apresentados conclui-se que ler significa ser capaz de decifrar, isto é, de
perante um sinal escrito encontrar a sua face sonora… saber ler é essencialmente compreender
o que se decifra, traduzir em pensamentos, ideias, emoções e sentimentos.
uma das formas de comunicação extremamente importante (Silva, 2013). Com base nestes
conceitos percebe-se que a escrita consiste na utilização de sinais, símbolos para exprimir as
ideias humanas.
Os autores Sim-Sim, Duarte e Ferraz (1997), Sim-Sim (1998) e Villas Boas (2002) afirmam
que recorrer a um método durante o ensino formal e directo da leitura é essencial para
estruturar e sistematizar o processo de aquisição desta competência. Assim, abordar os
métodos de ensino da leitura e da escrita implica debruçar-se sobre os métodos propriamente
ditos (procedimentos, estratégias, materiais, etc…), mas também sobre o papel do professor
neste processo de iniciação à leitura e à escrita.
Galliano (1979, p. 6), defendem que método é um “ (…) conjunto de etapas, ordenadamente
dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência ou para
alcançar determinado fim.” Em concordância com o autor, pode-se afirmar que um método é
como um conjunto de acções, que devem sempre ser sistemáticas, de forma a alcançar o
objectivo pretendido.
Para o ensino da leitura e da escrita no 1.º Ciclo do Ensino Primário, existem diversos
métodos que se podem utilizar. Cada método é distinto pois trabalha aquilo que acha mais
correcto. “Os mais utilizados no sistema de ensino de português são os Métodos Globais ou
Analíticos, os Métodos Sintéticos ou Fónicos e os mistos que juntam Analítico e Sintético.”
(Azevedo 2006, p. 147)
No entanto "o docente não se deve deixar deslumbrar pelo progresso metodológico. Deve ter
sempre em atenção que não existe nenhum método que seja totalmente eficaz com todos os
seus alunos e que todos os métodos podem ajudar na aprendizagem” (Dias, 2013, p. 22).
Segundo Dias (2013) vários professores adaptam métodos e ferramentas utilizadas para o
ensino da alfabetização, e cabe aos mesmos ter várias ferramentas para ensinar os alunos a ler
e a escrever, da palavra à letra, da letra à palavra, passando pelas sílabas, chegando à
construção de frases e textos com os conhecimentos necessários adquiridos.
É fundamental que, durante a sua formação (inicial e contínua), o professor tenha direito a
uma formação especializada no ensino da leitura e da escrita, com base na teoria escrita e
através da experimentação para que assim lhe seja possível perceber e sustentar as suas
opções metodológicas de ensino.
Para que o processo de ensino-aprendizagem seja positivo na sua prática ensinar, o professor
deve ter uma noção concreta dos diferentes métodos de iniciação à leitura e à escrita e das
respectivas estratégias indicadas para cada um deles.
Segundo Smith (1990, p. 20) “…todos os métodos de ensino da leitura permitem alcançar
algum resultado, com algumas crianças, algumas vence.” Qualquer método está apto a ser
utilizado no ensino-aprendizagem da leitura e da escrita com todas as crianças, pois elas são
incrivelmente flexíveis e adaptáveis e qualquer criança com aptidões e capacidades ditas
“normais” pode aprender a ler independentemente do método de aprendizagem utilizado.
Sá (2004) faz referência à existência de duas grandes linhas pelas quais se orienta o processo
de ensino-aprendizagem da leitura. Uma das concepções de ensino-aprendizagem da leitura
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Viana e Teixeira (2002, p. 93) referem que “teoricamente, as diferentes metodologias para o
ensino da leitura deveriam constituir a operacionalização das concepções sobre o acto de ler, e
ter como suporte os diferentes modelos de leitura.”
Já de acordo com Brito (2008) apud Amaro (2010), muitas das vezes não é o programa que
determina a prática e o método utilizado pelo professor, mas sim o manual escolar. Este torna-
se um instrumento “poderoso” que influencia a prática pedagógica a seguir a mesma linha
adoptada pelo livro, tornando o conteúdo deste a única realidade dos alunos.
Segundo Morais (1997), “o grande debate dos métodos está presente há muitos anos,
baseando-se principalmente nas duas posturas históricas que dizem respeito à iniciação da
leitura e da escrita: o Método Sintético e o Método Analítico ou Global.”
A primeira centra-se em efectuar sínteses sucessivas a partir dos elementos mais simples
(letras e sons) até às combinações mais complexas, denominando-se este de Processo
Sintético.
O segundo processo consiste em partir de um todo conhecido (uma frase, um texto ou uma
história), em que através de análises sucessivas se torna possível a descoberta dos elementos
mais simples, senso este é o Processo Analítico ou Global, (Marcelino, 2008).
São estes dois grandes processos que possibilitam a aprendizagem inicial da leitura e da
escrita e é a partir destes que têm surgido e se têm desenvolvido outros métodos, no decorrer
dos últimos 50 anos.
11
Na óptica de Amaro (2010), o Método Sintético é o método mais antigo. Este tem vindo a ser
utilizado desde a antiguidade clássica e consiste no ensino partindo da letra (abstracto),
passando para as sílabas, palavras isoladas, seguindo para a frase (concreto) e terminando nos
textos.
Este é seguido por um processo de decifração no qual os alunos, após o reconhecimento das
correspondências grafema/fonema, são capazes de fazer o encadeamento das letras para
formar sílabas, das sílabas para formar palavras e dessas palavras formar frases.
O método sintético pode ser dividido em três tipos: o alfabético, o fónico e o silábico. No
alfabético, o aluno conhece e aprende as letras, depois forma as sílabas juntando as
consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.
No fónico, ou também conhecido por fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som
da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada.
Para que a criança possa realizar com sucesso é necessário que tenha desenvolvido o
processamento auditivo temporal que se relaciona com a percepção dos sons dentro de um
período de tempo definido como habilidade de perceber/diferenciar estímulos apresentados
em uma rápida sucessão.
Já no silábico, o aluno aprende primeiro as sílabas para formar as palavras. É neste método
que são utilizadas as cartilhas para orientar os alunos e professores durante a aprendizagem,
apresentando um fonema e seu grafema correspondente, evitando confusões auditivas e
visuais.
Tendo em conta o que nos diz Visvanathan (2010), a aplicação deste método não apresenta
grandes dificuldades, pois é simples e segue uma estrutura lógica, isto porque a leitura das
sílabas nas palavras são lidas como elementos simples e não compostos.
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O Método João de Deus é o método que apresenta uma forma progressiva e correcta do ponto
de vista pedagógico das dificuldades da língua portuguesa. Este método é apoiado por um
suporte físico conhecido como a Cartilha Maternal de João de Deus, que está dividido em
várias lições e em cada uma está representada uma letra consoante e estão reunidos os seus
diferentes valores, estas estão ordenadas em função do seu número de valores, sendo
ensinadas primeiro as que correspondem foneticamente àquelas que só têm uma leitura, um
valor, um som.
Esta metodologia beneficia e estimula a criança, uma vez que parte do mais simples para o
mais complexo. Inicialmente, são apresentadas as vogais e em seguida as consoantes “certas”,
e só depois do domínio destas é que são apresentadas à criança as consoantes “incertas”, o que
permite relacionar conhecimentos anteriores e descobrir por si que a posição da letra na
palavra, ou a sua envolvência, determina o seu valor sonoro, que a diferencia de uma parecida
mas não igual.
Este método tem como unidade principal da leitura a palavra, como elemento estruturante
essencial, e numa atitude construtivista de descoberta de valores e regras que levam à
descodificação e à compreensão leitora, de uma forma consciente e significativa.
O Método Analítico ou Global, que, é assim chamado pois é um método que parte da palavra,
frase ou conto, sendo estes considerados como unidade, que será dividida em elementos mais
básicos. Importa referir que o método global utiliza uma pedagogia activa, ou seja, a criança é
o principal agente da sua aprendizagem (Amaro, 2010). Segundo este autor, este método pode
ser dividido em Palavração, Sentenciação ou global.
Na Palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra, o primeiro contacto é com os
vocábulos, numa sequência que engloba todos os sons da língua, e, depois da aquisição de um
certo número de palavras, inicia-se a formação das frases.
O Método das 28 palavras, que é considerado um método analítico, na sua aplicação vai partir
da palavra, como um todo, sem analisar previamente os seus elementos. Neste método são
apresentadas 28 palavras, que seguem uma ordem lógica, e vão sendo lidas e escritas pelos
alunos e, mais tarde, analisadas apenas até à sílaba.
O método das 28 palavras é bastante produtivo e eficaz, quando os alunos revelam algumas
dificuldades na aprendizagem, pois todas as palavras presentes neste são de uso do quotidiano
da criança, e partindo do concreto que eles já conhecem, a aquisição tem um maior sucesso.
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Na iniciação à leitura e escrita, não são utilizados os livros com histórias, mas sim algumas
frases que vão sendo escritas no quadro pelo professor, de acordo com os interesses dos
alunos. Estas frases vão sendo “recolhidas” em conversas espontâneas entre os mesmos.
A partir destas conversas, vão surgindo outras actividades, tais como: ilustrações, diálogos, o
uso do dicionário, entre outras. No entanto, importa mencionar que são estes pequenos textos
que formam o livro que, posteriormente, será objecto de estudo da turma.
Posto isto, pode-se considerar que “o método natural é, sem dúvida, um dos mais educativos,
pois permite que cada criança aprenda a ler à sua maneira, através de experiências pessoais,
que a levam a utilizar directamente na vida o que lê e o que escreve,” (Froissart, 1976, p. 71).
Contudo, já foi possível verificar que o aluno que utiliza o processo analítico para a análise de
uma palavra deve saber como utilizar as novas letras que descobriu, de forma a conseguir
formar novas palavras. Contrariamente ao processo analítico, o aluno que aprendeu a
sintetizar as sílabas de maneira a conseguir formar palavras, tem de conseguir descobrir como
é formada esta nova palavra surgida, de forma a conseguir decifrá-la, (Froissant, 1976).
Assim sendo, os métodos mistos surgiram tentando fazer uma integração do método sintético
e do método global, de modo a que tanto a análise como a síntese fossem perspectivadas
como processos contínuos. (Amaro, 2010). Não obstante, Gonçalves (1967, pp. 129-130),
afirma que, nos métodos mistos,
“Pouco difere, portanto, da fase analítico-sintético, sistemática, dos métodos globais. A principal
diferença está em que, nestes, apenas se desce à decomposição das palavras, depois de os alunos já
conhecerem globalmente um grande número delas, enquanto que naquele essa decomposição se
faz à medida que cada palavra ou frase é apresentada.”
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É nesta vertente dos métodos mistos que surge o Método analítico-sintético, tão utilizado na
actualidade, pois está presente na maioria dos manuais escolares destinados ao 1º ano do 1º
Ciclo do Ensino Primário. Este pode ser aplicado de duas formas: partindo de palavras ou
frases, passando para a análise dos elementos que compõe as estruturas linguísticas
complexas, ou seja, rege-se pelo processo analítico ou global, vindo este a ser chamado de
Método analítico-sintético de orientação Global.
Outra das formas de aplicação, é a que parte das vogais, que são associadas em seguida às
consoantes, formando sílabas, que combinadas originam as palavras, vindo esta forma a
revelar o processo sintético, que por sua vez vai nomear o método como o Método analítico-
sintético de orientação Sintética.
Não se separam a fala, a escrita e a leitura, considera-as desde início como actividades
simultâneas através das quais os alunos criam e desenvolvem “comportamentos activos” de
construção inteligente de significados, é através da partilha que os alunos se apropriam-se da
gramática do texto, são realizados projectos, que permitem experimentar e praticar diferentes
tipos de escrita.
16
Este capítulo trata dos aspectos metodológicos, do espaço físico da pesquisa, dos respectivos
instrumentos de recolha de dados, isto é, a análise bibliográfica e o método clínico (a
entrevista e a observação), com vista a seleccionar a perspectiva mais adequada ao estudo.
Também trata da população alvo, da amostra, do tipo de amostragem e da área geográfica de
pesquisa. Segundo Lakatos (1991, p. 40) metodologia é a explicação minuciosa, detalhada
rigorosa e exacta de toda a acção desenvolvida no método de trabalho da pesquisa. Para
Libâneo (1994, p. 150) método é o caminho para atingir certo objectivo.
3.1.Tipo de pesquisa
Neste trabalho optou-se por uma investigação de natureza qualitativa e descritiva que segundo
Richardson (1999, p. 90), trata-se de “uma tentativa de uma compreensão detalhada dos
significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados em lugar da
produção de medidas qualitativas de características ou comportamentos”.
Por outro lado esta é também descritiva, que segundo Gil (2008, p. 28), “este tipo de pesquisa
tem como objectivo primordial a descrição das características de determinada população ou
fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.” Este método ajudou a
compreensão de forma clara o processo de ensino-aprendizagem em relação a leitura e escrita
no primeiro ciclo do ensino primário.
Para Trivinos citados por Manzini (2009, p. 23) a entrevista semi-estruturada tem como
característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e hipóteses que se
relacionam ao tema da pesquisa. Os questionamentos dariam frutos a novas hipóteses surgidas
a partir das respostas dos informantes. O foco principal seria colocado pelo investigador-
17
4. Aspectos éticos
5. Universo de Pesquisa
Segundo o levantamento estatístico da escola 2017 A EPC de Tihovene, tem como universo
de pesquisa 186 alunos distribuídos em quatro (4) turmas, sendo duas (2) da 1ªclasse e duas
(2) da 2ª classe estando a trabalhar com 4 professoras respectivamente, do primeiro ciclo de
ensino primário, o director da escola, o director adjunto pedagógico da escola.
Optou-se em trabalhar com estes elementos pelo facto de serem uma parte dos que convivem
com esta situação de crianças em processo de ensino e aprendizagem da leitura e escrita em
ambiente escolar por isso pode tecer algumas considerações sobre a questão em pesquisa.
Deste universo irá se escolher aleatoriamente 30 alunos das duas turmas das duas classes do
1º ciclo, duas professoras uma da 1ª classe e a outra da 2ª classe, o Director e o seu adjunto
18
Fonte: O proponente
A tabela que se segue, permite a caracterização dos actores envolvidos no processo de ensino
e aprendizagem da leitura e escrita no 1º ciclo do ensino primário na Escola Primária
Completa de Tihovene.
De um modo geral, todos os professores da EPC de Tihovene afirmaram estar a usar o método
analítico-sintético para ensinar a leitura e a escrita que segundo revela Azevedo (2006, p. 147)
ao considerar que “os mais utilizados no sistema de ensino de português são os Métodos
Globais ou Analíticos, os Métodos Sintéticos ou Fónicos e os mistos que juntam Analítico e
Sintético.”
“Muitas das vezes não é o programa que determina a prática e o método utilizado pelo
professor, mas sim o manual escolar. Este torna-se um instrumento “poderoso” que
influencia a prática pedagógica a seguir a mesma linha adoptada pelo livro, tornando o
conteúdo deste a única realidade dos alunos.”
Contudo, os professores entrevistados afirmaram que tudo o que pode ser usado para o
sucesso da aquisição da leitura e da escrita, passando por materiais, e/ou utilização de
estratégias de outros métodos, tais como o da Cartilha de João de Deus, o de 28 palavras, o de
Jean-Quir-rit, o natural etc., devia ser uma vantagem, para o professor e para os alunos, mas
afirmaram que as direcções das escolas os supervisores distritais e provinciais lhes obrigam a
usar o método analítico-sintético.
21
Fonte: O proponente
No decorrer deste estudo foi possível verificar que é importante, no processo do ensino da
leitura e da escrita, a utilização de um método de ensino. A aptidão para a utilização de
métodos neste processo deve advir da formação inicial de professores e muito mais da
experiencia pessoal como profissional. Para alguns autores:
Os professores preocupam-se mais com o ensino da leitura do que com o processo de ler e, por
outro lado, têm pouco conhecimento teórico acerca deste processo. Tal lacuna de formação
repercute-se na utilização generalizada de um determinado método, sem atender às diferenças
individuais de cada criança, quer em termos de motivação e capacidade de aprender, quer
especialmente em termos de experiências prévias com a linguagem oral e escrita (Viana e
Teixeira, 2002, p. 86).
Depois disto, conseguiu-se compreender que existe uma grande lacuna em relação ao
conhecimento de diferentes métodos de ensino de leitura e escrita, pois todos professores
afirmaram não terem obtido um conhecimento específico relativamente à aplicação dos
métodos de ensino da leitura e da escrita daí o uso generalizado do método analítico-sintético.
22
120%
100%
80%
60% 1 Professor
40%
20% 4 Professores
0%
Aplicação dos métodos em Estratégia e utilização de
função da variável material auxiliar
Fonte: O proponente
Quanto à aplicação dos métodos, o gráfico mostra que 25 % dos professores entrevistados as
vezes usam um método diferente, o global, para minimizar as dificuldades de aquisição de
competências de leitura e escrita encarado, também mostra que 100% dos professores daquela
escola sempre, que necessário, recorrem a algum material para melhorar a aprendizagem da
leitura e escrita pelos alunos.
Segundo Smith (1990, p. 20) “…todos os métodos de ensino da leitura (referidos na revisão
da literatura deste trabalho), permitem alcançar algum resultado, com algumas crianças,
algumas vence.” Considera-se que deveria ser importante que os professores do 1.º Ciclo do
Ensino Primário fossem conhecedores de todos os métodos existentes para o ensino da leitura
e da escrita.
Foi também perceptível que os professores nem sempre consideram que, na prática, os
métodos de ensino da leitura e da escrita necessitem de ser aplicados rigorosamente, uma vez
que a alteração de algumas estratégias e recurso aos mais diversos materiais que vão
aparecendo, em função das variáveis que vão surgindo na prática pedagógica, serão, na
opinião dos professores inquiridos, uma vantagem.
Quando os professores iniciam a sua prática são apoiados/acompanhados e utiliza como base
as ferramentas que lhe são fornecidos, pela instituição, pelo grupo professores ou até pelo
manual e outros livros de apoio.
Contudo, e não obstantes, Viana e Teixeira (2002, p. 52) indicam que, “para o acto do ensino
da leitura e da escrita, os professores devem utilizar os diferentes métodos de ensino, como
suporte, e decidir qual o melhor método a aplicar,” para que todos alunos aprendam.
Quanto aos problemas de leitura e escrita que os alunos da EPC de Tihovene apresentam
pode-se destacar o fraco domínio da oralidade aliado a falta do conhecimento da língua de
24
ensino, a portuguesa o que faz com que o processo de ensino seja moroso para atender
crianças com estes problemas.
No decorrer deste estudo foi possível verificar que é essencial, no processo do ensino da
leitura e da escrita, a utilização de um método, como foi referido no quadro teórico. A
formação para a utilização de métodos neste processo deve advir da formação inicial e através
da exposição e experimentação de vários métodos de professores.
No geral, os professores preocupam-se mais com o ensino da leitura do que com o processo de ler
e, por outro lado, têm pouco conhecimento teórico acerca deste processo. Tal lacuna de formação
repercute-se na utilização generalizada de um determinado método, sem atender às diferenças
individuais de cada criança, quer em termos de motivação e capacidade de aprender, quer
especialmente em termos de experiências prévias com a linguagem oral e escrita (Viana e Teixeira,
2002, p. 86).
Aquando das entrevistas, conseguiu-se compreender que existe um grande défice referente ao
conhecimento de diferentes métodos de ensino, pois os professores afirmaram não terem
obtido nenhum conhecimento específico relativamente à existência e aplicação dos métodos
de ensino da leitura e da escrita iniciais, a não ser o método analítico-sintético que usam
naquela escola.
Importa também referir que, a actividade do professorado, seja no inicio ou durante, “cada vez
mais se chama a atenção para a necessidade de reflectir sobre a sua prática pedagógica: sobre
os seus objectivos e a sua relação com o projecto educativo definido pela escola” (Sá, 2004, p.
33).
Relativamente à influência que a escola possa ter exercido na escolha do método de leitura
utilizado, apenas os professores afirmaram considerar que utilizar o método analítico sintético
é uma mais-valia, pois tiveram oportunidade de, durante o estágio de formação, usarem este
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método o que lhes permitiu um conhecimento pleno do mesmo, admitindo assim que esta
influenciou e facilitou a sua integração a opção metodológica de escola.
Também foi perceptível que os professores nem sempre consideram que, na prática, os
métodos de ensino da leitura e da escrita necessitem de ser aplicados rigorosamente, uma vez
que a alteração de algumas estratégias e recurso aos mais diversos materiais que vão
aparecendo, em função das variáveis que vão surgindo na prática pedagógica, serão, na
opinião dos docentes inquiridos, uma mais-valia.
Quanto às facilidades, verificou-se que efectivamente quando o professor inicia a sua prática é
auxiliado/acompanhado e utiliza como base as ferramentas que lhe são fornecidas pelos
membros da direcção da escola, grupo docente ou orienta-se pelos manuais e outros livros de
apoio como afirma o informante P3, “…trabalhei com apoio dos colegas e da direcção e, fui
aprendendo o uso do método analítico-sintético e é o mesmo que foi ensinado no Instituto de
formação e é este que uso até hoje”.
Assim, os docentes justificam e fundamentam que não há opções, em relação ao método pois
o sistema lhes obriga a adoptar o método analítico-sintético, contrariando a posição de
Mialaret (1976, p. 52) que refere que cabe ao professor “perguntar a si próprio em que medida
este ou aquele método melhora o aprendizagem da criança e favorece, acelera ou retarda a
evolução psicológica.” A este assunto Dias (2013, p. 22) afirma que “(…) não existe nenhum
método que seja totalmente eficaz com todos os seus alunos e que todos os métodos podem
ajudar na aprendizagem.”
Contudo, e não obstantes, Viana e Teixeira (2002) indicam que, para o acto do ensino da
leitura e da escrita, os professores devem utilizar os diferentes métodos de ensino, como
suporte, e decidir qual o melhor método a aplicar.
Posto isto, pode se afirmar que este estudo respondeu a todos os objectivos específicos, pois
foram identificadas as metodologias e técnicas de ensino e aprendizagem da leitura e escrita
adoptadas peloso professores, descrito como são aplicadas as metodologias e técnicas
adoptadas e caracterizados os problemas da leitura e escrita dos alunos.
27
Decorrendo do explicitado, este trabalho teve como objectivo geral: Analisar o impacto das
metodologias e técnicas pedagógicas adoptadas no primeiro ciclo da EPC de Tihovene para o
ensino-aprendizagem da leitura e da escrita, com o principal objectivo de saber até que ponto
essas metodologias estimulam essas aprendizagens. Contudo, constatámos que também seria
importante entender qual o grau de conhecimento que os professores têm acerca dos métodos
de iniciação à leitura e à escrita, fazendo referência às razões e influências sobre a escolha do
método que aplicam na prática educativa.
A escolha metodológica efectuada pelos professores devia ser reflexo não só das suas
aptidões, mas como de um conhecimento dos seus alunos, tendo abertura suficiente para fazer
adequações às necessidades de cada um, ou seja, todos são diferentes e podem aprender a ler
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com qualquer método existente, desde que o ritmo de aplicação deste, assim como as
estratégias utilizadas, vão ao encontro das suas necessidades.
É muito importante que o professor seja flexível aquando da utilização dos métodos de ensino
da leitura e da escrita, pois se a determinada altura os resultados não forem positivos,
surgirem dificuldades ou o sucesso da criança seja posto em causa, a inserção de novas
alterações à aplicação do método só trará benefícios.
Sempre foi perceptível a existência das noções sobre princípios pedagógicos, em que a
preocupação pela aprendizagem e sucesso dos alunos era primordial. Assim sendo, apesar da
revelação de menos conhecimentos teóricos e de conceitos pouco aprofundados sobre as
características e os processos cognitivos envolvidos nos métodos conhecidos, são transmitidas
aos alunos as correctas ideias e percepções de que estes necessitam para a aquisição das
competências da leitura e da escrita.
A aprendizagem da leitura não requer qualquer capacidade única, singular ou específica, que
não tenha sido já exercitada anteriormente em outras aprendizagens. Para aprender a ler, a
criança não precisa mais do que a sua habilidade natural para aprender, e esta manifesta-se
desde os seus primeiros meses de vida.
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Froissart, A. (1976). Como a criança aprende a ler. Lisboa, Portugal: Editorial Aster.
Gil, A. C. (2008). Como elaborar um projecto de pesquisa (6ª ed.) São Paulo, atlas.
Gil, A. C. (1989). Métodos e técnicas de pesquisa social (2º ed.) Editora: atlas, são Paulo.
Lakatos, M. e Marconi, M. A. (1992). Metodologia científica. (2ª ed.) São Paulo, Brazil.
Editora: atlas.
Maruny C. L. (2000) Escrever e ler: como as crianças aprendem e como o professor pode
ensina-las a escrever e a ler/ lluís maruny curto< maríbel ministral morillo e manuel miralles
teicidó; tradução ernani rosa.-porto alegre: artmed,
Mined (2011) relatório de avaliação “a. Ensino primário e secundário”, (avaliação do plano
estratégico para a educação e cultura 2006-2010/11), volume II;
Mined (2015) exame nacional 2015 da educação para todos: Moçambique (relatório sobre os
seis objectivos da educação para todos;
Piletti C. (2004), Didáctica geral, (23ª ed.), São Paulo, Brasil; editora atica
Sá, C. M. (2004). Leitura e Compreensão Escrita no 1.º Ciclo do Ensino Básico: algumas
sugestões. Aveiro: Universidade de Aveiro Edições
Apêndice
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Apêndice - 1
GUÃO DE ENTREVISTA
ESCOLA PRIMARIA COMPLETA DE TIHOVENE
Caro/a professor/a
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Muito obrigado!
35
Apêndice - 2
CONSTATACOES
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
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Apêndice – 3
Sim e não. É que o professor trabalha em consonância com os colegas da classe do ciclo e da ZIP e,
sempre somos orientados a trabalhar olhando a evolução da turma, isto é, se a turma aprende rápido
pode-se pular os passos ou segui-los se haver dificuldades.
Conhecimento Aplicação de P2
acerca de métodos em função Depende da assimilação dos conteúdos por parte das crianças. Porque perder tempo em seguir os passos
aplicação dos de variáveis. exigido pelo método se a criança dá sinal de que já aprendeu?
métodos de P3
ensino. Não sabia. Eu nunca sigo todos os passos do método a não ser quando houver dificuldade de assimilação
da matéria.
P4
Sei, sim e dentro do possível tenho seguido.
P1
“Os cartazes com as letras e o desenho, depois quando quiser ensinar a leitura sempre temos que fazer os
cartazes. O ideal seria colocar este material nas paredes da sala de aulas mas as nossas salas não tem
Aplicação dos Estratégias e segurança. Se colar um cartaz no mesmo dia é retirado.
Métodos utilização de P2
material auxiliar “É assim os livros são sem dúvida o melhor apoio, mas também faço recortes de jornais, revistas, ou seja,
faço tudo e mais alguma coisa, porque lá está quando uma não resulta bem, é bom recorrer a outras,
então utilizo diferentes estratégias, sempre com o mesmo método, o analítico-sintético.”
P3
38
Sim, tento principalmente no início, gostava de poder usar mais mas pelo menos as letras recortadas, o
quadro de pregas e o quadro de silábico, tudo o que seria idealmente manipulável.
P4
“Usamos muito os livros!
Porque o nosso livro foi criado com esta finalidade não é? Claro que depois temos alfabetos, temos
palavras em cartolina, temos os sinais de pontuação, brincamos com eles, os cartazes…
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Anexos
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Anexo - 1
Relação nominal dos alunos do 1º cíclo da EPC de Tihovene
Turma – 1ª Classe A Turma – 1ª Classe B
Nº Nome complto Nº Nome completo
01 Aderito Raimundo Machaul 01 Acidia da Neva José
02 Adriano Fernando Luís 02 Acidia Moníz José
03 Agno da Costa Rosärio Sengue 03 Adelia João Grameso
04 Alfa Armando Nhatumbo 04 Adriano Augusto Mate
05 Alfeu Nelson Cuna 05 Ana Albino Alfredo Chauque
06 Angelo Pedro Chemane 06 Analais da Silva Mandlaze
07 Anita Rosa Sansao Muiambo 07 Angelina Antóno Nhabetse
08 Andino Carlos Zucula 08 Antiloulo Sitosse
09 Argentina Moníz Nhaniombe 09 Calton Manacês Maluleque
10 Bednigo Edy Valoi 10 Carmindo pedro Ngovene
11 Benigna Vicente Novela 11 Chelcia da Graça Samuel
12 Cloud Luís Tomás Valoi 12 Cheny Moniz Macuvele
13 Ermilda ricardo Tivane 13 Craus Ivete Malungane
14 Danilton Nicolau Valoi 14 Dicolar Lourenço Valoi
15 Lourernço Barjante Valoi 15 Dito Naftal Valoi
16 Dzunissane Andrisse Machaul 16 Donaldo Salomão Manuel
17 Edson Sozinho Bissar 17 Dzunissane Edy Valoi
18 Elvira Ananias Bombi 18 Ernesto Tomás Mabote
19 Estevão Pedro Sitoe 19 Evans Aida Chauque
20 Felizardo Danilo Avelino 20 Fatima Aly Pedro
21 Francisco Roberto Ngovene 21 Frusia da Isa Mandlaze
22 Guift Orlando Ngovene 22 Helio Flavio Bombi
23 Helena Justino Justisse Ngovene 23 Helton france Ngovene
24 Hilaria Bianca Daniel Dzimba 24 Ilda da Nubia Ngovene
25 Inês Cacilda Elias Mardade 25 Ivan Alfredo Uqueio
26 Izeriana Adolfo Mate 26 Isack Augusto Cossa
27 Jaime Radock Xavier 27 Jaime Raby Wilson Mussar
28 Jamal João Almirante 28 Joel Armando Valoi
29 Jassura Jorima José Cossa 29 Joice Alexandre Magule
30 Jonito Felizardo vieira 30 Jorge Samuel Zitha
31 Jorlência Luís Ngovene 31 Júlio Hedio Nhatumbo
32 Justino Justisse Junior Ngovene 32 Laife Alsone Cubai
33 Kelven Horacio Cumaio 33 Larcio Frenque Manhique
34 Kensan Helena Muchanga 34 Loisa Florencio Martins
35 Laercio Junior Bila 35 Lucas alminia Bendzane
36 Leurcio Elias Manhiça 36 Lucia Alminia Bendzane
37 Lidia Luis Ngovene 37 Mariamo Alexandre Chauque
38 Lucia Alexandre Cossa 38 Milton Cornelio Caetano
39 Luzdia Thula Macasse 39 Mia Alberto Simango
40 Mardede Higino Dolente Boene 40 Nelton Arestides Mandlaze
41 Milenia Alexandre Cossa 41 Olinda Justino Justisse Ngovene
42 Neize Frazão Malungane 42 Penicela Francisco Walasse
43 Niliana Corlenio valoi 43 Rogerio Massingue Junior
44 Nevia Felix Mabuia 44 Ronilda Rui Manhique
45 Nicholio Rocilio Ngovene 45 Mercia Afonso Chauque
46 Nelza João Manhique 46 Monica Odio Mucar
47 Onelia João valoi 47 Otilia Afecto Chunguane
48 Pedro Aly Quissumo
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