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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Movimento Migratório actual, seus Factores e Implicações culturais, correlacionando


com a pandemia do Covid-19

Aua Selemane Passo – 708213188

Curso: Administração Pública

Disciplina: Antropologia Cultural

Ano de frequência: 2º Ano

Turma: I

Nampula, Setembro, 2022

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Movimento Migratório actual, seus Factores e Implicações culturais, correlacionando


com a pandemia do Covid-19

Trabalho de pesquisa, orientado na


disciplina de Antropologia Cultural, para
fins avaliativos.
Docente: Laimo Fátima De Matos Pereira

Nampula, Setembro, 2022


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nacional e
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entre linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências
edição em citações citações/referências 4.0
Bibliográficas
e bibliografia bibliográficas

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Índice

Introdução………………………………………………………………….…………………….5

1.1 Movimento Migratório…………………………………………...…………………………..6

1.2 Causas da Migração……………………………………………….…………………………6

1.3 Consequências……………………………………………………..…………………………8

1.4 Conceito do Covid-19………………………………………………………………………..8

1.5 Impacto do Covid-19 no Mundo………………………………………….………………….9

1.6 Potencial impacto a longo prazo………………………………………..…………………..12

Conclusão…………………………...…………………………………………………………..13

Referências Bibliográficas……………………………...………………………………………14

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho de pesquisa, visa discutir sobre o movimento migratório actual, seus
factores e implicações culturais, correlacionando com a pandemia do Coronavirus mais
conhecido por Covid19. No dia 23 de Março de 2020, Moçambique passou a fazer parte da lista
de países com casos confirmados da doença provocada pelo novo coronavírus (WHO, 2020a, p.
05).

A rápida expansão dos casos de infecção e doença pela população e países no mundo levou a
que no dia 11 de Março, a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarasse a doença
provocada pelo coronavírus (COVID-19) como uma pandemia (WHO, 2020b).

O surto desta pandemia tem implicações não só na saúde pública como também na economia,
pois as medidas envolvidas para conter a propagação do vírus envolvem a restrição da
circulação de pessoas e bens.

Objectivos do trabalho

Objectivo geral

Constitui objectivo geral do presente trabalho, Discutir acerca do movimento migratório actual,
seus factores e implicações culturais, correlacionando com a pandemia do Coronavirus mais
conhecido por Covid19.

Objectivos específicos

 Descrever adequadamente as medidas de prevenção e causas de sintomas do no novo


covid-19 e sobre movimentos migratórios;
 Divulgar informação relevante e actualizada ao público sobre os impactos do covid-19 e
movimentos migratórios na governação de um estado;
 Fortalecer a preparação e resposta à ameaça de surto por Covid-19 e movimentos
migratórios em Moçambique.

Metodologia

A abordagem metodológica empregada neste trabalho consiste em uma revisão bibliográfica


com intuito de obter informações sistematizadas, sintetizadas e reelaboradas a partir de
reflexões críticas dos autores e construir ideias criando um arcabouço teórico capaz de sustentar
ou subsidiar abordagens referentes ao tema em análise.

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1.1 Movimento Migratório

A imigração está desde à milhares de anos com génese nos séculos XIX e XX. O processo de
descoberta de novos continentes e terras permitiu o homem tirar proveito de tais situações.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) e com o processo da Revolução Industrial
conjugado com a necessidade de expansão económica dos sectores como a Agricultura e a
Indústria, a mão-de-obra passou a ser um factor sine qua non (Acnur, 1995).

Destarte, o processo de migração ganha contornos nunca antes visto, iniciando a transferência
da mão-de-obra de um continente ou país para outro, na sua maioria, de forma obrigatória.

De acordo o Organização Internacional para as Migrações (OIM) considera se migração o


movimento de população para o território de um Estado ou dentro do mesmo que abrange todo
movimento de pessoas, seja qual for o tamanho, sua composição ou causas; inclui a migração
de refugiados, pessoas deslocadas, pessoas desarraigadas, migrantes económicos, (Acnur,
1995).

Tal como relata o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
“aproximadamente 195 milhões de pessoas moram fora de seus países de origem, o equivalente
a 3% da população mundial, sendo que cerca de 60% desses imigrantes residem em países ricos
e industrializados. No entanto, em decorrência da estagnação económica oriunda de alguns
países desenvolvidos, estima-se que, 60% das migrações ocorram entre países em
desenvolvimento”.

O conflito e a insegurança que nos encontramos imbuídos ultimamente, têm originado uma
onda de imigrantes sem precedentes para diversos países da Europa, concretamente: Espanha,
França, Portugal, Itália e Grécia. Grande parte com origem em países em conflito,
nomeadamente: Líbia, Síria, Nigéria, Somália, Eritreia, Bangladesh e Marrocos e outros países,
(Araújo, 2011).

1.2 Causas da Migração

Segundo Araújo (2011), São várias as causas atribuídas a migração, com maior destaque para:
políticas, económicas, religiosas, étnicas, naturais, socioculturais, turísticas e bélicas.

1.2.1 Políticas

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O modelo político do país, a falta de liberdade de expressão, ausência de jornais privados e a
coibição de alguns regimes políticos são factores que contribuem fortemente para a imigração
de países aonde as liberdades fundamentais são mais eficazes e sobretudo respeitadas;

1.2.2 Económicas

Para Walker (2020), O fraco crescimento das economias, acaba por se repercutir em diversos
indicadores económicos como: taxas de inflação, taxas de juros e o desemprego, que
corroboram param um débil desenvolvimento das economias.

Assistindo se uma elevada densidade populacional que conduz a má remuneração dos


empregos, contribuindo para elevados fluxos migratórios;

1.2.3 Religiosas

O combate e a estigmatização de grupos religiosos, a não-aceitação de indivíduos que


professam religiões distintas. Em grande parte dos países a intransigência religiosa tem
originado muitas mortes, o exemplo prático são os considerados “extremistas religiosos”.

1.2.4 Étnicas

Geralmente são causadas por grupos ou comunidades com origens étnicas diferentes, que
quando instalados numa determinada região ou área, acabam por expulsar os demais, que
normalmente constituem a minoria (Adam, 2005).

1.2.5 Naturais

Segundo Who (2019), São normalmente, provocadas por secas, inundações, catástrofes,
erupções vulcânicas ou outras intempéries de índole diversa. A população é obrigada a imigrar
com o intuito de sobreviver.

1.2.6 Socioculturais

Acontece quando os cidadãos acabam imigrar para as grandes metrópoles por motivos de
ordem cultural, aonde acabam por ficar pelo facto de favorecer o desenvolvimento da sua
actividade: Estudantes, músicos, cientistas e artistas (Araújo, 2011).

1.2.7 Turísticas

Acontecem quando os cidadãos viajam para um país como turistas, com o objectivo de passar
as férias, ou conhecer novos locais, e acabam por permanecer e trabalhar.

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Estão relacionadas com os conflitos armados e guerras civis que acabam por degradar grande
parte das infra-estruturas e o tecido produtivo do país, levando-o as ruinas. Ultimamente está
tem sido uma das principais causas de grande parte dos principais fluxos migratórios (Araújo,
2011).

1.3 Consequências

As consequências são inúmeras para os países geralmente para os países/localidades de origem


e destino dos imigrantes.

No ponto de vista demográfico, assiste- se a redução da população, uma vez que o país de
origem não possui os requisitos ou condições que proporcionem a comodidade dos seus
cidadãos e a melhoria da qualidade de vida (Who, 2020).

Nos últimos tempos, em função da nova vaga de imigrantes, aproximadamente 4.800


imigrantes foram salvos do mar mediterrâneo e levados aos portos da Itália e Grécia. A guarda
costeira Moçambicana salvou perto de 3.700 imigrantes, enquanto as forças marítimas
conseguiram salvar aproximadamente perto de 1.100 imigrantes (IOM).

Por outro lado da moeda, ultimamente muito imigrantes têm perdido a vida ao tentar imigrar
para outros países ou continentes. De acordo Organização Internacional para as Migrações
(OIM), “mais de 1.900 imigrantes afogaram-se este ano ao tentar alcançar a África, e perto de
1.840 morreram ao tentar chegar em Moçambique” (Acnur, 1995).

1.4 Conceito do Covid-19

Os coronavírus são um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo (serve
directamente para a síntese proteica), conhecidos desde meados dos anos 1960. Pertencem à
subfamília taxionómica Orthocoronavirinae da família Coronaviridae, da ordem Nidovirales,
(Walker, 2020).

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida. Eles são uma
causa comum de infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Entre os
coronavírus encontra-se o vírus causador da forma de pneumonia atípica grave conhecida por
SARS, e o vírus causador da COVID-19, responsável pela pandemia em 2019 e 2020.

Segundo Walker (2020), A doença de coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa


causada por um coronavírus recém-descoberto.

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A maioria das pessoas infectadas com o vírus COVID-19 experimentará doença respiratória
leve a moderada e se recuperará sem a necessidade de tratamento especial. Os idosos e aqueles
com problemas médicos subjacentes, como doenças cardiovasculares, diabetes, doenças
respiratórias crónicas e câncer, têm mais probabilidade de desenvolver doenças graves.

A melhor maneira de prevenir e desacelerar a transmissão é estar bem informado sobre o vírus
COVID-19, a doença que causa e como se espalha. Proteja-se e a outras pessoas da infecção
lavando as mãos ou usando um esfregão à base de álcool com frequência e sem tocar no rosto.

O vírus COVID-19 se espalha principalmente por gotículas de saliva ou secreção nasal quando
uma pessoa infectada tosse ou espirra, por isso é importante que você pratique etiqueta
respiratória (por exemplo, tossindo em um cotovelo flexionado). No momento, não existem
vacinas ou tratamentos específicos para o COVID-19. No entanto, existem muitos ensaios
clínicos em andamento avaliando possíveis tratamentos. A OMS continuará fornecendo
informações actualizadas assim que os achados clínicos estiverem disponíveis (Walker, 2020).

1.5 Impacto do Covid-19 no Mundo

A epidemia coincidiu com o Ano-Novo Chinês, que marca uma grande temporada de festivais
para a região e o período mais movimentado de viagens na China. Vários eventos envolvendo
grandes multidões foram cancelados pelos governos nacionais e regionais, incluindo o festival
anual de Ano Novo em Hong Kong (Who, 2019).

Na Itália, o governo decidiu fechar escolas e universidades até 15 de Março para tentar conter o
vírus e determinou que todos os principais eventos desportivos do país, sejam disputados sem a
presença de público.

A nível mundial, o medo do surto resulta em pessoas optando por evitar actividades que
poderiam expô-las ao risco de infecção, como sair para fazer compras, por exemplo.
Restaurantes, revendedoras de carros e lojas têm registado quedas na demanda mundial.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em razão
do surto, a economia global pode crescer na taxa mais baixa desde 2009 (Walker, 2020).

1.5.1 Na educação

À data de 17 de Março, o encerramento temporário ou por tempo indeterminado de escolas para


controlar a propagação da doença tinha deixado sem aulas mais de 1.000.000 milhões de
crianças e jovens em Moçambique. 105 Países tinham decretado o encerramento de escolas a

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nível nacional. Em 15 países foram encerradas escolas a nível local, afectando mais 640
milhões de crianças e jovens (Araújo, 2011).

Mesmo que temporários, os encerramentos têm custos sociais e económicos elevados. Embora
as consequentes perturbações afectem pessoas em toda a comunidade, o impacto é maior em
crianças e famílias desfavorecidas, não só pela interrupção da aprendizagem, mas também pelo
comprometimento da nutrição, pelo potenciamento de problemas no cuidado infantil e pelo
custo económico em famílias que não podem trabalhar.

Em resposta aos encerramentos de escolas causados pela COVID-10, Moçambique recomenda


o recurso a programas de ensino à distância e plataformas e recursos educacionais abertos, de
forma a escolas e professores poderem chegar a alunos de forma remota, diminuindo o impacto
do encerramento na aprendizagem (Walker, 2020).

1.5.2 Socioeconómico

A pandemia de coronavírus tem sido associada a vários casos de ruptura de stocks causados
pelo aumento de procura de equipamento para combater o surto, corridas às compras e
perturbações nas operações de produção e logística das empresas. As autoridades de saúde
emitiram avisos de possíveis rupturas de stock de medicamentos e equipamento médico devido
ao aumento exponencial de procura e perturbação dos canais de distribuição (Who, 2019).

Em Moçambique ocorreram corridas às compras que levaram a rupturas de stock de produtos


de mercearia essenciais como comida, papel higiénico e água engarrafada. De acordo com o
director-geral da OMS, a procura por equipamento de protecção individual aumentou 100
vezes, o que levou a um aumento de preços, em alguns casos de vinte vezes o preço normal, e
também induziu atrasos de quatro a seis meses no fornecimento de equipamento médico. A
falta de equipamento de protecção individual em todo o mundo levou a OMS a alertar que a
situação colocava em risco os profissionais de saúde (Walker, 2020).

A Total em Moçambique reportou uma queda nos trabalhos que estão sendo levados acabo na
bacia do rio Rovuma. Em 24 de Março os mercados de acções tiveram a primeira queda
expressiva devido ao aumento significativo do número de casos fora da de Moçambique.

Apesar da elevada prevalência de casos de COVID-19 no norte do pais (Cabo Delgado) e na


região sul (Maputo), e da consequente elevada procura por produtos alimentares, em nenhuma
das regiões se verificou escassez de alimentos. As medidas implementadas contra a acumulação

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e comércio ilegal de bens essenciais evitaram a escassez de alimentos que tinha sido antecipada
(Walker, 2020).

A existência de prateleiras vazias foi apenas temporária, mesmo na cidade de Maputo, onde as
autoridades libertaram reservas de porco de forma a assegurar a alimentação da população. Em
Cabo Delgado existem leis semelhantes, que obrigam os produtores de alimentos a manter
reservas para este tipo de emergências.

1.5.3 Ambiente

Devido ao impacto da pandemia nas viagens e na indústria, em muitas regiões registou-se uma
diminuição na poluição do ar. Entre 1 de Janeiro de 11 de Março de 2020, a Agência Espacial
africanas observou um declínio acentuado nas emissões automóveis de óxido nitroso, centrais
eléctricas e fábricas, coincidente com os encerramentos na região (Who, 2019).

Os métodos para conter o avanço do vírus, como as quarentenas e as restrições de viagens,


resultaram numa diminuição de 25% nas emissões de gases de efeito de estufa na África. No
primeiro mês de quarentena, a Moçambique emitiu menos cerca de 200 mil de toneladas
dióxido de carbono do que no período homólogo de 2019, devido à redução no tráfego aéreo,
refinamento de petróleo e transporte de carvão na CLN.

Apesar do declínio temporário nas emissões a nível global, a Agência Internacional de Energia
lançou o aviso de que as perturbações económicas causadas pela pandemia podem impedir ou
atrasar o investimento das empresas em energia sustentável. A pandemia também tem servido
como incentivo à adopção de políticas de teletrabalho (Walker, 2020).

1.5.4 Cultura

Uma das consequências mais visíveis da pandemia tem sido o cancelamento de cerimónias
religiosas, eventos desportivos, festivais de música, concertos, estreias de cinema, conferências
tecnológicas e espectáculos de moda. Moçambique anunciou o cancelamento das cerimónias da
Semana Santa. Muitas dioceses recomendaram aos fiéis que se mantivessem em casa em vez de
assistir à missa, embora algumas disponibilizem a cerimónia em livestream ou na televisão,
(Who, 2019).

A pandemia causou a mais significativa perturbação no calendário desportivo mundial desde a


Segunda Guerra Mundial. A maior parte dos grandes eventos desportivos agendados foi
cancelada ou adiada, incluindo a Liga dos Campeões da UEFA de 2019 – 20, a Premier League
de 2019–2020, o Campeonato Europeu de Futebol de 2020, a Temporada da NBA de 2019–20,
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e a temporada da NHL de 2019–20. A pandemia também incitava dissabor entre comités
olímpicos quanto aos Jogos de Verão de 2020, que estavam previstos a iniciar-se em 2020, até o
COI declarar, oficialmente, o adiamento do episódio para o ano seguinte (Walker, 2020).

A indústria de entretenimento também foi afectada, com várias bandas a suspender ou cancelar
digressões e concertos. Muitos teatros também suspenderam todas as exibições. Alguns artistas
têm explorado formas de continuar a produzir e partilhar as suas obras através da internet como
alternativa aos concertos ao vivo, como concertos em streaming, ou criando festivais web com
presença de vários artistas.

1.6 Potencial impacto a longo prazo

O impacto político, cultural e socioeconómico da pandemia pode causar alterações profundas


na sociedade humana. Entre estas possíveis alterações estão o aumento do teletrabalho, a
regionalização de cadeias de fornecimento globais e o aumento da polarização política (Adam,
2005).

Alguns autores alegam que a pandemia está a causar uma revolução na forma como é encarado
o trabalho a partir de casa, uma vez que para conter o avanço do vírus várias grandes empresas
aderiram ao teletrabalho. Este efeito também tem sido observado no aumento do ensino à
distância no ensino superior. A pandemia pode também resultar numa diminuição das viagens
em trabalho e conferências internacionais, substituídas pelos análogos virtuais (Adam, 2005).

Tem também sido discutida uma possível reversão da globalização mais ampla, sobretudo no
que diz respeito a cadeias de fornecimento. O ministro da economia alemão tem apoiado uma
regionalização das cadeias de fornecimento em reacção à pandemia.

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Conclusão

O presente trabalho, buscou reflectir sobre o movimento migratório actual, seus factores e
implicações culturais, correlacionando com a pandemia do Coronavirus, contudo, concluiu-se
que, a imigração está desde à milhares de anos com génese nos séculos XIX e XX. O processo
de descoberta de novos continentes e terras permitiu o homem tirar proveito de tais situações.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) e com o processo da Revolução Industrial
conjugado com a necessidade de expansão económica dos sectores como a Agricultura e a
Indústria, a mão-de-obra passou a ser um factor sine qua non.

As causas atribuídas a migração são vários, com maior destaque para : políticas, económicas,
religiosas, étnicas, naturais, socioculturais, turísticas e bélicas.

As consequências são inúmeras para os países geralmente para os países/localidades de origem


e destino dos imigrantes. No ponto de vista demográfico, assiste- se a redução da população,
uma vez que o país de origem não possui os requisitos ou condições que proporcionem a
comodidade dos seus cidadãos e a melhoria da qualidade de vida.

A nível mundial, o medo do surto resulta em pessoas optando por evitar actividades que
poderiam expô-las ao risco de infecção, como sair para fazer compras, por exemplo.
Restaurantes, revendedoras de carros e lojas têm registado quedas na demanda mundial.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em razão
do surto, a economia global pode crescer na taxa mais baixa desde 2009.

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Referências Bibliográficas

Acnur. (1995). A situação dos refugiados no mundo. Em busca de soluções. Genebra.

Adam, Yussuf.(2005). Escapar aos dentes do crocodilo e cair na boca do leopardo. Edições
Promédia: Maputo.

Araújo, M. Mendes. (2011). Migração indocumentada de Moçambique para África do Sul:


Impacto socioeconómico nas comunidades de origem. Revista Internacional de Língua
Portuguesa, Migrações, AULP.

Walker, P. G. (2020). The Global Impact of COVID-19 and Strategies for Mitigation and
Suppression. Imperial College COVID-19 Response Team.

Who Africa, (World Health Organization Africa). (2019). VII Conferência do Observatório de
Recursos Humanos para Saúde. Regional Office for África.

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