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Turma: I
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Universidade Católica de Moçambique
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Índice
Introdução………………………………………………………………….…………………….5
1.3 Consequências……………………………………………………..…………………………8
Conclusão…………………………...…………………………………………………………..13
Referências Bibliográficas……………………………...………………………………………14
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa, visa discutir sobre o movimento migratório actual, seus
factores e implicações culturais, correlacionando com a pandemia do Coronavirus mais
conhecido por Covid19. No dia 23 de Março de 2020, Moçambique passou a fazer parte da lista
de países com casos confirmados da doença provocada pelo novo coronavírus (WHO, 2020a, p.
05).
A rápida expansão dos casos de infecção e doença pela população e países no mundo levou a
que no dia 11 de Março, a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarasse a doença
provocada pelo coronavírus (COVID-19) como uma pandemia (WHO, 2020b).
O surto desta pandemia tem implicações não só na saúde pública como também na economia,
pois as medidas envolvidas para conter a propagação do vírus envolvem a restrição da
circulação de pessoas e bens.
Objectivos do trabalho
Objectivo geral
Constitui objectivo geral do presente trabalho, Discutir acerca do movimento migratório actual,
seus factores e implicações culturais, correlacionando com a pandemia do Coronavirus mais
conhecido por Covid19.
Objectivos específicos
Metodologia
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1.1 Movimento Migratório
A imigração está desde à milhares de anos com génese nos séculos XIX e XX. O processo de
descoberta de novos continentes e terras permitiu o homem tirar proveito de tais situações.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) e com o processo da Revolução Industrial
conjugado com a necessidade de expansão económica dos sectores como a Agricultura e a
Indústria, a mão-de-obra passou a ser um factor sine qua non (Acnur, 1995).
Destarte, o processo de migração ganha contornos nunca antes visto, iniciando a transferência
da mão-de-obra de um continente ou país para outro, na sua maioria, de forma obrigatória.
Tal como relata o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
“aproximadamente 195 milhões de pessoas moram fora de seus países de origem, o equivalente
a 3% da população mundial, sendo que cerca de 60% desses imigrantes residem em países ricos
e industrializados. No entanto, em decorrência da estagnação económica oriunda de alguns
países desenvolvidos, estima-se que, 60% das migrações ocorram entre países em
desenvolvimento”.
O conflito e a insegurança que nos encontramos imbuídos ultimamente, têm originado uma
onda de imigrantes sem precedentes para diversos países da Europa, concretamente: Espanha,
França, Portugal, Itália e Grécia. Grande parte com origem em países em conflito,
nomeadamente: Líbia, Síria, Nigéria, Somália, Eritreia, Bangladesh e Marrocos e outros países,
(Araújo, 2011).
Segundo Araújo (2011), São várias as causas atribuídas a migração, com maior destaque para:
políticas, económicas, religiosas, étnicas, naturais, socioculturais, turísticas e bélicas.
1.2.1 Políticas
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O modelo político do país, a falta de liberdade de expressão, ausência de jornais privados e a
coibição de alguns regimes políticos são factores que contribuem fortemente para a imigração
de países aonde as liberdades fundamentais são mais eficazes e sobretudo respeitadas;
1.2.2 Económicas
Para Walker (2020), O fraco crescimento das economias, acaba por se repercutir em diversos
indicadores económicos como: taxas de inflação, taxas de juros e o desemprego, que
corroboram param um débil desenvolvimento das economias.
1.2.3 Religiosas
1.2.4 Étnicas
Geralmente são causadas por grupos ou comunidades com origens étnicas diferentes, que
quando instalados numa determinada região ou área, acabam por expulsar os demais, que
normalmente constituem a minoria (Adam, 2005).
1.2.5 Naturais
Segundo Who (2019), São normalmente, provocadas por secas, inundações, catástrofes,
erupções vulcânicas ou outras intempéries de índole diversa. A população é obrigada a imigrar
com o intuito de sobreviver.
1.2.6 Socioculturais
Acontece quando os cidadãos acabam imigrar para as grandes metrópoles por motivos de
ordem cultural, aonde acabam por ficar pelo facto de favorecer o desenvolvimento da sua
actividade: Estudantes, músicos, cientistas e artistas (Araújo, 2011).
1.2.7 Turísticas
Acontecem quando os cidadãos viajam para um país como turistas, com o objectivo de passar
as férias, ou conhecer novos locais, e acabam por permanecer e trabalhar.
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Estão relacionadas com os conflitos armados e guerras civis que acabam por degradar grande
parte das infra-estruturas e o tecido produtivo do país, levando-o as ruinas. Ultimamente está
tem sido uma das principais causas de grande parte dos principais fluxos migratórios (Araújo,
2011).
1.3 Consequências
No ponto de vista demográfico, assiste- se a redução da população, uma vez que o país de
origem não possui os requisitos ou condições que proporcionem a comodidade dos seus
cidadãos e a melhoria da qualidade de vida (Who, 2020).
Por outro lado da moeda, ultimamente muito imigrantes têm perdido a vida ao tentar imigrar
para outros países ou continentes. De acordo Organização Internacional para as Migrações
(OIM), “mais de 1.900 imigrantes afogaram-se este ano ao tentar alcançar a África, e perto de
1.840 morreram ao tentar chegar em Moçambique” (Acnur, 1995).
Os coronavírus são um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo (serve
directamente para a síntese proteica), conhecidos desde meados dos anos 1960. Pertencem à
subfamília taxionómica Orthocoronavirinae da família Coronaviridae, da ordem Nidovirales,
(Walker, 2020).
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida. Eles são uma
causa comum de infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Entre os
coronavírus encontra-se o vírus causador da forma de pneumonia atípica grave conhecida por
SARS, e o vírus causador da COVID-19, responsável pela pandemia em 2019 e 2020.
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A maioria das pessoas infectadas com o vírus COVID-19 experimentará doença respiratória
leve a moderada e se recuperará sem a necessidade de tratamento especial. Os idosos e aqueles
com problemas médicos subjacentes, como doenças cardiovasculares, diabetes, doenças
respiratórias crónicas e câncer, têm mais probabilidade de desenvolver doenças graves.
A melhor maneira de prevenir e desacelerar a transmissão é estar bem informado sobre o vírus
COVID-19, a doença que causa e como se espalha. Proteja-se e a outras pessoas da infecção
lavando as mãos ou usando um esfregão à base de álcool com frequência e sem tocar no rosto.
O vírus COVID-19 se espalha principalmente por gotículas de saliva ou secreção nasal quando
uma pessoa infectada tosse ou espirra, por isso é importante que você pratique etiqueta
respiratória (por exemplo, tossindo em um cotovelo flexionado). No momento, não existem
vacinas ou tratamentos específicos para o COVID-19. No entanto, existem muitos ensaios
clínicos em andamento avaliando possíveis tratamentos. A OMS continuará fornecendo
informações actualizadas assim que os achados clínicos estiverem disponíveis (Walker, 2020).
A epidemia coincidiu com o Ano-Novo Chinês, que marca uma grande temporada de festivais
para a região e o período mais movimentado de viagens na China. Vários eventos envolvendo
grandes multidões foram cancelados pelos governos nacionais e regionais, incluindo o festival
anual de Ano Novo em Hong Kong (Who, 2019).
Na Itália, o governo decidiu fechar escolas e universidades até 15 de Março para tentar conter o
vírus e determinou que todos os principais eventos desportivos do país, sejam disputados sem a
presença de público.
A nível mundial, o medo do surto resulta em pessoas optando por evitar actividades que
poderiam expô-las ao risco de infecção, como sair para fazer compras, por exemplo.
Restaurantes, revendedoras de carros e lojas têm registado quedas na demanda mundial.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em razão
do surto, a economia global pode crescer na taxa mais baixa desde 2009 (Walker, 2020).
1.5.1 Na educação
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nível nacional. Em 15 países foram encerradas escolas a nível local, afectando mais 640
milhões de crianças e jovens (Araújo, 2011).
Mesmo que temporários, os encerramentos têm custos sociais e económicos elevados. Embora
as consequentes perturbações afectem pessoas em toda a comunidade, o impacto é maior em
crianças e famílias desfavorecidas, não só pela interrupção da aprendizagem, mas também pelo
comprometimento da nutrição, pelo potenciamento de problemas no cuidado infantil e pelo
custo económico em famílias que não podem trabalhar.
1.5.2 Socioeconómico
A pandemia de coronavírus tem sido associada a vários casos de ruptura de stocks causados
pelo aumento de procura de equipamento para combater o surto, corridas às compras e
perturbações nas operações de produção e logística das empresas. As autoridades de saúde
emitiram avisos de possíveis rupturas de stock de medicamentos e equipamento médico devido
ao aumento exponencial de procura e perturbação dos canais de distribuição (Who, 2019).
A Total em Moçambique reportou uma queda nos trabalhos que estão sendo levados acabo na
bacia do rio Rovuma. Em 24 de Março os mercados de acções tiveram a primeira queda
expressiva devido ao aumento significativo do número de casos fora da de Moçambique.
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e comércio ilegal de bens essenciais evitaram a escassez de alimentos que tinha sido antecipada
(Walker, 2020).
A existência de prateleiras vazias foi apenas temporária, mesmo na cidade de Maputo, onde as
autoridades libertaram reservas de porco de forma a assegurar a alimentação da população. Em
Cabo Delgado existem leis semelhantes, que obrigam os produtores de alimentos a manter
reservas para este tipo de emergências.
1.5.3 Ambiente
Devido ao impacto da pandemia nas viagens e na indústria, em muitas regiões registou-se uma
diminuição na poluição do ar. Entre 1 de Janeiro de 11 de Março de 2020, a Agência Espacial
africanas observou um declínio acentuado nas emissões automóveis de óxido nitroso, centrais
eléctricas e fábricas, coincidente com os encerramentos na região (Who, 2019).
Apesar do declínio temporário nas emissões a nível global, a Agência Internacional de Energia
lançou o aviso de que as perturbações económicas causadas pela pandemia podem impedir ou
atrasar o investimento das empresas em energia sustentável. A pandemia também tem servido
como incentivo à adopção de políticas de teletrabalho (Walker, 2020).
1.5.4 Cultura
Uma das consequências mais visíveis da pandemia tem sido o cancelamento de cerimónias
religiosas, eventos desportivos, festivais de música, concertos, estreias de cinema, conferências
tecnológicas e espectáculos de moda. Moçambique anunciou o cancelamento das cerimónias da
Semana Santa. Muitas dioceses recomendaram aos fiéis que se mantivessem em casa em vez de
assistir à missa, embora algumas disponibilizem a cerimónia em livestream ou na televisão,
(Who, 2019).
A indústria de entretenimento também foi afectada, com várias bandas a suspender ou cancelar
digressões e concertos. Muitos teatros também suspenderam todas as exibições. Alguns artistas
têm explorado formas de continuar a produzir e partilhar as suas obras através da internet como
alternativa aos concertos ao vivo, como concertos em streaming, ou criando festivais web com
presença de vários artistas.
Alguns autores alegam que a pandemia está a causar uma revolução na forma como é encarado
o trabalho a partir de casa, uma vez que para conter o avanço do vírus várias grandes empresas
aderiram ao teletrabalho. Este efeito também tem sido observado no aumento do ensino à
distância no ensino superior. A pandemia pode também resultar numa diminuição das viagens
em trabalho e conferências internacionais, substituídas pelos análogos virtuais (Adam, 2005).
Tem também sido discutida uma possível reversão da globalização mais ampla, sobretudo no
que diz respeito a cadeias de fornecimento. O ministro da economia alemão tem apoiado uma
regionalização das cadeias de fornecimento em reacção à pandemia.
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Conclusão
O presente trabalho, buscou reflectir sobre o movimento migratório actual, seus factores e
implicações culturais, correlacionando com a pandemia do Coronavirus, contudo, concluiu-se
que, a imigração está desde à milhares de anos com génese nos séculos XIX e XX. O processo
de descoberta de novos continentes e terras permitiu o homem tirar proveito de tais situações.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) e com o processo da Revolução Industrial
conjugado com a necessidade de expansão económica dos sectores como a Agricultura e a
Indústria, a mão-de-obra passou a ser um factor sine qua non.
As causas atribuídas a migração são vários, com maior destaque para : políticas, económicas,
religiosas, étnicas, naturais, socioculturais, turísticas e bélicas.
A nível mundial, o medo do surto resulta em pessoas optando por evitar actividades que
poderiam expô-las ao risco de infecção, como sair para fazer compras, por exemplo.
Restaurantes, revendedoras de carros e lojas têm registado quedas na demanda mundial.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em razão
do surto, a economia global pode crescer na taxa mais baixa desde 2009.
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Referências Bibliográficas
Adam, Yussuf.(2005). Escapar aos dentes do crocodilo e cair na boca do leopardo. Edições
Promédia: Maputo.
Walker, P. G. (2020). The Global Impact of COVID-19 and Strategies for Mitigation and
Suppression. Imperial College COVID-19 Response Team.
Who Africa, (World Health Organization Africa). (2019). VII Conferência do Observatório de
Recursos Humanos para Saúde. Regional Office for África.
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