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Universidade Católica de Moçambique
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Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional relevante
na área de estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA
Referências Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
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Folha de Feedback dos tutores:
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Índice
1.Introdução................................................................................................................................7
1.2. Objectivos............................................................................................................................8
1.3. Metodologia.........................................................................................................................8
2.1. Movimento migratório actual, seus factores e implicações culturais, correlacionando com
a pandemia do Covid-19.............................................................................................................9
2.5.1. Políticas...........................................................................................................................19
2.5.2. Económicas.....................................................................................................................19
2.5.3. Religiosas........................................................................................................................19
2.5.4. Étnicas.............................................................................................................................19
2.5.5. Naturais...........................................................................................................................19
2.5.6. Socioculturais..................................................................................................................19
2.5. 7.Turísticas.........................................................................................................................19
2.6. Consequências....................................................................................................................20
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2.7.1. Breve historial do Covid-19............................................................................................20
2.7.3. Na educação....................................................................................................................21
2.7.5. Ambiente.........................................................................................................................23
2.7.6. Cultura.............................................................................................................................23
3. Conclusão..............................................................................................................................26
Referencias Bibliografias..........................................................................................................27
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1.Introdução
A comunidade internacional enfrenta atualmente a pior crise migratória desde a Segunda
Guerra Mundial. Milhões de pessoas têm abandonado suas residências a fim de buscar
proteção em outras cidades ou em outros países. Ao final de 2019, contabilizavam-se 30,2
milhões de refugiados e solicitantes de refúgio, de acordo com o Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O Trabalho tem como objectivo geral analisar
Movimento migratório actual, seus factores e implicações culturais, correlacionando com a
pandemia do Covid-19.
Se fossem contabilizados migrantes forçados internos esse número passaria para 79,5 milhões.
Essa quantidade, no entanto, é muito mais elevada. Primeiro, porque nem todos os migrantes
forçados se enquadram nos requisitos legais para a solicitação de refúgio.
A América do Sul e a Europa são dois continentes fortemente atingidos pela crise, o que
impacta o andamento de blocos regionais nessas respectivas regiões. Em relação a esses
blocos, destacam-se o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia, que preveem
em suas legislações internas a livre circulação de seus nacionais e residentes. Ou seja, se um
grande fluxo de migrantes originários de terceiros países entrar nesses blocos, gerará um
impacto no sistema da livre circulação de nacionais.
Como exemplo temos o fechamento de algumas fronteiras dentro do Espaço Schengen em
2015, no auge da crise migratória europeia, e o controle de migrantes oriundos da Venezuela
um Estado-membro do Mercosul, também a partir de 2015, pelos demais membros do bloco,
em virtude da crise econômica e política que afeta aquele país.
A Covid-19 atingiu os cinco continentes, de forma que diversos países estão enfrentando
graves
crises sanitárias, além de econômicas e políticas. Se o novo vírus já um problema para as
pessoas que vivem normalmente em suas residências habituais, torna-se ainda mais grave para
os migrantes, em especial os forçados.
A rápida expansão dos casos de infecção e doença pela população e países no mundo levou a
que no dia 11 de Março, a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarasse a doença
provocada pelo coronavírus (COVID-19) como uma pandemia (Who, 2020).
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O trabalho apresenta-se estruturado em 4 partes onde temos: 1ª parte inclui introdução, a 2ª é
apresentado o desenvolvimento, a 3ª parte é apresenta a conclusão, finalmente a 4ª parte
apresenta as referências bibliográficas.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo geral
Analisar Movimento migratório actual, seus factores e implicações culturais,
correlacionando com a pandemia do Covid-19.
1.2.2. Objectivos específicos
Divulgar informação relevante e actualizada ao público sobre os impactos do covid-19
e movimentos migratórios na governação de um estado;
Descrever as causas da migração;
Analisar os impactos do Covid-19 no Mundo.
1.3. Metodologia
A elaboração do presente trabalho baseia-se em uma revisão bibliográfica com base na
literatura técnica, nacional e internacional, na busca de informações em diversas páginas da
Internet e na experiência prática do autor.
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2.1. Movimento migratório actual, seus factores e implicações culturais, correlacionando
com a pandemia do Covid-19
2.1. Migrações e pandemia
Atualmente, a sociedade internacional enfrenta uma séria crise migratória, especialmente em
virtude de diversos conflitos, ou seja, uma situação de migração forçada, na qual as pessoas
são obrigadas a abandonar suas residências. A atual crise migratória europeia teve início entre
2011 e 2012, especialmente em razão da guerra na Síria. Trata-se de um conflito que gerou
fuga em massa de sírios, iniciou-se com a Primavera Árabe em 2011 e agravou-se com o
surgimento do Estado Islâmico.
O conflito sírio, todavia, veio a somar-se com conflitos em outros países onde já existiam
grandes fluxos de refugiados e deslocados internos, com destaque para o Afeganistão e o
Iraque. Além disso, devem-se ressaltar os diversos conflitos em países africanos, destacando-
se República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Sudão, Sudão do Sul, Mali
e Somália. E, a partir de 2016, Mianmar e Venezuela também passaram a fazer parte dos
países com grave crise migratória. Não obstante, os venezuelanos não estão nos dados oficiais
do ACNUR, uma vez que parte deles foi recebida nos países da região por meio de
alternativas legais, permitidas pelos sistemas jurídicos.
Como se pode perceber, a crise foi aumentando no decorrer dos anos e ocorre principalmente
no âmbito interno dos Estados. Apesar disso, essas crises migratórias internas, na maioria dos
casos, acabam se transformando em internacionais. Isto é, os deslocados internos, muitas
vezes,
acabam por deixar seus países para buscar refúgio em outros. A partir desse momento,
tornam-se solicitantes de refúgio e, uma vez que este tenha sido reconhecido, eles viram
refugiados. Todos, independentemente da denominação (deslocado interno, solicitante de
refúgio ou refugiado), estão em situação de vulnerabilidade.
Segundo Acnur (1995), destaca os seguintes países com o maior fluxo de migrantes
internacionais forçados em 2019: Burundi, República Democrática do Congo, Mianmar, Síria,
Iêmen, República Centro-Africana, Nigéria, Sudão do Sul e Venezuela. E, se considerarmos o
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grande aumento de deslocados internos em 2019, é possível prever que vai haver um forte
aumento de refugiados na sequência, haja vista a situação de crise criada pela pandemia da
Covid-19 desde meados de 2020.
Outro aspecto importante a ser mencionado é o das migrações voluntáriasou econômicas
(Massey, 2017).
Entre essas transformações, os efeitos da pandemia da Covid-19, declarada em março de
2020,
após o surto inicial na China, que rapidamente teve epicentros posteriores na Itália, na
Espanha,
nos Estados Unidos e, mais recentemente, no Brasil, são intensificados em uma conjuntura
que
implica uma maior vulnerabilização dos migrantes voluntários e forçados, haja vista o
fechamento de fronteiras, a proibição de viagens, a interrupção de voos e transportes
rodoviários e o aumento do controle da mobilidade humana. Tudo isso para evitar a
propagação do novo coronavírus, causador da doença pandêmica.
A anomia social causada por uma pandemia representa também impactos psicológicos
consideráveis, conforme já apontado por Choudhari (2020) e Rothman, Gunturu e Korenis
(2020), no contexto pandêmico atual, o que nos leva a prospectar tais efeitos também para
migrantes, sobretudo aqueles em maior situação de vulnerabilidade, como refugiados e
solicitantes de refúgio.
Segundo Sayad (1998), reflete que as migrações se dão pelo trabalho, em que pesem as
migrações forçadas causadas por guerras e perseguições políticas, sociais e religiosas, será
justamente por meio da via laboral que a pandemia da Covid-19 tecerá os seus maiores
impactos e dramas em migrantes, seus familiares e seus projetos migratórios. Em
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contrapartida, blocos regionais em crises estruturais, como a União Europeia pós-Brexit e o
Mercosul dividido entre as agendas de política externa de Brasília e Buenos Aires, também se
emaranham nessas teias de impactos da maior pandemia desde a Gripe de 1918.
2.1.1. O cenário na união europeia
2.1.1.1. Aspectos jurídicos e institucionais
A Europa foi o segundo continente fortemente atingido pela Covid-19, tendo a crise sanitária
se agravado na Itália inicialmente e, logo após, se espalhado para países vizinhos. E a resposta
não foi apenas dos governos locais e nacionais, mas em conjunto com as determinações das
instituições europeias, que, desde o início, têm trabalhado vigorosamente para administrar a
pandemia dentro do bloco europeu.
O continente europeu, em especial a região que engloba os países-membros da União
Europeia, tem proximidade geográfica com países de onde se origina um grande fluxo de
refugiados, sendo que a principal rota de migrantes é via Grécia. Desde o início da Primavera
Árabe, o fluxo se intensificou, de forma que em 2015 alguns países do Espaço Schengen
chegaram a fechar as fronteiras temporariamente.
Com relação à circulação de pessoas dentro do bloco, é preciso distinguir entre nacionais dos
Estados-membros e de terceiros países. A União Europeia prevê a livre circulação de pessoas
internamente, a partir da criação do Espaço Schengen. Com relação às migrações forçadas, foi
criado o Sistema Comum de Asilo Europeu, tendo um conjunto de regulamentações
comunitárias para administrar os migrantes forçados: diretiva sobre o Estatuto dos
Refugiados, diretiva sobre os procedimentos de asilo, diretiva sobre as condições de
acolhimento e os regulamentos de Dublin.
A crise migratória, agravada pela Primavera Árabe a partir de 2011, fez com que os diversos
regulamentos fossem revisados e também com que fosse firmado um tratado com a Turquia
em 2016, para conter os migrantes, em especial sírios, em seu território. Tal acordo foi alvo
de diversas críticas, uma vez que a Turquia não é considerada um país que respeite os direitos
humanos nos termos previstos pelas legislações europeias e internacionais, tendo sido visto
apenas como um meio para diminuir o fluxo de imigrantes para a Europa em vez de resolver
de fato a situação. Há também críticas em relação aos interesses turcos, como a facilitação
para a entrada da Turquia na União Europeia, a isenção de vistos para cidadãos turcos no
Espaço Schengen, a facilitação do acordo de união aduaneira com o bloco europeu, entre
outras (Ruyt, 2015).
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Portanto, havia interesses estratégicos de ambos os lados. No final de fevereiro de 2020, no
entanto, houve uma forte crise entre a União Europeia e a Turquia, sob a alegação turca de
que os europeus não estavam cumprindo o prometido no acordo, com destaque para o
pagamento de € 6 bilhões, montante que foi saldado apenas parcialmente. Em razão das novas
discussões, o acordo está sendo revisado (Uras, 2020).
Tal período vem sendo cumprido em locais previamente destinados pelos países. Alguns,
como a Irlanda, têm realizado testes de Covid-19 nos novos solicitantes na chegada, enquanto
outros, como a Itália, têm aplicado os testes após o período de quarentena (Easo, 2020).
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deparava-se com as pressões para um maior controle migratório, sobretudo nas bordas do
bloco, como Itália, Grécia, Bulgária e Romênia, e nas tensões geopolíticas e fronteiriças com
a Turquia e a Rússia, além da reabertura dos processos de admissão de novos membros dos
Bálcãs.
No âmbito político, países como Hungria e Polônia acenavam para um exacerbamento de suas
agendas nacionalistas e de extrema direita; enquanto isso, Portugal e os países nórdicos, à
exceção da Suécia, apontavam para uma agenda social-democrata. Segundo Prins (2018), no
plano das relações externas, planteava-se a votação do acordo de livre comércio com o
Mercosul, a aproximação com a China.
Com relação às questões migratórias pré-pandemia, cabe ressaltar a guinada tomada pela
Espanha com a inauguração do governo socialista em junho de 2018, seguida pela Alemanha,
por países do Benelux e pela Dinamarca, no sentido de receber e acolher solicitantes de
refúgio e tentar instituir uma agenda para a regularização de imigrantes indocumentados.
Portugal, posteriormente, também se soma a esse grupo e terá um papel fundamental já no
contexto da pandemia.
Após a declaração da pandemia, as primeiras respostas políticas do bloco europeu foram no
sentido de controle e fechamento de suas fronteiras externas, salvo alguns exemplos internos,
como Portugal e Espanha, e da proibição, mais tarde, por países do bloco, de voos e admissão
de pessoas que haviam visitado países com surtos epidemiológicos, como Brasil e Estados
Unidos.
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pessoas, há regulamentos específicos sobre questões trabalhistas, previdenciárias,
reconhecimento de diplomas, turismo, direitos civis, facilitação de residência, entre outros.
No entanto, o fato de ter objetivos e estrutura institucional muito diferentes da União Europeia
faz com que as regulamentações internas sejam bem menos específicas e em menor número.
Tais princípios são aplicáveis a todos os migrantes, incluindo os nacionais de terceiros países.
Nesse documento, os países se comprometem a cumprir as regulamentações internacionais e
regionais específicas para refugiados e, também, a prevenir e combater o tráfico de pessoas
(Mercosur, 2004).
Com exceção dos acordos firmados para regulamentar a circulação de pessoas no Mercosul,
os demais instrumentos citados são classificados como soft law. Por outro, todos os
documentos que abordam a questão dos refugiados no bloco são orientações para os Estados-
membros, não sendo considerados tratados regionais. Não obstante, esses documentos
enfatizam que os Estados-membros devem seguir os tratados e os demais documentos
internacionais e regionais. Inclusive, todos os membros do bloco são signatários da
Convenção sobre Refugiados de 1951 e de seu Protocolo de 1967, além de serem signatários
da grande maioria de tratados sobre direitos humanos em âmbito internacional e regional.
Ademais, a comissão enfatiza que não deve haver qualquer medida que desencoraje o acesso
do imigrante ao sistema de saúde, como o controle de imigrantes ou o compartilhamento de
informações com o governo. Os dados devem ser sigilosos (Iachr, 2020).
No âmbito econômico e político, cada país do bloco segue uma direção diferente: a Argentina
busca ocupar o protagonismo deixado pelo Brasil, enquanto este se distancia; o Paraguai se
isola, em virtude das suas crises internas e das dificuldades de negociação com a China,
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principal parceira do bloco, pois reconhece apenas Taiwan; e o Uruguai pauta-se pela
autonomia no bloco, evitando subjugar-se a uma relação de dependência total aos demais
membros.
Com relação ao Mercosul, bloco que passa por um shift de identidade e legitimidade desde
2019, verificou-se na quarta seção um panorama distinto àquele da União Europeia, com a
adoção de medidas de mitigação dos efeitos da pandemia da Covid-19 de maneira autônoma,
independente e, praticamente, sem coordenação com os demais países do bloco. A assunção
de novos governos na Argentina e no Uruguai, somada às instabilidades políticas de Paraguai
e Brasil, serviu de plano de fundo para a pandemia e para as próprias migrações em curso no
bloco, como de venezuelanos e haitianos.
Em suma, a partir desta análise conjuntural dos efeitos da pandemia da Covid-19 nas
migrações
internacionais para a União Europeia e o Mercosul, foi possível inferir diferentes respostas
nos
níveis comunitários, nacionais e subnacionais, bem como a adoção e a implementação de
diferentes mecanismos jurídicos e institucionais, que apontam, segundo a nossa conclusão,
para diferentes estágios de institucionalização nos dois blocos. Dessa maneira, verifica-se que
tais efeitos serão percebidos de forma mais coesa e no entorno de uma linearidade na União
Europeia, enquanto no Mercosul serão sensivelmente diferentes em cada um dos países do
bloco.
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Para o autor Jardim (2007), as migrações pendulares ocorrem muitas vezes em razão de
processos de deslocamentos da população no território, por alguma situação que provoque
esse movimento de deslocamento, num determinado contexto e tempo socialmente
constituído, quando esse movimento acontece junto com ele vem atrelado mudanças na
organização da economia e da sociedade que vai ganhando especificidades e finalidades.
Por conta disso, não deve estar desvinculado dos estudos de urbanização, constituição dos
espaços urbanos, mundo do trabalho e desigualdade social, esse fenômeno quando ocorre está
vinculado de forma complexa com mudança social e do desenvolvimento econômico
(Francellino, 2020, p. 142).
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE, 2003), isso que chamamos de
“movimentos pendulares’’ é habitualmente utilizado para designar os movimentos
quotidianos das populações entre o local de residência e o local de trabalho ou estudo.
De acordo com esses estudos, pode-se retirar de conteúdo teórico que “o conceito de
movimento pendular encerra, na sua forma mais simples, duas deslocações de uma pessoa
entre dois pontos do espaço geográfico: uma de ida para o local de trabalho ou estudo e outra
de retorno ao local de residência” (INE, 2003, p.2).
Por se configurar como uma modalidade da mobilidade humana, por vezes o movimento
pendular é confundido com a experiência de migratório ou migração (Bersot, 2019). No
entanto, por mais que ambas estejam relacionadas ao fluxo de pessoas pelo território e da
capacidade de mobilidade espacial dos indivíduos, o autor Moura (2005, p. 124) escreve que
“enquanto a migração envolve mudança de residência, os deslocamentos pendulares
caracterizam-se por deslocamentos entre o município de residência e outros municípios, com
finalidade específica”.
Assim sendo, pode-se dizer que “migração e movimento pendular são diferentes, pois a
migração compreende uma mudança do local de residência para uma outra em que o sujeito se
fixa, já o movimento pendular não requer mudança de residência, o indivíduo retorna para sua
cidade de origem depois de completar suas atividades diárias” (Bersot, 2019, p. 1371).
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metropolitanas como por exemplo “aumento expressivo de moradias desiguais, diminuição da
qualidade de vida, aumento da criminalidade, trânsito caótico entre outros” (Francellino,
2020, p. 144). Cidades de porte médio como Maringá-PR, Jundiaí-SP, Macaé- RJ, e
aglomerações urbanas não metropolitanas também cresceram e com elas, seus problemas
(Francellino, 2020, p. 144).
Para fins deste estudo, “optou-se pelo uso dos termos “movimento’’ ou ‘’deslocamento”
pendular, por se entender que tal dinâmica envolve um deslocamento diário e que, portanto,
não implica transferência para ou fixação definitiva em outro lugar” (Moura, 2005, p. 123).
Assim, “os parâmetros principais para estas diferenciações residem, pois, na duração dos
deslocamentos e em sua escala de abrangência, de modo que somente aqueles que implicam a
mudança permanente do local de residência dos indivíduos podem ser chamados de
movimentos migratórios” (Perpétua, 2010, p. 135).
Para Coelho Neto, essa definição de migração baseada na relação com valores culturais,
sociais e políticos, que o trabalhador reside em determinado município e trabalha em outro,
permite entender e diferenciar da concepção de mobilidade “que implica decisivamente
mudança de residência, ao passo que a mobilidade envolve também deslocamentos diários e
sazonais, que não implicam mudança temporária ou permanente de residência” (Coelho Neto,
2020, p. 365).
Neste sentido, “uma das formas de mobilidade populacional é o movimento pendular, o qual
caracteriza-se pela possibilidade das pessoas locomoverem-se no espaço buscando em outros
locais bens e serviços que não são viabilizados em seu lugar de origem, seja por motivo de
trabalho, estudo, saúde ou outros” (Tavares, 2016, p. 16).
Ainda segundo o mesmo autor, esse movimento estudado como forma de mobilidade é
relevante e permite “compreender a dinâmica da população e da hierarquia urbana,
contribuindo para o entendimento do processo de produção e organização do espaço
geográfico” (Tavares, 2016, p. 16).
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razão das condições expostas pelo vírus e sua disseminação, mas principalmente por se tratar
de um ambiente de exclusão, nas palavras de Coelho Neto, esses tempos “não podem ser
desconsideradas as condições de maior vulnerabilidade e dos riscos que correm esses
aglomerados de exclusão”, onde vivem milhares de pessoas ocupando um pouco espaço
(Coelho Neto, 2020, p. 370). Então, “as condições sociais, econômicas, políticas e territoriais
desses grupos de migrantes os colocam em situação de enorme precariedade, inclusive para
desenvolver práticas sanitárias para evitar os contágios e para empreender estratégias de
enfrentamento dos variados impactos”, e essas situações não podem ser desconsideradas pelo
estudo da Geografia.
Esse deslocamento surge muitas vezes relacionado com a “busca de encontrar a satisfação de
demandas básicas como trabalho, estudo, consumo, etc. muitas pessoas são impelidas
frequentemente a transpor os limites territoriais do município em que residem” (Perpétua,
2010, p. 135).
Quando se fala em movimentos pendulares, fala-se desses deslocamentos que ocorrem
diariamente, que podem ser definidos como deslocamentos de pessoas “entre o município de
residência e outros municípios, com finalidade específica” (Moura; Castello Branco;
Firkowski, 2005, p. 124).
No âmbito da Geografia, o estudo de migração pendular e pandemia se relacionam na medida
em que é possível constatar que todas essas definições de questões sanitárias sobre o status
que a Organização Mundial de Saúde vai dar a crise sanitária se em termos globais ou
regionais implicam em “considerar a dimensão espacial, que está na base de suas
significações, pois a diferença entre pandemia e epidemia se baseia na escala espacial de
abrangência da disseminação de determinada doença contagiosa, manifestando-se a epidemia
na escala local e regional e a pandemia configurando-se como um processo de disseminação
global” (Coelho Neto, 2020, p. 372).
Esse deslocamento da “grande maioria dos trabalhadores não é uma mobilidade perfeita, não
é fruto de um espaço geográfico que tende ao equilíbrio e a homogeneidade e não decorre da
liberdade e da pretensa racionalidade dos indivíduos”, ela está relacionada a uma gama de
fatores sociais e econômicos, principalmente a desigualdade que acelera essa formação de
aglomerados de exclusão, tornando esse fenômeno “muito mais de uma mobilidade
contraditória, produzida por um espaço em constante processo de desenvolvimento desigual e
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combinado, que força os trabalhadores a se adequarem aos ditames da estrutura totalizante do
capital e de sua frenética busca por acumulação” (Perpétua, 2010, p. 152).
2.5.1. Políticas
O modelo político do país, a falta de liberdade de expressão, ausência de jornais privados e a
coibição de alguns regimes políticos são factores que contribuem fortemente para a imigração
de países aonde as liberdades fundamentais são mais eficazes e sobretudo respeitadas.
2.5.2. Económicas
Para Walker (2020), o fraco crescimento das economias, acaba por se repercutir em diversos
indicadores económicos como: taxas de inflação, taxas de juros e o desemprego, que
corroboram para um débil desenvolvimento das economias. Assistindo–se uma elevada
densidade populacional que conduz a má remuneração dos empregos, contribuindo para
elevados fluxos migratórios.
2.5.3. Religiosas
O combate e a estigmatização de grupos religiosos, a não-aceitação de indivíduos que
professam religiões distintas. Em grande parte dos países a intransigência religiosa tem
originado muitas mortes, o exemplo prático são os considerados “extremistas religiosos”.
2.5.4. Étnicas
Geralmente são causadas por grupos ou comunidades com origens étnicas diferentes, que
quando instalados numa determinada região ou área, acabam por expulsar os demais, que
normalmente constituem a minoria, (Adam, 2005).
2.5.5. Naturais
Segundo Who (2019), São normalmente, provocadas por secas, inundações, catástrofes,
erupções vulcânicas ou outras intempéries de índole diversa. A população é obrigada a
imigrar com o intuito de sobreviver.
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2.5.6. Socioculturais
Acontece quando os cidadãos acabam imigrar para as grandes metrópoles por motivos de
ordem cultural, aonde acabam por ficar pelo facto de favorecer o desenvolvimento da sua
actividade: Estudantes, músicos, cientistas e artistas, (Araújo, 2011).
2.5. 7.Turísticas
Acontecem quando os cidadãos viajam para um país como turistas, com o objectivo de passar
as férias, ou conhecer novos locais, e acabam por permanecer e trabalhar. Estão relacionadas
com os conflitos armados e guerras civis que acabam por degradar grande parte das infra-
estruturas e o tecido produtivo do país, levando-o as ruinas. Ultimamente está tem sido uma
das principais causas de grande parte dos principais fluxos migratórios, (Araújo, 2011).
2.6. Consequências
As consequências são inúmeras para os países geralmente para os países ou localidades de
origem e destino dos imigrantes. No ponto de vista demográfico, assiste–se a redução da
população, uma vez que o país de origem não possui os requisitos ou condições que
proporcionem a comodidade dos seus cidadãos e a melhoria da qualidade de vida, (Who,
2020). Nos últimos tempos, em função da nova vaga de imigrantes, aproximadamente 4.800
imigrantes foram salvos do mar mediterrâneo e levados aos portos da Itália e Grécia. A
guarda costeira Moçambicana salvou perto de 3.700 imigrantes, enquanto as forças marítimas
conseguiram salvar aproximadamente perto de 1.100 imigrantes (IOM).
Walker (2020), a doença de coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa causada por
um coronavírus recém-descoberto. A maioria das pessoas infectadas com o vírus COVID-19
experimentará doença respiratória leve a moderada e se recuperará sem a necessidade de
tratamento especial. Os idosos e aqueles com problemas médicos subjacentes, como doenças
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cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias crónicas e câncer, têm mais probabilidade de
desenvolver doenças graves. A melhor maneira de prevenir e desacelerar a transmissão é estar
bem informado sobre o vírus COVID-19, a doença que causa e como se espalha. Proteja-se e
a outras pessoas da infecção lavando as mãos ou usando um esfregão à base de álcool com
frequência e sem tocar no rosto. O vírus COVID-19 se espalha principalmente por gotículas
de saliva ou secreção nasal quando uma pessoa infectada tosse ou espirra, por isso é
importante que você pratique etiqueta respiratória (por exemplo, tossindo em um cotovelo
flexionado).
2.7.3. Na educação
No dia 17 de Março, o encerramento temporário ou por tempo indeterminado de escolas para
controlar a propagação da doença tinha deixado sem aulas mais de 1.000.000 milhões de
crianças e jovens em Moçambique. 105 países tinham decretado o encerramento de escolas a
nível nacional.
Portanto, em 15 países foram encerradas escolas a nível local, afectando mais 640 milhões de
crianças e jovens, (Araújo, 2011). Mesmo que temporários, os encerramentos têm custos
sociais e económicos elevados. Embora as consequentes perturbações afectem pessoas em
toda a comunidade, o impacto é maior em crianças e famílias desfavorecidas, não só pela
interrupção da aprendizagem, mas também pelo comprometimento da nutrição, pelo
potenciamento de problemas no cuidado infantil e pelo custo económico em famílias que não
podem trabalhar. Em resposta aos encerramentos de escolas causados pela COVID-10,
Moçambique recomenda o recurso a programas de ensino à distância e plataformas e recursos
educacionais abertos, de forma a escolas e professores poderem chegar a alunos de forma
remota, diminuindo o impacto do encerramento na aprendizagem, (Walker, 2020).
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Em Moçambique ocorreram corridas às compras que levaram a rupturas de stock de produtos
de mercearia essenciais como comida, papel higiénico e água engarrafada. De acordo com o
director-geral da OMS, a procura por equipamento de protecção individual aumentou 100
vezes, o que levou a um aumento de preços, em alguns casos de vinte vezes o preço normal, e
também induziu atrasos de quatro a seis meses no fornecimento de equipamento médico. A
falta de equipamento de protecção individual em todo o mundo levou a OMS a alertar que a
situação colocava em risco os profissionais de saúde, (Walker, 2020). A Total em
Moçambique reportou uma queda nos trabalhos que estão sendo levados acabo na bacia do rio
Rovuma. Em 24 de Março os mercados de acções tiveram a primeira queda expressiva devido
ao aumento significativo do número de casos fora da de Moçambique Apesar da elevada
prevalência de casos de COVID-19 no norte do país (Cabo Delgado) e na região sul
(Maputo), e da consequente elevada procura por produtos alimentares, em nenhuma das
regiões se verificou escassez de alimentos. As medidas implementadas contra a acumulação e
comércio ilegal de bens essenciais evitaram a escassez de alimentos que tinha sido antecipada,
Walker (2020) A existência de prateleiras vazias foi apenas temporária, mesmo na cidade de
Maputo, onde as autoridades libertaram reservas de porco de forma a assegurar a alimentação
da população.
2.7.5. Ambiente
Devido ao impacto da pandemia nas viagens e na indústria, em muitas regiões registou-se
uma diminuição na poluição do ar. Entre 1 de Janeiro de 11 de Março de 2020, a Agência
Espacial africanas observou um declínio acentuado nas emissões automóveis de óxido nitroso,
centrais eléctricas e fábricas, coincidente com os encerramentos na região, (Who, 2019).
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2.7.6. Cultura
Uma das consequências mais visíveis da pandemia tem sido o cancelamento de cerimónias
religiosas, eventos desportivos, festivais de música, concertos, estreias de cinema,
conferências tecnológicas e espectáculos de moda. Moçambique anunciou o cancelamento das
cerimónias da Semana Santa. Muitas dioceses recomendaram aos fiéis que se mantivessem
em casa em vez de assistir à missa, embora algumas disponibilizem a cerimónia em
livestream ou na televisão, (Who, 2019).
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2.7.8. Impacto da Covid-19 no Processo de governação em Moçambique
A propagação da COVID-19 está a acelerar em todo o mundo. Em Moçambique, a maioria
das províncias já tem casos confirmados e 1 óbito. Caso não seja contida, a pandemia terá um
impacto substancial nas economias e nos cidadãos do continente, Acnur 2020). À data da
publicação (30 de Março de 2020), o número de casos em Moçambique continua baixo em
comparação com outras regiões. Segundo os dados disponíveis, tal pode dever-se à média
etária dos cidadãos africanos, que é a mais baixa do mundo, e a factores relacionados com o
clima do continente, embora essa hipótese já tenha sido questionada por vários especialistas,
(Acnur, 2020).
Na realidade, Moçambique pode vir a ser o pais mais atingido por esta doença invisível. A
fragilidade preexistente dos sistemas de saúde, acompanhada por uma alta taxa de prevalência
de diabetes e doenças respiratórias, bem como uma alta densidade urbana e muitas vezes mal
controlada, são factores que aumentam a vulnerabilidade do continente ao vírus e a sua
letalidade. Segundo o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, director-geral da Organização
Mundial da Saúde (OMS), África deve “acordar” para a ameaça da COVID-19 e preparar-se
para o pior cenário, (Walker, 2020). A publicação centra-se no actual cenário da saúde e em
seus desafios conexos, sem deixar de tomar em consideração o caminho futuro. Estes riscos
cumulativos devem ser considerados agora para garantir uma resposta adequada e
coordenada, (Who, 2019).
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acessibilidade dos serviços de saúde essenciais. Segundo os Centros de Controlo e Prevenção
de Doenças de África (Africa CDC), 43 países africanos conseguem testar a COVID-19.
Porém, os países estão em geral pouco preparados para o rastreio e acompanhamento de
viajantes nos pontos de entrada e para o tratamento dos casos com eficácia. Reforçar e
melhorar estes passos essenciais podem limitar a propagação do vírus e salvar vidas, (Who,
2019). Os dados relativos às instalações de saúde e aos resultados obtidos continuam a ser
fragmentados e frágeis. Apenas oito países africanos possuem sistemas completos de registo
de nascimentos, o que afecta a produção oportuna de dados, crucial em situações de
emergência sanitária. Estatísticas de qualidade, bem como gabinetes nacionais de estatística
autónomos e bem financiados são essenciais para todas as fases da tomada de decisões e da
formulação de políticas baseadas em dados concretos, em especial na área da saúde, (Acnur,
1995).
3. Conclusão
Contudo, há um século, o SI começava a se recuperar dos efeitos da Gripe de 1918, que não
apenas alterou a ordem mundial no ínterim da Primeira Guerra Mundial, mas também teve
consequências para os concertos regionais na Europa, nas Américas e no Oriente Médio,
principalmente, e, por conseguinte, afetou a mobilidade humana internacional, sobretudo os
fluxos migratórios de refugiados da guerra.
Um século depois, deparamo-nos com uma nova pandemia, cujos reflexos na economia, na
política e nas relações internacionais já se apresentam em patamares superiores àqueles
verificados em crises sanitárias globais anteriores. Nesse contexto, as migrações não
deixariam de sofrer os efeitos da Covid-19, uma vez que fronteiras foram fechadas e fluxos
foram interrompidos quase que na sua totalidade, o que procuramos analisar na segunda
seção, com foco na União Europeia e no Mercosul, dois blocos que estão inseridos nas regiões
com os maiores indicadores de contaminados e óbitos pelo novo coronavírus.
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No âmbito da União Europeia, foi possível observar uma governança de coesão, que buscou
mitigar os impactos econômicos e geopolíticos da pandemia, cujos reflexos se observaram
também nas migrações, apesar do fechamento de fronteiras e da proibição de admissão de
estrangeiros extranacionais do bloco, que contam com um item específico no plano de
recuperação proposto pela Comissão Europeia, conforme abordado na terceira seção.
Entretanto, o alastramento da COVID-19 para este grupo populacional pode ter efeitos
nefastos na economia, pois, a maior parte da força de trabalho (quase 5 milhões) vive na zona
rural caracterizada pela ausência de poupança e baixo acesso a infra-estruturas e serviços de
saúde.
Contudo, são esses que vão para os centros urbanos gerar riquezas, por meio do trabalho, para
aqueles que economicamente já a possuem.
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