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Acta Farmacêutica Portuguesa

2019, vol. 8, n.1, pp.17-38


A Farmacopeia Europeia: um livro oficial com cinquenta anos
The European Pharmacopoeia: an official book with fifty years
1 2 3 1
Conceição J. , Pita J.R. , Cabral-Marques H.M. , Sousa Lobo J.M.
ARTIGO ORIGINAL | ORIGINAL ARTICLE
RESUMO
A Farmacopeia Europeia é uma farmacopeia regional publicada pela Direção Europeia
da Qualidade dos Medicamentos e Cuidados de Saúde, do Conselho da Europa, com
sede em Estrasburgo. Este organismo inclui a Comissão da Farmacopeia Europeia e
coordena a Rede Europeia de Laboratórios Oficiais de Comprovação da Qualidade de
Medicamentos. Desde 1964 até 2018, foram publicadas nove farmacopeias oficiais,
estando a Farmacopeia Europeia 9 prestes a deixar de ser oficial, já que a 1 de janeiro
de 2020 entrará em vigor a Farmacopeia Europeia 10. Em relação à frequência de
atualização e revisão, presentemente, a farmacopeia tem nova edição a cada três anos
com oito suplementos adicionais. Nesta publicação efetua-se uma sinopse histórica da
Farmacopeia Europeia e articula-se o tema com as principais entidades internacionais
envolvidas na legislação e regulamentação de medicamentos.

Palavras-chave: Farmacopeia Europeia, Medicamentos, Regulamentação, Qualidade.

ABSTRACT
The European Pharmacopoeia is a regional pharmacopoeia published by the European
Directorate for the Quality of Medicines and HealthCare of the Council of Europe based
in Strasbourg. This entity includes the European Pharmacopoeia Commission and
coordinates the European Network of Official Medicines Control Laboratories. From
1964 to 2018, nine official pharmacopoeias have been published, and the European
Pharmacopoeia 9 is about to cease to be official, as the European Pharmacopoeia 10
will enter into force on the 1st of January 2020. Regarding the frequency of updating
and revision, presently, the pharmacopoeia has a new edition every three years with
eight additional supplements. The aim of this publication is to perform a historical
synopsis of the European Pharmacopoeia and to articulate the subject with the
main international entities involved in legislation and regulatory affairs of medicinal
products.

Keywords: European Pharmacopoeia, Medicinal products, Regulation, Quality.

1 UCIBIO/REQUIMTE, MedTec-Laboratório de Tecnologia Farmacêutica, Departamento de Ciências do


Medicamento, Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto, Portugal.
2 Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20), Laboratório de

Sociofarmácia e Saúde Pública, Faculdade de Farmácia, Universidade de Coimbra, Portugal.


3 Instituto de Investigação do Medicamento da Universidade de Lisboa (iMed.ULisboa), Departamento de

Farmácia Galénica e Tecnologia Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa, Portugal.

Autor para correspondência: Jaime Conceição, Laboratório de Tecnologia Farmacêutica, Departamento de


Ciências do Medicamento, Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto, Rua de Jorge Viterbo Ferreira, n.º
228, 4050-313 Porto; jmgmconceicao@ff.up.pt
Submetido/Submitted: 13 junho 2019| Aceite/Accepted: 10 julho 2019

©Ordem dos Farmacêuticos, SRP ISSN: 2182-3340


Conceição J., et al.

INTRODUÇÃO cazes e de qualidade4. Além destes


O medicamento (Figura 1) constitui um três atributos essenciais, a avaliação
produto de elevado valor acrescentado, económica dos medicamentos constitui
com impacto humano, social e económi- um quarto parâmetro de extrema im-
co, e que é regulado por razões de Saúde portância e realiza-se através de estudos
Pública1-3. O sistema regulador europeu de custo/benefício, custo/utilidade e
de medicamentos, constituído por uma custo/efetividade5,6.
rede de cerca de cinquenta autoridades A nível nacional, a Autoridade Nacional
regulamentares dos trinta e um países do Medicamento e Produtos de Saúde,
do Espaço Económico Europeu (vinte e I.P. (INFARMED), fundada em 1993 e
oito Estados Membros da União Euro- com sede em Lisboa, regula e supervi-
peia, Islândia, Liechtenstein e Noruega), siona os sectores dos medicamentos,
pela Comissão Europeia e pela Agência dos dispositivos médicos e dos produtos
Europeia de Medicamentos (EMA), as- cosméticos7-9.
segura aos doentes da União Europeia Atualmente, as farmacopeias são livros
acesso a medicamentos seguros, efi- oficiais que estabelecem as normas da

Figura 1. Características gerais do medicamento.

qualidade para os medicamentos e para cipientes12-14.


os produtos que são utilizados no seu O objetivo desta publicação é realizar
fabrico10. Ou seja, uma farmacopeia é uma sinopse histórica da Farmacopeia
um código farmacêutico da qualidade Europeia e articular o assunto com as
quer para as autoridades de Saúde Públi- principais entidades internacionais en-
ca11 quer para os fabricantes de medica- volvidas na legislação e regulamentação
mentos, de substâncias ativas e de ex- de medicamentos15.

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Qualidade do medicamento como, por exemplo: i) a realização de


A qualidade é um atributo essencial do estudos de estabilidade; ii) a definição
medicamento, ou seja, trata-se de um de limites relevantes para os ensaios de
conceito objetivo que está relacionado impurezas; e iii) uma abordagem mais
com o cumprimento de especificações, flexível à qualidade farmacêutica com
sendo inerente quer aos produtos uti- base na gestão do risco das Boas Práticas
lizados na preparação de medicamen- de Fabrico19.
tos (substâncias ativas, excipientes e A norma orientadora da qualidade Q420
acondicionamento primário) quer aos aborda as farmacopeias, estando sub-
próprios medicamentos (produtos aca- dividida em Q4A (harmonização das
bados)16. Assim, a qualidade permite, farmacopeias) e em Q4B (avaliação e
de forma indireta, garantir que as carac- recomendação dos textos farmacopeicos
terísticas de eficácia e de segurança pre- para utilização nas três regiões ICH, ou
tendidas se mantenham durante o prazo seja, na Europa, nos Estados Unidos da
de validade do medicamento. América e no Japão)21,22.
De acordo com o Conselho Internacio- O Documento Técnico Comum (CTD),
nal para Harmonização de Requisitos documento harmonizado nas três
Técnicos para Medicamentos de Uso regiões ICH que se utiliza para se obter
Humano (ICH)17, fundado em 1990, a autorização de introdução no mercado
existem quatro tipos de normas orienta- (AIM) de um medicamento, é constituí-
doras (“guidelines”), designadamente: do por cinco módulos23,24: i) o módulo 1
i) da qualidade; ii) da segurança; iii) da diz respeito à informação administrativa,
eficácia; e iv) multidisciplinares. As nor- regional e nacional; ii) o módulo 2 é um
mas orientadoras da qualidade18 (Figura resumo da qualidade, da parte pré-clíni-
2) visam harmonizar diversos aspetos ca e da parte clínica; iii) o módulo 3 des-

Figura 2. Normas orientadoras (“guidelines”) da qualidade


definidas pelo ICH18.

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Conceição J., et al.

creve a qualidade; iv) o módulo 4 aborda farmacopeias são livros de inegável in-
os relatórios de estudos não clínicos; e teresse para o ensino universitário e
v) o módulo 5 diz respeito aos relatóri- para a prática profissional de farmacêu-
os de estudos clínicos. A qualidade do ticos35,36.
medicamento está descrita no módulo 3, Como ilustrado na Figura 3, as farmaco-
isto é, a parte 3.2.S diz respeito à subs- peias estabelecem os requisitos mínimos
tância ativa e a parte 3.2.P refere-se ao da qualidade para as matérias-primas
produto acabado23. Em relação aos tipos utilizadas no fabrico de medicamentos
de procedimentos de AIM, existem qua- através de monografias específicas (por
tro, nomeadamente25,26: i) o centraliza- exemplo, as monografias do atenolol e da
do; ii) o descentralizado; iii) o reconhe- beta-ciclodextrina (Betadex)), e para as
cimento mútuo; e iv) o nacional. formas farmacêuticas através de mono-
grafias gerais (por exemplo, a monogra-
Farmacopeias fia dos comprimidos) e de monografias
Segundo a Organização Mundial da específicas (por exemplo, a monografia
Saúde (OMS)27, uma farmacopeia é dos comprimidos de carbamazepina)29.
elaborada por uma autoridade nacional ou De acordo com o documento “Index
regional e consiste numa coletânea juridica- of world pharmacopoeias and phar-
mente vinculativa de normas e especificações macopoeial authorities”37, publicado
da qualidade para medicamentos utilizados pela OMS em janeiro de 2018, existem
num país ou região. Por sua vez, Conceição cinquenta e nove farmacopeias a nível
et al.10,28,29 definem uma farmacopeia mundial, sendo cinquenta e cinco nacio-
como um livro oficial com valor legal, nais (por exemplo, as farmacopeias da
elaborado por uma comissão técnica es- Argentina38 e do Brasil39, cujas primei-
pecializada, que acompanha a evolução ras edições foram publicadas em 1898 e
científica e tecnológica dos conhecimen- 1929 respetivamente), três regionais e
tos ligados aos medicamentos, garan- sub-regionais (a Farmacopeia Europeia,
tindo a atualização da sua qualidade e a Farmacopeia Africana, e a Farmaco-
salvaguardando, assim, a Saúde Pública. peia da União Económica Eurasiática
O objetivo principal de uma farmacopeia constituída pela Arménia, Bielorrússia,
é promover a Saúde Pública através do Cazaquistão, Quirguistão e a Rússia), e
fornecimento de padrões da qualidade uma internacional40,41. A Farmacopeia
dos medicamentos e dos seus compo- Internacional, cujo primeiro volume
nentes30-32. Ou seja, as monografias, os foi publicado em 1951, é editada pela
capítulos e textos gerais de uma farma- OMS42,44.
copeia são elaborados de modo a serem Em relação à sua história, o termo far-
apropriados às necessidades das autori- macopeia (do grego pharmakon, droga,
dades regulamentares do medicamen- fármaco; poeio, faço) surgiu pela pri-
to, dos agentes envolvidos no controlo meira vez em Basileia, Suíça, em 1561,
da qualidade de medicamentos e seus pelo Dr. A. Foes, mas somente no início
constituintes, e dos fabricantes de me- do século XVII passou a ser de uso co-
dicamentos e dos seus componentes mum27,45.
individuais30,33,34. Adicionalmente, as O aparecimento das farmacopeias é

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Figura 3. Funções das farmacopeias29.

convencionalmente atribuído às regras Veneza foi publicada em 166751; iii) em


enunciadas por volta de 1220 pelo im- Portugal, a Pharmacopea Lusitana de 1704
perador Frederico II46. Inicialmente as por D. Caetano de Santo António52. Ou-
farmacopeias apresentavam um cariz tros exemplares portugueses incluem
não oficial e de formulário de medica- a Pharmacopea Ulyssiponense53, em 1716,
mentos, sendo elaboradas por um úni- de João Vigier e a Pharmacopea tubalense
co autor47. Progressivamente, com o chimico-galenica54, em 1735, de Manuel
avanço da Ciência, da Tecnologia e das Rodrigues Coelho; e iv) em Espanha,
Ciências Farmacêuticas, as farmacopeias destaca-se a Pharmacopoeia Matritensis de
foram perdendo estas particularidades e 1739 publicada em Madrid55.
passaram a ser códigos oficiais, elabora- A Pharmacopoea Parisiensis de 164556
dos por comissões técnicas designadas (Figura 4a) e a Pharmacopoea Tolosana de
para esse efeito, com uma preocupação 164857 (Figura 4b) são exemplos de far-
crescente com o fabrico industrial e com macopeias publicadas no século XVII.
o controlo da qualidade de medicamen- A ideia de uma farmacopeia oficial que
tos. tinha que ser adotada por boticários
Nos séculos XVII e XVIII foram publica- originou-se em Florença, Itália46. O
das na Europa cerca de oitenta farmaco- Ricettario Fiorentino, que foi escrito em
peias não oficiais, por exemplo48: i) em italiano, foi publicado em 1498 e reu-
Inglaterra, a Pharmacopoeia Londinensis de niu conhecimentos oriundos da Me-
161849,50; ii) em Itália, a Farmacopeia de dicina Grega, Helenística e Árabe46.

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Conceição J., et al.

Durante os séculos XVIII e XIX pu- Europa e com sede em Estrasburgo, in-
blicaram-se inúmeras farmacopeias clui a Comissão da Farmacopeia Euro-
nacionais oficiais, tais como: i) na peia, coordena a Rede Europeia de La-
Dinamarca, a Pharmacopoea Danica em boratórios Oficiais de Comprovação da
177258; ii) em Portugal, a Pharmaco- Qualidade de Medicamentos (OMCL),
peia Geral para o Reino, e Domínios de e colabora com a EMA, com a União
Portugal em 179459; iii) a Farmacopeia Europeia e com as diversas autoridades
dos Estados Unidos da América em regulamentares nacionais do medica-
182060,61; iv) a Farmacopeia Britânica mento65-67. A OMCL, criada em 26 de
em 186462,63; e v) a Farmacopeia Japone- maio de 1994 pela União Europeia e
sa em 188664. pelo Conselho da Europa, é constituída
pelos laboratórios públicos das autori-
FARMACOPEIA EUROPEIA dades regulamentares nacionais, e o seu
A Farmacopeia Europeia é uma farmaco- principal objetivo é garantir a qualidade
peia regional publicada pela Direção Eu- dos medicamentos de uso humano e de
ropeia da Qualidade dos Medicamentos uso veterinário e fomentar o reconheci-
e Cuidados de Saúde (EDQM)65,66. Este mento mútuo dos resultados dos testes
organismo, pertencente ao Conselho da de controlo da qualidade68-70. Em Portu-

a) b)

Figura 4. Frontispícios das farmacopeias: a) Pharmacopoea Parisiensis,


164556; e b) Pharmacopoea Tolosana, 164857.

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gal, o INFARMED integra a OMCL en- publicações oficiais elaboradas pelas di-
quanto laboratório nacional de referên- versas Comissões da Farmacopeia Euro-
cia para a comprovação da qualidade de peia, e as datas apresentadas referem-se
medicamentos. ao ano de entrada em vigor e não ao ano
Este livro oficial apresenta valor legal de publicação (que ocorre, atualmente,
devido a vários documentos, a saber: i) a cerca de seis meses antes da entrada em
Convenção relativa à elaboração de uma Far- vigor).
macopeia Europeia publicada em 196471; A primeira edição da Farmacopeia Eu-
ii) o Protocolo à Convenção relativa à elabo- ropeia, volume I (Figura 5a), entrou em
ração de uma Farmacopeia Europeia adotado vigor em 1969 e apresentava a seguinte
em 199472; e iii) as Diretivas da União constituição71,78: i) prefácio; ii) Con-
Europeia 2001/83/CE73 e 2001/82/CE74, venção da Farmacopeia Europeia; iii)
e respetivas alterações, sobre os medica- composição da Comissão da Farmaco-
mentos de uso humano e de uso vete- peia Europeia, com referência aos gru-
rinário, respetivamente. pos de peritos (1 - Métodos biológicos e
A função primordial da Farmacopeia Eu- análise estatística; 2 - Métodos químicos;
ropeia é68,75: i) proteger a Saúde Pública; 3 - Nomenclatura e redação; 4 - Métodos
ii) constituir uma garantia da qualidade físicos e físico-químicos; 5 - Reagentes;
para os medicamentos de uso humano e 6 - Substâncias biológicas; 7 - Antibióti-
de uso veterinário; e iii) facilitar a livre cos; 8 - Pensos e ligaduras; 9 - Química
circulação dos medicamentos no espaço Inorgânica; 10 - Química Orgânica: pro-
europeu. Além disso, segundo Susanne dutos sintéticos; 11 - Química Orgânica:
Keitel76,77, a Farmacopeia Europeia tam- produtos naturais; 12 - Farmácia Galéni-
bém desempenha um papel importante ca; 13 - Farmacognosia; 14 - Compos-
na proteção dos cidadãos de algumas das tos radioativos; e 15 - Soros, vacinas e
desvantagens da globalização, nomeada- produtos sanguíneos); iv) prescrições
mente a adulteração e a contrafação de gerais; v) tabela de pesos atómicos; vi)
medicamentos. métodos de análises, abordando os apa-
relhos utilizados, os métodos físicos e
Edições oficiais físico-químicos, os métodos químicos
Em 22 de julho de 1964, oito países (Ale- e os métodos de farmacognosia; vii)
manha, Bélgica, França, Holanda, Itália, os reagentes, especificando a análise
Luxemburgo, Reino Unido, e Suíça) volumétrica; viii) as monografias; e ix)
uniram-se para assinar a Convenção rela- o índice.
tiva à elaboração de uma Farmacopeia Eu- A segunda edição da Farmacopeia Eu-
ropeia sob os auspícios do Conselho da ropeia (Figura 5b) entrou em vigor em
Europa71. Desde 1964 até 2018, foram 198079,80. Salienta-se que79: i) nesta
publicadas em inglês e em francês nove altura já quinze Estados (Alemanha,
farmacopeias oficiais, estando a Farma- Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamar-
copeia Europeia 9 prestes a deixar de ser ca, França, Holanda, Irlanda, Islândia,
oficial, já que a 1 de janeiro de 2020 en- Itália, Luxemburgo, Noruega, Reino
trará em vigor a Farmacopeia Europeia Unido, Suécia e Suíça) tinham aderido
10. Na Tabela I estão expostas todas as à Convenção relativa à elaboração de uma

23
Conceição J., et al.

Tabela I. Edições e suplementos da Farmacopeia Europeia.


Publicação Ano Publicação Ano
1.ª edição, volume I 1969 4.ª edição 2002
1.ª edição, volume II 1971 4.ª edição, suplementos 4.1 e 4.2 2002
1.ª edição, volume II, suplemento 1973 4.ª edição, suplementos 4.3, 4.4 e 4.5 2003
1.ª edição, volume III 1975 4.ª edição, suplementos 4.6, 4.7 e 4.8 2004
1.ª edição, volume III, suplemento 1977 5.ª edição, volumes I e II 2005
2.ª edição, partes I e II 1980 5.ª edição, suplementos 5.1 e 5.2 2005
2.ª edição, 2.º e 3.º fascículos 1981 5.ª edição, suplementos 5.3, 5.4 e 5.5 2006
2.ª edição, 4.º fascículo 1982 5.ª edição, suplementos 5.6, 5.7 e 5.8 2007
2.ª edição, 5.º e 6.º fascículos 1983 6.ª edição, volumes I e II 2008
2.ª edição, 7.º e 8.º fascículos 1984 6.ª edição, suplementos 6.1 e 6.2 2008
2.ª edição, 9.º fascículo 1985 6.ª edição, suplementos 6.3, 6.4 e 6.5 2009
2.ª edição, 10.º fascículo 1986 6.ª edição, suplementos 6.6, 6.7 e 6.8 2010
2.ª edição, 11.º fascículo 1987 7.ª edição, volumes I e II 2011
2.ª edição, 12.º fascículo 1988 7.ª edição, suplementos 7.1 e 7.2 2011
2.ª edição, 13.º fascículo 1989 7.ª edição, suplementos 7.3, 7.4 e 7.5 2012
2.ª edição, 14.º fascículo 1990 7.ª edição, suplementos 7.6, 7.7 e 7.8 2013
2.ª edição, 15.º fascículo 1991 8.ª edição, volumes I e II 2014
2.ª edição, 16.º fascículo 1992 8.ª edição, suplementos 8.1 e 8.2 2014
2.ª edição, análise estatística 1993 8.ª edição, suplementos 8.3, 8.4 e 8.5 2015
2.ª edição, 17.º fascículo 1993 8.ª edição, suplementos 8.6, 8.7 e 8.8 2016
2.ª edição, 18.º fascículo 1994 9.ª edição, volumes I, II e III 2017
2.ª edição, 19.º fascículo 1995 9.ª edição, suplementos 9.1 e 9.2 2017
3.ª edição 1997 9.ª edição, suplementos 9.3, 9.4 e 9.5 2018
3.ª edição, suplemento 1998 9.ª edição, suplementos 9.6, 9.7 e 9.8 2019
3.ª edição, suplemento 1999 10.ª edição, volumes I, II e III 2020
3.ª edição, suplemento 2000 10.ª edição, suplementos 10.1 e 10.2 2020
3.ª edição, suplemento 2001 10.ª edição, suplementos 10.3, 10.4 e 10.5 2021

Farmacopeia Europeia; ii) a Finlândia e peia (Figura 6a) foi publicada em junho
Portugal eram observadores; e iii) a Far- de 1996 e entrou em vigor em janeiro
macopeia Portuguesa V81, aprovada em de 199783,84. Um suplemento anual foi
1 de outubro de 1985, foi uma tradução- publicado em junho de cada ano e imple-
-adaptação desta edição da Farmacopeia mentado a 1 de janeiro do ano seguinte.
Europeia. Posteriormente, no dia 16 de Pela primeira vez, foi disponibilizada
novembro de 1989, durante a 428.ª Reu- uma versão em formato CD-ROM, com
nião do Conselho da Europa em Estras- todas as monografias e capítulos gerais,
burgo, Portugal tornou-se membro da sendo substituída anualmente por uma
Comissão da Farmacopeia Europeia82. nova versão totalmente atualizada. Nes-
A terceira edição da Farmacopeia Euro- ta edição, a Comissão da Farmacopeia

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Acta Farmacêutica Portuguesa, 2019, vol. 8, nº1

a) b)

Figura 5. Frontispícios da Farmacopeia Europeia: a) 1.ª edição,


volume I78; e b) 2.ª edição79.
Europeia decidiu concentrar-se num endotoxinas bacterianas) e à eliminação,
número limitado de tópicos de revisão, sempre que possível, de reagentes tóxi-
ou seja, foi dada prioridade à substitui- cos dos métodos de ensaio83.
ção de ensaios experimentais com ani- Em janeiro de 2002, entrou em vigor a
mais (por exemplo, substituição, sem- quarta edição da Farmacopeia Europeia
pre que fosse possível, do ensaio dos (Figura 6b), sendo publicados poste-
pirogénios em coelhos pelo ensaio das riormente oito suplementos (do 4.1 ao
a) b)

Figura 6. Frontispícios da Farmacopeia Europeia: a) 3.ª edição83;


e b) 4.ª edição85.

25
Conceição J., et al.

a) b)

Figura 7. Frontispícios da Farmacopeia Europeia: a) 5.ª


edição, volume 187; e b) 6.ª edição, volume 188.

4.8)85,86. A Farmacopeia Europeia 8 (Figura 8b)


A quinta edição da Farmacopeia Euro- foi publicada em 15 de julho de 2013 e
peia (Figura 7a) foi publicada a 15 de substituiu a sétima edição em 1 de ja-
junho de 2004 e entrou em vigor em 1 neiro de 201491. Nesta edição foram efe-
de janeiro de 200587. Nesta edição, foi tuadas as seguintes alterações aos textos
desenvolvido um novo capítulo (5.10. da Farmacopeia Europeia91: i) o texto
Controlo das impurezas nas substâncias utilizado nos testes de cloretos, sulfatos,
para uso farmacêutico)87. cálcio, ferro e magnésio em monogra-
Em 16 de julho de 2007 foi publicada fias foi atualizado de acordo com o guia
a Farmacopeia Europeia 6 (Figura 7b), de redação; ii) os nomes dos reagentes
tendo entrado em vigor a 1 de janeiro foram modificados para melhorar o fun-
de 200888. Realça-se que a Farmacopeia cionamento das hiperligações na versão
Portuguesa 989, a última farmacopeia eletrónica; e iii) a representação gráfica
oficial publicada em Portugal, corres- dos sacáridos e das insulinas foi har-
ponde a uma tradução-adaptação desta monizada. Adicionalmente, destaca-se
edição da Farmacopeia Europeia. que a primeira monografia de produto
A Farmacopeia Europeia 7 (Figura 8a), acabado para uma substância ativa qui-
constituída por dois volumes, foi publi- micamente definida - comprimidos de
cada em 15 de julho de 2010 e entrou sitagliptina - foi publicada como parte
em vigor a 1 de janeiro de 201190. da oitava edição da Farmacopeia Euro-

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Acta Farmacêutica Portuguesa, 2019, vol. 8, nº1

a) b)

Figura 8. Frontispícios da Farmacopeia Europeia: a) 7.ª


edição, volume 190; e b) 8.ª edição, volume I91.

peia30. noventa e nove monografias (incluindo


A Farmacopeia Europeia 9 (Figura 9) monografias gerais de formas farmacêu-
foi publicada em três volumes em julho ticas), trezentos e sessenta e quatro
de 2016 e entrou em vigor em janeiro textos gerais (incluindo, por exemplo,
de 2017, sendo utilizada em mais de métodos de análise) e cerca de dois mil
cem países92,93. Esta edição, incluindo o setecentos e vinte reagentes94. A título de
Suplemento 9.7 publicado em outubro curiosidade, menciona-se que a mono-
de 2018, contém duas mil trezentas e grafia do sal sódico da sulfobutiléter-be-
a) b)

Figura 9. Frontispícios da Farmacopeia Europeia 992: a)


volume I; e b) volume II.

27
Conceição J., et al.

ta-ciclodextrina foi publicada no Suple- informativo de questões farmacopeicas


mento 9.6, e que a monografia revista e afins95.
será publicada no Suplemento 9.8, cuja A EDQM também tem publicado di-
data de implementação será 1 de julho versos guias, como o Guia de redação
de 201930. (de âmbito redatorial) ou o guia de no-
De um modo geral, e analisando a es- menclatura (respeitante à representação
trutura da sua constituição, a Farmaco- gráfica e à nomenclatura das fórmulas
peia Europeia 9 apresenta as seguintes químicas). Para além destes dois guias,
secções92: i) introdução, abordando os foram já publicados diversos guias
conteúdos, páginas de capa, prefácio e técnicos sobre diferentes temas. A Tabe-
a composição da comissão da farmaco- la II apresenta os guias publicados pela
peia; ii) prescrições gerais; iii) métodos EDQM até ao momento.
analíticos, subdivididos em aparelhos, Por fim, salienta-se que: i) a norma ori-
métodos físicos e físico-químicos, iden- entadora sobre os requisitos para revisão/
tificação, ensaios limite das impurezas renovação de certificados de conformidade
inorgânicas, métodos de doseamento, com as monografias da Farmacopeia Europeia
métodos biológicos, aferições biológi- entrará em vigor em janeiro de 201996;
cas, métodos de farmacognosia, e mé- e ii) a Comissão da Farmacopeia Euro-
todos de farmacotecnia; iv) materiais peia aprova ainda as designações oficiais
utilizados no fabrico dos recipientes (“Standard Terms”) de: forma farmacêu-
e recipientes; v) reagentes; vi) textos tica, via de administração, recipiente,
gerais sobre diversos aspetos como, por sistema de fecho e dispositivo de admi-
exemplo, esterilidade, polimorfismo, nistração97.
controlo das impurezas nas substâncias
para uso farmacêutico, e medicamen- Membros e observadores
tos de terapia génica para uso huma- De acordo com o Suplemento 9.6 da
no; vii) monografias gerais como, por Farmacopeia Europeia30, publicado em
exemplo, óleos essenciais e extratos; julho de 2018 e que entrará em vigor
viii) monografias das formas farmacêu- em janeiro de 2019, são trinta e oito os
ticas como, por exemplo, comprimidos Estados Membros (Alemanha, Áustria,
e cápsulas; ix) vacinas para uso humano Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Bulgária,
e uso veterinário; x) soros imunológi- Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia,
cos para uso humano e uso veterinário; Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia,
xi) preparações radiofarmacêuticas; xii) França, Grécia, Holanda, Hungria, Ir-
fios cirúrgicos para uso humano e para landa, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia,
uso veterinário; xiii) medicamentos à Luxemburgo, Macedónia, Malta, Monte-
base de plantas e fármacos vegetais; xiv) negro, Noruega, Polónia, Portugal, Rei-
preparações homeopáticas; xv) mono- no Unido, República Checa, República
grafias de A a Z; e xvi) índice. da Moldávia, Roménia, Sérvia, Suécia,
O fórum da Farmacopeia Europeia - Suíça, Turquia, e Ucrânia) e a União Eu-
Pharmeuropa - é publicado trimestral- ropeia signatários da Convenção relativa à
mente com o objetivo de apoiar a ela- elaboração de uma Farmacopeia Europeia109.
boração de monografias e como veículo Adicionalmente, existem trinta obser-

28
Acta Farmacêutica Portuguesa, 2019, vol. 8, nº1

Tabela II. Guias técnicos da Farmacopeia Europeia.


Ano Descrição Referência
2017 Guia de redação da Farmacopeia Europeia 65
Guia para a representação gráfica e nomenclatura de fórmulas químicas na
2011 98
Farmacopeia Europeia (2.ª edição)
Guia técnico para a elaboração de monografias de péptidos sintéticos e
2018 99
proteínas recombinantes de ADN
2017 Princípios gerais para monografias de produtos acabados 100
Guia técnico para a elaboração e uso de monografias de medicamentos
2016 101
veterinários imunológicos
2016 Guia para a elaboração de monografias de vacinas para uso veterinário 102
2015 Guia técnico para a elaboração de monografias (7.ª edição) 103
Guia técnico para a elaboração e uso de monografias de produtos derivados
2015 104
do plasma humano
2013 Guia para a elaboração de monografias de preparações homeopáticas 105
Guia técnico para a elaboração de monografias de preparações
2010 106
radiofarmacêuticas
2007 Guia técnico para a elaboração de monografias de óleos gordos e derivados 107
Guia técnico para a elaboração de monografias de fármacos de origem
2007 108
vegetal e de medicamentos à base de plantas

vadores da Comissão da Farmacopeia peritos nacionais para cada grupo de es-


Europeia, ou seja, seis países europeus pecialistas ou grupos de trabalho. Por sua
(Albânia, Arménia, Azerbaijão, Bielor- vez, os observadores109: i) podem parti-
rússia, Geórgia, e Rússia), vinte e dois cipar no trabalho científico da Comissão
países não europeus (África do Sul, Ar- da Farmacopeia Europeia; ii) beneficiam
gélia, Argentina, Austrália, Brasil, Ca- da experiência europeia nesta área; e iii)
nada, Cazaquistão, China, Coreia do têm acesso ao trabalho sobre o controlo
Sul, Estados Unidos da América, Guiné, da qualidade de medicamentos e sobre
Índia, Israel, Japão, Madagáscar, Malá- os métodos de análise utilizados.
sia, Marrocos, Senegal, Singapura, Síria,
Tunísia, e Uzbequistão), a Adminis- Harmonização internacional
tração de Alimentos e Medicamentos de De modo a harmonizar os padrões da
Taiwan (TFDA) e a OMS30,109. qualidade dos medicamentos a nível
Cada Estado Membro é representado global, as três principais farmacopeias
pela delegação nacional, composta por a nível mundial, isto é, a Farmacopeia
um máximo de três elementos, que109: Europeia, a Farmacopeia Japonesa e a
i) participa nas sessões da Comissão da Farmacopeia dos Estados Unidos, for-
Farmacopeia Europeia e vota em todos maram o Grupo de Discussão das Far-
os assuntos técnicos. Nos assuntos não macopeias (PDG; “Pharmacopoeial Dis-
técnicos, é a União Europeia que vota e cussion Group”) em 1989110-113. Este
não a delegação nacional; e ii) propõe grupo reúne-se regularmente duas vezes

29
Conceição J., et al.

por ano e, em 2001, a OMS tornou-se A Pharmeuropa publica informação deta-


seu observador21,110. lhada sobre o programa de trabalho do
Nos dias 2 e 3 de outubro de 2018, o PDG, que é também incluído no texto
PDG reuniu-se em Estrasburgo e pro- geral 5.8 (Harmonização das Farmaco-
cedeu à harmonização da monografia peias) da Farmacopeia Europeia92,95.
da polivinilpirrolidona e à revisão das Nos últimos anos realizaram-se nove
monografias harmonizadas da celulose encontros internacionais de farmaco-
microcristalina, do amido de trigo e da peias mundiais (Tabela III) e duas con-
gelatina114. clusões principais foram obtidas: i) a
Atinge-se a harmonização quando uma colaboração entre as farmacopeias é
substância farmacêutica ou um produto, ana- fundamental para melhorar o acesso a
lisado de acordo com o procedimento harmoni- medicamentos essenciais; e ii) as Boas
zado, origina os mesmos resultados e se atinge Práticas de Farmacopeia (“Good Pharma-
a mesma decisão de aceitação/rejeição115. A copoeial Practices”) visam definir abor-
harmonização auxilia positivamente os dagens e políticas no estabelecimento
trabalhos do ICH e da Cooperação In- de padrões farmacopeicos com o obje-
ternacional de Harmonização dos Re- tivo final de harmonização115,118. Final-
quisitos Técnicos de Registo de Medica- mente, salienta-se que nos dias 19 e 20
mentos Veterinários (VICH)116,117, e de junho de 2019 irá realizar-se, em Es-
apresenta diversas vantagens, especial- trasburgo, uma conferência internacio-
mente a simplificação e a racionalização nal no âmbito da publicação da Farma-
dos métodos de controlo da qualidade e copeia Europeia 10 e do 25.º aniversário
os processos de registo dos medicamen- da criação da OMCL.
tos92.

Tabela III. Os nove encontros internacionais de farmacopeias mundiais.


Encontro Data Local
Nono 18 e 19 de abril de 2018 Da Nang, Vietnam
Oitavo 11 e 12 de julho de 2017 Brasília, Brasil
Sétimo 13 a 15 de setembro de 2016 Tóquio, Japão
Sexto 21 e 22 de setembro de 2015 Suzhou, China
Rockville, Estados Unidos
Quinto 20 a 22 de abril de 2015
da América
Quarto 8 a 10 de outubro de 2014 Estrasburgo, França
Terceiro 10 e 11 de abril de 2014 Londres, Reino Unido
Segundo 18 e 19 de abril de 2013 Nova Deli, Índia
Primeiro 29 de fevereiro a 2 de março de 2012 Genebra, Suíça

30
Acta Farmacêutica Portuguesa, 2019, vol. 8, nº1

CONCLUSÕES Internacional Farmacêutica (FIP), con-


A Farmacopeia Europeia é uma farma- tribuindo para que sejam dispensados
copeia regional publicada pela EDQM aos doentes medicamentos com quali-
(do Conselho da Europa). A Comissão dade, seguros e eficazes e protegendo,
da Farmacopeia Europeia, constituída assim, a Saúde Pública68,120.
por profissionais das diferentes áreas do
saber que abrangem o fabrico e a análise AGRADECIMENTOS
do medicamento, é responsável pela sua Jaime Conceição expressa a sua gratidão à
Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I. P.
elaboração e reúne-se três vezes por ano
(FCT) e ao Programa de Doutoramento em
(em março, junho e novembro) em Es- Medicamento e Inovação Farmacêutica (i3DU)
trasburgo. pela bolsa de investigação com a referência
A Farmacopeia Europeia, atualmente PD/BD/127813/2016. Este trabalho foi su-
constituída por trinta e nove membros portado pela Unidade de Ciências Biomolec-
(trinta e oito países e a União Europeia) ulares Aplicadas-UCIBIO financiada por fun-
e trinta observadores, desempenha um dos nacionais através da FCT/MCTES (UID/
Multi/04378/2019). À Direção Europeia da
papel importante no estabelecimento de
Qualidade dos Medicamentos e Cuidados de
padrões da qualidade para os medica- Saúde (EDQM) pelo fornecimento de infor-
mentos de uso humano e de uso vete- mação sobre a Farmacopeia Europeia. À Dra.
rinário, e para produtos que são utiliza- Teresa Maria Alcobia Martins, bibliotecária da
dos no seu fabrico, isto é, as substâncias Biblioteca das Ciências da Saúde da Universi-
ativas, os excipientes e o acondiciona- dade de Coimbra, pela disponibilidade e ajuda
mento primário. Adicionalmente, como com as farmacopeias.
pertence ao PDG juntamente com as
REFERÊNCIAS
Farmacopeias Americana e Japonesa,
desempenha um papel fulcral ao nível 1. Pita JR. A farmácia e o medica-
da harmonização internacional. mento em Portugal nos últimos 25 anos.
A farmacopeia terá brevemente dez Debater a Europa. 2010;2-3:38-55.
edições oficiais, uma vez que a Comissão 2. Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30
da Farmacopeia Europeia irá, na sessão de agosto de 2006, Diário da República,
n.º 162 que ocorrerá em novembro de 1.ª Série, 167, 6297-6383.
2018, aprovar os novos textos e mono- 3. Apifarma – perspectiva holística
grafias a incluir na Farmacopeia Euro- sobre o valor dos medicamentos em Por-
peia 10, que será publicada em julho de tugal. Lisboa: Associação Portuguesa da
2019 e entrará em vigor a 1 de janeiro Indústria Farmacêutica (APIFARMA);
de 2020119. 2018.
Por último, refere-se que a Farmacopeia
4. The European regulatory system
Europeia colabora com as autoridades
for medicines - A consistent approach to
regulamentares do medicamento dos di-
medicines regulation across the Euro-
versos países europeus, que incluem as
pean Union. London, United Kingdom:
respetivas comissões nacionais de far-
European Medicines Agency (EMA);
macopeia, com a União Europeia, com
2016.
a EMA, com a OMS, com o PDG, com
o ICH, com a VICH e com a Federação 5. Alves da Silva E, Gouveia Pinto

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