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BOLETIM No.

5 – Março de 2011

FARMACOVIGILÂNCIA Unidade de Farmacovigilância da Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro

A regulamentação brasileira
de farmacovigilância
Janaína de Pina Carvalho*
As normas brasileiras de farmacovigilância para os medicamentos. Este é o mesmo entendimento de Tsintis e La
detentores de registro de medicamentos de uso humano foram Mache (2004) (4), de que as informações são estabelecidas
definidas em fevereiro de 2009, pela Resolução RDC nº4 e durante todo o desenvolvimento do produto, desde os estudos
entraram em vigor em fevereiro de 2010(1). Nesse ínterim não-clínicos em animais, in vitro e ensaios clínicos em hu-
entre a publicação e a exigência de cumprimento das regras, manos. Assim, não existe justificativa para que o processo de
a Instrução Normativa nº 14, de 27 de outubro de 2009, farmacovigilância se inicie apenas após lançamento do produto
aprovou quatro Guias de farmacovigilância que no mercado.
definiram as ferramentas e sistemas preconizados No entanto, estas normas expõem algu-
na resolução(2). mas discrepâncias entre as diversas indústrias
Assim, foram padronizados conceitos, de- situadas em território nacional. Isto por que
finidas funções de rotina em farmacovigilância, a maioria das indústrias farmacêuticas mul-
estabelecidas forma e prazos para notificação de tinacionais já possui sistemas rapidamente
eventos adversos, de acordo com a gravidade, e adaptáveis aos requisitos publicados em 2009
a necessidade de elaboração de relatórios peri- por exigência de suas matrizes, que obedeciam
ódicos de farmacovigilância, planos de farma- aos critérios internacionais. As indústrias
covigilância e de minimização de risco, além da nacionais, no entanto, dispunham de disposi-
possibilidade de inspeções em farmacovigilância tivos legais muito vagos, como o artigo 79 da
e de estudos fase IV, pós-registro. Lei nº 6.360/76, que trata da notificação dos
Todos os Guias foram baseados em orien- acidentes ou reações nocivas causados por
tações internacionais, visando estabelecer uma relação har- medicamentos ao órgão de vigilância sanitária competente(5).
mônica com estes critérios. Desta forma, documentos exigidos Desta forma, o cumprimento da Resolução e seus Guias
das indústrias em âmbito internacional desde 1996, como o são ao mesmo tempo um grande avanço e um grande desafio
Periodic Safety Update Report (PSUR), um documento único para as indústrias farmacêuticas, em especial as nacionais.
que permite a avaliação periódica e abrangente dos dados de Ultrapassar esse desafio exige a implementação de programas
segurança de medicamentos comercializados, passaram a ser de treinamento específicos e a facilitação de acesso a fontes de
exigidos também no Brasil. informação qualificadas, como providências imprescindíveis
Apesar de a notificação espontânea permanecer como para a necessária adequação do parque industrial farmacêutico
pedra fundamental da farmacovigilância brasileira(3), a e modificação do histórico de insipiência em farmacovigilância
Resolução e seus Guias trouxeram outro grande avanço ao no país.
instituírem o “Plano de Farmacovigilância”, que traduz o * Farmacêutica, Instituto de Tecnologia em
entendimento internacional de uma vigilância mais ativa dos Fármacos (Farmanguinhos) da FIOCRUZ.

Referências:
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 4, de 10 de fevereiro de 2009. Dispõe sobre
as normas de farmacovigilância para os detentores de registro de medicamentos de uso humano [Resolução na internet]. Diário Oficial da União
nº 29, de 11 de fev 2009; Seção 1. p. 42-43. [Acesso em: 29/4/2010]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2009/
res0004_10_02_2009.html
2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Instrução Normativa nº 14, de 27 de outubro de 2009. Aprova os Guias de Farmacovigi-
lância para a execução da RDC nº4, de 10-.02.2009. Diário Oficial da União nº 206, de 28 de out 2009; Seção 1. p. 45.
3. Organização Mundial da Saúde. A importância da farmacovigilância: monitorização da segurança dos medicamentos. Brasília: Organização
Pan-americana da Saúde. 2005; 48 p. Versão em português publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Organização Pan-Americana
da Saúde/Organização Mundial da Saúde.
4. Tsintis P; La Mache E. CIOMS and ICH initiatives in pharmacovigilance and risk management: overview and implications. Drug Saf. 2004;
27(8): 509-17.
5. Dias MF, Souza NR, Figueiredo PM, Lacerda E, Carvalho JP, Costa AA. A farmacovigilância na Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Bol Soc Bras Vig Med. 2004-2005; (44/45): 3-11.
Queixas Técnicas: como lidar com elas?
Elisangela da Costa Lima1,2 e Valcieny de Souza Sandes1,3

O monitoramento das suspeitas de queixas técnicas e de (44) foram descartadas e 49% (41) foram notificadas no NO-
inefetividade dos medicamentos objetiva a garantia da quali- TIVISA, sendo que 3 se tratavam de suspeitas de alto risco
dade dos produtos comercializados no Brasil e a redução dos (classe I). As outras queixas se relacionaram com as classes II
riscos da farmacoterapia. (20 notificações) e III (18 notificações). Em 98% das situações
A queixa técnica é uma suspeita de alteração ou irregulari- foram notificadas suspeitas de desvios da qualidade e em 2%
dade de um produto relacionado a aspectos técnicos ou legais suspeita de inefetividade do medicamento. A distribuição das
que pode ou não causar dano à saúde individual ou coletiva. queixas técnicas pode ser observada no gráfico abaixo.
No ambiente hospitalar, o tipo de queixa técnica mais comum As notificações de alto risco, dentre estas, a suspeita de
é o desvio de qualidade que se define como um afastamento inefetividade do medicamento, reforçam a necessidade de
dos parâmetros estabelecidos para um produto ou processo. divulgação dos achados e ações de farmacovigilância e, ainda,
Alterações organolépticas, físico-químicas e outras, como a do investimento na qualificação de profissionais no tema.
presença de partículas estranhas, são exemplos destas queixas, Os resultados deste contínuo processo de monitoramento
tal qual uma suspeita de produto falsificado. também podem e devem ter implicações na aquisição dos me-
Um dos aspectos mais importantes ao se avaliar uma notifi- dicamentos. No Brasil, alguns Serviços de Saúde explicitam
cação de queixa técnica é a determinação do grau de risco para nos editais para aquisição de medicamentos a utilização dos
o paciente ou profissional de saúde. A classificação de risco dados de farmacovigilância durante o processo de avaliação
considera como classe I a alta probabilidade de ocorrer riscos à das propostas. Tais iniciativas dependem do envolvimento
saúde acarretando morte, ameaça à vida ou danos permanentes, multidisciplinar e devem culminar na melhoria da segurança
como classe II a probabilidade de ocorrência de agravo tem- do paciente.
porário à saúde ou reversível por tratamento medicamentoso e
na classe III a possibilidade de ocorrência de consequências
adversas à saúde. 1
Farmacêutica, Serviço de Farmácia do Hospital
Contudo, esta categorização não é uma tarefa fácil. Devem Universitário Clementino Fraga Filho – UFRJ.
ser analisadas as características do medicamento como sua ação, 2
Farmacêutica, Escola Nacional de Saúde
via de administração, extensão do dano que um erro relacionado Pública – FIOCRUZ.
3
a esse medicamento pode ter, entre outras observações. Farmacêutica, Faculdade de Farmácia – UFF.
Na prática, quando a suspeita de queixa técnica é pertinente
(estando excluída a possibilidade de mau uso do produto) o setor
de farmacovigilância deve dar início a uma série de ações que
evitem problemas relacionados ao medicamento e garantam a Referências:
segurança do paciente. Além da notificação e recolhimento de 1. Brasil (2005). Resolução da Diretoria Colegiada nº55 de 17 de
amostras para análise, em muitas situações, procede-se a troca março de 2005. Brasília, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
de lotes pelo fabricante. Outra atividade de grande importância 2. HUCFF. Farmácia Hospitalar; Dados próprios. 2010.
é a distribuição de informes educativos sobre o uso correto
do medicamento, no caso de
suspeitas relacionadas a erros
de medicação. São gerados
alertas na instituição, como,
por exemplo, no caso de dois
produtos com embalagens
parecidas que podem levar a
troca dos medicamentos.
O HUCFF/UFRJ é inte-
grante da Rede de Hospitais
Sentinela com setor de farma-
covigilância ativo desde 2002.
Um exemplo de suas ações é
o levantamento das ativida-
des nos últimos doze meses
(julho/2009 a junho/2010)
que mostra um total de 85
pré-notificações espontâneas
reportadas pelos profissionais
de saúde, referentes à sus-
peitas de queixas técnicas.
Destas, após análise, 51%
Você Sabia?

Segurança da sibutramina Alertas ANVISA


Sibutramina é um inibidor de recapta- 01/2010: a Sibutramina passa a ser contra-indicada para
ção de serotonina e noradrenalina e dá pacientes predispostos a eventos cardio e cerebrovasculares
ao paciente a sensação de saciedade. Por e para portadores de diabetes mellitus tipo 2. (Fonte: http://
essa característica é usada no tratamento www.anvisa.gov.br)
medicamentoso da obesidade. 06/2010: a BMJ (Eyding, D. et all. BMJ 2010;341:c4737)
A EMA iniciou a primeira revisão sobre publicou estudo mostrando inefetividade da reboxetina. A
a segurança da sibutramina em 1999. Em ANVISA estuda medidas e solicita que profissionais da saúde
2002, a Agência julgou que os riscos de repassem notificações ao NOTIVISA.
eventos cardiovasculares eram compensa-
dos pelo benefício do tratamento dos pacientes com sobrepeso,
mas solicitou à Abbott um estudo específico sobre a associação OMS
de desfechos cardiovasculares com o uso da substância. Esse foi
o estudo SCOUT (Sibutramine Cardiovascular Outcome Trial) A OMS reviu seu estudo sobre os
iniciado em 2002. Em Agosto de 2010, antes da revisão final websites das agências reguladoras em
dos dados, o comitê de segurança do estudo informou à EMA 51 países e concluiu que apesar da
que cardiopatas apresentam risco elevado para eventos cardio- melhora na qualidade e quantidade das
vasculares significativos em comparação com o grupo tratado informações sobre os medicamentos e
com placebo. A Agência Reguladora alemã sugeriu à EMA a a Farmacovigilância local, os sites ainda apresentam baixa
revisão do perfil de segurança da sibutramina e essa julgou que navegabilidade. O resultado da revisão foi publicado no Drug
seria melhor retirar o produto do mercado. Por solicitação do
Information nº02/2010. Fonte: http://www.who.int
FDA, a Abbott retirou o produto do mercado americano após
um ano de processo.
A ANVISA, que restringira o fármaco ao controle especial e
EMA
retenção de receita, reviu sua posição e em 23/fev/11 promoveu Novidades terapêuticas terão símbolo preto indicando des-
audiência pública para discutir a retirada da sibutramina e de conhecimento sobre eventos adversos e a continuidade do
todos os anorexígenos do mercado brasileiro. Nenhuma decisão monitoramento nos primeiros anos de venda.
em definitivo foi tomada até o momento.
Fonte: www.europarl.europa.eu/en/pressroom/
Para saber mais, acesse http://www.ema.europa.eu e
content/20100921IPR83194/
http://www.anvisa. gov.br.

A Farmacovigilância no V Simbravisa
Foi realizado em Belém (PA) o V Simpósio Brasileiro de Vi- Outras Áreas Temáticas inscreveram trabalhos que utilizaram
gilância Sanitária, reunindo centenas de profissionais de saúde o Sistema, como a de Estudos e investigações de interesse da
de todo o País para discutir Vigilância Sanitária. vigilância sanitária; Avaliação, monitoramento, indicadores e
A Área Temática 19 (Eventos Adversos e Vigilância Sanitária) qualidade em vigilância sanitária; e Informação e sistemas de
teve 9 trabalhos inscritos. Número pequeno frente às milhares informação em vigilância sanitária. Cinco trabalhos trataram
de notificações em Farmacovigilância do NOTIVISA. Entretanto, diretamente de Farmacovigilância, destacando a importância
11 trabalhos utilizaram o Sistema de Notificações para fazer da notificação compulsória para um melhor monitoramento dos
suas investigações, destacando a importância de se promover Eventos Adversos a Medicamentos. Um sinal para os notifica-
um melhor uso dele, além de, claro, desenvolvê-lo para melhor dores de todo o País do papel fundamental que desempenham
atender às necessidades da gestão em Saúde. para o Sistema Nacional de Farmacovigilância.

O “Formulário de Notificação de Evento Adverso com Medicamento”, instrumento de coleta de informações da


Unidade de Farmacovigilância do Estado do Rio de Janeiro (Unifarj) pode ser acessado na página eletrônica
www.saude.rj.gov.br
Nele você encontra todas as informações para realizar corretamente uma notificação.Tire qualquer dúvida na Unifarj:
Rua México, 128 / 3o andar / sala 324 – Centro – Rio de Janeiro (RJ) CEP 20031-142.
Telefax (21) 2333-3780 Ramal 205 – Endereço Eletrônico: farmaco.vigilancia@saude.rj.gov.br

Este Boletim foi produzido no âmbito da Superintendência de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, com a cooperação da
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) da Fiocruz. Superintendente de Vigilância Sanitária: Natália Dias da Costa Alves; Diretor da Divisão de Gestão e
Projetos da Vigilância Sanitária: Jorge Cavalcanti; Responsável pela Unifarj: Pedro Paulo Chrispim; Comitê Técnico de Farmacovigilância: Claudia Osório de Castro, Francisco
Paumgatten, Guacira Matos, Jorge Cavalcanti, Márcia Passos, Pedro Coscarelli, Rosany Bochner, Selma Castilho, Suely Rozenfeld, Vera Luiza. Redação e Edição: Pedro
Paulo Chrispim, Jorge Cavalcanti e Álvaro Nascimento; Programação Visual: Tatiana Lassance.
Cuidados na medicalização dos doentes por dengue
Pedro Paulo M. Chrispim*
A chegada do calor no verão traz consigo as tradicionais medidas ao paracetamol incluem pústulas exantematosas, rash cutâneos,
de controle do Aedes aegypti, conhecido vetor do vírus da Dengue. síndrome de Stevens-Johnsons, necrólise epidérmica tóxica; os
Embora o ano de 2010 não tenha apresentado uma situação epi- efeitos graves que mais chamam a atenção incluem hepatite tóxica
dêmica tão grave quanto em alguns anos anteriores, já em maio a medicamentosa e falência hepática, em doses terapêuticas do me-
Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro dicamento. As crianças e os usuários regulares de álcool são mais
havia registrado mais casos de Dengue que em todo o ano de 2009 susceptíveis e por isso merecem atenção especial (2).
O fim do ano de 2010 trouxe de volta o calor intenso, muita Um estudo recente, publicado na Revista Americana de Medicina
chuva e alta umidade, o que aumenta os riscos de transmissão da Crítica e Respiratória aponta ainda um risco aumentado para o desen-
arbovirose. volvimento de alergias e asma entre jovens e crianças que utilizaram o
A preocupação com novas epidemias aumentou por causa da iden- paracetamol (3). Os pesquisadores encontraram riscos aumentados para
tificação do vírus DEN-4 em Boa Vista (Roraima) no mês de julho as crianças que utilizaram o medicamento por mais tempo.
(1). O vírus DEN-4 não era identificado no Brasil há quase trinta Outros medicamentos recomendados para o tratamento da Dengue
anos e a população atual não apresenta imunidade contra essa cepa. podem apresentar outros EA de importância clínica que devem ser
Portanto, não haverá resistência biológica para o surgimento de uma objeto de atenção da equipe de saúde que acompanhar os casos
epidemia caso o vírus se espalhe. Completando o quadro, Boa Vista medicalizados. A tabela a seguir mostra os principais EA associados
tem vôos diários conectando a cidade com várias outras capitais do com o uso dos medicamentos recomendados para o tratamento sin-
país, incluindo cidades endêmicas para a Dengue, como o Rio de tomático da Dengue. Os medicamentos são importantes aliados no
Janeiro. No início de novembro, já havia um aumento de 90% de tratamento dos sintomas da dengue, mas não devem ser utilizados
mortes devido à Dengue, em relação ao mesmo período de 2009. sem a recomendação e a supervisão profissional. Os Profissionais
A sintomatologia da Dengue é muito semelhante para os 4 de Saúde devem ficar atentos a esses sinais e notificá-los ao Sistema
sorotipos de vírus conhecidos e, por isso, o Ministério da Saúde Nacional de Farmacovigilância.
estabeleceu um protocolo de tratamento para os pacientes segundo
a gravidade dos sintomas e a presença da forma hemorrágica da do- * Unidade de Farmacovigilância/SESDEC-RJ
ença. Todos recebem hidratação constante e para a febre e as dores
no corpo há a recomendação de terapia medicamentosa. Devido ao
risco de desenvolvimento da forma hemorrágica da doença, o uso Referências:
de salicilatos é contra-indicado e o uso de Anti-Inflamatórios Não 1. Alencastro, C. and A. Marques (12 de agosto de 2010). Corrida contra
Esteroidais (AINEs) apresenta outros riscos de Eventos Adversos o tempo para evitar que dengue 4 se espalhe pelo país. O Globo. Rio de
(EA) gástricos. Dipirona e o paracetamol são os medicamentos mais Janeiro, O Globo.
prescritos para o controle dos sintomas da dor no corpo e da febre. 2. Micromedex (2010). “Micromedex 1.0 (Health Care Series).” 2010, from
O paracetamol em especial, por sua fama de “seguro”. http://www.micromedex.com
Além dos EA conhecidos, como a sonolência e a queda de pres- 3. Beasley, R. W.; Clayton, T.O. et al. (2010). “Acetaminophen Use and Risk
of Asthma, Rhinoconjunctivitis and Eczema in Adolescents: ISAAC Phase
são arterial, há a suspeita de associação entre o uso da dipirona e
Three.” Am. J. Respir. Crit. Care Med.: 201005-200757OC.
o aparecimento de doenças da medula óssea. Os EA relacionados

Fonte: (MICROMEDEX, 2010)

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