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FARMACOVIGILÂNCIA

Angélica Andrade da Silva (210034949)

Elizabeti Cristina de Britto da Silva (210017184)

Laís Arienne Alves Cabral (210020134)

Rosana da Silva (210017145)

UNIG

2022
Farmacovigilância 2

Sumário

Resumo .......................................................................................................................... 3

Introdução ...................................................................................................................... 4

História do desenvolvimento da FV .............................................................................. 5

Propósito da FV ............................................................................................................. 9

A importância da notificação de reações adversas e queixas técnicas ......................... 10

Legislação da Farmacovigilância no Brasil ................................................................. 12

Conclusão..................................................................................................................... 15

Referências ................................................................................................................... 16
Farmacovigilância 3

Resumo

Embora sejam formulados para prevenir, aliviar e curar enfermidades, os produtos

farmacêuticos podem produzir efeitos indesejáveis, maléficos e danosos. Neste contexto, a

farmacovigilância é uma ciência que busca identificar, avaliar, compreender e prevenir as

reações adversas ou qualquer outro problema relacionado ao uso de medicamentos que já estão

no mercado. Desta forma, o objetivo deste trabalho é apresentar as competências e ações

realizadas pela Farmacovigilância. Para tanto, utilizou-se metodologia descritiva e

bibliográfica, no qual foi elaborado um levantamento bibliográfico acerca da

Farmacovigilância, bem como, uma revisão de literatura com foco nas competências e ações

da Farmacovigilância. A partir deste trabalho, concluiu-se que a Farmacovigilância tem como

objetivo identificar, avaliar, compreender e prevenir as reações adversas ou qualquer outro

problema relacionado ao uso de medicamentos que já estão no mercado, bem como, garantir o

uso racional dos medicamentos, o que pode ser considerado como um importante instrumento

para a melhoria da qualidade de vida da população.

Palavras-chave: farmacovigilancia; efeitos; previnir; competências.


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Introdução

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a Farmacovigilância (FV) como:

ciência e atividades relacionadas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos

adversos ou qualquer outro problema relacionado a medicamentos. Seus principais objetivos

são: favorecer o cuidado e a segurança dos pacientes no tocante ao uso de medicamento;

detectar problemas relacionados com seu uso e comunicar quaisquer achados de maneira

oportuna; fomentar seu uso seguro, racional e eficaz e promover a compreensão, educação e

capacitação clínica em FV e sua efetiva divulgação ao público.

Ao longo dos últimos 40 anos, as atividades de FV cresceram e passaram a ter

grande impacto, ao fornecer dados sobre RAM e Uso Racional de Medicamentos (URM), com

implicações para o bem-estar e Segurança do Paciente.

A implantação de um serviço ativo de FV nos serviços de saúde é um

instrumento importante na mudança dos padrões de utilização dos medicamentos, pois permite

conhecer o perfil de RAM mais freqüentes, que constituem indicadores de risco, possibilitando

à categoria médica maior acesso às informações sobre medicamentos, qualificando assim o

processo de risco/benefício no ato da prescrição e prevenindo RAM, estimulando uma maior

preocupação com o ensino da farmacologia clínica e farmacoepidemiologia, subsidiando as

ações de Vigilância Sanitária, além de assegurar o URM.


Farmacovigilância 5

História do desenvolvimento da FV

Os centros nacionais de farmacovigilância tornaram-se influência significativa sobre as

autoridades regulatórias de medicamento num período em que as preocupações com segurança

de medicamentos tornaram-se cada vez mais importantes na saúde pública e prática clínica. A

farmacovigilância está agora firmemente apoiada em princípios científicos e é parte integrante

da prática clínica efetiva. A disciplina precisa se desenvolver ainda mais para atender às

expectativas públicas e às demandas da saúde pública moderna.

Avaliando antecedentes à FV, de acordo com o artigo 2.o da sua constituição, a

Organização Mundial da Saúde tem autorização de seus Estados-membros para desenvolver,

estabelecer e promover padrões internacionais com respeito a produtos alimentícios, biológicos,

farmacêuticos e congêneres. Há também uma cláusula no artigo 21 da constituição da

Assembleia Mundial da Saúde sobre a adoção de regulamentos relacionados a padrões de

segurança, pureza e potência de produtos biológicos, farmacêuticos e congêneres existentes no

comércio internacional.

Especialmente depois da tragédia causada pela talidomida, em 1961, foram feitos os

primeiros esforços internacionais sistemáticos para abordar questões de segurança de

medicamentos. Naquela época, nasceram milhares de crianças com má-formação congênita

como resultado da exposição, ainda no útero, a um medicamento inseguro indicado para uso

em mulheres grávidas.

A partir de 1962, a agência reguladora norte americana (Food and Drug Administration

– FDA) passou a exigir estudos não clínicos e clínicos mais rigorosos dos fabricantes de

medicamentos. Em 1968, a Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou a fase piloto do

Programa Internacional de Monitorização de Reações Adversas a Medicamento, com a

participação de dez países. Desde 1978, o Programa é operacionalizado pelo Uppsala

Monitoring Centre (UMC), na Suécia, e reúne hoje mais de 130 países.


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A décima-sexta Assembleia Mundial da Saúde (1963) adotou uma resolução (WHA

16.36) que reafirmou a necessidade de ações imediatas em relação à disseminação rápida de

informações sobre reações adversas a medicamentos e que conduziu, posteriormente, à criação

do Projeto de Pesquisa Piloto para a Monitorização Internacional de Medicamentos da OMS

em 1968. Seu propósito era desenvolver um sistema aplicável na esfera internacional, para

identificar previamente efeitos adversos a medicamentos desconhecidos ou pouco estudados.

Em seguida, a OMS produziu um relatório técnico com base na reunião consultiva realizada

em 1971.

Desse começo, emergiram a prática e a ciência da farmacovigilância. Sistemas foram

desenvolvidos nos Estados-membros para a coleta e avaliação de casos individuais de RAMs

(Reação Adversa a Medicamentos.). A junção das notificações internacionais de RAMs numa

base central de dados desempenharia a importante função de contribuir para o trabalho das

autoridades regulatórias nacionais de medicamentos, para melhorar o perfil de segurança dos

medicamentos e ajudar a evitar outras tragédias.

As principais realizações da reunião consultiva da OMS em 1971 foram defender o

estabelecimento de centros nacionais para monitorização de medicamentos; fornecer diretrizes

e identificar a contribuição que os centros nacionais podem oferecer ao sistema internacional.

Diante disso, esperava-se que o tempo necessário para reconhecer que um medicamento

produz uma reação adversa poderia ser reduzido, e a importância da reação, mais prontamente

avaliada. Percebeu-se que os dados coletados pelos profissionais da saúde, a monitorização

sistemática das populações, a revisão das estatísticas da saúde e dos dados sobre consumo ou

uso de medicamentos e a análise efetiva de dados das notificações eram elementos necessários

para que os objetivos da farmacovigilância fossem alcançados. Atenção especial precisaria ser

dada aos medicamentos novos. Centros de referência especializados seriam requisitados para
Farmacovigilância 7

fornecer dados adicionais aos centros nacionais e para investigar problemas específicos de

segurança de medicamentos.

A instituição da Sociedade Internacional de Farmacoepidemiologia (ISPE), em 1984, e

da Sociedade Europeia de Farmacovigilância (ESOP), mais tarde ISoP (Sociedade

Internacional de Farmacovigilância), em 1992, marcou formalmente a introdução da

farmacovigilância na pesquisa e no mundo acadêmico e sua integração crescente com a prática

clínica. Surgiram periódicos médicos específicos, e vários países implementaram sistemas

ativos de vigilância para complementar os métodos convencionais de monitorização de

medicamentos. São exemplos de tais sistemas: a monitorização de eventos relacionados a

prescrição (Prescription Event Monitoring - PEM) na Nova Zelândia e no Reino Unido, os

sistemas de conexão de registros entre diferentes bases de dados (record linkage systems) nos

Estados Unidos da América e Canadá, os estudos de caso-controle nos Estados Unidos da

América.

No Brasil, nas décadas de 60 e 70, surgiu a legislação sanitária de medicamentos que

vigora até hoje, destacando-se a Lei Federal nº 6360/76, de 23 de setembro de 1976, que

estabelece a transmissão de acidentes ou reações nocivas à autoridade sanitária competente.

Em 1990, foi criada a Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (SOBRAVIME),

incentivando estudos sobre a vigilância de medicamentos e insumos farmacêuticos. Nesse

mesmo período, Centros de Informações de Medicamentos, a exemplo do Grupo de Prevenção

ao Uso Indevido de Medicamentos (GPUIM) – na Universidade Federal do Ceará – surgiram

em algumas cidades brasileiras. O GPUIM abrigou, mais tarde, o Centro de Farmacovigilância

do Ceará (CEFACE). Em 1998, foi implantado, no Estado de São Paulo, o Programa Estadual

de Redução de Iatrogenias, sob a coordenação do Centro de Vigilância Sanitária (CVS-SP). A

partir de 2000, o envio de notificações de eventos adversos pelos detentores do registro de

medicamentos à autoridade sanitária tornou-se compulsório no Estado.


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As atividades da Farmacovigilância também evoluíram como atividades regulatórias.

No início dos anos 80, em colaboração intensa com a OMS, o Conselho para Organizações

Internacionais das Ciências Médicas (the Council for International Organizations of Medical

Sciences – CIOMS) lançou seu programa de desenvolvimento e uso de medicamentos.

No final da década de 90, com a aprovação da Política Nacional de Medicamentos e a

criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), institucionalizou-se a

responsabilidade de estabelecer, coordenar e monitorar os sistemas de vigilância toxicológica

e farmacológica, além de regular, controlar e fiscalizar medicamentos de uso humano que

representam risco à saúde pública, fato que viabilizou a implantação de um programa nacional

de farmacovigilância. Esse programa hoje é coordenado pelo Centro Nacional de

Monitorização de Medicamentos (CNMM), sediado na área de farmacovigilância da Anvisa.

Em 2001, o CNMM foi aceito como 62º membro efetivo do Programa Internacional da OMS.

Na última década, houve conscientização crescente de que o escopo da

farmacovigilância deveria ser estendido além dos limites rígidos da identificação de novos

sinais relativos a segurança. A globalização, o consumismo, a explosão do livre comércio, a

comunicação entre fronteiras e o uso crescente da Internet resultaram numa mudança do acesso

a todos os medicamentos e às informações sobre eles. Essas mudanças fizeram surgir novos

tipos de questões relativas à segurança, como, por exemplo: venda ilegal de medicamentos e

drogas de abuso pela Internet; prática crescente de automedicação; práticas irracionais e

potencialmente inseguras de doação de medicamentos; ampla fabricação e venda de

medicamentos falsificados e de baixa qualidade; uso crescente de medicamentos tradicionais

fora do âmbito da cultura de uso tradicional; uso crescente de medicamentos tradicionais e

plantas medicinais com outros medicamentos com potencial para interações medicamentosas

adversas.
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Propósito da FV

A farmacovigilância consiste da ciência e das atividades relativas à detecção, avaliação,

compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer outros possíveis problemas

relacionados a medicamentos. Recentemente, seu campo de atuação foi ampliado para incluir:

produtos fitoterápicos; medicamentos tradicionais e complementares; hemoterápicos; produtos

biológicos; produtos para a saúde; vacinas.

Muitas outras questões também são de relevância para a ciência: medicamentos de

baixa qualidade; erros de medicação; • notificações de perda de eficácia; uso de medicamentos

para indicações não aprovadas e para as quais não há base científica adequada (off lable use);

notificações de casos de intoxicação aguda e crônica; avaliação da mortalidade relacionada a

medicamentos; abuso e uso indevido de medicamentos; interações medicamentosas adversas

com substâncias químicas, outros medicamentos e alimentos.

Os objetivos específicos de farmacovigilância são: melhorar o cuidado com o paciente

e a segurança em relação ao uso de medicamentos e a todas as intervenções médicas e

paramédicas; melhorar a saúde pública e a segurança em relação ao uso de medicamentos;

contribuir para a avaliação dos benefícios, danos, efetividade e riscos dos medicamentos,

incentivando sua utilização de forma segura, racional e mais efetiva (inclui-se o uso custo-

efetivo); e promover a compreensão, educação e capacitação clínica em farmacovigilância e

sua comunicação efetiva ao público.

A farmacovigilância se desenvolveu e continuará a se desenvolver como resposta a

necessidades especiais, pautando-se nos pontos fortes específicos dos membros do Programa

da OMS e indo além deles. Tal influência ativa precisa ser encorajada e nutrida; é uma fonte

de vigor e originalidade que tem contribuído muito para a prática e os padrões internacionais.
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A importância da notificação de reações adversas e queixas técnicas

A farmacovigilância é definida como a ciência e atividades relativas à identificação,

avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou outros problemas relacionados a

medicamentos, sendo o farmacêutico figura essencial nesse processo, visto ser o profissional

do medicamento, detentor do conhecimento técnico e de habilidades fundamentais na

identificação de possíveis reações adversas a medicamentos, suspeitas de interações

medicamentosas, eventos adversos por desvio de qualidade de medicamentos, detecção de

possíveis inefetividade terapêutica, entre outras situações passíveis de notificação.

De acordo com normas sanitárias, o detentor do registro deverá cumprir com o disposto

na RDC nº 04/09 que dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os detentores de

registro de medicamentos de uso humano e Portaria CVS/SP 05/10 que dispõe da atualização

do fluxo de notificações em farmacovigilância para os Detentores de Registro de

Medicamentos no Estado de São Paulo e dá providências correlatas.

Para as farmácias e drogarias, com base na Lei nº 13.021/14, obriga-se o farmacêutico,

no exercício de suas atividades, a notificar os profissionais de saúde e os órgãos sanitários

competentes, bem como o laboratório industrial, dos efeitos colaterais; reações adversas;

intoxicações, voluntárias ou não e farmacodependência observados e registrados durante o

desempenho de suas atividades.

Assim, realizar as notificações de reações adversas e queixas técnicas junto aos órgãos

sanitários por meio dos seguintes canais:

NOTIVISA - Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária, mediante

cadastro prévio da instituição/empresa de saúde na qual encontra-se vinculado e posterior

cadastro do profissional, com associação do perfil de acesso como notificador; ou para o

profissional que não mantém vínculo com nenhuma instituição/empresa de saúde, a notificação

se faz por meio do prévio cadastro como profissional de saúde liberal;


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Núcleo de Farmacovigilância do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo

– CVS-SP, mediante notificação espontânea por meio do preenchimento e envio do formulário

de notificação online.

As notificações realizadas servem para subsidiar o Sistema Nacional de Vigilância

Sanitária (SNVS) na identificação de reações adversas ou efeitos não-desejados dos

medicamentos, aperfeiçoar o conhecimento sobre os efeitos e, quando indicado, alterar

recomendações sobre seu uso e cuidados. Além disso é possível promover ações de proteção à

saúde pública por meio da regulação dos medicamentos comercializados no País.

Nem toda notificação gera uma medida sanitária imediata, seja ela regulatória ou não.

Muitas vezes é necessário um conjunto de notificações para que as informações geradas sejam

consistentes a ponto de desencadear ações por parte do SNVS. Por isso é importante notificar

sempre que houver suspeita de evento adverso ou queixa técnica.


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Legislação da Farmacovigilância no Brasil

As ações de farmacovigilância no Brasil já eram amparadas por legislações gerais,

como a Lei Federal nº 6360/76, a Lei Federal n º 9782/99, a Resolução do Conselho Nacional

de Saúde nº 3/89 e a Portaria do Ministério da Saúde 3916/98. Além disso, diversas legislações

de registro de medicamentos solicitavam dados de farmacovigilância na ocasião da renovação

do registro.

Em 2009, a Anvisa publicou a primeira norma específica de farmacovigilância

destinada aos detentores de registro de medicamentos, a Resolução da Diretoria Colegiada

(RDC) nº 04, de 10 de fevereiro de 2009. No mesmo ano, foram publicados – por meio da

Instrução Normativa (IN) nº 14, de 27 de outubro de 2009 – os Guias de Farmacovigilância

para Detentores de registro de Medicamentos relacionados à RDC 04. A partir da vigência da

RDC nº 04, a notificação de eventos adversos relacionados ao uso de medicamentos passou a

ser compulsória a todos os detentores do registro de medicamentos em território nacional.

Estabeleceu-se a inspeção em farmacovigilância – procedimento realizado pela agência

reguladora para verificar a existência de um sistema de farmacovigilância nas empresas

farmacêuticas, além do cumprimento de outras exigências legais. Ademais, foi exigido o envio

de Relatórios Periódicos de Farmacovigilância (RPF) e de Planos de Farmacovigilância à

Anvisa de forma periódica. Nos casos de problemas específicos relacionados à segurança dos

medicamentos, a Anvisa pode exigir, ainda, a elaboração de Planos de Minimização de Risco.

Como consequência do fortalecimento das bases legais da farmacovigilância no Brasil,

a Anvisa tem incluído cada vez mais ações de vigilância pós-comercialização de medicamentos.

Têm-se, como exemplos dessas ações, a publicação de normas que estabelecem a notificação,

pelos profissionais de saúde, de eventos adversos associados ao oseltamivir (RDC 45/2009), à

talidomida (Resolução do MS 11/2011) e à sibutramina (RDC 50/2014).


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A Anvisa também publicou a RDC 36/2013, que institui ações para a segurança do

paciente em serviços de saúde e torna compulsória a notificação de eventos adversos pelo

Núcleo de Segurança do Paciente do serviço.

Além das legislações já citadas, várias outras leis, portarias e resoluções federais dão

suporte legal às ações de farmacovigilância no Brasil. Essas legislações estão citadas no abaixo:

▪ Portaria n.º 802, de 08 de outubro de 1998

Determina que, em caso de reclamações, observações e reações adversas, os distribuidores

devem imediatamente separar o lote e comunicar ao detentor do registro e à autoridade sanitária.

▪ Portaria nº 1660, de 22 de julho de 2009

Institui o Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária - Vigipos, no âmbito

do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, como parte integrante do Sistema Único de Saúde

- SUS.

▪ Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009

Estabelece que o farmacêutico das farmácias e drogarias deve contribuir para a

farmacovigilância, notificando a ocorrência ou suspeita de evento adverso ou queixa técnica às

autoridades sanitárias.

▪ Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 47, de 8 de setembro de 2009

Determina que a Anvisa pode exigir alterações nos textos de bulas, sempre que julgar

necessário, com base em informações provenientes da farmacovigilância.

▪ Resolução - RDC nº 60, de 26 de novembro de 2009

Estabelece que os procedimentos adotados para as notificações de eventos adversos a

medicamentos devem ser os mesmos para as amostras grátis.

▪ Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 64, de 18 de dezembro de 2009

Inclui, na documentação para o registro de radiofármacos, a apresentação do Relatório de

Farmacovigilância atualizado, de acordo com a legislação em vigor, com dados obtidos de


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estudos clínicos e da comercialização do produto em outros países, quando aplicável. Para a

renovação do registro, devem ser apresentados dados de farmacovigilância. Esses dados podem

ser requisitados pela Anvisa antes dos prazos definidos.

▪ Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 49, de 20 de setembro de 2011

Exige, na ocasião de renovação do registro de medicamentos biológicos, a apresentação do

Relatório Periódico de Farmacovigilância, do Plano de Farmacovigilância e do Plano de

Minimização de Risco em situações específicas relacionadas à segurança do medicamento.

▪ Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 26, de 13 de maio de 2014

Inclui, na documentação para o registro de fitoterápicos, o Documento de Descrição do Sistema

de Farmacovigilância da empresa. Para a renovação do registro, devem ser seguidas as

exigências da RDC 04/2009.

▪ Portaria nº 650, de 29 de maio de 2014

Aprova e promulga o Regimento Interno da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa

e das outras providências.


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Conclusão

Para todos os medicamentos, há relação entre os benefícios e o potencial para danos.

Para minimizar os danos, é necessário que medicamentos de boa qualidade, segurança e

eficácia sejam usados racionalmente, e que as expectativas e preocupações do paciente sejam

levadas em conta quando decisões terapêuticas são tomadas. Alcançar isso é servir à saúde

pública e alimentar o senso de confiança em pacientes nos medicamentos que utilizam, que se

estenderia para confiança no serviço de saúde em geral. A disciplina da farmacovigilância

desenvolveu-se consideravelmente, desde o relatório técnico da OMS, em 1972, e permanece

como disciplina clínica e científica dinâmica. Tem sido essencial para se enfrentarem os

desafios da crescente gama e potência dos medicamentos (vacinas inclusive), que carregam

consigo um inevitável e, às vezes, imprevisível potencial para dano. Porém o risco de danos é

menor quando os medicamentos são usados por profissionais da saúde informados e por

pacientes que, por si mesmos, entendem e compartilham a responsabilidade por seus

medicamentos. Quando efeitos adversos e toxicidade aparecem – em particular quando

previamente desconhecidos em associação com o medicamento – é essencial que eles sejam

analisados e comunicados efetivamente a uma audiência que tenha o conhecimento para

interpretar a informação. Esse é o papel da farmacovigilância. Muito já foi alcançado. Mas

muito mais é necessário para a integração da disciplina com a prática clínica e a políticas

públicas.
Farmacovigilância 16

Referências

▪ UPIS | Farmacovigilância: o que é, para que serve e como é o curso

https://upis.br/blog/farmacovigilancia/

Acesso em 07/112022

▪ Farmacovigilância - A importância da notificação de reações adversas e queixas

técnicas pelo farmacêutico (crfsp.org.br)

http://www.crfsp.org.br/

Acesso em 07/11/2022

▪ O que é Farmacovigilância? - Anvisa

http://antigo.anvisa.gov.br/en/farmacovigilancia/saiba-mais

Acesso em 07/11/2022

▪ Vaccine Safety Advisory Committee. Weekly Epidemiological Record 1999; 74:337-

8. 80. Ioannidis JPA, Lau J. Completeness of safety reporting in randomized trials: An

evaluation of 7 medical areas. Journal of the American Medical Association 2001;

285 (4): 437-443

▪ Organização Mundial da Saúde. Departamento de Medicamentos Essenciais e Outros

Medicamentos. A importância da Farmacovigilância / Organização Mundial da Saúde

– Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. (Monitorização da segurança

dos medicamentos).

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