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PEC CFF

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA Nº 1


Apoio

Manual de Boas Práticas


Farmacêuticas – 1ª parte
O e-learning do Programa de Educação Con-
- assistência farmacêutica – é o conjunto proteção da saúde individual ou coletiva, à
tinuada Conselho Federal de Farmácia é um pro- de ações e serviços que visam assegurar a higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins
jeto de atualização em atendimento farmacêutico, assistência integral, a promoção, a proteção e diagnósticos e analíticos, os cosméticos,
realizado pelo CFF em parceria com a Revista a recuperação da saúde nos estabelecimentos perfumes e produtos de higiene e, ainda,
K@iros e apoio da Boehringer Ingelheim.
O conteúdo do curso aborda temas atuais e
públicos ou privados, desempenhados pelo os produtos óticos, de acústica médica,
apresenta informações essenciais para os farma- farmacêutico ou sob sua supervisão; odontológicos, dietéticos e veterinários;
cêuticos e balconistas manterem-se conectados - assistência técnica – é o conjunto de ativida- - Denominação Comum Brasileira (DCB)
aos novos acontecimentos da área. des profissionais que requer, obrigatoriamente, – denominação do fármaco ou princípio
Cada tema será publicado mensalmente no
a presença física do farmacêutico nos serviços farmacologicamente ativo aprovada pela
site e também estará disponível para leitura na
Revista K@iros. On-line, estará um questionário inerentes ao âmbito da profissão efetuando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
para ser respondido que contará para que a assistência e atenção farmacêutica; (Anvisa);
certificação seja realizada. Os participantes que - atenção farmacêutica – é um conceito de - Denominação Comum Internacional (DCI)
concluírem o programa receberão o título de
prática profissional no qual o paciente é o – denominação do fármaco ou princípio far-
"Técnico em Atendimento Farmacêutico".
Participe do e-learning do Programa de Edu- principal beneficiário das ações do farma- macologicamente ativo recomendada pela
cação Continuada CFF. Acesse: www.cff.org.br cêutico. A atenção é o compêndio da atitude, Organização Mundial de Saúde (OMS);
do compor tamento, do compromisso, da - direção técnica – compreende a coorde-
inquietude, dos valores éticos, das funções, nação de todos os serviços farmacêuticos
1 - Objetivo dos conhecimentos, das responsabilidades e do estabelecimento e é o fator determinante
das habilidades do farmacêutico na prestação do gerenciamento da disponibilização do
Estabelecer os requisitos gerais de Boas da farmacoterapia, com objetivo de alcançar medicamento, devendo atender aos se-
Práticas Farmacêuticas a serem observadas resultados terapêuticos definidos na saúde e guintes objetivos: atendimento ao paciente,
na assistência farmacêutica aplicada a na qualidade de vida do paciente; economia, eficiência e cooperação com a
aquisição, armazenamento, conservação - ato farmacêutico – ato privativo do farma- equipe de saúde;
e dispensação dos produtos comerciali- cêutico por seus conhecimentos adquiridos - diretor técnico – é o farmacêutico res-
zados nas farmácias e drogarias. As Boas durante sua formação acadêmica como perito ponsável que trata a Lei nº 5.991/73, cuja
Práticas Farmacêuticas estão estabelecidas de medicamento; função é a assistência e a direção técnica
na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) - automedicação responsável – uso de me- do estabelecimento farmacêutico;
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária dicamento não prescrito sob a orientação e - dispensação – ato do farmacêutico de
(Anvisa) nº 44, de 17/08/2009, e na Resolu- acompanhamento do farmacêutico; orientação e fornecimento ao usuário de
ção do Conselho Federal de Farmácia (CFF) - aviamento de receitas – manipulação de uma medicamentos, insumos farmacêuticos e
nº 357, de 20/04/2001. prescrição na farmácia, seguida de um conjunto correlatos, a título remunerado ou não;
de orientações adequadas, para um paciente - drogaria – estabelecimento de dispensa-
2 - Definições específico; ção e comércio de drogas, medicamentos,
- certificado de regularidade – é o documento insumos farmacêuticos e correlatos em
É necessário definir alguns termos que serão com valor de certidão, expedido pelo Conselho suas embalagens originais;
usados ao longo deste manual, conforme Regional de Farmácia, com valor concludente - especialidade farmacêutica – produto
descritos a seguir: de ausência de impedimento ou suspeição oriundo da indústria farmacêutica com re-
- antissepsia – emprego de uma substância do profissional farmacêutico, para exercer a gistro na Anvisa e disponível no mercado;
capaz de impedir a ação de microrganismos direção técnica pelo estabelecimento, ou res- - farmácia – estabelecimento de prestação
pela inativação ou destruição; ponsabilidade técnica em caso de substituição de serviços farmacêutico de interesse pú-
- armazenamento/estocagem – procedi- ao titular, sem prejuízo dos termos dos artigos blico e/ou privado, articulada ao Sistema
mento que possibilita o estoque ordenado 19 a 21 da Lei Federal nº 3.820/60; Único de Saúde (SUS), destinada a prestar
e racional de várias categorias de materiais - correlato (de acordo com a Lei nº 5.991/73) assistência farmacêutica e orientação
e produtos, garantindo a sua adequada – substância, produto, aparelho ou acessório, sanitária individual ou coletiva, onde é pro-
conservação; cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e cessada a manipulação e/ou dispensação

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de produtos e correlatos com finalidade diferir somente em característica
profilática, curativa, paliativa, estética ou relativa ao tamanho e forma do pro-
para fins de diagnósticos; duto, prazo de validade, embalagem,
- fármaco – substância que é o princípio rotulagem, excipiente e veículos,
ativo do medicamento; devendo sempre ser identificado por
- Farmacopeia Brasileira – conjunto de nome comercial ou marca;
normas e monografias de farmoquímicos, - medicamentos de controle especial
estabelecido por e para o país. – medicamentos entorpecentes ou
- fórmulas magistrais – fórmula constante psicotrópicos e outros relacionados
de uma prescrição que estabelece a compo- pela Anvisa capazes de causar de-
sição, a forma farmacêutica e a posologia; pendência física ou psíquica;
- fórmulas oficinais – fórmulas constantes - medicamentos não prescritos –
das Farmacopeias Brasileiras ou de outros são aqueles cuja dispensação não requer 3 - Documentos obrigatórios
compêndios oficiais reconhecidos pelo prescrição por profissional habilitado;
Ministério da Saúde; - medicamentos tarjados – são os medi- As farmácias e drogarias devem possuir,
- fracionamento – subdivisão de um me- camentos cujo uso requer a prescrição por de maneira organizada, os seguintes
dicamento em frações menores a partir de profissional habilitado e que apresentem, em documentos no estabelecimento.
sua embalagem original, sem o rompimento sua embalagem, tarja (vermelha ou preta) · Autorização de Funcionamento de Empre-
do invólucro primário e mantendo os seus indicativa dessa necessidade; sa (AFE) expedida pela Anvisa.
dados de identificação; - notificação de receita – documento padro- · Autorização Especial de Funcionamento
- manipulação – conjunto de operações nizado, acompanhado de receita, destinado à (AE) para farmácias, quando aplicável.
farmacotécnicas, realizadas na farmácia, notificação da prescrição de substâncias e de · Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo
com a finalidade de elaborar produtos e medicamentos sujeitos ao controle especial; órgão estadual ou municipal de Vigilância
fracionar especialidades farmacêuticas; - preparações magistrais – é aquela preparada Sanitária, segundo legislação vigente.
- medicamento – produto farmacêutico, na farmácia atendendo a uma prescrição de · Licença do Corpo de Bombeiros.
tecnicamente obtido ou elaborado, com um profissional habilitado, que estabelece sua · Certidão de Regularidade Técnica, emitido
finalidade profilática, curativa, paliativa ou composição, forma farmacêutica, posologia e pelo Conselho Regional de Farmácia da
para fins de diagnóstico; modo de usar; respectiva jurisdição.
- medicamento de referência – produto - Procedimento Operacional Padrão (POP) – · Manual de Boas Práticas Farmacêuticas,
inovador registrado no órgão federal res- descrição escrita pormenorizada de técnicas conforme a legislação vigente e as especi-
ponsável pela vigilância sanitária e comer- e operações a serem utilizadas na farmácia e ficidades de cada estabelecimento.
cializado no país, cuja eficácia, segurança drogaria, com o objetivo de proteger, garantir · Procedimentos Operacionais Padrão (POP).
e qualidade foram comprovadas cientifica- a preservação da qualidade dos produtos, a · Contrato com empresa responsável pelo
mente junto ao órgão federal competente, uniformidade dos serviços e a segurança dos recolhimento do resíduo.
por ocasião do registro; profissionais; · Plano de gerenciamento de resíduos.
- medicamento genérico – medicamento - produto – substância ou mistura de substân- · Programas de Desratização e desinseti-
similar a um produto de referência ou cias minerais, animais, vegetais ou químicas, zação (combate as pragas).
inovador, que se pretende ser por este com finalidade terapêutica, profilática, estética · Programa de Controle Médico de Saúde
intercambiável, geralmente produzido após ou de diagnóstico; Ocupacional (PCMSO): Instrução Normativa
expiração ou renúncia da proteção patentá- - produto farmacêutico intercambiável – nº 84/2002, do Instituto Nacional do Segu­ro
ria ou de outros direitos de exclusividade, equivalente terapêutico de um medicamento Social (INSS).
comprovada a sua eficácia, segurança e de referência, comprovado, essencialmente, os · Registros dos treinamentos aplicados;
qualidade, e designado pela DCB ou na sua mesmos efeitos de eficácia e segurança; · Registros de controle de temperatura e
ausência pela DCI; - receita – prescrição de medicamento, con- umidade.
- medicamento homeopático – são pre- tendo orientação de uso para o paciente, efetu- · Documentos que comprovem a Qualifica-
parações manipuladas de forma específica ada por profissional legalmente habilitado; ção dos Fornecedores.
de acordo com regras farmacotécnicas - responsabilidade técnica – é o ato de · Cópia dos Balanços de Substâncias
bem definidas, descritas na Farmacopeia aplicação dos conhecimentos técnicos e pro- previstas na Portaria nº 344/98.
Homeopática Brasileira; fissionais, cuja responsabilidade objetiva está · Documentos de manutenção e calibração de
- medicamento similar – aquele que con- sujeita às sanções de natureza cível, penal e aparelhos ou equipamentos quando exigido.
tém o mesmo ou os mesmos princípios administrativa;
ativos, apresenta a mesma concentração, - serviços farmacêuticos – serviços de aten- As farmácias e drogarias devem manter
forma farmacêutica, via de administração, ção à saúde prestados pelo farmacêutico; em local visível ao público os documentos
posologia e indicação terapêutica, preven- - supervisão farmacêutica – constitui a a seguir.
tiva ou diagnóstica, do medicamento de supervisão, no estabelecimento, efetuada
referência registrado no órgão federal res- pelo farmacêutico responsável técnico ou seu · Licença ou Alvará Sanitário.
ponsável pela vigilância sanitária, podendo farmacêutico substituto. · Certidão de Regularidade Técnica.

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· Cartaz informativo contendo: razão social; outros animais. fraestrutura compatíveis com as atividades
número de inscrição no Cadastro Nacional de As condições de ventilação e iluminação e serviços a serem oferecidos. A área não
Pessoa Jurídica; número da Autorização de devem ser compatíveis com as atividades tem metragem definida, mas deve atender
Funcionamento de Empresa (AFE) expedida desenvolvidas em cada ambiente. à demanda do serviço.
pela Anvisa; número da Autorização Especial O estabelecimento deve possuir equipa- O ambiente deve ser provido de lavatório
de Funcionamento (AE) para farmácias, quan- mentos de combate a incêndio em quantidade com água corrente e dispor de toalha de
do aplicável; nome do Farmacêutico Res- suficiente, conforme legislação específica. uso individual e descar tável, sabonete
ponsável Técnico, e de seu(s) substituto(s), O programa de sanitização, incluindo des- líquido, gel bactericida e lixeira com pedal
seguido do número de inscrição no Conselho ratização e desinsetização, deve ser executado e tampa.
Regional de Farmácia; horário de trabalho de por empresa licenciada para este fim perante os O ambiente deve estar limpo antes de
cada farmacêutico e números atualizados de órgãos competentes e os registros da execução todos os atendimentos nele realizados, a fim
telefone do Conselho Regional de Farmácia e das atividades relativas ao programa devem ser de minimizar riscos à saúde dos usuários
do órgão Estadual e Municipal de Vigilância arquivados na drogaria. e dos funcionários do estabelecimento e o
Sanitária. Os materiais de limpeza e germicidas de- procedimento de limpeza do espaço deve
· Cartaz na área de medicamentos com os vem estar regularizados junto à Anvisa. Devem ser registrado e realizado diariamente no
seguintes dizeres: “Medicamentos podem ser armazenados em área ou local próprio início e ao término do horário de funcio-
causar efeitos indesejados. Evite a autome- e identificado (exemplo DML = Depósito de namento.
dicação: informe-se com o farmacêutico”. Material de Limpeza). O conjunto de materiais para primeiros
O sanitário deve ser de fácil acesso, possuir socorros deve estar identificado e de fácil
4 - Infraestrutura física pia com água corrente e dispor de toalha de acesso nesse ambiente.
uso individual e descartável, sabonete líquido,
As farmácias e as drogarias devem ser lixeira com pedal e tampa. Deve permanecer em 6 - Pessoal: atribuições e
localizadas, projetadas, dimensionadas, boas condições de higiene e limpeza. responsabilidades
construídas ou adaptadas com infraestru- Os colaboradores devem ter local reservado
tura compatível com as atividades a serem para guarda de pertences e, quando existente,
desenvolvidas, possuindo, no mínimo, am- o local destinado ao descanso e refeitório, deve
bientes para atividades administrativas, re- ser separados dos demais ambientes.
cebimento e armazenamento dos produtos, Caso a farmácia ou drogaria tenha área para
dispensação de medicamentos, depósito de serviços farmacêuticos, o acesso ao sanitário
material de limpeza e sanitário. deve ser independente.
As áreas internas e externas devem per- A sala de aplicação de injetáveis deve
manecer em boas condições físicas e estru- obedecer à área mínima estabelecida pela
turais, para facilitar a higiene e a não oferecer legislação estadual, piso e parede de fácil
risco ao usuário e aos funcionários. limpeza resistente à ação de sanitizantes, boa
O acesso às instalações da farmácia ou ventilação, possuir pia, papel toalha, sabonete
da drogaria deve ser independente de forma líquido, álcool gel 70%, cadeira, armário e
a não permitir a comunicação com resi- recipiente para descarte de perfurocortante.
dências ou qualquer outro local distinto do A farmácia ou a drogaria deve ter abaste-
estabelecimento. A comunicação somente cimento de água potável e, quando possuir
é permitida quando a farmácia ou a drogaria caixa d’água própria, deve estar devidamente Para a devida identificação por parte dos
estiverem localizadas no interior de galerias protegida para evitar a entrada de animais de clientes, o uniforme do farmacêutico deve
de shoppings e supermercados. qualquer porte, sujidades ou quaisquer outros ser diferenciado dos demais funcionários.
As farmácias ou drogarias localizadas contaminantes, devendo definir procedimentos Os funcionários devem vestir uniformes
no interior de galerias de shoppings e escritos para a limpeza da caixa d’água e manter limpos e em boas condições de uso e a
supermercados podem compar tilhar as os registros que comprovem sua realização. identificação deve ser clara.
áreas comuns desses estabelecimentos Para assegurar a proteção do fun-
destinadas para sanitário, depósito de material 5 - Área destinada aos serviços cionário, do usuário e do produto contra
de limpeza e local para guarda dos pertences farmacêuticos contaminação ou danos à saúde, devem
dos funcionários. ser disponibilizados aos funcionários
As instalações devem possuir super- O ambiente destinado aos serviços farma- envolvidos na prestação de serviços
fícies internas (piso, paredes e teto) lisas cêuticos deve ser diferente daquele destinado farmacêuticos Equipamentos de Proteção
e impermeáveis, em perfeitas condições, à dispensação e à circulação de pessoas em Individual (EPIs).
resistentes aos agentes sanitizantes e facil- geral, devendo o estabelecimento dispor de As atribuições do farmacêutico respon-
mente laváveis. espaço específico para esse fim. sável técnico são aquelas estabelecidas
Os ambientes devem ser mantidos em O ambiente para prestação dos serviços pelos Conselhos Federal e Regionais de
boas condições de higiene e protegidos deve garantir a privacidade e o conforto dos Farmácia, observada a legislação sani-
contra a entrada de insetos, roedores ou clientes, possuindo dimensões, mobiliário e in- tária vigente para farmácias e drogarias.

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De acordo com a Resolução CFF nº 357/2001 A prestação de serviço farmacêutico deve IV - prover as condições necessárias para
são atribuições do farmacêutico nas farmá- ser realizada por profissional devidamente capacitação e treinamento de todos os
cias e drogarias. capacitado, respeitando-se as determinações profissionais envolvidos nas atividades do
· Assumir a responsabilidade pela execução estabelecidas pelos Conselhos Federal e Re- estabelecimento.
de todos os atos farmacêuticos praticados gionais de Farmácia.
na farmácia, cumprindo-lhe respeitar e fazer Os técnicos auxiliares devem realizar as 7 - Capacitação
respeitar as normas referentes ao exercício atividades que não são privativas de farma-
da profissão farmacêutica. cêutico, respeitando os Procedimentos Ope- A capacitação dos colaboradores deve
· Fazer com que sejam prestados ao público racionais Padrão (POPs) do estabelecimento ser planejada e realizada com temas co-
esclarecimentos quanto ao modo de utili- e o limite de atribuições e competências, com muns à atividade de cada área. Todos os
zação dos medicamentos, nomeadamente a supervisão do farmacêutico responsável funcionários devem ser capacitados quanto
de medicamentos que tenham efeitos co- técnico ou do farmacêutico substituto. ao cumprimento da legislação sanitária
laterais indesejáveis ou alterem as funções vigente e aplicável às farmácias e drogarias,
nervosas superiores. São atribuições dos atendentes de balcão: bem como dos Procedimentos Operacionais
· Manter os medicamentos e substâncias · entrega de medicamentos aos clientes; Padrão (POPs).
medicamentosas em bom estado de con- · conferência de notas fiscais e mercadorias Para manter a qualidade dos serviços, os
servação, de modo a serem fornecidos nas sob supervisão; treinamentos devem ser contínuos, abordan-
devidas condições de pureza e eficiência; · atendimento de clientes sob supervisão; do de maneira simples e clara as atividades
· Garantir que na farmácia sejam mantidas · guarda de medicamentos; e responsabilidades de cada cargo.
boas condições de higiene e segurança; · limpeza dos medicamentos e das prate-
· Manter e fazer cumprir o sigilo profissional. leiras; Os treinamentos comuns a todos os cola-
· Manter os livros de substâncias sujeitas · contagem de balanço sob orientação. boradores são:
a regime de controle especial em ordem · autocuidado;
e assinados demais livros e documentos São atribuições dos atendentes de perfumaria: · higiene pessoal e de ambiente;
previstos na legislação vigente. · atendimento de clientes nos itens de HPC · saúde;
· Garantir a seleção de produtos farmacêuti- (higiene, perfumaria e cosméticos); · microbiologia (foco na qualidade dos
cos na intercambialidade, no caso de prescri- · conferência de notas fiscais e mercadorias produtos e serviços);
ção pelo nome genérico do medicamento. sob supervisão; · gerenciamento de resíduos;
· Assegurar condições para o cumprimento · troca de produtos; · primeiros socorros;
das atribuições gerais de todos envolvidos, · guarda dos itens de HPC; · POPs relativos à atividade pertinente
visando prioritariamente a qualidade, eficá- · limpeza dos produtos da área do autosser- (por exemplo cuidados na dispensação de
cia e segurança do produto. viço; medicamentos para atendentes).
· Favorecer e incentivar programas de edu- · contagem de balanço sob orientação.
cação continuada para todos os envolvidos
nas atividades realizadas na farmácia. São atribuições do caixa:
· Gerenciar aspectos técnico-administrati- · conferência do lastro;
vos de todas as atividades. · registro de produtos no caixa;
· Assegurar a atualização dos conhecimen- · recebimento de valores (dinheiro, cartão e
tos técnico-científicos e sua aplicação. cheque);
· Prestar a sua colaboração ao Conselho · consulta de cheques;
Federal e Conselho Regional de Farmácia de · limpeza dos produtos da área do autosser-
sua jurisdição e autoridades sanitárias. viço;
· Informar as autoridades sanitárias e o Con- · contagem de balanço sob orientação.
selho Regional de Farmácia sobre as irregu-
laridades detectadas em medicamentos no São atribuições do responsável legal do
estabelecimento sob sua direção técnica. estabelecimento: Devem ser mantidos registros de cursos e
· Manter os medicamentos e demais produ- I - prover os recursos financeiros, humanos e treinamentos dos funcionários contendo:
tos sob sua guarda com controle de estoque materiais necessários para o funcionamento · descrição das atividades de capacitação
que garanta no mínimo o reconhecimento do do estabelecimento; realizadas;
lote e do distribuidor. II - prover as condições necessárias para o · data da realização e carga horária;
· Realizar treinamento aos auxiliares onde cumprimento das Boas Práticas Farmacêuti- · conteúdo ministrado;
constem por escrito suas atividades, direi- cas, assim como das demais normas sanitárias · trabalhadores treinados e suas respectivas
tos e deveres compatíveis com a hierarquia federais, estaduais e municipais vigentes e assinaturas;
técnica. aplicáveis às farmácias e drogarias; · identificação e assinatura do profissional,
Todos os farmacêuticos respondem III - assegurar as condições necessárias à equipe ou empresa que executou o curso
solidariamente pelos itens listados ante- promoção do uso racional de medicamentos ou treinamento;
riormente. no estabelecimento; · resultado da avaliação.

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8 - Aquisição e recebimento A identificação do lote garante a rastreabi-
lidade dos medicamentos.
Os medicamentos e os demais produtos
devem ser adquiridos de distribuidoras ou 9 - Organização e exposição dos
diretamente dos laboratórios fabricantes. produtos
Todos os fornecedores da empresa e todos
os produtos devem ser qualificados para Os produtos de dispensação e comercia-
garantir a rastreabilidade dos produtos. lização permitidos em farmácias e drogarias
A qualificação deve ser feita com a so- devem ser organizados em área de circulação
licitação da Autorização de Funcionamento comum, ou em área de circulação restrita aos
(AFE), da Autorização Especial (AE) no caso funcionários, conforme o tipo e a categoria
de medicamentos controlados, Certificado do produto.
de Regularidade Técnica expedido pelo Os medicamentos isentos de prescrição e
Conselho Regional de Farmácia do Estado os tarjados deverão permanecer em área res-
e Alvará de Funcionamento. trita aos funcionários, não sendo permitida sua público, contendo a seguinte orientação, de
A qualificação também deve contemplar exposição direta ao alcance dos clientes. forma legível e ostensiva que permita a fácil
as empresas de transporte, que deve ser leitura a partir da área de circulação comum:
devidamente registrada na Anvisa e no res- Podem ficar ao alcance do cliente: “Medicamentos podem causar efeitos inde-
pectivo Conselho Regional de Farmácia. · medicamentos fitoterápicos; sejados. Evite a automedicação: informe-se
A qualificação dos produtos a serem · medicamentos administrados por via der- com o farmacêutico”.
comercializados pode sem feita através do matológica; Os medicamentos termolábeis (medica-
site da Anvisa. · medicamentos sujeitos a notificação sim- mentos que requerem condições de armaze-
plificada; namento com controle de temperatura) são
Para consultas de alimentos permitidos: · chás; armazenados sob refrigeração.
http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/ · suplementos alimentares;
Consulta_Produto/consulta_alimento.asp · alimentos funcionais; Devem ser observados nas embalagens
· mel; dos medicamentos a indicação de tempe-
Para consultas de cosméticos: · geleia real; ratura, utilizando a tabela a seguir.
http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/banco. · itens de higiene, perfumaria e cosméticos;
htm · própolis; Conservação em congelador: -20 a 0ºC
· aparelhos para autoteste de uso domiciliar;
Conservação em refrigerador: 2 a 8ºC
Para consultas de empresas em geral: · alimentos com alegação de propriedades
http://www.anvisa.gov.br/scriptsweb/ funcionais. Conservação em local fresco: 8 a 15ºC
index_autoriza.htm Conservação em local frio: temperatura não
Todos os itens comercializados nas far-
maior do que 8ºC
Para consultas de produtos de saúde: mácias e drogarias devem possuir registro na
Anvisa ou no Ministério da Agricultura, Pecuária Conservação em temperatura ambiente:
http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/
Consulta_Produto_correlato/consulta_ e Abastecimento. 15 a 30ºC
correlato.asp (Fonte: Manual de Distribuição e Transporte do CRF SP – abril 2007.)

10 - Armazenamento e
Consultas a medicamentos: conservação Para evitar problemas de danificação das
http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/ embalagens nos casos de queda de ener-
banco_med.htm Os medicamentos devem ser armazenados gia, é recomendado o uso de embalagens
e conservados para garantir a sua integridade plásticas (plástico com fecho automático
A qualificação garante segurança e e manutenção da estabilidade química, física, tipo ziplok).
qualidade aos produtos comercializados e microbiológica, terapêutica e toxicológica, tendo O controle de temperatura da geladeira
deve ser feita pelo Responsável Técnico da em vista que os fatores intrínsecos e extrínsecos deve ser feito com auxílio de termômetro
farmácia ou drogaria. são determinantes nas qualidades destes. devidamente calibrado e registrado de
No recebimento de produtos deve ser Desse modo, os medicamentos de maneira uma a duas vezes ao dia em planilha para
observado o número dos lotes de medica- geral devem ser armazenados em prateleiras controle.
mentos descritos em nota fiscal. A identifi- em ordem alfabética, fora do alcance dos Os medicamentos de Controle Espe-
cação dos lotes é obrigatória para todos os clientes, obedecendo à ordem cronológica cial – Por taria nº 344/98 – devem ser
medicamentos, controlados ou não. de seus lotes de fabricação, ou seja, os lotes armazenados em armário com chave,
No caso de divergência do número do lote mais antigos devem ser comercializados com onde o responsável pela chave deve ser o
da embalagem com a nota, o farmacêutico deve prioridade. farmacêutico.
informar a empresa fornecedora e solicitar uma Na área destinada aos medicamentos Os materiais descartáveis, como serin-
carta de correção para o número de lote. deve estar exposto cartaz, em local visível ao gas e agulhas, devem ser armazenados na

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sala de aplicação de injetáveis, em local 11 - Prazo de validade Toda farmácia ou drogaria deve ter
livre de umidade. convênio com uma empresa especializada
O controle de temperatura e umidade Os medicamentos podem ser comercia- para o recolhimento de resíduos e deve
da área de venda e do depósito interno da lizados até o seu vencimento, em que deve desenvolver Plano de Gerenciamento dos
farmácia ou drogaria deve ser feito com o ser observado o período do tratamento, que Resíduos dos Serviços de Saúde.
auxílio de termo-higrômetro, devidamente não pode ultrapassar a data de vencimento. O Plano de Gerenciamento tem o objetivo
calibrado. Por segurança, os medicamentos ou outros de gerenciar da maneira exigida pela RDC
Em casos de armazenamento de produ- produtos comercializados devem ser retirados Anvisa nº 306, de 7 de dezembro de 2004,
tos cujo acondicionamento primário, como da área de venda com uma semana antes do o descarte de resíduos de serviços de
as caixas que entram em contato direto vencimento. saúde, de forma a evitar contaminação do
com o produto, não proteja da umidade, Os medicamentos devem ser listados estabelecimento e do meio ambiente.
ela deve ser mantida entre 40 e 70% (fonte: e segregados em caixas apropriadas com O Plano de Gerenciamento deve ob-
Manual de Distribuição e Transporte do CRF a identificação: “Produto Impróprio para o servar o Grupo do Resíduo, conforme
SP – abril 2007). Consumo”. exemplos a seguir:

GRUPO B
Enquadram-se neste grupo, para este das embalagens originais, e acondicionados Armazenamento externo: os resíduos
estabelecimento: na caixa de resíduos identificada. Os medica- pertencentes a este grupo não requerem
· produtos hormonais e produtos antimi- mentos líquidos devem ser mantidos dentro armazenamento externo.
crobianos; citostáticos; antineoplásicos; dos frascos originais. Os frascos e blísteres
imunossupressores; digitálicos; imuno- devem ser acondicionados dentro da caixa Coleta e transporte externos: a coleta e o
moduladores; antirretrovirais, quando des- identificada, e a bula e as embalagens de papel transporte externos devem ser realizados
cartados por serviços de saúde, farmácia, dos medicamentos devem ser descartadas pela empresa responsável pelo recolhimento
drogarias e distribuidores de medicamentos conforme resíduos de Grupo D. e tratamento dos resíduos, que serão enca-
ou apreendidos e os resíduos e insumos Depois do acondicionamento deve ser reali- minhados para a Disposição Final. O recolhi-
farmacêuticos dos medicamentos contro- zado o Transporte Interno da caixa identificada mento é realizado fora do horário normal de
lados pela Portaria SVS/MS nº 344/98 e para o local de Armazenamento Temporário. expediente. A entrega dos resíduos, para a
suas atualizações; empresa responsável pelo recolhimento dos
· resíduos contendo metais pesados, rea- Identificação: as caixas ou os recipientes resíduos, deve ser protocolada em docu-
gentes para laboratório e seus recipientes. destinados ao descarte devem ser identifi- mento datado e assinado pelo responsável
cados com os dizeres: Medicamentos para pela coleta. O protocolo deve ser arquivado
Medicamentos não controlados pela Por- Descarte. pelo responsável técnico.
taria nº 344/98.
Transporte interno: antes de iniciar o recolhi- Disposição final: os resíduos pertencentes
· Segregação: os produtos avariados, com mento dos resíduos, os recipientes (caixas e a esses grupos devem ser encaminhados,
prazo de validade expirado, contaminados, potes) devem ser retirados do local destinado pela empresa responsável pelo recolhimento
que não servem mais para o consumo ao Armazenamento Temporário e transporta- dos resíduos, para o destino final conforme
humano, devem ser segregados e acon- dos manualmente para o local gerador dos normas de segurança exigidas.
dicionados da maneira descrita no item resíduos. Depois de os resíduos terem sido
Acondicionamento. recolhidos do local gerador dos resíduos ele Medicamentos controlados pela Portaria
deve retornar ao local destinado ao Armaze- nº 344/98.
· Acondicionamento: produtos avariados, namento Temporário.
contaminados, vencidos ou impróprios para Segregação: os produtos avariados, com
o consumo humano. Armazenamento temporário: os recipientes prazo de validade expirado, contaminados,
O acondicionamento deve ser realizado com resíduos devem ser armazenados a no que não servem mais para o consumo
no local gerador do resíduo, em uma caixa mínimo 10 cm do chão, em um armário com humano, devem ser segregados e acon-
de papelão para acondicionamento de resí- porta, destinado ao armazenamento temporário dicionados da maneira descrita no item
duos, identificada conforme demonstrado de resíduos. Os resíduos devem permanecem Acondicionamento.
no item Identificação. no local destinado ao armazenamento tempo-
Antes de iniciar o recolhimento do resí- rário ate o momento da coleta. Acondicionamento: produtos avariados,
duo, deve ser realizado o Transporte Interno contaminados, vencidos ou impróprios para
da caixa do local destinado ao armazena- Tratamentos: os resíduos pertencentes a este o consumo humano.
mento temporário até o local de geração grupo não requerem tratamento prévio no local O acondicionamento deve ser realizado
do resíduo. Após isso, os blísteres dos gerador do resíduo para descontaminação e no local gerador do resíduo, em uma caixa
medicamentos sólidos devem ser retirados descarte. de papelão para acondicionamento de resí-

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duos, identificada conforme demonstrado Transporte interno: antes de iniciar o recolhi- tratamento dos resíduos, que serão enca-
no item identificação. mento dos resíduos, os recipientes (caixas e minhados para a disposição final. O reco-
Antes de iniciar o recolhimento do resí- potes) devem ser retirados do local destinado lhimento é realizado fora do horário normal
duo, deve ser realizado o Transporte Interno ao Armazenamento Temporário e transporta- de expediente. A entrega dos resíduos,
da caixa do local destinado ao armazena- dos manualmente para o local gerador dos para a empresa responsável pelo recolhi-
mento temporário até o local de geração resíduos. Depois de os resíduos terem sido mento dos resíduos, deve ser protocolada
do resíduo. Após isso, os blísteres dos recolhidos do local gerador dos resíduos, ele em documento datado e assinado pelo
medicamentos sólidos devem ser retirados deve retornar ao local destinado ao armazena- responsável pela coleta. O protocolo deve
das embalagens originais, e acondiciona- mento temporário. ser arquivado pelo responsável técnico e
dos na caixa de resíduos identificada. Os deve ser dada a baixa desses medicamen-
medicamentos líquidos devem ser mantidos Armazenamento temporário: os recipientes tos como perda no Sistema Nacional de
dentro dos frascos originais. Os frascos com resíduos devem ser armazenados a no Gerenciamento de Produtos Controlados
e blísteres devem ser acondicionados mínimo 10 cm do chão, em um armário com (SNGPC).
dentro da caixa identificada, e a bula e as porta e chave, destinado ao armazenamento Quando a entrega é feita diretamente
embalagens de papel dos medicamentos temporário de resíduos. Os resíduos devem para a Vigilância Sanitária, o protocolo de
devem ser descartadas conforme resíduos permanecem no local destinado ao armazena- entrega deve ser arquivado e usado para a
de Grupo D. mento temporário até o momento da coleta. baixa desses medicamentos como perda
Algumas Vigilâncias Sanitárias recolhem no SNGPC.
medicamentos deste grupo sem a necessi- Tratamentos: os resíduos pertencentes a este
dade de separar os resíduos das embalagens grupo não requerem tratamento prévio no local Disposição final: os resíduos pertencentes
primária e secundária. gerador do resíduo para descontaminação e a esses grupos devem ser encaminhados,
Depois do acondicionamento deve ser descarte. pela empresa responsável pelo recolhimento
realizado o transpor te interno da caixa dos resíduos, para o destino final conforme
identificada para o local de armazenamento Armazenamento externo: os resíduos pertencen- normas de segurança exigidas.
temporário. tes a este grupo não requerem armazenamento No caso da entrega dos medicamentos
externo para este estabelecimento. vencidos diretamente à Vigilância Sanitária
Identificação: as caixas ou os recipientes o responsável pela fiscalização no município
destinados ao descarte devem ser identifica- Coleta e transporte externos: a coleta e o deve receber os resíduos e aplicar a dispo-
dos com os dizeres: “Medicamentos da Por- transporte externo devem ser realizados pela sição final dos resíduos conforme normas
taria SVS/MS nº. 344/98 para Descarte”. empresa responsável pelo recolhimento e de segurança exigidas.

GRUPO D

Enquadram-se neste grupo resíduos que Segregação: os resíduos pertencentes a este coleta seletiva, com as identificações: papel,
não apresentam risco biológico, químico ou grupo devem ser captados e segregados con- plástico, vidro e metal.
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, forme descrito no item Acondicionamento.
podendo ser equiparados aos resíduos Transporte interno: os sacos fechados de-
domiciliares: Acondicionamento: o acondicionamento deve vem ser recolhidos no final do expediente e
· papel de uso sanitário e fralda, absorventes ser realizado no local gerador do resíduo, em transportados manualmente, a favor do fluxo
higiênicos, pecas descartáveis de vestuário, uma lixeira com pedal, identificada conforme de saída de pessoas, por um profissional de
resto alimentar, material utilizado em antis- demonstrado no item Identificação, forrada limpeza treinado, do local gerador do resíduo
sepsia e hemostasia de venóclises, equipo com saco plástico resistente preto ou azul, para o local do armazenamento externo.
de soro e outros similares não classificados com capacidade para 30 L. Quando o volume
como resíduos do Grupo A1 da Resolução de resíduos atinge 2/3 da capacidade total do Armazenamento temporário: não existe a
– RDC nº 306 da Anvisa; saco, a boca do saco deve ser amarrada para necessidade de armazenamento temporário
· sobras de alimentos e do preparo de fechá-lo, e o saco deve ser encaminhado, de para resíduos pertencentes a este grupo.
alimentos; acordo com o item Transporte Interno, para o ­­­­­­
· resto alimentar de refeitório; Armazenamento Externo. Tratamento: os resíduos pertencentes a
· resíduos provenientes das áreas admi- As drogarias que realizam coleta seletiva este grupo não requerem tratamento prévio
nistrativas; devem separar em lixos diferentes os resíduos no local gerador do resíduo para desconta-
· resíduos de varrição, flores, podas e de acordo com as identificações: minação e descarte.
jardins;
· resíduos de gesso provenientes de assis- Identificação: a lixeira deve ser identificada Armazenamento externo: os sacos plásti-
tência à saúde. com os dizeres: Lixo Comum ou, no caso de cos com resíduos, retirados do local gerador

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de resíduos, devem ser armazenados no a coleta pelo serviço público ou por empresa para a disposição final.
abrigo de resíduos, destinado ao armaze- especializada na coleta seletiva.
namento externo, onde o espaço interno Disposição final: os resíduos pertencentes
deve supor tar a demanda periódica de Coleta e transporte externos: a coleta e o a este grupo devem ser depositados, pela
armazenamento do lixo. O abrigo de resí- transpor te externos devem ser realizados empresa responsável pelo serviço público
duos deve ser feito de alvenaria, em local pela empresa responsável pelo serviço pú- de recolhimento de lixo, no aterro sanitário
e com revestimento interno adequados. Os blico de recolhimento de lixo ou empresa de local ou, no caso de coleta seletiva, em local
resíduos devem permanecer no local até coleta seletiva que encaminha os resíduos destinado à reciclagem.

GRUPO E

Enquadram-se neste grupo materiais Quando os resíduos atingirem 2/3 da mente as salas de aplicação devem ser
perfurocortantes ou escarificantes, como: capacidade do recipiente ou quando o nível adaptadas para armazenar as caixas
lâminas de barbear, agulhas, escalpes, am- dos resíduos atingirem 5 cm de distância da de perfurocortantes e obrigatoriamente
polas de vidro, utensílios de vidro quebrados boca da caixa, a caixa deve ser encaminhada devem ficar afastadas do solo, longe de
no laboratório (pipetas, béqueres, tubos de de acordo com o item Transporte Interno para umidade.
ensaio) e outros similares. o Armazenamento Externo.
No caso de salas de aplicação com área Tratamento: os resíduos pertencentes a
Materiais perfurocortantes provenientes reservada a caixa permanece no local até a este grupo não requerem tratamento prévio
da sala de aplicação: coleta final. no local gerador de resíduo para desconta-
minação e descarte.
Segregação: os resíduos pertencentes a este Identificação: a caixa deve ser identificada com
caso devem ser captados e segregados con- a inscrição: Perfurocortantes. Coleta e transportes externos: a coleta e o
forme descrito no item Acondicionamento. transporte externos devem ser realizados pela
Transporte interno: quando necessário, a caixa empresa responsável pelo serviço público de
Acondicionamento: o acondicionamento deve ser recolhida do local gerador de resíduo recolhimento de lixo hospitalar, que encami-
deve ser feito em uma caixa de papelão es- e transportada manualmente, por um profis- nha os resíduos para a Disposição Final.
pecial para o descarte de perfurocortantes, sional de limpeza treinado, no sentido a favor
identificada conforme demonstrado no item do fluxo de saída de pessoas, e encaminhada Disposição Final: os resíduos pertencentes a
Identificação. para Coleta e Transporte Externos. este grupo devem ser tratados pela empresa
O recipiente utilizado deve ser mantido responsável pelo recolhimento de resíduos e
dentro da sala de aplicação de injetáveis. Armazenamento temporário: preferencial- armazenados em local adequado.

O Plano de Gerenciamento previsto na Referências 1.5. DUBOC, M. O Transporte de Medicamentos e


RDC nº 306/04 também prevê treinamentos 1.1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 344, de os Imprevistos não des­critos em Literatura. Revista
para os colaboradores sobre: noções gerais 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico Controle de Contaminação, v. 82, p. 36-37, 2006.
sobre o ciclo da vida dos materiais, conhe- sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle 1.6. ______. Validação de Transporte de Produtos
cimento da legislação ambiental, de limpeza especial. Diário Oficial da União, Brasília, 1 fev. 1999. com Temperatura Con­trolada. Revista Controle de
pública e de vigilância sanitária relativas aos 1.2. ______. Conselho Federal de Farmácia. Contaminação, v. 77, p. 16-18, 2005.
Resolução nº. 357, de 20 de abril de 2001. Aprova o 1.7. MACEDO, S. H. M. Cuidados Necessários
resíduos, definições, tipo e classificação dos
Regulamento Técnico das Boas Práticas de Farmácia. na Distribuição e Transporte de Medicamentos,
resíduos e potencial de risco do resíduo; sis-
1.3. ______. Ministério da Saúde. Agência Nacional Produtos para a Saúde e Farmoquímicos. Revista do
tema de gerenciamento adotado internamente
de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Farmacêutico, São Paulo: CRF/SP, n. 71-72, 2004.
no estabelecimento, formas de reduzir a
Colegiada – RDC nºº 306, de 07 de dezembro de - Manual de Distribuição e Transporte do CRF-SP –
geração de resíduos e reutilização de mate- 2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para abril 2007.
riais, conhecimento das responsabilidades o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. - Instrução Normativa 84/2002, do INSS foi revogada
e de tarefas, identificação das classes de 1.4. ______. Ministério da Saúde. Agência (FALTA REFERÊNCIAS)
resíduos, conhecimento sobre a utilização Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC - Instrução Normativa INSS/PRES nº 20, DE 10 de
dos veículos de coleta, orientações quanto ao nº. 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre outubro de 2007. Diário Oficial da União, 11 out.
uso de Equipamentos de Proteção Individual as Boas Práticas Farmacêuticas para o controle 2007.
(EPI) e Coletiva (EPC), orientações quanto à sanitário do funcionamento, da dispensação e da
higiene pessoal e dos ambientes, visão bá- comercialização de produtos e da prestação de
sica do gerenciamento dos resíduos sólidos serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá

no município e noções básicas de controle de outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,


18 ago. 2009.
infecção e de contaminação química. 

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