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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA


ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

JOYCE LIMA DA SILVA


JONATAN GERMANO DA SILVA CABRAL

FARMÁCIA CLÍNICA EM ONCOLOGIA

RECIFE 2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

FARMÁCIA CLÍNICA EM ONCOLOGIA

Relatório de Pesquisa, disciplina Estágio


Supervisionado 01, como parte dos requisitos
parciais para obtenção do título de Bacharel em
Farmácia, da Graduação em Farmácia da
UNIBRA.

Orientador (es): Msc. Elisabete Regina


Fernandes Ramos Ribeiro
No ano 2000, misturados à comemoração do início de um novo século, um grupo de
farmacêuticos transformou a necessidade de troca de informações técnicas que há muito era
percebida, em uma profunda mobilização corporativa entre os profissionais que atuavam na
área da oncologia.
As dúvidas eram provenientes dos escassos conhecimentos específicos adquiridos na
universidade e das intensas exigências que a atividade farmacêutica na área da oncologia
passava a apresentar aos profissionais que a ela se dedicavam.
A exemplo de outras áreas da Farmácia, a atuação em oncologia começou a ser delineada a
partir de 1990 com base em normativas internacionais e trabalhos implementados em grandes
centros hospitalares que passaram a identificar, desde os riscos trabalhistas e ambientais, até a
exigência de rigorosa técnica asséptica para a manipulação de medicamentos complexos.
Estas terapias são consideradas críticas por utilizarem doses terapêuticas muito próximas das
doses tóxicas e se destinar a pacientes imunossuprimidos pela doença ou pelo próprio
tratamento. A tarefa da manipulação criteriosa dessas doses gerou a necessidade do
estabelecimento de rotinas e adequação de áreas físicas específicas, demandando ao
farmacêutico um intenso aperfeiçoamento técnico.
Deste grupo de profissionais, dispersos em diversas cidades de um país com dimensões
continentais, nasceram discussões em torno de temas comuns como: estrutura física,
segurança ocupacional e ambiental, e atuação do farmacêutico junto às equipes da
oncologia.Resultado destas discussões, a SOBRAFO se tornou, em abril de 2001, uma
sociedade formal, a única associação voltada aos profissionais de farmácia em oncologia do
país.
Em 2002, aconteceu o I Congresso da SBF no Rio de Janeiro, em parceria com a Sociedade
Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH). Nesse momento consolidou-se a necessidade
de sua existência: 800 profissionais participaram do evento, dos quais, 200 especificamente na
programação de oncologia. Este evento resultou em reconhecimento da SBF que em 2004
realizou, na cidade de São Paulo, de forma independente, o II Congresso de Farmacêuticos em
Oncologia, tendo a participação de 246 congressistas.
Em 2003, a SOBRAFO daria um importante passo, contribuindo para a qualidade e segurança
no ambiente de trabalho: a publicação do Guia para o Preparo Seguro de Agentes
Antineoplásicos.
O guia foi elaborado a partir de uma reunião de consenso com 23 profissionais de todo o
Brasil e é uma tradução precisa das recomendações internacionais publicadas até aquele
momento.
Em 2005 realizamos os primeiros seminários regionais nas cidades de Belo Horizonte,
Campinas, Florianópolis e Recife, oportunizando a participação dos farmacêuticos em eventos
em 4 regiões do Brasil. Em 2011 os seminários regionais foram incorporados pela sociedade
como atividade fixa, sendo sempre realizados no ano em que não há congresso. Desse modo,
anualmente a sociedade oferece atividades científicas aos profissionais.
2006 o III Congresso da SOBRAFO foi realizado em Belo Horizonte onde mais de 500
congressistas participaram de atividades científicas de alta relevância e foi aplicada a primeira
prova para obtenção do Título de Especialista em Farmácia para Oncologia.
2007, em parceria com a ANVISA, publicou o Guia de reações adversas em oncologia,
importante instrumento para orientar o processo de notificação e consolidação de registros
que contribuam para a geração de dados brasileiros.
Em 2008 o IV Congresso da SOBRAFO reuniu em Salvador mais de 700 profissionais e
estudantes que contaram com um intenso programa científico no qual foi incluída uma ilha
temática para demonstração da técnica de preparo de medicamentos antineoplásicos. A
estrutura foi montada em parceria com a SBCC- Sociedade Brasileira de Controle de
Contaminação, de acordo com as especificações internacionais para sala limpa e contava com
Cabine de Segurança Biológica. A demonstração prática ficou a cargo do Grupo de
Farmacêuticos Oncologistas da Bahia – GFOB.
No ano de 2009 lançou o curso de farmacologia clínica em oncologia online que contou com
cerca de 160 participantes e contribuiu para o aprimoramento e atualização dos profissionais
farmacêuticos, bem com a aprovação de alguns candidatos na prova de título de especialista
do ano de 2010.
Em 2011 celebramos os 10 primeiros anos de vida desta sociedade vitoriosa com o
lançamento do SOBRAFOnews, um meio de comunicação técnico científico oferecido
exclusivamente ao associado. Formou-se então a comissão de educação para definir as pautas
das 4 edições anuais e escrever o conteúdo. Desde então já foram publicados, mais de 30
edições com conteúdo sério e atual, necessários aos profissionais associados.
Em 2016 celebramos os 15 anos da sociedade no VIII congresso realizado em Florianópolis.
Na ocasião, farmacêuticos com expressiva contribuição na oncologia foram homenageados,
recebendo a medalha comemorativa de honra ao mérito.
2018 foi realizado o IX congresso no Rio de Janeiro com recorde de público: mais de 1000
farmacêuticos, nessa edição houve o lançamento da publicação “transplante de células tronco
hematopoéticas: introdução para farmacêuticos”, desenvolvido pela comissão de
farmacêuticos em TCTH, oficializada no congresso. (SOBRAFO.ORG)
EXEMPLO DE ATIVIDADE REALIZADA COM ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO
Como Exemplo da atuação do farmacêutico clinico em oncologia temos como
importantíssimo o papel de atuar sobre a qualidade da farmacoterapia individual de cada
paciente, tanto na quimioterapia quanto nos estabelecimentos de saúde, tal profissional pode
atuar selecionando, adquirindo, armazenando e padronizando os componentes necessários ao
preparo e à dispensação dos antineoplásicos. Esses medicamentos atuam inibindo algumas das
fases da reprodução celular, o que consequentemente interfere no crescimento dos tumores.
Além disso, analisar os componentes presentes na prescrição médica quanto à quantidade, à
qualidade, à compatibilidade, à estabilidade e a suas interações é atividade essencial para
melhorar a adesão à terapia e, com isso, oferecer segurança ao paciente, é necessário que o
farmacêutico avalie a formulação dos antineoplásicos minuciosamente porem seguindo a
prescrição medica, com tudo baseadas na literatura, manipulando as drogas antineoplásicas
em ambientes e condições de higienização descriminadas pelos critérios internacionais de
segurança. O farmacêutico também é o responsável por realizar orientações e supervisões de
rotina no que diz respeito aos procedimentos de manipulação dos antineoplásicos como :
preencher adequadamente o rotulo de cada unidade de antineoplásico, assinar e carimbar a
liberação do medicamento, identificar o nome do cliente da terapêutica e a quantidade de cada
componente adicionado, bem como efetuar as devidas recomendações para sua estabilidade e
administração e garantir o controle e qualidade das preparações. devem estar presentes
continuadamente durante todos os ciclos terapêuticos e toda a estadia no ambiente hospitalar,
complementando os cuidados médicos, com a analise das prescrições sendo uma dar
principais ferramentas clinica do farmacêutico com isso ele aplica o conhecimento
farmacológico, clinico e cientifico baseadas no prontuário do paciente observando dose,
diluição, tempo de infusão, via e frequência de administração, compatibilidade e interação.

O fato do câncer ser uma doença onde a maiorias das vezes trazer muita dor ao paciente, ter o
farmacêutico na equipe multidisciplinar de terapia antineoplásica é fundamental e
estabelecida por lei onde se pede a adesão de ao menos um farmacêutico clinico em
oncologia, com isso o farmacêutico oncológico tem que manter-se informado sobre novas
terapias e elaborar manuais de normas e procedimentos farmacêuticos, com o objetivo de
diminuir a frequência de erros na prescrição de medicamentos.
RESUMO DO CONTEXTO LEGISLATIVO
A área de oncologia farmacêutica estar regulamentada por uma legislação do conselho federal de
farmácia e também por meio de DRCs da ANVISA , a vários anos que a área de preparação de
medicamentos é exclusiva do farmacêutico , a primeira regulamentação nessa área que garantiu a
atuação desse profissional foi criada deis de 1996 pelo conselho regional de farmácia e foi atualizada
em 2012 e acrescentada algumas atribuições profissionais farmacêutico que atua na área de
oncologia e também esta descrita na classificação brasileira de ocupação do ministério do trabalho e
emprego.

O marco legislativo para farmacêutico atuar na área de oncologia veio através da resolução
de nº 288 do conselho federal de farmácia no ano de 1996 onde é determinada a disposição
sobre a competência legal para o exercício da manipulação de drogas antineoplásicas pelo
farmacêutico e foi alterada pela resolução de nº565 de 2012, esta resolução estabelece que a
manipulação de quimioterápicos é competência privada de farmacêutico [artigo 1º]; É
atribuição privada do farmacêutico o preparo do antineoplásico e demais medicamentos que
que possam causar e riscos ocupacional ao manipulador, teratogenicidade, carcinogenicidade
e ou mutagenicidade nos estabelecimentos de saúde pública ou privadaá. Já no [artigo 2º]
temos a seguinte atriuição; Compete ao farmacêutico orientar e assegurar a execução de
projetos de área física que garantam o cumprimento da legislação vigente quanto aos
requisitos de esterilidade e biossegurança dos medicamentos através de programas de
qualificação de equipamentos de validação técnicas e processos. Está resolução também
estabelece as atividades que cabe ao farmacêutico que atua na atividade de quimioterapia,
[artigo 3º]; §1- participa do processo de seleção, padronização, qualificação de fornecedores
de produtos e prestadores de serviços, aquisição e armazenamento dos medicamentos
antineoplásicos, medicamentos de suporte e de materiais necessário para o preparo e o uso
deste medicamento, através de procedimentos operacionais que asseguram a revista a
rastreabilidade dos processos; §2- Avaliar os componentes de prescrição médica quando a
dose, qualidade, compatibilidade, estabilidade e interação com outros medicamentos ou
alimentos, bem como a viabilidade do tratamento proposto.
Na atuação preventiva onde procuras se evitar erros relacionados a medicações, erros de
prescrição erro de formulação, manipulação e erros de administração, os eventos adversos
relacionados a medicamentos podem levar a importantes agravos a saúde dos pacientes com
relevantes repercussões econômicas e sociais dentre eles os erros de medicações são
ocorrências comuns e podem dimensões clinicamente insignificativas e impor custos
relevantes ao sistema de saúde; Como erros de prescrições temos: erro de decisão ou de
redação, não intencional, que pode reduzir a probabilidade do tratamento ser efetivo ou
aumentar o risco de lesão no paciente, quando comparado com as praticas clinicas
estabelecidas e aceitas; E em erro de dispensação observasse: A discrepância entre a ordem
escrita na prescrição medica e o atendimento dessa ordem. São erros cometidos por
funcionários da farmácia (farmacêutico inclusive) quando realizam a dispensação do
medicamento para as unidades de interação; Já em erros administrativos: Qual quer desvio no
preparo e administração de medicamento mediante a prescrição medica, não observância das
recomendações ou guias do hospital ou das instruções técnicas do fabricante do produto.
Considerar ainda que não houve erros e o medicamento foi administrado de forma correta
mesmo se a técnica utilizada contraria a prescrição medica ou os procedimentos do
hospital.

Ainda sobre a resolução nº 565 de 2012, é importante destacar que, 3º – Orientar e capacitar a
equipe de profissionais de saúde no que se refere aos processos relacionados aos
medicamentos antineoplásicos e contribuir para elaboração de protocolos, clínicos e de
farmacovigilância, para detecção, tratamento e notificação das reações adversas a
medicamentos. praticar a fármacovigilância é obrigação de todos os profissionais. No caso da
ocorrência de erros não esqueça de notificar as autoridades sanitárias.
A legislação também destaca a importância de lembrar sempre de notificar quando houver
reações adversas; desvio de qualidade, perda de eficiência, interação medicamentosa, reações
graves e não descritas na bula são prioridade. Uso não autorizado ( of-lebel), uso abusivo, erro
de medicação, desvio de qualidade.
4º – Proceder o preparo dos medicamentos segundo a prescrição medica, atendendo os
aspectos galênicos de cada produto, em concordância com o que é preconizado na literatura
cientifica e pelo fabricante do produto; manipular o antineoplásico em condições asséptica,
obedecendo aos critérios da biossegurança disposto na legislação sanitária em vigor. 5º –
Assegurar o adequado preenchimento do rótulo de cada dose manipulada, verificando a
exatidão das informações contida na prescrição medica, a saber: Nome completo do paciente,
numero do leito e registro hospitalar, identificação do médico prescritor e do farmacêutico
responsável pela manipulação, volume total e dose de cada componente adicionado, data e
hora da manipulação, bem como as recomendações de uso e relativas a validade, condições de
armazenamento, transporte e administração. 6º - registrar cada dose manipulada de modo
sequencial, por meio de impresso ou eletrônico, de forma a permitir a rastreabilidade de todas
as informações referente ao produto utilizado no preparo das doses, dados dos pacientes e
responsáveis pela prescrição e manipulação.7º - Elaborar e acompanhar o plano de
gerenciamento de resíduos, de acordo com a legislação sanitária em vigor. 8º - Observar as
normas de segurança individuais e coletivas para o preparo três produtos, recomendadas
nacionalmente é internacionalmente, de acordo com a legislação vigente.
Como como vimos na oncologia o farmacêutico é o principal profissional habilitado
qualidade da qualidade da farmacoterapia e suas atribuições garante o tratamento adequados a
ser oferecido
EXEMPLO DE PROFISSIONAL ATUANTE NA ÁREA

ELLEN MAYARA CORRÊA

CONCLUIU A GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA NO ANO DE 2009,


E EM 2011 FEZ PÓS GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA HOSPITALAR, APÓS
CONCLUIR A GRADUAÇÃO CONSEGUIU EMPREGO EM UMA EMPRESA QUE
MANIPULAVA EQUIPAMENTOS DE QUIMIOTERAPIA PARA DIVERSOS
HOSPITAIS EM SÃO PAULO, FOI A PARTIR DISSO QUE CRESCEU SEU
INTERESSE DE APRIMORAR-SE NA ÁREA ONCOLÓGICA.
ATUALMENTE, A MESMA CONTINUA ATUANDO NA ÁREA
QUIMIOTERÁPICA COM 9 ANOS DE EXPERIENCIA E GRANDE
CONHECIMENTO NA ÁREA, SENDO ASSIM, VEIO A IDEIA DE CRIAR
CONTEÚDOS DIGITAIS VOLTADO PARA QUEM TEM INTERESSE DE
CONHECER MAIS SOBRE A ONCOLOGIA CLÍNICA, MOSTRAR SEU
COTIDIANO E TIRAR DUVIDAS A RESPEITO DA SUA FORMAÇÃO COMO
FARMACÉUTICA.
REFERÊNCIAS
1. . http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/40904/1/2018_art_slfsantos.pdf
http://34.233.57.254/index.php/uninga/article/view/3155/2129

2. https://www.crfrs.org.br/noticias/saiba-mais-sobre-farmacia-clinica-oncologica-
e-como-atuar-na-area

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