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20/01/2023 20:23 Semiologia e a criação do raciocínio clínico do farmacêutico

Semiologia e a criação do raciocínio


clínico do farmacêutico
Prof.ª Ana Elisa Martins de Freitas D’Ottavio

Descrição

Atuação do farmacêutico e aprimoramento da atenção farmacêutica e farmácia clínica. Construção do


raciocínio clínico por meio da semiologia farmacêutica e a importância da relação de confiança entre
farmacêutico e paciente, além do detalhamento do processo semiológico.

Propósito

A conceituação da semiologia farmacêutica e o desenvolvimento da atuação do farmacêutico proporciona


a construção do raciocínio clínico e uma relação de confiança entre farmacêutico e paciente, tornando
possível ao paciente o uso de uma terapia segura, efetiva e com PRM (problemas relacionados ao
medicamento) minimizados.

Objetivos
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Módulo 1

A semiologia como ferramenta na prática da


farmácia clínica
Reconhecer a semiologia na prática clínica.

Módulo 2

A construção da relação terapêutica com o paciente


Reconhecer a importância da habilidade da comunicação.

Módulo 3

As etapas do processo semiológico


Identificar as etapas do processo semiológico.

meeting_room
Introdução
A semiologia é um conceito bastante presente no contexto de atendimento médico ao paciente e pode-se
dizer com segurança que é a base da medicina clínica. O objetivo principal da semiologia médica é obter
informações sobre o paciente por meio da anamnese, além de reunir informações sobre os resultados

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obtidos no exame clínico. Esse conjunto de ações dá forma ao que podemos chamar de raciocínio clínico,
que conduzirá o examinador ao diagnóstico. A semiologia médica é bastante antiga, o que forneceu
artifícios para a especialização da sua prática. Hoje, podemos considerar que a anamnese bem-feita,
associada ao bom exame clínico, é o caminho para o diagnóstico correto, o que leva a um bom
prognóstico, resultando em um impacto econômico positivo para o sistema de saúde de forma geral.

O cenário atual traz uma realidade de crescimento de outras profissões da área da saúde, que fazem parte
da equipe multiprofissional, cujas atividades impactam diretamente no cuidado ao paciente. Com a
regulamentação das atribuições clínicas do farmacêutico, que é respaldada pela RDC 585, de 29 de agosto
de 2013, é possível ver o crescimento e desenvolvimento da sua atuação, podendo ser exercida em
ambulatórios, hospitais, unidades básicas de saúde, farmácias comunitárias, home care e consultório
farmacêutico. Essa expansão das atividades embute novas responsabilidades no exercício da profissão.
Como a própria RDC de 2013 cita, “o farmacêutico clínico precisa promover o bem-estar do paciente”.
Dessa forma, podemos observar uma nova perspectiva que traz a expansão do exercício da semiologia,
agora com a atuação também do farmacêutico com o paciente.

Neste conteúdo, além de conceituar semiologia farmacêutica, vamos ver que, por meio da atuação do
farmacêutico, é possível construir um raciocínio clínico e uma relação terapêutica do profissional
farmacêutico com o paciente.

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1 - A semiologia como ferramenta na


prática da farmácia clínica
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a semiologia na
prática clínica.

A história da profissão farmacêutica

O desenvolvimento ao longo dos anos


Antes de começarmos a falar sobre semiologia farmacêutica, é preciso entender o caminho percorrido até
o momento atual. Hoje, o profissional farmacêutico é respaldado a atuar na atenção farmacêutica
(segundo RDC 383 de 2004) e suas atribuições clínicas são regulamentadas (RDC 585 de 2013).

Todo esse movimento contribui para a garantia do uso racional de medicamentos pelos pacientes, não é à
toa que o símbolo da profissão possui uma serpente como sinal de alerta ao papel de cuidado e ética do
farmacêutico. A trajetória da atuação farmacêutica até hoje, onde pratica-se semiologia, foi longa e precisa
ser valorizada.

A jornada iniciou-se com boticas sob a responsabilidade do farmacêutico, produzindo os medicamentos e


sendo considerado uma referência para a sociedade da época pela sua participação no ciclo do
medicamento, passando pela ascensão da profissão com o desenvolvimento da indústria farmacêutica e,
por fim, o distanciamento do profissional farmacêutico da equipe multidisciplinar com o crescimento das

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drogarias. Esse movimento foi responsável pela mudança no perfil da profissão, que afastou o
farmacêutico do centro do ciclo da assistência farmacêutica para a realidade de distribuir medicamentos
industrializados.

Paralelamente, a farmácia clínica crescia nos EUA na década de 60 no ambiente hospitalar. No Brasil, o
desenvolvimento dessa vertente ocorreu mais próximo dos anos 1990 e, atualmente, está bastante
consolidado também fora da realidade hospitalar.

Nesse novo modelo de atuação há a possibilidade da participação ativa do farmacêutico na prestação de


assistência ao paciente.

As mudanças só foram possíveis por causa da sugestão de atuação chamada pharmaceutical care ou,
atenção farmacêutica, com o objetivo de reduzir os problemas relacionados a medicamentos. Há hoje um
novo formato de atuação do profissional farmacêutico, com papel de garantir e racionalizar a terapia,
evitando prejuízos ao paciente.

Atenção farmacêutica
Após o distanciamento da equipe multiprofissional, iniciou-se um movimento que tinha como objetivo a
introdução do farmacêutico na farmacoterapia do paciente, tendo como resultado o surgimento da
farmácia clínica. Com a participação do farmacêutico na análise da farmacoterapia, começou-se a evitar
que o orçamento dos hospitais fosse gasto para tratar complicações causadas pelo mau uso de
medicamentos.

Com o objetivo de aumentar a participação do farmacêutico na atenção primária,


iniciou-se a construção do conceito de atenção farmacêutica, inserido no ciclo de
assistência farmacêutica, e que preconiza que a atenção dada pelo farmacêutico
ao paciente garante a ele o uso racional de medicamentos.

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O conceito pharmaceutical care foi utilizado pela primeira vez na década de 1970, mas só passou a ser
conhecido mundialmente na década de 1990 após publicações que tinham como objetivo difundir essa
conquista da profissão farmacêutica, mostrando que a atenção farmacêutica feita de forma responsável
melhora a qualidade de vida do paciente.

A atenção farmacêutica teve a sua importância reconhecida pela OMS na Declaração de Tóquio de 1993,
encontro que discutiu as funções do farmacêutico no sistema de saúde. O ganho que esse reconhecimento
trouxe foi a nova definição da atenção farmacêutica pela OMS (1994, p. 24): “o farmacêutico atua como um
prestador de serviços de saúde, participando da promoção e prevenção de doenças junto a uma equipe
multidisciplinar.”

No Brasil, o termo atenção farmacêutica foi oficializado no Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica,
realizado no ano de 2002, que definiu a atenção farmacêutica como:

A interação direta do farmacêutico com o paciente, visando uma


farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis,
voltados para a melhoria da qualidade de vida.

(CONSENSO BRASILEIRO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA - PROPOSTA, 2002, p. 17)

A partir desse momento, alcançou-se uma atuação do farmacêutico, que tem como objetivo reconhecer
necessidades e problemas de saúde do paciente. Com o aprimoramento da atuação farmacêutica foi
possível trazer de volta o cuidado ao paciente e hoje podemos presenciar a prática de uma abordagem
bastante aprofundada com a realidade da semiologia farmacêutica, que será vista adiante, mas pode ser
considerada o processo de estruturação do raciocínio clínico do farmacêutico.

Semiologia farmacêutica
Antes de iniciarmos a discussão sobre semiologia farmacêutica, é preciso consolidar um conceito de
extrema importância: o seu objetivo não é o diagnóstico de patologias.

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Os únicos objetivos dessa ferramenta são a prevenção e condutas


relacionadas a medicamentos.

(BISSON, 2021, p. 31-32)

Então, podemos afirmar que a semiologia farmacêutica é a aplicação dos conhecimentos do farmacêutico,
como profissional de saúde, para resolver ou evitar problemas relacionados à farmacoterapia.

Para isso, é preciso conhecer a realidade do paciente, a prescrição que ele está fazendo uso, identificar
possíveis problemas relacionados a medicamentos e garantir uma farmacoterapia racional e efetiva. A
principal ferramenta de trabalho é a informação, coletada passiva ou ativamente, e esse processo pode ser
realizado ambulatorialmente ou no âmbito hospitalar.

É importante salientar que só é possível resolver ou evitar problemas relacionados à farmacoterapia


quando se tem expertise em acompanhamento farmacoterapêutico. Conhecer a história do paciente e a
formação de uma relação farmacêutico-paciente são facilitadores para que as intervenções farmacêuticas
sejam efetivas e forneçam melhorias à terapia.

A aplicação na atuação clínica


O processo semiológico permite que o farmacêutico aplique os seus conhecimentos de saúde e
medicamentos no manejo com o paciente. Através de pesquisa, prevenção e resolução de PRM (Problemas
relacionados aos medicamentos), a semiologia permite que o farmacêutico investigue, monitore e entenda
o andamento da farmacoterapia. Além da construção do raciocínio clínico, o farmacêutico consegue
trabalhar questões, como:

Interações medicamentosas.

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Reações adversas.

Dificuldade de adesão ao tratamento.

Para que o acompanhamento ocorra, alguns métodos foram desenvolvidos ao longo do tempo, mas,
inicialmente, objetivando a efetividade da construção do raciocínio clínico por meio da análise da
prescrição (ambulatorial ou hospitalar) do paciente, é necessário conhecer a história e os hábitos do
utente. A partir desse conhecimento, será possível identificar e abordar pontos de melhoria da prescrição,
tendo-se como resultado o uso racional de medicamentos.

Veja os elementos do processo de cuidado:

Elementos do processo de cuidado.

Os itens 1 e 2 serão coletados no momento da anamnese, momento de conhecimento sobre o paciente. Os


itens 3 e 4 já poderão ser desenvolvidos no momento da execução da análise da farmacoterapia. Dentre os
métodos de análise, podemos citar alguns mais estudados:

SOAP (subjective, objective, assessment, plan) expand_more

Método que utiliza uma documentação voltada para o problema de saúde e para a prescrição da
qual o paciente está fazendo uso, em que: S significa informações subjetivas sobre o paciente e a
sua farmacoterapia (sintomas: dores, mal-estar etc); O significa informações objetivas do paciente

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(sinais: pressão, temperatura etc); A significa avaliação do problema identificado pelo farmacêutico;
P significa o plano de atenção que será traçado pelo profissional.

TOM (therapeutic outcomes monitoring) expand_more

Método voltado para doenças específicas e que necessita de desenvolvimento de formulários para
cada tipo de doença, além de precisar ser aplicado em farmácias comunitárias. Nos formulários, há:
coleta, interpretação e registro de dados relevantes do paciente, registro dos objetivos terapêuticos
do e para o paciente (ponto de vista do paciente e do profissional), avaliação da adequação do
plano terapêutico, desenvolvimento de um plano de monitorização, dispensação da terapia e
orientação de uso dela, implementação do plano de monitorização com agendamento de novos
encontros.

Pharmacotherapy workup expand_more

Método que tem o objetivo de desenvolver um raciocínio clínico e um sistema de documentação


adaptado à prática farmacêutica. É dividido em três fases: avaliação do paciente e sua
farmacoterapia, desenvolvimento de um plano de cuidado e acompanhamento da evolução do
paciente.

Método Dáder expand_more

Método que se baseia no acompanhamento farmacoterapêutico de um paciente, ou seja, procura


avaliar os problemas de saúde e os medicamentos utilizados. O método é dividido da seguinte
forma: oferta de serviço ao paciente; primeira entrevista com o paciente; estado da situação do
avaliado relacionado à sua terapia; fase de estudo da situação do paciente e da farmacoterapia
separadamente; fase de avaliação, na qual há o levantamento dos PRM; fase de intervenção, na qual
é elaborado um plano de ação com as intervenções; resultado da intervenção em que se verifica as
resoluções dos PRM; novo estudo da situação após as resoluções dos PRM; entrevistas sucessivas
para o acompanhamento do paciente.

Esses métodos têm suas particularidades, mas todos eles seguem o mesmo raciocínio:

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Análise do paciente
Análise da farmacoterapia
Plano de ações
Acompanhamento do paciente

Construção do raciocínio clínico

Raciocínio clínico do farmacêutico


A construção do raciocínio clínico do farmacêutico passa a acontecer com a união do conhecimento sobre
medicamentos e sobre fisiologia e fisiopatologia com o objetivo de se ter, como resultado, a análise
criteriosa da farmacoterapia ajustada especificamente ao paciente assistido. Determinadas condutas
podem ser consideradas “padrões”, independentemente em quem se aplica, mas, quando o farmacêutico é
capaz de identificar em uma análise de farmacoterapia se certas condutas são justificáveis ou não,
justamente porque a coleta da história do assistido foi realizada de forma eficaz, podemos considerar que
houve construção e execução do raciocínio clínico do farmacêutico.

extension

Exemplo

No âmbito hospitalar, podemos citar um acompanhamento farmacoterapêutico no qual o


paciente apresenta hematúria (sangue na urina), faz uso prévio de anticoagulante e, no momento
da checagem da reconciliação medicamentosa (medicamentos de uso prévio, ou seja, de uso em
casa, prescritos para o uso durante a internação), vê-se que o anticoagulante não foi reconciliado.
Essa conduta médica faz total sentido porque o paciente apresenta sangramento ativo e o correto
é a suspensão imediata de anticoagulante.

Para esse paciente, o ideal seria o uso de alguma profilaxia de eventos trombóticos. Uma vez que a
quimioprofilaxia não está indicada enquanto houver a hematúria, existe a possibilidade de profilaxia

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mecânica, como o compressor pneumático de membros inferiores (CPMMII). Mas e se o paciente


apresentou TVP (trombose venosa profunda) no laudo do doppler? Ou se o paciente possui alguma ferida
nas pernas, como as escaras, que são bem comuns nos casos de longa internação com pouca mobilidade?
Nesses casos, o CPMMII também não está indicado.

Portanto, a equipe multidisciplinar deverá estar bastante atenta à possibilidade de algum evento trombótico
no paciente que está sem cobertura. Indo além, o farmacêutico deverá avaliar muito bem e entender a
conduta médica se optar por manter a anticoagulação ou alguma quimioprofilaxia de TEV
(tromboembolismo venoso) – anticoagulação com dose reduzida – em um paciente com evento de
sangramento, mas com imagem de TVP no doppler.

O cuidado ao paciente não é uma ciência exata e, às vezes, atitudes que parecem
impensadas, mas que são tomadas com responsabilidade, podem salvar a vida do
paciente.

Agora, vamos analisar outra situação no âmbito ambulatorial?

extension

Exemplo

O farmacêutico em seu consultório, analisando as receitas médicas levadas à consulta pelo


paciente, percebe que a estatina prescrita é a sinvastatina. Coletando informações, percebe que
seu paciente possui uma rotina de trabalhar à noite, então todos os medicamentos são
administrados até às 16 horas, momento que sai de casa para trabalhar. Em contato com o
prescritor, ele relata o caso e a estatina, então, é trocada pela atorvastatina.

Por que podemos dizer que essa conduta trouxe melhoria para a vida do paciente?

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forum

Resposta

A sinvastatina tem curto tempo de meia vida e, como sabemos, a síntese do colesterol ocorre à
noite. Então, para um medicamento com tempo de meia vida pequeno, o ideal é que o
medicamento seja tomado o mais próximo possível do momento em que o colesterol está se
formando. Já a atorvastatina, possui um tempo de meia vida maior e o fato de a administração do
medicamento acontecer às 16 horas não irá afetar negativamente o paciente.

Isso é raciocínio clínico, associar todos os conhecimentos como profissional e aplicar de forma prática.

Para terminarmos esse tópico, também é importante pensar em:

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Criação de um relacionamento entre o farmacêutico e o


pacientes
Para que haja confiança entre as partes e seja possível o farmacêutico inserir o paciente na
responsabilidade sobre o cuidado com o seu tratamento e, assim, ter adesão à terapia e
evitar PRM.

Coleta, organização e registro das informações sobre o


paciente pelo profissional farmacêutico
Para que seja possível conhecer a realidade de hábitos e saúde do paciente e relacioná-los
com a farmacoterapia, havendo a criação do raciocínio clínico.

Avaliação das informações e elaboração de um plano


farmacoterapêutico
Para que PRM sejam evitados ou tratados, e a terapia do paciente seja segura e efetiva.

Garantia pelo profissional de uma boa comunicação entre


farmacêutico-paciente ou farmacêutico-médico
Para que o plano traçado pelo farmacêutico seja cumprido efetivamente.

Monitoramento pelo farmacêutico

P li difi
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Para que se possa realizar as modificações necessárias a fim de atender às necessidades do
paciente, como também rever o paciente com periodicidade para que o acompanhamento
ocorra de forma constante e integral. Essas são efetivas garantias de que o processo
semiológico sendo realizado de forma efetiva tem como resultado final adesão à terapia pelo
paciente, uso racional de medicamentos e redução de PRM.

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A importância da semiologia farmacêutica
Confira o conceito de semiologia farmacêutica, como ela é aplicada na clínica ambulatorial e hospitalar e
qual a importância da semiologia na resolução e prevenção de PRM.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
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Módulo 1 - Vem que eu te explico!

Semiologia farmacêutica

Módulo 1 - Vem que eu te explico!

Construção do raciocínio clínico

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Falta pouco para atingir


seus objetivos.
Vamos praticar alguns
conceitos?

Questão 1

(Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista – 2014) A detecção de problemas relacionados a


medicamentos (PRM) é um processo que exige que o farmacêutico

A realize dispensação ativa e dê informações sobre os medicamentos aos pacientes.

B solucione de forma satisfatória as consultas com os pacientes.

C se comunique efetivamente com o médico.

analise a situação do paciente, a medicação prescrita, prepare um plano de


D
seguimento e avalie os resultados encontrados durante este seguimento.

identifique as causas possíveis e se for devido a interações medicamentosas,


E
suspenda imediatamente a utilização dos medicamentos.

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Responder

Questão 2

Os elementos do processo de cuidado são:

I - Identificar quais os PRM e traçar um plano para solucioná-los (rever indicações, aprazamentos e
interações).

II - Confrontar o comportamento no uso de medicamentos (automedicação x prescrição).

III - Identificar comorbidades, resultados de exames e medicamentos de uso prévio.

IV - Acompanhar resoluções de PRM, das prescrições médicas, acolher o paciente e orientar quanto ao
uso dos medicamentos.

A fim de que o cuidado ao paciente seja efetivo, é necessário que as ações ocorram na seguinte
ordem:

A IV, I, III, II

B III, II, I, IV

C I, II, III, IV

D IV, III, II, I

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E III, I, II, IV

Responder

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2 - A construção da relação terapêutica


com o paciente
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância da
habilidade da comunicação.

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Comunicação e confiança

A importância da construção da relação


farmacêutico-paciente
O farmacêutico deve ter como objetivo na sua atuação a mudança de hábitos sobre medicamentos na
comunidade, o que promove melhoria na saúde pública. Para isso, a comunicação entre farmacêutico e
paciente sobre o uso de medicamentos no contexto do seu tratamento deve ocorrer de forma efetiva,
viabilizando a construção de uma relação terapêutica de confiança.

É importante, também, uma boa comunicação entre o farmacêutico e o médico que cuida do paciente em
questão, pois isso também promove segurança ao paciente, que percebe o diálogo de todas as pontas do
cuidado. Essa relação construída será responsável pelo melhor entendimento do paciente sobre o uso
correto do medicamento e do seu tratamento de forma global, além de ser um facilitador na identificação
de PRM, promovendo ainda a adesão ao tratamento.

Com essa lapidação, é possível perceber melhora no desempenho do serviço


farmacêutico, visto que a atividade de registro de dados do paciente tem maior
chance de ocorrer da forma mais completa possível. Podemos destacar:
anotações da evolução do tratamento, problemas ocorridos, dados laboratoriais e
resultados de procedimentos de saúde realizados. Ou seja, quando o paciente se
sente seguro na relação construída com o farmacêutico, a possibilidade de ser o
mais honesto possível é muito grande e isso é garantia de sucesso para o
tratamento.

No acompanhamento da farmacoterapia, é papel do farmacêutico utilizar ferramentas e estratégias que


favoreçam uma comunicação de sucesso com o paciente e, ao longo do seguimento farmacoterapêutico,
ter criado uma relação estreita, com ética e respeito suficientes para se responsabilizar e responsabilizar o
paciente, a fim de que o resultado seja uma terapia racional, segura, com PRM minimizados ou evitados,
com o paciente sendo resguardado e o tratamento sendo efetivo.

A comunicação na atenção farmacêutica


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No contexto da atenção farmacêutica, a comunicação com o paciente terá como objetivo a criação de uma
relação de confiança com o paciente para que se possa alcançar:

Esclarecimento quanto ao uso e cuidados corretos do medicamento.

Adesão ao tratamento.

Identificação de possíveis PRM.

Fornecimento de uma terapia racional e segura ao paciente.

Um dos pilares para a construção da relação de confiança a fim de que tais objetivos sejam alcançados é o
acesso do paciente ao conhecimento sobre o seu tratamento. Muitos fatores podem dificultar o acesso ao
conhecimento, como a falta de aconselhamento individualizado, de informação personalizada ou de auxílio
na hora de tomar seus medicamentos.

Por meio do conhecimento, ficará mais fácil para o próprio paciente identificar as suas dificuldades e os
pontos que precisam ser mais explorados na abordagem com o farmacêutico, que deve iniciar o processo
de aconselhamento ouvindo o que o paciente tem a contar. Assim, conhecendo a fundo as particularidades,
o profissional poderá iniciar o planejamento, traçar condutas e ajudar o paciente a executar a
farmacoterapia de forma efetiva e segura.

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Comentário

Quando se estabelece uma relação de confiança entre o profissional e o paciente, o caminho para
uma relação terapêutica saudável e de sucesso é bastante próximo, o que trará inúmeros
benefícios para a relação e para o assistido.

Vamos conferir alguns benefícios de um acompanhamento feito de forma adequada?

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O paciente torna-se capaz de reconhecer o papel do medicamento para a manutenção de sua saúde.
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O relacionamento entre o profissional da saúde e o paciente torna-se mais eficaz, criando uma
atmosfera de confiança, o que aumenta a aderência ao tratamento, que é uma questão sensível, tanto
ambulatorialmente quanto no âmbito hospitalar.

É bastante comum um paciente ambulatorial não aderir ao tratamento porque não toma os medicamentos
no momento correto ou simplesmente porque deixa de tomá-los. No contexto hospitalar, também é
possível a falta de adesão. Geralmente, os pacientes internados em enfermarias ou quartos e que têm a via
oral livre para administração de medicamentos sólidos ou líquidos orais também podem se negar a tomar
determinado medicamento, e isso configura falta de adesão ao tratamento.

O autoconhecimento é uma abordagem bastante importante que o farmacêutico


precisa explorar na relação com o paciente. Isso ajudará no entendimento e na
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aceitabilidade de possíveis efeitos colaterais e como lidar com eles sem que seja
precisa a não adesão ao tratamento.

Com o processo de amadurecimento, o paciente conseguirá ter uma participação ativa no tratamento de
sua doença e se autocuidar. Nesse sentido, ser vigilante no seu tratamento, porque o objetivo da criação
dessa relação também é criar uma motivação para usar medicamentos de forma correta e melhorar as
suas condições de saúde.

A humanização do farmacêutico
Muitas vezes, é por meio de flexibilidade nas relações interpessoais e inteligência emocional que o
profissional ouvinte consegue perceber os sinais transmitidos pelo paciente. Eles podem fornecer
informações além do que está sendo dito ou, então, ter sensibilidade em saber como abordar questões não
muito fáceis e que são importantes para a construção da relação de confiança.

Um profissional treinado, então, terá mais facilidade em extrair das informações técnicas nuances que não
estão explícitas nem claras ao paciente.

A relação de confiança entre farmacêutico e paciente deve ser sempre direcionada


pelo profissional. Por isso, o farmacêutico deverá exercer facetas, sendo clínico,
educador em saúde e amigo do paciente.

Como qualquer relação entre profissional de saúde e paciente, no caso do farmacêutico e assistido, há
uma relação terapêutica baseada no respeito, na confiança, na igualdade e na troca de experiências. O
farmacêutico passa a ter uma preocupação sincera e verdadeira com o paciente. Por isso, é essencial que
o profissional desenvolva alguma habilidade em comunicação, pois será essa expertise que permitirá a
formação de uma relação positiva entre farmacêutico e paciente, principalmente porque o público atendido
será diverso.

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Na prática clínica, alguns pacientes serão bastante esclarecidos, já outros terão a realidade de estudos
incompletos ou até mesmo o analfabetismo, o que pode dificultar o processo. Muitas vezes, a falta de
informação sobre o tratamento pode acontecer porque a comunicação não foi efetiva e caberá ao
farmacêutico identificar essa situação e revisar o caminho a ser seguido no contexto da interlocução.

A abordagem

O atendimento
A comunicação é um processo dinâmico em constante evolução. Como precisamos desenvolvê-la ao longo
da vida, é interessante termos intimidade com técnicas que são capazes de melhorar o contato com o
interlocutor. Indo mais afundo nessa questão, é preciso entender que se comunicar já tem meio caminho
garantido quando o locutor exercita a aceitação do receptor como ser humano, independentemente de
sexo, etnia, idade ou posição social.

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Atenção!

Partindo do princípio de que o outro não será julgado, fica mais fácil de conceber que, em
qualquer processo de comunicação, acontecerá divergência de opiniões, sendo necessário
identificar os pontos de discórdia. E, no contexto de atendimento ao paciente, essa
responsabilidade é totalmente do farmacêutico, profissional da relação.

O sucesso na comunicação não depende só da forma como a mensagem é transmitida, a compreensão


dela é um fator fundamental para o sucesso do processo. Por isso, é de extrema importância saber
identificar as causas que mais prejudicam a comunicação entre paciente e farmacêutico no momento do
atendimento. Vejamos!

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Receio de envolvimento pessoal expand_more

É necessário que o farmacêutico se coloque sempre em uma posição de quem está aconselhando o
paciente e faz isso porque deseja fornecer artifícios para que o paciente tenha, como resultado, um
tratamento efetivo e seguro.

Pressa em executar a abordagem ao paciente expand_more

É necessário lembrar que o paciente possui suas questões e particularidades. Tentar uma
abordagem apressada pode passar impressão de negligência e displicência.

Atendimento ao paciente em espaço inadequado expand_more

É necessário adequar o ambiente de atendimento. Isso porque o espaço em que o paciente é


recebido diz muito sobre o cuidado e a atenção que o farmacêutico tem a oferecer. Um
estabelecimento de saúde deve ter um espaço destinado especificamente a isso e no qual o
paciente se sinta acolhido e à vontade.

Lembre-se de que, além da comunicação verbal e a maneira de se portar, existe também o ambiente
em que o paciente é recebido. Todas essas formas de comunicação podem passar inúmeras
mensagens equivocadas, prejudicando a relação entre as partes.

Linguagem utilizada expand_more

É necessário adequar a fala, que é de extrema importância por diversos motivos. Como já vimos, as
pessoas são diferentes, com realidades distintas e cada paciente tem uma história. Logo, cada
pessoa recebe a mensagem falada de uma forma. Consequentemente, é importante usar uma
linguagem adequada e simples que alcance a todos para que o que está sendo dito seja entendido e
se cumpra.

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Outra questão é, também respeitando a história de cada um, sempre usar um discurso com
humildade e humanidade a fim de que todo paciente, independente da sua realidade, sinta-se
acolhido.

A arte de ouvir
Sabemos que, em um diálogo, a parte mais difícil de ser executada é ouvir. O ouvir apontado aqui é o ouvir
com sensibilidade, quando o ouvinte recebe a informação com boa vontade, atento aos detalhes e com
disponibilidade. De acordo com o grau de doação, a capacidade de ouvir poderá se enquadrar em
diferentes níveis de atenção. Para um profissional da saúde, essa prática será exercida muitas vezes
durante a atuação ao longo da carreira, por isso o ato de ouvir durante o exercício da profissão terá dois
objetivos essenciais: entender o máximo possível as questões do paciente e demonstrar interesse em
resolvê-las.

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Comentário

Quando o paciente recorre aos serviços de um profissional de saúde, este processo implica
compreender o tipo de necessidades e expectativas do utente. Portanto, assumir uma atitude de
compreensão e abertura em relação aos problemas do emissor sem fazer julgamentos, contribui
para uma melhor relação farmacêutico-paciente, facilitando o processo de comunicação e na
criação de uma relação terapêutica.

Para otimização do processo, pode ser necessário desenvolver habilidades para incorporar o ato de ouvir
efetivo. Podemos citar algumas estratégias:

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Colocar o corpo em uma posição que transmita ao paciente a certeza


de que está sendo ouvido

É importante que o olhar do farmacêutico esteja direcionado ao paciente de uma forma acolhedora e não
julgadora, para que o paciente perceba que está recebendo a devida atenção.

Estar atento às particularidades de comunicação do paciente

É importante perceber que cada pessoa utiliza uma linguagem própria para se comunicar, inclusive com
determinado tipo de vocabulário e referências culturais particulares. A linguagem corporal, algumas
vezes, é mais explícita e passa mais informações do que a comunicação verbal. Portanto, é preciso estar
atento a essas particularidades para que o paciente perceba o ouvinte com total atenção, o que facilita a
conexão entre farmacêutico e paciente.

Qualquer profissional de saúde que se proponha a trabalhar com paciente precisa estar atento ao fato de
que pacientes são pessoas com histórias de vida, problemas, tristezas e alegrias. Apesar de não ser este o
foco do farmacêutico, ele precisa estar ambientado a lidar com o ser humano e suas questões.

Entender, acolher, não julgar, aceitar o outro e, principalmente, orientar com amor serão artifícios essenciais
para se criar uma relação entre profissional e paciente. Essa conquista será muito importante para a
efetividade das intervenções necessárias na farmacoterapia do utente, visto que serão aceitas e aderidas
pelo paciente.

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A comunicação na relação farmacêutico-
paciente
Confira a importância da comunicação no processo semiológico e a construção da relação farmacêutico-
paciente na humanização do farmacêutico.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.

Módulo 2 - Vem que eu te explico!

Comunicação e confiança

Módulo 2 - Vem que eu te explico!

A abordagem ao paciente

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Falta pouco para atingir


seus objetivos.
Vamos praticar alguns
conceitos?

Questão 1

Uma boa relação com o farmacêutico proporciona importantes benefícios para a saúde, adaptação e
bom encaminhamento do tratamento do paciente. Especificamente falando, quais são os benefícios
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de um acompanhamento feito de forma adequada?

A A criação da relação de amizade entre farmacêutico e paciente.

O paciente não é capaz de reconhecer o papel do medicamento para a manutenção


B
de sua saúde.

O paciente torna-se capaz de reconhecer o papel do medicamento para a


C manutenção da sua saúde e a relação de confiança entre as duas partes aumenta a
adesão do tratamento pelo paciente.

D O paciente adquire conhecimento técnico sobre o seu tratamento.

E Há a criação de uma relação de confiança entre farmacêutico e paciente.

Responder

Questão 2

Podemos afirmar que as causas que mais prejudicam a comunicação entre paciente e farmacêutico
no momento do atendimento são:

A Linguagem utilizada e pressa em executar a abordagem ao paciente.

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Criação de amizade em farmacêutico e paciente; intimidade entre as partes; ciúmes


B
entre farmacêutico e paciente.

C Receio de envolvimento pessoal; intimidade entre as partes.

D Apenas ciúmes entre as partes.

E Inimizade entre as partes.

Responder

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3 - As etapas do processo semiológico


Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as etapas do
processo semiológico.

Anamnese

O que ter em mente?


A anamnese é uma prática antiga no exercício da medicina e que vem ganhando espaço na atuação do
farmacêutico. Podemos definir anamnese como “a informação acerca do princípio e da evolução de uma
doença até a primeira observação do médico” (BISSON, 2021, p. 32).

Como vimos no primeiro módulo, no caso da anamnese farmacêutica, o objetivo não é o diagnóstico de
doenças, mas sim identificar detalhes da vida, história e hábitos do paciente. Além disso, sentimentos do
paciente podem ser pesquisados, assim como o seu comportamento perante os médicos que o tratam e,
principalmente, como reage e cuida da sua farmacoterapia.

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Comentário

Todas as informações recolhidas por meio da anamnese darão ao farmacêutico histórico de vida
e questões do paciente. Dessa maneira, o profissional terá material e artifícios para entender por
que determinados PRM estão acontecendo ou até mesmo evitá-los.

Primeiramente, os cuidados básicos para a realização da anamnese são:

Estar disposto a ouvir o paciente.

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Respeitar o momento do paciente fornecendo total atenção a ele.


Dedicar tempo suficiente, possibilitando a obtenção da história completa do paciente.
Observar as características do paciente: nível de escolaridade, nível socioeconômico, personalidade,
estado emocional, comportamento perante a enfermidade.
Não julgar o paciente.
Saber confrontar o paciente de forma respeitosa e amigável sobre seus comportamentos relacionados à
farmacoterapia.
Ter conhecimento sobre fisiopatologia para que as informações coletadas sobre as doenças prévias e
atuais do paciente façam sentido e para que o farmacêutico possa exercer raciocínio clínico durante a
análise de prescrição.
Terminar a anamnese tendo conseguido o máximo de informações sobre o paciente.

Roteiro de perguntas
É claro que cada profissional conduzirá a anamnese à sua maneira, deixando seu roteiro de perguntas com
a sua característica, mas é importante haver uma organização a fim de que o condutor não se perca no
diálogo, que pode tomar inúmeros caminhos (lembre-se que os pacientes são diferentes, uns se limitam a
falar apenas o que está sendo perguntado e outros gostam de conversar; a anamnese pode extrapolar seus
próprios objetivos).

Dessa forma, podemos apontar como sugestão de organização:

História patológica pregressa


Trata-se de dados sobre doenças prévias, gestações, partos, cirurgias, hospitalizações,
exames, medicamentos em uso, histórico de imunização, fatores de risco e hábitos de vida
(álcool, cigarro, qualidade do sono e alimentação).

Histórico familiar
Trata-se de elemento importante para identificar doenças hereditárias e para conhecer o
perfil emocional do paciente com relação a doenças que acometem a sua família.

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História psicológica e social


Trata-se de entender, nesse momento, a origem do comportamento do paciente, conhecendo
a sua personalidade, história de vida e situação socioeconômica. Entender essas questões
será de grande valia para identificar PRM e compreender por que eles ocorrem.

Para que o processo da anamnese seja o mais completo possível, é necessário que o profissional seja
capaz de reconhecer os diversos tipos de perfis de pacientes: o ansioso, o que se impressiona demais e
acha que sente todos os sintomas de doenças que pesquisa, o depressivo, o hipocondríaco, o hostil, o
tímido, o com pouco conhecimento, dentre outras diversas características.

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Comentário

A partir desse reconhecimento, o farmacêutico deve arquitetar a melhor abordagem para


conseguir extrair as informações necessárias do paciente. Essa diversidade de perfis de paciente
será a maior limitação da anamnese, pois vai dificultar que o farmacêutico obtenha, todas as
vezes, informações completas e com a totalidade dos fatos da vida do assistido.

A realização da anamnese nos métodos de


acompanhamento farmacoterapêutico
Como já vimos, existem alguns métodos para acompanhamento farmacoterapêutico que têm como base o
contato com o paciente e o conhecimento sobre seus costumes e história patológica para que o
reconhecimento de PRM seja facilitado. Vejamos!

Método Dáder expand_more

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Método que destaca que o primeiro contato com o paciente tem como objetivo mostrá-lo que ele
também possui responsabilidade sobre o tratamento. Esse momento é dividido em fases:

Primeira fase: é preciso que o paciente fale sobre os seus problemas de saúde.

Segunda fase: é preciso que o paciente responda a perguntas sobre cada medicamento que faz
uso. São realizados questionamentos sobre a indicação do medicamento, efeito real x efeito
esperado, dose, via de administração, efeitos colaterais. É nessa etapa que o profissional terá a
chance de saber como o paciente se comporta e enxerga a sua farmacoterapia.

Terceira fase: há o complemento da investigação na qual é feita uma revisão sobre aspectos do
paciente e se observa parâmetros fisiológicos, hábitos de vida, buscando aprofundar problemas de
saúde ou descobrir algum medicamento que não tenha sido citado pelo paciente. É bastante
comum o paciente não lembrar todos os detalhes em um primeiro momento. Existem
personalidades distintas, alguns pacientes tomam nota dos detalhes de seus tratamentos, enquanto
outros sentem dificuldade de fazê-lo. Existem ainda pacientes que sentem particular incômodo em
compartilhar sobre seus hábitos com terceiros. Então, é necessário fazer uma recapitulação até que
se tenha informações suficientes para que a análise da prescrição seja efetiva.

Pharmacotherapy workup expand_more

Método que também divide a anamnese em fases. Na primeira, o farmacêutico realiza uma
entrevista com o paciente, na qual deve coletar informações sobre ele e fazer uma avaliação geral
do paciente. O objetivo dessa primeira fase é se certificar se há ou não adesão à terapia e verificar a
indicação dos medicamentos prescritos. Isso é importante porque geralmente os pacientes,
principalmente, os idosos, costumam se consultar com mais de um médico concomitantemente e,
muitas vezes, há falha de comunicação entre as especialidades.

Da mesma forma, há também falha na passagem de informação do paciente para o médico sobre
os medicamentos de uso prévio. Então, pode acontecer de o mesmo medicamento ser prescrito por
dois médicos diferentes. Lembre-se de que existem diferentes tipos de pacientes, com diversos
níveis de conhecimento e não é nada incomum essa situação. Aqui também podem ser coletadas
informações sobre posologia, duração, início do tratamento e se a resposta ao tratamento está
sendo satisfatória. As informações obtidas ao longo da entrevista devem ser: histórico de vacinas,
problemas de saúde, alergias, hábitos de vida (uso de álcool, cafeína, tabaco, drogas) e dados
clínicos e demográficos.

Também são anotados doenças e medicamentos relevantes que já foram utilizados pelo paciente.
Após isso, são coletadas informações sobre o estado nutricional e restrições alimentares. Esse

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método também lança mão de uma revisão de todas as informações obtidas a fim de que nenhum
dado seja esquecido ou omitido.

SOAP note expand_more

Método que possui apenas uma fase de coleta de histórico do paciente e não necessariamente
precisa ser realizada em contato direto com o paciente (pode ser recolhida de algum prontuário).
Isso pode ser um ponto crítico, já que a falta de contato pessoal pode ser uma característica que
dificulta a obtenção de informações mais delicadas sobre o paciente. Outro ponto frágil é que essa
fase se chama “informações subjetivas”, ou seja, podem não conter a totalidade das informações.
As informações obtidas são: queixa principal, histórico da atual doença, histórico médico, social e
familiar e uso anterior de medicamentos.

TOM expand_more

Método que foi desenhado para ser aplicado em farmácias comunitárias, por isso o processo
precisa ser dinâmico. No primeiro momento, deve-se coletar histórico patológico, medicamentos de
uso prévio e informações sociais do paciente (hábitos e comportamentos). Essas informações
possibilitam ao farmacêutico conhecer sobre a farmacoterapia e enfermidade, além de estimar a
adesão e identificar PRM.

Com essa exemplificação dos métodos, é possível perceber que, apesar de serem métodos com
nomenclaturas e aplicabilidades distintas, todos eles acabam tendo roteiros parecidos, além de terem o
mesmo objetivo: conhecer o máximo possível o paciente em questão, conhecer e avaliar a sua
farmacoterapia, associar os hábitos de vida à prescrição e identificar PRM para que possam ser
minimizados ou evitados.

Exame clínico

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Como utilizar essa ferramenta?


Antes de falarmos sobre exame clínico, é necessário discutirmos sobre uma questão muito importante.
Precisamos lembrar que o exercício da profissão é baseado na ementa do que é abordado na educação
superior e nos cursos de especialização, e sabemos que ainda não é prática nos cursos de farmácia e suas
pós-graduações a abordagem profunda dos exames clínicos.

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Atenção!

Portanto, o direcionamento feito de forma equivocada pelo farmacêutico pode configurar


exercício ilegal da profissão.

Além disso, há tanto o que explorar dentro da análise da farmacoterapia, há tanto a se trabalhar para que
uma prescrição não tenha PRM e seja realizada com a adesão suficiente para ser efetiva que o exame
clínico deve ser um coadjuvante apenas para que o farmacêutico possa conhecer o paciente em sua
totalidade.

Para exemplificarmos, podemos citar alguns exames que podem ser abordados, como: aferição dos sinais
vitais (temperatura, pulso, respiração e pressão arterial do paciente); dados antropométricos (peso, altura e
índice de massa corporal – IMC); e inspeção, que é a verificação da condição física em que o paciente se
encontra antes de iniciar a anamnese.

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Recomendação

Os exames ausculta, palpação e percussão devem ser evitados por parte do farmacêutico pela
falta de domínio que esse profissional tem sobre eles.

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É importante salientar que em qualquer contato com o paciente o farmacêutico deve estar atento a sinais
de febre e prurido (coceira), dois sintomas que mostram alguma reação importante pelo organismo.

Exame clínico e métodos de acompanhamento


farmacoterapêutico
Diferente da anamnese, o exame clínico não é citado em todos os métodos já explorados neste conteúdo.
O único que fala explicitamente sobre exame clínico é o método SOAP note que cita, na sua segunda fase
(informações objetivas), coleta de uma descrição geral do paciente, exames físicos e laboratoriais, sinais
vitais, temperatura, batimentos cardíacos, medicamentos de uso prévio, alergias e reações adversas a
medicamentos.

Todos os outros métodos orientam o farmacêutico a relacionar as informações de problemas de saúde do


paciente com a farmacoterapia atual.

Note que não se fala em examinar o paciente, mas sim em correlação


de informações para a criação de raciocínio clínico.

Por isso, é preciso entender por que há a prescrição dos medicamentos analisados e saber identificar a
linha tênue entre “esses medicamentos estão aqui para tratar os problemas de saúde relatados ou alguns
problemas de saúde apareceram por causa do mau uso deles?”.

Veja que a maioria dos métodos deposita destaque na construção do raciocínio clínico por meio das
informações coletadas na anamnese, como material para desvendar a farmacoterapia do paciente.
Entenda que, quanto mais ricas forem as informações sobre o paciente, mais completa e certeira será a
análise sobre a prescrição que o paciente está fazendo uso.

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Resumindo

Portanto, se o profissional acha necessário aferir pressão arterial, temperatura corporal,


frequências cardíaca e respiratória, medir dados antropométricos, dentre outros exames físicos,
que seja feito da maneira mais responsável e correta. Para tal o farmacêutico deve estar

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preparado tecnicamente, mas consciente de que não é somente a técnica que será o essencial
para a análise da farmacoterapia.

Plano de cuidado

Utilizando os métodos de acompanhamento


farmacoterapêutico
Até aqui as informações foram coletadas e analisadas isoladamente de certa forma. Agora é o momento
da criação do raciocínio clínico no qual ocorrerá a união das informações a fim de que uma linha de
raciocínio seja criada para se ter como resultado o cuidado específico e personalizado para cada paciente.
Vejamos!

Método Dáder expand_more

Método, que, inicialmente, subdivide-se em três partes. Na fase estado da situação é feita uma
correlação entre os problemas de saúde do paciente e a farmacoterapia. Já na fase de estudo, os
problemas de saúde (sinais, sintomas, causas dos problemas e suas consequências) são
analisados separadamente dos medicamentos (indicação, mecanismo de ação, posologia e dose,
farmacocinética, interações medicamentosas e contraindicações). Na fase de avaliação são
estabelecidas as suspeitas de PRM, em que são avaliados: a necessidade da farmacoterapia e sua
segurança e efetividade. A próxima etapa acontece na intervenção, na qual o farmacêutico
desenvolve um plano de intervenções que evite e minimize PRM. Essas intervenções podem ser
feitas diretamente para o paciente, com observações relacionadas à adesão ao tratamento, mas
podem ser feitas para o médico, quando se trata de alguma sugestão na prescrição.

Pharmacotherapy workup expand_more

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Método em que se traça o plano de cuidado baseado em um repertório de sete PRM, que são:
farmacoterapia desnecessária (ex.: classe farmacológica repetida, como atorvastatina e
sinvastatina na mesma prescrição, ou pantoprazol e omeprazol juntos); necessidade de inclusão de
medicamento (quando o farmacêutico percebe que alguma questão de saúde não está sendo
abordada na prescrição); fármaco não efetivo (quando há outras opções melhores para prescrever,
ex.: antibiótico empírico, ou seja, ainda sem o resultado do exame de cultura com espectro
pequeno); subdoses, doses altas, reações adversas e não adesão à terapia. O momento do plano
de cuidado é quando se faz um planejamento para intervir quando um dos problemas acima são
encontrados. É necessário lembrar que esses sete passos são um roteiro e o avaliador não pode e
nem deve ficar engessado. Caso outra questão não abordada nesse guia seja encontrada, deverá
ser sinalizada. Ex.: tempo de tratamento de algum antibiótico que esteja prescrito.

SOAP note expand_more

Método que equivale ao A do SOAP e nele se identificam possíveis PRM e o motivo da ocorrência.
Nesse momento, os dados coletados nas fases de anamnese e exame clínico são compilados. É
importante que os dados coletados anteriormente sejam organizados e interpretados. Esse é o
momento da criação das intervenções que irão gerar melhoria na execução da farmacoterapia.

TOM expand_more

Método em que se trabalha a fase da avaliação da adequabilidade do plano terapêutico. Aqui os


medicamentos presentes na prescrição do paciente precisam ser revisados, atentando-se a PRM.

Como foi possível perceber, apesar de algumas características distintas, os métodos acabam tendo o
mesmo objetivo. Após conhecer o paciente e sua farmacoterapia, faz-se uma análise em conjunto para
entender a função de cada medicamento na farmacoterapia do paciente, identifica-se PRM e se
confecciona um conjunto de intervenções que serão feitas ao paciente ou ao médico, e o objetivo da
aceitabilidade das intervenções é evitar ou minimizar PRM, aumentar a adesão do paciente ao tratamento e
garantir uma farmacoterapia segura e efetiva.

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Avaliação dos resultados


Este é o momento da verificação dos resultados das intervenções feitas pelo farmacêutico. Todos os
métodos citam o desenvolvimento de um plano de monitorização pelo farmacêutico e agendamento de
encontros periódicos com o paciente, a fim de que a evolução do plano montado pelo farmacêutico seja
acompanhada e ajustada quando necessário.

Nesses encontros, o aconselhamento ao paciente deverá ser constante, para que o objetivo de ter PRM
evitados ou minimizados seja sempre alcançado. Devemos lembrar que o paciente não é uma ciência
exata, então a sua farmacoterapia muito provavelmente estará em constante mudança. Por isso, essas
fases não são estáticas.

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Comentário

É provável que, em encontros periódicos com o mesmo paciente, a fase de avaliação ocorra junto
com a fase de plano de cuidados, visto que novos medicamentos podem ser adicionados à
prescrição e medicamentos já em uso também podem ser suspensos.

Dessa forma, é preciso, sim, um acompanhamento de tempos em tempos para que sempre ocorra um
ajuste benéfico ao paciente.

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As etapas do processo semiológico
Confira cada etapa do processo semiológico, ressaltando seu objetivo, sua importância e as maneiras de
fazê-las.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.

Módulo 3 - Vem que eu te explico!

Anamnese

Módulo 3 - Vem que eu te explico!

Exame clínico

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Falta pouco para atingir


seus objetivos.
Vamos praticar alguns
conceitos?

Questão 1

Etapa é um estado ou momento delimitado de um processo ou de uma ação e um percurso precisa ser
ultrapassado para alcançar o próximo estágio. As etapas e seu sequenciamento são pontos
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importantes para o correto procedimento semiológico. Essas etapas são:

A Anamnese, ausculta, intervenções e acompanhamento.

B Anamnese, exame clínico, plano de cuidado e entrevista.

C Entrevista, verificação de sinais vitais, plano de cuidados e avaliação dos resultados.

D Anamnese, exame clínico, plano de cuidados e avaliação dos resultados.

E Entrevista, palpação, intervenções e acompanhamento.

Responder

Questão 2

O farmacêutico deve estar atento ao histórico médico do usuário para um atendimento seguro, eficaz e
de qualidade em colaboração com os outros profissionais de saúde. Sobre as etapas do processo
semiológico, é correto afirmar:

A avaliação dos resultados é uma etapa opcional, uma vez que o farmacêutico fez
A
as intervenções, o paciente consegue se resolver sozinho.

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B O objetivo da análise da farmacoterapia do paciente é apontar erro do médico.

C O exame clínico é uma etapa essencial.

Uma sugestão de organização do roteiro de perguntas da anamnese é: história


D
patológica pregressa, histórico familiar, história psicológica e social.

Na fase plano de cuidado, não há necessidade de intervenções, uma vez que o


farmacêutico ouvindo os problemas relatados pelo paciente funciona como uma
E
sessão de terapia, que faz com que o paciente enxergue os seus erros sozinho e ele
mesmo os corrija.

Responder

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Considerações finais
Apesar de a profissão farmacêutica ser bastante antiga, seu desenvolvimento vem acontecendo há pouco
tempo. Como vimos, a atuação do profissional farmacêutico passou por diversas épocas com valorização,
seguida de desvalorização e retomada do reconhecimento graças a um novo modelo de atuação que
permitiu a participação ativa do farmacêutico na prestação de assistência ao paciente.

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A partir desse novo modelo, criou-se o conceito de atenção farmacêutica, preconizada pela atenção que o
farmacêutico fornece ao paciente, garantindo a ele o uso racional de medicamentos. Isso permitiu alcançar
uma atuação do farmacêutico que tem como objetivo reconhecer necessidades e problemas de saúde do
paciente e associá-los à sua farmacoterapia.

Desse modo, passa a existir o raciocínio clínico do farmacêutico, que analisa a prescrição do paciente com
o objetivo de minimizar ou evitar PRM, aumentar a adesão do paciente à farmacoterapia, garantir o uso
racional de medicamentos, além de uma terapia segura e efetiva ao utente.

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Para encerrar, ouça um resumo dos principais aspectos abordados neste conteúdo.

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Referências
ARAÚJO, C. E. P.; TESCAROLLO, I. L.; ANTÔNIO, M. A. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. E-book
Atena Editora, 2019.

BISSON, M. P. Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica. 4. ed. São Paulo: Manole, 2021.

BONFIM, N. R. S. O papel do farmacêutico clínico na equipe de assistência ao paciente: uma revisão de


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