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20/01/2023 20:23 Semiologia e a criação do raciocínio clínico do farmacêutico
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 3
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Introdução
A semiologia é um conceito bastante presente no contexto de atendimento médico ao paciente e pode-se
dizer com segurança que é a base da medicina clínica. O objetivo principal da semiologia médica é obter
informações sobre o paciente por meio da anamnese, além de reunir informações sobre os resultados
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obtidos no exame clínico. Esse conjunto de ações dá forma ao que podemos chamar de raciocínio clínico,
que conduzirá o examinador ao diagnóstico. A semiologia médica é bastante antiga, o que forneceu
artifícios para a especialização da sua prática. Hoje, podemos considerar que a anamnese bem-feita,
associada ao bom exame clínico, é o caminho para o diagnóstico correto, o que leva a um bom
prognóstico, resultando em um impacto econômico positivo para o sistema de saúde de forma geral.
O cenário atual traz uma realidade de crescimento de outras profissões da área da saúde, que fazem parte
da equipe multiprofissional, cujas atividades impactam diretamente no cuidado ao paciente. Com a
regulamentação das atribuições clínicas do farmacêutico, que é respaldada pela RDC 585, de 29 de agosto
de 2013, é possível ver o crescimento e desenvolvimento da sua atuação, podendo ser exercida em
ambulatórios, hospitais, unidades básicas de saúde, farmácias comunitárias, home care e consultório
farmacêutico. Essa expansão das atividades embute novas responsabilidades no exercício da profissão.
Como a própria RDC de 2013 cita, “o farmacêutico clínico precisa promover o bem-estar do paciente”.
Dessa forma, podemos observar uma nova perspectiva que traz a expansão do exercício da semiologia,
agora com a atuação também do farmacêutico com o paciente.
Neste conteúdo, além de conceituar semiologia farmacêutica, vamos ver que, por meio da atuação do
farmacêutico, é possível construir um raciocínio clínico e uma relação terapêutica do profissional
farmacêutico com o paciente.
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Todo esse movimento contribui para a garantia do uso racional de medicamentos pelos pacientes, não é à
toa que o símbolo da profissão possui uma serpente como sinal de alerta ao papel de cuidado e ética do
farmacêutico. A trajetória da atuação farmacêutica até hoje, onde pratica-se semiologia, foi longa e precisa
ser valorizada.
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drogarias. Esse movimento foi responsável pela mudança no perfil da profissão, que afastou o
farmacêutico do centro do ciclo da assistência farmacêutica para a realidade de distribuir medicamentos
industrializados.
Paralelamente, a farmácia clínica crescia nos EUA na década de 60 no ambiente hospitalar. No Brasil, o
desenvolvimento dessa vertente ocorreu mais próximo dos anos 1990 e, atualmente, está bastante
consolidado também fora da realidade hospitalar.
As mudanças só foram possíveis por causa da sugestão de atuação chamada pharmaceutical care ou,
atenção farmacêutica, com o objetivo de reduzir os problemas relacionados a medicamentos. Há hoje um
novo formato de atuação do profissional farmacêutico, com papel de garantir e racionalizar a terapia,
evitando prejuízos ao paciente.
Atenção farmacêutica
Após o distanciamento da equipe multiprofissional, iniciou-se um movimento que tinha como objetivo a
introdução do farmacêutico na farmacoterapia do paciente, tendo como resultado o surgimento da
farmácia clínica. Com a participação do farmacêutico na análise da farmacoterapia, começou-se a evitar
que o orçamento dos hospitais fosse gasto para tratar complicações causadas pelo mau uso de
medicamentos.
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O conceito pharmaceutical care foi utilizado pela primeira vez na década de 1970, mas só passou a ser
conhecido mundialmente na década de 1990 após publicações que tinham como objetivo difundir essa
conquista da profissão farmacêutica, mostrando que a atenção farmacêutica feita de forma responsável
melhora a qualidade de vida do paciente.
A atenção farmacêutica teve a sua importância reconhecida pela OMS na Declaração de Tóquio de 1993,
encontro que discutiu as funções do farmacêutico no sistema de saúde. O ganho que esse reconhecimento
trouxe foi a nova definição da atenção farmacêutica pela OMS (1994, p. 24): “o farmacêutico atua como um
prestador de serviços de saúde, participando da promoção e prevenção de doenças junto a uma equipe
multidisciplinar.”
No Brasil, o termo atenção farmacêutica foi oficializado no Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica,
realizado no ano de 2002, que definiu a atenção farmacêutica como:
A partir desse momento, alcançou-se uma atuação do farmacêutico, que tem como objetivo reconhecer
necessidades e problemas de saúde do paciente. Com o aprimoramento da atuação farmacêutica foi
possível trazer de volta o cuidado ao paciente e hoje podemos presenciar a prática de uma abordagem
bastante aprofundada com a realidade da semiologia farmacêutica, que será vista adiante, mas pode ser
considerada o processo de estruturação do raciocínio clínico do farmacêutico.
Semiologia farmacêutica
Antes de iniciarmos a discussão sobre semiologia farmacêutica, é preciso consolidar um conceito de
extrema importância: o seu objetivo não é o diagnóstico de patologias.
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Então, podemos afirmar que a semiologia farmacêutica é a aplicação dos conhecimentos do farmacêutico,
como profissional de saúde, para resolver ou evitar problemas relacionados à farmacoterapia.
Para isso, é preciso conhecer a realidade do paciente, a prescrição que ele está fazendo uso, identificar
possíveis problemas relacionados a medicamentos e garantir uma farmacoterapia racional e efetiva. A
principal ferramenta de trabalho é a informação, coletada passiva ou ativamente, e esse processo pode ser
realizado ambulatorialmente ou no âmbito hospitalar.
Interações medicamentosas.
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Reações adversas.
Para que o acompanhamento ocorra, alguns métodos foram desenvolvidos ao longo do tempo, mas,
inicialmente, objetivando a efetividade da construção do raciocínio clínico por meio da análise da
prescrição (ambulatorial ou hospitalar) do paciente, é necessário conhecer a história e os hábitos do
utente. A partir desse conhecimento, será possível identificar e abordar pontos de melhoria da prescrição,
tendo-se como resultado o uso racional de medicamentos.
Método que utiliza uma documentação voltada para o problema de saúde e para a prescrição da
qual o paciente está fazendo uso, em que: S significa informações subjetivas sobre o paciente e a
sua farmacoterapia (sintomas: dores, mal-estar etc); O significa informações objetivas do paciente
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(sinais: pressão, temperatura etc); A significa avaliação do problema identificado pelo farmacêutico;
P significa o plano de atenção que será traçado pelo profissional.
Método voltado para doenças específicas e que necessita de desenvolvimento de formulários para
cada tipo de doença, além de precisar ser aplicado em farmácias comunitárias. Nos formulários, há:
coleta, interpretação e registro de dados relevantes do paciente, registro dos objetivos terapêuticos
do e para o paciente (ponto de vista do paciente e do profissional), avaliação da adequação do
plano terapêutico, desenvolvimento de um plano de monitorização, dispensação da terapia e
orientação de uso dela, implementação do plano de monitorização com agendamento de novos
encontros.
Esses métodos têm suas particularidades, mas todos eles seguem o mesmo raciocínio:
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Análise do paciente
Análise da farmacoterapia
Plano de ações
Acompanhamento do paciente
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Exemplo
Para esse paciente, o ideal seria o uso de alguma profilaxia de eventos trombóticos. Uma vez que a
quimioprofilaxia não está indicada enquanto houver a hematúria, existe a possibilidade de profilaxia
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Portanto, a equipe multidisciplinar deverá estar bastante atenta à possibilidade de algum evento trombótico
no paciente que está sem cobertura. Indo além, o farmacêutico deverá avaliar muito bem e entender a
conduta médica se optar por manter a anticoagulação ou alguma quimioprofilaxia de TEV
(tromboembolismo venoso) – anticoagulação com dose reduzida – em um paciente com evento de
sangramento, mas com imagem de TVP no doppler.
O cuidado ao paciente não é uma ciência exata e, às vezes, atitudes que parecem
impensadas, mas que são tomadas com responsabilidade, podem salvar a vida do
paciente.
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Exemplo
Por que podemos dizer que essa conduta trouxe melhoria para a vida do paciente?
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forum
Resposta
A sinvastatina tem curto tempo de meia vida e, como sabemos, a síntese do colesterol ocorre à
noite. Então, para um medicamento com tempo de meia vida pequeno, o ideal é que o
medicamento seja tomado o mais próximo possível do momento em que o colesterol está se
formando. Já a atorvastatina, possui um tempo de meia vida maior e o fato de a administração do
medicamento acontecer às 16 horas não irá afetar negativamente o paciente.
Isso é raciocínio clínico, associar todos os conhecimentos como profissional e aplicar de forma prática.
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P li difi
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20/01/2023 20:23 Semiologia e a criação do raciocínio clínico do farmacêutico
Para que se possa realizar as modificações necessárias a fim de atender às necessidades do
paciente, como também rever o paciente com periodicidade para que o acompanhamento
ocorra de forma constante e integral. Essas são efetivas garantias de que o processo
semiológico sendo realizado de forma efetiva tem como resultado final adesão à terapia pelo
paciente, uso racional de medicamentos e redução de PRM.
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A importância da semiologia farmacêutica
Confira o conceito de semiologia farmacêutica, como ela é aplicada na clínica ambulatorial e hospitalar e
qual a importância da semiologia na resolução e prevenção de PRM.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
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Semiologia farmacêutica
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Questão 1
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Responder
Questão 2
I - Identificar quais os PRM e traçar um plano para solucioná-los (rever indicações, aprazamentos e
interações).
IV - Acompanhar resoluções de PRM, das prescrições médicas, acolher o paciente e orientar quanto ao
uso dos medicamentos.
A fim de que o cuidado ao paciente seja efetivo, é necessário que as ações ocorram na seguinte
ordem:
A IV, I, III, II
B III, II, I, IV
C I, II, III, IV
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E III, I, II, IV
Responder
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Comunicação e confiança
É importante, também, uma boa comunicação entre o farmacêutico e o médico que cuida do paciente em
questão, pois isso também promove segurança ao paciente, que percebe o diálogo de todas as pontas do
cuidado. Essa relação construída será responsável pelo melhor entendimento do paciente sobre o uso
correto do medicamento e do seu tratamento de forma global, além de ser um facilitador na identificação
de PRM, promovendo ainda a adesão ao tratamento.
No contexto da atenção farmacêutica, a comunicação com o paciente terá como objetivo a criação de uma
relação de confiança com o paciente para que se possa alcançar:
Adesão ao tratamento.
Um dos pilares para a construção da relação de confiança a fim de que tais objetivos sejam alcançados é o
acesso do paciente ao conhecimento sobre o seu tratamento. Muitos fatores podem dificultar o acesso ao
conhecimento, como a falta de aconselhamento individualizado, de informação personalizada ou de auxílio
na hora de tomar seus medicamentos.
Por meio do conhecimento, ficará mais fácil para o próprio paciente identificar as suas dificuldades e os
pontos que precisam ser mais explorados na abordagem com o farmacêutico, que deve iniciar o processo
de aconselhamento ouvindo o que o paciente tem a contar. Assim, conhecendo a fundo as particularidades,
o profissional poderá iniciar o planejamento, traçar condutas e ajudar o paciente a executar a
farmacoterapia de forma efetiva e segura.
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Comentário
Quando se estabelece uma relação de confiança entre o profissional e o paciente, o caminho para
uma relação terapêutica saudável e de sucesso é bastante próximo, o que trará inúmeros
benefícios para a relação e para o assistido.
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O paciente torna-se capaz de reconhecer o papel do medicamento para a manutenção de sua saúde.
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O relacionamento entre o profissional da saúde e o paciente torna-se mais eficaz, criando uma
atmosfera de confiança, o que aumenta a aderência ao tratamento, que é uma questão sensível, tanto
ambulatorialmente quanto no âmbito hospitalar.
É bastante comum um paciente ambulatorial não aderir ao tratamento porque não toma os medicamentos
no momento correto ou simplesmente porque deixa de tomá-los. No contexto hospitalar, também é
possível a falta de adesão. Geralmente, os pacientes internados em enfermarias ou quartos e que têm a via
oral livre para administração de medicamentos sólidos ou líquidos orais também podem se negar a tomar
determinado medicamento, e isso configura falta de adesão ao tratamento.
aceitabilidade de possíveis efeitos colaterais e como lidar com eles sem que seja
precisa a não adesão ao tratamento.
Com o processo de amadurecimento, o paciente conseguirá ter uma participação ativa no tratamento de
sua doença e se autocuidar. Nesse sentido, ser vigilante no seu tratamento, porque o objetivo da criação
dessa relação também é criar uma motivação para usar medicamentos de forma correta e melhorar as
suas condições de saúde.
A humanização do farmacêutico
Muitas vezes, é por meio de flexibilidade nas relações interpessoais e inteligência emocional que o
profissional ouvinte consegue perceber os sinais transmitidos pelo paciente. Eles podem fornecer
informações além do que está sendo dito ou, então, ter sensibilidade em saber como abordar questões não
muito fáceis e que são importantes para a construção da relação de confiança.
Um profissional treinado, então, terá mais facilidade em extrair das informações técnicas nuances que não
estão explícitas nem claras ao paciente.
Como qualquer relação entre profissional de saúde e paciente, no caso do farmacêutico e assistido, há
uma relação terapêutica baseada no respeito, na confiança, na igualdade e na troca de experiências. O
farmacêutico passa a ter uma preocupação sincera e verdadeira com o paciente. Por isso, é essencial que
o profissional desenvolva alguma habilidade em comunicação, pois será essa expertise que permitirá a
formação de uma relação positiva entre farmacêutico e paciente, principalmente porque o público atendido
será diverso.
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Na prática clínica, alguns pacientes serão bastante esclarecidos, já outros terão a realidade de estudos
incompletos ou até mesmo o analfabetismo, o que pode dificultar o processo. Muitas vezes, a falta de
informação sobre o tratamento pode acontecer porque a comunicação não foi efetiva e caberá ao
farmacêutico identificar essa situação e revisar o caminho a ser seguido no contexto da interlocução.
A abordagem
O atendimento
A comunicação é um processo dinâmico em constante evolução. Como precisamos desenvolvê-la ao longo
da vida, é interessante termos intimidade com técnicas que são capazes de melhorar o contato com o
interlocutor. Indo mais afundo nessa questão, é preciso entender que se comunicar já tem meio caminho
garantido quando o locutor exercita a aceitação do receptor como ser humano, independentemente de
sexo, etnia, idade ou posição social.
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Atenção!
Partindo do princípio de que o outro não será julgado, fica mais fácil de conceber que, em
qualquer processo de comunicação, acontecerá divergência de opiniões, sendo necessário
identificar os pontos de discórdia. E, no contexto de atendimento ao paciente, essa
responsabilidade é totalmente do farmacêutico, profissional da relação.
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É necessário que o farmacêutico se coloque sempre em uma posição de quem está aconselhando o
paciente e faz isso porque deseja fornecer artifícios para que o paciente tenha, como resultado, um
tratamento efetivo e seguro.
É necessário lembrar que o paciente possui suas questões e particularidades. Tentar uma
abordagem apressada pode passar impressão de negligência e displicência.
Lembre-se de que, além da comunicação verbal e a maneira de se portar, existe também o ambiente
em que o paciente é recebido. Todas essas formas de comunicação podem passar inúmeras
mensagens equivocadas, prejudicando a relação entre as partes.
É necessário adequar a fala, que é de extrema importância por diversos motivos. Como já vimos, as
pessoas são diferentes, com realidades distintas e cada paciente tem uma história. Logo, cada
pessoa recebe a mensagem falada de uma forma. Consequentemente, é importante usar uma
linguagem adequada e simples que alcance a todos para que o que está sendo dito seja entendido e
se cumpra.
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Outra questão é, também respeitando a história de cada um, sempre usar um discurso com
humildade e humanidade a fim de que todo paciente, independente da sua realidade, sinta-se
acolhido.
A arte de ouvir
Sabemos que, em um diálogo, a parte mais difícil de ser executada é ouvir. O ouvir apontado aqui é o ouvir
com sensibilidade, quando o ouvinte recebe a informação com boa vontade, atento aos detalhes e com
disponibilidade. De acordo com o grau de doação, a capacidade de ouvir poderá se enquadrar em
diferentes níveis de atenção. Para um profissional da saúde, essa prática será exercida muitas vezes
durante a atuação ao longo da carreira, por isso o ato de ouvir durante o exercício da profissão terá dois
objetivos essenciais: entender o máximo possível as questões do paciente e demonstrar interesse em
resolvê-las.
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Comentário
Quando o paciente recorre aos serviços de um profissional de saúde, este processo implica
compreender o tipo de necessidades e expectativas do utente. Portanto, assumir uma atitude de
compreensão e abertura em relação aos problemas do emissor sem fazer julgamentos, contribui
para uma melhor relação farmacêutico-paciente, facilitando o processo de comunicação e na
criação de uma relação terapêutica.
Para otimização do processo, pode ser necessário desenvolver habilidades para incorporar o ato de ouvir
efetivo. Podemos citar algumas estratégias:
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É importante que o olhar do farmacêutico esteja direcionado ao paciente de uma forma acolhedora e não
julgadora, para que o paciente perceba que está recebendo a devida atenção.
É importante perceber que cada pessoa utiliza uma linguagem própria para se comunicar, inclusive com
determinado tipo de vocabulário e referências culturais particulares. A linguagem corporal, algumas
vezes, é mais explícita e passa mais informações do que a comunicação verbal. Portanto, é preciso estar
atento a essas particularidades para que o paciente perceba o ouvinte com total atenção, o que facilita a
conexão entre farmacêutico e paciente.
Qualquer profissional de saúde que se proponha a trabalhar com paciente precisa estar atento ao fato de
que pacientes são pessoas com histórias de vida, problemas, tristezas e alegrias. Apesar de não ser este o
foco do farmacêutico, ele precisa estar ambientado a lidar com o ser humano e suas questões.
Entender, acolher, não julgar, aceitar o outro e, principalmente, orientar com amor serão artifícios essenciais
para se criar uma relação entre profissional e paciente. Essa conquista será muito importante para a
efetividade das intervenções necessárias na farmacoterapia do utente, visto que serão aceitas e aderidas
pelo paciente.
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A comunicação na relação farmacêutico-
paciente
Confira a importância da comunicação no processo semiológico e a construção da relação farmacêutico-
paciente na humanização do farmacêutico.
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Vem que eu te explico!
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Comunicação e confiança
A abordagem ao paciente
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Questão 1
Uma boa relação com o farmacêutico proporciona importantes benefícios para a saúde, adaptação e
bom encaminhamento do tratamento do paciente. Especificamente falando, quais são os benefícios
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20/01/2023 20:23 Semiologia e a criação do raciocínio clínico do farmacêutico
Responder
Questão 2
Podemos afirmar que as causas que mais prejudicam a comunicação entre paciente e farmacêutico
no momento do atendimento são:
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20/01/2023 20:23 Semiologia e a criação do raciocínio clínico do farmacêutico
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20/01/2023 20:23 Semiologia e a criação do raciocínio clínico do farmacêutico
Anamnese
Como vimos no primeiro módulo, no caso da anamnese farmacêutica, o objetivo não é o diagnóstico de
doenças, mas sim identificar detalhes da vida, história e hábitos do paciente. Além disso, sentimentos do
paciente podem ser pesquisados, assim como o seu comportamento perante os médicos que o tratam e,
principalmente, como reage e cuida da sua farmacoterapia.
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Comentário
Todas as informações recolhidas por meio da anamnese darão ao farmacêutico histórico de vida
e questões do paciente. Dessa maneira, o profissional terá material e artifícios para entender por
que determinados PRM estão acontecendo ou até mesmo evitá-los.
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Roteiro de perguntas
É claro que cada profissional conduzirá a anamnese à sua maneira, deixando seu roteiro de perguntas com
a sua característica, mas é importante haver uma organização a fim de que o condutor não se perca no
diálogo, que pode tomar inúmeros caminhos (lembre-se que os pacientes são diferentes, uns se limitam a
falar apenas o que está sendo perguntado e outros gostam de conversar; a anamnese pode extrapolar seus
próprios objetivos).
Histórico familiar
Trata-se de elemento importante para identificar doenças hereditárias e para conhecer o
perfil emocional do paciente com relação a doenças que acometem a sua família.
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Para que o processo da anamnese seja o mais completo possível, é necessário que o profissional seja
capaz de reconhecer os diversos tipos de perfis de pacientes: o ansioso, o que se impressiona demais e
acha que sente todos os sintomas de doenças que pesquisa, o depressivo, o hipocondríaco, o hostil, o
tímido, o com pouco conhecimento, dentre outras diversas características.
assignment_ind
Comentário
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Método que destaca que o primeiro contato com o paciente tem como objetivo mostrá-lo que ele
também possui responsabilidade sobre o tratamento. Esse momento é dividido em fases:
Primeira fase: é preciso que o paciente fale sobre os seus problemas de saúde.
Segunda fase: é preciso que o paciente responda a perguntas sobre cada medicamento que faz
uso. São realizados questionamentos sobre a indicação do medicamento, efeito real x efeito
esperado, dose, via de administração, efeitos colaterais. É nessa etapa que o profissional terá a
chance de saber como o paciente se comporta e enxerga a sua farmacoterapia.
Terceira fase: há o complemento da investigação na qual é feita uma revisão sobre aspectos do
paciente e se observa parâmetros fisiológicos, hábitos de vida, buscando aprofundar problemas de
saúde ou descobrir algum medicamento que não tenha sido citado pelo paciente. É bastante
comum o paciente não lembrar todos os detalhes em um primeiro momento. Existem
personalidades distintas, alguns pacientes tomam nota dos detalhes de seus tratamentos, enquanto
outros sentem dificuldade de fazê-lo. Existem ainda pacientes que sentem particular incômodo em
compartilhar sobre seus hábitos com terceiros. Então, é necessário fazer uma recapitulação até que
se tenha informações suficientes para que a análise da prescrição seja efetiva.
Método que também divide a anamnese em fases. Na primeira, o farmacêutico realiza uma
entrevista com o paciente, na qual deve coletar informações sobre ele e fazer uma avaliação geral
do paciente. O objetivo dessa primeira fase é se certificar se há ou não adesão à terapia e verificar a
indicação dos medicamentos prescritos. Isso é importante porque geralmente os pacientes,
principalmente, os idosos, costumam se consultar com mais de um médico concomitantemente e,
muitas vezes, há falha de comunicação entre as especialidades.
Da mesma forma, há também falha na passagem de informação do paciente para o médico sobre
os medicamentos de uso prévio. Então, pode acontecer de o mesmo medicamento ser prescrito por
dois médicos diferentes. Lembre-se de que existem diferentes tipos de pacientes, com diversos
níveis de conhecimento e não é nada incomum essa situação. Aqui também podem ser coletadas
informações sobre posologia, duração, início do tratamento e se a resposta ao tratamento está
sendo satisfatória. As informações obtidas ao longo da entrevista devem ser: histórico de vacinas,
problemas de saúde, alergias, hábitos de vida (uso de álcool, cafeína, tabaco, drogas) e dados
clínicos e demográficos.
Também são anotados doenças e medicamentos relevantes que já foram utilizados pelo paciente.
Após isso, são coletadas informações sobre o estado nutricional e restrições alimentares. Esse
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método também lança mão de uma revisão de todas as informações obtidas a fim de que nenhum
dado seja esquecido ou omitido.
Método que possui apenas uma fase de coleta de histórico do paciente e não necessariamente
precisa ser realizada em contato direto com o paciente (pode ser recolhida de algum prontuário).
Isso pode ser um ponto crítico, já que a falta de contato pessoal pode ser uma característica que
dificulta a obtenção de informações mais delicadas sobre o paciente. Outro ponto frágil é que essa
fase se chama “informações subjetivas”, ou seja, podem não conter a totalidade das informações.
As informações obtidas são: queixa principal, histórico da atual doença, histórico médico, social e
familiar e uso anterior de medicamentos.
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Método que foi desenhado para ser aplicado em farmácias comunitárias, por isso o processo
precisa ser dinâmico. No primeiro momento, deve-se coletar histórico patológico, medicamentos de
uso prévio e informações sociais do paciente (hábitos e comportamentos). Essas informações
possibilitam ao farmacêutico conhecer sobre a farmacoterapia e enfermidade, além de estimar a
adesão e identificar PRM.
Com essa exemplificação dos métodos, é possível perceber que, apesar de serem métodos com
nomenclaturas e aplicabilidades distintas, todos eles acabam tendo roteiros parecidos, além de terem o
mesmo objetivo: conhecer o máximo possível o paciente em questão, conhecer e avaliar a sua
farmacoterapia, associar os hábitos de vida à prescrição e identificar PRM para que possam ser
minimizados ou evitados.
Exame clínico
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Atenção!
Além disso, há tanto o que explorar dentro da análise da farmacoterapia, há tanto a se trabalhar para que
uma prescrição não tenha PRM e seja realizada com a adesão suficiente para ser efetiva que o exame
clínico deve ser um coadjuvante apenas para que o farmacêutico possa conhecer o paciente em sua
totalidade.
Para exemplificarmos, podemos citar alguns exames que podem ser abordados, como: aferição dos sinais
vitais (temperatura, pulso, respiração e pressão arterial do paciente); dados antropométricos (peso, altura e
índice de massa corporal – IMC); e inspeção, que é a verificação da condição física em que o paciente se
encontra antes de iniciar a anamnese.
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Recomendação
Os exames ausculta, palpação e percussão devem ser evitados por parte do farmacêutico pela
falta de domínio que esse profissional tem sobre eles.
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É importante salientar que em qualquer contato com o paciente o farmacêutico deve estar atento a sinais
de febre e prurido (coceira), dois sintomas que mostram alguma reação importante pelo organismo.
Por isso, é preciso entender por que há a prescrição dos medicamentos analisados e saber identificar a
linha tênue entre “esses medicamentos estão aqui para tratar os problemas de saúde relatados ou alguns
problemas de saúde apareceram por causa do mau uso deles?”.
Veja que a maioria dos métodos deposita destaque na construção do raciocínio clínico por meio das
informações coletadas na anamnese, como material para desvendar a farmacoterapia do paciente.
Entenda que, quanto mais ricas forem as informações sobre o paciente, mais completa e certeira será a
análise sobre a prescrição que o paciente está fazendo uso.
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Resumindo
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preparado tecnicamente, mas consciente de que não é somente a técnica que será o essencial
para a análise da farmacoterapia.
Plano de cuidado
Método, que, inicialmente, subdivide-se em três partes. Na fase estado da situação é feita uma
correlação entre os problemas de saúde do paciente e a farmacoterapia. Já na fase de estudo, os
problemas de saúde (sinais, sintomas, causas dos problemas e suas consequências) são
analisados separadamente dos medicamentos (indicação, mecanismo de ação, posologia e dose,
farmacocinética, interações medicamentosas e contraindicações). Na fase de avaliação são
estabelecidas as suspeitas de PRM, em que são avaliados: a necessidade da farmacoterapia e sua
segurança e efetividade. A próxima etapa acontece na intervenção, na qual o farmacêutico
desenvolve um plano de intervenções que evite e minimize PRM. Essas intervenções podem ser
feitas diretamente para o paciente, com observações relacionadas à adesão ao tratamento, mas
podem ser feitas para o médico, quando se trata de alguma sugestão na prescrição.
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Método em que se traça o plano de cuidado baseado em um repertório de sete PRM, que são:
farmacoterapia desnecessária (ex.: classe farmacológica repetida, como atorvastatina e
sinvastatina na mesma prescrição, ou pantoprazol e omeprazol juntos); necessidade de inclusão de
medicamento (quando o farmacêutico percebe que alguma questão de saúde não está sendo
abordada na prescrição); fármaco não efetivo (quando há outras opções melhores para prescrever,
ex.: antibiótico empírico, ou seja, ainda sem o resultado do exame de cultura com espectro
pequeno); subdoses, doses altas, reações adversas e não adesão à terapia. O momento do plano
de cuidado é quando se faz um planejamento para intervir quando um dos problemas acima são
encontrados. É necessário lembrar que esses sete passos são um roteiro e o avaliador não pode e
nem deve ficar engessado. Caso outra questão não abordada nesse guia seja encontrada, deverá
ser sinalizada. Ex.: tempo de tratamento de algum antibiótico que esteja prescrito.
Método que equivale ao A do SOAP e nele se identificam possíveis PRM e o motivo da ocorrência.
Nesse momento, os dados coletados nas fases de anamnese e exame clínico são compilados. É
importante que os dados coletados anteriormente sejam organizados e interpretados. Esse é o
momento da criação das intervenções que irão gerar melhoria na execução da farmacoterapia.
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Como foi possível perceber, apesar de algumas características distintas, os métodos acabam tendo o
mesmo objetivo. Após conhecer o paciente e sua farmacoterapia, faz-se uma análise em conjunto para
entender a função de cada medicamento na farmacoterapia do paciente, identifica-se PRM e se
confecciona um conjunto de intervenções que serão feitas ao paciente ou ao médico, e o objetivo da
aceitabilidade das intervenções é evitar ou minimizar PRM, aumentar a adesão do paciente ao tratamento e
garantir uma farmacoterapia segura e efetiva.
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Nesses encontros, o aconselhamento ao paciente deverá ser constante, para que o objetivo de ter PRM
evitados ou minimizados seja sempre alcançado. Devemos lembrar que o paciente não é uma ciência
exata, então a sua farmacoterapia muito provavelmente estará em constante mudança. Por isso, essas
fases não são estáticas.
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Comentário
É provável que, em encontros periódicos com o mesmo paciente, a fase de avaliação ocorra junto
com a fase de plano de cuidados, visto que novos medicamentos podem ser adicionados à
prescrição e medicamentos já em uso também podem ser suspensos.
Dessa forma, é preciso, sim, um acompanhamento de tempos em tempos para que sempre ocorra um
ajuste benéfico ao paciente.
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As etapas do processo semiológico
Confira cada etapa do processo semiológico, ressaltando seu objetivo, sua importância e as maneiras de
fazê-las.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Anamnese
Exame clínico
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Questão 1
Etapa é um estado ou momento delimitado de um processo ou de uma ação e um percurso precisa ser
ultrapassado para alcançar o próximo estágio. As etapas e seu sequenciamento são pontos
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Responder
Questão 2
O farmacêutico deve estar atento ao histórico médico do usuário para um atendimento seguro, eficaz e
de qualidade em colaboração com os outros profissionais de saúde. Sobre as etapas do processo
semiológico, é correto afirmar:
A avaliação dos resultados é uma etapa opcional, uma vez que o farmacêutico fez
A
as intervenções, o paciente consegue se resolver sozinho.
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Considerações finais
Apesar de a profissão farmacêutica ser bastante antiga, seu desenvolvimento vem acontecendo há pouco
tempo. Como vimos, a atuação do profissional farmacêutico passou por diversas épocas com valorização,
seguida de desvalorização e retomada do reconhecimento graças a um novo modelo de atuação que
permitiu a participação ativa do farmacêutico na prestação de assistência ao paciente.
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A partir desse novo modelo, criou-se o conceito de atenção farmacêutica, preconizada pela atenção que o
farmacêutico fornece ao paciente, garantindo a ele o uso racional de medicamentos. Isso permitiu alcançar
uma atuação do farmacêutico que tem como objetivo reconhecer necessidades e problemas de saúde do
paciente e associá-los à sua farmacoterapia.
Desse modo, passa a existir o raciocínio clínico do farmacêutico, que analisa a prescrição do paciente com
o objetivo de minimizar ou evitar PRM, aumentar a adesão do paciente à farmacoterapia, garantir o uso
racional de medicamentos, além de uma terapia segura e efetiva ao utente.
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Podcast
Para encerrar, ouça um resumo dos principais aspectos abordados neste conteúdo.
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Referências
ARAÚJO, C. E. P.; TESCAROLLO, I. L.; ANTÔNIO, M. A. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. E-book
Atena Editora, 2019.
BISSON, M. P. Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica. 4. ed. São Paulo: Manole, 2021.
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GOUVEIA, W. A. At center stage: Pharmacy in the next century. Am. J. Health-Syst. Pharm. v. 56, p. 2533,
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HEPLER, C. D.; GRAINGER-ROUSSEAU, T. J.; Pharmaceutical care versus traditional drug treatment. Is there
a difference? Drugs, v. 49, n. 1, p. 1-10, 1995.
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MENEZES, E. B. B. Atenção farmacêutica em xeque. Revista Pharmacia Brasileira, v. 22, p. 28, set./out.,
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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. OMS. The role of the pharmacist in the health care system. Geneva:
OMS, 1994. 24p.
RODRIGUES, A. N. et al. A Semiologia médica no século XXI. Cadernos UniFOA, n. 15, abr. 2011.
SANTOS, J. B. et al. Reflexões sobre o ensino da Semiologia médica. Revista Brasileira de Educação
Médica, v. 27, n. 2, p. 148. maio/ago. 2003.
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formulários utilizados nas diferentes fases, além de poder acompanhar o detalhamento de um caso clínico
orientado com o método.
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