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Trabalho de Pesquisa
Turma: D
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Universidade Católica de Moçambique
Trabalho de Pesquisa
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Índice
Introdução………………………………………………………………………………………..4
Conclusão…………………………………………………………………………………….…12
Referências Bibliográficas…………………………………………………………………...…13
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INTRODUÇÃO
Objectivos do trabalho
Objectivo geral
Objectivos específicos
Estrutura do trabalho
Metodologia
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1.1 A diferença entre fé e crença e as características da Fé
1.1.1 Fé
Entende-se por fé a convicção, confiança e abandono, que uma pessoa alimenta na sua relação
com Deus. A fé é sempre uma resposta positiva à iniciativa reveladora de Deus. Diante dos
sinais reveladores da sua presença do ser humano, este é convidado a responder por uma
relação de confiança e fé neste Deus que se dá a conhecer. A fé consiste no escutar a palavra da
pregação e para conduzir á obediência; vice-versa, a obediência é escuta (Rubio,2003).
1.1.2 Crença
Os termos: Teologia = teo + logia⇒θєōs, Deus + λοΥiα = discurso sobre Deus; arte de dirigir o
espírito na investigação da verdade do discurso sobre Deus (Johannes,1988).
O dicionário de teologia define a Teologia como a ciência das coisas divinas (Johannes,1988).
Segundo Johannes (1988), na antiguidade a teologia era entendida como um hino, onde Deus
era glorificado mais que do que explicado pelo espírito humano. Era o acto mesmo de louvar a
Deus. Não se tratava de explicar Deus, que é inexplicável, mas de o Louvar sem cessar, pela
sua grandeza.
Este sentido continua muito vivo nos escritos dos padres da Igreja, mesmo os que como
Origines farão mais uso instrumental de noções tiradas da filosofia grega ou os que como os
grandes teólogos ditos da Capadócia (São Basílio de Cesareia, São Gregório de Nazianzo e São
Gregório de Nice) se servem das noções teológicas para lutar contra os erros resultantes de uma
ilusão racionalista sobre a nossa capacidade de clarificar os mistérios divinos.
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Para o pseudo- Dionísio, a teologia mística é a única teologia plenamente digna desse nome,
ultrapassando as analogias insuficientes numa experiência que se proclama ela mesma
inexprimível (Eicher,1984).
Até antes da Idade Média latina a teologia era concebida, particularmente na ordem monástica,
não como uma ciência propriamente dita das coisas divinas, mas como meditação dos mistérios.
A Teologia nessa altura é considerada importante apenas pelo apelo que faz à razão para afastar
as falsas interpretações preparar a contemplação onde a razão é simplesmente ultrapassada
(Eicher,1984).
S. Alberto Magno no século XIII e S. Tomás de Aquino definem a Teologia como a ciência
sagrada, que coloca o conjunto das verdades da fé num sistema racional, à partir de um
reconhecimento mais claro das verdades propriamente sobrenaturais, e como tais recebidas da
revelação unicamente, por oposição às verdades sobre Deus que podem ser atingidas pela razão
sozinha (Ladaria,1998).
Sustentam que a teologia é a ciência é ciência da fé. E como tal não pode prosseguir e se
desenvolver senão na luz da fé. Esta teologia exige que o rigor racional do pensamento
dialéctico seja constantemente associado a uma exploração não somente alargada mas também
penetrante de todo o dado revelado e tradicional, sob a salvaguarda do magistério vivo da Igreja
e num espírito de uma fé viva e vivida (Ladaria,1998).
Como Ciência Sagrada, a Teologia tomista não alimenta a pretensão temerária e fútil de se
substituir a Palavra de Deus confiada à Igreja, em particular nas Santas Escrituras, mas alimenta
somente a esperança de explorar respeitosamente as profundidades, não esvaziando o mistério
mas permitindo-nos de melhor o situar em relação aos nossos conhecimentos simplesmente
naturais (Ladaria,1998).
Assim se compreende a Teologia como um discurso sistemático, reflexivo e crítico, sobre Deus
e tudo o que a Ele se refere. Uma Teologia que se alimenta da revelação divina contida na
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Palavra de Deus, proclamada e anunciada pela Igreja em seu Magistério. Um discurso aberto ao
pensamento humano e capaz de iluminar a razão e se deixar interpelar por ela.
Entende-se por revelação o acto de tirar o véu que cobre uma realidade, o acto de tornar
acessível uma verdade até então velada ou oculta. Este conceito é usado para indicar a realidade
ampla que constitui o dado de fé que nos é oferecido no Evento Jesus Cristo (Rubio,2003).
Chama-se etapas da Revelação os diferentes momentos nos quais as verdades sobre Deus foram
reveladas à humanidade.
O termo criar, assim designa uma actividade própria e exclusiva de Deus, uma actividade
diferente de fabricação humana. Não se trata, portanto, de um mero fazer teórico e instrumental
que exige provas científicas, mas sim um agir que envolve a intencionalidade do agente (Deus)
pela própria iniciativa como seu projecto por Ele iniciado e que envolve o homem através do
seu convite a ser co-criador (De La Peña, 1989).
barã (criar), da tradição sacerdotal, para designar a criação de Deus. Ele significa a criação –
não condicionada e livre de requisitos – como marco histórico da natureza e do espírito. O que
não existia passa a existir nesse momento (Ex 34,10; Nm 16,30; Sl 51,12, etc.). Esta actividade
divina carece de analogias (Conte, 1994, p. 237).
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Distingue –se assim o “criar” (barã) e “fazer” (asâh). O verbo barã designa a totalidade da
criação e é empregado exclusivamente quando se fala de Deus, na sua acção criadora, ou seja,
na criação: «No princípio, Deus criou o céu e a terra» (Gn 1,1). Diferentemente, o verbo asâh,
inicia no versículo e é concluído com o dia de descanso, indica a realização consequente de
uma obra, a função determinada de uma obra. Somente o fazer, na medida em que é uma
configuração e produção, é modelo do trabalho manual. Mas a actividade criadora divina e a
actividade humana não têm nada em comum (De La Peña, 1989).
1.4.1 Monofisimo
Dizia que, em Cristo, havia uma só natureza. A natureza divina “absorvia a natureza humana.
Era como se Jesus tivesse só a natureza divina. Sua heresia chamou-se monofisismo, que
significa uma só natureza.
O termo “Igreja” deriva do termo latino “ecclesia”, e este, por sua vez deriva do verbo grego
“καλεο” que significa “chamar, convocar”. Designa a assembleia do povo geralmente de
carácter religioso (Barros,2009).
O termo grego “κυριακα” do qual derivam os termos “church”, “kirchie” significa “pertencente
ao Senhor”. Em hebraico, Igreja diz-se “qahal” (Barros,2009).
Na linguagem cristã, “Igreja” designa a assembleia litúrgica, mas também a comunidade local
ou toda a comunidade universal dos crentes. Igreja é o povo que Deus reúne no mundo inteiro.
Igreja é o povo de Deus. Cristo é a cabeça deste povo que é o seu corpo (Barros,2009).
1.5.2 Conceito
Sacramentos são sinais visíveis e eficazes da graça de Deus instituídos por Cristo.
Os sacramentos estão divididos de acordo com a sua natureza e graça em três grupos:
Sacramentos de Iniciação cristã: Baptismo, Confirmação e Eucaristia. Estes introduzem o ser
humano na vida cristã. O Baptismo nos configura com Cristo na sua morte e ressurreição, é a
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porta de entrada, a Confirmação vem selar o Baptismo e nos torna testemunhas de Cristo e por
sua vez a Eucaristia é o alimento de que sem configurou com Cristo de modo que não seja mais
ele quem vive mas Cristo que vive nele (Gl 2,20).
Eucaristia é o Sacramento central da vida da Igreja. Segundo o Papa Bento XVI existe um
influxo causal da Eucaristia nas próprias origens da Igreja. Pelo facto que “a Eucaristia é Cristo
que se dá a nós, edificando-nos continuamente como seu corpo. Portanto, na sugestiva
circularidade entre a Eucaristia que edifica a Igreja e a própria Igreja que faz a Eucaristia, a
causalidade primária está expressa na primeira fórmula: a igreja pode celebrar e adorar o
mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo se deu a ela no
sacrifício da Cruz” (Bento XVI, 2007, 14).
Para Éfeso, Jesus tem duas naturezas: humana e divina, unidas sem distinção nem separação
mútua, união hipostática.“Se alguém não confessar que o Emanuel é Deus no verdadeiro
sentido da Palavra, e que, por isso, a santa virgem é geradora de Deus porque gerou segundo a
carne o Verbo de Deus feito carne seja anátema” (DS, 252).
b) Virgindade de Maria
A virgindade é a consagração do coração e do corpo a Deus. Ela tem como finalidade acolher
plenamente o amor de Deus. O Vaticano II reafirmou o símbolo niceno-constantinopolitano
segundo o qual “por nós homens e para a nossa salvação desceu dos céus, e incarnou pelo
Espírito Santo no seio da virgem Maria” (LG, 52).
Maria foi sempre virgem corporal e moralmente. A afirmação da virgindade de Maria permite-
nos falar da concepção virginal de Jesus pela força do Espírito Santo.
c) Imaculada Conceição
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A doutrina sobre a Imaculada Conceição pretende afirmar que Maria foi preservada do pecado
original, como preparação para a sua maternidade divina. No projecto de redenção que Deus
traçou para a humanidade era necessário que a Mãe do Filho de Deus fosse preservada de todo
o contacto com o pecado. Pio IX declarou oficialmente esta doutrina na encíclica Ineffabilis
Deus a 8 de Dezembro de 1854. Declarámos que “no primeiro momento da concepção, a bem
aventurada virgem Maria foi pela graça singular e o privilégio de Deus em vista dos méritos de
Jesus Cristo, Salvador do género humano, preservada, intacta de toda a mancha do pecado
original” (DS, 2803).
Ela foi chamada por Deus na qualidade de primeira redimida a contribuir no plano salvífico de
Cristo (LG, 8).
1.7.1 Conceito
É a incarnação do Evangelho nas culturas e ao mesmo tempo introdução dessas culturas na vida
da Igreja. Inculturação significa uma íntima transformação dos autênticos valores culturais
através da sua integração no cristianismo e o enraizamento do cristianismo nas diversas culturas
(Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, CCDDS, 4).
1.8.1 Conceito
A pessoa humana é uma criatura de Deus, justificada por Jesus Cristo e prometida à
divinização. A visão cristã do ser humano supõe uma estrutura própria de quem crê, espera e
ama. Crer, esperar e amar são 3 operações reunidas que têm uma significação religiosa e
designam a verdadeira relação ao Deus verdadeiro, o Deus de Jesus Cristo.
Esta visão do ser humano, não deve ser confundida com outras maneiras de abordar a questão
do homem. Trata-se do que o cristianismo confessa e compreende do comportamento humano
quando ele considera que a maneira de ser homem não é sem relação a Deus. O cristianismo
confessa que a condição humana é, como tal, vocação a crer, esperar e amar.
O cristianismo aprende a olhar a Jesus Cristo e descobrir quem é o ser humano e o que está
chamado a ser. É agora e aqui que em Jesus Cristo aprende-se o que significa “tornar-se
homem”.
Pode-se afirmar que Jesus Cristo é protótipo do Homem justamente no momento em que é
tentado. O texto de Lucas deixa claro que Jesus é tentado na sua qualidade de «filho» e que as
tentações sugerem que um «filho» pode encontrar a sua felicidade abandonando a sua condição
de filho, alguém dependente do seu progenitor, e tomando a condição de «Pai». As três
tentações apresentam três falsos apelos que levam ao uso de um poder sobre as coisas, sobre os
outros e sobre Deus. Tal poder só é possível quando a pessoa deixa de ocupar o seu lugar na sua
relação com as coisas, com os outros e com Deus (Lc 4,1-13).
Jesus permanece homem, permanece filho na sua relação com Deus e nos mostra que ser
homem é ocupar o seu lugar na criação sem jamais se cansar de ser filho e de se relacionar
correctamente de modo a compor com o universo e com os outros.
Na primeira tentação S. Lucas coloca em evidência que ser humano é respeitar uma estrutura
antropológica que diz que ninguém é humano sozinho. O ser humano faz-se por via da relação
saudável com os outros. Não se pode ser só.
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Conclusão
Na antiguidade a teologia era entendida como um hino, onde Deus era glorificado mais que do
que explicado pelo espírito humano. Era o acto mesmo de louvar a Deus. Não se tratava de
explicar Deus, que é inexplicável, mas de o Louvar sem cessar, pela sua grandeza.
Entende-se por revelação o acto de tirar o véu que cobre uma realidade, o acto de tornar
acessível uma verdade até então velada ou oculta. Este conceito é usado para indicar a realidade
ampla que constitui o dado de fé que nos é oferecido no Evento Jesus Cristo.
Na linguagem cristã, “Igreja” designa a assembleia litúrgica, mas também a comunidade local
ou toda a comunidade universal dos crentes. Igreja é o povo que Deus reúne no mundo inteiro.
Igreja é o povo de Deus. Cristo é a cabeça deste povo que é o seu corpo.
É a incarnação do Evangelho nas culturas e ao mesmo tempo introdução dessas culturas na vida
da Igreja. Inculturação significa uma íntima transformação dos autênticos valores culturais
através da sua integração no cristianismo e o enraizamento do cristianismo nas diversas
culturas.
A pessoa humana é uma criatura de Deus, justificada por Jesus Cristo e prometida à
divinização. A visão cristã do ser humano supõe uma estrutura própria de quem crê, espera e
ama. Crer, esperar e amar são 3 operações reunidas que têm uma significação religiosa e
designam a verdadeira relação ao Deus verdadeiro, o Deus de Jesus Cristo.
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Referências Bibliográficas
Barros, P.C. (2009). As fontes patrísticas: importância e actualidade para a Igreja. Vida
Pastoral. Revista Bimestral para Sacerdotes e Agentes de Pastoral.
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (CCDDS) (1994). A Liturgia
romana e a Inculturação. 4ª Instrução para uma correcta aplicação da Constituição conciliar
sobre a sagrada Liturgia. Milão: Ed. Paulinas.
Conte, F. (1994). Os heróis míticos e o homem de hoje. São Paulo: Ed. Loyola.
Eicher. P. (1984). Dicionário de Conceitos fundamentais de Teologia. São Paulo: Ed. Paulus.
Johannes, B. (1988). Dicionário de teologia bíblica. (4ª Ed.). São Paulo: Edições Loyola.
Ladaria, L. (1998). Introdução à Antropologia Teológica II. São Paulo: Edições Loyola.
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