A teologia transforma em linguagem, em texto, em narrativa, aquilo que tem início
Disciplina: Introdução à Teologia na fé. Uma linguagem que nasce dentro da Comunidade, a partir da experiência religiosa do Povo de Deus, e é transmitida de geração em geração. Tudo isso sempre A intelecção do termo: conduzido pelos pastores da Igreja. Leia 1Jo 2, 21 e 2, 27; Jo 8, 32. 1- operação intelectual humana; 2- aprofundar, justificar, esclarecer, o próprio ato de fé; A Igreja neste sentido formula o consenso Universal sobre questões de fé e costumes 3- uma reflexão crítica e sistemática sobre a fé; com base na moção do Espírito Santo, torna isso regra de fé (dogma, prática). Onde 4- trata da questão de Deus, mas sempre mediado pela fé. pode-se entender a Revelação como algo que vem sendo desenvolvido pela compreensão, contemplação, estudo, meditação, espiritualidade, transmissão Teologia no pensamento magisterial ( ou seja pelo ensino), santidade do povo de Deus. Isso nos leva a Patrístico: Referia-se à inteligência como algo carregado dos componentes entender teologia como ciência de Deus, toda ela subordinada a Deus. Uma vez que afetivo, intuitivo, existencial etc.; ciência consiste de um conhecimento certo e dedutivo, pode-se dizer que para o Escolástico referia-se à inteligência como dimensão intelectual, propriamente teólogo que tem fé, Deus é um conhecimento verdadeiro, possível de se reconhecer dita, ou seja, como o entendimento das coisas; por seus vestígios no mundo e pela iluminação da mente humana (cf. Santo Moderno, a partir do pensamento filosófico moderno, uma critica do próprio Agostinho). pensar. A linguagem teológica Nesse sentido: teologia → inteligência da Fé → tematização das próprias questões Como a razão humana seria capaz de explicar Deus? de fundamentos relacionados a fé. A teologia se preocupa em compreender o ato de Nós utilizamos linguagem para explicar todas as coisas; Deus é uma realidade, mas crer. É inteligência da fé em sentido prático social, fraterno, espiritual, intelectivo. nos falta linguagem e capacidade cognitiva para explicá-lo; por isso falamos em mistério. Não enquanto algo que precisa ser revelado, uma vez que se fosse revelado A teologia e seu tempo deixaria ser mistério, mas enquanto linguagem simbólica, capaz de captar o A teologia católica sempre se relacionou com o pensamento filosófico, político e mistério e nos ajudar a vivenciar uma aproximação com ele. social de seu tempo. Nesse sentido é comum encontrarmos contribuições teológicas relacionadas a vários aspectos da filosofia e da sociedade de várias épocas. Por isso é teologia usa uma linguagem argumentativa. Utiliza elementos da Revelação divina, do Magistério da Igreja, testemunho dos Santos e dos Padres da Teologia e seu aspecto eclesial Igreja, por fim baseia-se também na reflexão de teólogos e teólogas. A partir daí O teólogo é aquele que ensina a fé transmitida pela Igreja. Uma vez que a Igreja busca explicações, reflexões sobre os dados revelados, almejando entender os transmite a fé que recebeu dos Apóstolos e dos autores bíblicos, a partir da Revelação desdobramentos do agir Divino através da História. do Espírito Santo através deles. O mesmo podemos dizer do caminho inverso: a Igreja é a intermediária entre Deus e o teólogo. As fontes da teologia Cristã Em outros termos: Na Igreja católica temos diferentes tipos de pensamento teológico. Não que haja A Igreja transmite a fé às novas gerações, sempre a partir daquilo que contradição entre eles, mas podemos identificar movimentos e pensamentos que recebeu da Revelação Bíblica, da Sagrada Tradição e do Sagrado Magistério. ampliam as discussões sobre certos pontos de nossa fé Católica. Exemplo disso: Após a transmissão (anúncio, querigma) espera-se a teologia feminista, teologia espiritualista, mística, teologia da libertação, teologia do submissão/consentimento da vontade do indivíduo à fé no Deus de Jesus pobre etc. Também encontramos isso na teologia protestante: Teologia da Cristo; prosperidade, teologia calvinista, teologia Pentecostal etc. Por fim a uma compreensão da Fé por parte do indivíduo, ou seja intelecção da Fé. História inicial da teologia “O pensar Deus” das primeiras comunidades cristãs. A primeira geração Cristã ( século primeiro) eram irmãos que queriam viver a sua fé na compreensão da vida, morte e ressurreição de Cristo, ouvindo dos próprios Apóstolos acerca de Jesus de Alguns pensadores importantes até a Idade Média Nazaré. Preocupavam-se em responder quem era a pessoa de Jesus para eles; e quem eram eles para Jesus.
A fonte de toda a teologia cristã: o Novo Testamento
Existem estudiosos que dirão que o Novo Testamento não seria propriamente um tratado de teologia. É possível identificar um erro nessa visão. Podemos afirmar que não é teologia do modo como a temos hoje, um conhecimento sistematizado, mas é teologia "fontal”, uma teologia do princípio, ou melhor dizendo o princípio de toda a teologia Cristã.
A teologia do novo testamento
Foi suscitada pelo próprio revelar-se divino a partir da Encarnação do Verbo. Caracteriza-se pelas diversas situações da vida em que a mensagem foi transmitida e vivenciada. É palavra de Deus estressada a história e por meio da palavra dos homens a fim de ser compreendida. É a fonte que, sustentada pela própria experiência de fé, serve de alicerce para todo pensamento teológico até hoje. É expressão escrita acerca do Filho, Palavra encarnada de Deus, que é o centro tanto na reinterpretação das escrituras judaicas quanto na adesão dos novos seguidores. . Características da teologia das origens (dos primeiros séculos) pneumática eclesial missionária vivencial, a partir de sentimentos, relação com o sagrado etc. contextualizada aberta ao futuro. Servia-se do Antigo Testamento de forma livre para interpretar e expressar a própria convicção em Jesus Cristo. Seu autor é o próprio Espírito Santo.