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ESCOLA BIBLICA 2016

O Caráter do Cristão
19/03/16

Objetivo: Mostrar que bem aventurado é o povo que teme ao Senhor.

Introdução

O “Sermão do Monte” caracteriza-se como a lei de Cristo. Enganam-se


aqueles que acreditam ser o Novo Testamento um documento apenas de
ordem querigmática, quando também concentra em seu conteúdo um
caráter normativo. Devemos viver a lei de Cristo (Gl 6.2).

Leis ou normas são proposições estabelecidas por uma autoridade ou


poder constituído. Assim, como nos reinos do mundo existem leis,
assim também, no reino celestial existem leis que exigem obediência
irrestrita e inquestionável.

A lei do reino de Deus tem como objetivos: 1) a glória do Senhor; 2) A


vontade de Deus na conduta humana.

Deus espera que sua vontade prevaleça e manifeste-se na vida de seus


filhos. O caráter cristão deve ser o espelho da vontade de Deus, onde a
Lei do Senhor reflita na face.

Neste sentindo, é imprescindível apelarmos para o conhecido “Sermão


do Monte”. Este concentra as leis do reino de Deus e
consequentemente, o padrão de caráter cristão.

Desenvolvimento

É importante verificarmos que antes de proferir os ensinos do monte,


Jesus “... retirou-se para a Galiléia” (Mt 4.12).

“Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos,


porque está próximo o reino dos céus” (Mt 4.17).

Em seguida, Jesus chamou os discípulos (Mt 4.18-22).

“Percorria Jesus toda a Galileia ensinando nas sinagogas, pregando o


evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades
entre o povo” (Mt 4.23).

“E da Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e dalém do Jordão


numerosas multidões o seguiam” (Mt 4.25).

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Em seguida, o texto informa: “Vendo Jesus as multidões, subiu ao


monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos”;

Interessante notar que o texto faz distinção entre multidões e


discípulos. As multidões eram compostas pelas pessoas que seguiam a
Jesus em função de seus milagres, de acordo com o texto referido
acima.

Discípulos eram os alunos, os aprendizes. São aqueles a quem o senhor


chamou para segui-lo (ex. Mt 4.18-22). Discípulos são os “chamados
por Jesus” para caminhar e aprender com ele.

Podemos então encarar o Sermão do Monte como uma verdadeira aula


de Cristo aos discípulos: “... ele passou a ensiná-los...”. (Mt 5.2).

O conteúdo do ensino de Cristo aos discípulos é esplendoroso e extenso.


Entretanto, a princípio nos concentraremos nos versículos 1 a 12.

No trecho em questão, a expressão “bem-aventurados” aparece nove


vezes. Significa bendito, feliz, usualmente no sentido de recebedor
privilegiado do favor divino. (Dicionário Grego).

Neste ponto cabe a seguinte pergunta: quem são os “bem-aventurados”


e porque são classificados assim? Quem são os recebedores
privilegiados do favor divino?

Conforme o ensino de Cristo, os felizes não são aqueles que vivem para
si mesmos. Mas felizes são aqueles temem ao Senhor, quando vivem
sua vontade. Vejamos com mais detalhes:

A) Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o


reino dos céus (versículo 3).

Jesus afirma em primeiro lugar que felizes são os humildes de espírito.


A palavra humilde significa pobre relativo aos bens deste mundo, Pobre,
oprimido, miserável, impotente, mendigante (Dicionário Grego).

Os pobres de espírito são os miseráveis na alma, vazios do interior.


Reconhecem que não possuem nada de valor dentro de si. Reconhecem
que precisam de ajuda.

No Antigo Testamento, o Senhor prometera auxílio aos humildes de


espírito: “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o
qual tem o nome de Santo; Habito no alto e santo lugar, mas habito
também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos
abatidos e vivificar o coração dos contritos” (Is 57.15).

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O caráter do cristão deve ser marcado pela humildade de espírito. Este


reconhece que necessita da presença de Deus. Em contrapartida, o
orgulho deve ser dissipado da vida do crente, “ ...porque Deus resiste
aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pe 5.5).

Feliz é o humilde de espírito. Sim, mas por quê? “... porque deles é o
reino dos céus” (Mt 5.3). O discípulo de Cristo deixa tudo para segui-lo
(Mt 4.18-22). Reconhece sua miséria interior. Esvazia-se de tudo. No
entanto, para a surpresa de muitos, o discípulo não perde ao negar o
mundo e a si mesmo. Pelo contrário, ganha o reino dos céus. Como
vimos acima, ele é um recebedor privilegiado do favor divino.

A criança exemplifica o modo de ser do discípulo de Cristo: “ ... Em


verdade vos digo que, se não vos tornardes como crianças, de modo
algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar
como esta criança, esse é maior no reino dos céus” (Mt 18.4).

B) Bem aventurados os que choram, porque serão consolados


(versículo 4).

A palavra chorar neste texto significa estar triste, aflito, chateado


(Dicionário Grego). Duas perguntas são pertinentes neste ponto. Como
uma pessoa é pode ser feliz em tristeza? E qual a razão da tristeza ou
choro referidos no texto?

Podemos responder tais perguntas através de um texto anterior.


Quando Jesus passou para a Galileia, pregou a seguinte mensagem: “
... Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 4.17).

Assim, “os que choram” são os que se arrependem dos seus pecados.
Estes reconhecem a triste condição espiritual que se encontram e se
arrependem por isto.

Jesus sabia o povo a quem foi designado: “Eis que os seus ouvidos
estão incircuncisos e não podem ouvir; eis que a palavra do Senhor é
para eles coisa vergonhosa; não gostam dela” (Jr 6.10).

“Serão envergonhados, porque cometem abominação sem sentir por isso


vergonha; nem sabem que coisa é envergonhar-se” (Jr 6.15).

“... e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração” (Jr 9.26).

O povo de Israel decidiu seguir seus próprios caminhos, e fora rejeitado


por Deus. Entretanto, Deus havia-lhes prometido: “Buscai o Senhor
enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o
perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao

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Senhor, que se compadecerá dele, e volta-se para o nosso Deus, porque


é rico em perdoar” (Is 55.6,7).

Os que choram são os que se arrependem. Mas porque são felizes? “...
porque serão consolados” (Mt 5.4). “Bem-aventurado aquele cuja
iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o
homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não
há dolo” (Sl 32.1,2).

c) Bem aventurados os mansos, porque herdarão a terra


(versículo 5).

A palavra manso neste texto significa gentil, humilde, bondoso, amável


(Dicionário Grego).

Nos tempos de Jesus, o cenário político estava caótico, um tanto


conturbado. O domínio pertencia a Roma. Entre os judeus, alguns
movimentos surgiram em reação ao domínio romano. No cenário
religioso, o judaísmo dividia-se entre os fariseus e os saduceus.
Manifestava-se certa disputa por poder e autoridade em ambas as
esferas sociais.

O início do ministério de Jesus caracterizou-se pela expressão: “... está


próximo o reino dos céus...” (Mt 4.17). Jesus veio inaugurar outro
domínio, onde a gentileza, a humildade, a bondade e a amabilidade
prevalecem. Em contrapartida, o reino dos homens é conturbado, hostil,
cheio de disputas por poder e domínio.

Felizes são os mansos. São aqueles que satisfazem-se com a posição em


Cristo, não requerendo outra posição. Não buscam a recompensa dos
homens, os aplausos, o status. Mas alegram-se por serem do reino.

Esta marca, às vezes pouco refletida, é de difícil aceitação prática, pois


a natureza humana anseia por grandeza, por glória, por domínio.

Em uma ocasião, a mãe de Tiago e João pediu a Jesus que seus dois
filhos se assentassem ao lado do mestre no reino de eterno. A este
pedido, Jesus respondeu: “Não é assim entre vós; pelo contrário, quem
quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem
quiser ser o primeiro entre vós será o vosso servo; tal como o Filho do
Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida
em resgate por muitos” (Mt 20.26-28).

O cristão deve viver a mansidão. Isso significa ter “um coração de


servo”. Certamente, não há nada que se compara ao reino de Jesus.

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Assim, os mansos são felizes, por que receberão a terra por herança.

D) Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque


serão fartos (versículo 6).

Neste versículo, a palavra justiça significa retidão, honestidade,


integridade, fazer o que é direito (Dicionário Grego).

A conduta do discípulo de Cristo tem como alvo a santidade. Seus


passos rumam ao caminho perfeito. O objetivo de sua vida deve ser o
inteiro agrado do Senhor (Cl 1.10).

Os filhos de Deus buscam o agrado de seu Senhor. Por isso Jesus usou
a expressão “fome e sede”. Isto significa que nosso alimento diário é a
vontade do Senhor, ou seja, viver em retidão. A expressão “fome e sede”
traz a ideia de ausência de alimento, condição esta que conduz o
indivíduo a uma procura insaciável pela satisfação do organismo.

Da mesma forma, os que têm fome e sede de justiça reconhecem que


em suas vidas existem áreas onde há ausência de retidão, de
integridade. Assim, o objetivo principal destes é satisfazer tal carência.

Ter fome e sede de justiça implica em:

 Buscar retidão espiritual e moral: “... carregando ele [Jesus]


mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para
que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por
suas chagas, fostes sarados” (1 Pe 2.24).

 Buscar retidão relacional: “Antes de tudo, pois, exorto que se


use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças,
em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que
se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida
tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e
aceitável a diante de Deus” (1 Tm 2.1-3); “Da multidão dos que
creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava
exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo,
porém, lhes era comum... ‘Pois nenhum necessitado havia entre
eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as,
traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos
apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que
alguém tinha necessidade” (At 4.32, 34, 35).

Vivendo desta forma, o cristão é feliz, pois ao ter fome e sede de justiça,
será satisfeito.

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E) Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão


misericórdia (versículo 7).

Neste versículo, os misericordiosos são aqueles que exercem piedade,


praticam atos misericordiosos (Dicionário Grego).

A Igreja é a verdadeira “santa casa de misericórdia”. Jesus, o cabeça da


Igreja, o Senhor dos discípulos, é misericordioso. Referimo-nos
anteriormente sobre o ministério de Jesus na Galiléia: “Percorria Jesus
toda a Galileia, ensinado nas sinagogas, pregando o evangelho do reino
e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua
fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes,
acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados,
lunáticos e paralíticos. E ele os curou” (Mt 4.23-25).

Ser misericordioso é exercer compaixão pelos aflitos: “E percorria Jesus


todas as cidades e povoados, ensinado nas sinagogas, pregando o
evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades.
Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e
exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.35,36).

O caráter do cristão é composto por misericórdia. Como discípulo de


Cristo, ele se identifica com a miséria alheia.

A realidade atual é caracterizada por extrema crueldade, egoísmo e


impiedade. Atos de misericórdia são raros. As pessoas estão feridas,
cansadas, aflitas e angustiadas. O reino do mundo condiciona seus
cidadãos a tais circunstâncias.

No entanto, os discípulos de Cristo pertencem ao reino de Deus. Neste,


a misericórdia é exalada por toda parte. Não há egoísmo, mas
altruísmo. Não há ganância, mas compaixão.

Felizes são os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

F) Bem- aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus


(versículo 8).

A palavra limpo de coração significa ter pureza no coração (vontade) e na


mente (pensamentos) (Dicionário Grego).

Se os limpos de coração são felizes, como então ser limpo? Lembremo-


nos de algumas acusações de Jesus acerca dos religiosos: “Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do
prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!
Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu

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exterior fique limpo! Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque


sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram
belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda
imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos
homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade
(Mt 23.25-28).

Os fariseus formavam o grupo religioso judaico mais rigoroso quanto à


lei de Moisés. Humanamente falando eram impecáveis. Entretanto,
foram rejeitados por Jesus por causa da hipocrisia, por não cumprirem
a lei de Deus: amar a Deus e amar o próximo.

Quem então são os limpos de coração? Ou como ser limpo de coração?


Segundo Jesus, o homem é limpo pela Palavra de Deus: “Vós já estais
limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu
permanecerei em vós” (Jo 15.3,4).

Também está escrito: “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa


obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido,
amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes
regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante
a palavra de Deus, a qual vive e é perfeitamente” (1 Pe 1.22).

Nada que tentemos fazer mudará nosso coração corrupto. No entanto,


quando nos lançamos à lei de Deus, somos purificados por sua palavra:
“A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é
fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e
alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos.
O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre; os juízos do
Senhor são verdadeiros e todos igualmente, justos” (Sl 19.7-9).

Os limpos de coração são os obedientes da palavra do Senhor.


“Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade,
acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa
para salvar a vossa alma. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não
somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos... “Mas aquele que
considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela
persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse
será bem-aventurado no que realizar” (Tg 1.19-22,25).

Sozinhos não conseguimos nos purificar. Quando, porém, lutamos por


obedecer a Palavra, o próprio Deus nos levará a experimentar sua boa,
perfeita e agradável vontade.

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Oremos como Davi: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova


dentro de mim um espírito inabalável” (Sl 51.10).

Os limpos de coração são felizes, porque verão a Deus.

G) Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados


filhos de Deus (versículo 9).

O substantivo pacificador neste texto significa aquele que faz a paz


(Dicionário Grego).

Por que os filhos de Deus são pacificadores? Vejamos alguns textos, a


fim de compreender tal característica:

“E por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os


entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas
inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade;
possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo
difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos,
presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos,
pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia” (Rm 1.28-31).

“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: ... inimizades, porfias,


ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas... não herdarão o
reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gl 5.20,21).

As marcas descritas acima são pertinentes aos que são dominados pela
carne.

Em contrapartida, os filhos de Deus são pacificadores porque são


guiados pelo Espírito Santo: “Mas o fruto do Espírito é... paz...” (Gl
5.22).

“... abençoai os que vos perseguem, abençoais e não amaldiçoeis... Não


torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante
todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com
todos os homens” (Rm 12.14,17).

Felizes são os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.

H) Bem- aventurados os perseguidos... (versículos 10 a 12).

Nestes dois versículos, o teor principal é o sofrimento. Os que sofrem


por amor a Jesus são pessoas felizes. Devem regozijar-se por isso, pois
receberão de Deus grande galardão nos céus.

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Segundo o texto, os crentes podem ser vitimas de perseguição por


amarem a Jesus e a santidade. Não concordam com as coisas erradas.
Desprezam o mundo e suas ofertas. São luzeiros no mundo caótico e
entenebrecido.

Disse Jesus: “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados


de todas as nações, por causa do meu nome” (Mt 24.8,9).

Vivemos os últimos dias da Igreja na terra. Segundo Jesus, serão dias


difíceis. Entretanto, vamos nos alegrar, porque grande promessa nos
aguarda:

“Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de


vestiduras brancas, quem são e donde vieram? Respondi-lhe: meu
Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da
grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue
do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e o
servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no
trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca
mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o
Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará
para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda
lágrima” (Ap 7.13-17).

Aproximamo-nos do final dos tempos. Segundo os textos referidos, é


provável que a perseguição nos atinja. Poderemos sofrer açoites,
restrição de alimentos, pressões psicológicas e até homicídios.
Entretanto, somos extremamente felizes, porque herdaremos o reino
dos céus e lá receberemos grande galardão.

Conclusão

Os versículos estudados nos ensinaram marcas essenciais do caráter


cristão. A conduta dos servos de Deus deve contemplar as
características afirmadas por Jesus neste trecho bíblico.

Lembremo-nos de que a expressão “bem-aventurados” significa bendito,


feliz, usualmente no sentido de recebedor privilegiado do favor divino.
(Dicionário Grego).

Os que conduzem a vida segundo as leis de Cristo jamais são


prejudicados. Pelo contrário, são privilegiados. São recebedores de
presentes que ninguém pode adquirir sozinho. São privilegiados por
pertencerem ao grupo dos discípulos, e não da imensa multidão.

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Por serem discípulos, aprendem do mestre. Não vivem mais segundo as


leis do mundo, pois pertencem a outro reino, onde o temor a Deus
prevalece acima de qualquer pensamento.

Realmente, como são felizes os que temem ao Senhor. Estes recebem o


privilégio de aprender com Jesus. Foram escolhidos para experimentar
o favor de Deus. Apesar de perderem nesta terra, ganharão
infinitamente nos céus.

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