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O REINO DE DEUS

O que é, Onde está e Quando Virá o Reino?

A
ESPERANÇA DA
RESSURREIÇÃO
Aula 6

INTRODUÇÃO
O objetivo desta aula é que, seguindo este ensinamento, você
ganhe clareza para se juntar à esperança messiânica de um reino
vindouro (isto é, a restauração da criação e do corpo, e o reino
escatológico de justiça).
Nesta aula, especificamente, trataremos sobre o destino celestial
(um reino imaterial, teórico, nas nuvens, onde passaremos a eter-
nidade) e a esperança da ressurreição do corpo. Veremos que o
destino celestial para nós não se encontra nas Escrituras, mas a res-
surreição do corpo sim. É de crucial importância entender como
distingui-los, assim como também distinguir o Reino Universal de
Deus do Reino Messiânico:

1. Destino celestial – O destino celestial é o platonismo maquiado


com a linguagem da ressurreição do corpo. Esta ideia foi concluída
na Escola Catequética de Alexandria, no Egito, fundada por vol-
ta de 190 d.C. Um dos ideais do platonismo é que a alma está

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acorrentada à escravidão do corpo e anseia por fugir para o reino


inteligível (imaterial) ou para um estado de êxtase. Assim a ressurrei-
ção do corpo, após a morte, por ser física e material, tornou-se algo
que divergia desse ideal platônico. Pelo fato de toda a matéria ser
vista como sendo existencialmente má, a restauração da Criação foi
substituída pelo Aniquilacionismo. Assim, para a maioria das igrejas
que possuem a ideia de um destino celestial, a bendita esperança
do retorno de Jesus é um sinônimo da aniquilação de sua Criação
(o que não é muito esperançoso).

2. Ressurreição do corpo – É a esperança hebraica de uma


ressurreição física e corporal dos justos, para herdar as promessas
da aliança de Deus (uma terra, o reino messiânico, a glória do SE-
NHOR etc.). O céu não é a morada eterna do homem, mas um
lugar de espera para os justos que estão mortos. Estes continuam
sua jornada no céu, esperando pela bendita esperança da vinda
do Senhor. Apenas para esclarecer, a ressurreição do corpo não
deve ser confundida com o milagre dos mortos sendo ressuscita-
dos. Aqueles que foram milagrosamente ressuscitados dos mortos
acabaram morrendo novamente. Em contraste, Jesus é o primogê-
nito dos mortos porque foi o primeiro a receber um corpo glorioso,
indestrutível e ressurreto. O milagre de mortos sendo levantados
é um sinal que aponta para a ressurreição dos justos no Dia do
Senhor.

Esperança de um Destino Celestial


X
Esperança da Ressurreição do Corpo

a. Cronograma: Atualmente, os santos que morrem herdarão


seu destino celestial.
b. Orientação: Para o céu (o céu é visto como um reino celes-
tial e etéreo, não como a morada de Deus).
c. Forma: Imaterial; incorpórea.
d. Meio de entrada: Recite a “oração do pecador”, e morra.
e. Escatologia: Aniquilação da Criação (reino material) na se-
gunda vinda de Jesus.

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f. Impacto na fé: Se a Criação vai ser aniquilada, ela não pos-


sui valor inerente. Isso minimiza a profundidade da miseri-
córdia revelada ao pecado, produzindo uma fraca resposta
de amor. Em termos de discipulado, os crentes não podem
interagir com um destino imaterial sem praticamente se des-
vincular de sua fé (que é muito celestial para qualquer be-
nefício terreno – como você se prepara para a vida imaterial
em uma nuvem?) ou abandonar completamente a fé (satis-
fazer a carne agora e fazer a “oração do pecador”, antes de
morrer).

2. Esperança da ressurreição do corpo:

a. Cronograma: Futuro, todos os justos serão ressuscitados no


Dia do Senhor.
b. Orientação: Terra (você não herdará o reino do Messias, a
menos que seja nascido de novo).
c. Forma: Material, físico, corporal, corpóreo.
d. Meios de entrada: A expiação do Messias nos concedeu o
Espírito Santo, este ressuscitará nosso corpo.
e. Escatologia: Restauração da Criação na segunda vinda de
Jesus.
f. Impacto na fé: Os crentes veem a continuidade da vida e
procuram alcançar a esperança da ressurreição caminhando
de maneira digna do reino vindouro.

A Esperança da Restauração da Criação


“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que os
vossos pecados sejam apagados, de modo que da
presença do Senhor venham tempos de refrigério,
e ele envie o Cristo, que já vos foi predeterminado,
Jesus. É necessário que o céu o receba até o tem-
po da restauração de todas as coisas, sobre as quais
Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde
o princípio.” (At 3.19-21 – A21)

“Então Jesus lhes disse: Em verdade digo a vós que


me seguistes que, na regeneração, quando o Filho
do homem se assentar em seu trono glorioso, vós

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também vos assentareis em doze tronos, para julgar


as doze tribos de Israel.” (Mt 19.28 – A21)

“Pois crio novos céus e nova terra; e as coisas passa-


das (o mal, a era presente, a morte, o sofrimento) não
serão lembradas, nem serão mais recordadas. Mas
alegrai-vos e regozijai-vos para sempre no que eu
crio (contexto de bênção e alegria normalmente diz
respeito à ressurreição); porque crio alegria para Je-
rusalém e júbilo para o seu povo.” (Is 65.17,18 – A21)

UMA PESQUISA BÍBLICA SOBRE BÊNÇÃOS


“E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os criou. Então Deus
os abençoou e lhes disse...” (Gn 1.27,28a – A21)

“(...) maldita é a terra por tua causa; com sofrimento


comerás dela todos os dias da tua vida. Ela te produ-
zirá espinhos e ervas daninhas; e terás de comer das
plantas do campo. Do suor do teu rosto comerás o
teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste tirado;
porque és pó, e ao pó tornarás.” (Gn 3.17b-19 – A21)
OBS: A reversão da bênção da vida é a maldição da morte.

“E farei de ti uma grande nação, te abençoarei e


engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei
quem te amaldiçoar (bênçãos e maldições em seu
sentido último têm haver com herdar a ressurreição
ou o lago de fogo); e todas as famílias da terra serão
abençoadas por meio de ti.” (Gn 12.2,3 – A21)

“Prevendo a Escritura que Deus justificaria pela fé os


gentios, anunciou primeiro as boas novas a Abraão:
‘Por meio de você todas as nações serão abençoa-
das’. Assim, os que são da fé são abençoados junta-
mente com Abraão, homem de fé. (...) Cristo nos re-
dimiu da maldição da lei quando se tornou maldição
em nosso lugar, pois está escrito: ‘Maldito todo aquele
que for pendurado num madeiro’. Isso para que em
Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse também

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aos gentios, para que recebêssemos a promessa do


Espírito mediante a fé.” (Gl 3.8-14 – NVI)

“Bem-aventurados [abençoados] os pobres em espí-


rito, pois deles é o reino do céu. Bem-aventurados os
que choram, pois serão consolados. Bem-aventura-
dos os humildes, pois herdarão a terra. Bem-aventu-
rados os que têm fome e sede de justiça, pois serão
saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, pois
alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos
de coração, pois verão a Deus. Bem-aventurados os
pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da jus-
tiça, pois deles é o reino do céu.” (Mt 5.3-10 – A21)

“Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo sal-


vação a todos os homens e ensinando-nos para que,
renunciando à impiedade e às paixões mundanas,
vivamos neste mundo de maneira sóbria, justa e pie-
dosa, aguardando a bendita esperança e o apare-
cimento da glória do nosso grande Deus e Salvador,
Cristo Jesus, que se entregou a si mesmo por nós para
nos remir de toda a maldade e purificar para si um
povo todo seu, consagrado às boas obras.”
(Tt 2.11-14 – A21)

UMA PESQUISA BÍBLICA SOBRE A


RESSURREIÇÃO
1. A esperança de Jó através da aflição:

“Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por


fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida
a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a
Deus [na ressurreição], vê-lo-ei, por mim mesmo, e os
meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso
os meus rins se consomem no meu interior.”
(Jó 19.25-27 – ACF)

“Porque agora vemos como por um espelho, de modo


obscuro, mas depois veremos face a face. Agora co-
nheço em parte, mas depois conhecerei plenamente,

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assim como também sou plenamente conhecido.”


(1 Co 13.12 – A21)

2. A esperança dos profetas:

“Aniquilará a morte para sempre, e assim o SENHOR


Deus enxugará as lágrimas de todos os rostos e tirará
de toda a terra a humilhação do seu povo; porque o
SENHOR o disse. Naquele dia, se dirá: Este é o nosso
Deus; temos esperado nele para que nos salve. Este é
o SENHOR; temos esperado nele; nós exultaremos e
nos alegraremos na sua salvação.” (Is 25.8,9 – A21)

“Não sabes? Não ouviste que o eterno Deus [um con-


traste direto com a mensagem de que toda a carne é
como a relva, nos versos 6 e 7], o SENHOR, o Criador
dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? O
seu entendimento é insondável. Ele dá força ao can-
sado e fortalece o que não tem vigor. Os jovens se
cansarão e se fatigarão, e os moços cairão, mas os
que esperam no SENHOR [o Dia do SENHOR] renova-
rão suas forças; subirão com asas como águias; corre-
rão e não se cansarão; andarão e não se fatigarão.”
(Is 40.28-31 – A21)

3. Assim como a âncora da mulher, através das dores do trabalho


de parto, é a esperança de uma criança; nossa âncora como
crentes, através da luta dos eventos do fim dos tempos, é a
esperança da ressurreição:

“Ó SENHOR, diante de ti fomos como a mulher


grávida, que tem dores de parto e dá gritos de dor
quando está para dar à luz! Engravidamos e tive-
mos dores de parto, mas demos à luz o vento; não
pudemos livrar a terra, nem demos à luz moradores
do mundo. Os teus mortos viverão, os seus corpos
ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no
pó. O teu orvalho é orvalho de luz, e a terra dará à luz
os seus mortos.” (Is 26.17-19 – A21)

“Com vestes santas, teu povo se apresentará de livre


vontade no dia das tuas batalhas; teus jovens serão
como orvalho ao amanhecer [orvalho como uma

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analogia da ressurreição, a noite como sendo uma


imagem desta era presente e má, e a nova aurora
uma imagem da era vindoura].” (Sl 110.3 – A21)

“A mulher, quando está para dar à luz, sente dores


porque a sua hora chegou. Mas, depois de ter dado à
luz a criança, já não se lembra do sofrimento, diante
da alegria de ter trazido um ser humano ao mundo.
Assim, também vós agora estais tristes; mas eu vos ve-
rei de novo, e o vosso coração se alegrará, e ninguém
tirará a vossa alegria.” (Jo 16.21,22 – A21)

4. A esperança de Abraão na ressurreição:

“Pela fé, Abraão, quando provado, ofereceu Isaque


para ser sacrificado; sim, aquele que havia recebido
as promessas estava a ponto de oferecer seu único fi-
lho, sobre o qual se havia falado: Em Isaque será con-
tada a tua descendência. Ele considerou que Deus
era poderoso até para o ressuscitar dos mortos e,
assim, também, simbolicamente o recuperou.”
(Hb 11.17-19 – A21)

5. A esperança do rei Davi na ressurreição:

Esta é uma profecia muito interessante. A ressurreição de Jesus agiu


como uma espécie de primícias, assegurando a ressurreição do pró-
prio Davi (Rm 8.29; 1 Co 15.13,14).

“Por isso, meu coração se alegra e meu espírito se re-


gozija; até mesmo meu corpo habitará seguro. Pois
não deixarás a minha vida no túmulo, nem permiti-
rás que teu santo sofra deterioração. Tu me farás co-
nhecer o caminho da vida; na tua presença há pleni-
tude de alegria (alegria e regozijo estão diretamente
relacionados à ressurreição); à tua direita há eterno
prazer.” (Sl 16.9-11 – A21)

6. Os ensinamentos de Jesus sobre a ressurreição:

“Em verdade, em verdade vos digo que virá a hora,


e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Fi-
lho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Pois assim

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como o Pai tem vida em si mesmo, assim também


concedeu ao Filho ter vida em si mesmo; e deu-lhe
autoridade para julgar, pois ele é o Filho do homem.
Não vos admireis disso, porque virá a hora em que
todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz
e sairão; os que tiverem feito o bem, para a ressur-
reição da vida, e os que tiverem feito o mal, para a
ressurreição da condenação.” (Jo 5.25-29 – A21)

“Disse-lhe Marta: Sei que ele (Lázaro) ressuscitará na


ressurreição, no último dia. Jesus declarou: Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que
morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim,
jamais morrerá. Crês nisso?” (Jo 11.24-26 – A21)

7. A esperança dos apóstolos na ressurreição:

“Enquanto eles estavam falando ao povo, chegaram


os sacerdotes, o capitão dos guardas do templo e os
saduceus, muito incomodados porque os discípulos
ensinavam o povo e anunciavam em Jesus a ressur-
reição dentre os mortos.” (At 4.1,2 – A21)

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus


Cristo, que nos regenerou [nos fez nascer de novo]
para uma viva esperança, segundo a sua grande mi-
sericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os
mortos, para uma herança que não perece, não se
contamina nem se altera, reservada nos céus para vós
[nossas recompensas estão fisicamente localizadas no
Céu neste momento], que sois protegidos pelo poder
de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada
para se revelar no último tempo [O Dia do SENHOR].”
(1 Pe 1.3-5 – A21)

“pois morrestes, e a vossa vida está escondida com


Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida,
se manifestar, também vos manifestareis com ele em
glória.” (Cl 3.3,4 – A21)

“Sabei antes de tudo que nos últimos dias virão zom-


badores com sua zombaria, andando de acordo com
seus próprios desejos, dizendo: Onde está a promessa

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da sua vinda? Porque, desde que os pais morreram,


todas as coisas permanecem como desde o princí-
pio da criação. Pois de propósito ignoram que, des-
de a Antiguidade, pela palavra de Deus existiram os
céus e a terra, e esta foi tirada da água e através da
água. Foi pelas águas que o mundo daquela época
foi destruído pelo dilúvio. Mas, pela mesma palavra,
os céus e a terra de agora têm sido guardados para o
fogo, reservados para o dia do juízo e da destruição
dos homens ímpios. (...) Contudo, o dia do Senhor virá
como ladrão, no qual os céus passarão com grande
estrondo, e os elementos, queimando, se dissolverão,
e a terra e as obras que nela há serão descobertas.”
(2 Pe 3.3-7,10 – A21)

8. As primícias da ressurreição:

“Pois os que conheceu por antecipação, também os


predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho (conforme o Seu corpo ressurreto), a fim de que
ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”
(Rm 8.29 – A21)

“ele também é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o


princípio, o primogênito dentre os mortos, para que
em tudo tenha o primeiro lugar.” (Cl 1.18 – A21)

“Mas, na verdade, Cristo ressuscitou dentre os mor-


tos, sendo ele o primeiro entre os que faleceram.
Porque, assim como a morte veio por um homem,
também por um homem veio a ressurreição dos mor-
tos. Pois, assim como em Adão todos morrem, do mes-
mo modo em Cristo todos serão vivificados. Cada um,
porém, na sua vez: Cristo primeiro, e depois os que
lhe pertencem na sua vinda.” (1 Co 15.20-23 – A21)

“Amados, somos filhos de Deus, e ainda não se ma-


nifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a
ele, pois o veremos como ele é. E todo o que tem
nele essa esperança purifica a si mesmo, assim como
ele é puro.” (1 Jo 3.2,3 – A21)

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9. Apegando-nos à esperança da ressurreição:

“Mas declaro-te que, segundo o Caminho, a que cha-


mam de seita, sirvo o Deus de nossos pais e creio em
tudo o que está escrito na Lei e nos Profetas, tendo
esperança em Deus, como estes mesmos também
têm, de que haverá ressurreição tanto dos justos
como dos injustos. Por isso, procuro sempre ter uma
consciência inculpável diante de Deus e dos ho-
mens” (At 24.14-16 – A21)

“para conhecer Cristo, e o poder da sua ressurreição, e


a participação nos seus sofrimentos, identificando-me
com ele na sua morte, para ver se de algum modo
consigo chegar à ressurreição dos mortos. Não que
eu já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas
vou prosseguindo, procurando alcançar aquilo para
que também fui alcançado por Cristo Jesus.”
(Fp 3.10-12 – A21)

“Porque, se fomos unidos a ele na semelhança da sua


morte, certamente também o seremos na semelhan-
ça da sua ressurreição.” (Rm 6.5 – A21)

“Algumas mulheres receberam pela ressurreição os


seus mortos. Alguns foram torturados e não aceitaram
ser livrados, para alcançar uma melhor ressurreição”
(Hb 11.35 – A21)

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cris-


to, que nos regenerou para uma viva esperança, se-
gundo a sua grande misericórdia, pela ressurreição
de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança
que não perece, não se contamina nem se altera,*
reservada nos céus para vós, que sois protegidos pelo
poder de Deus, mediante a fé, para a salvação prepa-
rada para se revelar no último tempo. Nisso exultais,
ainda que agora sejais necessariamente afligidos por
várias provações por um pouco de tempo, para que
a comprovação da vossa fé, mais preciosa do que
o ouro que perece, embora provado pelo fogo, re-
dunde em louvor, glória e honra na revelação de
Jesus Cristo. Pois, sem tê-lo visto, vós o amais e, sem

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vê-lo agora, crendo, exultais com alegria inexprimí-


vel e cheia de glória, alcançando o objetivo da vossa
fé, a salvação da vossa alma [a ressurreição de seus
corpos].” (1 Pe 1.3-9 – A21)

10. A glória da ressurreição:

“Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se


um corpo perecível e ressuscita imperecível; semeia-
-se em desonra e ressuscita em glória; semeia-se em
fraqueza e ressuscita em poder. Semeia-se um corpo
natural e ressuscita um corpo espiritual. Se há corpo
natural, há também corpo espiritual [do Espírito Santo,
e não imaterial].” (1 Co 15.42-44 – A21)

“Eu vos digo um mistério: Nem todos iremos falecer,


mas todos seremos transformados, num momento,
num abrir e fechar de olhos, ao som da última trom-
beta. Porque a trombeta soará, e os mortos ressusci-
tarão imperecíveis, e nós seremos transformados. (...)
Mas, quando o que perece se revestir do que é im-
perecível, e o que é mortal se revestir do que é imor-
tal, então se cumprirá a palavra escrita: Onde está, ó
morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu agui-
lhão?” (1 Co 15.51,52,54,55 – A21)

“Mas a nossa pátria está no céu, de onde também


aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que
transformará o corpo da nossa humilhação, para ser
semelhante ao corpo da sua glória, pelo seu poder
eficaz de sujeitar a si todas as coisas.”
(Fp 3.20,21 – A21)

11. Espírito Santo – O agente e o penhor da ressurreição:

“E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus den-


tre os mortos habita em vós, aquele que ressuscitou
Cristo Jesus dentre os mortos há de dar vida também
aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito, que em
vós habita. (...) O próprio Espírito dá testemunho ao
nosso espírito de que somos filhos de Deus. Se somos
filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus
e coerdeiros de Cristo, se é certo que sofremos com

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ele, para que também com ele sejamos glorificados.


(...) Pois a criação aguarda ansiosamente a revelação
dos filhos de Deus [o homem glorificado, assim como
Adão em sua glória original]. (...); e não somente ela,
mas também nós, que temos os primeiros frutos do
Espírito, também gememos em nosso íntimo, aguar-
dando ansiosamente nossa adoção, a redenção do
nosso corpo. Porque fomos salvos na esperança.”
(Rm 8.11,16,17,19,23,24a – A21)

“Nele também fomos feitos herança, predestinados


conforme o propósito daquele que faz todas as coisas
segundo o desígnio da sua vontade, a fim de sermos
para o louvor da sua glória, nós, os que antes haví-
amos esperado em Cristo. Nele, também vós, tendo
ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa
salvação, e nele também crido, fostes selados com
o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da
nossa herança [o corpo ressurreto], para a redenção
da propriedade de Deus, para o louvor da sua glória.”
(Ef 1.11-14 – A21)

“Pois, tantas quantas forem as promessas de Deus,


nele está o sim. Portanto, também é por meio dele
que o amém é dado para a glória de Deus por nos-
so intermédio. Mas é Deus quem nos mantém firmes
convosco em Cristo, e foi ele quem nos ungiu. Foi ele
também quem nos selou e pôs o Espírito como ga-
rantia em nosso coração [garantia da ressurreição de
nossos corpos e restauração de todas as coisas].”
(2 Co 1.20-22 – A21)

“Porque, enquanto estamos nessa tenda [o corpo des-


ta morte – Romanos 7:24], gememos e somos afligi-
dos, pois não queremos ser despidos, mas sim revesti-
dos, para que aquilo que é mortal seja absorvido pela
vida. Foi Deus mesmo quem nos preparou para isso, e
deu-nos o Espírito como garantia.” (2 Co 5.4,5)

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CONCLUSÃO

a. A bendita esperança da aparição de Jesus não é o destino


celestial dos santos e a aniquilação da Criação. Em vez disso,
é a ressurreição do corpo e a restauração da Criação.
b. O destino celestial não é uma ideia bíblica, mas uma ideia
cristo-platônica. Uma esperança inferior produzirá uma fé
inferior.
c. O tema da ressurreição do corpo pode ser traçado desde
Adão até Jó, desde Abraão, Davi e os profetas até Jesus, os
apóstolos e a igreja primitiva.
d. A partir do século 3, com o surgimento do gnosticismo, o
destino celestial foi introduzido na Igreja e canonizado atra-
vés dos escritos dos pais da igreja, após o Concílio de Niceia.
e. A esperança bíblica da ressurreição é garantida e assegurada
pelo derramamento do Espírito Santo.

“E não somente isso, mas também nos gloriamos nas


tribulações; sabendo que a tribulação produz perse-
verança, e a perseverança, a aprovação, e a apro-
vação, a esperança; e a esperança não causa de-
cepção, visto que o amor de Deus foi derramado em
nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
(Rm 5.3-5 – A21)

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