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Quais São as “Boas


Novas” Que os
Cristãos Devem
Pregar?
 agosto 4, 2020  Gordon Coulson  3662

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 Eu admito que os fabricantes de


sistemas e seus seguidores
inventem e usem as distinções
que quiserem e chamem as coisas
pelos nomes que acharem bom.
Mas não posso permitir a eles,
nem a qualquer homem, a
autoridade de fazer uma religião
para mim ou alterar o que Deus
revelou. (John Locke, A
Razoabilidade do Cristianismo –
1695).

Os cristãos receberam de Jesus Cristo o


mandamento de fazer discípulos de todas
as nações, e esperar pacientemente pelo
retorno dele. (Mat. 28:18-20). Mas, para se
fazer discípulos, precisamos de uma
mensagem para proclamar (Romanos
10:14). Que mensagem é essa? O que a
Bíblia diz sobre este Evangelho (boas
novas) que temos de declarar? Se formos
cristãos bíblicos, determinar o conteúdo
desta mensagem é vital. Temos de ter
cuidado de pregar a mesma mensagem
que Jesus e seus apóstolos pregaram —
nem acrescentando nem tirando algo dela.

Infelizmente, através da história e em


nossa época, os homens desenvolveram o
que eles acreditam serem teologias
corretas, e apontam para o seu sistema
como o Evangelho, afirmando na prática,
“Isto é o que a Bíblia ensina. Acredite em
meu sistema teológico e você será salvo.”
Eles sugerem que a interpretação deles,
não a Bíblia exclusivamente, é que é a
“Verdade”. Para todos os efeitos, eles
criaram um ídolo – seus sistema religioso,
outro mediador além de Cristo – e alegam
que este sistema serve para poupar
esforços.

Outros fazem o contrário, pregando só


uma parte do Evangelho. Eles nos dizem
que Jesus morreu por nossos pecados, e
que devemos nos arrepender e aceitá-lo
como Salvador. Este é um ensinamento
bíblico essencial, mas eles não nos falam
sobre o Reino de Deus e qual o papel que
Jesus tem nele. É retido de nós o fato de
que este Reino governará a terra e trará
indescritíveis bênçãos de Deus para a
humanidade. Isto é surpreendente,
considerando-se que Jesus pregou
extensamente sobre o Reino de Deus (ou
Reino do Céu, uma expressão
equivalente).

O Evangelho completo, conforme


registrado na Bíblia, é um anúncio
simples, mas profundo. Jesus é o Messias,
ou Cristo, o Rei do Reino de Deus, que
morreu como um sacrifício de resgate por
nossos pecados. Ele foi ressuscitado por
Deus, e está agora assentado à direita de
seu Pai nos céus. Ele um dia voltará em
glória para reinar sobre a terra e julgar a
humanidade. Seu propósito é reconciliar
todas as coisas novamente com Deus, seu
Pai, recuperando o que Adão perdeu.

Isto constitui essencialmente o Evangelho


ou boas novas. Para a salvação, exige-se
apenas que acreditemos que Jesus é o
Messias prometido, achegando-nos a ele
com um coração arrependido, aceitando-o
como nosso Senhor e Salvador, e
comprometendo-nos a fazer a vontade de
Deus. A Bíblia certamente ensina muitas
outras coisas, mas todos os outros
ensinamentos bíblicos do Novo
Testamento são baseados nesta fundação
firme e primária: que Jesus é o Cristo.
Estas outras coisas podem melhorar nosso
entendimento e apreciação de Deus e Seus
propósitos, mas nossa salvação não
depende delas.

Porque ninguém pode colocar outro


alicerce além do que já está posto, que é
Jesus Cristo. (1 Coríntios 3:11)

O Evangelho Que Jesus Pregou

Jesus sempre fez do Reino de Deus o foco


de seu ensino.

 “O tempo é chegado”, dizia ele. “O


Reino de Deus está próximo.
Arrependam-se e creiam nas boas
novas!” (Marcos 1:15)
 Depois disso Jesus ia passando
pelas cidades e povoados
proclamando as boas novas do
Reino de Deus. (Lucas 8:1)
 … e os enviou a pregar o Reino de
Deus e a curar os enfermos.
(Lucas 9:2)

O que é o Reino de Deus? É o próprio reino


pelo qual os judeus estavam esperando,
com base no conhecimento que tinham
das Escrituras Hebraicas, a saber: que
Deus lhes enviaria seu Filho, o Messias ou
Cristo (expressões equivalentes), e ele
governaria sobre todas as nações em
justiça. O Messias daria início a uma nova
era de paz, justiça e bênçãos espirituais
nunca antes vistas na Terra. Como judeus,
os primeiros discípulos de Jesus estavam
familiarizados com as profecias
messiânicas que descreviam o reino, como
as seguintes:

 Proclamarei o decreto do Senhor:


Ele me disse: “Tu és meu filho; eu
hoje te gerei. Pede-me, e te darei
as nações como herança e os
confins da terra como tua
propriedade. Tu as quebrarás
com vara de ferro e as
despedaçarás como a um vaso de
barro”. Por isso, ó reis, sejam
prudentes; aceitem a advertência,
autoridades da terra. Adorem ao
Senhor com temor; exultem com
tremor. Beijem o filho, para que
ele não se ire e vocês não sejam
destruídos de repente, pois num
instante acende-se a sua ira.
Como são felizes todos os que
nele se refugiam! (Salmos 2:7-12)
 Um ramo surgirá do tronco de
Jessé, e das suas raízes brotará
um renovo. O Espírito do Senhor
repousará sobre ele, o Espírito
que dá sabedoria e entendimento,
o Espírito que traz conselho e
poder, o Espírito que dá
conhecimento e temor do Senhor.
E ele se inspirará no temor do
Senhor. Não julgará pela
aparência, nem decidirá com base
no que ouviu; mas com retidão
julgará os necessitados, com
justiça tomará decisões em favor
dos pobres. Com suas palavras,
como se fossem um cajado, ferirá
a terra; com o sopro de sua boca
matará os ímpios. A retidão será
a faixa de seu peito, e a fidelidade
o seu cinturão. O lobo viverá com
o cordeiro, o leopardo se deitará
com o bode, o bezerro, o leão e o
novilho gordo pastarão juntos; e
uma criança os guiará. A vaca se
alimentará com o urso, seus
filhotes se deitarão juntos, e o
leão comerá palha como o boi. A
criancinha brincará perto do
esconderijo da cobra, a criança
colocará a mão no ninho da
víbora. Ninguém fará nenhum
mal, nem destruirá coisa alguma
em todo o meu santo monte, pois
a terra se encherá do
conhecimento do Senhor como as
águas cobrem o mar. (Isaías 11:1-
9)

Estas profecias nas Escrituras Hebraicas, e


muitas outras como elas, apontavam para
Cristo, que seria um descendente, ou um
“ramo do tronco de Jessé”, o pai do rei
Davi. Isto se cumpriu no nascimento de
Jesus Cristo (Mat. 1:6, Luc. 3:31). Elas
também descreveram as condições
paradisíacas na terra sob o Reino de Deus.

Durante seu ministério terrestre, Jesus


Cristo anunciou que “o reino de Deus está
no meio de vós” (Luc 17:21, Sociedade
Bíblica Britânica). Ele podia dizer isso,
porque ele era o rei daquele reino. Do
tempo de Jesus em diante, conhecido
como a Era do Evangelho, os cristãos
seriam parte desse reino sob Cristo (Col.
1:13), embora ele ainda não tenha sido
estabelecido na terra. Ele iria ‘dominar no
meio de seus inimigos’ (Sal 110:2, Almeida
Revisada), já que o mundo ainda não
estaria sob o controle do Reino de Deus (2
Cor. 4:4). A tarefa dos discípulos de Jesus
seria representá-lo como embaixadores (2
Cor. 5:20) e pregar as boas novas e fazer
discípulos (Mat. 28:19, 20). Eles deveriam
permanecer moral e politicamente
separados do mundo (João 17:16, 18:36) e
esperar pacientemente pelo retorno de
seu Senhor (1 Tim. 6:13-16, Mat. 24:13).
Assim, o Reino de Deus seria
implementado em duas fases: a primeira
durante a Era do Evangelho, quando Jesus
iria conduzir seus verdadeiros discípulos,
e, por fim, em seu retorno, quando o Reino
governaria sobre toda a terra,
substituindo os governos dos homens
(Dan 2:44). Neste momento seus discípulos
governariam com ele (Mat. 19:28, Luc.
22:30), conforme as Escrituras Hebraicas
haviam profetizado (Dan 7:18).

Portanto, este era o Messias bíblico.


Infelizmente, a maioria das pessoas não o
reconheceu. Porém, os cristãos o
reconhecem e aceitam alegremente sua
liderança. Eles aguardam ansiosamente
seu retorno em glória, quando ele
governará sobre toda a terra e julgará a
humanidade em justiça e retidão. Daí, sua
oração-modelo finalmente se cumprirá:

 Vocês, orem assim: ‘Pai nosso,


que estás nos céus! Santificado
seja o teu nome. Venha o teu
Reino; seja feita a tua vontade,
assim na terra como no céu.
(Mateus 6:9-10)

Jesus ensinou também que ele é o único


mediador entre Deus e os homens:

 Respondeu Jesus: “Eu sou o


caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vem ao Pai, a não ser
por mim.” (João 14:6)

No entanto, seria após sua glorificação


que o ensino fundamental de seu
sacrifício de resgate pelos pecados, e seu
papel exclusivo de mediador seria
revelado em detalhes. Jesus Cristo nos
ensinaria isso por meio de seus apóstolos,
após o primeiro derramamento do
Espírito Santo sobre eles no dia do
Pentecostes (Atos 2:1-4).

O Evangelho Pregado Pelos Apóstolos

No livro de Atos, observamos que os


discípulos, além de pregar o Reino,
deixaram clara a necessidade de se aceitar
Jesus como o Cristo, conforme Jesus havia
deixado implícito nos evangelhos:

 No entanto, quando Filipe lhes


pregou as boas novas do Reino de
Deus e do nome de Jesus Cristo,
creram nele, e foram batizados,
tanto homens como mulheres.
(Atos 8:12)
 Assim combinaram encontrar-se
com Paulo em dia determinado,
indo em grupo ainda mais
numeroso ao lugar onde ele
estava. Desde a manhã até à
tarde ele lhes deu explicações e
lhes testemunhou do Reino de
Deus, procurando convencê-los a
respeito de Jesus, com base na Lei
de Moisés e nos Profetas. (Atos
28:23)
 Pregava o Reino de Deus e
ensinava a respeito do Senhor
Jesus Cristo, abertamente e sem
impedimento algum. (Atos 28:31)

Em muitos casos, os discípulos só


incentivaram seus ouvintes a crer que
Jesus era o Cristo; que a salvação viria por
meio de seu nome:

 “Portanto, que todo Israel fique


certo disto: Este Jesus, a quem
vocês crucificaram, Deus o fez
Senhor e Cristo”. Quando
ouviram isso, os seus corações
ficaram aflitos, e eles
perguntaram a Pedro e aos
outros apóstolos: “Irmãos, que
faremos?” Pedro respondeu:
“Arrependam-se, e cada um de
vocês seja batizado em nome de
Jesus Cristo, para perdão dos seus
pecados, e receberão o dom do
Espírito Santo. Pois a promessa é
para vocês, para os seus filhos e
para todos os que estão longe,
para todos quantos o Senhor, o
nosso Deus chamar”. (Atos 2:36-
39)
 Todos os dias, no templo e de
casa em casa, não deixavam de
ensinar e proclamar que Jesus é o
Cristo. (Atos 5:42)
 Indo Filipe para uma cidade de
Samaria, ali lhes anunciava o
Cristo. (Atos 8:5)
 Todavia, Saulo se fortalecia cada
vez mais e confundia os judeus
que viviam em Damasco,
demonstrando que Jesus é o
Cristo. (Atos 9:22)
 Ele nos mandou pregar ao povo e
testemunhar que este é aquele a
quem Deus constituiu juiz de
vivos e de mortos. Todos os
profetas dão testemunho dele, de
que todo aquele que nele crê
recebe o perdão dos pecados
mediante o seu nome”. (Atos
10:42, 43)
 Segundo o seu costume, Paulo foi
à sinagoga e por três sábados
discutiu com eles com base nas
Escrituras, explicando e provando
que o Cristo deveria sofrer e
ressuscitar dentre os mortos. E
dizia: “Este Jesus que lhes
proclamo é o Cristo”. Alguns dos
judeus foram persuadidos e se
uniram a Paulo e Silas, bem como
muitos gregos tementes a Deus, e
não poucas mulheres de alta
posição. (Atos 17:2-4)

Em sua cartas pastorais, Paulo confirmou


que as boas novas não haviam mudado:

 Os judeus pedem sinais


miraculosos, e os gregos
procuram sabedoria; nós, porém,
pregamos a Cristo crucificado, o
qual, de fato, é escândalo para os
judeus e loucura para os gentios
mas para os que foram
chamados, tanto judeus como
gregos, Cristo é o poder de Deus e
a sabedoria de Deus. Porque a
loucura de Deus é mais sábia que
a sabedoria humana, e a fraqueza
de Deus é mais forte que a força
do homem. (1 Cor 1:22-25)
 Eu mesmo, irmãos, quando estive
entre vocês, não fui com discurso
eloqüente nem com muita
sabedoria para lhes proclamar o
mistério de Deus. Pois decidi nada
saber entre vocês, a não ser Jesus
Cristo, e este, crucificado. (1 Cor
2:1, 2)
 Quanto a mim, que eu jamais me
glorie, a não ser na cruz de nosso
Senhor Jesus Cristo, por meio da
qual o mundo foi crucificado para
mim, e eu para o mundo. (Gál.
6:14)

O mesmo fez o apóstolo João:

 Jesus realizou na presença dos


seus discípulos muitos outros
sinais miraculosos, que não estão
registrados neste livro. Mas estes
foram escritos para que vocês
creiam que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus e, crendo, tenham
vida em seu nome. (João 20:30,
31)
 E este é o seu mandamento: que
creiamos no nome de seu Filho
Jesus Cristo e que nos amemos
uns aos outros, como ele nos
ordenou. (1 João 3:23).

Outro Evangelho

 Admiro-me de que vocês estejam


abandonando tão rapidamente
aquele que os chamou pela graça
de Cristo, para seguirem outro
evangelho que, na realidade, não
é o evangelho. O que ocorre é que
algumas pessoas os estão
perturbando, querendo perverter
o evangelho de Cristo. Mas ainda
que nós ou um anjo do céu pregue
um evangelho diferente daquele
que lhes pregamos, que seja
amaldiçoado! Como já dissemos,
agora repito: Se alguém lhes
anuncia um evangelho diferente
daquele que já receberam, que
seja amaldiçoado! (Gálatas 1:6-9)

Outros Evangelhos estavam sendo


apresentados já nos dias de Paulo. Não é
diferente em nosso tempo. Surgiram
muitas religiões pregando elementos da
verdade, mas também adicionando ou
subtraindo algo da mensagem do
Evangelho pregado por Jesus e seus
apóstolos. Por exemplo, no final do século
19, Charles Russell, fundador da Sociedade
Torre de Vigia de Bíblias e Tratados,
desenvolveu uma teologia chamada de
“Plano Divino das Eras”, sobre a qual ele e
seus seguidores se referiam como “A
Verdade”. Era um complexo sistema
dispensacional com um diagrama
esquemático para ajudar os leitores a
compreender. Para muitos de seus
seguidores, os escritos dele passaram a ser
encarados como tendo autoridade no
mesmo nível da própria Bíblia. Ele sugeriu
até mesmo que a Grande Pirâmide do
Egito era uma revelação de Deus sobre
este “Plano Divino”.

 Se, conforme cremos, Deus fez


com que se esboçasse nesta
grande montanha de pedra o
Plano Divino das Eras, que sem
dúvida, ela nos contará sua
história maravilhosa em tons de
trombeta, “naquele dia”. O que
podemos apreciar de seus
ensinamentos em harmonia com
a Bíblia achamos
maravilhosamente reconfortante
hoje, quando o ceticismo é tão
abundante. (A Grande Pirâmide,
Um Oráculo Divino, de Charles
Russell)

Após a morte de Russell, ocorreu uma


separação entre os que seguiam Russell e
os que seguiram o novo líder, Joseph
Rutherford. Com o passar do tempo
Rutherford se distanciou de Russell, e
desenvolveu uma nova religião, que hoje é
conhecida como Testemunhas de Jeová.
Elas continuam a cometer o mesmo erro
de Russell, pensando que são “Canal de
Deus” e chamando sua própria visão
teológica de “Verdade”. Elas chegam a
afirmar que sua organização, a Sociedade
Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, foi
designada diretamente por Deus, e fazem
dessa crença um artigo de fé, algo que
Russell teria repudiado:

 É imperativo reforçarmos nossa


confiança agora. Sem confiança
nos nossos irmãos cristãos, na
organização de Jeová e, acima de
tudo, no próprio Jeová, será
impossível sobreviver. (Revista A
Sentinela de 15 de agosto de
1998, pág.19)
 Deveras, em todos os aspectos da
vida, vemos que o povo de Deus
está decidido a servir lealmente
com a organização de Jeová.
(Revista A Sentinela de 1º de
agosto de 1997, pág. 8)

As Testemunhas de Jeová realmente


fizeram de sua organização um ídolo.

A Igreja Mundial de Deus, fundada por


Herbert W. Armstrong, desenvolveu uma
teologia muito similar à das Testemunhas
de Jeová. Armstrong acreditava que ele
era o apóstolo único e exclusivo no fim
dos tempos, escolhido pelo próprio Cristo,
e que sua teologia era essencial para a
salvação:

 “A Igreja de Deus hoje, assim,


como no primeiro século, recebe
seus ensinamentos do Cristo vivo,
por meio de um apóstolo
[Armstrong], exatamente como
em 31 A.D.” (O Mistério do Reino
de Deus, capítulo 7, Herbert W.
Armstrong).

Além da crença em Cristo, a Igreja


Mundial de Deus exige que os crentes
obedeçam aos Dez Mandamentos e a
outras leis, tais como o dízimo. Observe o
que a revista O Mundo de Amanhã,
fundada por seguidores de Armstrong, diz
na página 26 da edição de Jan-Fev 2003:

 “Os que pervertem a graça de


Deus estão dizendo por sua
conduta: ‘Somos livres para
transgredir os Dez Mandamentos,
não precisamos obedecer a Deus e
guardar seus mandamentos!’ Isso
está errado! Essa forma de
rebelião é carnalidade, não
conversão! A verdade é que
guardar os mandamentos de
Deus mostra-nos como amar a
Deus.”

Um cristão certamente não estaria errado


em guardar os Dez Mandamentos, mas
exigir isso como um artigo de fé é fazer
acréscimo ao Evangelho que Jesus e os
apóstolos pregaram. Paulo mostrou
explicitamente que a Lei de Moisés não se
aplica aos cristãos (Col. 2:13, 14)

Os mórmons superaram todos os outros


grupos ao realmente criar sua própria
Bíblia, o Livro de Mórmon.

 “O Livro de Mórmon é outra


testemunha de que Jesus Cristo
viveu realmente, que Ele era e é o
Filho de Deus. Ele contém os
escritos de profetas antigos. Um
deles, Lehi, viveu em Jerusalém
por volta de 600 A.C. Deus
ordenou a Lehi que liderasse um
pequeno grupo de pessoas até o
continente americano. Lá, eles se
tornaram uma grande
civilização.” (www.mormon.org –
A Igreja)

A teologia dos Mórmons tem pouca


semelhança com o que é ensinado na
Bíblia.

 “Você viveu com seu Pai Celestial


como um de Seus filhos
espirituais antes de começar sua
vida na Terra. Você era feliz lá,
mas Deus sabia que você não
poderia continuar a progredir a
menos que o deixasse por algum
tempo.” (www.mormon.org – O
Propósito da Vida)

Essas religiões não são as únicas que


pregam “outro evangelho”. A Igreja
Católica, com mais de um bilhão de
membros, também afirma ser a única
igreja verdadeira na terra:

 “Esta é a única Igreja de Cristo,


que no Credo professamos ser
una, santa, católica e apostólica.”
(www.vatican.va – Profissão de Fé
– A Profissão da Fé Cristã).

Além disso, o catolicismo ensina que o


Papa representa Cristo na terra, que os
membros devem adorar a Virgem Maria,
rezar aos seus santos favoritos, e
confessar seus pecados a um sacerdote.
Naturalmente, nenhuma dessas coisas foi
ensinada por Jesus ou por seus apóstolos.

Infelizmente, o protestantismo não se saiu


muito melhor. A grande maioria das
igrejas protestantes ensina que os cristãos
vão todos para o céu viver em felicidade,
enquanto que os não cristãos vão para o
inferno serem torturados por toda a
eternidade. Elas dizem pouco ou nada
sobre o Reino de Deus, que era o foco da
pregação de Jesus. Pode-se demonstrar
facilmente que a doutrina do tormento
eterno não é bíblica, e é de fato insultuosa
para com o bom nome de Deus. Para
informações sobre isso, veja o artigo O
Que Dizem as Escrituras Sobre o Inferno?
Além disso, os católicos e os protestantes
fazem da crença na doutrina da Trindade
um requisito para a salvação — o sinal
distintivo de um verdadeiro cristão.
Protestantes e católicos encaram a
Trindade como uma crença fundamental,
que deve ser aceita por todos os cristãos.
Uma definição típica da Trindade é a
seguinte:

 Por Trindade, queremos dizer que


há três distinções eternas em uma
essência divina, conhecidas
respectivamente como Pai, Filho e
Espírito Santo. Estas três
distinções são três pessoas, e
assim podemos falar da
tripersonalidade de Deus. O Credo
de Atanásio expressa a crença
trinitária desse modo: “Adoramos
um Deus em Trindade, e a
Trindade na unidade, não
confundindo as pessoas, nem
separando a substância.”
(Palestras em Teologia
Sistemática, Henry Clarence
Thiessen, pág. 135.)

Note-se que esta definição está longe de


ser encontrada nas Escrituras. Com
referência à natureza de Deus, os termos
“Trindade”, “distinções eternas”, “essência
divina”, “tripersonalidade” e “substância”
não são encontrados na Bíblia, e são de
fato derivados de fontes filosóficas e
religiões pagãs. Até mesmo Thiessen
admite que a palavra “trindade” não se
encontra na Bíblia, tendo passado a ser
usada após a morte dos apóstolos. Os
historiadores concordam em geral que a
doutrina da Trindade, em sua forma atual,
só foi formulada pela igreja no quarto ou
quinto século. Com certeza isso não foi
ensinado explicitamente por Jesus ou seus
apóstolos, por isso não há base bíblica
para tornar essa doutrina um artigo de fé.
É uma doutrina de homens apenas. Não
deve ser pregada como Boas Novas – pois
isso seria fazer um acréscimo à mensagem
de Jesus e seus apóstolos. (Para mais
informações consulte o folheto O Único
Deus Verdadeiro – Um Estudo Bíblico
Sobre a Trindade).

Conclusão

Com base nas Escrituras é claro que as


boas novas que os cristãos devem pregar
hoje são que Jesus Cristo é o Messias
prometido, o Rei do Reino de Deus, que
morreu como um sacrifício de resgate por
nossos pecados, ressuscitou e está agora
assentado à direita de Deus, o Pai. Ele um
dia voltará para governar a terra e julgar
a humanidade em retidão e justiça,
restituindo tudo o que Adão perdeu. Esta é
a mensagem essencial que os discípulos de
Jesus pregavam, e não estamos
autorizados a acrescentar ou tirar nada
dela. Se crermos que Jesus é este Cristo e
nos arrependermos, aceitando-o como
nosso Salvador e Senhor, teremos a vida.
Não existem outros requisitos para a
salvação.

_______

As referências bíblicas são da NVI, a não


ser que haja outra indicação.

← Era o Cristianismo Uma Nova


Religião?

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