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SOCIOLOGIA

Ana Luísa Rodrigues


Maria João Pais
Maria Manuela Góis
Belmiro Gil Cabrito

12.o ano

www.sociologia12.te.pt
Índice

Introdução ..................................................................................................................................... 3

Aprendizagens Essenciais de Sociologia


Introdução ......................................................................................................................... 5
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE) ............................................... 7

Planificações .......................................................................................................................

Sociologia, Cidadania e Desenvolvimento ................................................................

Recursos Complementares
I. Sugestões de temas a desenvolver em trabalhos de investigação ................... 15
II. Sugestões de vídeos, filmes e documentários ..................................................... 27
III. Propostas de visitas de estudo ............................................................................... 47
IV. Proposta de trabalho prático alternativa à apresentada no Manual ............... 48
V. Apoio à realização de trabalhos .............................................................................. 49
VI. Sugestões metodológicas para a sala de aula
Introdução .............................................................................................................. 53
Aprendizagem Cooperativa .................................................................................... 54
Aprendizagem Baseada em Problemas .................................................................. 55
Exemplos práticos ................................................................................................... 55

Avaliação
Teste diagnóstico ............................................................................................................ 59
Testes de avaliação ......................................................................................................... 63
Teste global ...................................................................................................................... 97
Soluções ......................................................................................................................... 105

Ensino Digital
Lista de recursos ........................................................................................................... 125
Guia do utilizador da Aula Digital ................................................................................ 127

Bibliografia ................................................................................................................................ 131

Em encontra-se disponível a versão completa deste Dossiê


do Professor. Todos os conteúdos são disponibilizados em formato editável (Word®).

© Texto | Sociologia 12.o ano


Introdução

Colegas,

Ser professor é um desafio diário. Tantas e tão diversas são as situações que nos surgem que
podemos afirmar que ser professor é, realmente, um desafio continuamente reconstruído. E é para
contribuir para uma resposta positiva a esse desafio que assumimos, também, um desafio: produzir
materiais didáticos de apoio à prática letiva que contribuam para que o docente possa ter mais
tempo para refletir sobre a sua prática e trabalhar com os seus alunos.
Para o efeito, organizámos para os alunos o Manual do Aluno, que contém um vasto conjunto de
atividades didáticas, e, para nós, docentes, elaborámos um conjunto de materiais de apoio,
nomeadamente o Manual do Professor, o Dossiê do Professor e recursos multimédia, incluídos em
. O Manual do Professor disponibiliza, em exclusivo para o docente, cenários de
resposta das questões do Manual e da rubrica «Avaliação», atividades no âmbito da rubrica
«Sociologia, Cidadania e Desenvolvimento» e identificação de recursos multimédia desenvolvidos
especificamente para este projeto.

O Dossiê do Professor impresso (versão de demonstração) e na contém:

x a transcrição do disposto nas Aprendizagens Essenciais;


x planificações, incluindo recursos que o professor poderá utilizar nas suas aulas;
x propostas de atividades de «Sociologia, Cidadania e Desenvolvimento»;
x um conjunto de recursos complementares, que inclui:
 sugestões de trabalhos de investigação por capítulo;
 propostas de visionamento de vídeos, filmes, documentários, com o respetivo guião;
 sugestões de visitas de estudo;
 um trabalho prático alternativo ao que surge no fim do Manual;
x documentos de apoio à orientação e realização de trabalhos;
x sugestões metodológicas para a sala de aula;
x um teste diagnóstico, dois testes por tema e um teste global, com as respetivas soluções;
x uma bibliografia alargada.

Colegas, é nosso desejo que os instrumentos de aprendizagem que criámos contribuam para que o
desafio que nos é colocado diariamente – ensinar jovens que, após terminarem o Ensino Secundário,
deverão tornar-se adultos responsáveis, críticos, solidários, participativos e insurgentes contra todas
as formas de injustiça e de desigualdade – seja mais fácil de concretizar.

O/As Autor(as)

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Aprendizagens Essenciais de Sociologia

1. Introdução
As Aprendizagens Essenciais (AE) * identificam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que
se pretende que os alunos atinjam com a aprendizagem da Sociologia no ensino secundário, e tendo
em atenção os seguintes objetivos:

x identificar as aprendizagens essenciais no domínio da Sociologia face às áreas de


competência previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA);
x proporcionar aos alunos instrumentos que lhes permitam compreender e refletir
sobre a complexidade das sociedades contemporâneas, em especial, da sociedade
portuguesa.

Assim, a disciplina de Sociologia inicia-se com o estudo de conceitos estruturantes que visam:

x a familiarização com os problemas sociais/sociológicos que ocorrem nas sociedades


contemporâneas, cada vez mais complexas;
x o conhecimento de fenómenos de natureza diversa, e muitas vezes contraditórios,
que coexistem nas sociedades contemporâneas como a globalização/aculturação, a
(re)afirmação das identidades culturais, a constante mudança e a incerteza nas
sociedades onde persistem desigualdades sociais e formas de discriminação;
x a aquisição de metodologias de pesquisa que implicam a recolha de informações
recorrendo a diferentes meios de investigação: pesquisa documental recorrendo a
fontes físicas (livros, jornais, etc.) ou digitais (Internet), observação, realização de
inquéritos (entrevistas e questionários), entre outros, permitindo aos alunos a
aquisição de uma capacidade de reflexão crítica sobre o contexto social em que estão
inseridos.

Estas aprendizagens essenciais têm por base o Programa em vigor da disciplina de Sociologia dos
cursos científico-humanísticos e muitas são deixadas em aberto, pois a rapidez e a imprevisibilidade
da mudança na sociedade atual poderão desatualizar alguns conteúdos do Programa, devendo os
professores que o lecionam estar atentos no sentido de acompanharem essas transformações.
É de salientar que é incentivado o trabalho de projeto na medida em que é proposta a realização
de um pequeno trabalho de investigação, em grupo ou individual, sobre um tema relacionado com
quaisquer dos conteúdos lecionados na disciplina e tendo como referência a sociedade portuguesa
contemporânea, o qual deverá mobilizar o conhecimento sociológico para a construção de um
projeto de trabalho que visa a aplicação de um ou dois modos de recolha de informação utilizados
pela Sociologia.

*
www.dge.mec.pt. Em vigor de acordo com o previsto no artigo 38.º do Decreto-lei n.º 55/2018, de 6 de julho.

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Esse projeto poderá ser realizado em articulação com outras disciplinas, podendo ser apresentado
a diferentes públicos (à turma ou à escola). A disciplina de Sociologia contribui ainda para o
desenvolvimento de um conjunto de competências que se articulam com as áreas de competências
definidas no PA, pois o estudo da Sociologia deverá permitir:

x mobilizar o conhecimento sociológico para a compreensão dos fenómenos complexos


das sociedades contemporâneas, em especial, da portuguesa; A; B; C; D; F; G; H; I;
x revelar raciocínio crítico e capacidade de reflexão sobre as sociedades
contemporâneas, contribuindo para a educação para a cidadania, para a mudança e
para o desenvolvimento; A; B; C; D; F; G; H; I;
x desenvolver o espírito crítico e de abertura a diferentes perspetivas de análise da
realidade social; A; B; C; D; F; I;
x recolher informação utilizando diferentes meios de investigação e recorrendo a fontes
físicas (livros, jornais, etc.) e/ou digitais (Internet); A; B; C; D; F; I;
x selecionar informação, elaborando sínteses de conteúdo da documentação analisada;
A; B; C; D; F; I;
x elaborar, realizar, apresentar e avaliar projetos de trabalho; A; B; C; D; E ; F; I; J.

Fonte: www.dge.mec.pt

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2. Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)

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Fonte: www.dge.mec.pt

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Planificações
Planificações

SOCIOLOGIA
12.o ano
Recursos disponibilizados por tema / Planificações

Todo o conteúdo deste separador está disponível apenas em , e em formato editável


(Word®).

As planificações incluem referência aos recursos multimédia a utilizar para tratar os diferentes temas
abordados neste projeto.

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Sociologia,
Cidadania e

Sociologia, Cidadania
e Desenvolvimento
Desenvolvimento

SOCIOLOGIA
12.o ano
Sociologia, Cidadania e Desenvolvimento

Todo o conteúdo deste separador está disponível apenas em , e em formato editável


®
(Word ) e constitui um conjunto de atividades complementares às apresentadas no manual.

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Recursos
Complementares

Complementares
Recursos

SOCIOLOGIA
12.o ano
Recursos complementares

Neste separador apresentam-se um conjunto de diversos recursos e propostas de apoio ao ensino-


-aprendizagem de Sociologia, nomeadamente:
I. Sugestões de temas a desenvolver em trabalhos de investigação
II. Sugestões de vídeos, filmes e documentários
III. Propostas de visitas de estudo
IV. Proposta de trabalho prático em alternativa à apresentada no manual
V. Apoio à realização de trabalhos
VI. Sugestões metodológicas para a sala de aula

A versão completa destes recursos está disponível na .

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I. SUGESTÕES DE TEMAS A DESENVOLVER EM TRABALHOS DE
INVESTIGAÇÃO

TEMA I. O que é a sociologia?


1. Sociologia e conhecimento da realidade social
Discussão de uma afirmação provocatória
Produto de uma sociedade com os seus preconceitos, estereótipos, representações e modelos
que enformam a ação social, o jovem é levado a pensar de acordo com o senso comum, de que
são exemplos afirmações como: «As mulheres não devem ocupar cargos de chefia, a não ser em
casa!», «A geração atual é rasca!», «Cada macaco no seu galho!» ou «No meu tempo é que era
bom!». O aluno poderá ser confrontado com questões importantes da vida social, chamando-se
a atenção, numa primeira análise, para a rutura com essa forma de conhecimento não científico.
Questão para reflexão: Conhecimento do senso comum versus conhecimento científico: quais
as diferenças na análise do mesmo fenómeno social?

O surgimento da Sociologia e o caso português: breve contextualização


• Contextualizar historicamente, socialmente e politicamente o surgimento da
Sociologia no mundo e em Portugal.
• Analisar alguns problemas sociais das sociedades industriais do século XIX.
• Explicitar, através de pequenos textos, como é que Auguste Comte, Harriet
Martineau, Émile Durkheim e Max Weber tentaram compreender as
transformações sociais dessas sociedades.
• Procurar informação acerca do aparecimento da Sociologia em Portugal e do papel
de sociólogos como Adérito de Sedas Nunes.
• Conhecer a Associação Portuguesa de Sociologia, a Associação Portuguesa de
Profissionais em Sociologia Industrial, das Organizações e do Trabalho, assim como
outras organizações relacionadas com a Sociologia, e explicitar o dinamismo da
Sociologia em Portugal, na atualidade.
Questão para reflexão: Como pode a Sociologia ajudar as populações?

Estudo sobre o «namoro na adolescência»


• Compreender que o «namoro na adolescência» é um fenómeno social total,
constituindo o objeto de estudo de diversas ciências sociais.
• Analisar como é que diferentes ciências sociais – a Sociologia, a História e a
Antropologia, por exemplo – investigam este fenómeno social total.
• Concluir acerca da complementaridade das ciências sociais.
Questão para reflexão: O namoro significa o mesmo, para todos os adolescentes?
Pesquisar, entre outras fontes:
• Associação Portuguesa de Sociologia: www.aps.pt
• Associação Portuguesa dos Profissionais em Sociologia Industrial, das Organizações
e do Trabalho: www.apsiot.pt
• Revista Sociologia, Problemas e Práticas: www.sociologiapp.iscte-iul.pt

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2. Metodologia da investigação sociológica
Estudo monográfico simples: história de família
O levantamento da história da sua família exigirá que o aluno conheça, de uma maneira prática,
a técnica da entrevista e a análise de conteúdo.
O aluno poderá organizar um dossiê com a informação recolhida relativamente a(o):
• representação genealógica da família;
• identificação de cada membro;
• percurso de vida de cada membro;
• escolaridade/profissões/idade do casamento/número de filhos…

No estudo poder-se-á constatar a mudança de estilo de vida de algumas gerações e encontrar


alguns fatores explicativos. Será, naturalmente, um ponto de partida para a motivação e não um
trabalho final. O aluno terá, igualmente, conhecido uma técnica de pesquisa sociológica e
refletido sobre algumas situações que irá estudar durante o ano. Conceitos como os de papel
social, estatuto, mudança social, etc., poderão ser identificados.
Questão para reflexão: Por que razão é fundamental saber escolher a “boa técnica” de
investigação sociológica?

Estudo sobre razões do insucesso escolar


• Eleger um pequeno grupo de alunos(as) que tenham tido insucesso no ano letivo
anterior.
• Realizar pequenas entrevistas com objetivos como:
> identificar a origem social e económica dos inquiridos;
> recolher as suas opiniões acerca das disciplinas de que mais e de que menos
gostam;
> recolher as suas opiniões acerca das disciplinas em que sentem mais ou menos
dificuldades de aprendizagem;
> perceber se estão desmotivados com a escola e porquê; perceber se o insucesso
se relaciona com as expectativas futuras.
Questão para reflexão: Como são justificadas as razões invocadas para o insucesso escolar?

Estudo sobre o envelhecimento da população portuguesa e algumas consequências


• Procurar informação, nomeadamente no INE, PORDATA e/ou órgãos do poder
local,
como a junta de freguesia, acerca do envelhecimento da população da
aldeia/vila/bairro/cidade/país.
• Conhecer alguns dos problemas que se colocam à população idosa e formas
públicas e privadas de apoio.
• Perceber que os apoios ocorrem em diferentes domínios sociais – económico, de
saúde, cultural, assistencial. Para a realização do estudo, sugere-se a pesquisa
documental e a entrevista.
Questão para reflexão: O que é ser “idoso” em Portugal?

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Pesquisar, entre outras fontes:
• Estatísticas da Educação: www.dgeec.mec.pt
• Instituto Nacional de Estatística: www.ine.pt
• Base de Dados do Portugal Contemporâneo: www.pordata.pt
• Segurança Social: www.seg-social.pt

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TEMA II. Sociedade e indivíduo

3. Interação social, socialização, grupo, papel, estatuto social e cultura


As brincadeiras das crianças, o processo de socialização e a integração social

Os alunos, organizados em grupos, irão observar brincadeiras de alguns grupos de crianças,


estabelecendo possíveis relações entre as brincadeiras observadas, os mecanismos de
socialização, o processo de socialização das crianças e a sua aceitação nos grupos.
Sugere-se, como fonte de observação, os espaços escolares do agrupamento e os parques
infantis da zona envolvente da escola.
Questão para reflexão: Qual a importância do processo de socialização na integração social dos
indivíduos?

Caracterização da cultura de uma comunidade/grupo social


• Compreender uma cultura nos seus diferentes domínios (maneiras de pensar,
sentir e agir, isto é: religião, crenças, valores, ideais, representações, gastronomia,
vestuário, património arquitetónico, etc.).
• Sendo um grupo restrito, caracterizá-lo nos seus elementos culturais estruturantes,
recorrendo à observação não participante e/ou entrevista. Sendo um grupo
alargado, recorrer ao inquérito por questionário.
Questão para reflexão: O que é falar de cultura?

Novos papéis e estatutos na sociedade/grupo social


• Compreender, identificando e caracterizando, os novos papéis e correspondentes
estatutos de um grupo social (família, escola, empresa, etc.) e justificá-los em
função dos valores dominantes.
• Perceber a existência de situações diferenciadas, nomeadamente no que respeita
ao nível académico, à qualificação profissional e aos contratos de trabalho.
• Justificar a informação recolhida à luz dos valores atuais e pronunciar-se
criticamente.
Questão para reflexão: «O trabalho define um estatuto social?»

Pesquisar, entre outras fontes:


• Websites de grupos e associações culturais, desportivas e recreativas
• Estatísticas da Educação: www.dgeec.mec.pt
• Instituto Nacional de Estatística: www.ine.pt
• Base de Dados do Portugal Contemporâneo: www.pordata.pt
• Estatísticas do Ministério do Trabalho e da Segurança Social: www.seg-social.pt;
www.gep.mtsss.gov.pt

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4. Instituições e processos sociais

Estudo sobre a contestação juvenil


Trabalho de pesquisa documental:
• Identificar um movimento contestatário nacional ou internacional.
• Situar o movimento no espaço e no tempo.
• Identificar os objetivos do movimento.
• Explicitar as principais causas do mesmo.
• Identificar as instituições objeto de contestação.
• Explicitar as formas de contestação utilizadas.
• Apresentar os resultados alcançados pelo movimento.

Questão para reflexão: Contestação juvenil, comportamento desviante ou/e movimento


impulsionador de mudanças?

Estudo sobre a instituição «casamento»


• Conhecer a valoração da instituição «casamento» junto dos jovens.
• Identificar os elementos da instituição «casamento».
• Explicitar razões que possam levar os jovens a casar ou a não casar.
• Identificar expectativas pessoais dos jovens.
• Apresentar conclusões.
• Refletir sobre o papel das instituições na ordem social.
• Recorrer às técnicas de inquérito e entrevista.
Questão para reflexão: O casamento diminui as tensões sociais?

Estudo sobre o papel dos grupos desportivos no quotidiano dos jovens


• No quadro local, identificar grupos/associações desportivos e culturais.
• Analisar os respetivos objetivos, finalidades e missão.
• Identificar as atividades a que se dedicam e horários semanais.
• Conhecer os seus públicos – número de sócios; número de praticantes; repartição
pelas diferentes atividades; quem são (sexo, idade, situação escolar, etc.); tempo
que despendem.
• Para além da análise da informação da instituição selecionada, aconselha-se a
realização de um número limitado de entrevistas ou a aplicação de um questionário
a dirigentes associativos e a praticantes.

Questão para reflexão: Qual a relação entre a vontade dos associados e a prática da
associação?

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Pesquisar, entre outras fontes:
• Observatório sobre crises e alternativas: www.ces.uc.pt
• Movimento «não pagamos» (propinas): www.ciencias-humanas-e-sociais.hi7.co
• Movimento «Occupy Wall Street»  Observatório sobre crises e alternativas:
www.ces.uc.pt
• Websites de igrejas/movimentos religiosos
• Websites de grupos/associações desportivas e culturais

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TEMA III. Processos de reprodução e mudança nas sociedades atuais

5. Globalização
Migrações internacionais e globalização
• Explicitar as causas dos fluxos migratórios internacionais.
• Identificar as principais regiões de origem e de destino dos movimentos
migratórios.
• Analisar o caso português.
• Apresentar conclusões.
• Recorrer ao trabalho de pesquisa.

Questão para reflexão: Os movimentos migratórios são um benefício da globalização?


Questão para reflexão: Portugal: país de emigrantes ou de imigrantes?

Os jovens, as TIC e os consumos globais


• Apresentar exemplos de consumos globais acessíveis através das TIC.
• Identificar as TIC utilizadas pelos jovens.
• Identificar os produtos (bens e serviços) que são objeto de maior procura/consumo
pelos jovens.
• Relacionar consumo global, homogeneidade e diversidade de estilos de vida.
• Apresentar conclusões.
• Recorrer à técnica de inquérito.

Questão para reflexão: As TIC e os consumos globais acentuam a tendência para a


homogeneização dos estilos de vida dos jovens ou, pelo contrário, estimulam a diversidade?

As alterações climáticas e as mudanças de comportamentos


• Efetuar uma pesquisa documental e registar a informação obtida.
• Elaborar um questionário sobre comportamentos presentes e comportamentos
necessários para assegurar um futuro e aplicá-lo junto dos alunos, dos amigos e da
família.
• Analisar as respostas e divulgar as conclusões no site da escola/jornal escolar.
• Fazer uma proposta de mudança de comportamentos/processos no âmbito
escolar.
• Para o desenvolvimento da atividade sugere-se o trabalho a pares.

Questão para reflexão: Serão diferentes as respostas possíveis à escala global, regional,
nacional e local?

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Pesquisar, entre outras fontes:
• Observatório da Emigração: www.observatorioemigracao.pt
• Estatísticas sobre Portugal e Europa: www.pordata.pt
• Direção-Geral do Consumidor: www.consumidor.gov.pt
• Defesa do Consumidor: www.deco.proteste.pt
• Observatório da Biodiversidade Marinha: www.ccmar.ualg.pt
• Observatório Marinho de Esposende: www.omare.pt
• Observatório do Clima da Madeira: www.obsercatorioclima.madeira.gov.pt
• Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas: https://www.ipcc.ch/
• Nações Unidas: https://unric.org/pt/mundo-espera-solucao-para-alteracoes-
climaticas-diz-ban-ki-moon-7
• Estudos e artigos em repositórios das universidades e institutos superiores
politécnicos.

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6. Família e escola

Novos papéis e estatutos na família atual


• Identificar os diferentes tipos de famílias.
• Analisar os novos papéis e estatutos na família, através de um estudo comparativo,
em termos temporais, caracterizando-os, encontrando o estatuto correspondente
e justificar as (novas) situações em função dos novos contextos globais.
• Sugere-se o trabalho de pesquisa.
Questão para reflexão: Que relação existe entre monorresidência e envelhecimento da
população?

Escola – agente de mudança


• Analisar o papel da escola como promotora da mudança de valores, competências
e saberes.
• Evidenciar o papel inclusivo da escola.
• Relacionar as novas aprendizagens e a formação ao longo da vida com a mobilidade
social.
• Sugere-se trabalho de pesquisa e entrevistas a interlocutores privilegiados.

Questão para reflexão. Como pode a escola promover a equidade?

Escola – reprodução e mudança social


• Utilizar os conceitos sociológicos de reprodução e de mudança social.
• Caracterizar a função socializadora da escola.
• Caracterizar a evolução da procura de educação em Portugal, nas últimas décadas.
• Reconhecer a escola como instituição promotora, simultaneamente, de inclusão e
de exclusão.
• Relacionar a escola com os processos de ascensão social.
• Relacionar a escola com os processos de democratização da sociedade.
• Concluir acerca do contributo da escola para a justiça e para o desenvolvimento
económico e social.
• Aconselha-se o trabalho de grupo e debate de conclusões.
Questão para reflexão: Como pode a escola promover a inclusão?

Pesquisar, entre outras fontes:


• Instituto de Ciências Jurídico-Políticas: www.icjp.pt
• Instituto de Ciências Sociais: www.ics.ulisboa.pt
• Autoridade para as Condições do Trabalho: www.act.gov.pt
• School Education Gateway: www.schooleducationgateway.eu
• Direção-geral da Educação: www.dge.mec.pt
• Estatísticas sobre Portugal e Europa: www.pordata.pt
• Revista Sociologia, Problemas e Práticas: https://sociologiapp.iscte-iul.pt/index.jsp

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• Revista Educação, Sociedade e Culturas:
https://www.fpce.up.pt/ciie/?q=en/node/293
• Revista Crítica de Ciências Sociais: https://ces.uc.pt/pt/publicacoes/revista-critica-
de-ciencias-sociais

24 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


7. Desigualdades e identidades sociais
Novos movimentos sociais em Portugal (ou da região onde a escola se localiza, por
exemplo) e discriminação
• Identificar novos movimentos sociais, como os movimentos ecologistas, os
movimentos LGBTIQA+ e os movimentos feministas.
• Contextualizar o surgimento destes novos movimentos sociais.
• Caracterizar os novos movimentos sociais.
• Analisar os seus objetivos, tipo de ação e composição.
• Relacionar o papel destes movimentos com a mudança social.

Questão para reflexão: Como podem os novos movimentos sociais ajudar à criação de maior
justiça social?

A pobreza em Portugal (ou na região onde a escola se localiza, por exemplo)


• Caracterizar a pobreza.
• Identificar categorias sociais mais vulneráveis à pobreza.
• Explicitar fatores que influenciam a produção e a reprodução da pobreza.
• Analisar formas coletivas de luta contra a pobreza.
• Debater o papel da escola na luta contra a pobreza.

Questão para reflexão: Como romper com o círculo vicioso da pobreza?

A violência no namoro
• Compreender as discriminações de género.
• Relacionar socialização, estereótipos e papéis de género.
• Desconstruir estereótipos de género.
• Analisar as masculinidades e feminilidades como construções sociais.
• Compreender a violência de género num contexto de relações de poder em que as
mulheres se encontram subalternizadas.
• Compreender a violência de género como transversal a todas as classes sociais e
etnias.
• Reconhecer a violência no namoro como uma das formas de violência de género.
• Distinguir diferentes tipos de violência no namoro: física, psicológica e sexual.
• Compreender que a violência doméstica inclui a violência no namoro e é um crime
público punido por lei.
• Promover a igualdade de género como uma das formas de impulsionar a mudança
social e um namoro sem violência.

Questão para reflexão: O que são crimes públicos?

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 25


Pesquisar, entre outras fontes:
• Instituto Nacional de Estatística: www.ine.pt
• Observatório das Desigualdades: www.observatorio-das-desigualdades.com
• Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra: www.ces.uc.pt
• Repositórios das Faculdades de Psicologia e de Ciências da Educação, dos Institutos
de Educação e das Escolas Superiores de Educação
• SOS Racismo: www.sosracismo.pt
• FEMAFRO – Associação de Mulheres Negras, Africanas e Afrodescendentes em
Portugal: www.femafro.pt
• Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres:
www.plataformamulheres.org.pt
• UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta:
http://www.umarfeminismos.org
• Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo: www.ilga-portugal.pt
• FEM – Feministas em Movimento: www.fem.org.pt
• Kit pedagógico prevenção da violência nas relações de intimidade juvenil:
cascais.pt/sites/default/files/anexos/gerais/new/kit_violencia_no_namoro.pdf
• Prevenção da violência com base no género – Violência no namoro:
www.cidadania.dge.mec.pt/igualdade-de-genero/prevencao-da-violencia-com-
base-no-genero/violencia-no-namoro
• Estudo Nacional sobre violência no namoro 2020:
www.umarfeminismos.org/images/stories/noticias/VN_2020_NACIONAL.pdf
• Observatório Nacional de Luta Contra a Pobreza: www.on.eapn.pt
• Rede Europeia Anti-Pobreza: www.eapn.pt
• Observatório do Emprego Jovem: www.obsempregojovem.com

26 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


II.SUGESTÕES DE VÍDEOS, FILMES E DOCUMENTÁRIOS

Vídeos
Um vídeo constitui um documento de trabalho sociológico. Analisar os fenómenos sociais permite
aos alunos e alunas compreender a importância da interdisciplinaridade e as dificuldades que se
colocam à produção do conhecimento científico.
Os vídeos que sugerimos podem ser objeto de análise em qualquer tema, pois os fenómenos sociais
são de grande complexidade.

Os vídeos sugeridos podem ser acedidos através da .

Planeta A

Portugal, s/d. Falado em português. Duração: 50:15

Esta é uma série documental, em nove episódios, sobre o desafio da sustentabilidade e as soluções
que, a nível local e global, estão a ser postas em prática para combater os problemas que as
sociedades enfrentam.
Planeta A dá a conhecer algumas das respostas mais inovadoras a questões como a poluição, o
aquecimento global, o crescimento populacional exponencial, a pobreza e a desigualdade, bem
como as propostas para amenizar as tensões culturais, políticas e raciais que emergem de todos
esses desafios.
Ao longo de mais de dois anos, o anfitrião da série, João Reis, viajou por todo o mundo em busca
de perguntas e respostas, entre cientistas e investigadores mundiais, cruzando-os com o trabalho
de várias pessoas e organizações que estão a produzir mudanças localmente.
A preocupação central de Planeta A é olhar para as soluções além das sentenças fatalistas e dos
discursos e atitudes mais catastrofistas. Porque ainda é possível construir um planeta sustentável.
E porque não existe Planeta B.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 27


Pobreza e desigualdade

Portugal, s/d. Falado em português. Duração: 49:46

Apesar do progresso significativo que se verificou nas últimas décadas, cerca de 10% da população
mundial vive em situação de pobreza extrema, com menos de dois dólares por dia. O objetivo
determinado para 2030 apostava na redução da pobreza extrema para 3%, mas as alterações
cíclicas da economia mundial e a pandemia de covid-19 estão a adiar esse objetivo.
Num pequeno município do Rio de Janeiro (Brasil), João Reis mostra uma das soluções para a
eliminação da pobreza e a redução da desigualdade social: o rendimento básico universal. Na sua
essência, defende que todos nós, ricos e pobres, deveríamos receber transferências regulares de
dinheiro, sem nenhuma contrapartida.
Mas perante o aumento das desigualdades entre ricos e pobres, o combate à pobreza não pode
limitar-se à distribuição de dinheiro. A pobreza é um problema muito mais complexo e a sua solução
tem de passar por uma distribuição sustentável e equitativa de rendimentos, que envolve vários
fatores e áreas em que é urgente atuar.

28 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Educação

Portugal, s/d. Falado em português. Duração: 50:09

O ensino atual continua a seguir, maioritariamente, os métodos e os pressupostos usados nas


campanhas de evangelização religiosa há pelo menos 500 anos: aulas expositivas a partir de um
púlpito para uma plateia mais ou menos passiva, que se limita a reproduzir aquilo que recebe.
As consequências negativas da insistência num modelo datado são visíveis: os alunos gostam cada
vez menos de assistir às aulas; os jovens sofrem com a pressão das avaliações e dos resultados; a
saúde mental nas escolas está a deteriorar-se.
João Reis mergulha no quotidiano da École Dynamique, em França, um exemplo de escola
democrática assente num modelo de ensino que permite uma participação mais ativa dos alunos e
elimina as restrições das escolas tradicionais. Em Portugal, algumas escolas públicas aprenderam
com o exemplo das escolas democráticas e incutiram uma maior flexibilidade nos seus planos
curriculares, de forma a caminhar em direção a um ensino cada vez mais à la carte, no qual os
alunos desenvolvem a autonomia necessária que os prepara para a vida.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 29


Casamento gay: dizemos sim, em Portugal

Portugal, 2020. Falado em português. Duração: 01:21

Quem quer casar por amor, em nome da igualdade e contra todos os preconceitos? Casais do
mesmo sexo que assumem a relação e decidem dar o nó. Contra eles resistem culturas e
mentalidades, sociedades inteiras que os perseguem e impedem de ser felizes.
A Dinamarca foi o primeiro país do mundo a permitir a união civil e Portugal ficou em oitavo lugar
nesta luta pelos mesmos direitos e garantias de um casamento heterossexual. O dia histórico foi
em junho de 2010, quando duas mulheres disseram sim.

30 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


O que são homofobia, bifobia e transfobia?

Portugal, 2021. Falado em português. Duração: 01:14

Quem devemos amar?


O que é ser rapaz e o que é ser rapariga?
Não há respostas certas e fechadas para estas perguntas. Cada pessoa deve seguir a sua identidade
sexual e perseguir a sua ideia de felicidade. Devia ser assim num mundo em que direitos e
liberdades fossem respeitados.
Mas não. Ainda existe discriminação, humilhação, medo e ódio. Na rua, na escola, no trabalho ou
em casa, as pessoas LGBTIQA+ são muitas vezes olhadas como se tivessem uma doença. No passado
era assim que se tratava a homossexualidade, até a OMS a retirar da lista das doenças mentais em
17 de maio de 1990.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 31


O meu género

Portugal, 2021. Falado em português. Duração: 31:22

Antes de ver a luz, já a pergunta: menino ou menina? Há uns anos — e ainda hoje — se for menina
vestirá rosa, se for menino, azul. Às raparigas são oferecidas bonecas, aos rapazes automóveis. Mas
o que parece simples, não o é, nem nunca foi. Entre o feminino e o masculino existe um universo
de pessoas que não se identificam com o sexo registado à nascença. São pessoas transgénero, ou
simplesmente trans, sendo a identidade de género uma coisa diferente de orientação sexual e que
não deve ser confundida.
A identidade de género é a forma como a pessoa se identifica, como se sente, independentemente
do corpo com que nasceu. Pode considerar-se, na essência, como homem, mulher, um pouco de
ambos ou mesmo nenhum dos dois. Complexo? Talvez, mas há muito que se sabe que o sexo não
é uma questão de preto e branco. Há toda uma linha de cinzentos a explorar, como por exemplo as
pessoas agénero, as não binárias, as género fluído, entre outras.
Têm uma vida mais difícil, já que as questões de identidade interferem com a própria pessoa, mas
também com todas as que as rodeiam. A maioria das pessoas transgénero são vítimas de confusão,
incompreensão e mesmo de exclusão pelas suas famílias, na escola, no mercado de trabalho. A
maioria acaba por desenvolver doenças mentais como depressões e stress pós-traumático. Uma
percentagem significativa tenta o suicídio.

32 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Relatório mundial sobre a proteção social 2020-22

Organização Internacional do Trabalho, s/d. Narrado em português. Duração: 02:25

OIT – Organização Mundial do Trabalho


Trata das desigualdades sociais entre os países, exacerbadas com a crise económica e social
provocada pela pandemia da covid-19. Defende a necessidade de proteção social universal.

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Filmes

Visionamento de filmes seguido de «debate sociológico»


Um filme é, sem dúvida, um documento de trabalho sociológico. Identificar a realidade social
dentro da qual a teia de relações sociais se desenvolve é uma experiência de aprendizagem que
permitirá ao aluno passar do senso comum para uma análise mais focada na perspetiva
sociológica.
Assim, o visionamento e a discussão de filmes resultarão sempre numa aula motivante e de
grande valor pedagógico.
Os filmes que sugerimos podem ser objeto de análise em qualquer tema, visto a realidade social
ser um todo de grande complexidade, na qual os conceitos sociológicos se cruzam e estão
sempre presentes, embora nuns temas mais fortemente do que noutros.
Propomos duas formas de realização deste tipo de atividade:
• I. visionamento de um filme com guião;
• II. visionamento de um filme sem guião.

I. Visionamento de um filme com guião


Título original: L´enfant sauvage
Título em português: O menino selvagem
Realizador / Ano: François Truffaut / 1970
Elenco: Jean-Pierre Cargol, François Truffaut, Françoise
Seigner
Outros dados: França; p/b; 85 minutos
Sinopse: Este filme relata com grande rigor documental
a história verídica de um menino encontrado na floresta
de Aveyron (França), em 1798. Não sabia falar, ler ou
escrever e também não caminhava como um ser
humano. Esta criança, provavelmente abandonada
muito cedo, adquiriu a sua postura na floresta com os
animais, bem como o tipo de alimentação, os gostos, as
atitudes e os comportamentos.
Quando foi encontrado, o menino foi levado para casa do Dr. Jean Itard (1774-1838), que passou
a ser o seu tutor. Jean Itard desenvolveu um programa para a sua integração e deu-lhe
posteriormente o nome de Victor.
Victor morreu com cerca de 40 anos e a sua autópsia veio confirmar as opiniões médicas do seu
tutor – tinha sido uma criança normal que apenas não fora socializada com os seus semelhantes.

Informação à turma
O filme que acabou de ver baseia-se numa história verídica: a de uma criança «selvagem»
encontrada num bosque perto de Paris, em 1798, a quem, posteriormente, foi sendo
transmitida a cultura do grupo em que foi integrada.

34 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Apresentação de um questionário pré-elaborado

Responda às seguintes questões:


1. Caracterize a forma de andar, de beber, de comer e de se defender do «menino
selvagem» na altura em que foi encontrado.
2. Por que razão se chamou «menino selvagem» ao jovem encontrado na floresta?
3. Indique alguns dos primeiros ensinamentos culturais transmitidos ao «menino
selvagem».
4. Quando Victor produziu o seu primeiro artefacto, o porta-giz, o «menino
selvagem» transformou-se num ser cultural?
5. Indique dois outros comportamentos de Victor que evidenciem que ele se estava
a integrar na sociedade.
6. Comente, tendo em conta o filme, a seguinte afirmação: «Os indivíduos são um
produto e produtores de cultura».
7. Debata, no seu grupo de trabalho ou na turma em plenário, as consequências
sociais e pessoais de um desenvolvimento fora das normas sociais vigentes.

As respostas serão, posteriormente, avaliadas pelo professor.

II. Visionamento de um filme sem guião


Após o visionamento de um filme selecionado que aborde questões/temas relacionados com a
matéria estudada ou a estudar, pede-se aos alunos que relatem o seu conteúdo sob o ponto de
vista do espetador «comum».
Em seguida, o professor poderá orientar a exploração do filme segundo a perspetiva sociológica:

• Importância da interdisciplinaridade; • Transformações das


• Dificuldades que se colocam à famílias;
produção do conhecimento científico • Funções da escola;
em sociologia; • Desigualdades e identidades
• Ação social, que decorre segundo sociais;
modelos culturais; • Etc.
• Problemas sociais e problemas
sociológicos;
• Processo de socialização;
• Grupos sociais;
• Interação social;
• Papel e estatuto social;
• Representações sociais;
• Estereótipos;
• Valores;
• Normas e comportamentos;
• Globalização;
• Aculturação;

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 35


Mais uma vez, chamamos a atenção para o facto de que o que se pretende com este tipo de
atividade não é «dar matéria», mas sensibilizar o(a) estudante para a necessidade da busca do
conhecimento por detrás do que parece «natural».
Apresentamos, em seguida, sugestões de alguns filmes que poderão ser visionados à luz da
exploração de conceitos sociológicos. Muitos deles são baseados em histórias verídicas.

36 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Filme A boa mentira
Título original: The good lie
Título em português: A boa mentira
Realizador / Ano: Philippe Falardeau / 2014
Elenco: Reese Witherspoon, Corey Stoll, Sarah Baker
Outros dados: Índia, Quénia e EUA, colorido, 112
minutos
Sinopse: Um grupo de sudaneses, após um longo
caminho em direção a um campo de refugiados,
consegue entrar num voo humanitário rumo aos EUA.
Os sudaneses encontram aí uma assistente social,
Carrie Davis, que os ajuda a ter uma vida melhor. Esta
será uma oportunidade para Carrie mudar a sua visão
da realidade social e para perceber como a
generosidade pode realmente fazer a diferença na
vida de alguém.

Os alunos, ao visionarem o filme, poderão compreender a necessidade de uma abordagem


interdisciplinar na análise da realidade social.

Filme A balada de Adam Henry


Título original: The children act
Título em português: A balada de Adam Henry
Realizador / Ano: Richard Eyre / 2017
Elenco: Emma Thompson, Stanley Tucci, Ben Chaplin,
Fionn Whitehead
Outros dados: Reino Unido, cores, 105 minutos
Sinopse: Uma juíza tem de julgar o caso de um
adolescente de 17 anos com leucemia que é
Testemunha de Jeová e que se recusa, por motivos
religiosos, a receber uma transfusão de sangue que o
poderá ajudar a salvar a vida. Isto acontece enquanto
o seu casamento se está a desmoronar.
Nesta adaptação do livro homónimo de Ian McEwan, Emma Thompson, que interpreta o papel de
juíza, contracena com Stanley Tucci, que encarna o papel de seu marido, e Fionn Whitehead, de
Dunkirk, que interpreta o papel de adolescente.

O filme levanta questões sociais diversas sobre lei, justiça, vida, religião ou ética, demonstrando
que a realidade social é complexa.

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Filme/documentário O professor Bachmann e a sua turma

Título original: Herr Bachmann und seine Klasse

Título em português: O professor Bachmann e a sua turma


Realizadora / Ano: Maria Speth / 2021
Elenco: Dieter Bachmann, Aynur Bal, Önder Cavdar
Outros dados: Alemanha, colorido, 218 minutos, Prémio de Cinema Alemão de Melhor
Documentário

Sinopse: Em Stadtallendorf, cidade alemã com uma história complexa no que respeita à integração
e exclusão de estrangeiros, o professor Dieter Bachmann oferece aos seus alunos a chave para o
sentimento de pertença. Com idades entre os 12 e os 14 anos, os estudantes são provenientes de
doze países diferentes e alguns ainda não dominam a língua alemã.
Bachmann está empenhado em inspirar estes cidadãos-em-construção com o sentido de
curiosidade, para que tenham vontade de desenvolver um vasto conjunto de saberes, disciplinas,
culturas e opiniões.

O filme levanta questões sociais diversas sobre interação social, grupos sociais, socialização,
representações sociais, globalização, família, escola, desigualdades e identidades sociais.

38 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Filme Uma turma difícil
Título original: Les héritiers

Título em português: Uma turma difícil


Realizadora / Ano: Marie-Castille Mention-Schaar / 2014
Elenco: Ariane Ascaride, Ahmed Dramé, Noémie Merlant, Geneviève Mnich, Stéphane Bak.
Outros dados: França, colorido, 100 minutos. Baseado numa história verídica, o filme aborda os
desafios da educação e a importância da escola.

Sinopse: No Liceu Léon Blum, em Créteil, França, uma professora de História depara-se com o
desrespeito, a violência e a falta de perspetivas na mais complicada e problemática das suas turmas
do 10.º ano: um grupo de adolescentes de diferentes origens, que parecem ter muito pouco em
comum para além da indisciplina e do fraco aproveitamento escolar.
Ao ver as suas estratégias de ensino esgotarem-se, a professora propõe-lhes um desafio: entrarem
no Concurso Nacional da Resistência e da Deportação, um concurso de reflexão sobre as memórias
do Holocausto e o seu impacto nos jovens de hoje.
Contra todas as expectativas, os alunos vão empenhar-se no projeto e encontrar na diferença a
força da união. O contacto com sobreviventes dos campos de concentração nazis vai revelar-se uma
experiência transformadora com um impacto profundo na vida dos alunos.

O filme levanta questões sociais diversas sobre interação social, grupos sociais, socialização,
representações sociais, estereótipos e processos de estigmatização, globalização, família, escola,
desigualdades e identidades sociais.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 39


Filme Passámos por cá
Título original: Sorry we missed you

Título em português: Passámos por cá


Realizador / Ano: Ken Loach / 2019
Elenco: Kris Hitchen, Nikki Marshall, Debbie Honeywood.
Outros dados: Grã-Bretanha, França, Bélgica, colorido, 101 minutos.

Sinopse: O filme destaca a precarização do trabalho e o empobrecimento. Após a crise económica


e financeira de 2008, uma família trabalhadora de pai, mãe, filho e filha sofre dificuldades
económicas crescentes.
O pai decide começar a trabalhar por conta própria, faz um franchise de entregas ao domicílio e
compra uma carrinha. Para fazerem face à despesa da compra da carrinha, têm de vender o carro
da mãe, que passa a gastar diariamente muito tempo nos transportes para se deslocar para o
trabalho. Neste novo emprego, o pai, visto que não tem salário fixo, tem de trabalhar cada vez mais
horas e a um ritmo mais acelerado. Ao fim de algum tempo, a falta de rendimentos, o excesso de
trabalho e os problemas deste negócio acentuam os problemas familiares.

O filme levanta questões sociais diversas sobre interação social, grupos sociais, socialização,
representações sociais, globalização e estilos de vida, família, escola, desigualdades e identidades
sociais, pobreza.

40 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Filme As sufragistas
Título original: Suffragette

Título em português: As sufragistas


Realizadora / Ano: Sarah Gavron / 2015
Elenco: Helena Bonham Carter, Carey Mulligan, Meryl Streep, Ben Whishaw
Outros dados: França, Reino Unido, colorido, 106 minutos

Sinopse: No início do século XX, as mulheres, apoiadas pelos conceitos liberais de igualdade e de
liberdade, passaram a reivindicar o direito de participação na política e a exigir leis mais justas que
as incluíssem nas decisões parlamentares.
Apesar do importante papel social das mulheres, principalmente no que se refere à educação, até
então elas não eram vistas como capazes de escolher os governantes.
No Reino Unido, o movimento de reivindicação começou com a fundação da União Nacional pelo
Sufrágio Feminino. De modo a expor as leis sexistas e a mudar a forma como eram olhadas, algumas
mulheres da classe operária juntam as suas vozes à de Emmeline Pankhurst, uma mulher à frente
do seu tempo que há muito lutava pelos direitos das mulheres. Assim, desistindo do protesto
pacífico de simples manifestações de rua ou de greves de fome que nunca as tinha levado a lado
algum, estas mulheres desafiam o Estado e partem para formas de luta cada vez mais radicais,
enfrentando tudo em prol da igualdade de direitos e oportunidades.

Conceitos como socialização, estratificação social, desigualdade de género, papéis sociais e


estatuto social poderão ser explorados a partir do visionamento deste filme.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 41


Filme Roma
Título original: Roma
Realizador / Ano: Alfonso Cuarón / 2018
Elenco: Yalitza Aparicio, Marina de Tavira, Diego Cortina Autrey
Outros dados: México, p/b, 135 minutos

Sinopse: Este filme conta a história de uma família e das suas empregadas domésticas num bairro
da cidade do México, em 1970 e 1971. Vários acontecimentos vão alterar a vida da família e das
suas empregadas e originar grandes mudanças.

A partir deste filme, os alunos poderão explicar transformações associadas à vida familiar na
sociedade contemporânea.

42 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Filme Um guia para a vida
Título original: Green book
Título em português: Um guia para a vida
Realizador / Ano: Peter Farrelly / 2018
Elenco: Viggo Mortensen, Mahershala Ali, Linda Cardellini
Outros dados: Estados Unidos da América, colorido, 130 minutos

Sinopse: Tony Lip, desempregado desde o encerramento da discoteca onde trabalhava como
segurança, está disposto a aceitar qualquer trabalho.
Um dia, conhece Don Shirley, um famoso pianista negro que procura alguém que ocupe
simultaneamente os cargos de motorista e de segurança durante a digressão de oito semanas que
está prestes a fazer pelo Sul do país. Mas os temperamentos de cada um, diametralmente opostos,
vão transformar aquela viagem num verdadeiro desafio, numa ação que retrata os EUA no ano de
1962.

Os conceitos de estratificação social, papel e estatuto social, cultura, socialização, preconceitos,


entre outros, poderão ser explorados a partir do visionamento do filme.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 43


Filme A raiva
Título original: A raiva
Realizador / Ano: Sérgio Tréfaut / 2015
Elenco: Luís Miguel Cintra, Lia Gama, Herman José, Rogério Samora
Outros dados: Portugal, p/b, 84 minutos. Um conto negro sobre o abuso e a revolta a partir de
Seara de Vento, do escritor Manuel da Fonseca, um clássico da literatura portuguesa do século XX.

Sinopse: Alentejo, 1950. Nos campos desertos do sul de Portugal, fustigados pelo vento e pela
fome, a vida é difícil.
Os trabalhadores rurais, sob o domínio dos grandes proprietários, trabalham de sol a sol e o que
ganham muitas vezes não é suficiente para alimentar a família. Uma noite, depois de ser vítima de
uma grande injustiça, um homem perde a razão e transforma-se num assassino?
Um filme sobre a pobreza, a opressão e as injustiças sociais, inspirado num caso real acontecido em
Beja, em 1930.

Os conceitos de estratificação social, papel e estatuto social, cultura, socialização, preconceitos,


desigualdades sociais e identidades sociais, entre outros, poderão ser explorados a partir do
visionamento do filme.

44 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Filme Listen
Título original: Listen
Título em português: Ouve-me
Realizadora / Ano: Ana Rocha / 2020
Elenco: Lúcia Moniz, Ruben Garcia, Sophia Myles
Outros dados: Portugal, Reino Unido e Irlanda do Norte, colorido, 73 minutos

Sinopse: Nos subúrbios de Londres, Bela e Jota enfrentam sérias dificuldades quando os «serviços
sociais» levantam suspeitas sobre a segurança dos seus três filhos. A surdez da filha de 7 anos
desencadeia um processo no sistema que parece não ter fim. Tudo se complica com o passar do
tempo.
Ouve-me retrata a desgastante luta pela união da família após um erro irreversível.

Os conceitos de instituição social, estratificação social, papel e estatuto social, cultura,


socialização, preconceitos, racismo, desigualdades sociais e identidades sociais, pobreza, entre
outros, poderão ser explorados a partir do visionamento do filme.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 45


Documentários

A Luta Continua
Programa Linha da Frente, Episódio
20, RTP, em 22/09/2022.
Duração: 30 minutos

O que move os jovens em Portugal?


Os jovens em Portugal levantam a voz por novas causas.
Ativos, inconformados, muitos acreditam mais no poder das ruas do que no das eleições. Votam
pouco em relação à média europeia, desconfiam dos partidos políticos, mas são os primeiros a
erguerem-se para mudar o mundo.
Usam a internet como uma arma e através do telemóvel passam palavra, fazem petições, cartas
abertas, boicotes e convocam manifestações.
O Linha da Frente entrou nos bastidores dos protestos, falou com ativistas, associações académicas
e grupos de ação.

Longevidade  Desafios Económicos e Sociais


Os desafios da demografia em Portugal
Episódios 1 e 2, RTP, de 10 e 17 de
outubro de 2022
Duração: 50 minutos cada episódio

Os portugueses vivem cada vez mais anos, têm cada vez menos filhos e existe a necessidade de
uma imigração cada vez mais qualificada. Esta realidade demográfica implica adaptações urgentes
que melhorem o bem-estar das populações, mas também enormes desafios para o futuro da
economia nacional.
Num país em que a produtividade continua baixa e a dívida pública demasiado elevada, o
crescimento económico exige soluções inovadoras e, por vezes, disruptivas.

46 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


III. PROPOSTAS DE VISITAS DE ESTUDO

As propostas de visitas de estudo estão, na sua totalidade e em formato editável (Word®), em


.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 47


IV. PROPOSTA DE TRABALHO PRÁTICO EM ALTERNATIVA À
APRESENTADA NO MANUAL

A proposta de trabalho prático em alternativa à apresentada no manual está disponível, na sua


totalidade e em formato editável (Word®), em .

48 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


V. APOIO À REALIZAÇÃO DE TRABALHOS
Guia de investigação

Apresenta-se, em seguida, um método de abordagem para um tema de pesquisa.


1. Identificação da problemática em estudo. Formulação/identificação do tema/
temática em estudo:

> Qual a área de estudo?

> Qual o domínio científico do meu problema?

2. Identificação do problema/objeto de estudo. Formulação da pergunta de partida:

> O que vai ser investigado/pesquisado?


> Qual a questão a que quero responder?

3. Procura de informação para exploração do problema: Onde procurar os elementos


necessários para o estudo?

> Notícias específicas sobre o tema, retiradas de jornais e revistas científicas


da especialidade.
> Inquéritos por questionário e por entrevista.
> Recolha bibliográfica (obras científicas, entre outras).
> Estudos científicos.

4. Seleção e análise da informação recolhida. Deverá ser feita uma seleção da(os)
informação/dados, que permita estabelecer a relação entre as variáveis que foram
consideradas corretas para o estudo em causa; isto é, deverá ser selecionada a
informação que permita testar o quadro teórico estabelecido. Nesta fase será
testada a relação que se definiu entre as variáveis.

> Os dados estatísticos deverão ser objeto de análise estatística; os


documentos serão trabalhados através da análise documental; os resultados
das entrevistas serão objeto de análise de conteúdo.

5. Conclusões. As conclusões resultam da análise dos dados recolhidos e deverão:

> dar resposta à questão de partida;


> incluir pistas para solucionar o problema;
> sugerir caminhos para aprofundar o estudo iniciado.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 49


O relatório – sugestão de uma estrutura
O relatório do(a) trabalho/estudo/pesquisa efetuado(a) deverá seguir uma estrutura sequencial,
articulada e coerente. Independentemente das particularidades de cada relatório, decorrentes
do tema em estudo, da questão de partida e das características do investigador, nele deverão
constar:

1. Capa • Identificação da escola.


• Identificação da disciplina.
• Identificação do trabalho realizado.
• Identificação do(s) autor(es) do relatório.
• Identificação da data de realização do relatório.

2. Índice • De siglas, de tabelas, de quadros, de gráficos, de esquemas, de mapas


(um índice particular para cada situação).
• De conteúdo, isto é, identificação das partes e dos capítulos em que o
relatório se encontra organizado, bem como o número de página em
que cada capítulo se inicia. O índice dá, assim, a conhecer a estrutura
do relatório.

3. Corpo do • Composto por introdução, desenvolvimento e conclusão:


relatório
> Introdução, que inclui a:

 identificação do problema em estudo;

 justificação da pertinência do estudo a realizar;

 definição dos objetivos do estudo;

 apresentação da estrutura do relatório.

> Desenvolvimento é a parte principal do relatório, que permite:

 identificar os dados utilizados e a sua natureza;

 seguir as diferentes etapas da pesquisa;

 compreender a metodologia subjacente ao trabalho realizado.

> Conclusão, onde se apresentam os resultados do estudo realizado,


podendo incluir soluções para o problema em análise e/ou
apresentar novas pistas para aprofundamento do tema.

4. Referências • Listagem de livros, capítulos de livros, revistas, artigos e endereços da


bibliográficas internet que foram utilizados, em conformidade com as regras de
utilização.

50 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Regras gerais para a formatação dos trabalhos

1. O texto deve ser processado em Word:


• Fonte: Times New Roman; tamanho 12 (salvo as exceções a seguir indicadas).
• Margens superior e inferior: 2,5 cm; margens esquerda e direita: 3 cm.
• «Header» e «footer»: 1,25 cm; espaçamento: 1,5 linhas e justificado.

2. As páginas que antecedem o trabalho propriamente dito devem ser numeradas da


seguinte forma:
• capa: corresponde à página i (não devendo ser inscrita);
• resumo: corresponde à página ii (em trabalhos mais complexos, o resumo deverá
ser feito igualmente em língua inglesa, correspondendo, assim, à página iii);
• índice: corresponde à página iii;
• índice de quadros, etc.: corresponde à página iv;
• lista de abreviaturas: corresponde à página v.

3. A numeração das páginas do trabalho será feita em numeração árabe, que é inscrita,
normalmente, no canto inferior direito, iniciando-se, assim, na Introdução, com o n.º 1.

4. Todos os capítulos deverão começar numa nova página e o seu título deverá estar em
letra maiúscula, a «bold» e com tamanho 14; os subcapítulos em letra minúscula,
tamanho 12 e «bold».

5. Quando há referência a obras consultadas, deve indicar-se, entre parêntesis, o autor e


o ano da obra considerada.

6. Quando se fazem citações, se estas tiverem até 40 palavras, podem vir na sequência do
texto; caso sejam superiores, devem ser destacadas no texto com margens diferentes
(«indentation»: «before text» a 0,63 cm e «after text» a 0,4 cm) e espaçamento simples.

7. Os termos em língua estrangeira devem estar em itálico.

8. As siglas das abreviaturas devem ser utilizadas entre parêntesis depois da expressão
completa, numa primeira referência. Em referências posteriores, basta usar a sigla.

9. As siglas não devem ter pontos a separar as letras maiúsculas que a formam. Por
exemplo: «INE», e não «I.N.E.»

10. Na construção da bibliografia há diversos sistemas de referenciação. O mais aceite


internacionalmente é o sistema da American Psychological Association (APA). Os
documentos bibliográficos podem ser utilizados de diversas maneiras no corpo do
relatório:
• como mobilização de um autor que se referiu ao tema e que nos ajuda e/ou
corrobora as nossas afirmações/ conclusões, suportando assim o nosso texto; neste
caso podemos colocar o apelido do autor seguido da data da obra consultada entre
parêntesis ou podemos iniciar a frase com uma expressão como «Segundo (…)», a
que se segue o apelido do autor e depois, entre parêntesis, a data da obra
consultada;

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 51


• como citação, que corresponda à transcrição das palavras do autor que estamos a
utilizar; no caso de uma citação pequena, inclui-se no corpo do nosso texto, entre
aspas e referenciado como no exemplo acima, mas com indicação da página
consultada; no caso de uma citação mais extensa, esta deverá surgir
autonomamente, fora do nosso texto, paragrafada e alinhada à direita, seguindo a
referenciação do autor a regra acima indicada (autor, data, página).

Exemplos
• Um livro com um autor:
> Cabrito, B. (2002). Financiamento do ensino superior. EDUCA.

• Um livro organizado (ou editado, ou coordenado) por vários autores:


> Cerdeira, L., Cabrito, B., Patrocínio, T., Machado, L. & Brites. R. (orgs.) (2012).
CESTES – Custos dos estudantes do ensino superior em Portugal. EDUCA.

• Um capítulo de um livro:
> Cabrito, B. (2011). Financiamento e privatização do ensino superior em
Portugal: entre a Revolução de Abril e a Declaração de Bolonha. In B. Cabrito e
V. Chaves (orgs.). Políticas de financiamento e acesso da educação superior no
Brasil e em Portugal – Tendências atuais (pp.45-60). EDUCA.

• Uma referência da internet:


> Seabra, S. (2010, março 15). Ensino Básico: Repercussões da organização
curricular por competências na estruturação das aprendizagens escolares e
nas políticas curriculares de avaliação. Universidade do Minho.
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/10877/1/tese.pdf
ou:
> Toner, K. (2020, September 24). When Covid-19 hit, he turned his newspaper
route into a lifeline for senior citizens.
CNN. https://www.cnn.com/2020/06/04/us/coronavirus-newspaper-
deliveryman-groceries-senior-citizens-cnnheroes-trnd.html

As várias referências da internet devem ser apresentadas na webgrafia.

52 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


VI. SUGESTÕES METODOLÓGICAS PARA A SALA DE AULA

1. Introdução
Vivemos tempos de mudança e avista-se um novo paradigma educativo com novas estratégias de
ensino, avaliação e aprendizagem que permitam, para além da aquisição de conhecimentos, o
desenvolvimento de competências por parte dos estudantes e promovam o trabalho cooperativo
e uma aprendizagem ativa, conforme preconiza o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade
Obrigatória.
De modo a motivar os alunos, por um lado, e a podermos acompanhar o que se designa de Quarta
Revolução Industrial, por outro, seria importante procedermos à integração pedagógica das
tecnologias digitais na sala de aula.
As metodologias de ensino, avaliação e aprendizagem desenvolvidas em sala de aula são uma das
componentes dos contextos de aprendizagem, onde se incluem, também, todas as restantes
atividades que decorrem numa aula, bem como o seu ambiente e equipamentos disponíveis,
incluindo ainda os alunos, o professor, a comunicação entre estes, o currículo, as estratégias e
regras implementadas. Deste modo, «o professor é, por excelência, um criador e gestor de
contextos de aprendizagem» (Figueiredo, 2016, p. 814), sobretudo no desenvolvimento de aulas
tradicionais. Contudo, o professor pode partilhar o controlo do contexto de aprendizagem em
determinadas circunstâncias com os alunos, sendo que, quanto maior for esta transferência de
controlo para os alunos, mais complexo se torna o contexto de aprendizagem. Será o que acontece
quando são utilizadas metodologias ativas e cooperativas.
Podemos propor o desenvolvimento de atividades utilizando metodologias de Aprendizagem
Cooperativa e Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), como modelos centrados nos alunos,
considerando o conhecimento como pessoal, social e cultural, numa perspetiva construtivista do
ensino e da aprendizagem. Estes modelos promovem a interação dos alunos entre si e com o
professor, promovem a exploração das ideias e um ambiente de aprendizagem caracterizado pela
cooperação, desenvolvimento de competências e autonomia dos alunos (Arends, 2008).
Estas metodologias, sempre que possível apoiadas por tecnologias digitais, devem ser introduzidas
gradualmente, em partes de aulas ou em algumas aulas, pois é importante a adaptação do
professor e dos alunos a estas metodologias ativas, sendo necessário criar rotinas de sala de aula
que permitam a sua gestão tranquila e segura. Por outro lado, considera-se também relevante a
diversificação de metodologias de ensino-aprendizagem utilizadas, na medida em que se deve
procurar um equilíbrio, conjugando o ensino transmissivo com a utilização de metodologias mais
ativas tendo em conta as especificidades dos conteúdos e características da disciplina.

© Texto | Sociologia 12.o ano 53


Neste tipo de metodologias, como os alunos trabalham em pares ou grupos com um grande nível
de interação entre si, será necessário planificar cuidadosamente alguns aspetos, destacando os
seguintes:
• Disposição do mobiliário e dos alunos na sala de aula (local da aula e organização
do seu espaço físico).
• Formação dos grupos de trabalho (número de alunos por grupo e forma como estes
se devem agrupar).
• Funcionamento do grupo (papéis e funções atribuídas a cada elemento do grupo).
• Elaboração de guião de acompanhamento das atividades e tarefas (com objetivos,
competências, conteúdos, temas e subtemas, etapas, calendarização, forma de
apresentação dos resultados e critérios de avaliação).
• Avaliação e documentos de suporte (por exemplo, através de uma grelha de
observação e de avaliação de competências).
(Rodrigues, 2019)

2. Aprendizagem Cooperativa
A aprendizagem cooperativa pode ser desenvolvida através de diversas estratégias de
ensino-aprendizagem, sendo comum, com diversas variantes, a designada por Arends (2008) de
«investigação de grupo».
A estratégia de ensino de investigação de grupo pode ser normalmente desenvolvida ao longo de
seis etapas: i) identificação do tema a estudar e organização dos alunos em grupos; ii) planificação
em conjunto das tarefas e objetivos de aprendizagem; iii) realização da investigação, com um
conjunto de atividades dentro e fora da escola, com apoio do professor; iv) preparação de um
relatório final, com análise e síntese da informação recolhida; v) apresentação do trabalho, com a
coordenação do professor; e vi) avaliação, individualmente ou em grupo.

Assim, propõe-se o seguinte plano de trabalho como estratégia para uma aprendizagem
cooperativa:
1. Selecionar um tema dos conteúdos da disciplina, que possa ser subdividido em
subtemas.
2. Distribuir cada subtema por grupo, sobre o qual os alunos terão de investigar (com
acesso à Internet, por exemplo, nos smartphones, e/ou utilizando o manual escolar
ou a biblioteca). Pode ser um trabalho para algumas aulas ou apenas uma.
3. Seguir as etapas enunciadas, com a construção de um guião de trabalho e respetivo
acompanhamento pelo professor.
4. Apresentação final dos trabalhos de cada grupo, com discussão das conclusões.
5. Autoavaliação, avaliação conjunta e formativa pelo professor.
(Rodrigues, 2019)

54 © Texto | Sociologia 12.o ano


3. Aprendizagem Baseada em Problemas
A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), ou muitas vezes designada «Abordagem Baseada
em Problemas», apresenta algumas características coincidentes e outras semelhantes com outras
metodologias cooperativas, nomeadamente a de trabalho de projeto. No entanto, pode
diferenciar-se particularmente pela definição de uma questão ou problema orientador (Rodrigues,
2019).
Deste modo, podemos distinguir como características específicas da aprendizagem baseada em
problemas: a organização do ensino em função de uma questão-problema da vida real, que seja
relevante em termos sociais e com significado para os alunos; o enfoque interdisciplinar; o trabalho
colaborativo; a investigação autêntica com procura de soluções para problemas reais; e a produção
pelos alunos de recursos e materiais para apresentação das soluções e resultados (Arends, 2008).
Tal como outras metodologias ativas, esta pretende desenvolver o pensamento crítico, as
competências sociais, a autonomia e a capacidade de resolução de problemas, através da
experimentação, neste caso procurando soluções realistas para situações reais ou simuladas.
Na realização de aulas baseadas em problemas podemos considerar as seguintes fases:
i) planificação das aulas, com a organização dos grupos, definição dos objetivos específicos e criação
da situação problemática; ii) organização dos recursos e planeamento da logística se forem
efetuadas saídas da escola; iii) orientação dos alunos para os problemas, devendo estes
compreender o seu papel de investigadores e tornarem-se aprendentes independentes, enquanto
o professor orienta e apoia; iv) criação da forma de apresentação dos resultados (por exemplo, em
exposições ou com recursos digitais); v) análise e avaliação do processo, tendo por base o
desempenho dos alunos, com avaliação do processo de pensamento e do potencial da
aprendizagem (Arends, 2008).

4. Exemplos práticos
1. A atividade «Graffiti» como metodologia cooperativa
A atividade «Graffiti» é uma metodologia cooperativa simples, que permite a participação de
todos os alunos da turma, mesmo dos que tenham mais dificuldades de aprendizagem,
podendo ser usada para explorar diferentes conteúdos. Esta metodologia fomenta o
pensamento criativo de todos os alunos, com o desenvolvimento da flexibilidade intelectual,
segundo Lopes e Silva (2009).
Esta atividade consiste na produção de ideias, sendo realizada em pequenos grupos
heterogéneos de alunos. As ideias serão livremente representadas, através de escrita, do
desenho ou de esquemas, numa folha dividida em igual número de partes consoante o
número de elementos do grupo. Por fim, este produto final que corresponde ao graffiti, será
apresentado por cada grupo e explicado à turma.

2. Método cooperativo K-W-L (Know-Want-Learn)


Outro método cooperativo, o K-W-L (Know-Want-Learn), de curta duração, pode ser aplicado
após uma explicação ou demonstração sobre determinado conteúdo.
O professor distribui cartões pelos alunos onde estes devem escrever três termos
importantes para recordarem, duas ideias ou factos sobre os quais gostariam de saber mais

© Texto | Sociologia 12.o ano 55


e um conceito, processo ou competência que acham que já dominam, para posteriormente
verificarem o que já aprenderam (Lopes & Silva, 2009).

3. Como formular questões na Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP)?


Exemplos de questões que poderão ser trabalhadas:
• Como reduzir o nível de pobreza numa determinada zona/concelho?

• Que estratégias poderíamos usar para reduzir a discriminação social?

• Como contornar os perigos da desinformação e/ou divulgação das


representações sociais através dos meios de comunicação social?

• Quais as possíveis ações a desenvolver para minimizar o consumo global?

• Como resolver o insucesso e abandono escolar?

4. Como usar o telemóvel (dos alunos) integrado no processo de ensino e aprendizagem?


Uma das dificuldades mais comuns é a insuficiência de equipamentos e recursos tecnológicos
para utilização das tecnologias digitais com os alunos, em alguns casos até da internet. Desta
forma, temos de ter em linha de conta este facto e adaptarmos as estratégias e atividades
aos recursos disponíveis. Uma solução poderá ser a utilização dos smartphones dos alunos,
que usualmente têm internet no telemóvel (dados móveis), a pares ou em grupo, para o caso
de alguns alunos não os terem disponíveis.
Será importante também explicar aos alunos como se deve pesquisar na internet,
nomeadamente na escolha das palavras-chave a pesquisar e seleção de fontes e sites mais
fidedignos. Também será relevante abordar algumas questões éticas como o plágio e o
chamado «copy/ paste».
Não devemos ter receio de usar tecnologia digital por pensarmos que os alunos sabem mais
do que nós nesta área. Muitas vezes, isto não é verdade, pois os alunos sabem utilizar de
forma lúdica as tecnologias, mas nem sempre sabem como as usar em termos de
aprendizagem. Esse, sim, será o nosso papel!
Muitas atividades podem ser planeadas com a integração dos telemóveis, sendo importante,
para evitar distrações, dar instruções claras aos alunos, distribuir tarefas e pedir um produto
final para que possamos verificar no final o trabalho que estiveram a desenvolver.
Podemos por exemplo solicitar uma pesquisa sobre um determinado tema ou documentário
visualizado na aula ou uma notícia da imprensa, com a produção de um resumo sobre os
resultados encontrados ou preenchimento de uma ficha ou formulário Google com questões
sobre o tema pesquisado.

Bibliografia
• Arends, R. (2008). Aprender a ensinar (7th ed.). McGraw-Hill.
• Figueiredo, A. D. (2016). «A pedagogia dos contextos de aprendizagem».
Revista e-Curriculum, 14(3), 809-836. http://revistas.pucsp.br/curriculum/article/view/28989
• Lopes, J. & Silva, H. (2009). A Aprendizagem cooperativa na sala de aula. Lidel.
• Rodrigues, A. L. (2019). Aprendizagem Ativa — Como inovar na sala de aula.
Lisbon International Press.

56 © Texto | Sociologia 12.o ano


Avaliação

Avaliação

SOCIOLOGIA
12.o ano
Avaliação

Teste diagnóstico

A realização de um teste diagnóstico no início de uma disciplina como a Sociologia deverá ter como
objetivo essencial não a constatação do que o aluno não adquiriu, visto não ser ainda portador de
conhecimentos que só irá adquirir ao longo do ano, mas a identificação de noções de senso comum
e representações que os alunos possam ter e que, uma vez identificadas, constituirão informação
para o professor orientar as suas aulas.
Sendo a Sociologia uma disciplina em que entre o sujeito (aluno) e o objeto (a realidade social)
existe uma grande proximidade, será, certamente, de grande utilidade pedagógica e didática o
conhecimento de possíveis enviesamentos que possam ser menorizados e combatidos no decorrer
do estudo da nova disciplina de grande componente formativa e de cidadania.
Assim, o teste diagnóstico não deverá ser objeto de classificação, ficando o professor com as
informações que adquiriu para orientação do seu trabalho pedagógico-didático e, eventualmente,
para avaliar a progressão da aprendizagem dos seus alunos no final do ano letivo.

© Texto | Sociologia 12.o ano 57


Teste diagnóstico
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

As questões que se seguem são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Selecione-a.

1. A Sociologia surgiu no século XIX para


(A) compreender as normas que regulam as relações entre as pessoas.
(B) estudar o comportamento humano e os processos individuais.
(C) analisar as ações dos seres humanos ao longo do tempo.
(D) explicar os desequilíbrios e mudanças da sociedade industrial.

2. As principais influências para o surgimento da Sociologia foram


(A) as revoluções científica, democrática e industrial.
(B) a globalização económica, financeira e cultural.
(C) os movimentos ecologistas, estudantis e feministas.
(D) o pensamento de sociólogos como Max Weber.

3. O conhecimento científico em Sociologia e nas outras ciências encontra-se baseado


(A) na aplicação de entrevistas.
(B) nas ideias que as pessoas têm.
(C) na aplicação do método científico.
(D) nas explicações de senso comum.

4. A cultura de um povo é constituída


(A) pelos seus conhecimentos em Literatura, Filosofia, Arte e outros conhecimentos eruditos.
(B) pelo conjunto das suas maneiras de pensar, sentir e agir.
(C) pelos seus valores, ideias e crenças.
(D) pelas suas produções intelectuais.

5. O namoro é um fenómeno social. Esta afirmação é


(A) verdadeira, porque diz respeito à vontade de cada indivíduo.
(B) falsa, porque é apenas um fenómeno individual.
(C) verdadeira, porque decorre da vida em sociedade.
(D) falsa, porque é uma relação que apenas diz respeito a duas pessoas.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 59


6. O processo que permite aprender as maneiras próprias de estar em sociedade designa-se por
(A) aprendizagem de regras de convívio social.
(B) aprendizagem de regras de etiqueta.
(C) socialização.
(D) sociabilidade.

7. O grupo de amigos é um agente de socialização que intervém no processo de socialização


secundária. Esta afirmação é
(A) verdadeira, porque o grupo de amigos é o agente de socialização mais
importante na infância.
(B) falsa, porque o grupo de amigos não substitui outros agentes de socialização,
como a família e a escola.
(C) verdadeira, porque o grupo de amigos intervém no processo de socialização na
adolescência e na vida adulta.
(D) falsa, porque o grupo de amigos pode originar conflitos com outros agentes de
socialização, como a família.

8. Um comportamento considerado desviante é um comportamento


(A) contrário às normas em qualquer sociedade.
(B) contrário às normas numa dada sociedade.
(C) considerado criminoso, qualquer que seja a sociedade onde ocorra.
(D) contrário às normas, mas não reprovado socialmente.

9. O fenómeno da aculturação significa


(A) pessoas sem cultura.
(B) uma menor cultura.
(C) a aquisição de elementos de outra cultura.
(D) pessoas com maior cultura.

10. As instituições sociais são


(A) estruturas sociais com caráter duradouro.
(B) estruturas sociais não duradouras.
(C) organizações específicas das sociedades tradicionais.
(D) organizações específicas das sociedades conservadoras.

11. A globalização é um fenómeno que se manifesta no(s) domínio(s)


(A) económico.
(B) cultural.
(C) político.
(D) económico, político, social e cultural.

60 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


12. Na sociedade global, os padrões comportamentais são
(A) menos homogéneos.
(B) diversificados.
(C) mais homogéneos.
(D) mais diversificados.

13. A sociedade contemporânea é


(A) uma sociedade de risco e incerteza.
(B) uma sociedade de risco, mas com certeza.
(C) uma sociedade de baixo risco, mas com incerteza.
(D) uma sociedade de baixo risco e incerteza.

14. As famílias monoparentais, constituídas por mãe ou pai e filhos(as) são


(A) mal-aceites pela sociedade.
(B) resultado de erros conjugais.
(C) prejudiciais à educação das crianças.
(D) novas formas de família.

15. Em Portugal, a participação da mulher no trabalho fora de casa tem implicado, em termos
gerais
(A) o apoio proporcional do cônjuge em casa nos trabalhos domésticos.
(B) o apoio menos do que proporcional do cônjuge nos trabalhos domésticos.
(C) realização pessoal pela acumulação de trabalho.
(D) um menor envolvimento emocional no cuidar da casa e dos filhos.

16. Discriminar negativamente é


(A) considerar que todas as pessoas têm acesso à satisfação das necessidades básicas e
aos mesmos direitos.
(B) tratar injustamente pessoas por pertencerem a determinado grupo social,
considerado inferior.
(C) considerar que a predisposição das pessoas para certas tarefas depende das
aprendizagens.
(D) desconstruir os valores em que se baseiam preconceitos, como, por exemplo, os
racistas e xenófobos.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 61


Teste de avaliação
Tema I – Teste A

Nome N.o Turma Data / /


Avaliação E. Educação Professor

Grupo I

As questões do Grupo I são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Selecione-a.

1. Os factos sociais caracterizam-se por serem


(A) complexos e imutáveis.
(B) imutáveis e exteriores aos indivíduos.
(C) totais e não coercivos.
(D) complexos e exteriores aos indivíduos.

2. O estudo dos fenómenos sociais requer o contributo das várias ciências sociais.
Esta afirmação é
(A) verdadeira, porque os fenómenos sociais são complexos, pluridimensionais e a sua
compreensão exige a complementaridade das ciências sociais.
(B) falsa, porque cada ciência social ajuda a compreender melhor a sociedade em que
vivemos e a melhorá-la.
(C) verdadeira, porque os fenómenos sociais podem ser, apenas, políticos, económicos
ou sociológicos.
(D) falsa, porque cada ciência social dá-nos uma visão imparcial e completa dos
fenómenos sociais complexos.

3. A pobreza é um fenómeno social total, porque é um fenómeno


(A) complexo e com implicações em diversos níveis da realidade social.
(B) global e que afeta um elevado número de indivíduos.
(C) generalizado e com consequências muito diversificadas.
(D) unidimensional e com formas variadas consoante a sociedade.

4. Os factos sociais são coercivos e exteriores aos indivíduos. Esta afirmação é


(A) verdadeira, porque os factos sociais variam de época para época.
(B) falsa, porque os factos sociais variam de sociedade para sociedade.
(C) verdadeira, porque os factos sociais são impostos aos indivíduos.
(D) falsa, porque os factos sociais são universais e exteriores aos indivíduos.

5. O etnocentrismo é
(A) uma técnica de investigação.
(B) uma atitude científica.
(C) um método de investigação.
(D) um obstáculo à produção de conhecimento científico.
Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 63
Grupo II

Leia o texto e responda às questões que se seguem.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) define desempregado como um indivíduo com


a idade entre os 15 e os 74 anos que, num período de referência, não tem trabalho
remunerado nem qualquer outro, está apto e disponível para trabalhar imediatamente
e procura emprego. A taxa de desemprego é, portanto, o indicador que mede o nível
de desemprego de uma economia. Esta calcula-se com base no quociente entre a
população desempregada e a população ativa. De realçar que a expressão «estar
desempregado» sugere um indivíduo que está numa situação na qual não tem nenhum
vínculo oficial com qualquer instituição empregadora e não possui quaisquer fontes de
rendimento.
O desemprego é um dos maiores problemas a nível europeu. O mercado de trabalho
está, em grande parte dos países, estagnado ou mesmo em declínio devido ao baixo
dinamismo da economia europeia e à maior volatilidade dos mercados financeiros.
Todavia, convém salientar que, embora a taxa de desemprego seja semelhante em
diferentes países, isso não significa, necessariamente, que as condições de vida sejam
as mesmas. Consoante as últimas estatísticas, Portugal tem a sexta maior taxa de
desemprego, entre os 28 países da União Europeia. Uma das principais causas para o
nível de desemprego é o número de desempregados jovens. No que diz respeito à
Europa como um todo, a Espanha surge como o país com a maior taxa de desemprego.
Em julho de 2016, essa mesma taxa alcançou, a nível europeu, o patamar mais baixo
de sempre.
Lopes, I. C., Castro, A. S., Araújo, P. E., e Correia, J., «Fatores que influenciam a taxa de
desemprego», Conferência de Investigação e Intervenção em Recursos Humanos, n.° 7, 2018.
Disponível em https://doi.org/10.26537/iirh.vi7.2680

1. Defina o objeto de estudo, a partir do texto.

2. Justifique, com base no texto, que a realidade social é una mas decomponível em vários aspetos,
consoante a perspetiva a estudar.

3. Explicite a complexidade no domínio social.

4. Relacione a complexidade do social com a complementaridade das ciências sociais.

5. Indique alguns aspetos a considerar na abordagem sociológica ao problema indicado no texto.

6. O desemprego jovem é um facto social. Explicite as suas características.

64 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Grupo III

Leia o texto e responda às questões que se seguem.

Na investigação em ciências sociais, a etapa de aproximação aos processos e aos


sujeitos que nos propomos estudar, ou seja, a passagem da teoria à pesquisa empírica,
é sempre um momento particularmente intenso e criativo para o investigador.
Munido de uma questão de partida e de uma problemática teórica geradora de
interrogações, suspeitas e hipóteses que, num primeiro esforço de sistematização,
desemboca naquilo a que os especialistas do método denominam «modelo de
análise», o investigador prepara-se, então, não sem angústias e alguma excitação, para
mergulhar no “terreno” e aí tentar desvendar as perplexidades que o intrigam.
Maria Manuel Vieira Fonseca, Educar Herdeiros,
Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2003 (adaptado).

1. Indique o objeto das ciências sociais, tendo em conta o texto.

2. Especifique o processo de investigação, tendo em conta o texto.

3. Explicite dois dos principais obstáculos que se levantam ao conhecimento científico.

4. No processo de investigação, intervêm métodos e técnicas. Distinga os dois termos através de


um exemplo de cada.

5. Comente o texto, tendo em conta a especificidade da investigação em ciências sociais.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 65


COTAÇÕES
Grupo I 1. a 5. 5 × 12 = 60 pontos
1. 10 pontos
2. 10 pontos
3. 10 pontos
Grupo II
4. 10 pontos
5. 10 pontos
6. 15 pontos
1. 15 pontos
2. 15 pontos
Grupo III 3. 15 pontos
4. 15 pontos
5. 15 pontos
TOTAL 200 pontos

66 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Teste de avaliação
Tema I – Teste B

Nome N.o Turma Data / /


Avaliação E. Educação Professor

Grupo I

As questões deste Grupo I são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Selecione-a.

1. O método ou estratégia de investigação corresponde a um conjunto de processos operativos


ou operações simples. Esta afirmação é
(A) falsa, porque o método de investigação corresponde a um conjunto de procedimentos que
organiza a pesquisa sob o comando da teoria.
(B) verdadeira, porque o método de investigação corresponde a um conjunto de processos de
análise de documentos.
(C) falsa, porque o método de investigação corresponde a um código de leitura da realidade
social através da observação.
(D) verdadeira, porque o método de investigação corresponde a um conjunto de
procedimentos de recolha e de tratamento da informação.

2. A análise de conteúdo baseia-se na


(A) observação do grupo social em análise através de entrevistas estruturadas a alguns
elementos do grupo.
(B) aplicação de inquéritos por questionário para avaliar as características dos indivíduos de
uma população.
(C) identificação de ideias comuns nos documentos que possam dar sentido ao material que
se está a analisar.
(D) aplicação de um conjunto de perguntas previamente programadas a uma amostra
representativa da população.

3. Os inquéritos por questionário são técnicas de recolha de informação que se baseiam na


observação participante. Esta afirmação é
(A) verdadeira, porque a observação participante é necessária para que o investigador possa
formular hipóteses de trabalho.
(B) falsa, porque os inquéritos por questionário baseiam-se na criação de situações artificiais
de investigação.
(C) verdadeira, porque a observação participante permite a construção das perguntas do
questionário de uma forma clara.
(D) falsa, porque os inquéritos por questionário consistem na aplicação à população em estudo
de conjuntos de questões, previamente formuladas.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 67


4. O inquérito por questionário é uma técnica que permite
(A) uma recolha de informação com grande liberdade de expressão.
(B) uma recolha de informação junto de especialistas no objeto de estudo.
(C) uma análise extensiva e quantificada do objeto de estudo.
(D) uma análise intensiva e aprofundada do objeto de estudo.

5. As técnicas de pesquisa sociológica – I. análise de conteúdo e II. observação participante –


classificam-se como técnicas
(A) I. Não documentais e II. De observação participante.
(B) I. Documentais e II. De experimentação.
(C) I. De experimentação e II. Documentais.
(D) I. Documentais e II. Não Documentais.

Grupo II

Segundo Morin, é preciso ligar os saberes das várias disciplinas para alcançar uma forma mais
complexa de conhecer, de pensar.

Enquanto não religamos os conhecimentos segundo o conhecimento complexo,


permaneceremos incapazes de conhecer o tecido comum das coisas: não
enxergaremos senão os fios separados de uma tapeçaria. Identificar os fios
individualmente jamais permite que se conheça o desenho integral da tapeçaria.
Morin, Edgar, A via para o futuro da humanidade,
Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2013, pp. 192-193 (adaptado).

A citação anterior sugere que articular saberes de várias disciplinas pode favorecer a
capacidade de pensar os problemas individuais e coletivos na sua complexidade,
permitindo lidar com ambiguidades e ambivalências, além de ensinar a associação de
termos antagónicos e o posicionamento de qualquer informação no seu contexto, ou
seja, na ecologia do sistema do qual faz parte.
Brauer, K. & Freire, M., «Paulo Freire e Edgar Morin: A complementaridade
de um diálogo possível», Trabalhos em linguística aplicada, n.° 60 (1), 2021, p.321.
Disponível em https://doi.org/10.1590/010318139516211820210305 (adaptado)

1. Dê uma noção de fenómeno social total.


2. Através de um exemplo de um fenómeno escolhido por si, demonstre a sua «totalidade».
3. Relacione a complexidade dos fenómenos sociais com a complementaridade no domínio das
ciências sociais para o estudo dos fenómenos sociais.

68 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Grupo III

Leia o texto seguinte.

A cannabis é a droga ilícita mais consumida em Portugal nas várias faixas etárias.
O presente estudo, realizado através de um questionário sociodemográfico, foca-se na
perceção de risco do consumo de cannabis dos adolescentes e jovens adultos, de
modo a perceber se o consumo desta substância é condicionado pela noção (ou falta
dela) dos riscos associados ao uso de cannabis. Os resultados permitem perceber que
quanto maior é a frequência de consumo de cannabis, menor é a perceção de risco
associado a esta substância. Também se verificaram diferenças entre o género, ou seja,
as raparigas têm uma maior perceção de risco em relação aos rapazes. De igual modo
deu para perceber que há diferenças entre a escolaridade, em que quanto mais
instruído for o sujeito, maior perceção existe sobre os riscos da cannabis.
Simões, M., «Perceção do risco e consumo de cannabis: Um estudo
com adolescentes e jovens adultos.», dissertação de Mestrado,
Universidade Católica Portuguesa, 2019. (adaptado)

1. Justifique a adequação da técnica escolhida ao objeto de estudo desta investigação, tendo em


atenção o texto.

2. Outra das técnicas utilizadas na investigação sociológica é a entrevista. Refira dois tipos de
entrevista.

3. A entrevista é uma técnica que permite recolher informação muito diversificada e aprofundada,
mas de difícil quantificação. Justifique esta afirmação.

Grupo IV

1. O estudo dos fenómenos sociais implica uma seleção do método e das técnicas a utilizar, de
acordo com o tipo de análise e da população a estudar. Assim sendo, responda às questões
seguintes:

1.1 Suponha que ia colaborar na realização de um estudo para conhecer a opinião da população
portuguesa sobre a influência da inteligência artificial nos estilos de vida. Justifique a
escolha de um método adequado a este universo de estudo.

1.2 Suponha que ia colaborar na realização de um estudo em profundidade sobre uma turma
de 15 alunos numa determinada escola. Justifique a escolha de um método adequado a
este objeto e a este universo de estudo.

1.3 Uma das técnicas utilizadas na investigação sociológica é a observação participante.


Caracterize esta técnica.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 69


2. Leia o texto seguinte.

Tendo como questão de partida a seguinte interrogação: «Que processos familiares


podem explicar o sucesso ‘inesperado’ de alunos de etnia cigana?», o objetivo deste
estudo foi perceber as práticas e os processos familiares que as famílias de etnia cigana
utilizam que possam relacionar-se com o sucesso ou o insucesso escolar dos seus
filhos. Como metodologia foi adotado um estudo de caso que integrou a análise
documental dos processos escolares dos alunos e entrevistas aos progenitores (cinco
mães) destas crianças.
Almeida, S., «O sucesso escolar de alunos ciganos: estudo
de caso numa escola de 1.º ciclo do ensino básico em Lisboa», dissertação de Mestrado, ISCTE-IUL, 2018.
Disponível em https://www.iscte-iul.pt/tese/7045

2.1 Justifique o insucesso escolar como um fenómeno social total.

2.2 Explicite, com base no texto, o objeto de estudo da Sociologia.

2.3 Relacione «estudo de caso» com «entrevistas em profundidade».

70 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


COTAÇÕES
Grupo I 1. a 5. 5 × 10 = 50 pontos
1. 15 pontos
Grupo II 2. 15 pontos
3. 15 pontos
1. 15 pontos
Grupo III 2. 15 pontos
3. 15 pontos
1.1 10 pontos
1.2 10 pontos
1.3 10 pontos
Grupo IV
2.1 10 pontos
2.2 10 pontos
2.3 10 pontos
TOTAL 200 pontos

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 71


Teste de avaliação
Tema II – Teste A

Nome N.o Turma Data / /


Avaliação E. Educação Professor

Grupo I

1. Complete as afirmações, selecionando a opção correta.

A sociedade espera que o indivíduo no exercício das suas funções tenha determinados
comportamentos, ou seja, exerça o seu ……….a)………. . Por sua vez, o indivíduo espera que a
sociedade reconheça o seu ……….b)………. tendo para com ele determinados comportamentos.
O lugar que o monarca de um qualquer país ocupa na sociedade corresponde ao ……….c)……….
enquanto o ……….d)………. implica da parte do indivíduo ação e esforço.

a) b) c) d)
1. estatuto social 1. posicionamento 1. estatuto atribuído 1. estatuto social
social superior
2. papel social 2. estatuto social 2. estatuto social 2. estatuto atribuído
superior
3. posicionamento 3. papel social 3. estatuto adquirido 3. estatuto adquirido
social

As questões 2 a 9 são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Selecione-a.

2. O conceito de cultura pode ser definido como


(A) os conhecimentos e as capacidades que as pessoas possuem.
(B) as maneiras de pensar, sentir e agir de um qualquer grupo social.
(C) a formação e o saber de nível superior que uma dada sociedade acumulou ao longo do
tempo.
(D) o conjunto das obras artísticas e literárias desenvolvidas por uma dada sociedade.

3. O etnocentrismo cultural
(A) decorre da aceitação da diversidade cultural.
(B) consiste em preconceitos da classe superior face às restantes classes sociais.
(C) é a atitude do observador que considera a sua cultura superior às outras realidades
culturais.
(D) é a atitude do observado que considera a sua cultura perfeita comparativamente às outras
realidades culturais.

72 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


4. Os valores determinam e legitimam as condutas sociais. A afirmação é
(A) verdadeira, pois, todas as sociedades possuem valores.
(B) falsa, pois as condutas sociais dependem das normas definidas pela sociedade.
(C) verdadeira, pois os valores partilhados pelo grupo determinam as normas a seguir
indicando o que é certo e errado.
(D) falsa, pois os valores apenas orientam o indivíduo no sentido da prática do bem.

5. A manutenção da ordem social implica


(A) a ausência de conflitos sociais.
(B) a utilização de mecanismos de controlo social.
(C) a existência de comportamentos não conformes às normas.
(D) uma maior liberdade de ação dos indivíduos.

6. A socialização constitui a forma mais eficaz de controlo social. A afirmação é


(A) verdadeira, pois o cumprimento das normas pelas pessoas só é possível através da
aplicação de sanções e atribuição de recompensas.
(B) falsa, pois a socialização não constitui um mecanismo de controlo social.
(C) falsa, pois a existência de sanções é o mecanismo que conduz a uma maior conformidade
social.
(D) verdadeira, pois os indivíduos interiorizam as normas da sociedade e atuam volunta-
riamente de acordo com essas normas.

7. As instituições sociais constituem


(A) instrumentos de reprodução social.
(B) padrões culturais da sociedade.
(C) mecanismos de controlo social.
(D) fatores de mudança social.

8. A mudança social é acompanhada de novas formas de ação social. A afirmação é


(A) falsa, pois não há relação entre mudança e ação social.
(B) verdadeira, pois com a mudança social a ação social irá reproduzir a cultura.
(C) verdadeira, pois com a mudança social surgem novas formas de proceder e resolver os
problemas.
(D) falsa, pois a mudança social apenas implica algumas adaptações a nível da ação social.

9. A resistência à mudança será menor quando


(A) os custos sociais da mudança são compreendidos.
(B) as alterações que ocorrem contrariam os valores da comunidade.
(C) as alterações que ocorrem nas estruturas sociais são significativas.
(D) os custos técnicos são reduzidos e os custos sociais são significativos.

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Grupo II

1. A socialização da criança está associada às aprendizagens relativas ao género, à etnia, aos


estratos sociais e à religião, entre outros domínios da vida social. Por exemplo, para a maioria
das crianças e jovens da classe média, frequentar o ensino superior é o caminho a seguir pois
esse é o comportamento esperado pelas respetivas famílias, que valorizam a educação de nível
superior e educam os filhos nesse sentido.

1.1 Apresente uma noção de socialização, com base no texto acima.

1.2 Explicite o papel dos agentes a que o texto se refere no processo de socialização.

1.3 O texto faz referência ao conceito de «socialização por antecipação»? Justifique a sua
resposta.

2. O indivíduo faz parte de numerosos agrupamentos, mas apenas alguns deles podem ser
classificados como grupos.

2.1 Distinga agrupamento de grupo social.

2.2 O grupo desportivo do bairro pode ser classificado como um grupo? Justifique a sua
resposta.

2.3 Explicite o conceito de grupo de pertença.

3. Considere a seguinte afirmação.

As pessoas no mundo moderno sentem-se menos coagidas do que nas sociedades


tradicionais […]; por esta razão existe mais margem de manobra para a liberdade de
escolha nas sociedades modernas.
Giddens, Anthony, Sociologia, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2013.

Justifique o conteúdo da afirmação com base no conceito de conformidade.

4. Leia o texto que se segue.

Num país onde o divórcio era proibido, as revistas acompanham e debatem separações
e os escândalos conjugais de Hollywood com naturalidade. A verdade é que a leitura
sistemática sobre as vidas privadas das estrelas de Hollywood permite que esse outro
mundo se torne relativamente familiar e os seus valores são de alguma maneira
incorporados […]; há um discurso de familiarização com o divórcio que faz com que de
um total interdito passe a ser visto como algo que, em algumas circunstâncias, pode
não só ser aceitável, como desejável em nome do amor e da felicidade.
Entrevista de Mário Lopes a Luís Trindade (autor da obra Silêncio Aflito:
a sociedade portuguesa através da música (dos anos 1940 aos anos 1970), Tinta da China),
Público, 22 de maio de 2022.

74 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


4.1 Explique, com base no texto, o papel dos meios de comunicação social na mudança social.

4.2 Explicite duas características que permitem afirmar que estamos perante uma situação de
mudança.

Grupo III

1. Leia o texto que se segue.

Cosplay (ou Costume Play) é uma arte performativa na qual os participantes se


mascaram das suas personagens favoritas, sejam de filmes, séries televisivas,
videojogos ou comics […]. É uma atividade onde os fãs assumem temporariamente
uma identidade fictícia e com ela participam em demonstrações ou performances que
espelham a identidade da personagem escolhida. (…) é usada pelos fãs de mangas e
animes como meio de construção identitária individual e grupal através de diversas
atividades que envolvem interação social em eventos da especialidade.
Nas comunidades de cosplay, os jovens identificam-se com outros pelos gostos ligados
à música, vestuário e comportamentos, que estruturam as suas relações e o modo
como se distinguem uns dos outros, afiliando-se, preferencialmente, aos que possuem
os mesmos gostos […].
As práticas fãs são normalmente estigmatizadas pela sociedade por serem
consideradas fúteis e por rodearem objetos da cultura popular considerados ausentes
de valor cultural. Estas formas de caracterização podem ser vistas socialmente como
patológicas, sinal de um desvio identitário ou de uma disfunção social que conota o fã
como obsessivo, alienado e com comportamentos irracionais.
Pinto, Miguel Afonso Fernandes Bouzada e, «Subculturas juvenis e novos media: A participação dos
jovens nas comunidades de cosplay em Portugal», dissertação de Mestrado, 2013, pp. 12-14.
https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/7762 (adaptado; consultado a 17 de outubro de 2022).

Explique, com base no texto, o conceito de subcultura e a sua relação com a cultura dominante.

2. A liderança das mulheres nas organizações é, ainda hoje, objeto de estereótipos de género.

• Mulheres e homens têm estilos de liderança diferentes — as mulheres são vistas


como passivas, emocionais e manipuladoras, enquanto os homens são assertivos,
racionais e competitivos.
• Os homens estão mais capacitados para o desempenho de posições de chefia, de
controlo e de liderança comparativamente às mulheres.

Em resultado dos estereótipos, as mulheres são preteridas nos processos de


recrutamento e de promoção aos cargos de chefia e de gestão de topo nas
organizações.

Comente o texto acima, utilizando os conceitos de representação social, estereótipo, papel


social e mudança.

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3. Leia o texto que se segue.

Segundo Bowles e Gintis, as escolas ajudam a fornecer as capacidades técnicas e


sociais requeridas pela organização industrial e incutem o respeito pela autoridade e
pela disciplina na força de trabalho. As relações de autoridade e de controlo nas
escolas, que são hierárquicas e dão ênfase à obediência, são paralelas às que dominam
o local de trabalho. As recompensas e os castigos usados nas escolas também são uma
réplica do que se encontra no mundo do trabalho […].
Giddens, Anthony, Sociologia, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2013.

Comente o texto utilizando os conceitos de instituição social e reprodução social.

76 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


COTAÇÕES
1. 4 x 2,5 = 10 pontos
Grupo I
2. a 9. 8 × 5 = 40 pontos
1.1 10 pontos
1.2 10 pontos
1.3 10 pontos
2.1 10 pontos
Grupo II 2.2 10 pontos
2.3 10 pontos
3. 10 pontos
4.1 10 pontos
4.2 10 pontos
1. 20 pontos
Grupo III 2. 20 pontos
3. 20 pontos
TOTAL 200 pontos

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Teste de avaliação
Tema II – Teste B

Nome N.o Turma Data / /


Avaliação E. Educação Professor

Grupo I

1. Estabeleça a correspondência correta entre as colunas A e B.

A B
1. Apropriação dos comportamentos de A. Socialização através do
uma pessoa que se considera próxima. processo de identificação.
2. Reprodução dos comportamentos B. Socialização através do
observados. processo de aprendizagem.
3. Interiorização dos comportamentos C. Socialização através do
por tentativa. processo de imitação.

As questões 2 e 3 são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Selecione-a.

2. A influência dos grupos de referência nos comportamentos dos indivíduos constitui um


processo de socialização por antecipação.
A afirmação é
(A) verdadeira, uma vez que os indivíduos aprendem a cultura dos grupos a que pertencem.
(B) falsa, pois os indivíduos apenas aprendem apenas a cultura dos grupos aos quais estão
ligados.
(C) verdadeira, uma vez que os indivíduos aprendem a cultura dos grupos a que desejam
pertencer.
(D) falsa, pois os indivíduos não aprendem a cultura por antecipação.

3. Um partido político constitui um grupo social.


A afirmação é

(A) falsa, pois um partido político não possui os elementos caracterizadores de um grupo.
(B) falsa, pois um partido político apesar de ter uma finalidade e uma estrutura própria não
possui uma identidade cultural.
(C) verdadeira, pois um partido é um agrupamento de pessoas.
(D) verdadeira, pois um partido político é uma coletividade estruturada.

78 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


4. Estabeleça a correspondência correta entre as colunas A e B.

A B
1. Estatuto de filho
2. Estatuto de herói de guerra A. Estatuto adquirido
3. Estatuto de primeiro-ministro
4. Estatuto de monarca B. Estatuto atribuído
5. Estatuto de bom aluno

As questões 5 a 11 são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Selecione-a.

5. Cultura, em termos sociológicos, pode ser entendida como


(A) o conjunto de monumentos, obras de arte e de literatura de um país.
(B) o conjunto do património material e imaterial de uma comunidade.
(C) o conjunto de modos de pensar, sentir e agir de um grupo social.
(D) o conjunto de realizações de caráter duradouro de um grupo social.

6. O indivíduo é produto da cultura e produtor de cultura. A afirmação é


(A) verdadeira, pois o indivíduo recebe a cultura como herança e acrescenta-lhe novos
elementos.
(B) verdadeira, pois a cultura que o indivíduo possui é transmitida como herança às novas
gerações.
(C) falsa, pois o indivíduo herda a cultura do seu grupo e preserva-a para as novas gerações.
(D) falsa, pois o indivíduo não tem de aceitar a cultura do grupo a que pertence, podendo
sempre transformá-la.

7. Cada instituição social possui as suas normas sociais e respetivas sanções.


A afirmação é
(A) falsa, pois as normas sociais são idênticas para as várias instituições.
(B) verdadeira, pois as normas e respetivas sanções permitem caracterizar as diferentes
instituições.
(C) falsa, pois as instituições sociais distinguem-se com base nas necessidades que satisfazem.
(D) verdadeira, pois uma instituição ao possuir normas e sanções específicas não entra em
conflito com as outras instituições.

8. A exigência de conformidade
(A) é mais estrita nas sociedades tradicionais.
(B) é mais estrita nas sociedades modernas.
(C) é menos estrita nas sociedades tradicionais.
(D) é idêntica nas sociedades tradicionais e nas sociedades modernas.

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9. O comportamento desviante
(A) é uma característica de certos indivíduos.
(B) resulta da aplicação de sanções.
(C) resulta da existência de normas sociais.
(D) é consequência do controlo social.

10. A mudança social é um fenómeno


(A) coletivo e transitório.
(B) individual e identificável no tempo.
(C) de alteração de estruturas e efémero.
(D) coletivo e não efémero.

11. No processo de mudança, as elites


(A) seguem os comportamentos da maioria do grupo.
(B) podem influenciar o grupo a aceitar a mudança.
(C) não têm poder de influência sobre as decisões dos indivíduos.
(D) procuram reduzir a sua influência junto do grupo de modo a manterem o seu estatuto
social.

Grupo II
1. Considere o texto.

Comportamentos discriminatórios podem ser subtis e ambíguos ou explícitos e


evidentes sendo que, concretamente, podem englobar diversos atos como ataques
físicos e exclusão. Esta discriminação pode resultar da pertença do indivíduo a
determinado grupo social, isto é, grupos religiosos, raciais, de género, relacionados
com aptidões físicas ou mentais, relacionados com o país de origem e/ ou relacionados
com o estatuto socioeconómico.
Spears, Brown & Bigler, 2005 in A.M.C. dos S., «O olhar da inocência: A perceção do ciclo da vida e do
envelhecimento, segundo as crianças». dissertação de Mestrado, ISCTE-IUL. 2021, p. 9.
Disponível em http://hdl.handle.net/10071/24982 (Consultado a 15 de outubro de 2022)

1.1 Apresente uma noção de grupo social.

1.2 Indique três elementos caracterizadores dos grupos.

1.3 Explicite o significado de comportamento discriminatório.

1.4 Apresente dois exemplos de comportamentos discriminatórios.

1.5 Apresente a definição de grupo de pertença.

1.6 Relacione, com base no texto, comportamentos discriminatórios e grupo de pertença.

80 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


2. Nas sociedades modernas e democráticas os estatutos sociais são sobretudo adquiridos e não
atribuídos, havendo maiores possibilidades de mobilidade social.

2.1 Distinga estes dois tipos de estatutos, dando um exemplo para cada.

2.2 Explique a relação entre mobilidade e estatuto social.

3. A vida social é uma vida em estado de cultura, pois cada sociedade exprime-se e realiza-se
através de uma cultura.

3.1 Apresente uma noção de cultura.

3.2 Indique os elementos de cultura, apresentando um exemplo de cada.

3.3 Explique o significado da afirmação: o indivíduo é um produto e produtor de cultura.

4. Com a industrialização, iniciada no século XVIII, ocorreram mudanças a nível da produção e do


trabalho — a fábrica substituiu a oficina, o trabalho deixou de ser manual e passou a ser
realizado pela máquina, o artesão passou a operário, o mestre deu lugar ao dono da fábrica, as
corporações que regulavam as condições de trabalho foram substituídas pelos donos das
fábricas que impunham as condições de trabalho sem qualquer regulação, entre outros
exemplos.
4.1 Apresente a noção de mudança social.

4.2 Identifique três características da mudança social.

4.3 Explicite um fator que facilite a aceitação da mudança e um fator que explique a resistência
à mudança.

Grupo III

1. Leia o texto seguinte.


A família constitui-se como uma das principais fontes de socialização primária tendo,
por isso, um papel imprescindível na formação e educação do ser humano. […] Desta
forma, a família como agente de socialização, proporciona aprendizagem a nível
linguístico, cultural, de normas, valores, hábitos e costumes e, ainda, de padrões de
comportamento, sendo, por isso, a primeira responsável pela introdução da criança na
sociedade.
A brincadeira é ainda outra das formas que se constitui como um dos melhores meios
para as crianças aprenderem, nomeadamente através da adoção de papéis sociais e
familiares, sendo que lhes permite tirar partido de um conjunto de oportunidades de
aprendizagem acerca do mundo envolvente.
Brotherson, S., «What young children learn through play», NDSu Extension Curricular, 2009, p. 25.

Explique, com base no texto, a importância da socialização, considerando os seguintes aspetos:


• agentes, mecanismos e objetivos da socialização;
• papéis sociais.

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2. Comente o texto seguinte, apresentando os conceitos de representação social e de estereótipo.
Durante a pesquisa de campo apareceram muitas representações negativas sobre a
velhice voltadas para uma corporalidade decadente, a imagem do velho como ocioso,
inútil e incapaz. Apareceu também alguns aspetos ligados às limitações da velhice e à
dependência. Além disso, vários depoimentos mostraram que a maioria das crianças e
adolescentes não se imagina velhos.
Minó, N. M., «Perceções de crianças e adolescentes sobre o envelhecimento e
estigmas ligados à velhice», dissertação de Mestrado, Univ. Federal de Viçosa, Brasil, 2016, p. 43.
Disponível em https://locus.ufv.br/handle/123456789/8180 (consultado a 15 de abril de 2023)

3. Enquadre a seguinte citação na problemática da conformidade social.

Em certos casos, a autonomia individual não é apenas autorizada, é procurada e quase


imposta, mas de qualquer modo sugerida e desejada. Observa-se então que o modelo
que rege a educação dos jovens nas famílias e na escola comporta como norma o
acesso do adolescente a uma certa autonomia pessoal, o desenvolvimento do espírito
de iniciativa e a um certo espírito crítico.
Rocher, Guy, Sociologia Geral — A Organização Social. Lisboa, Editorial Presença, 2012.

82 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


COTAÇÕES
1. 3 x 2 = 6 pontos
2. e 3. 2 × 5 = 10 pontos
Grupo I
4. 5 x 1 = 5 pontos
5. a 11. 7 × 5 = 35 pontos
1.1 5 pontos
1.2 6 pontos
1.3 8 pontos
1.4 6 pontos
1.5 5 pontos
1.6 10 pontos
2.1 10 pontos
Grupo II
2.2 10 pontos
3.1 5 pontos
3.2 9 pontos
3.3 10 pontos
4.1 5 pontos
4.2 9 pontos
4.3 10 pontos
1. 12 pontos
Grupo III 2. 12 pontos
3. 12 pontos
TOTAL 200 pontos

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Teste de avaliação
Tema III – Teste A

Nome N.o Turma Data / /


Avaliação E. Educação Professor

Grupo I

As questões deste Grupo I são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Selecione-a.

1. A globalização permite que as pessoas que se encontram distantes se possam ligar com grande
facilidade. A afirmação é
(A) verdadeira, na medida em que a mesma informação chega, em tempo real, às pessoas
localizadas em espaços geográficos distantes.
(B) falsa, pois a distância geográfica entre os países dificulta a aproximação entre as pessoas.
(C) verdadeira, pois com a globalização as distâncias geográficas são eliminadas.
(D) falsa, pois a globalização ao dar a conhecer realidades distantes constitui um obstáculo à
ligação entre as pessoas.

2. De entre os novos tipos de família podemos destacar


(A) famílias recompostas e famílias nucleares.
(B) famílias recompostas e famílias monorresidência.
(C) famílias alargadas e famílias monoparentais.
(D) famílias nucleares e famílias homossexuais.

3. Como instituição social, as famílias têm mantido sempre as suas funções.


Esta afirmação é
(A) falsa, porque as famílias têm uma estrutura e uma organização próprias.
(B) verdadeira, porque as famílias, contribuem para a reprodução social.
(C) verdadeira, porque a família é uma instituição social com iguais características ao longo do
tempo.
(D) falsa, porque a família adequa as suas funções às mudanças que ocorrem na sociedade.

4. A escola é um agente de socialização da qual se espera


(A) a reprodução social e o desenvolvimento de competências profissionais.
(B) a transmissão de conhecimentos e a manutenção da ordem.
(C) o desenvolvimento do conhecimento e a integração social.
(D) o convívio entre os jovens e a reprodução cultural.

84 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


5. A escola é um agente de socialização que contribui para a mobilidade social. Esta afirmação é
(A) falsa, porque a finalidade da escola é a reprodução social.
(B) verdadeira, porque a escola é um produtor de cultura.
(C) verdadeira, porque a escola combate as desigualdades sociais.
(D) falsa, porque a escola promove a inclusão.

6. Constituem exemplos de novos movimentos sociais o movimento ambientalista “Greve


Climática Estudantil” e o movimento antirracista “Black Lives Matter” porque
(A) desenvolvem ações mais espontâneas e informais e defendem objetivos universalistas e
coletivos.
(B) lutam contra as alterações climáticas e têm uma estrutura organizativa formal.
(C) promovem ações de luta contra o trabalho infantil e têm uma estrutura organizativa
informal.
(D) criticam o estilo de vida das sociedades industrializadas e defendem oito horas de trabalho
diário.

7. «Ser diferente não é, à partida, ser desigual.» Esta afirmação é


(A) falsa, porque diferenciação social é o mesmo que desigualdade social.
(B) verdadeira, porque quem é diferente tem um acesso desigual aos recursos.
(C) verdadeira, porque quem é diferente só é desigual em determinados contextos sociais.
(D) falsa, porque a desigualdade social representa um acesso desigual ao poder.

Grupo II

1. Leia o texto que se segue.

A globalização mudou a sociedade ao aproximar as nações, as culturas, as economias,


tecnologias e meios de comunicação. A mesma tem as suas vantagens e desvantagens.
Como vantagem, o facto de facilitar o acesso da informação, das tecnologias e
conhecimentos e aproximar as economias, formando assim um mercado mundial.
Porém, este é um mercado caracterizado por muito dinamismo, pois existe uma
grande velocidade na partilha das informações, marcado pela incerteza e pela forte
competitividade. As organizações enfrentam inúmeros desafios e dificuldades, que só
os sistemas de informação e controlo de gestão conseguem mitigar.
Gouveia, René, «Construção de um sistema de controlo e performance numa start-up», dissertação de
Mestrado, Lisboa, ISCTE-IUL, 2018, p. III.
Disponível em http://hdl.handle.net/10071/17894 (adaptado).

Tendo por base o texto:

1.1 Explique o significado da afirmação destacada.

1.2 Apresente duas vantagens e duas desvantagens da globalização.

1.3 Como podem as organizações reduzir os inconvenientes inerentes à globalização?

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2. Leia o seguinte texto.

Alterações das estruturas familiares

As famílias portuguesas estão em mudança num país onde a natalidade diminuiu em


2017. O Diário de Notícias destacava numa notícia, a 10 de janeiro de 2018, que
nasceram menos sete crianças por dia em 2017. No mesmo ano, a mortalidade foi
superior aos nascimentos, havendo mais 24 mil mortes do que nascimentos, o maior
saldo negativo desde 2000. A população portuguesa está a encolher, com uma taxa de
natalidade de 4,8 por mil habitantes e um índice de fertilidade de 1,3 […]. Os
imigrantes poderiam ser parte da solução. Portugal precisa de mais imigrantes para
não encolher e, se fechasse as portas à imigração, o País perderia 2,6 milhões de
pessoas até 2060. Como afirma Maria Filomena Mendes, à [Rádio] Renascença, há uma
redução da dimensão familiar, temos famílias com cada vez menos filhos. De acordo
com a demógrafa, as famílias portuguesas não estão em crise, mas sim em mudança,
num país em que os níveis de fecundidade são afetados pelas condições económicas e
pelo aumento da esperança média de vida. A precariedade laboral, a crise e o aumento
da esperança média de vida são algumas das causas dessa diminuição do número de
filhos […].
A família tem evoluído. Estudos recentes têm revelado algumas alterações, tanto na
estrutura da família, como no tipo de conjugalidade e nupcialidade.
Backstrom, Bárbara, «Alterações das estruturas familiares»,
Cadernos de Economia, 2018, pp. 26-28 (adaptado).

2.1 Apresente as principais alterações verificadas nas famílias portuguesas.

2.2 Explicite dois fatores que influenciaram as alterações indicadas.

2.3 Explique a influência da imigração na estrutura familiar portuguesa.

3. Leia o seguinte texto.

O relatório Global Gender Gap Report, do World Economic Forum (WEF) sobre a
igualdade de género, publicado em 2022, coloca Portugal na 29.ª posição, entre as 146
economias analisadas.
O Relatório Global de Desigualdade de Género, agora no seu 16.º ano, analisa os
fatores que provocam a desigualdade entre mulheres e homens.
Portugal desceu 7 lugares neste ranking, face a 2021, devendo-se fundamentalmente
ao facto de termos tido menos mulheres eleitas no parlamento nas últimas eleições
legislativas (de 39,7%, em 2019, passámos para 37%, em 2022). A participação
económica e oportunidades das mulheres é outra das áreas que contribuiu para a pior
classificação de Portugal, o que se explica por um ligeiro decréscimo na participação
no mercado de trabalho e em lugares de poder. O WEF indica que o Gender Pay Gap
em Portugal é de 11.72%.
https://www.cig.gov.pt/2022/07/global-gender-gap-report-dados-sobre-portugal/
(adaptado e consultado a 22 de outubro de 2022).

86 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


3.1 Explicite duas formas de discriminação a que as mulheres estão sujeitas em Portugal, a
partir do texto.
3.2 Indique outras formas de discriminação contra as mulheres.
3.3 Ilustre, através de exemplos, a ausência de paridade entre mulheres e homens na
sociedade portuguesa.
3.4 Explicite a afirmação sublinhada no texto.

GRUPO III

1. Leia o texto seguinte.


O estilo [de vida] é usualmente uma parcela predominante das subculturas juvenis. Os
tempos e parcos recursos são investidos em papéis dramatúrgicos acerca da
autoimagem, o que contribui para definir uma identidade exterior à de classe de
origem, e posição ocupacional, particularmente quando são de baixo estatuto.
Sousa, Paula, «Habitus e estilos de vida»,
Atas dos ateliers do V Congresso Português de Sociologia, 2004, p. 44
https://aps.pt/wp-content/uploads/2017/08/DPR4628d825b71dc_1.pdf
(consultado a 15 de abril de 2023)

Explicite a relação entre estilos de vida, consumo e meios de comunicação de massas.

2. A família é uma instituição dinâmica, em constante mudança e adaptação, ainda que mantenha
as suas características principais, funções e finalidades.

2.1 São múltiplas as alterações recentes ao nível da família – estrutura, dimensão,


características, etc. Explicite duas dessas alterações.

2.2 Nos novos tipos de família encontramos as famílias monoparentais e as famílias


recompostas. Distinga-as.

2.3 Explicite o contributo da socialização na construção do «género».

2.4 Relacione a participação da mulher no mercado de trabalho com o seu papel e estatuto no
seio da família.

3. Leia o seguinte texto.

A pessoa do sexo masculino apresenta uma diversidade de competências que a


constitui em referente universal, em ideal de individualidade, aparentemente liberta
dos contextos, enquanto a pessoa do sexo feminino se constitui como referente
exclusivo das próprias mulheres, como ideal coletivo dessa categoria, e só tem sentido
dentro das fronteiras contextuais em que é definida.
Lígia Amâncio, Masculino e feminino, Porto, Edições Afrontamento, 1994 (adaptado).

Justifique, com base no texto, a valoração assimétrica das categorias feminino e masculino.

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4. Observe a Figura 1.

Figura 1

Relacione brinquedos com estereótipos de género.

88 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


COTAÇÕES
Grupo I 1. a 7. 7 × 5 = 35 pontos
1.1 10 pontos
1.2 5 pontos
1.3 5 pontos
2.1 10 pontos
2.2 5 pontos
Grupo II
2.3 5 pontos
3.1 10 pontos
3.2 10 pontos
3.3 10 pontos
3.4 20 pontos
1. 10 pontos
2.1 5 pontos
2.2 5 pontos
Grupo III 2.3 10 pontos
2.4 5 pontos
3. 20 pontos
4. 20 pontos
TOTAL 200 pontos

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 89


Teste de avaliação
Tema III – Teste B

Nome N.o Turma Data / /


Avaliação E. Educação Professor

Grupo I

As questões deste Grupo I são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Selecione-a.

1. A globalização é geradora de interdependência entre os países. A afirmação é


(A) verdadeira, pois com a globalização os países necessitam uns dos outros.
(B) falsa, pois a globalização diminui a dependência entre os países.
(C) falsa, pois a globalização coloca os países em situação de maior igualdade económica e
social.
(D) verdadeira, pois a globalização prejudica todos os países.

2. A «geração canguru» é, fundamentalmente, consequência


(A) do aumento do número de anos de escolaridade frequentados.
(B) da falta de habitações no mercado.
(C) das dificuldades financeiras necessárias à independência dos jovens.
(D) do facto de os jovens se sentirem melhor na casa dos pais.

3. As famílias recompostas portuguesas resultam do envelhecimento da população.


Esta afirmação é
(A) verdadeira, porque a população portuguesa está envelhecida.
(B) verdadeira, porque os jovens saem precocemente da casa dos pais.
(C) falsa, porque as famílias recompostas resultam de casais separados após um primeiro
casamento.
(D) falsa, porque a população portuguesa não está envelhecida.

4. A escola não tem mudado ao longo do tempo. Esta afirmação é


(A) falsa, porque a escola, como instituição social, é afetada pelas alterações sociais,
ajustando-se à sociedade.
(B) verdadeira, porque a escola, enquanto instituição social caracteriza-se pela sua
durabilidade e pela sua universalidade.
(C) verdadeira, porque a escola tem um caráter universal, sendo independente das alterações
sociais.
(D) verdadeira, porque a escola, enquanto instituição social deve garantir a reprodução da
ordem social.

90 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


5. A escola reproduz sempre as desigualdades sociais. Esta afirmação é
(A) falsa, porque a escola produz sempre ascensão social.
(B) verdadeira, porque a escola reproduz as desigualdades em todas as situações.
(C) falsa, porque a escola pode contribuir para a mobilidade social.
(D) verdadeira, porque a escola é um agente de reprodução social.

6. Exemplo de categorias sociais vulneráveis à pobreza são


(A) os trabalhadores qualificados, os pensionistas com pensões mais reduzidas e os
desempregados de longa duração.
(B) as mulheres com mais de 65 anos, os trabalhadores por conta própria e a população com
o ensino superior.
(C) as crianças, a população com ensino básico ou nível inferior, a população com cidadania
extracomunitária.
(D) os arrendatários com renda a preço reduzido ou gratuita, os quadros técnicos superiores e
os idosos isolados.

7. A Figura 2 diz respeito a uma campanha desenvolvida pelo Estado espanhol. Observe-a.

Figura 2. Campanha dos brinquedos e jogos não sexistas e não violentos.

Pode concluir-se que a figura estimula


(A) a reprodução social e a desigualdade de género.
(B) a reprodução social e a discriminação das raparigas.
(C) a mudança social e a discriminação dos rapazes.
(D) a igualdade de género e a mudança social.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 91


Grupo II

1. Considere a afirmação.

A massificação e a diversidade de atitudes e comportamentos coexistem na


sociedade global. A diversidade de estilos de vida está associada ao consumo, e
diferenciam os grupos entre si.

Explique como a massificação e a diversidade podem coexistir na sociedade global.

2. Analise os seguintes gráficos relativos à violência doméstica em 2015 e 2021, valores em


percentagem. Comente os dados.

Figura 3. Sexo da vítima (%)

2015 2021

Figura 4. Sexo do/a autora (%)

2015 2021

Figura 5. Caracterização da vitimação (%)

2015 2021

Fonte: Estatísticas APAV, Relatório Anual, 2015 e 2021.

92 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


3. Leia o seguinte texto.
Logo após a revolução de 5 de outubro de 1910 recomeçaram as lutas operárias contra
os baixos salários, os prolongados horários de trabalho e a recente legislação da greve.
É neste contexto que se desenrola, em fevereiro de 1911, a luta das operárias
conserveiras de Setúbal que auferiam salários inferiores aos dos homens, embora
trabalhassem mais horas e fossem alvo de abusos sexuais. A esta greve das operárias
conserveiras por um aumento salarial aderiram, por solidariedade, diversos setores
operários.
No dia 13 de março de 1911 cerca de três mil operárias e operários concentraram-se
na Avenida Luísa Todi para impedirem o transporte de peixe e outras matérias-primas
para algumas fábricas, bem como a saída do produto acabado para a estação de
caminhos de ferro, uma vez que alguns industriais, com familiares e sócios, tentavam
produzir e escoar as conservas de peixe, furando assim a greve das conserveiras.
Foi nesse local, na Avenida Luísa Todi, que a Guarda Republicana disparou sobre a
concentração operária e assassinou Mariana Torres e António Mendes.
Estes assassinatos marcam o início da rutura entre o movimento operário e a
I República, tendo ficado conhecido como os fuzilamentos de Setúbal.
Autor anónimo

3.1 Explicite, com base no texto, os motivos da greve das operárias conserveiras de Setúbal em
fevereiro de 1911.

3.2 Identifique os critérios de estratificação social, implícitos no texto.

3.3 Apresente uma noção de movimento social, a partir do texto.

Grupo III

1. A diversidade de estruturas familiares que lentamente tem surgido evidencia as transformações


das modernas sociedades nas formas de organizar e de viver em família.

1.1 Apresente uma noção de família.

1.2 Dê dois exemplos que ilustrem a afirmação.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 93


2. Leia o seguinte texto.

«Ao considerar o sexo um construto a explicar, em vez de fator explicativo, o conceito


de género correspondia, no plano teórico, ao propósito de colocar a questão das
diferenças entre os sexos na agenda da investigação social, retirando-a do domínio da
biologia, e orientando a sua análise para as condições históricas e sociais da produção
das crenças e dos saberes sobre os sexos e de legitimação das divisões sociais baseadas
no sexo.»
Amâncio, Lígia, «O género no discurso da
ciências sociais», Análise Social, n.° 168, 2003, p.687.
Disponível em http://hdl.handle.net/10071/18123 (adaptado).

2.1 Defina género.

2.2 Dê quatro exemplos de estereótipos femininos e masculinos.

2.3 Tendo em conta o texto, distinga sexo de género.

3. Leia o texto e a afirmação.

Em 2020, na Europa e em Portugal, verificou-se um aumento do desemprego jovem


relativamente ao ano anterior. Em Portugal, a taxa de desemprego no ano de 2020 era
de 22,6% entre os jovens com menos de 25 anos – mais 5,8 p.p. que a média da UE27.
Comparativamente com a taxa de desemprego geral, a taxa de desemprego jovem em
Portugal em 2020 situava-se 15,7 p.p. acima.
Tavares, Inês, Ana Filipa Cândido e Renato Miguel do Carmo ),«Desemprego e precariedade laboral na
população jovem: tendências recentes em Portugal e na Europa»,
Lisboa, Observatório das Desigualdade Estudos, CIES-Iscte, 2021, p. 1.
Disponível em http://hdl.handle.net/10071/23860

A vulnerabilidade dos jovens, quer desempregados, quer com empregos precários não
tem sido compensada de todo pelas políticas sociais, o que tem vindo a potenciar
situações de pobreza.
Autor anónimo

3.1 Apresente, com base no texto e na afirmação, uma noção de pobreza.

3.2 Refira quatro categorias sociais vulneráveis à pobreza em Portugal.

3.3 Explique de que forma o Estado Social pode combater a pobreza.

94 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


COTAÇÕES
Grupo I 1. a 7. 7 × 5 = 35 pontos
1. 20 pontos
2. 25 pontos
Grupo II 3.1 10 pontos
3.2 15 pontos
3.3 15 pontos
1.1 5 pontos
1.2 10 pontos
2.1 5 pontos
2.2 10 pontos
Grupo III
2.3 10 pontos
3.1 10 pontos
3.2 10 pontos
3.3 20 pontos
TOTAL 200 pontos

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 95


Teste global
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I

1. Selecione a resposta correta.


Suponha que queria estudar os hábitos alimentares dos jovens portugueses. O método e a
técnica mais adequados a este objeto e a este universo de estudo são
(A) o método de análise intensiva e a entrevista.
(B) o método de análise intensiva e a observação participante.
(C) o método de análise extensiva e o inquérito por questionário.
(D) o método de análise extensiva e a observação participante.

2. Complete as afirmações selecionando a opção correta na tabela que se segue.

É através da ……….a)………. que os indivíduos interiorizam os valores, as normas, as atitudes e


os comportamentos da sociedade em que se inserem. Trata-se de um processo que tem em
vista, entre outros objetivos, manter a ……….b)………., garantindo, não só a integração do
indivíduo no grupo, mas a sobrevivência deste último. A ……….c)………. é um dos mecanismos
que intervém nesse processo para o qual concorrem também diversos agentes, como a
……….d)………., por exemplo.

a) b) c) d)

1. aprendizagem 1. coesão social 1. imitação 1. globalização

2. socialização 2. representação social 2. inclusão social 2. escola

3. coesão social 3. cultura 3. escola 3. cultura

As questões 3 a 13 são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Selecione-a.

3. Cultura, em sentido sociológico, significa


(A) a adoção de condutas em conformidade com as normas sociais.
(B) uma forma de atuação permanente no tempo, estabelecida pela sociedade.
(C) o conjunto de maneiras de pensar, sentir e agir próprias de qualquer grupo.
(D) um modelo sofisticado de explicação de uma realidade social.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 97


4. O relativismo cultural
(A) decorre da adoção de elementos espirituais de uma cultura por outra.
(B) é a perspetiva de análise que se opõe à hierarquização das culturas.
(C) consiste numa representação da cultura baseada no senso comum.
(D) é a atitude individual ou de grupo que considera a sua própria cultura como superior às
outras.

5. As subculturas constituem uma ameaça à cultura dominante de uma determinada sociedade.


Esta afirmação é
(A) verdadeira, porque se trata de traços culturais considerados pela sociedade como
comportamentos desviantes.
(B) falsa, porque os valores, costumes e práticas são relativos à cultura de que fazem parte.
(C) verdadeira, pois pretendem impor os seus valores, que consideram ser superiores, a toda
a sociedade.
(D) falsa, pois a cultura dominante tolera a existência das mesmas precisamente na medida em
que não a põem em causa.

6. O grupo de referência é
(A) o grupo social do qual o indivíduo procede.
(B) um agrupamento com estrutura.
(C) o grupo social ao qual o indivíduo aspira pertencer.
(D) um grupo com papéis sociais definidos.

7. A socialização por antecipação é


(A) a socialização que acontece na escola.
(B) a aquisição da cultura do grupo de referência.
(C) a constituição de um grupo de referência.
(D) a adaptação do indivíduo ao meio social.

8. A mudança social consiste numa adaptação funcional das estruturas sociais existentes.
Esta afirmação é
(A) falsa, pois a mudança social está associada a eventos efémeros.
(B) verdadeira, pois as estruturas sociais são identificáveis no tempo.
(C) verdadeira, pois as estruturas sociais não podem ser alteradas.
(D) Falsa, pois só a alteração das estruturas permite observar mudanças profundas na forma
de organização social.

98 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


9. As instituições sociais são
(A) elementos materiais da cultura de uma sociedade.
(B) formas de atuação estabelecidas pela sociedade.
(C) mecanismos de controlo social.
(D) organizações que agem como grupos de pressão.

10. A defesa da tradição e dos valores constitui um exemplo de


(A) padrões de comportamentos sociais.
(B) fatores de resistência à mudança social.
(C) conformidade social.
(D) prevenção de comportamentos desviantes.

11. A ação humana comporta riscos e incertezas. Pode-se dizer que


(A) o risco é algo que não se pode prever enquanto a incerteza é previsível.
(B) a incerteza e o risco não se podem prever.
(C) o risco é previsível e a sociedade pela sua ação pode diminuí-lo ou evitá-lo.
(D) a incerteza é previsível e a sociedade pela sua ação pode diminuí-la ou evitá-la.

12. A mobilidade social é um fenómeno característico das sociedades modernas. Esta afirmação é
(A) verdadeira, porque os novos critérios de estratificação social não se encontram
rigidamente implantados.
(B) falsa, porque dificilmente os indivíduos ou grupos se conseguem libertar dos estatutos que
à partida lhes são atribuídos.
(C) verdadeira, porque os movimentos ascendentes e descendentes que os indivíduos ou
grupos realizam acarretam novos papéis sociais.
(D) falsa, porque estas sociedades são fortemente hierarquizadas, onde cada estrato se
assume como um grupo fechado.

13. A pobreza e a exclusão social são interdependentes. Esta afirmação é


(A) verdadeira, porque pobreza e exclusão social não se encontram em interação.
(B) falsa, porque a situação de pobreza impede a satisfação das suas necessidades básicas.
(C) verdadeira, porque a pobreza constitui a maior causa da exclusão social.
(D) falsa, porque a situação de pobreza implica a rutura dos laços sociais.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 99


Grupo II

1. A socialização a cargo das instituições sociais contribui para a reprodução social e constitui um
meio de controlo social.
Explicite a relação entre socialização, reprodução e controlo social.

2. As sociedades ao longo dos tempos foram conhecendo mudanças nas suas estruturas sociais,
mesmo nas sociedades tradicionais, onde a resistência é mais forte.

2.1 Apresente uma noção de mudança social.

2.2 Explicite duas características da mudança social.

2.3 Indique dois exemplos de mudança social.

2.4 Explique a relação entre sociedade tradicional e resistência à mudança.

3. Considere o seguinte excerto.

De acordo com Hofstede, o processo de aculturação processa-se por fases. Na última


fase do processo, fase de estabilidade, o estrangeiro sente-se suficientemente.
Confiante para habitar um outro país. Nesta fase podem ocorrer três situações:
- O estrangeiro reage negativamente em relação à cultura do país onde está, não
aceitando a nova cultura;
- O estrangeiro adaptou-se à nova realidade adquirindo algumas das suas práticas
culturais, mantendo, em simultâneo, valores e práticas da sua cultura original;
- O estrangeiro adotou a nova cultura afastando-se da cultura de origem.
Segundo o autor, alguns dos estrangeiros que regressam ao seu país de origem sofrem,
muitas vezes, “um choque cultural inverso”, tendo de se adaptar à sua cultura original,
pois sempre que há mudança de uma cultura para a outra ocorrem choques culturais.
Hofstede, Geert, Cultura e organizações, Lisboa, Edições Sílabo, 1991.

Explique, de acordo com o texto, a relação entre mudança cultural e aculturação.

4. Leia o seguinte texto.

Nós compreendemos, ou apreendemos, o nosso mundo através das nossas


perceções e através da organização das nossas perceções por meio da linguagem.
Estruturamos os nossos conceitos de acordo com o nosso vocabulário, o nosso
entendimento do significado das palavras e a nossa competência expressão sintática.
A este respeito, torna-se evidente que a criança da classe trabalhadora, de modo
geral, está em desvantagem, comparada com a criança da classe média. No processo
de aprendizagem, a linguagem falada tem um papel central a desempenhar e,
portanto, não surpreende que as crianças sejam prejudicadas ou favorecidas, nesse
aspeto, muito antes de chegarem à idade de instrução obrigatória.
Morrish, Ivor, Sociologia da educação, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1975.

Explicite a importância da linguagem na aprendizagem e sucesso escolar, relacionando este


facto com a possibilidade de mobilidade social e o papel da escola enquanto agente de mudança.

100 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


5. Considere o seguinte texto.

A religião, a tradição e pontos de vista populares constituem fortes entraves à


globalização dos média, ao mesmo tempo que regulamentos locais e instituições
de comunicação nacionais também podem desempenhar um papel na limitação do
impacto dos média globais.
A ascensão de impérios internacionais de eletrónica que operam através de
fronteiras estatais é percebida como uma ameaça à identidade cultural e aos
interesses nacionais de muitos estados islâmicos [...]. A resistência contra a
incursão de formas de média externas vai desde a crítica silenciosa à recusa de
qualquer tipo de satélites ocidentais [...]. Irão, Arábia Saudita e Malásia cortaram o
acesso por satélite à televisão ocidental. De entre os países islâmicos, o Irão tem
sido o oponente mais sistemático aos média ocidentais, rotulando-os como fonte
de «poluição cultural» e de promoção de valores do consumidor ocidental.
Outros países islâmicos consideraram necessário aceitar certas modificações na
cultura de forma a manter a sua própria identidade cultural. A abordagem
tradicionalista, seguida, pelo Irão e pela Arábia Saudita, está a perder terreno para
respostas baseadas na adaptação e na modernização.
Giddens, Anthony, Sociologia, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2013.

Comente, com base no texto, a resistência à mudança.

6. Leia o seguinte texto.

Em Memorial do Convento, Saramago prossegue com a discussão sobre a condição e


exploração dos mais pobres, onde os que trabalham na construção do convento de
Mafra, realizado durante o reinado de D. João V, rei que usufruiu de uma grande
quantidade de bens e de escravos vindos de Macau, Goa, Diu, Melinde, Moçambique
São Tomé, Cabo Verde, Açores, Madeira e do Brasil são retratados na sua miséria, mas,
mais uma vez, na sua potência, na sua vontade e sonho de mudar.
Lopes et. al., As classes populares, Lisboa, Bertrand Editora, 2017, p. 255. (adaptado)

6.1 Identifique os estratos sociais da sociedade a que o texto se refere.


6.2 Apresente outro exemplo de sociedade tradicional para além da sociedade implícita no
texto.
6.3 Justifique o tipo de mobilidade social existente na sociedade implícita no texto.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 101


Grupo III

1. Todas as sociedades são portadoras de uma cultura que as identifica. No entanto, é possível
encontrar em todas elas múltiplas subculturas.

1.1 Explicite o conceito sociológico de cultura.


1.2 Apresente dois elementos materiais e imateriais de cultura.
1.3 Explicite o conceito de subcultura.

2. Considere o texto.
Além dos riscos ecológicos, assiste-se a uma precarização crescente e massiva das
condições de existência, com uma individualização da desigualdade e da incerteza
quanto às condições de emprego, tornando-se a exposição aos riscos generalizada. O
risco é, para Beck, um estado intermédio entre a segurança e a destruição, a
perceção dos riscos ameaçadores determina o pensamento e a ação.
Mendes, José Manuel, «Ulrich Beck: a imanência do social e a sociedade do risco», Análise Social, 214,
Lisboa (1.°), 2015, p. 212. Disponível em http://hdl.handle.net/10316/40767

2.1 Apresente uma noção de risco e indique dois exemplos.


2.2 Explique o conteúdo da afirmação destacada.

3. Leia o texto que se segue.

«O meu divórcio foi um processo extremamente doloroso, acho que é extremamente


difícil para uma pessoa da minha idade […] para quem o casamento é uma coisa para
a vida toda, até mesmo porque é difícil enfrentar a sociedade em que se vive e até
mesmo os familiares […]. Trabalhava numa empresa com mulheres quase todas mais
velhas do que eu, e foi bastante mal visto que, ao fim de 14 anos, me tivesse separado.
E fizeram-me muitas críticas.»

Torres, A.C., Divórcio em Portugal, Oeiras, Celta Editora, 1996 (adaptado).

3.1 O divórcio pode ser considerado um comportamento desviante? Justifique a sua


resposta.

3.2 Identifique os mecanismos de controlo contidos no texto.

102 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


4. Leia o seguinte texto e observe a Figura 1.

Figura 1 Crianças num refeitório numa escola no Japão.

O número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil chegou a 160


milhões em todo o mundo – um aumento de 8,4 milhões de meninas e meninos nos
últimos quatro anos, de 2016 a 2020. Além deles, outros 8,9 milhões correm o risco de
ingressar nessa situação até 2022 devido aos impactos da Covid-19, de acordo com um
novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF).
https://www.unicef.org (consultado a 23 de outubro de 2022).

Elabore um comentário sobre o texto e a imagem, tendo em conta os fatores que influenciam a
produção e a reprodução da pobreza.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 103


COTAÇÕES
1. 4 pontos
Grupo I 2. 4 x 3 = 12 pontos
3 a 13 11 × 4 = 44 pontos
1. 10 pontos
2.1 5 pontos
2.2 5 pontos
2.3 5 pontos
2.4 5 pontos
Grupo II 3. 10 pontos
4. 10 pontos
5. 10 pontos
6.1 5 pontos
6.2 5 pontos
6.3 10 pontos
1.1 5 pontos
1.2 5 pontos
1.3 5 pontos
2.1 5 pontos
Grupo III
2.2 10 pontos
3.1 5 pontos
3.2 10 pontos
4. 15 pontos
TOTAL 200 pontos

104 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Soluções

TESTES

Teste diagnóstico
1. D 5. C 9. C 13. A
2. A 6. C 10. A 14. D
3. C 7. C 11. D 15. B
4. B 8. B 12. C 16. B

Testes de avaliação
Tema I – Teste A

Grupo I

1. D.
Os factos sociais caracterizam-se por serem complexos, com várias dimensões e exteriores aos
indivíduos, na medida em que não dependem unilateralmente destes e verificam-se através da
vida em sociedade.
2. A.
O estudo dos fenómenos sociais requer o contributo das várias ciências sociais, porque os
fenómenos sociais são complexos, pluridimensionais e a sua compreensão exige a
complementaridade das ciências sociais, podendo ser estudados em várias vertentes pelas
diferentes ciências sociais.
3. A.
A pobreza é um fenómeno social total, porque é um fenómeno complexo e com implicações em
diversos níveis da realidade social. Esta pode ser analisada pelas ciências sociais de forma
complementar e pluridimensional.
4. C.
Os factos sociais são coercivos e exteriores aos indivíduos, porque os factos sociais são impostos
aos indivíduos. Existe uma espécie de constrangimento ou coação social que nos ameaça, caso
tenhamos comportamentos não conformes aos modelos sociais vigentes.
5. D.
O etnocentrismo é um obstáculo à produção de conhecimento científico em Sociologia, na
medida em que faz da cultura do observador a norma ou a referência na análise das realidades
sociais. Assim, tudo o que não se adequa à sua cultura é considerado negativo, inferior, não
civilizado ou inculto.

Grupo II

1. O fenómeno social desemprego.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 105


2. Um fenómeno social total representa a mesma realidade social, una e apresentada como um
todo, caracterizada pela sua complexidade e pluridimensionalidade, podendo ser objeto de
estudo das várias ciências sociais (economia, política, jurídica, psicológica, social, demográfica…)
para a sua compreensão.
Para os economistas, o desemprego está associado ao crescimento económico, às políticas
económicas e sociais e à modernização da economia, entre outros; para os sociólogos, o
desemprego é um fenómeno social uno e complexo que analisa, entre outros, os
comportamentos dos jovens desempregados, os níveis de escolaridade e a integração social dos
jovens desempregados.
3. A complexidade está patente no facto de o desemprego conter múltiplas dimensões com
possibilidades de abordagem específicas. Deverá ser estudado por várias ciências que sobre ele
se debruçarão, procurando explicações necessariamente parcelares (cada uma dessas
explicações será relativa a uma das perspetivas ou domínios estudados, de acordo com os
interesses de cada ciência) que se deverão complementar no sentido de produzir uma
explicação mais profunda e completa do fenómeno em estudo. Afinal, o desemprego é um
fenómeno social total.
4. A complexidade (as múltiplas facetas que o fenómeno contém) só pode ser «entregue» à
investigação de várias ciências sociais que se complementarão no seu estudo. É pelo facto de o
fenómeno ser complexo que se exige a complementaridade das ciências sociais, para uma
abordagem em profundidade.
5. O estudo do fenómeno social desemprego deverá ter em conta o nível de escolaridade e o
género dos desempregados, as profissões mais afetadas, o tipo de vínculo contratual dos
desempregados, a incidência do fenómeno por faixa etária, o desemprego jovem, os apoios
sociais aos desempregados, estatuto migratório e as profissões, por exemplo.
6. O desemprego jovem é um facto social: exterior, coercivo e relativo. É exterior, porque o
desemprego tem uma existência fora da consciência dos indivíduos, impondo-se. É observável
e objetivo; é uma realidade social. É coercivo, porque o desemprego impõe-se aos indivíduos e
leva-os a comportamentos de acordo com padrões «impostos» pela sociedade sob pena de
serem excluídos caso a eles «desobedeçam», como é o caso da necessidade de inscrição nos
centros de emprego ou da procura de formação profissional tendo em vista maiores
possibilidades de empregabilidade. É relativo porque o desemprego varia no tempo e no espaço,
devendo ser interpretado de acordo com o contexto social em que ocorre.

Grupo III

1. Aproximação aos processos e aos sujeitos que nos propomos estudar.


2. Partindo do «modelo de análise» com a identificação de uma questão de partida (o que se quer
estudar) e de uma teoria sobre essa questão (o que a ciência já explicou), o cientista entra no
«terreno» (inicia a sua investigação, procurando novos dados, formulando e testando as suas
hipóteses explicativas), confrontando teoria e prática (desvendando as perplexidades que o
intrigam).
3. O senso comum: o cientista deve afastar-se do conhecimento vulgar baseado nos sentidos e na
aparente facilidade da descoberta. O conhecimento científico exige distanciamento deste tipo

106 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


de conhecimento «popular», embora o senso comum possa constituir um excelente ponto de
partida para a investigação, mas sempre sujeito à experimentação.
O etnocentrismo: o cientista não deverá considerar a sua cultura superior, nem como um
referente ou modelo para o estudo de outras realidades sociais.
4. O método implica a seleção de técnicas adequadas ao trabalho a realizar, o controlo da sua
utilização e a integração dos resultados obtidos. É, portanto, um conjunto de procedimentos
que organiza a pesquisa sob o comando de uma teoria. Técnicas são, apenas, as operações
executadas para a pesquisa.
5. O aluno poderá seguir o seguinte esquema de ideias:
A Sociologia, como ciência social, recorre ao método científico. No entanto, pelo facto de o
cientista ser um ser social, ele próprio sujeito e objeto da investigação, isto é, havendo uma
grande proximidade entre ele e o objeto de estudo, deverá proceder com grande objetividade
e rigor metodológico.

O texto refere-se ao grande envolvimento do cientista, com a sua enorme inquietação na


procura de explicações, e a excitação e criatividade como fatores geradores de hipóteses
explicativas e caminhos a trilhar na busca do conhecimento, ilustrando a proximidade do
cientista com o objeto de investigação, situação particular da pesquisa no domínio social.

Armadilhas como o senso comum, o etnocentrismo, o naturalismo ou o individualismo são


também de ter em conta, na procura do conhecimento no domínio sociológico.

Tema I – Teste B

Grupo I

1. A.
O método ou estratégia de investigação corresponde a um conjunto de processos operativos ou
operações simples que organiza o estudo sustentando-se na teoria e definindo formas de
recolha de dados que permitam elaborar resultados para chegar a uma conclusão.
2. C.
A análise de conteúdo baseia-se na análise de texto com o objetivo de encontrar e identificar
ideias comuns que possam dar sentido ao material que se está a analisar, de modo a permitir a
interpretação de resultados e inferência de conclusões.
3. D.
Os inquéritos por questionário são técnicas de recolha de informação que consistem na
aplicação à população em estudo de conjuntos de questões previamente formuladas e não se
baseiam na observação participante, que é outro método distinto de recolha de dados.
4. C.
O inquérito por questionário é uma técnica que permite uma análise extensiva e quantificada
do objeto de estudo, pois normalmente é aplicada a um elevado número de indivíduos
utilizando questões mais fechadas.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 107


5. D.
As técnicas de pesquisa sociológica podem ser de análise de conteúdo de documentos, por isso
classificadas como documentais, e a observação participante pode classificar-se como uma
técnica não documental por incidir sobre a realidade, e não sobre documentos.

Grupo II

1. Fenómeno social total é um fenómeno complexo e pluridimensional que, para ser compreendido
em todas as suas dimensões, deve ser objeto de estudo por parte de diversas ciências sociais.
2. O fenómeno consumo é, por exemplo, económico, sociológico, psicológico, histórico, político,
entre outras dimensões. É um fenómeno social total (complexo e pluridimensional). De facto, o
consumo tem uma componente económica. Estudar os fatores que influenciam o consumo,
como o preço, o rendimento, o crédito ou a ação do marketing, é estar a estudar a dimensão
económica do consumo.

Estudar o consumo por grupos sociais, como o tipo de consumo dos jovens, dos estratos
privilegiados, dos grupos sociais emergentes ou dos grupos urbanos, é ter em conta a dimensão
sociológica do consumo.

Estudar o consumo atual das sociedades de consumo massificado, em comparação com o tipo
de consumo do início do século, é ter uma perspetiva histórica.

Encontrar os fatores de natureza psicológica que possam justificar o consumo, como o desejo
de afirmação pessoal, é estar a entrar no domínio da Psicologia.

Estudar as políticas de crédito ao consumo pode ser um estudo no domínio da Política.

3. Pelo facto de os fenómenos serem complexos, isto é, densos e pluridimensionais, é forçoso


recorrer a um conjunto de ciências que, sobre cada uma das facetas evidenciadas no fenómeno,
se ocuparão no sentido de proporcionar a informação necessária que, em articulação com o
contributo das outras ciências, permitirá uma compreensão global do fenómeno. A
complementaridade entre as ciências sociais decorre, portanto, da complexidade dos
fenómenos sociais.

Grupo III

1. O inquérito por questionário é uma técnica de recolha de informação que se caracteriza por ser
extensiva e quantificada, isto é, é utilizada para se obter dados sobre uma população numerosa,
o que sucede, no exemplo, sobre perceção de risco do consumo de cannabis dos adolescentes
e jovens adultos.
2. Entrevista não estruturada e entrevista estruturada.
3. O registo dos conteúdos das entrevistas e o seu tratamento são tarefas morosas cuja
quantificação obedece a procedimentos técnicos específicos de que a análise de conteúdo é um
exemplo. A quantidade e diversidade de respostas implicam encontrar categorias e
subcategorias correspondentes às ideias-chave, o que é sempre um trabalho de grande
complexidade.

108 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Grupo IV

1.1 Método de análise extensiva, porque o universo é extenso (a população portuguesa) e


pretendem-se respostas generalistas e quantificáveis.
1.2 O método escolhido seria o de análise intensiva, porque a população a estudar (15 alunos de
uma turma) é restrita e pretende-se um estudo em profundidade.
1.3 É uma técnica em que o observador, o cientista, participa no grupo que pretende estudar.
2.1 O sucesso ou insucesso escolar de uma dada população é um fenómeno social total porque é
complexo e pluridimensional, com implicações em diversos níveis do real social. Interessa a
todas as ciências sociais, entre as quais a Sociologia, a Economia e a História e a sociologias
especializadas, como é o caso da Sociologia da Educação. Deste modo, é necessário um estudo
integrado das diferentes dimensões através da atitude metodológica – interdisciplinaridade.
2.2 De acordo com o texto, objeto de estudo da Sociologia seria o sucesso «inesperado» de alunos
de etnia cigana, procurando-se identificar as práticas e os processos familiares utilizados pelas
famílias de etnia cigana que possam relacionar-se com o sucesso ou o insucesso escolar dos
seus filhos.
2.3 Quando se faz um «estudo de caso» (exemplo extremo da estratégia de investigação intensiva)
em que o objeto de estudo pode ser uma turma, um grupo restrito de estudantes, ou até
apenas um estudante, a técnica da «entrevista em profundidade» é muito apropriada. Esta
técnica permite a recolha de informação através da comunicação verbal e, se a entrevista for
em profundidade, permite o conhecimento mais exaustivo do problema em causa,
adequando-se ao estudo de caso.

Tema II – Teste A

Grupo I

1. a) 2; b) 2; c) 1; d) 3.
2. B.
As maneiras de pensar, sentir e agir traduzem os valores, as crenças, as normas, os
comportamentos e as realizações de uma dada sociedade, ou seja, expressam a sua cultura.
3. C.
O observador de uma dada realidade social quando analisa essa realidade à luz da sua cultura,
considerada mais perfeita e superior, revela uma atitude própria do etnocentrismo cultural.
4. C.
A sociedade exige que as condutas dos indivíduos se processem de acordo com as regras sociais
que decorrem, por sua vez, dos valores da sociedade que traduzem o que é certo e deve ser
seguido.
5. B.
A sociedade utiliza determinados mecanismos de controlo social como a socialização ou a
aplicação de sanções, para levar os indivíduos a adotar os comportamentos conformes às
normas sociais existentes.

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6. D.
Através do processo de socialização, os indivíduos aprendem e interiorizam as normas
socialmente aceites, comportando-se de acordo com elas.
7. A.
As instituições sociais, como a família ou a escola, constituem instrumentos de reprodução social
pois, ao transmitirem os valores e as normas socialmente aceites, levam os indivíduos a aceitar
os modos de pensar e agir da sociedade e a cumprir os papéis sociais atribuídos.
8. C.
A sociedade, na sua adaptação às transformações que ocorrem (demográficas, ambientais, por
exemplo), tem de encontrar novas formas de agir e resolver os problemas, o que constitui uma
situação de mudança.
9. A.
Qualquer mudança implica custos para a sociedade, nomeadamente custos que se prendem
com a estabilidade social, como, por exemplo, a nível do emprego. A automação e a robotização
constituem mudanças que implicam custos sociais, pois há perda de postos de trabalho e
desemprego, mas, levam, também, à criação de novos empregos e a uma maior produtividade,
o que poderá gerar menor resistência da população à introdução dessas inovações.

Grupo II

1.1 Socialização é o processo de aprendizagem dos valores, normas e cultura da sociedade, ou


seja, a criança vai aprendendo na família valores, comportamentos e cultura associados ao seu
género, etnia, crença religiosa e estrato social
1.2 Os agentes de socialização referidos no texto são a família e a escola.
A família constitui o primeiro agente de socialização, pois as crianças aprendem na família a
linguagem, os hábitos de higiene, os comportamentos a ter no relacionamento com os outros,
os valores religiosos e políticos, entre outros exemplos. A socialização a cargo da família é a
chamada socialização primária.
A escola socializa a criança e os jovens transmitindo-lhes regras a ter na sala de aula,
cumprimento de horários, procedimentos a ter no desenvolvimento das atividades, valores
como o saber, a criatividade, o sucesso, entre outros exemplos. É, também, na escola que as
crianças e jovens aprendem a relacionar-se com os colegas, a formar grupos de amigos, a
construir estilos de vida, entre outros exemplos. Estas aprendizagens, a cargo da escola, é a
chamada socialização secundária.
1.3 Na família e na escola, as crianças e os jovens aprendem os valores e as normas do grupo a
que desejam vir a pertencer. As crianças aprendem e imitam os comportamentos dos adultos,
grupo a que desejam vir a pertencer. Os jovens aprendem os valores e os comportamentos
dos grupos a que desejam vir a pertencer, por exemplo, ao grupo de futebol, ao grupo de
teatro da escola, ao futuro grupo da faculdade, etc.
2.1 Um agrupamento consiste numa interação social não estruturada enquanto um grupo é um
agrupamento estruturado, isto é , um agrupamento com finalidades definidas, em que os seus
membros mantêm relações duradouras, desempenham determinados papéis sociais e ocupam
posições próprias, ou seja, possuem estatutos.

110 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


2.2 O grupo desportivo do bairro é um grupo, pois é um agrupamento estruturado — os seus
membros estabelecem relações duradouras, partilhando ideais, valores e interesses, possui
objetivos (prática desportiva, ganhar competições, etc.), uma estrutura organizativa própria
(órgãos com determinadas funções e tarefas) e uma linguagem e símbolos comuns (emblema,
hino, equipamento, entre outros elementos).
2.3 Grupo de pertença é o grupo a que o indivíduo se encontra ligado, como a família, o grupo
desportivo, o partido político, a igreja, os amigos ou a empresa onde trabalha.
3. O texto faz referência ao diferente grau de conformidade às normas estabelecidas consoante o
tipo de sociedade a que o indivíduo pertence. Nas sociedades tradicionais, como nas sociedades
rurais, o grau de conformidade às normas é mais elevado comparativamente às sociedades
modernas e urbanas. Assim, nas sociedades modernas o indivíduo tem maior autonomia e
liberdade para decidir os seus comportamentos enquanto nas sociedades tradicionais o
indivíduo não tem essa liberdade de escolha, tendo de comportar-se de acordo com os valores
e normas da comunidade.
4.1 Os meios de comunicação social constituem elementos que influenciam e modelem os valores
e as condutas sociais através da divulgação de novas maneiras de pensar e agir. O texto refere-
-se à influência que as revistas que retratam a vida de artistas conhecidos mundialmente têm
nos comportamentos dos seus leitores. A leitura dessas revistas permite tomar contacto com
a realidade da vida conjugal dos artistas, onde separações e divórcios ocorrem com frequência,
normalizando comportamentos que anteriormente não eram socialmente aceites.
4.2 Será uma situação de mudança se se tratar de um fenómeno coletivo, isto é, se um número
considerável de pessoas alterarem os seus valores, aceitando e pondo em prática o divórcio.
Outra característica prende-se com o seu caráter duradouro, ou seja, a prática do divórcio
passou a ser uma situação aceite pela sociedade e uma prática protegida juridicamente.

Grupo III

1. A atividade cosplay é utilizada como um meio de construção de identidade individual e grupal


— os jovens identificam-se com as personagens das «mangas e animes» escolhidas e
identificam-se com outros jovens que partilham os mesmos gostos, realizando atividades e
eventos. Nas comunidades de cosplay, os jovens juntam-se aos que possuem os mesmos gostos
pela música e vestuário e têm comportamentos idênticos, diferenciando-se dos restantes.
Esta atividade performativa constitui, deste modo, uma subcultura que, não pondo em causa a
cultura dominante, é, no entanto, considerada como um comportamento desviante, sendo
objeto de reprovação social.
2. A forma como a sociedade, ainda hoje, interpreta e avalia a liderança das mulheres nas
organizações radica-se em estereótipos de género, ou seja, a liderança nas organizações (das
mulheres ou dos homens) é objeto de uma representação simplificada do conceito de liderança,
muito influenciada pelos padrões culturais dominantes.
De acordo com a representação social de liderança ainda dominante na sociedade, e ao
correspondente papel de líder, estão associados determinados comportamentos – a sociedade
espera que o líder seja assertivo, racional e competitivo, comportamentos para os quais os
homens são mais adequados. Esta representação social constitui um estereótipo — estereótipo
de género — interiorizado desde a infância e enraizado na sociedade.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 111


No entanto, as alterações que ocorrem nas sociedades modernas — crescente escolarização de
nível superior das mulheres, aumento da taxa de atividade feminina, fixação de quotas para
mulheres e homens em determinados cargos e posições nas organizações, entre outras — são
fatores de mudança de valores, de comportamentos, de formas de relacionamento e papéis
sociais, criando novas representações sociais, nomeadamente no que toca à igualdade entre
géneros e liderança das organizações.
3. As instituições sociais adotam os valores e os procedimentos adequados às suas respetivas
necessidades, definindo os papéis sociais dos seus membros e utilizando as sanções necessárias
para prevenir eventuais desvios. Segundo os autores, cabe à instituição Escola, no desempenho
da sua função de formação e desenvolvimento das competências técnicas e sociais necessárias
às atividades económicas, promover a adoção dos valores necessários à manutenção das
relações hierárquicas e de poder tais como as que existem nas empresas — respeito, disciplina,
entre outros —, utilizar prémios e sanções para evitar possíveis desvios e definir os papéis dos
seus elementos — os professores ensinam, apoiam as aprendizagens, estimulam as capacidades
e os alunos frequentam as aulas, estudam, fazem os trabalhos e desenvolvem atividades.
A instituição Escola, ao contribuir para a manutenção da ordem social através da transmissão
dos valores, normas e comportamentos dominantes na sociedade, constitui um agente de
reprodução social.

Tema II – Teste B

Grupo I

1. 1 – A; 2 – C; 3 – B.
A socialização processa-se através de três mecanismos — aprendizagem (por tentativa e erro),
imitação (cópia) e identificação (apropriação).
2. C.
A socialização por antecipação é o processo através do qual os indivíduos aprendem a cultura
do grupo a que desejam vir a pertencer (grupo de referência).
3. D.
Um partido político, tal como outro grupo social, é uma coletividade estruturada, pois tem
objetivos, uma estrutura própria, valores comuns, uma linguagem e uma identidade cultural.
4. 1 – B; 2 – A; 3 – A; 4 – B; 5 – A.
Estatuto atribuído — estatuto que o individuo obtém sem fazer qualquer esforço.
Estatuto adquirido — estatuto que o indivíduo obtém através do seu esforço, trabalho e mérito.
5. C.
Em sentido sociológico, cultura é o conjunto de valores, crenças, procedimentos e realizações
(culturais, técnicas, sociais) que caracterizam a vida social de um grupo, distinguindo-o dos
outros.

112 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


6. A.
O indivíduo adquire a cultura do grupo pela aprendizagem e pela prática social e acrescenta-lhe
novos elementos (novos valores, novas normas, novas formas de vida social, novas realizações
científicas e técnicas, entre outros elementos), transformando-a.
7. B.
Uma instituição social apresenta uma certa permanência no tempo, necessitando de normas e
sanções para funcionar sem grandes desvios dos modelos culturais dominantes.
8. A.
Nas sociedades tradicionais, os indivíduos têm pouca autonomia para decidir as suas condutas,
sendo pouco tolerado o desvio às normas. A exigência de conformidade é mais estrita
comparativamente às sociedades modernas.
9. C.
O comportamento desviante é o comportamento que não está de acordo com as normas sociais.
Assim, a sociedade, ao criar as normas sociais, está a definir os comportamentos corretos e
incorretos, classificando estes últimos como desviantes, uma vez que se afastam das normas.
10. D.
É um fenómeno coletivo e não efémero, pois afeta um conjunto significativo de indivíduos e os
seus efeitos na vida social perduram durante um certo tempo.
11. B.
As elites pela influência que exercem junto da sociedade têm capacidade para levar os
indivíduos a aceitar as propostas de mudança.

Grupo II

1.1 Grupo social é um conjunto de interações sociais estruturadas, ou seja, relações recíprocas
entre os indivíduos que partilham valores, normas, interesses e objetivos.
1.2 Finalidades, linguagem e organização.
1.3 O comportamento discriminatório é um comportamento que rejeita os outros, aqueles que
pertencem a grupos diferentes.
1.4 Por exemplo: excluir da viagem de finalistas os colegas que não possuem capacidade
económica para custear as despesas inerentes; impedir a entrada de pessoas de etnias
diferentes num estabelecimento de diversão.
1.5 Grupo de pertença é o grupo a que o indivíduo pertence ou onde está inserido.
1.6 O indivíduo, ao identificar-se com o grupo a que pertence, rejeita os indivíduos pertencentes
a outros grupos. Essa rejeição pode ser subtil e ambígua, manifestando-se, por exemplo,
através de um tratamento distante, mas educado, em que há poucos ou nenhuns contactos,
ou pode ser explícita e evidente, manifestando-se por um tratamento insultuoso, de agressão
física e psicológica, ou de exclusão e marginalização.
O comportamento discriminatório assenta em critérios de diferenciação entre os indivíduos e
os grupos, relacionados com o estatuto económico e social, com a religião, etnia e género, com
o país de origem e com características físicas e mentais, entre outros.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 113


2.1 Estatuto adquirido é o estatuto adquirido pelo indivíduo através do seu trabalho e esforço,
enquanto o estatuto atribuído é o estatuto que o indivíduo tem sem ter desenvolvido qualquer
esforço. O estatuto de líder político é exemplo de estatuto adquirido e o estatuto de rainha é
estatuto atribuído.
2.2 Nas sociedades modernas e democráticas há possibilidade de um indivíduo vir a adquirir,
através do seu esforço, trabalho e mérito, um estatuto social superior ao que inicialmente
possuía. Exemplo: o aluno, filho de pais analfabetos, que alcançou, pelo trabalho e esforço, um
grau de escolaridade de nível superior que lhe permite desempenhar atividades e funções
socialmente valorizadas e bem remuneradas.
3.1 Cultura pode ser entendida como o conjunto de valores, normas e realizações de um dado
grupo social.
3.2 Elementos materiais: instrumentos de trabalho, obras de arte, monumentos, obras literárias,
etc. Elementos imateriais: valor da liberdade ou da justiça, ideal de beleza ou do bem, etc..
3.3 O indivíduo é produto de uma cultura na medida em que herda uma cultura, isto é, adquire os
valores, as normas e os modelos de comportamento do grupo onde se integra, mas, ao mesmo
tempo, transforma essa cultura, acrescentando-lhe novos valores, novas formas de
relacionamento e novas realizações, sendo, deste modo, um produtor de cultura.
4.1 A mudança social consiste nas transformações que ocorrem numa dada coletividade em
determinada época, afetando de modo duradouro a estrutura, organização e funcionamento
dessa coletividade.
4.2 Fenómeno identificável no tempo — a industrialização iniciou-se no século XVIII; fenómeno
coletivo — implica um número considerável de indivíduos, todos os que trabalhavam nos
ofícios e que passaram a trabalhar nas fábricas; fenómeno estrutural — alterações
significativas na organização e condições de trabalho: a oficina foi substituída pela fábrica, o
artesão passou a operário, o trabalho manual foi substituído pela máquina e as condições de
trabalho deixaram de ser reguladas pelas corporações e impostas pelos donos das fábricas.
4.3 Fator que facilita a aceitação da mudança — a demonstração das vantagens da mudança. Por
exemplo, o aumento das quantidades produzidas e dos salários em resultado das inovações.
Fator que influencia a resistência à mudança — os custos sociais e a oposição às tradições. Por
exemplo, a menor segurança dos trabalhadores com a utilização de máquinas ou a
desproteção do operário, dada a ausência de regulação das condições de trabalho.

Grupo III

1. A família constitui o principal agente de socialização, pois é no seio da família que a criança
aprende a linguagem, os valores, os costumes e os comportamentos que deverá observar no
decurso da vida social. Neste processo intervêm os mecanismos de socialização (aprendizagem,
imitação e identificação) nos quais a brincadeira constitui um meio muito eficaz – a brincar a
criança aprende, imita e identifica os papéis familiares e sociais que a sociedade espera que os
indivíduos desempenhem ( de filho, filha, mãe, pai, pessoa adulta, de patrão, empregado, etc.).
2. A representação que a sociedade tem dos mais velhos traduz a interpretação que a sociedade
faz da realidade «velhice», à luz da sua cultura. A representação do velho está, assim, associada
à imagem (cabelos brancos, rugas), à decadência física (corpo alquebrado, doença) e à sua

114 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


situação de inativo – pessoa que já não trabalha, que é dependente dos outros e um encargo
para a sociedade, dadas as despesas com as pensões e a saúde.
Esta representação, baseada em ideias simples e não demonstradas cientificamente, consiste
num estereótipo, orientando os comportamentos dos outros indivíduos relativamente aos
velhos. Atendendo à interpretação da realidade «velhice» retratada no texto, o estereótipo
relativamente aos velhos apresenta um caráter negativo e depreciativo, pois à luz da cultura das
sociedades modernas, industrializadas e urbanas, os velhos não são uma mais-valia, mas um
encargo. A reforçar a distância do estereótipo à realidade, as crianças e os jovens inquiridos no
estudo não se imaginam como velhos no futuro.
3. A conformidade social significa que as condutas sociais seguem os modelos de comportamento
da coletividade. A exigência de conformidade é, no entanto, variável pois, há coletividades que
exigem uma conformidade mais estrita, caso das sociedades tradicionais, enquanto nas
coletividades mais urbanas há maior liberdade de atuação dos indivíduos. É o que acontece nas
sociedades modernas a nível da educação dos jovens onde a autonomia, o espírito crítico e a
capacidade criativa, capacidades e competências que apenas são possíveis de desenvolver em
ambientes de maior liberdade e de menor exigência de conformidade.

Tema III – Teste A

Grupo I

1. A.
A divulgação, em tempo real, de um acontecimento relevante que esteja a ocorrer numa
determinada zona do mundo aproxima as pessoas, mesmo que estas vivam em países
geograficamente distantes. A globalização restringe o espaço e o tempo permitindo que as
pessoas se liguem mais rapidamente mesmo estando distantes.
2. B.
Porque as famílias recompostas (em que existe uma nova união conjugal, com ou sem
descendentes de relações anteriores, de um ou ambos os cônjuges) e as famílias
monorresidência (em que as pessoas vivem sós e abrange transversalmente a sociedade: jovens,
indivíduos em idade adulta e pessoas idosas) constituem exemplos de novos tipos de família.
3. D.
Porque a família, como ocorre com todas as instituições sociais, mesmo mantendo a sua
estrutura base, vai mudando e ajustando-se à realidade social.
4. C.
Porque a escola é a instituição social à qual a sociedade afeta a função de ensinar e de socializar
os jovens, contribuindo para a sua integração na sociedade.
5. C.
Porque na escola os jovens adquirem conhecimentos e desenvolvem competências que
permitem uma melhor integração no mercado de trabalho e a sua integração em funções de
estatuto social mais elevado do que o estatuto social de origem.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 115


6. A.
Desenvolvem ações mais espontâneas e informais e defendem objetivos universalistas e
coletivos.
7. C.
Verdadeira, porque quem é diferente só é desigual em determinados contextos sociais.

Grupo II

1.1 A globalização alterou as noções de espaço e tempo, pois as pessoas estando geograficamente
distantes passaram a estar próximas em resultado da circulação da informação em tempo real,
ou seja, um acontecimento que ocorre numa determinada parte do mundo é acompanhado
por milhões de pessoas em todos os continentes. O mesmo acontece com a cultura e os meios
de comunicação, pois as mesmas músicas, filmes, livros, gostos, estilos de vida, séries de TV,
programas informativos, jornais e revistas são partilhados a nível global. A transnacionalização
da produção, o aumento das trocas comerciais entre os países, a circulação mundial do capital
financeiro e a difusão global das tecnologias são dimensões da globalização. As economias
aproximam-se, sendo interdependentes.
1.2 Vantagens: maior acesso dos países e populações à informação, às tecnologias e ao
conhecimento; aproximação das economias e formação do mercado global.
Desvantagens: maior competitividade entre países, empresas e mercados; incerteza, pois a
forte competitividade no mercado global pode afastar as empresas e os países menos
competitivos, tornando as suas economias mais vulneráveis aos efeitos da globalização.
1.3 As organizações, para enfrentarem as dificuldades colocadas pelo mercado global, têm de ter
um sistema de informação e de gestão que lhes permita modernizar e desenvolver a sua
atividade, aumentando a eficiência e ganhando competitividade.
2.1 As principais alterações nas famílias portuguesas, e de acordo com o texto, verificam-se na
redução da dimensão familiar, com famílias com menor número de filhos.
2.2 As condições económicas e a precariedade laboral.
2.3 A vinda de imigrantes aumentará a população residente e contribuirá para o aumento das
taxas de natalidade e fecundidade e, consequentemente, para a maior dimensão familiar.
3.1 As mulheres encontram-se sujeitas a múltiplas discriminações. Portugal, de acordo com o
texto, encontra-se na 29.ª posição, entre as 146 economias analisadas no âmbito do relatório
Global Gender Gap Report, do World Economic Forum (WEF), sobre a igualdade de género,
publicado em 2022.
No que respeita ao poder político, nas eleições de 2022 houve menos mulheres eleitas do que
em 2019 – enquanto, em 2019, a percentagem de mulheres eleitas foi 39,7%, em 2022, essa
percentagem reduziu para 37%. Estamos perante uma discriminação em relação ao acesso ao
poder político, que se acentuou em 2022.
Outra forma de discriminação foi um retrocesso no que respeita ao mercado do trabalho e ao
acesso ao poder económico, como refere o texto: «A participação económica e oportunidades
das mulheres é outra das áreas que contribuiu para a pior classificação de Portugal, o que se
explica por um ligeiro decréscimo na participação no mercado de trabalho e em lugares de
poder».

116 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


3.2 Outros exemplos de discriminação a que as mulheres se encontram sujeitas são a violência de
género, que assume diferentes dimensões: a violência doméstica, o assédio sexual, a violação
e o tráfico de mulheres, entre outras; e a conciliação entre a esfera pública (emprego,
participação cívica) e a esfera privada (tarefas domésticas e cuidado com os filhos e familiares
idosos ou doentes).
3.3 A fraca participação das mulheres nas autarquias locais e como deputadas na Assembleia da
República e no Parlamento Europeu; a ainda mais diminuta participação das mulheres nos
Conselhos de Administração das grandes empresas, dos bancos e dos seguros constituem
exemplos que ilustram a ausência de paridade entre homens e mulheres na sociedade
portuguesa.
3.4 O Gender Pay Gap em Portugal é de 11,72%; quer dizer que as mulheres ganham em média
menos 11,72% do que os homens, ou seja, as mulheres ganham 88,28 cêntimos por cada
1 euro ganho por um homem, em média.
Esta situação tem consequências negativas no seu atual nível de vida, porque o risco de
pobreza das mulheres é superior ao dos homens, uma vez que ganham menos num país em
que os salários são baixos. Também tem efeitos na sua situação futura porque, como as
mulheres ganham menos, as suas contribuições sociais são menores e, posteriormente, as
pensões de velhice que irão receber são inferiores às dos seus pares masculinos, o que origina
situações de grande vulnerabilidade económica das mulheres idosas.

Grupo III

1. Os estilos de vida estão muito associados ao consumo de bens (vestuário, automóveis,


alimentos, por exemplo), aos sítios frequentados e à linguagem utilizada, elementos culturais
estes que são difundidos pelos meios de comunicação de massas (televisão, filmes, redes sociais,
revistas, jornais, entre outros).
2.1 Duas alterações recentes ao nível da família podem ser, ao nível da nupcialidade, a idade cada
vez mais tardia para o casamento e, ao nível da conjugalidade, o aumento das uniões de facto.
2.2 As famílias monoparentais são constituídas por um elemento do casal, pai ou mãe, e filho ou
filhos; as famílias recompostas são formadas pelo casal e pelos filhos de ambos provenientes
de casamentos anteriores.
2.3 Os papéis de género são transmitidos pelo processo de socialização, contribuindo para que
cada indivíduo interiorize os valores e as aprendizagens de modelos comportamentais
específicos a cada sexo. Mas a socialização é também um processo permanente e a cultura é
dinâmica, o que permite aceitar como válido que também é possível alterar alguns dos
modelos ainda dominantes por outros mais ajustados à realidade demográfica, económica e
social. A educação, tanto a cargo das famílias, como da escola e de outros meios poderá
contribuir para essa alteração. Exemplos no próprio seio da família, a chamada de atenção
para algumas situações de desequilíbrio nas tarefas domésticas ou a necessidade de a mulher
poder ter outro estatuto, por exemplo, poderão contribuir para a diferença.
2.4 A emancipação adquirida pelas mulheres, fruto da sua participação no trabalho e noutras
esferas da vida social, em situação de paridade com o homem, tem-lhe dado um estatuto
diferente do tradicional. Essa sua nova posição social dá-lhe poder em casa, mas também o
reconhecimento da necessidade de partilhar o trabalho doméstico, o que tem permitido a

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 117


democratização da vida familiar, verificando-se um maior equilíbrio e responsabilidade no
desempenho das tarefas da vida familiar.
3. Feminino e masculino são valorados assimetricamente, ou seja, existe uma subalternização do
feminino e uma dominação masculina. Tendo em conta o texto, o masculino é o «referente
universal» independentemente dos contextos e o feminino só é «referente exclusivo das
próprias mulheres, como ideal coletivo dessa categoria, e só tem sentido dentro das fronteiras
contextuais em que é definida».
4. A consideração das características que são mais apropriadas a cada sexo baseia-se nas ideias e
representações dominantes na sociedade, que influenciam o comportamento dos pais, e das
pessoas em geral, para com a criança desde o seu nascimento, consoante se trate de uma
menina ou de um menino. Contribui-se, assim, para a estimulação ou inibição de determinadas
atitudes e capacidades, consolidando-se estereótipos de género, ou seja, generalizações acerca
daquilo que é próprio de homens e aquilo que caracteriza as mulheres. Ora, estas generalizações
acabam por se refletir também nas brincadeiras propostas e nos brinquedos oferecidos às
crianças - geralmente, com os meninos a desempenharem papéis mais ativos e as meninas a
assumirem papéis de maior passividade.

Tema III – Teste B

Grupo I

1. A.
Com a globalização aumentam as trocas entre os países, muitas empresas tornam-se globais e
uma parte significativa das componentes dos produtos são produzidas em várias partes do
mundo, o que aumenta a dependência dos países entre si. Por exemplo, as fábricas de
automóveis na Europa estão dependentes do fornecimento de componentes fabricadas noutras
partes do mundo e os países produtores destas componentes estão dependentes das
encomendas das empresas europeias.
2. C.
Face às atuais dificuldades em obter trabalho não precário, os jovens não arriscam e/ou não têm
capacidade para sair de casa dos pais e viver autonomamente.
3. C.
Porque existem famílias recompostas independentemente das idades dos casais; as famílias
recompostas são famílias que resultam da união de indivíduos separados.
4. A.
Porque a escola, à semelhança das restantes instituições sociais, vai-se adaptando à mudança
social.
5. C.
Porque a escola desenvolve nos jovens competências e capacidades que permitem ascender na
hierarquia social.

118 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


6. C.
As crianças, porque estão dependentes das capacidades familiares; a população com ensino
básico ou nível inferior, porque apenas tem acesso a empregos menos bem remunerados e com
piores condições de trabalho; a população com cidadania extracomunitária, em virtude das
dificuldades de integração noutra sociedade.
7. D.
A igualdade de género e a mudança social, uma vez que coloca rapazes e raparigas a jogarem os
mesmos jogos.

Grupo II

1. Uma das características da globalização é a massificação, ou seja, os padrões de estilos de vida


associados aos consumos são globais – milhares de pessoas consomem produtos idênticos,
ouvem as mesmas músicas, vêm os mesmos filmes, têm o mesmo código de linguagem e viajam
para os mesmos sítios. Mas, as possibilidades de escolha e a liberdade de atuação permite aos
indivíduos adotar comportamentos e assumir atitudes diversas que os identifiquem com
determinados grupos e, ao mesmo tempo, os diferenciem dos restantes grupos. Os estilos de
vida alternativos que não coloquem em causa a cultura dominante são mais facilmente aceites
pela sociedade.
2. As vítimas de violência doméstica foram, em percentagem, principalmente, do sexo feminino
nos dois anos assinalados, ainda que se verifique uma diminuição dos valores relativos ao sexo
feminino e um aumento dos valores relativos ao sexo masculino. Relativamente aos autores da
violência doméstica verifica-se o contrário: maioritariamente perpetrados por indivíduos do
sexo masculino, verificando-se uma diminuição percentual significativa de 81,2% para 60,9%, de
um para outro ano. Todavia, é difícil afirmar que a percentagem de homens no total dos autores
de atos de violência doméstica corresponde realmente a uma diminuição em números
absolutos, em virtude de ter aumentado de forma extraordinária a percentagem dos
respondentes que referem «não sabe/ não responde».
De destacar, ainda, as mudanças relativas ao tipo de violência, com uma diminuição percentual
significativa dos atos de violência continuada ainda que estes dados se devam ler com algum
cuidado porque se é certo que diminuíram de 74,7% para 50,2%, também é de ressalvar o
aumento da percentagem de indivíduos que respondem «não sabe/não responde» de 15,8%
para 37,2%.
3.1 Os motivos da greve das operárias conserveiras de Setúbal eram os baixos salários (ainda mais
reduzidos do que os dos homens), o prolongado horário de trabalho e os abusos sexuais de
que eram alvo.
3.2 Os critérios de estratificação social, implícitos no texto, são o económico (as operárias tinham
um acesso muito reduzido aos recursos devido aos salários tão baixos que recebiam) e o
género (que cria grupos sociais com diferentes poderes e prestígio). Neste caso, as mulheres
são subalternizadas, existindo uma dominação masculina que origina as violências de género,
em que o abuso sexual se inclui. Estes critérios estão intrinsecamente ligados.
3.3 Um movimento social pretende alcançar determinados objetivos, como as conserveiras de
Setúbal, que pretendiam salários mais elevados, menor horário de trabalho e o fim dos abusos
sexuais. Para atingir os objetivos desenvolvem a ação coletiva, que neste caso foi, não só a

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 119


greve, como também a solidariedade de outros setores operários, e a concentração para
impedir que se produzisse e vendesse o produto. Os movimentos sociais estruturam-se em
valores e motivações, que no caso desta greve são os valores da igualdade e da justiça social.

Grupo III

1.1 Família é um grupo de pessoas unidas diretamente por laços de parentesco (sangue,
casamento ou adoção), no qual as pessoas adultas são responsáveis pelas crianças.
1.2 Dois exemplos da diversidade de estruturas familiares que evidenciem as transformações das
modernas sociedades nas formas de organizar e viver em família poderão ser, entre outras, as
famílias recompostas e as famílias homossexuais.
2.1 Género é um conceito relacional. Diz respeito à construção social e cultural que leva as pessoas
a desempenharem diferentes papéis sociais, de acordo com o facto de serem homens ou
mulheres em determinada sociedade.
2.2 Exemplos de estereótipos femininos, entre outros: afetuosa, carinhosa, dependente ou
sentimental. Exemplos de estereótipos masculinos, entre outros: ambicioso, dominador, rígido
e viril.
2.3 Enquanto sexo diz respeito às características biológicas das mulheres e dos homens, o conceito
de género é uma construção social, é o que se espera de uma pessoa pelo facto de ser do sexo
feminino ou masculino.
3.1 Pobreza consiste numa acentuada carência de recursos essenciais à satisfação das
necessidades básicas dos indivíduos, como a alimentação, saúde, habitação e educação, por
exemplo. Como refere o texto, em Portugal o desemprego jovem aumentou em 2020, face a
2019, é superior à média da UE27 e é superior ao desemprego geral. A situação de desemprego
origina uma perda de rendimentos que torna a juventude uma categoria social vulnerável à
pobreza, pois, como refere a afirmação, esta situação não tem sido compensada com políticas
sociais.
3.2 Quatro categorias sociais vulneráveis à pobreza em Portugal poderão ser, entre outras: os
desempregados, em particular os de longa duração; trabalhadores com empregos precários;
trabalhadores com empregos de salários baixos; e trabalhadores com empregos cujos salários
estão em atraso.
3.3 O Estado Social tem de assegurar a satisfação das necessidades básicas das populações, a
redução das desigualdades sociais e a promoção da coesão social. Nesse âmbito, desenvolve
políticas sociais como as políticas de segurança social, de saúde, de educação e de combate ao
desemprego.
As políticas de segurança social têm como finalidade principal a proteção de pessoas em
situação de risco e de vulnerabilidade, como nos casos de doença, velhice ou desemprego.
São vários os instrumentos a que o Estado recorre para a concretização das políticas de
segurança social: abonos de família, subsídios de doença, de desemprego, RSI, CSI, entre
outros.

120 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Teste global

Grupo I

1. C.
Dada a extensão do universo (os jovens portugueses), a investigação é extensa, deverá
basear-se numa amostra representativa do universo e na aplicação de questionários.
2. a) 2; b) 1; c) 1; d) 2.
3. C.
O conjunto de maneiras de pensar, sentir e agir próprias de qualquer grupo.
4. B.
Esta perspetiva considera que não há culturas superiores nem inferiores, rejeitando, assim, a
hierarquização das culturas.
5. D.
As subculturas coexistem com a cultura dominante e não constituem uma ameaça para esta.
6. C.
O grupo de referência é o grupo a que o indivíduo não pertence mas aspira vir a pertencer.
7. B.
Através do processo de socialização por antecipação, os indivíduos aprendem os valores e as
normas do grupo de referência, antes de o integrar.
8. D.
A mudança social consiste na transformação duradoura das estruturas sociais e do modo de
funcionamento das instituições, observável no tempo.
9. B
As instituições sociais consistem no conjunto de valores e de procedimentos comuns que
definem as formas de alcançar determinados objetivos ou de satisfazer certas necessidades.
10. A.
A defesa da tradição e dos valores constitui um exemplo de padrões de comportamentos sociais,
porque continuam integrados na cultura dominante.
11. C.
O risco e a incerteza fazem parte da vida social, cabendo à sociedade adotar os comportamentos
e tomar as medidas necessárias para conseguir controlar os riscos e evitar as suas consequências
económicas e sociais, e, assim, diminuir a incerteza.
12. A.
Verdadeira, porque os novos critérios de estratificação social não se encontram rigidamente
implantados, pelo que a permeabilidade entre os estratos é mais facilitada.
13. C.
Verdadeira, porque a pobreza constitui a maior causa da exclusão social, uma vez que impede
ou dificulta o acesso dos indivíduos a bens e serviços essenciais.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 121


Grupo II

1.1 A socialização a cargo das instituições sociais, ao levar o indivíduo a interiorizar os valores e as
normas do grupo em que se insere, aprendendo o modelo de funcionamento da sociedade,
contribui para a reprodução social. Ao contribuir para que o indivíduo não se afaste da norma,
impedindo o comportamento desviante, a socialização funciona como uma forma de controlo
social.
2.1 Toda a transformação das estruturas e do funcionamento da organização social de uma dada
coletividade.
2.2 Fenómeno coletivo, pois afeta o modo de vida de um conjunto significativo de indivíduos.
Fenómeno não efémero – os efeitos da mudança perduram no tempo.
Fenómeno identificável no tempo – as alterações estruturais ocorrem num dado período e os
seus efeitos perduram no tempo.).
2.3 Envelhecimento da população na sociedade portuguesa; as guerras que alteram as relações
internacionais; a inteligência artificial e as suas aplicações na indústria, nos meios de
transporte, na saúde, etc.; novas formas de família (famílias monoparentais, famílias
recompostas).
2.4 A sociedade tradicional possui padrões culturais, costumes, crenças e tradições fortemente
enraizados e valorizados que dificultam a aceitação das inovações e mudanças que não se
ajustem à cultura existente.
3. Os estrangeiros, nos quais se incluem os migrantes, ao passarem por um processo de mudança
cultural têm de enfrentar valores, costumes e comportamentos que frequentemente colidem
com a sua cultura de origem. Progressivamente, vão vivendo um processo de aculturação e
adquirem algumas práticas culturais do país de acolhimento mantendo, ao mesmo tempo,
aspetos culturais da sua cultura, ou adotam a nova cultura afastando-se da sua cultura original.
4. Segundo o autor, a compreensão dos conteúdos programáticos depende do domínio que o
estudante tiver da linguagem utilizada. A linguagem falada e escrita pelos professores e outros
veículos de aprendizagem pode ser um fator de dificuldade para os jovens das classes
desfavorecidas, visto não lhes ser familiar muitos termos e expressões. A linguagem é, pois, um
instrumento de discriminação social ao serviço da escola. Neste sentido, pode-se concluir que a
escola, para ser um agente de mudança, promotor de mobilidade social, terá de questionar
algumas das suas práticas.
5. Os processos de mudança podem ser objeto de resistência se colidirem com os valores, as
tradições e as normas da comunidade. No caso referido no texto, a resistência que alguns países
islâmicos, mais tradicionais, demonstram relativamente aos média globais, deve-se à perceção
de ameaça à identidade cultural e aos interesses nacionais que este tipo de média representa.
O Irão tem sido o país que mais se tem oposto aos média ocidentais, classificando-os como
«poluição cultural» e veículos de promoção dos valores dos consumidores ocidentais.
A resistência tem-se manifestado de formas diversas: crítica, impedimento ou fecho de satélites
ocidentais, corte do acesso por satélite à televisão ocidental, entre outras.
Nos países islâmicos menos tradicionais, a resistência não se tem feito sentir com a mesma
intensidade, havendo, pelo contrário, o reconhecimento da necessidade de introduzir algumas
mudanças a nível cultural, no sentido da sua modernização, mantendo, ao mesmo tempo, os
traços essenciais da identidade cultural.

122 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Pode concluir-se, assim, que quanto mais tradicional, em termos de valores, normas e tradições
for uma comunidade, maior será a resistência às inovações e mudanças, uma vez que estas são
entendidas como uma ameaça à identidade cultural.
6.1 O texto refere-se a uma sociedade tradicional em que os estratos sociais eram constituídos
pelo clero, nobreza e povo (ordens ou estados).
6.2 Outro exemplo poderá ser o sistema de castas existente na sociedade da África do Sul, durante
o sistema de apartheid, que vigorou entre 1948 e 1994.
6.3 Na sociedade tradicional, os critérios de estratificação assentavam nos estados ou ordens:
clero, nobreza e povo. Estes estratos sociais eram muito fechados o que impossibilitava
praticamente a mobilidade social, ou seja, a passagem dos indivíduos ou grupos sociais de uns
estratos para outros a fim de ocuparem diferentes posições na estratificação social.

Grupo III

1.1 Conjunto de maneiras de pensar, sentir e agir de um grupo ou sociedade.


1.2 Elementos materiais – monumentos, obras literárias, máquinas, pinturas, códigos jurídicos,
etc. Elementos imateriais ou espirituais – ideia de liberdade, de justiça, bondade, beleza, etc.
1.3 Traços culturais próprios de um grupo que os distingue dos restantes. Por exemplo, a
subcultura punk.
2.1 O risco é inerente à vida social, pois das escolhas e decisões tomadas resultam situações que
podem colocar em perigo a segurança, a liberdade, a justiça, o ambiente e a vida humana. Os
riscos ecológicos, a precarização das condições de vida, a violência e o terrorismo são exemplos
de riscos a que a sociedade está exposta.
2.2 Para o autor o risco está entre a situação de segurança e a destruição. Ou seja, num primeiro
nível está a certeza e a segurança da vida social e humana, no nível intermédio estão as
ameaças e perigos previsíveis que, fruto da ação da sociedade, poderão ser diminuídos ou
resolvidos, e no nível final está a concretização das ameaças e dos riscos. Para evitar a
destruição, a sociedade terá de enfrentar os riscos, tomando decisões e agindo de forma a
diminuir e a eliminar os riscos. Por exemplo, face aos riscos ecológicos a sociedade terá de
desenvolver políticas e adotar comportamentos que reduzam os desequilíbrios ambientais.

3.1 O divórcio pode, em determinadas sociedades, ser considerado um comportamento


desviante na medida em que constitui um ato que contraria os valores e as normas
sociais vigentes, nomeadamente o valor do casamento para a vida.
3.2. A censura da família, a reprovação das colegas de trabalho e a crítica.

4. O trabalho infantil é resultado de situações de pobreza extrema e tem vindo a aumentar no


mundo, entre 2016 e 2020, como refere o texto. Além disso, os efeitos da pandemia de
covid-19 poderão ainda fazer crescer mais o valor de 160 milhões de crianças numa situação de
trabalho infantil registado em 2020. A pobreza priva os seres humanos da satisfação de
necessidades básicas, como as de alimentação, saúde, educação ou habitação; priva os
indivíduos do acesso ao trabalho e à segurança social e a uma parte dos efeitos do progresso
social. As crianças em situação de trabalho infantil não poderão frequentar a escola e sofrem as
vicissitudes da pobreza.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 123


Alguns dos fatores que influenciam a produção e reprodução da pobreza são, por exemplo, a
situação de pobreza existente na família, o trabalho infantil, o desemprego, a precariedade, o
facto de se pertencer a uma minoria étnica ou as limitações das políticas de proteção social.
É possível «sair da pobreza», pois este fenómeno social é resultado de decisões políticas e
sociais. Com os recursos existentes seria possível que todas as crianças frequentassem a escola
e tivessem uma alimentação digna como nos mostra a imagem. Através de políticas de combate
à pobreza, promovidas pelo Estado Social, pode quebrar-se o ciclo da pobreza, embora no que
respeita ao trabalho infantil e à pobreza a nível mundial tenha de ser com o apoio de
organizações internacionais como a ONU ou a UNICEF, por exemplo.

124 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


Ensino Digital

SOCIOLOGIA
Ensino Digital

12.o ano
Ensino Digital

Para todos os capítulos do Manual, encontra em a seguinte tipologia de recursos


digitais:

• Atividades «Ponto de partida»


• Atividades «Sociologia no dia a dia»
• Vídeos «Vamos analisar»
• Animações
• Infografias interativas
• Apresentações PowerPoint®
• Testes interativos
• Quizzes
• Kahoots
• Recursos complementares [exclusivo do professor]
• Teste diagnóstico e soluções [exclusivo do professor]
• Testes de avaliação e soluções [exclusivo do professor]

Para o Trabalho Prático, encontra ainda em sugestões de recursos adicionais.

Para o Tema 3, são disponibilizados tutoriais para apoio à interpretação de gráficos.

Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano 125


+

Tutoriais • Professor +

A Aula Digital, disponível em auladigital.leya.com, é a plataforma de ensino e


aprendizagem da LeYa Educação. Aqui o Professor poderá aceder aos projetos esco-
lares do Grupo LeYa e a todos os recursos e ferramentas digitais a eles associados.

Consulte os vídeos tutoriais da Aula Digital e tire partido dos


diversos recursos e ferramentas digitais ao seu dispor.

1 Como efetuar o registo no


portal da LeYa Educação?
www.leyaeducacao.com

2 Como atualizar os seus


dados profissionais?
Tutoriais • Professor

3 Como usar o Banco de


Recursos?

4 Como trabalhar mais


facilmente com o Manual
Interativo?

5 Como enviar um teste?

6 Como enviar um trabalho


ou partilhar recursos?
Tutoriais • Professor

7 Como criar um teste


interativo?

8 Como criar uma sala?

9 Como comentar e atribuir


uma nota a um trabalho?

10 Como partilhar recursos


em qualquer plataforma?
Moodle, Teams, E-mail,
Facebook, Whatapp, ...
Tutoriais • Professor

11 Como integrar a Aula


Digital no Microsoft
Teams?

12 Como partilhar recursos


no Google Classroom?

Descubra os novos desafios e as novas soluções digitais


com o Professor Carlos Nunes

• •
• • • •
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• •
• •
• ••

+
Quivy, Raymond e Van Campenhoudt, Luc, Manual de investigação em ciências sociais, Lisboa,
Gradiva, 1998.
Rede Europeia Anti-Pobreza, «Ninguém fica para trás. Prevenção e redução da pobreza e da
exclusão social através da educação, da formação profissional e da aprendizagem ao longo da
vida», março de 2020.

Rocher, Guy, Sociologia Geral, Lisboa, Editorial Presença, 1989.


Rodrigues, Eduardo Vítor, «O Estado e as políticas sociais em Portugal», Sociologia: Revista do
Departamento de Sociologia da FLUP, vol. 20, 2010.

Santos, Boaventura Sousa, «As transições do mundo: donde e para onde», Jornal de Letras, 27 de
julho a 9 de agosto de 2022.

Santos, Theobaldo, Manual de Sociologia, São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1964.
Silva, Fernanda Pappen da, Direitos e famílias: um estudo interdisciplinar em face das constantes e
significativas transformações sociais, dissertação de Mestrado, Universidade do Vale do Rio dos
Sinos, 2006.
Silva, Filipe Carreira da, «O Estado Social e a pandemia», O Jornal Económico, 3 dezembro 2021.

Sousa, Paula, «Habitus e estilos de vida», V Congresso Português de Sociologia, 2007.


Stacciarini, André Fellipe Lima, A evolução do conceito de famílias: as novas configurações
familiares e suas consequências jurídicas e sociais, dissertação de Mestrado, Lisboa, Universidade
Autónoma de Lisboa, 2019.
Teles, Nuno e Caldas, José Castro, Tecnologia e trabalho no século XXI: uma proposta de
abordagem, Cadernos do Observatório, n.° 12, Coimbra, Centro de Estudos Sociais da
Universidade Coimbra, 2019.
Torres, Anália, Homens e mulheres entre família e trabalho, Lisboa, CITE, 2004.
Vaz, Isabel Faria, «As novas formas de trabalho e a flexibilidade do mercado de trabalho», IV
Congresso Português de Sociologia, 2000.
Wall, Karin, «Elementos sobre a sociologia da família em Portugal», Análise Social, vol. 28, 1993.
Worsley, Peter, Introdução à Sociologia, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1992.
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Sociologia, São Paulo, McGraw-Hill, 1980.
https://aps.pt
https://www.ine.pt
https://www.acm.gov.pt/

https://www.ics.ulisboa.pt

https://www.cig.gov.pt/

http://analisesocial.ics.ul.pt/

134 Editável e fotocopiável © Texto | Sociologia 12.o ano


De acordo com o Art.º 21.º da Lei Saiba mais em
n.º 47/2006, de 28 de agosto, este www.sociologia12.te.pt
exemplar destina-se ao órgão da
escola competente para a adoção
de manuais escolares.

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