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Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 05 de setembro de 2017 N.o 1
Documentação de Auditoria
Res. TCMRJ n.º 976, de 05 de setembro de 2017
FICHA CATALOGRÁFICA
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20 pg.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Boletim técnico do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro
Conselheiros
ANTONIO CARLOS FLORES DE MORAES
FELIPE GALVÃO PUCCIONI
JOSÉ DE MORAES CORREIA NETO
LUIZ ANTÔNIO CHRISPIM GUARANÁ
Conselheiros Substitutos
DICLER FORESTIERI FERREIRA
EMIL LEITE IBRAHIM
IGOR DOS REIS FERNANDES
Procuradores
Procurador-Chefe CARLOS HENRIQUE AMORIM COSTA
ANTONIO AUGUSTO TEIXEIRA NETO
JORGE MAFFRA OTTONI
JOSÉ AMÉRICO DA COSTA JÚNIOR
JOSÉ RICARDO PARREIRA DE CASTRO
JULIANA AMARAL COGNAC
PEDRO DE HOLLANDA DIONISIO
PIERRE OLIVEIRA BATISTA
SAMUEL RICARDO SILVA GOMES
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SUMÁRIO
RESOLUÇÃO TCMRJ...................................................................................................5
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RESOLUÇÃO TCM N.º 976, DE 05 DE SETEMBRO DE 2017.
Aprova o documento técnico DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA, e dá outras
providências.
RESOLVE:
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O QUE É DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
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Não atendimento de exigência relevante
a. as circunstâncias identificadas;
b. os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de
auditoria obtida e as novas conclusões alcançadas, e seu efeito sobre
o relatório do auditor; e
c. quando e por quem os procedimentos foram executados e revisados.
Exemplos de circunstâncias excepcionais incluem fatos que chegaram ao
conhecimento do auditor após a data do seu relatório, mas que existiam
naquela data e que, se conhecidos tempestivamente, poderiam ter levado o
auditor a modificar o seu relatório.
Requisitos
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OBJETIVO
ATRIBUTOS BÁSICOS
A documentação de cada auditoria realizada deve ser elaborada, organizada e
arquivada de forma sistemática, lógica e racional e sua elaboração deve
observar os seguintes atributos básicos (NAG 4408.4 e 4408.9):
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d. claros: as evidências devem ser registradas de forma lógica,
cronológica, bem ordenada e que possibilitem claro entendimento;
e. completos: devem incluir todos os dados e informações suficientes,
relevantes, materiais, fidedignos, úteis ou necessários. As evidências
devem ser descritas de forma acabada, terminativa, sem faltar nenhum
conteúdo ou significado;
f. exatos: as evidências devem possuir informações precisas e detalhes
importantes e cálculos matemáticos corretos, sem erros ou omissões;
e
g. conclusivos: as informações registradas devem permitir a formação de
opinião sobre os trabalhos realizados.
Independentemente do meio de sua elaboração, a documentação de auditoria
deve ser organizada e agrupada segundo sua finalidade, em pastas e arquivos
físicos ou mídia digital, apropriados, conforme a natureza do conteúdo.
(NAG 4408.7)
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A documentação de auditoria pode ser tipificada, quanto à sua origem/fonte, da
seguinte forma:
Os papéis de trabalho podem ser classificados sob dois aspectos: seu uso e
seu conteúdo.
estatuto em vigor;
lei de criação do órgão/entidade;
decreto dispondo sobre a estrutura organizacional;
legislação e negócios do órgão/entidade;
planos e metas de longo prazo;
contratos e ajustes importantes;
atas de reunião dos últimos cinco anos, desde que relevantes;
planos de contas;
manuais;
normas e rotinas;
outros.
Os papéis permanentes devem ser constantemente atualizados, substituindo-
se as informações ultrapassadas e eliminando-se aquelas já consideradas
desnecessárias, uma vez que estas informações servirão como instrumento de
referência e consulta em várias auditorias.
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Ex.: sugestão de organização de uma pasta permanente na rede da inspetoria.
ARQUIVO CORRENTE
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requerimentos ao órgão/entidade e respectivas respostas
devidamente assinadas e datadas;
sumários de entrevistas;
questionários;
testes de auditoria elaborados pelo auditores, relacionando cálculos ou
documentos selecionados por amostragem para análise e validação de
registros;
papéis que se relacionam ao exame das contas que deverão figurar nas
demonstrações contábeis, objeto da auditoria;
papéis que se referem à avaliação e ao exame do sistema de controles
internos;
checklists;
planilhas;
cartas de circularização com data de recebimento e assinatura do
destinatário, bem como sua respectiva resposta contendo as
informações solicitadas, quando encaminhadas aos auditores;
cópia de processos administrativos e demais documentos requeridos
para subsidiar uma análise (incluindo correio eletrônico);
cartas de advogados ou procuradores jurídicos;
demonstrativos financeiros e orçamentários do período auditado (diários,
razões, balancetes, balanços, execução orçamentária da receita e
despesa) e outros extraídos do sistema de informação do
órgão/entidade;
cópia de demonstrativos fiscais obrigatórios, planilhas de cálculo de
tributos, comprovantes de pagamentos e retenções tributárias;
cópia de processos de prestação de contas;
planilhas de controle da receita, da dívida pública, do impacto financeiro
das renúncias de receitas, planilhas de abertura das metas bimestrais de
arrecadação e das metas fiscais, de análise das contas contábeis, de
cálculo do 13º salário e de férias, planilhas de
depreciação/amortização/exaustão de bens móveis e outras julgadas
necessárias pela equipe de auditoria;
cópia de extratos e conciliações bancárias do período, se necessário
para subsidiar um achado de auditoria;
folhas de pagamento do período analisado, se necessário para subsidiar
um achado de auditoria;
cópia, se necessário, de inventário físico de bens móveis e do
almoxarifado, relatórios de sistema de controle operacional de bens e do
contas a receber e a pagar do órgão/entidade;
matriz de achados com referência cruzada para os papéis de trabalho
que subsidiam a respectiva conclusão.
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PAPÉIS MESTRES
PAPÉIS AUXILIARES
PAPÉIS COMPLEMENTARES
Todos os passos executados devem ser anotados nos papéis de trabalho. Por
exemplo, se uma soma de determinado registro foi conferida, o fato deve ser
registrado nos papéis de trabalho, bem como, observações se foram ou não
encontradas impropriedades/irregularidades. Esta anotação deve ser
conservada como prova de que o auditor fez efetivamente o trabalho.
CODIFICAÇÃO
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SÍMBOLOS
# Diferença
∑ Soma
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REVISÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO
Nome do órgão/entidade
Auditoria de conformidade
(ou operacional/financeira/
visita técnica)
mês/ano
n.º processo da auditoria
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REFERÊNCIAS NORMATIVAS
CFC. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC n.º 1.206/2009.
Aprova a NBC TA 230 – Documentação de Auditoria. 2009. Disponível em
http://www.portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2012/12/
NBC_TA_05112012.pdf. Acesso em 24/5/2017.
IFAC. International Federation of Accountants. ISA 230: Audit
Documentation. International Standards on Auditing. April, 2009. Disponível
em <http://www.intosai.org/es/issai-executive-summaries/4-directrices-de-
auditoria/directrices-generales-de-auditoria.html >. Acesso em 23/5/2017.
INTOSAI. International Organization of Supreme Audit Institutions. ISSAI 40:
Control de Calidad para la EFS. 2010. Disponível em < http://es.issai.org/
media/14507/issai_40_s_.pdf>. Acesso em 16/5/2016.
________. ISSAI 100:Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor
Público. 2010. Disponível em <http://www.intosai.org/fileadmin/
downloads/downloads/4_documents/ISSAI_400_Portugues.pdf>. Acesso em
16/5/2016.
________. ISSAI 1230: Documentación de auditoría. Disponível em
<http://www.intosai.org/es/issai-executive-summaries/4-directrices-de-
auditoria/directrices-generales-de-auditoria.html >. Acesso em 23/5/2017.
IRB – Instituto Rui Barbosa. Normas Brasileiras de Auditoria do Setor
Público NBASP; nível 1 – princípios basilares e pré-requisitos para o
funcionamento dos tribunais de contas brasileiros. Belo Horizonte: IRB,
2015.
________. Normas de Auditoria Governamental (NAG)./ Instituto Rui
Barbosa. Tocantins: IRB, 2011
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