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3 VAZQU EL, AAefe aatis, Lhe, Lior a Celeges& Bos s A Sanchez Vazquez www: Objeto da Etica 1, PROBLEMAS MORAIS E PROBLEMAS ETICOS Nas relagdes cotidianas entre os individuos, surgem continuamente problemas como estes: Devo cumprir a promessa x que fiz ontem a0 meu’ aiigo Y, embora hoje perceba que o cumprimento me causard certos prejuizos? Se alguém se aproxima, a noite, de maneira suspeita e receio que me possa agredir, devo atirarnele, aproveitando que nin guém pode ver, a fim de no correr 0 risco de ser agredido? Com res- peito aos crimes cometidos pelos nazistas durante a Segunda Maundial, os soldados que os executaram, cumprindo ordens mi res, podem ser moralmente condenados? Devo dizer sempre a verda- de ou ha ocasides em que devo mentir? Quem, noma guerra de inva so, sabe que o seu amigo Z: esti colaborando com o inimigo, deve calar, por causa da amizade, ou deve denuncié-lo como traidor? Podemos considerar bom © homem que se mostra caridoso com 0 ‘mendigo que bate & sua porta e, durante dia — como patrio — explora impiedosamente os operérios eos empregados da sua empre- sa? Se um individuo procura fazer 0 bem e as conseqiiéncias de suas agdes sio prejudiciais aqueles que pretendia favorecer, porque Ihes causa mais prejuizo do que beneficio, devemos julgar que age corteta~ mente de um ponto de vista moral, quaisquer que tenham sido os efei tos de sua acio? Em todos estes casos, trata-se de problemas priticos, isto & de problemas que se apresentam nas relagdes efeivas, reais, entre duos ou quando se julgam certas decisbes agdes dos mesmos. Tra O818TO oA erica Barerdcte 2 Pr0P8e, mas também 2 otra u outras pessoas que Softerdo as conseqiiéncias da a Gecisdo © da sua asda. As cone, oe dete ete afar somente um indivi (devo dizer a verdade ae mest aX); em outroncasae ee se de aces que atingem bs individuos ou grips soca (or Soldados nazistas deviam exe, ta cm muett de execmkio emanader ‘seus superiores?), Enfim, una comunidadeinteira, come ie da amizade, imento de um traidor?), a Em situagdes como esta Tau de acabamos de enumera, os jn duos se defrontam con papi alga rttlade de paar o seu compares -n Pe ormas diese julgam mais apro Pridas, Estas normas sio aceitss erica deen Ot OH Faabes para jutifcar a decisto adotada ou os Passos dados. ‘Tudo isto faz parte de um tipo dos individuos quanto dos grupos tivas de comunidade, ios depois — a reflexao sobre ele sasha passagem do plano da pitca moralpera ty ou em ouraspalaras, da moral eftiva, vivida, pars a ea. Quando se verifica eta passagem, que coincide ons g io do pensamento ié estamos propriamente na esfers 40s problemas tesrico-morais ou éticos, A diferenga dos problemas prétco moras, os éicos sto caracte-

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