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REDAÇÃO

ENEM 2022
• Desafios
 Norteador temático

• Valorização de comunidades
e povos tradicionais
 Assunto

• Brasil
 Assunto
TEXTO l
Você sabe quais são povos e comunidades tradicionais brasileiros?
Talvez indígenas e quilombolas sejam os primeiros que passam
pela cabeça, mas, na verdade, além deles, existem 26
reconhecidos oficialmente e muitos outros que ainda não foram
incluídos na legislação.
São pescadores artesanais, quebradeiras de coco babaçu,
apanhadores de flores sempre-vivas, caatingueiros, extrativistas,
para citar alguns, todos considerados culturalmente diferenciados,
capazes de se reconhecerem entre si.
Para uma pesquisadora da UnB, essas populações consideram a
como uma mãe, e há uma relação de reciprocidade com a
natureza. Nesta troca, a natureza fornece “alimento, um lugar
saudável para habitar, para ter água. E eles se responsabilizam por
cuidar dela, por tirar dela apenas o suficiente para viver bem e
respeitam o tempo de regeneração da própria natureza”, diz.
Disponível em https://g1.globo.com. Acesso em 17 jun. 2022
(adaptado).
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/agro-a-industria-riqueza-do-
brasil/noticia/2022/01/29/gente-do-campo-descubra-quais-sao-os-28-povos-e-
comunidades-tradicionais-do-brasil.ghtml

Gente do campo:
descubra quais são os 28
povos e comunidades
tradicionais do Brasil
Indígenas, quilombolas,
caatingueiros e
quebradeiras de coco
babaçu são alguns dos
que integram o grupo.
Direito à terra está no
centro das lutas destas
populações.
Por Vivian Souza, g1
29/01/2022 07h00
Veja a lista de povos e comunidades •Piaçaveiros
tradicionais: •Pomeranos
•Andirobeiras •Povos de Terreiro
•Apanhadores de Sempre-vivas •Quebradeiras de Coco Babaçu
•Caatingueiros •Quilombolas
•Caiçaras •Retireiros
•Castanheiras •Ribeirinhos
•Catadores de Mangaba •Seringueiros
•Ciganos •Vazanteiros
•Cipozeiros •Veredeiros
•Extrativistas
•Faxinalenses
•Fundo e Fecho de Pasto
•Geraizeiros
•Ilhéus
•Indígenas
•Isqueiros
•Morroquianos
•Pantaneiros
•Pescadores Artesanais
https://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr6/documentos-e-publicacoes/manual-
de-atuacao/docs/manual-de-atuacao-territorios-de-povos-e-comunidades-
tradicionais-e-as-unidades-de-conservacao-de-protecao-integral
TEXTO lll
Povos e comunidades tradicionais
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) preside,
desde 2007, a Comissão Nacional de Desenvolvimento
Sustentável das Comunidades Tradicionais (CNPCT),
criada em 2006. Fruto dos trabalhos da CNPCT, foi
instituída, por meio do Decreto 6.040, de 7 de fevereiro
de 2017, a Política Nacional de Desenvolvimento
Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais
(PNPCT). A PNPCT foi criada em um contexto de busca
de reconhecimento e preservação de outras formas de
organização social por parte do Estado.
Disponível em http://mds.gov.br. Acesso em 17 jun.
2022 (adaptado).
http://mds.gov.br/assuntos/seguranca-alimentar/direito-a-
alimentacao/povos-e-comunidades-tradicionais
TEXTO IV
Carta da Amazônia 2021
Aos participantes da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
Não podia ser mais estratégico para nós, Povos Indígenas, Populações e Comunidades
Tradicionais brasileiras, reafirmarmos a defesa da sociobiodiversidade amazônica neste
momento em que o mundo volta a debater a crise climática na COP26. Uma crise que atinge, em
todos os contextos, os viventes da Terra!
Nossos territórios protegidos e direitos respeitados são reivindicações dos movimentos sociais e
ambientais brasileiros.
Não compactuamos com qualquer tentativa e estratégia baseada somente na lógica do mercado,
com empresas que apoiam legislações ambientais que ameacem os nossos direitos e com
mecanismos de financiamento que não condizem com nossa realidade dos nossos territórios.
Propomos o que temos de melhor: a experiência das nossas sociedades e culturas históricas,
construídas com base em nossos saberes tradicionais e ancestrais, além do nosso profundo
conhecimento da natureza.
Inovação, para nós, não pode resultar em processos que venham a ameaçar nossos territórios,
nossas formas tradicionais e harmônicas de viver e produzir.
Amazônia, Brasil, 20 de Outubro de 2021.
Entidades signatárias: CNS; Coiab; Conaq; MIQCB; Coica; ANA Amazônia e Confrem;
Disponível em https://s3.amazonaws.com. Acesso em 17 jun. 2022 (adaptado).
https://coiab.org.br/conteudo/carta-da-amaz%C3%B4nia-2021-povos-
ind%C3%ADgenas-popula%C3%A7%C3%B5es-e-comunidades-
1635878544811x948826752912719900
Mais de 100 lideranças indígenas, extrativistas e quilombolas
estiveram reunidas no Encontro Amazônico da SocioBiodiversidade,
que aconteceu entre os dias 18 e 20 de outubro, em Belém, Pará,
para discutir ações e alternativas para uma economia capaz de
conviver com a floresta amazônica de pé, assegurar direitos e
distribuição de renda justa. Na oportunidade, as lideranças
redigiram uma carta manifesto, direcionada aos líderes mundiais e
agentes econômicos participantes da COP26.

A “Carta da Amazônia 2021” reivindica a defesa e proteção de


territórios e direitos e afirma que a melhor solução para diminuir os
impactos das mudanças climáticas é aprender com “a experiência
das nossas sociedades e culturas históricas, construídas com base
em nossos saberes tradicionais e ancestrais, além de nosso
profundo conhecimento da natureza.”
Exemplo de redação para o tema do Enem 2022: “Desafios para a
valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”

De acordo com o decreto nº 6040, editado em 2007,


observa-se que os povos e comunidades tradicionais
são grupos os quais possuem cultura e organização
social própria, além de ocuparem territórios e utilizarem
recursos naturais de forma sustentável. Porém, há
desafios que precisam ser ultrapassados para a
valorização dessas comunidades no Brasil, tais como a
negligência governamental e a exploração de terras
demarcadas.
De início, é válido apontar a negligência governamental
como uma das causas do problema. Desde 2018, por
exemplo, nenhuma nova terra indígena ou quilombola foi
demarcada pelo atual governo. Assim, sem o
reconhecimento e a proteção governamental,
comunidades tradicionais seguem vivendo em condições
precárias de segurança. Isso ocorre por conta das
recorrentes perseguições – como as ocorridas no
Maranhão neste ano, as quais acarretaram a morte de
três indígenas em menos de duas semanas. Sendo
assim, percebe-se que tais povos não têm a sua cultura
valorizada.
Ademais, a exploração de terras nas quais vivem esses povos é
outro fator a ser discutido. Segundo o antropólogo Darcy
Ribeiro, “O Brasil, último país a acabar com a escravidão, tem
uma perversidade intrínseca na sua herança”. Em consonância
com a citação, sabe-se que os quilombos surgiram na época da
escravidão no Brasil colônia. Neles havia a reunião e as práticas
de atividades culturais e religiosas, além de servirem como um
ambiente de refúgio e de proteção para africanos escravizados e
seus descendentes. Entretanto, apesar de existirem esses
espaços até os dias de hoje, eles são ameaçados devido à
expansão do agronegócio, que, cada vez mais, deseja buscar
novas terras para seus empreendimentos, invadindo as áreas de
preservação e reparação cultural dos quilombos. Dessa forma, é
necessário conservar tais ambientes.
Portanto, são necessárias ações para resolver a
problemática da valorização de comunidades e povos
tradicionais brasileiros. Para isso, o governo federal, o
qual se eximiu da tarefa desde o ano de 2018, deve
demarcar áreas de conservação das comunidades
tradicionais, por meio de leis feitas pelo poder
legislativo, a fim de garantir a proteção dos grupos
minoritários. Ademais, deve haver forte fiscalização,
com o objetivo de evitar invasões nessas áreas. Dessa
forma, espera-se uma diminuição da herança
perversa brasileira citada por Darcy.
Consequências da Independência
A Independência do Brasil foi um evento de grande importância nacional, porém é
preciso ressaltar que poucas foram as rupturas sociais causadas por ela.
Grupos marginalizados durante o período colonial, como escravizados e indígenas,
continuaram sem maiores direitos e participação política. A própria escravidão se
manteve, tendo seu fim legal apenas em 1888.
Na política, diferentemente de outros países do continente americano, que se
tornaram repúblicas, o Brasil se manteve monarquista. Uma monarquia considerada
por muitos contraditória, pois a independência brasileira foi proclamada por um
português e o Brasil continuou sendo comandado por portugueses, ainda que não
mais controlados por Portugal.
Algumas guerras ocorreram no território, lideradas por grupos que não aceitaram o
fim do domínio português. Ocorreram conflitos nas províncias da Bahia, Grão-Pará,
Maranhão, Piauí, Alagoas, Sergipe e Ceará.
D. Pedro I precisou contratar um exército de mercenários (soldados que lutam não
por uma causa, mas por um pagamento), além de solicitar empréstimos com a
Inglaterra, para conter revoltosos.
Portugal reconheceu a independência brasileira apenas em 1825, com a assinatura
do Tratado de Paz e Aliança. Para isso, o Brasil pagou uma indenização de dois
milhões de libras esterlinas aos portugueses.
Novamente, para conseguir o dinheiro, foi necessário recorrer a um empréstimo dos
ingleses. Porém, como Portugal possuía dívidas com os britânicos, esse valor
apenas foi descontado nos débitos.
Qual o contexto histórico social da Semana de Arte
Moderna?

A Semana de Arte Moderna ocorreu no ano de 1922, ocasião do centenário da


Independência do Brasil. Esta festa motivou alguns dos artistas a repensarem a
identidade nacional e a buscarem criar algo mais brasileiro.
O Brasil nesse período passava por diversas mudanças políticas, econômicas e
sociais. São elas:
•o advento da industrialização;
•o crescimento da urbanização;
•a imigração estrangeira;
•o clima do fim da Primeira Guerra Mundial.
Todas essas transformações motivaram os artistas a buscarem uma nova imagem
para o país, que lhe acompanhasse a modernização.
Boa parte dos artistas precursores do modernismo, que pretendiam criar essa nova
figura brasileira, tiveram sua formação em universidades europeias. É através
destes círculos acadêmicos que eles se inspiram nas vanguardas e buscam
implementar seus princípios na arte brasileira.
Apesar de procurarem criar uma arte autenticamente brasileira, a inspiração
principal de suas ideias veio da Europa, assim como no parnasianismo.
A utilização do termo descobrimento está ligada ao etnocentrismo dos
portugueses, e também dos europeus. Por entenderem o mundo tendo
por centro sua própria etnia, seu próprio povo, os portugueses
desconsideraram que os indígenas já conheciam o território. Eles
foram os primeiros europeus a conhecerem a localidade. O
descobrimento refere-se, então, aos povos da Europa, e não aos povos
que já habitavam o continente americano.
Pensando por esse prisma, a chegada de Cabral ao território brasileiro
representou mais o início de uma conquista que um descobrimento.
Conquista da terra, mas também domínio, exploração e aculturamento
dos povos que habitavam o continente. Esse foi o sentido
da colonização brasileira iniciada por Cabral. O que se desenhou a
partir daí foi o conflito entre povos que partilhavam modos de viver e
cultura distintos, no qual o europeu procurou cristianizar e escravizar os
indígenas para colocar em andamento seu processo colonizador.
Comunidades Tradicionais
Ribeirinhos
Povos ribeirinhos ou ribeirinhas são aqueles que residem nas
proximidades dos rios e têm a pesca artesanal como principal atividade
de sobrevivência. Cultivam pequenos roçados para consumo próprio e
também podem praticar atividades extrativistas e de subsistência.

Na segunda metade do século XIX, muitos nordestinos deixaram sua


terra natal e seguiram para a Amazônia atrás dos empregos
oferecidos nas empresas que atuavam no ciclo da extração do látex
das árvores conhecidas como seringueiras. Na década de 1950, com
a crise da borracha, como ficou conhecida a queda do mercado
brasileiro do látex, os seringueiros, como eram chamados aqueles que
se dedicavam à extração desse material, ficaram sem alternativa de
trabalho.
"Quilombolas são os descendentes e remanescentes de
comunidades formadas por escravizados fugitivos (os
quilombos), entre o século XVI e o ano de 1888 (quando
houve a abolição da escravatura), no Brasil.
Atualmente as comunidades quilombolas estão
presentes em todo o território brasileiro, e nelas se
encontra uma rica cultura, baseada na ancestralidade
negra, indígena e branca. No entanto, os quilombolas
sofrem com a dificuldade no acesso à saúde e à
educação.“
"Os povos indígenas são os habitantes
originários do território brasileiro e estavam
presentes aqui antes da chegada dos
europeus, no final do século XV. Existe uma
grande diversidade de povos indígenas no
Brasil, e a população de índios, segundo
critérios do Censo de 2010, é de
aproximadamente 817 mil.
"Iracema, ícone do indianismo romântico, teve sua primeira publicação em
1865 e figura até hoje entre as principais obras literárias brasileiras. De autoria
de José de Alencar, cujo projeto artístico envolvia a consolidação de uma
cultura nacional, Iracema é uma narrativa de fundação, ou seja, seu eixo
temático principal versa sobre a criação de uma identidade cultural, um
texto que se orienta para representar a origem da nacionalidade brasileira

"Triste fim de Policarpo Quaresma é o romance mais conhecido de Lima


Barreto. Essa obra narra a história do major Quaresma, um homem cujo
patriotismo exagerado só lhe causa problemas. Ele tem a ideia de tornar o tupi-
guarani a língua oficial do Brasil e se dedica à agricultura nacional, mas é
vencido pelas formigas saúvas."

"Macunaíma, de Mário de Andrade, é um livro modernista, publicado, pela


primeira vez, em 1928. Conta a história de Macunaíma, o herói sem nenhum
caráter. Índio nascido na Floresta Amazônica, depois de perder a muiraquitã
dada por sua companheira, Ci, a Mãe do Mato, ele decide viajar até a cidade
de São Paulo para recuperar o amuleto.Na trajetória do herói, elementos da
cultura indígena e afro-brasileira são mostrados ao leitor e à leitora. Desse
modo, a obra se configura em uma narrativa nacionalista, mas de caráter
crítico, já que os personagens são apresentados sem nenhuma idealização.
Além disso, a língua portuguesa é mostrada em sua rica variedade."
O primeiro mural do artista brasileiro Eduardo Kobra,
em Portugal, um retrato do cacique Raoni, num prédio
em Lisboa, alerta para o problema das populações
indígenas "no Brasil e no mundo inteiro”.
Com esta obra, que faz parte de um projeto maior de
"proteção dos povos indígenas, das etnias e
preservação da floresta amazónica", Kobra chama a
atenção para um problema "no Brasil e no mundo
inteiro", através da "valorização das etnias”.
O rosto do cacique Raoni da tribo Caiapó, "um dos
maiores líderes da proteção das causas indígenas
hoje", ocupa a empena de um prédio de cinco andares
na rua António Gedeão.
Principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, o Cais do
Valongo, localizado no Rio de Janeiro (RJ), passou a integrar Lista do Patrimônio
Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO), em 1º de março de 2017. O Brasil recebeu perto de quatro milhões de
escravos, durante os mais de três séculos de duração do regime escravagista. Pelo Cais
do Valongo, na região portuária da cidade, passou cerca de um milhão de africanos
escravizados em cerca de 40 anos, o que o tornou o maior porto receptor de escravos
do mundo.
A inclusão nessa Lista representa o reconhecimento do seu valor universal excepcional,
como memória da violência contra a Humanidade representada pela escravidão, e de
resistência, liberdade e herança, fortalecendo as responsabilidades históricas, não só
do Estado brasileiro, como de todos os países membros da Unesco. É, ainda, o
reconhecimento da inestimável contribuição dos africanos e seus descendentes à
formação e desenvolvimento cultural, econômico e social do Brasil e do continente
americano.
Possíveis contextualizações
Muitos elementos são marcas registradas do Brasil no
exterior: o futebol, o samba, as bebidas . Só que as festas
tradicionais também são registros do que é o nosso país
mundo afora, representando nossa cultura, tradições,
folclore e diversas outras marcas.
O Carnaval é o exemplo mais clássico disso. Tão grande e
diverso no país inteiro, atrai gente de todos os lugares,
loucos para conhecer a maior expressão cultural
brasileira de perto, seja nos luxuosos desfiles de escola
de samba ou na algazarra dos blocos de rua.
Mas se engana quem pensa que somos somente Carnaval
— ainda bem, não é mesmo?
As festas juninas, a Congada e o Bumba meu Boi são
algumas das genuínas expressões da cultura brasileira.
Possíveis contextualizações
O filme conta as aventuras de uma jovem indígena órfã que vive com
seu avô, o velho e sábio Tigê, em um recanto do Rio Negro,
na Amazônia. Com Tigê, ela aprende as lendas e histórias de seu
povo, convivendo intimamente com a floresta e seus animais.
Aos poucos, Tainá torna-se uma guardiã da floresta e consegue
salvar um pequeno macaquinho de cair nas garras de um traficante.
Apelidado de Catú, o novo amiguinho passa a ser seu companheiro
após a morte do avô.
Protegida por um amuleto deixado por Tigê, Tainá segue na luta em
defesa da selva.
Perseguida pelo traficante, a guardiã vai parar em uma pequena vila
onde mora uma bióloga e seu filho Joninho, que a contragosto está
acompanhando a mãe em suas pesquisas científicas.
O convívo entre eles se torna difícil e Tainá resolve deixar a vila, mas
Joninho, que já planejava uma "fuga" para pregar uma peça na mãe,
a segue e agora terá que aprender com ela a sobreviver na floresta.
Possíveis contextualizações
ARUANAS - Série brasileira de ficção lançada em mais de 150 países dá protagonismo ao
ativismo ambiental. Na luta pela preservação do meio ambiente, três líderes de uma
ONG e sua estagiária investigam crimes ambientais na Amazônia, numa teia de
segredos que envolve seus dramas pessoais.

XINGU - Claudio, Orlando e Leonardo se inscrevem nas expedições montadas pelo governo
para abrir a exploração das terras ainda selvagens do Centro-Oeste. Essencialmente, os irmãos
buscam aventura, longe da monotonia da vida urbana. E, por terem estudado, eles se
diferenciam dos demais peões desses grupos e assumem a liderança, principalmente a partir dos
primeiros contatos com os índios.
Com uma abordagem pacífica, os Villas Boas constroem uma relação amistosa com as tribos.
Assim, os índios não se opõem à abertura de postos de vigia e pistas de pouso para aviões nas
terras onde vivem. Porém, os fazendeiros ignoram qualquer direito dos índios e o governador os
apoia. Os Villas Boas então começam a lutar ativamente pela aprovação de uma área
reservada onde as várias tribos possam se estabelecer.

Bacurau é um filme de aventura, ação e ficção científica dos cineastas pernambucanos


Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Lançado em 2019, a história conta sobre uma
comunidade ameaçada no interior do sertão nordestino e que sofre com falta de água e de políticas
públicas. Curiosamente, um dia essa cidade desaparece do mapa e seus habitantes ficam sem
sinal de internet.
Possíveis contextualizações O Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) é
uma autarquia federal
dotada de
personalidade
jurídica de direito
público, autonomia
administrativa e
financeira, vinculada
ao Ministério do Meio
Ambiente (MMA),
conforme Art. 2º da Lei
nº 7.735, de 22 de
fevereiro de 1989.
Possíveis contextualizações
São as terras tradicionalmente
ocupadas o novo alvo dos
grandes interesses econômicos do
agronegócio. As comunidades que
as ocupam passam a ser objeto
de investidas para sua
deslegitimação, assim como de
esforços destinados a isolá-las
das demais forças sociais
A principal causa da contaminação das comunidades estaria
relacionada ao avanço dos garimpos ilegais, que despejam
na Bacia do Tapajós toneladas de mercúrio usadas na
extração do ouro. Quando o mercúrio utilizado nos garimpos vai
parar nos rios, sofre um processo químico e se torna muito mais
tóxico.

Eles alertam para o fato de que os sintomas de intoxicação por mercúrio podem se
confundir com os de outras doenças. E o mais grave: a substância atinge facilmente o
sistema nervoso central e, no caso de mulheres grávidas, o dano é ainda maior, com
possibilidades de comprometimento do desenvolvimento neurológico dos bebês.
A Bacia do Tapajós, imemorialmente ocupada pelo povo Munduruku, é a região que
mais extrai ouro de garimpo no Brasil. Segundo a Agência Nacional de Mineração, só
em 2021, o garimpo movimentou oficialmente mais de 4 bilhões de reais no município
paraense de Itaituba, onde se localiza a aldeia de Alessandra Korap. No
documentário, uma sequência de imagens da cidade revela como a vida ali gira em
torno do garimpo: placas e fachadas de lojas anunciam a compra ou venda ouro,
escavadeiras enfileiradas num pátio sugerem que o garimpo se industrializou com
caras e pesadas máquinas que arrancam o ouro a dezenas de metros de
profundidade, ou que escavam o leito dos rios.
"Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes
(Xapuri/Acre: 15 de dezembro de 1944 - 22 de dezembro de 1988), foi
um ambientalista, sindicalista, ativista político e seringueiro. Militante
da reforma agrária e da conservação do meio ambiente, além de
fundador de reservas extrativistas não predatórias, Chico Mendes foi
assassinado por donos de terras opositores à sua luta."

Jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno


Pereira, dois foram mortos a tiros "com munição típica de caça" na
Amazônia brasileira. O desaparecimento e a morte de Phillips e
Pereira gerou uma onda de solidariedade internacional e
reacendeu as críticas contra o governo, acusado de estimular as
invasões de terras indígenas e sacrificar a preservação da
Amazônia para sua exploração econômica.
Nascida em um seringal no Acre, Marina Silva (REDE)
trabalhou e militou ao lado de Chico Mendes,
também seringueiro e ambientalista, que conquistou
reconhecimento nacional e internacional pelo
ativismo em defesa da n atureza.
Possíveis contextualizações

Líder indígena do povo Jenipapo-Kanindé,


no Ceará, a cacique Irê disse em entrevista
ao g1 que os povos indígenas
tradicionais "estão lavando suas
almas" com o tema da redação do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), que
ocorreu nesse domingo (13) em todo o
Brasil. O Enem abordou como
tema "Desafios para a valorização de
comunidades e povos tradicionais no
Brasil".
Possíveis contextualizações Tereza de Benguela é, assim
como outras heroínas negras,
um dos nomes esquecidos
pela historiografia nacional,
que, nos últimos anos, devido
ao engajamento do
movimento de mulheres
negras e à pesquisa ou ao
resgate de documentos até
então não devidamente
estudados, na busca de
recontar a história nacional e
multiplicar as narrativas que
revelam a formação
sociopolítica brasileira.
Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda, publicado
em 1936, é uma interpretação original da decomposição
da sociedade tradicional brasileira e da emergência de
novas estruturas políticas e econômicas. Uma visão
inovadora que introduziu os conceitos de patrimonialismo e
burocracia, explicando os novos tempos.

O livro "Casa Grande e Senzala", do sociólogo Gilberto


Freyre, foi lançado em 1933. Nesta obra, Freyre discute a
formação da sociedade brasileira a partir de temas como a
comida, arquitetura, hábitos, sexualidade, vestimentas,
etc.
As abelhas vivem em
sociedades, nas quais é
possível observar a divisão de
tarefas entre os indivíduos.
Quando observamos uma
colmeia, verificamos que os
indivíduos que nela vivem
trabalham de forma cooperativa e
há uma divisão em castas. As três
castas são a rainha, o zangão e a
operária.
Possíveis contextualizações

O que é a constituição?
Uma constituição é um
conjunto base de leis,
normas e regras de um
país ou, até mesmo, de
uma instituição.
É a constituição
federal que regula e
organiza todas as
possíveis atuações do
Estado perante sua
população, interna e
externamente
A Declaração Universal dos Direitos
Humanos é um documento marco na história
mundial que estabeleceu, pela primeira vez,
normas comuns de proteção aos direitos da
pessoa humana, a serem seguidas por todos
os povos e todas as nações. Elaborada por
representantes de diferentes origens jurídicas
e culturais, a DUDH foi proclamada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, em
Paris, no dia 10 de dezembro de 1948, por
meio da Resolução 217 A (III) da Assembleia.
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1830) foi um
filósofo alemão idealista que abriu novos campos de
estudo na História, Direito, Arte, entre outros, através dos
seus postulamentos e da lógica dialética.

A necessidade geral da arte é a necessidade


racional que leva o homem a tomar consciência
do mundo interior e exterior e a lazer um objeto
no qual se reconheça a si próprio.
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
Argumento: negligência governamental

"Michel Foucault foi filósofo,


professor, psicólogo e escritor
francês. Dono de um estilo literário
único, Foucault revolucionou as
estruturas filosóficas do século XX
ao analisá-las por meio de uma
nova ótica. Profundamente
influenciado por Nietzsche, Marx e
Freud, o filósofo contemporâneo
também recebeu influências do
filósofo e amigo Gilles Deleuze, da
medicina e da psiquiatria

O discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas


ou os sistemas de dominação, mas aquilo por que, pelo
que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar.
Michel Foucault
Ariano Suassuna (1927-
2014) foi um escritor
brasileiro. "O Auto da
Compadecida", sua obra-
prima, foi adaptada para a
televisão e para o cinema.
Sua obra reúne, além da
capacidade imaginativa,
seus conhecimentos sobre
o folclore nordestino.

A massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto


médio. Em arte, o gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto... Nunca
vi um gênio com gosto médio.
Ariano Suassuna
"Milton Santos foi um geógrafo
brasileiro, considerado por muitos
como o maior pensador da história
da Geografia no Brasil e um dos
maiores do mundo. Destacou-se por
escrever e abordar sobre inúmeros
temas, como a epistemologia da
Geografia, a globalização, o espaço
urbano, entre outros.

A educação não tem como objeto real armar o cidadão para uma guerra, a da competição com os
demais. Sua finalidade, cada vez menos buscada e menos atingida, é a de formar gente capaz de se
situar corretamente no mundo e de influir para que se aperfeiçoe a sociedade humana como um todo.
Argumento: inércia social
Operários é um quadro pintado
em 1933 por Tarsila do Amaral que representa
o processo de industrialização do estado de
São Paulo e o imenso número e a variedade
étnica das pessoas vindas de todas as partes
do Brasil para trabalhar nas fábricas, que
começavam a surgir no país no início do
século XX e tendo seu pico na década de
1930, principalmente nas metrópoles,
impulsionando o capitalismo e a imigração.
Argumento: inércia social

Inércia social ou coletiva, do inglês “social


loafing”, é a ideia de que algumas pessoas se
esforçam menos quando são consideradas
como parte de um grupo. A bem da verdade,
porém, ninguém quer entregar um trabalho
malfeito. Neste artigo, discutimos como a
percepção da inércia social é, na realidade,
sintomática de um problema diferente: a falta de
clareza. Continue a leitura para saber como
aumentar a clareza no trabalho e capacitar os
membros da sua equipe a realizarem o melhor
trabalho possível.
Argumento: inércia social
"Hannah Arendt destacou-se como uma
das pensadoras mais originais em filosofia
política no século XX. Seus livros e artigos
indicam um modo próprio de relacionar
acontecimentos históricos com
apontamentos filosóficos, enfatizando a
questão da liberdade. Não se considerou
uma filósofa, no sentido de ser uma
especialista, e escreveu em uma
linguagem clara e acessível para o
público geral. Após perceber que os
ideais nazistas estavam ganhando
aceitação e ser presa, fugiu da Alemanha
e acabou encontrando refúgio nos
Estados Unidos da América
A política trata da convivência
entre diferentes. Os homens se
organizam politicamente para
certas coisas em comum,
essenciais num caos absoluto, ou
a partir do caos absoluto das
diferenças.
Hannah Arendt
Argumento: inércia social
"Vidas Secas" é a obra mais
emblemática do escritor brasileiro
moderno Graciliano Ramos (1852-
1953). O livro foi publicado em 1938
e trata-se de um romance
documental inspirado nas
experiências do autor.
O local de desenvolvimento da
estória é o sertão brasileiro
nordestino, onde Graciliano Ramos
retrata a vida de uma família de
retirantes, traçando a figura do
sertanejo. Ao mesmo tempo, ele
explora os temas da miséria e da
seca do Nordeste.
Argumento: invisibilidade midiática

"Apesar de a Indústria Cultural ser um fator primordial


na formação de consciência coletiva nas
sociedades massificadas, nem de longe seus
produtos são artísticos. Isso porque esses produtos
não mais representam um tipo de classe (superior ou
inferior, dominantes e dominados), mas são
exclusivamente dependentes do mercado.

Liberdade não é poder escolher entre preto e branco mas


sim abominar este tipo de propostas de escolha.
Theodore Adorno
Argumento: lacuna escolar
Argumento: lacuna escolar
Propostas de intervenção
Propostas de intervenção

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