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GEOGRAFIA

7º ANO

GORETE WOZNIACK
Comunidades tradicionais, territorialidades e
modos de vida na região Centro-Oeste
AULA 39
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OBJETIVO DA AULA DE HOJE:
Identificar as principais características das
comunidades tradicionais da Região Norte do
Brasil, bem como seus modos de vida e
como isso contribui para a diversidade
cultural do Brasil.
Conceito:
"Povos e Comunidades Tradicionais são grupos
culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais,
que possuem formas próprias de organização social, que
ocupam e usam territórios e recursos naturais como
condição para sua reprodução cultural, social, religiosa,
ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações
e práticas gerados e transmitidos pela tradição.“

Decreto Federal nº. 6.040 de 7 de fevereiro de 2000


Povos tradicionais – Centro-Oeste
Os povos e as comunidades tradicionais têm uma cultura
ancestral e vivem no cerrado brasileiro há cerca de 12 mil anos.
São a representação atual dessa sociobiodiversidade, como
conhecedores e guardiões do patrimônio ecológico e cultural da
região.
Em Goiás, as principais comunidades tradicionais existentes
são representadas pelos indígenas, as comunidades
quilombolas, os povos de terreiro, agricultores familiares,
extrativistas, ribeirinhos, catadores de mangaba,
ciganos e tantos outros que desenvolvem atividades
como extrativismo, artesanato e agricultura familiar.
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Etnias Indígenas no Centro-Oeste:
Os Xavantes são um grupo indígena que habita o leste do
estado brasileiro do Mato Grosso, bem como o Noroeste de Goiás.
Espalhados pela região da Serra do Roncador e do Vale do Araguaia,
os Xavantes já dominaram grande parte da região Centro-Oeste brasileira.
Originários de Goiás, migraram para o Mato Grosso no século XIX fugindo dos
aldeamentos de colonização no interior do estado.
A migração durou alguns anos e, após atravessarem o Rio Araguaia, entraram
em conflitos com os índios Karajá que ocupavam a região da Ilha do Bananal.
Posteriormente, brigas internas causaram a divisão da etnia em várias aldeias,
que se espalharam e povoaram o vale do Rio das Mortes,
iniciando os primeiros contatos com o não-índio.
Terras
Xavante

https://upload.wikimedia.org/
wikiversity/pt/thumb/f/fb/
Localizacao_xavantes.jpg/600px-
Localizacao_xavantes.jpg
Atividades:

1. Observando o mapa, responda:


a. Qual estado apresenta a maior
quantidade de terra indígenas
na Região Centro-Oeste?
b. Um exemplo de grupo indígena
presente no Centro-Oeste
c. Estado com menor numero de
terras indígenas no Centro-
Oeste:
Histórico do Pantaneiro:
Os pantaneiros são formados por donos de fazenda, peões,
vaqueiros, capatazes, barqueiros, pescadores, garimpeiros, fruto da
miscigenação com as tribos indígenas originais, colonizadores
vindos do sudeste e dos escravos negros. As atividades dos
pantaneiros é marcada pelo contraste entre os períodos de
estiagem e das grandes enchentes. A pecuária de corte é uma
atividade que acompanhou o homem colonizador na ocupação do
território. O regime de criação nas pastagens naturais é extensivo,
sendo este um uso tradicional da região.
Histórico do Pantaneiro:
O homem do Pantanal, residente no Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul, constitui-se numa população que vive numa das maiores
áreas inundáveis do planeta, subsistindo à base de atividades agro -
pastoris nas fazendas da região ou e m pequenas propriedades à
beira dos rios. O Pantanal não é uma entidade homogênea, é
formada por vários pantanais (de Cáceres, Piaiaguás, Poconé, Barão
de Melgaço, Nhecolândia, Aquidauna, Paraguai, Miranda,
Nabileque e Abobral. Cada tipo de Pantanal está relacionado
principalmente com as sub-bacias de drenagem e
apresentam diferenças na extensão e duração das
cheias, na organização e distribuição espacial das
paisagens, ecossistemas, comunidades biológicas e
humanas.
Pantaneiros
e as
comitivas
Características do homem pantaneiro:
O peão é o tipo característico do Pantanal, ele está sempre
disposto a contar uma história sobre um boi bagual que é valente e
difícil de conduzir para o curral. O peão também está sempre
pronto para participar de uma comitiva.
Comitivas são um grupo de peões que leva o gado de fazenda para
outra, com o berrante comandando a marcha. Eles vão de chapéu
de palha ou de couro na cabeça e perneiras em cima da calça para
poder entrar nos alagados. Já o candango é o
personagem típico que ficou imortalizado na
construção de Brasília. Em sua maioria nordestina,
esses construtores trouxeram seu folclore regional,
seu modo de cantar.
Comunidades tradicionais no Mato Grosso
A comunidade quilombola de Mata Cavalo, em Nossa Senhora do
Livramento (42 km ao sul de Cuiabá) e os extrativistas da reserva
Guariba Roosevelt, em Colniza (1.065 km a noroeste) possuem
algo em comum: fazem parte das 238 comunidades que abrigam
os povos tradicionais em Mato Grosso.
Um levantamento realizado pelo Ministério Público Federal
(MPF) mostrou a localização de 7 tipos de comunidades
tradicionais. Para serem enquadradas como tal, além
da autodeclaração, essas famílias se enquadram em
requisitos como preservação dos costumes e
sobrevivência a partir dos recursos naturais.
Comunidades tradicionais no Mato Grosso
 Das 238 comunidades tradicionais, 103 são de povos indígenas.
Entre estes, 16 estão no Parque Indígena do Xingu, localizado entre
os municípios de Feliz Natal (536 km ao norte de Cuiabá), Gaúcha do
Norte (595 km ao norte) e Querência (945 a nordeste). Com
diferentes identidades étnicas e costumes, vivem na região os povos
Kalapalo, Kamaiurá, Matipu, entre outros.

Também constam povos menos expressivos em número de


habitantes, mas que também preservam a cultura tradicional, como
as comunidades de terreiro. No estado são 6 comunidades
com vínculos na tradição de matriz africana, que mantêm
costumes como respeito aos ancestrais, relação próxima
com o meio ambiente. 
 Também fazem parte das comunidades tradicionais as
famílias que vivem a beira dos rios. São exemplos desse
aspecto comunidades de pescadores artesanais, ou seja,
aqueles que utilizam métodos mais antigos de pesca, e
também os ribeirinhos, que constroem as famílias e seus
costumes em função do rio – o que inclui as cheias e as
secas.
As comunidades ciganas fazem parte das comunidades
tradicionais no estado, com 12 núcleos familiares, com
concentração em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis
(212 km ao sul) e Tangará da Serra
(239 km a médio-norte).
Atividade:
2. Escreva exemplos de comunidades tradicionais do
Centro –Oeste:
Atividade: resposta

2. Escreva exemplos de comunidades tradicionais do


Centro –Oeste:

- comunidade quilombola de Mata Cavalo,


- os extrativistas da reserva Guariba Roosevelt
- comunidades de terreiro, com vínculos na tradição
de matriz africana
Localização geográfica da Comunidade Quilombola do Mesquita
Em uma área sossegada, a cerca de 50 quilômetros de
Brasília, vive a quinta geração de remanescentes quilombolas na
comunidade do Mesquita, com resquícios centenários e costumes
tradicionais. Pouco conhecido pelos brasilienses e moradores do
entorno da capital, o Quilombo do Mesquita, situado na Cidade
Ocidental (GO), completou 272 anos no último 19 de maio com o
desafio de manter seu território e identidade.
O quilombo abriga na área rural 785 famílias que tentam
manter as tradições deixadas pelos ancestrais. Outras
435 famílias quilombolas do Mesquita vivem nas
cidades do entorno de Brasília.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-06/quilombo-50-km-de-brasilia-luta-para-manter-territorio-e-identidade
Características da Comunidade Quilombola do Mesquita:
A região se destaca pela produção artesanal da marmelada. O
doce do marmelo, fruto típico da região, é uma das principais
fontes de renda das famílias. Há mais de 100 anos, a comunidade
celebra todo mês de janeiro a tradicional Festa do Marmelo, que
atrai de cinco a seis mil pessoas por ano. Os moradores relatam
que o ex-presidente Juscelino Kubitschek foi um dos principais
compradores de doces do quilombo.

Na área, também se planta milho, feijão, cana,


mandioca, hortaliças, entre outras culturas,
e são criados porcos, galinhas e gado.
https://amazonia.org.br/wp-content/uploads/2014/11/Mapa.jpg
COMUNIDADE DE RETIREIROS DO ARAGUAIA
Vivem no nordeste no Mato Grosso, na região
conhecida como Vale do Araguaia.
Principais atividades: pastoreio do gado nos
chamados retiros em áreas coletivas; roçados
Por que lutam: pela garantia do uso tradicional
das várzeas do rio Araguaia, terras da União
Ameaças: expansão do agronegócio, grilagem, https://reporterbrasil.org.br/comunidadestradicionais/retireiros
-do-araguaia/
violência; perda de terras e cercamento do território;
impedimento de acesso a água;
Como se organizam: Associação dos Retireiros do Araguaia,
participação em conselhos estadual e nacional de povos e
comunidades tradicionais, articulação com o Ministério Público
Federal em Mato Grosso
COMUNIDADE DE RETIREIROS DO
ARAGUAIA
Como se organizam: Associação dos
Retireiros do Araguaia, participação
em conselhos estadual e nacional de
povos e comunidades tradicionais,
articulação com o Ministério Público https://reporterbrasil.org.br/comunidadestradicionais/retireiros
-do-araguaia/
Federal em Mato Grosso.
“retiro” é uma casinha simples, bem longe da
cidade, nas proximidades do rio Araguaia ou de
um lago que a ele se conecta.
Ribeirinhos do Centro – Oeste:
A influência cultural dos moradores
da Serra do Amolar é um reflexo da
miscigenação de povos indígenas,
europeus e negros, facilitada pela
navegação pelo rio Paraguai.
As influências dos traços fisionômicos
e da cultura dos países da Bacia do Prata (Brasil, Bolívia,
Paraguai, Uruguai e Argentina) também são notórios nos
povos do Pantanal. Se por um lado estas famílias vivem num
Patrimônio Natural da Humanidade, por outro ainda estão à
margem da sociedade, vivendo em condições de pobreza.
https://ecoa.org.br/pantanal/desenvolvimento-integral-de-comunidades-2/comunida
des-do-pantanal/barra-do-sao-lourenco/
Há várias gerações as comunidades
da Serra do Amolar utilizam os
benefícios do ambiente de forma
a conservá-los para gerações futuras
e acumulam conhecimentos sobre o
Pantanal. Três grupos habitam a
região atualmente: a comunidade do
Amolar, a de Barra do rio São Lourenço
(próxima ao Parque Nacional do
Pantanal Mato-Grossense) e a
comunidade do Palmital (na fronteira
do Brasil com a Bolívia).
ATIVIDADE.
3. Qual o maior desafio dos povos tradicionais ?
a. Manter suas atividades econômicas modernas
b. Alterar hábitos e costumes de seus ancestrais, através da
liberdade de expressão cultural.
c. Modificar hábitos para ter melhores condições de vida.
d. preservação dos costumes e sobrevivência a partir dos recursos
naturais.

4. Estabeleça as principais diferenças entre os


pantaneiros e os retireiros:
ATIVIDADE.
3. Qual o maior desafio dos povos tradicionais ?
a. Manter suas atividades econômicas modernas
b. Alterar hábitos e costumes de seus ancestrais, através da liberdade de
expressão cultural.
c. Modificar hábitos para ter melhores condições de vida.
d. preservação dos costumes e sobrevivência a partir dos recursos naturais.

4. Estabeleça as principais diferenças entre os pantaneiros e os retireiros:


Retireiros: uso tradicional
das várzeas do rio Araguaia, pastoreio do gado nos
chamados retiros
Pantaneiros: desenvolvem atividade de criação de gado nas áreas
da planície do Pantanal.
5. Identifique a comunidade tradicional que está representada em cada imagem:
5. Identifique a comunidade tradicional que está representada em cada imagem:
resposta
Retireiros

Ribeirinhos

Pantaneiro
NOME / DISCIPLINA / SÉRIE – ANO
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