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Cinto da verdade:
Por que os soldados romanos usavam cinto?
O cinto – conhecido como cingulum ou balteus – continha a bainha e a espada do
soldado romano. O cinto fornecia um lugar para alojar a espada e carregá-la
efetivamente para a batalha. A espada espiritual é a Bíblia, a Palavra de Deus,
conforme mostrado em Efésios 6:17. Esta é outra peça da armadura de Deus.
Jesus explicou: “Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz”. Se o cinto era uma
parte central da identidade do soldado romano, então usar o cinto da verdade como
parte da armadura de Deus vai nos identificar como discípulo daquele que veio dar
testemunho da verdade.
Couraça da Justiça
A couraça era uma parte fundamental da indumentária de um soldado na antiguidade (
2 Crônicas 26:14; Neemias 4:16). A Bíblia fala sobre como a couraça era parte da
imponente armadura do gigante Golias; e também relata que o rei Saul até vestiu Davi
com sua couraça, mas ele a dispensou (1 Samuel 17:5-38).
Nos tempos do apóstolo Paulo, os legionários romanos usavam uma couraça que
cobria o corpo do pescoço até pouco abaixo da cintura. A couraça era feita de placas
de metal; ela vestia o soldado de forma a protegê-lo pela frente e pelas costas.
Obviamente a couraça possuía um papel fundamental na armadura de um soldado da
infantaria. Numa guerra em que se lutava com espadas, flechas e outras armas de
metais e madeira, a couraça protegia membros vitais do corpo humano, sobretudo o
coração. Seu papel era dificultar ao máximo que um oponente conseguisse ferir um
soldado mortalmente.
É o apóstolo Paulo quem fala da couraça da justiça como uma metáfora que significa a
justiça de Cristo imputada no Servo de Cristo que o conduz a um caráter santo; a uma
vida marcada por uma conduta moral reta e completa devoção ao Senhor. Por isso ele
diz que os redimidos devem estar vestidos da couraça da justiça (Efésios 6:14).
É improvável que alguém saia de casa descalços, não é mesmo? , é isso que
acontece com aqueles que desprezam a 3ª parte da armadura de Deus.
Calçar os pés com a preparação do Evangelho da paz significa estar protegido e
alicerçado na Palavra e não em cima de filosofias, doutrinas ou instituições humanas.
Calçar os pés é para proteção, para que você tenha estabilidade, firmeza. Para que
você não venha escorregar, ser ferido, mancar.
Como em toda a guerra, assim é a vida espiritual também. Há momentos que parece
que está tudo parado, mas, espiritualmente, sempre está acontecendo algo e você tem
que estar com seus pés calçados para não tropeçar, não vacilar”.
A palavra grega que o apóstolo emprega indica que ele faz referência ao escudo
maior. Tratava-se de um escudo com medidas aproximadas de 75 centímetros de
largura e mais de 1,20 metros de altura. Esse tamanho era suficiente para proteger
todo o corpo do soldado. Além disso, as tropas se posicionavam estrategicamente no
campo de batalha permitindo que os soldados pudessem juntar seus escudos e formar
um tipo de muro ou casco de proteção.
O principal objetivo disso era prover proteção contra os dardos inflamados que eram
amplamente utilizados naquele tempo. Uma das armas mais letais da época era
justamente as flechas incendiárias. Soldados inimigos mergulhavam suas flechas
geralmente em uma mistura de piche altamente inflamável e ateavam fogo nelas antes
de lançá-las.
Então esses grandes escudos tinham um papel muito importante nesse aspecto. Eles
eram feitos de madeira dura e eram cobertos de couro de animal. Alguns escudos
contavam ainda com um revestimento de metal que ficava entre a madeira e o couro.
Quando corretamente utilizados, esses escudos eram eficazes em evitar que qualquer
dano fosse causado ao seu portador diante das flechas inimigas. Inclusive, as flechas
em chamas cravavam na superfície resistente do escudo e facilmente o fogo era
extinto.
O escudo da fé é o próprio exercício da fé verdadeira dada por Deus ao seu povo, que
capacita o Servo a apagar todas as setas inflamadas do diabo. Nenhum dardo maligno
é capaz de atingir a vida daquele que empunha o escudo da fé; isto é, daquele que
deposita toda confiança no poder de Deus e possuí a certeza inabalável em Suas
promessas.
Como Satanás não desiste de seus ataques contra o povo de Deus, não há um único
momento em que o Servo possa deixar o escudo da fé de lado. A autêntica fé em ação
deve caracterizar toda a vida cristã neste mundo.
Além disso, tal como os soldados romanos agrupavam seus escudos numa ação
coletiva, o exercício da fé também deve estar alinhado com a verdade de que fazemos
parte de um só Corpo. Sim, o escudo da fé não possui um propósito apenas individual,
mas também coletivo. Nenhum Servo está sozinho na batalha espiritual. Isso significa
que os cristãos são unidos pela fé; são alinhados no mesmo propósito em prol da obra
de Deus; e devem orar e encorajar uns aos outros nessa batalha (Efésios 6:18;
Hebreus 3:13,14). É através de uma vida de oração que vestimos e usamos não
somente o escudo da fé, mas toda a armadura de Deus.
CAPACETE DA SALVAÇÃO:
Tal como numa guerra física, na batalha espiritual Satanás e suas hostes tentam a
todo custo atacar os seguidores do Senhor Jesus. Nesse cenário a mente do cristão é
sempre seu alvo mais cobiçado. Satanás tenta lançar dúvidas e maus pensamentos
na mente do cristão com a finalidade de corrompê-la, fazendo-o se apartar da
simplicidade que há em Cristo (2 Coríntios 11:1-3). Ele procura desencorajar o Servo
no que diz respeito à segurança da salvação em Cristo Jesus.
Mas o capacete da salvação protege o cristão genuíno dessas incertezas. Por isso
A ESPADA DO ESPÍRITO
O termo original utilizado por Paulo para falar sobre a “espada” é machaira. Uma
espada de aproximadamente 48 cm de comprimento e com a ponta virada para cima.
Quando o soldado romano enfiava essa espada no estômago do oponente e a puxava,
todas as suas entranhas esguichavam para fora. Essa espada era uma arma de
mutilação. De igual modo, a espada do espírito também serve para mutilarmos o
inimigo.
Esse mesmo termo também é utilizado por Paulo em Hebreus 4:12: Pois a palavra de
Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra
ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e
intenções do coração.
A palavra de Deus
Quando lemos em Efésios sobre a espada do Espírito, também lemos que ela é a
palavra de Deus. A palavra de Deus é uma arma de vital importância nessa armadura.
Sem ela estaríamos alheios aos ataques do diabo sem possibilidade de nos defender
propriamente e muito menos de contra-atacar.