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Efésios 6 Armadura

Cinto da verdade:
Por que os soldados romanos usavam cinto?
O cinto – conhecido como cingulum ou balteus – continha a bainha e a espada do
soldado romano. O cinto fornecia um lugar para alojar a espada e carregá-la
efetivamente para a batalha. A espada espiritual é a Bíblia, a Palavra de Deus,
conforme mostrado em Efésios 6:17. Esta é outra peça da armadura de Deus.

O cinturão militar romano também foi um símbolo de status no primeiro século. Os


soldados romanos usavam seus cintos em serviço ou fora de serviço, e assim o
próprio cinto se tornou um emblema de identificação. Na verdade, tornou-se uma parte
tão importante da identidade dos soldados que seus oficiais superiores às vezes os
privavam de seus cintos como uma punição pública e humilhante.

Jesus explicou: “Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz”. Se o cinto era uma
parte central da identidade do soldado romano, então usar o cinto da verdade como
parte da armadura de Deus vai nos identificar como discípulo daquele que veio dar
testemunho da verdade.

O apóstolo Paulo lista o cinto da verdade como o primeiro elemento na armadura do


cristão contra o mal.
A ideia de verdade absoluta é inseparável da vida de Jesus Cristo e da Bíblia. Jesus
se definiu como “o caminho, a verdade e a vida” (João 14: 6). Ele também definiu a
Palavra de Deus como verdade: “Santifica-os na tua verdade. A tua palavra é a
verdade” (João 17:17).
Em um mundo que vagueia sem referencia, essas palavras são uma âncora! Jesus
Cristo e a Bíblia (a Palavra de Deus) representam a verdade absoluta!

Tiago continuou o pensamento, nos lembrando que a verdade da Palavra de Deus só


nos traz liberdade quando está associada à ação:
“Portanto, deixem de lado toda a imundície e transbordamento de maldade, e recebam
com mansidão a palavra implantada, que é capaz de salvar suas almas”. (Tiago 1:21)

“Mas sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós


mesmos. Pois, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, é como um homem
que observa seu rosto natural no espelho; pois ele se observa, vai embora e
imediatamente se esquece que tipo de homem ele era. Mas aquele que olha para a lei
perfeita da liberdade e continua nela, e não é um ouvinte esquecido, mas um fazedor
da obra, esse será abençoado naquilo que faz” (Tiago 1: 22-25).
Seguir a verdade – a Palavra de Deus e o exemplo de Jesus Cristo – nos liberta de um
grande fardo do pecado e nos permite seguir em frente no caminho da obediência aos
mandamentos de Deus.
A verdade permite que você esteja preparado
O cinto “envolve todas as outras peças de nossa armadura e, portanto, é mencionado
pela primeira vez”. Da mesma forma, sem a verdade nos cingindo, o cristão não está
preparado.

Material Criado por: Bispa Patrícia Graziele


Nos dias de Jesus, o cinto permitia ao homem recolher seu manto e colocá-lo para
dentro para se movimentar rapidamente. Estar fundamentado e cingido na verdade faz
o mesmo com o cristão.

Observe as palavras do apóstolo Pedro ao comparar um cinto com preparação


espiritual: “Portanto, cingi os lombos da vossa mente, sede sóbrios e descansai
inteiramente a vossa esperança na graça que vos será trazida na revelação de Jesus
Cristo.” (1 Pedro 1:13).

Couraça da Justiça
A couraça era uma parte fundamental da indumentária de um soldado na antiguidade (
2 Crônicas 26:14; Neemias 4:16). A Bíblia fala sobre como a couraça era parte da
imponente armadura do gigante Golias; e também relata que o rei Saul até vestiu Davi
com sua couraça, mas ele a dispensou (1 Samuel 17:5-38).

Nos tempos do apóstolo Paulo, os legionários romanos usavam uma couraça que
cobria o corpo do pescoço até pouco abaixo da cintura. A couraça era feita de placas
de metal; ela vestia o soldado de forma a protegê-lo pela frente e pelas costas.
Obviamente a couraça possuía um papel fundamental na armadura de um soldado da
infantaria. Numa guerra em que se lutava com espadas, flechas e outras armas de
metais e madeira, a couraça protegia membros vitais do corpo humano, sobretudo o
coração. Seu papel era dificultar ao máximo que um oponente conseguisse ferir um
soldado mortalmente.

A couraça da justiça é um dos equipamentos que compõe a armadura de Deus que


todo cristão deve usar. A couraça da justiça age diretamente como proteção do
coração do Servo, que na linguagem bíblica implica na personalidade, consciência e
vontade da pessoa. A couraça da justiça deve caracterizar aqueles que foram
justificados por Deus em Cristo.

É o apóstolo Paulo quem fala da couraça da justiça como uma metáfora que significa a
justiça de Cristo imputada no Servo de Cristo que o conduz a um caráter santo; a uma
vida marcada por uma conduta moral reta e completa devoção ao Senhor. Por isso ele
diz que os redimidos devem estar vestidos da couraça da justiça (Efésios 6:14).

PÉS CALÇADOS COM A PRONTIDÃO DO EVANGELHO DA PAZ:

É improvável que alguém saia de casa descalços, não é mesmo? , é isso que
acontece com aqueles que desprezam a 3ª parte da armadura de Deus.
Calçar os pés com a preparação do Evangelho da paz significa estar protegido e
alicerçado na Palavra e não em cima de filosofias, doutrinas ou instituições humanas.
Calçar os pés é para proteção, para que você tenha estabilidade, firmeza. Para que
você não venha escorregar, ser ferido, mancar.
Como em toda a guerra, assim é a vida espiritual também. Há momentos que parece
que está tudo parado, mas, espiritualmente, sempre está acontecendo algo e você tem
que estar com seus pés calçados para não tropeçar, não vacilar”.

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ESCUDO DA FÉ:

Por que “escudo da fé”?


Quando Paulo falou sobre o escudo da fé, muito provavelmente ele tinha em mente
um escudo de grande porte que integrava as armas de guerra de um soldado romano
de sua época. Havia dois tipos de escudos: um menor com formato arredondado e
outro maior com formato oval e retangular.

A palavra grega que o apóstolo emprega indica que ele faz referência ao escudo
maior. Tratava-se de um escudo com medidas aproximadas de 75 centímetros de
largura e mais de 1,20 metros de altura. Esse tamanho era suficiente para proteger
todo o corpo do soldado. Além disso, as tropas se posicionavam estrategicamente no
campo de batalha permitindo que os soldados pudessem juntar seus escudos e formar
um tipo de muro ou casco de proteção.
O principal objetivo disso era prover proteção contra os dardos inflamados que eram
amplamente utilizados naquele tempo. Uma das armas mais letais da época era
justamente as flechas incendiárias. Soldados inimigos mergulhavam suas flechas
geralmente em uma mistura de piche altamente inflamável e ateavam fogo nelas antes
de lançá-las.
Então esses grandes escudos tinham um papel muito importante nesse aspecto. Eles
eram feitos de madeira dura e eram cobertos de couro de animal. Alguns escudos
contavam ainda com um revestimento de metal que ficava entre a madeira e o couro.
Quando corretamente utilizados, esses escudos eram eficazes em evitar que qualquer
dano fosse causado ao seu portador diante das flechas inimigas. Inclusive, as flechas
em chamas cravavam na superfície resistente do escudo e facilmente o fogo era
extinto.

A importância do escudo da fé:

O escudo da fé é primordial contra as setas inflamadas do Maligno. O apóstolo Paulo


diz que somente através do uso do escudo da fé o Servo pode apagar os dardos
incendiários do diabo. Esses dardos simbolizam toda espécie de investidas malignas
que Satanás lança contra os redimidos.

Persistentemente o diabo atira contra os Servos tentações, angústias, dificuldades,


perseguições, maus pensamentos, sentimentos ruins de ódio etc. Essas coisas são
como setas inflamadas que tentam incendiar a vida do Servo com dúvidas e desejos
contrários à Palavra de Deus. A intenção de Satanás é fazer com que os Servos
acreditem em suas mentiras, desconfiem das promessas de Deus e desobedeçam à
Sua vontade.
A velha natureza humana corrompida pelo pecado é um alvo altamente inflamável
para a prática pecaminosa. Se as setas malignas não forem rapidamente apagadas
pela fé genuína em Deus, fatalmente elas causarão grandes danos à vida cristã. Por
isto o escudo da fé é essencial, pois o Servo fica protegido contra esses ataques do
inimigo.

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Usando o escudo da fé:

O escudo da fé é o próprio exercício da fé verdadeira dada por Deus ao seu povo, que
capacita o Servo a apagar todas as setas inflamadas do diabo. Nenhum dardo maligno
é capaz de atingir a vida daquele que empunha o escudo da fé; isto é, daquele que
deposita toda confiança no poder de Deus e possuí a certeza inabalável em Suas
promessas.

Como Satanás não desiste de seus ataques contra o povo de Deus, não há um único
momento em que o Servo possa deixar o escudo da fé de lado. A autêntica fé em ação
deve caracterizar toda a vida cristã neste mundo.

Além disso, tal como os soldados romanos agrupavam seus escudos numa ação
coletiva, o exercício da fé também deve estar alinhado com a verdade de que fazemos
parte de um só Corpo. Sim, o escudo da fé não possui um propósito apenas individual,
mas também coletivo. Nenhum Servo está sozinho na batalha espiritual. Isso significa
que os cristãos são unidos pela fé; são alinhados no mesmo propósito em prol da obra
de Deus; e devem orar e encorajar uns aos outros nessa batalha (Efésios 6:18;
Hebreus 3:13,14). É através de uma vida de oração que vestimos e usamos não
somente o escudo da fé, mas toda a armadura de Deus.

CAPACETE DA SALVAÇÃO:

O capacete da salvação significa a segurança da salvação que protege a mente do


Servo das dúvidas e medos lançados por Satanás. Confiando plenamente na
fidelidade de Deus, todo cristão verdadeiro pode ser confortado com a certeza de sua
salvação; e isto é fundamental na batalha espiritual durante esta vida terrena.

O apóstolo também combina essa analogia com uma passagem do Antigo


Testamento. Nela o profeta Isaías fala figuradamente do Senhor usando o capacete da
salvação em Sua cabeça (Isaías 59:17). O interessante é que Paulo empresta essa
referência para revelar que Deus concede esse capacete da salvação aos seus
soldados eleitos.

Um dos elementos dessa armadura é justamente o capacete da salvação. O capacete


é fundamental na proteção da cabeça de um soldado. Nos tempos antigos o capacete
de um soldado era geralmente feito de ferro, bronze e couro. Esse equipamento de
segurança era amplamente usado, pois no campo de batalha a cabeça de um soldado
era sempre um alvo muito procurado por seus inimigos.

O capacete da salvação na guerra espiritual:

Tal como numa guerra física, na batalha espiritual Satanás e suas hostes tentam a
todo custo atacar os seguidores do Senhor Jesus. Nesse cenário a mente do cristão é
sempre seu alvo mais cobiçado. Satanás tenta lançar dúvidas e maus pensamentos
na mente do cristão com a finalidade de corrompê-la, fazendo-o se apartar da
simplicidade que há em Cristo (2 Coríntios 11:1-3). Ele procura desencorajar o Servo
no que diz respeito à segurança da salvação em Cristo Jesus.

Mas o capacete da salvação protege o cristão genuíno dessas incertezas. Por isso

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Paulo diz: “E tomem o capacete da salvação”. Blindem vossas mentes contra todos os
pensamentos maus.

A ESPADA DO ESPÍRITO

O termo original utilizado por Paulo para falar sobre a “espada” é machaira. Uma
espada de aproximadamente 48 cm de comprimento e com a ponta virada para cima.
Quando o soldado romano enfiava essa espada no estômago do oponente e a puxava,
todas as suas entranhas esguichavam para fora. Essa espada era uma arma de
mutilação. De igual modo, a espada do espírito também serve para mutilarmos o
inimigo.

Esse mesmo termo também é utilizado por Paulo em Hebreus 4:12: Pois a palavra de
Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra
ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e
intenções do coração.

Paulo diz, em Efésios 6, que a espada do espírito é palavra de Deus, do original


rhema, que diz respeito a uma palavra que Deus dá especificamente para você.
É uma palavra avivada de Deus para sua vida, quando o Espírito Santo faz com que
uma palavra divina tome forma clara na sua vida.

É a única arma de ataque, mas também serve para defesa.

A palavra de Deus

Quando lemos em Efésios sobre a espada do Espírito, também lemos que ela é a
palavra de Deus. A palavra de Deus é uma arma de vital importância nessa armadura.
Sem ela estaríamos alheios aos ataques do diabo sem possibilidade de nos defender
propriamente e muito menos de contra-atacar.

Quando falamos sobre a palavra o que devemos compreender, em um primeiro


momento, é que ela precisa habitar a nossa vida profundamente. Nós devemos
conhecê-la profunda e amplamente. Paulo, ao escrever aos Colossenses diz: “Habite,
ricamente, em vós a palavra de Cristo” (Colossenses 3:16a). A palavra precisa habitar
em nós ricamente. O cristão que não é conhecedor da palavra certamente sofrerá
derrota do diabo. Mas não adianta conhecer a palavra apenas, devemos conhecê-la
profundamente.
Usando a Palavra como uma arma de ataque contra nosso inimigo.

O Apóstolo Paulo ainda enfatiza a importância de permanecermos em orações, orando


no Espírito em todas as ocasiões. Sempre orando e estando ATENTOS a tudo.

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