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RESUMO PARA PROVA: FUNDAMENTOS DA

ADMINISTRAÇÃO

PILARES DO DIREITO ADMINISTRATIVO

1. PRERROGATIVAS (não há a mesma igualdade que se aplica aos particulares para a


administração, por isso se trata de um direito especial e não um direito comum)
2. SUJEIÇÕES (a administração também tem uma sujeição na relação jurídica, é um limite
a mais do que o cidadão, por isso há a necessidade de um direito diferente)
Quando falamos de prerrogativas e sujeições estávamos falando do direito
administrativo.

PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO


Dão base para o surgimento do próprio direito administrativo, que é um direito
especial, e estão vinculados a um dos dois pilares do direito administrativo.

1. PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO


(prerrogativas)
Esta na base das prerrogativas da administração.
Há supremacia do interesse público somente no interesse público PRIMÁRIO!!!
O interesse público secundário não tem supremacia sobre o privado!!!
O interesse público primário quer dizer aquele interesse público essencial, e são:
A. JUSTIÇA
B. SEGURANÇA (exemplo: trânsito)
C. BEM ESTAR SOCIAL

Somente nestes casos acima a administração terá prerrogativa sobre o particular.

Quando a administração age com imperatividade, ela pode obrigar o particular a agir
conforme o seu querer.

2. PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO (sujeições)


O administrador público não pode dispor do interesse público.

- NOÇÕES (FORA DA LEI) É indisponível o que está fora da condição legal. Pois há
possibilidade do administrador fazer a escolha dentro dos limites da lei!

- PORQUE É INDISPONÍVEL? Porque o administrador não é dono do interesse público, ele não
exerce um direito subjetivo, é um direito da coletividade. O administrador exerce uma mera
função.
- SUJEIÇÕES: Trata-se de princípio vinculado com o pilar das sujeições. Há limites além dos
particulares em geral.

- PODER ADMINISTRATIVO: Não esquecer que também está na base dos poderes
administrativos, pois, apesar de ser sujeição, a administração tem eu seu favor
poderes, geralmente dizem que esses poderes tratam de prerrogativas, mas estes,
também estão fundamentados nas sujeições, pois ao mesmo tempo que a
administração tem o poder ela tem o dever de exercê-lo.
- INALIENALIBILIDADE DOS DIREITOS RELACIONADOS AO INTERESSE PÚBLICO: como os
bens não são dos administradores e sim da coletividade, não pode ocorrer a
alienabilidade destes bens.

3. PRINCÍPIO DA FINALIDADE (prerrogativas e sujeições)


Quer dizer que o agir da administração só pode ser voltado ao interesse público e não
para o interesse pessoal.
Trata-se de prerrogativa porque só pode agir se justificada pelo interesse público.
Entretanto, só vai haver restrições se também houver interesse público, por isso está
sob os dois pilares.
A finalidade está junto ao princípio da impessoalidade, pois trata-se de agir impessoal,
não está se favorecendo particular, e neste sentido estariam juntos.
- FINALIDADE CONCRETA: não podemos confundir com o interesse público, temos de
verificar cada ato da administração. Ela pode variar de acordo com cada ato.
- FINALIDADE ABSTRATA: é sempre igual, o interesse público.
Quando a administração desviar a finalidade prevista daquele ato, há abuso de poder.
Que pode ser EXCESSO DE PODER (age além da competência legal prevista em lei), ou
DESVIO DE FINALIDADE (o administrador age dentro da competência legal, entretanto,
exerce com o fim daquele previsto), exemplo: servidor removido de uma localidade
para outra em razão de punição e não para fins públicos, como para preencher vagas
existentes.
PODE SER UTILIZADO O AGIR DA ADMINISTRAÇÃO PARA FINS PRIVADOS?
Resposta: Pode, entretanto, sempre dava haver concomitantemente um interesse
público. Não pode ser apenas para o interesse privado.

PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EXPLÍCITOS NA CF


Artigo 37 CF – L.I.M.P.E. e outros!

1. LEGALIDADE

Administrar é aplicar a lei (princípios, leis, decretos, portarias, etc).


No Brasil, estamos submetidos a ideia de que o administrador não pode agir
sem uma base legal. A base deve ser sustentada da coletividade, ou seja, da
lei, tudo para ir contra o arbítrio.
TEORIA APLICADA: Tese da vinculação positiva à lei.
Não pode o administrador agir sem previsão legal! O administrador não tem
liberdade de ação.
Numa visão antiga, havia necessidade de lei derivada de procedimento
administrativo, uma lei de procedimento formal, derivada do legislador. A
administração também se submete a lei em sentido material, pois é aquela que
é norma em sentido geral e abstrata, ou seja, a administração também está
obrigada a cumprir os decretos, portarias e decretos feitas pela própria
administração.
É INVÁLIDO O ATO ADMINISTRATIVO, MESMO QUE A ILEGALIDADE SEJA
MATERIAL!!!
- PRINCÍPIO DA JURIDICIDADE: VISÃO DA LEGALIDADE MODERNA: A
legalidade contemporânea também se dá pela legalidade lato sensu,
juridicidade.
A administração está limitada por todos os elementos que compõem o direito.
Não somente a lei formal, o direito é mais do que a lei. As decisões reiteradas
do tribunal, as súmulas e súmulas vinculantes são de obrigatoriedade pelo
administrador público, pois também formam o direito. Até mesmo os costumes
limitam.
- BLOCO DE LEGALIDADE: Também se aplicam à administração: CF,
Constituição Estadual, Leis Orgânicas Municipais, Tratados e Acordos
Internacionais, Decretos, Portarias, Resoluções e Instruções Normativas,
formam a legalidade material (normas gerais e abstratas), também se aplicam:
Medidas Provisórias, Leis Delegadas.
A NÃO OBSERVÂNCIA DO BLOCO DE LEGALIDADE GERA A INVALIDADE
DO ATO ADMINISTRATIVO!

Administrar, na visão moderna é aplicar o direito! Engloba princípios, leis, etc...

- PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL E PRIMAZIA DA LEI: Se na prova cair


reserva legal quer dizer que administração precisa de uma lei formal para
regular os atos. Quanto a primazia da lei, quer dizer que entre um ato
administrativo e a lei, a lei é superior! Estão dentro da ideia da legalidade.

2. IMPESSOALIDADE

O agir da administração pública é impessoal como regra, não pode favorecer


ou prejudicar ninguém, entretanto, quando houver uma razão de interesse
público, e expressa previsão legal, pode haver a diferenciação. Exemplo:
concurso público, é buscar aqueles que são mais bem preparados. Outro
exemplo: licitação.
Dito isso, estamos falando de hipóteses que a própria lei permite. Há o
princípio da impessoalidade, portanto, salvo se houver expressa previsão legal
e interesse público.que autorize diferenciar .

Está vinculado aos princípios:


A. Isonomia (tratamento isonômico, sem favorecer ou prejudicar);
B. Finalidade (estar vinculado a um fim público);
C. Imparcialidade (deve ser um agir de forma objetiva e não subjetiva).
LIMITES À PROPAGANDA OFICIAL: A administração tem limites quanto à
publicidade, não pode envolver a imagem, não pode ter símbolos, não pode ter
nomes!

A atuação dos agentes públicos, com base no princípio da impessoalidade é


imputado a administração público, portanto, se houver ação judicial, não é
contra a pessoa, é contra o Estado ao qual ele está vinculado! O entendimento
moderno do STF proíbe!

3. MORALIDADE

Agir ético, honesto, leal, boa-fé, probidade (várias noções juntas, ética,
honestidade), standards comportamentais (aquilo que a sociedade considera
correto), costumes administrativos.

- AUTONOMIA: quer dizer que tem autonomia ao princípio da legalidade.


A ADMINISTRAÇÃO TERÁ QUE INVALIDAR OS ATOS AINDA QUE LEGAIS
SE FOREM IMORAIS!

Exemplo: Nas licitações, foi feita a contratação de parentes, não é ilegal, não
está proibido na lei mas é imoral!

O judiciário pode controlar os atos da administração com base na moralidade.

SÚMULA VINCULANTE NÚMERO 13 STF: Proibição de nomeação de agentes


públicos para CARGOS OU FUNÇÕES DE CONFIANÇA que tenham
parentesco com o agente nomeante até o terceiro grau! Trata-se de ato imoral!
Também está vinculada ao princípio da impessoalidade.
TAMBÉM É PROIBIDO O NEPOTISMO CRUZADO, que é a troca de favores
entre autoridades! Um nomeia um, o outro nomeia outro!

ATENÇÃO -> NÃO ESTÁ PROIBIDO: Nomeação de parentes para cargos mais
importantes de secretários municipais ou estaduais ou ministros! Pois são
cargos mais relevantes, que precisam da confiança!

4. PUBLICIDADE

A publicidade está na base da administração, que é pública! Sigilo é exceção.

EXCEÇÕES:
A. - Interesse da segurança nacional ou da sociedade ou o Estado (exemplo:
polícia vai invadir um morro, há a necessidade do sigilo),
B. - Questão de conteúdo privado (para não haver exposição do servidor
público, por exemplo, doenças graves acometidas ao servidor público),
C. - Interesse de negociações internacionais (quando para poder fazer
negociações seja necessário ser sigilosa,
D. - Risco à saúde e segurança das pessoas
E.- Atos de investigação, inteligência e controle

OBS: A questão dos vencimentos do servidor público não estão cobertas pelo
manto do sigilo, pois são de relevo social.

DIVULGAÇÃO NO ATO OFICIAL: Há necessidade, em atos gerais de efeitos


externos, onerosos, ou quando a lei determinar, que a administração tenha de
fazer a divulgação no diário oficial. Ato geral é aquele derivado a um grupo,
externo significa que gera efeitos fora da administração. Exemplos: edital de
concurso ou licitação. Os atos que geram despesas à administração pública
também devem estar no diário oficial.

AFRONTA A PUBLICIDADE = ATO INEFICAZ!!! - O princípio da publicidade,


se não inserido no diário oficial um ato que era pra estar, tal afronta envolve a
falta de eficácia e não a invalidação do ato. A eficácia significa que era legal,
mas que não tem potencialidade de produzir efeitos.

Temos duas espécies de publicidade


PUBLICIDADE DE OFÍCIO: é a do diário oficial, que sem ninguém pedir tem
que estar.
PUBLICIDADE PROVOCADA: quando alguém solicita, deve dar conteúdo do
ato administrativo.

FORMAS DE TER ACESSO A PUBLICIDADE NEGADA:


HABEAS DATA: ação processual e constitucional, onde o cidadão solicita
informações suas, pessoais, também pode ser utilizado para a alteração dos
dados no registro.
MANDADO DE SEGURANÇA: informações envolvendo terceiros

5. EFICIÊNCIA

Veio pela mudança de concepção da administração pública, pela reforma


gerencial, veio para superar o Estado Burocrático, remover o excesso de
formalidade.

É uma norma em branco. Pois é uma noção muito genérica para o judiciário
dizer que tal ato é nulo sem ter conteúdo numa lei.

PRECISA DA LEI PARA GERAR INVALIDAÇÃO


SOZINHO, NÃO É OBJETO DE INVALIDAÇÃO, PRECISA ESTAR
VINCULADO A UMA LEI, diferentemente da moralidade.

O princípio da eficiência não é de tanta relevância pois deriva de outro, da ideia


de finalidade da administração, do fim de interesse público, nem precisaria
estar explícito.

NÃO SE ESGOTA NO ÂMBITO ECONÔMICO!!!


 VISÃO ECONÔMICA DA EFICIÊNCIA: binômio “custo-benefício”, com o
menor custo possível a administração deve agir buscando os maiores
benefícios.
 VISÃO SOCIAL DA EFICIÊNCIA: vem atenuar o aspecto
econômico,não se pode limitar o ato administrativo vendo apenas a
visão econômica, ou seja, pode haver um ato ainda que não seja o mais
econômico, pela relevância social. Exemplo: Sociedade de Economia
Mista, como a CEEE, deve levar energia elétrica para uma casa isolada
num meio rural, ainda que economicamente falando seja ruim.

Apesar de ser norma em branco, possui aspectos gerais de conteúdo:


A. NOÇÃO DE DESBUROCRATIZAÇÃO
B. NOÇÕES DE TRANSPARÊNCIA (princípios se inter-relacionam, neste
caso, com o da publicidade)
C. NOÇÕES DE IMPARCIALIDADE (impessoalidade também é eficiência)
D. IDEIA DE BOA ADMINISTRAÇÃO (administração voltada para a
qualidade).

Para o princípio da eficiência ser adequado, tem que haver:


A. ATUAÇÃO COM PERFEIÇÃO DO AGENTE PÚBLICO (está no código
de ética);
B. AGIR COM PRESTEZA;
C. RENDIMENTO FUNCIONAL

A estrutura da administração, em relação aos órgãos públicos, também deve


estar dentro do aspecto da eficiência:
- Com o menor custo, trazer os melhores benefícios.

A responsabilização do agente público: se não estiver na lei, o ato não pode ser
invalidado, mas o agente pode ser responsabilizado administrativamente, se
não fizer um agir célere, se não agir com presteza, pode sofrer sanções!

Se houver ATO INEFICIENTE, MAS A LEI O PREVÊ, A LEI PREDOMINA!

QUANDO HÁ OPÇÃO DO ATO DISCRICIONÁRIO, PARA LIMITAR A OPÇÃO,


DEVE-SE UTILIZAR O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA!

TEMOS PRINCÍPIO EXPLÍCITOS QUE NÃO ESTÃO NO ARTIGO 37 DA CF!!!


- Economicidade (70 CF)
- Devido Processo Legal (5º, LIV – também se aplica para o processo
administrativo!!!)
- Contraditório e Ampla Defesa (5º, LV, também se aplica para o processo
administrativo!!!)

PRINCÍPIO IMPLÍCITOS À CONSTITUIÇÃO FEDERAL


1. PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO

Cada ato administrativo tem que ter justificativa, são as RAZÕES DE FATO E
DE DIREITO que dão causa a realização do ato. Exemplo: determinada
remoção de servidor público para outro lugar foi feita pela existência de vagas
em outro lugar, com base no artigo tal da lei tal.

É princípio basilar (Lei Federal, artigo 50, Lei 9784/99)

A regra geral é, portanto, que os atos tem que ter motivação!!!


A justificação tem que ser prévia ou concomitantemente com o ato e não
depois de ser feito!

EXCEÇÕES: NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO DE CARGOS EM COMISSÃO.

Deve ser justificada de forma CLARA, SUFICIENTE e CONGRUENTE


(demonstra a relação entre o fato e o direito aplicado).

 TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: o objeto de justificativa do ato


administrativo tem que ser verdadeiro, sob pena de haver afronta a esta
teoria.

2. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA

Está expresso na legislação infraconstitucional (9784/99 – no artigo 2º)

ESTABILIDADE E PREVISIBILIDADE: A Administração não pode alterar toda


hora! Quer dizer que os atos da administração devem gerar estabilidade das
relações jurídicas. Também, o ato, deve gerar previsibilidade.

A SEGURANÇA JURÍDICA É UM FATO DE MODERAÇÃO DO PRINCÍPIO DA


LEGALIDADE. É UM PRINCÍPIO AUTÔNOMO, OU SEJA, APESAR DE
ILEGAL, PODE SER MANTIDO PARA GERAR ESTABILIDADE!

Ex: professora só pode ganhar promoção que tiver curso superior, e ganha
mesmo sem ter, com base no princípio da legalidade, invalidaria o ato,
entretanto, aplicando o princípio da segurança jurídica, DEPOIS DE 5 ANOS,
COM BASE NA NOÇÃO DE SEGURANÇA JURÍDICA, NÃO PODE MAIS
MUDAR!

ASPECTO OBJETIVO: COISA JULGADA, ATO JURÍDICO PERFEITO,


DIREITO ADQUIRIDO
ASPECTO SUBJETIVO: PREVISIBILIDADE, em relação aos efeitos que o ato
vai produzir, aqui temos um outro princípio vinculado, o PRINCÍPIO DA
PROTEÇÃO A CONFIANÇA, que quer dizer que os atos da administração tem
presunção de serem legais!
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
Não é a mesma coisa que os poderes do estado (políticos, estruturais –
legislativo, executivo, judiciário).

Os poderes da administração são aqueles que se referem ao agir da


administração, corresponde a linha instrumental, a parte dinâmica. Se referem
às linhas de conduta.

PODER HIERÁRQUICO: Há uma organização da administração em que há os


chefes e os subordinados. Hierarquia verticalizada.
Estão dentro da compreensão de hierarquia (subpoderes):
- Poder de Chefia (a administração determina)
- Poder de Fiscalização (independe da legalidade, não é necessário que o
administrador tenha nas suas competências o dever de fiscalizar, é um poder
inerente à atividade administrativa).
- Poder de Revisão dos Atos Administrativos ([anulação “ATO ILEGAL”] e
[revogação “ATO LEGAL, mas não é mais conveniente e oportuno”])
- Poder de Avocação (tomar para si uma competência que originariamente na
lei era do subordinado, é o oposto da delegação. A autoridade chefe pega a
competência para si, mas só envolve autoridade e subordinado, não cabe entre
autoridades de mesma hierarquia. É extraordinário, somente pode ocorrer em
hipóteses excepcionais,
- Poder de Delegação (9.784/99 transferência da competência como regra, ou
entre mesma hierarquia – envolve o procedimento administrativo federal. Este
poder só não vale se houver proibição expressa em contrário.
NÃO É POSSÍVEL DELEGAR:
a) decidir recursos administrativos,
b) atos de natureza normativa (decretos, portarias, resoluções que são normas
ditadas pela administração, não podem ser delegados para terceiros)
c) competência exclusiva (quando a legislação que regulamente o cargo houver
a matéria de competência exclusiva, pois somente aquela autoridade pode
fazer o cargo.

PODER DISCIPLINAR: Tem a compreensão de que não se pode punir sem


processo administrativo anterior. A abrangência atinge o agente público e aos
particulares com vínculo especial com a administração que cometem infração
administrativo disciplinar.

É obrigatório sempre o procedimento administrativo prévio, com contraditório e


ampla defesa.
O STJ diz que é obrigado presença de advogado, mas o STJ, lançou súmula
vinculante n°5 e diz que é uma faculdade ter advogado, ou seja superou o que
diz o STJ.

O poder disciplinar envolve afronta a legislação administrativa disciplinar e não


o código penal, e é para disciplinar o ambiente dentro dos parâmetros da
administração.

PODER REGULAMENTAR

Prerrogativa de explicar a lei e de viabilizar a sua aplicação. Não autoriza a


administração a criar, ampliar ou restringir direitos. Somente a lei pode criar ou
restringir!

Exemplo: A Lei cria um vale transporte, a administração vai dizer como será
viabilizado esta lei, por exemplo, dirá, que será viabilizado por meio de tickets.

Só pode ser exercido por chefe do poder executivo via decreto ou


regulamento.

NÃO CONFUNDIR COM O PODER NORMATIVO! Este sim, inclui o poder


regulamentar dentro dele, mas ainda, dá possibilidade das portarias,
instruções normativas, feitas pela administração, por autoridade
inferiores e subordinadas ao chefe do executivo.

DECRETO AUTÔNOMO: NO BRASIL, DE REGRA NÃO CABE! Quando não


há uma lei, podemos ter um decreto autônomo, onde a administração, aí sim,
poderá criar ou extinguir direitos. NÃO CABE, COMO REGRA! EXCEÇÃO: 84,
VI -> O presidente da república, por decreto, pode estruturar a administração
pública federal e assim, criar ou extinguir direitos(quando não houver lei,
quando não criar ou extinguir órgãos públicos e nem aumentar despesas).

PODER DE POLÍCIA

Limitar, condicionar as atividades, os bens e os direitos dos particulares em


favor do interesse público, também em relação às suas liberdades e em
relação às faculdades do proprietário.

Exemplo: imóvel não pode ser construído acima de tantos metros.

PODER DE POLÍCIA GERAL: Se aplica em todas as áreas na sociedade,


exemplo: ideia de segurança.

PODER DE POLÍCIA ESPECIAL: Próprios de uma determinada área, exemplo:


trânsito, tributário.

ORIGINÁRIO: Vem na lei que regula seu cargo.


DELEGADO: Posteriormente é transferido o poder de polícia para outrem,
mas, não cabe transferir o poder de polícia para particulares! Entretanto, a
atividade preparatória e a atividade de execução (que vem depois) podem ser
transferidas para o particular, o que não pode é a DECISÃO QUE RESTRINGE
OU LIMITA UMA ATIVIDADE, CONDIÇÃO, DIREITO, LIBERDADES,
FACULDADES DO PROPRIETÁRIO.

Exemplo: controladores de velocidade podem sim, pois só dão informação para


a autoridade, quem vai dar a decisão se vai ou não multar é a administração.
Outro exemplo: um guincho, pode ser de particular, se a decisão da
administração for para guinchar.

LIMITES: tem que ser precedido do devido processo legal previamente, com
contraditório e ampla defesa.

EXCEÇÃO: Nos casos de urgência, pode-se, primeiro, restringir, condicionar,


determinar, por exemplo, a derrubada de uma ponte estragada, diferente do
processo disciplinar que sempre tem que ter processo com contraditório e
ampla defesa.

ATRIBUTOS:

Imperatividade (a administração pode impor o poder de polícia


independentemente se o particular aceita ou não).

Autoexecutoriedade: (a própria administração executa o poder de polícia sem


necessidade do judiciário, pode, por exemplo, derrubar uma casa de um
cidadão).

Presunção de Legalidade e Veracidade: além de ser legal, quer dizer que os


fatos que os fatos declarados no ato são verdadeiros. Exemplo: dizer que
estava sem cinto de segurança.

Discricionariedade: Como regra, quer dizer que a administração tem a


faculdade de agir dentro da lei. Excepcionalmente não vai estar.

INDENIZAÇÃO: Como regra, quando a administração limita um direito,


atividade, do particular, não é por isso que tem que pagar indenização, salvo se
este poder de polícia for exercido de forma ilegal.

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