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Direito do Consumidor

Conceito de Consumidor

IV- Conceito jurídico de Consumidor

1. Consumidor padrão ( CDC, art 2º, caput)


Divergência doutrinária sobre a pessoa jurídica e o consumidor profissiona.-> pessoa
jurídica pode ser consumidor em sentido estrito
->Adquiridor de produtos e serviços (conceitos amplos)

-"Destinação final": Elemento finalistico/teleológico da relação de consumo


Interpretações: destinatário final é o destinatário final fático/prático. Aquele que recebe.
(Maximalista)
Problema: expande a relação de consumo a toda a relação de direito civil, e constituição visa a
proteção de um grupo específico. Logo, o destino final envolve que recebe e faz o uso
econômico do serviço ou produto (Finalismo).
Concepção objetiva de consumidor (maximalismo): finalidade de uso não importa. Não seria
consumidor só quem é revendedor (3a turma stj)
Concepção subjetiv de consumidor (Finalismo)
Finalidade de uso era tão importante quanto quem recebe.

Caso Restaurante na Bahia


Contrato com AmericaExpress.
Revisão do contrato por alegação de abusos.
Restaurante alegou ser consumidor e conjurou o CDC para pedir a revisão contratual.
AmericaExpress alegou relação meramente empresarial.
Destinatário final, logo, seria o cliente do restaurante, sendo o estabelecimento apenas
intermediário nessa relação.
Conclusão do STJ: Por maioria, decidiu-se que o restaurante não era consumidor, pois a
destinatário final seria o fático econômico, que é o cliente.

Caso de Santa Catarina e Hotel


Tonéis de gás que acabavam rápido.
Laudo aponta que o aproveitamento das garrafas de gás era menos que o volume total das
garrafas (18/20).
Hotel alegou-se consumidor e que era abuso do fornecedor.
Fornecer alegou que gás era insumo para manter os serviços, sem que exista consumo.
Stj: levanta a questão da "Vulnerabilidade" do hotel (Não sabia que só podia usar os 18 litros)
CDC seria a lei de defesa dos vulneráveis (art 4º inciso I- reconhecimento da vulnerabilidade do
consumidor na relação de consumo.)
Vulnerabilidade no caso concreto em relação a outra parte justifica a sua defesa e a aplicação do
CDC.
(Finalismo Aprofundado- Termo utilizado pelo STJ a essas relações jurídicas onde uma parte é
considerada vulnerável.) Mesmo sem ser destinatário final.
Oque é ser vulnerável? É discutível.
Teria várias espécies de vulnerável.

Vulnerabilidade fática/socioeconômica: discrepância de condições econômicas das partes


configuraria vulnerabilidade da parte menor porte econômico.

Casos concretos STJ:


1. Costureira que comprou maquina de custura (Goiás): discussão sobre o artigo 18 do
CDC. Produtora da máquina alegou que costureira era produtora e não consumidora.
STJ: se trata de economia de subsistência com o uso da maquina e aplica-se o cdc pq ela
é vulnerável.

2. Mato Grosso. Produtora de soja em larga escala comprou varios inseticidas de outra PJ e
ele não funcionou contra uma praga que afetou a colheita.
Produtora pediu indenização aos moldes do CDC. Fornecedor alegou que era insumo.
STJ: não se aplicaria o CDC por conta do porte econômico das partes e a ausência de
vulnerabilidade.
(Nem entra no mérito da destinação final)

3. Médico: contrato de compra e venda com reserva de domínio (uso como possuidor, mas
só se torna proprietário após quitar as parcelas). Aparelho de ultrassom comprado pelo
médico. Importado e parcelas era pagas em Dollar. Ocorre a maxidesvalorização do real
frente o Dollar.
Prestações aumentam mt de valor e médico quer revisão contratual aos moldes do CDC.
STJ alega que aparelho seja insumo da atividade, logo não aplica-se o CDC.

2. Consumidores Equiparados (Consumidor sentido lato)


A) Coletividade de consumidores (CDC art 2º p único.). Interesses difusos, coletivos,
individuais homogêneos. Seria alvo de ações coletivas (art 81 p único do cdc traz
definições sobre os temas, art 91 CDC ação coletiva de tutela do consumidor)

B) Vítimas do produto ou serviço (CDC art 17) Diz sobre evento danoso- diz sobre
responsabilidade cívil pelo fato produzido pelo produto ou serviços. Diz sobre produto ou
serviço defeituoso (não traz segurança ou afeta negativamente a saude do consumidor).
Nessa casos, o consumidor é todo aquele que for atingido pelo produto, não apenas o
destinatário final. (Caso Eduardo Campos e avião que destruiu casas. Moradores são
consumidores por equiparação).

C) Exposição às "práticas abusivas" (CDC, art 29) Consumidores também são aqueles
afetados pelas práticas previstas no cap 5 e 6 (Ex, cap 5 fala das práticas da publicidade,
art 54 inclui o contrato adesão)
Direito obrigacional comum(?) Não. Apesar da força do 29 não podemos extender toda
relação contratual como relação de consumo por equiparação, senão CC cairia em desuso.

Questão de franquias: não haveria relação de consumo entre franquiador e franquiado.(STJ)


Questão da locação: Locador e locatário estão fora do CDC (STJ)

Obs:Europa: consumidor apenas como pessoa física


CDC: inova ao incluir pessoa jurídica como consumidor.

Conceito de fornecedor (art 3º, Caput cdc)


- Tudo e todos (41 a 44 do cc)
- Inclui entes despersonalizados na possibilidade de estar em juízo (condomínio e massa
falida)
- Todo mundo pode ser fornecedor
- Poder público também pode ser fornecedor
Art 6º inciso 10 cdc e art 22: reforçam que poder público é fornecedor
- Tribunais tendem a não reforçar tanto essa tese (Serviços baseados em taxa estão fora do
cdc (ex; custas processuais)
- O mesmo ocorre com hospital público (Serviço público baseado em pagamento de
impostos)
Aplica-se aos serviços públicos delegados a particulares (prestados por concessionária ou
permicionaria)
Ex: Onibus e metrô.

Diferença entre compra e venda entre particulares e compra e venda entre concessionária.
(Aplica-se o cdc na atividade habitual, ou seja, a concessionária)
- Entre particulares aplica-se código civil e aplica-se as regras de vício do negócio jurídico

Obs: lei 13.460/2017


Regulariza art 37 da CF/88
Não exclui CDC quando há relação de consumo
Reforça a tese que o poder público, em tese, estaria fora do CDC.

Conceito de produto (art 3º p 1º cdc)


-Produto é qualquer bem movel ou imovel, material ou imaterial (Bem jurídico)
-Imovel como produto (art 12 reforça isso ao falar da responsabilidade das construtoras)
- amostra grátis é produto? Sim (conceito de produto não envolve remuneração) diferente do
serviço que é necessariamente remunerado.
-Sangue como produto (Não tem precedente forte no Brasil) -> Art 199 p 4º fala do sangue
(vedada qualquer comercialização de sangue)-> pode ser produto pela ausência de necessidade
de remuneração (hospitais privados podem ser considerados fornecrdores)
-Art 931 do código civil-> Responsabilidade objetiva daquele que lança o produto ou bota em
circulação o produto. (Pouco aplicável devido a alta aplicação do cdc)-> art 12 e 17 do cdc
aumenta o alcance da aplicação.

Conceito de serviço (art 3º, p 2º do cdc)

-qualquer atividade mediante remuneração, ressalvado as de carater trabalhista.


● Que tipo de remunerações são toleradas? Pode ser uma remuneração indireta?
-Ex: Estacionamento gratuito dos shoppings e danos causados ao consumidor
● Relação indireta de consumo (shopping lucra com a visita ao estabelecimento)-> STJ
sumula 130-> empresas respondem pelos danos e roubos dos veículos nos
estacionamentos.
● Ex: Caso do estacionamento do mercado e a morte da moça (Expectativa de segurança ao
usufruir do estacionamento do mercado)-> Em relação ao homicídio, não haveria nexo
causal por ter estado a 5km de kilometros do estacionamento (Tese defendida)/ Outra
tese, crime continuado: sequestro seguido de homicídio iniciado no estacionamento
(Logo, tem nexo causal).
● Caso do Shopping na Paraíba e danos morais (Tentativa de assalto no estacionamento do
shopping)-> Sumula 130 e o alcance da proteção a vida.

Atividade bancária esta no CDC?


(STF, ADI 2591: artigo 192 CF/88 que leis complementares regularizariam atividades financeira
em território nacional-> STJ e súmula 297 ( aplica-se o cdc em atividades financeiras)->
Supremo julga ADI e diz que só a estruturação do sistema financeiro é quem precisa de lei
completar, e não a relação de consumo, que é objeto de lei ordinária.
STJ está mitigando o uso da súmula 297 após decisão do supremo-> afasta o uso da súmula nas
teses que evolvem pessoas juridicas como consumidoras (uso da atividade bancária para
incrementar relação empresárial).
Corretoras de atividades financeiras e promessas de rendimentos: Se for claro a informação de
que o investimento está sujeito a riscos, então não há indenização (Informação como direito do
consumidor)

Art 927 p único do código civil: Responsabilidade cívil objetiva no casos em que atividade de
outrem evolvem risco ( conceito genérico) aos demais (teoria do risco).

Obs: Caso Xuxa-Google. (Precedente)


Ainda que se aplica o CDC, não há responsabilidade cívil a luz do cdc pelo artigo 14, porque o
google cumpriu o seu papel.

Aula 31/03/23( Aula da Adriana Neves)

-> Princípiologia das normas do direito consumidor:


- Princípio da vulnerabilidade(art 4o cdc caput e inciso I): Dois polos da relação que não estão no
mesmo patamar/ desbalanceio na relação de consumo-> vulnerabilidade é intrínseca ao
consumidor-> Nem todo vulnerável é hipossuficiente.
- Vulnerabilidade do consumidor perante o fornecedor: presunção legal absoluta
- O desiquilibrio entre os dois sujeitos é oque fundamenta a existência de regras especiais
-Posição de força absoluta ou vulnerabilidade da outra parte justifiquem o tratamento legal
especial a essa relação.

-> Vulnerabilidade não é igual:


Em situações jurídicas diferentes, há diferentes graus de vulnerabilidade.
Espécies:
Técnica , Jurídica/Científica (ausência de conhecimento de direitos e deveres + ausência de
conhecimento de contabilidade), fática(Genérico: diz que em cercas situações faticas é
presumida a vulnerabilidade de certos indivíduos: idosos, crianças, analfabetos, etc),
informacional( ex, produtos do supermercado/ausência de informações claras acerca de um
produto ou serviço) (Claudia Lima Marques)
Legislativa/política (Em relação a lobby: fornecedor tem poder de pressionar o legislativo para
que legislação mude em seu favor), psíquica/biólogica (psiquê do Consumidor é vulnerável
frente ao poder de afetação do marketing), ambiental (destacando os benefícios de produto,
acaba-se ocultando os impactos que ele produto ou serviço geram em cadeia, afetando ambiente,
saude do consumidor, etc).(Paulo Valério Moraes adiciona mais 3).

Tipos de vulnerabilidade podem andar em conjunto.


Obs: Doutrina e jurisprudência não presunem vulnerabilidade acerda do conhecimento jurídico
de uma PJ em uma relação de consumo.
( Acessoria das pj's por advogados).
-> Vulnerabilidade agravada/hipervulnerabilidade
(Criança, idoso, analfabeto, deficiente) -> art 227 e 220 da constituição (Deveres do Estado para
com as crianças e idosos)

Situações de carater pessoal faticas agravam a vulnerabilidade


Ex: Idosos estão mais propícios a necessitar de certos serviços (Necessidade de vida).

Analfabetismo (Total e funcional): Parte impossibilitada de saber quais os impactos do contrato


formado pela impossibilidade de linkar informações.

Princípio da Boa-fé objetiva

->Princípio dos direito "privado" em geral -> Presume a não-estaticidade da relação jurídica pré,
durante e pós celebração do contrato/ negócio jurídico. Está atrelado à regra de condulta que se
espera das partes, independente de dolo, criando deveres anexos obrigatórios a essas.
-> Relação de consumo: foco na exigibilidade da Boa-fé por parte do fornecedor:
Obrigatoriedade de se evitar o abuso de direito.

Superendividamento (art 4 cdc ix e x)


-> Impossibilidade global de o devedor pessoa física, de boa-fé, pagar suas dívidas atuais ou
futuras)
2 tipos: passivo(acidentes da vida)
Ativo (marketing ou impulso)

Arts: 54A e 104A do CDC

->Similar a recuperação judicial, porém pra pessoa física

Responsabilidade cívil no CDC (art 12 a 17)

-Da qualidade dos produtos e serviços (art 8 a 11)


Teoria da Qualidade.
● Preocupação do cdc com a vida, saude, segurança cono direito básico do consumidor (art
6º).
● 3 tipos de vícios do produto e serviço: Vicio de qualidade por insegurança, por
inadequação ou por quantidade
-Insegurança: art 12 a 17 e art 27: quando o vício atentar contra a saude e segurança do
Consumidor (mais grave)-> Responsabilidade pelos acidentes de consumo/fato de produto ou do
serviço.
Art 17: Consumidor por equiparação aqueles afetados pelo produto ou serviço danoso. (Ex:
queda de avião de Eduardo Campos)
(Ex: FoxE100 da TAM)
Art 27: Prazo de 5 anos a prescrição para ação de reparação para as vitimas de produto ou
serviço danoso.

-Inadequação: art 18 a 25 e 26: quando o produto ou serviço se torna inadequado aos seus fins ou
seu valor é reduzido. Inclue oa vícios aparentes ou de facil constatação (art 26). Consumidor aqui
é o destinatário final do produto ou serviço (art 2º)
Prazo para reclamar: 30 ou 90 dias (art 26). Trata-se de fato próprio ao produto, sem repercussão
externa .
Solução do art 18 a 25: compensação por quantidade ou devolução ou outras medidas.

-Quantidade (art 19): Discrepância entre quantidade informada e a quantidade fática.


(Ex: STJ e sardinha gomes da costa: quantidade efetiva de sardinha era inferior a informada-> foi
condenada em danos morais coletivos devido a escala de consumo do produto). Resultado desse
vício: fornecedor compensa quantidade com valor equivalente ou restituindo a quantidade
prometida.

Caso: Jovem de São Paulo e Anticoncepcionais da Beier-> caixa de 21 tem na verdade 20 e não
previu a gravidez.-> STJ aplica o artigo 12, e condenada a Beier a reparar os danos materiais e
morais pelo vicio do produto.

Responsabilidade Cívil pelo Fato do Produto

Periculosidade dos produtos


A) Periculosidade inerente ou latente: "normalidade (objetiva) e previsibilidade (subjetiva) -
> Risco normal e previsível (art 8º)-> Risco aceito, logo não há responsabilidade. Ex:
Faca
B) Periculosidade adquirida: Violação da legítima expectativa de segurança. Defeito. Perigo
imprevisível para o Consumidor ao se fazer o uso do produto de forma adequada (art 12 p
1º)-> Vício por qualidade de segurança.
C) Periculosidade exagerada (perigosos por ficção). Não introdução ao mercado. Tão
perigoso que não deveria ser comercializado (Visão minoritária)
STJ nunca condenou industria tabajista, mas TJ's ja condenaram, principalmente o Rio Grande
do Sul.
Caso paradigma: Em 2010 criou-se o precedente. Homen que fumava antes de ser informado os
riscos do cigarro em propaganda alega vício devido a publicidade. Cigarro seria um produto de
personalidade "inerente ao latente" e não produto defeituoso.
Obs RESP. sendo sendo julgado pelo STJ envolvendo o poder público e o dever de prover
cuidados a saúde do fumante. Indústria tabagista estaria causando risco.

Defeito

● Violação de uma legítima expectativa de segurança (arts 12 p 1º): parâmetros.


Elementos indispensável (ART 12, caput) presunção relativa (art 12 p 3º II)-> onus
da prova é do fabricante para provar que ele não é defeituoso. Risco informado garante
expectativa de segurança.

Tipos de defeito:
● Defeito de fabricação/produção: "fabricação; montagem". Manifestação limitada e
previsibilidade estatística: defeito que atinge percentual dos produtos fabricados de forma
previsível.
● Defeito de concepção: "Fórmulas; manipulação". Manifestação universal. Defeito mais
grave. Todos os produtos serão defeituosos. Solução: Recall. Muito comum na indústria
automobilística.
(CASO BMW: esvaziamento do pneu em acidente)-> art 12 p 3º III- se dano é causado
por culpa do consumidor, a fabricante é eximida de culpa-> culpa concorrente-> produto
defeituso + culpa do consumidor na geração de danos
● Defeito de informação: "apresentação; acondicionamento". Manifestação universal e
aspecto externo ao produto. Danos decorrem sobre a falta de informação sobre o risco
inerente ao produto.
(Caso sabão Ariel e ausência de informações sobre danos causados pelo uso)

Produto de melhor qualidade (art 12 p 2º) : Fornecedor não se responsabilizará pelo risco gerado
por produtos anteriores quando produto novo lançado é mais seguro que esse.
Ex: Carros com e sem airbags -> carros sem airbags não são defeituosos.
(Art 12 p1º inciso III-> critério temporal para aferição do defeito).

Responsáveis.

Art 931 do CC -> responsabilidade independente de culpa. Responsabilidade objetiva (art 12


cdc)

Responsáveis "diretos" (art 12): fabricante; produtor; construtor e importador. CDC não
contempla todos os fornecedores, e sim específicos. Comerciante não seria responsável direto
pelo fato do produto, diferente do art. 18 do cdc que trata dos vícios do produto ou do serviço.
Responsáveis "subsidiários" (art 13): comerciante.
Inciso i e ii- produto "anônimo"; inciso iii- produto perecível. Comerciante se responsabiliza pelo
fato do produto quando o fabricantes ou produtores não são conhecidos/identificaveis ou quando
os produtos perecíveis não são conservados adequadamente.
Caso: Mulher do Rio grande do Sul e defeito da máquina de lavar de marca/fabricante
conhecido. Responsabilidade é do fabricante.

Responsabilidade solidária pelo fato do produto e do serviço: arts 7º p único, 25 p1º, Ação
regressiva (art 13 p único) sem denunciação da lide (art 88). Solidariedade torna os cocausadores
responsáveis pela totalidade do débito cada um. Quem pagou a totalidade, pode cobrar a quota
parte de cada um.
Art 88: afasta a denunciação da lide prevista no CPC para ação de regresso (chamar o terceiro
responsável ao processos)-> garantia de celeridade processual em face do consumidor.
CPC: julgar ação mais regresso na mesma ação
CDC: Processos necessariamente separados.

Excludentes da responsabilidade (art 12 p 3º) inversão do ônus da prova em regra (ope legis/
vem da lei): quando forcedores típicos provan:
● Que não botaram o produto no mercado: produtos falsificados, alterados, pirataria. (Caso
de tentativa de aplicação: pílulas de farinha da Johnson's e Johnson's em 2001 da
microvar. Máquina de fabricação em fases de testes. Fornecimento foi feito diretamente
pela Johnson e Johnson, logo, não se pode alegar essa excludente).
● Embora introduzido no mercado, inexiste (Não houve violação de expectativa de
segurança do consumidor) (Caso Novalgina e sindrome de steven jhonson. Risco
conhecido)
● Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro (fato de terceiro/da vítima) Exclusão do
nexo causal. Terceiro deve ser alguém que não guarda relação com fornecedor.(Caso
Carrefour, Unilever e papinha vencida. Fabricante responsabilizado e após propõe
regresso ao comerciante).(Caso bombom vencido STJ. Maioria decidiu pela culpa do
consumidor, devido a inobservância da data de validade). (Jurisprudência atual do STJ:
não precisa consumir o produto para que haja dano moral. Simples presença de corpo
estranho ja permite dano moral. Violação a direito fundamental a alimentação saudável
pela dignidade da pessoa humana. Caso do arroz estragado, 5 a 4, não precisa do
consumo. Tese andriniana).

Excludentes implicitas: caso fortuito. (STJ reconhece fortuito como excludente de


responsabilidade do fornecedor nas relações de consumo, no caso de fortuito externo, ou seja,
aquele que independente de ação ou omissão do devedor). Fonte desse definição: doutrina ou
jurisprudência. Fortuito interno é aquele que guarda conexidade com o produto ou serviço.
Riscos do desenvolvimento: riscos desconhecidos pela ciência no momento da introdução do
produto do mercado que só vem a ser descobertos após a introdução do produto. Nesses casos,
riscos só são enunciados após a ocorrência de danos.
Caso do medicamento Cifrol e compulsão para o jogo: relatora Nancy Andri condenaba
fabricante e 3a a turma, por unanimidade, segue o voto da relatora. Tese do risco de
desenvolvimento representam fortuito interno, sendo responsabilidade do fabricante pelos danos
recorrentes do consumo do produto.

Art 17: Vitimas do evento danoso como consumidoras em relação ao fato do produto e serviço.
Caso da fábrica da JBS no rio grande do sul: morador, não consumidor padrão, processa pelo
cheiro e barulho da fábrica granjeira. STJ aplica, então, o art. 17 e equipara o morador como
consumidor em decorrência do fato do produto ou do serviço.

Art 27: prescrição da reparação dos danos desse titulo ocorre em 5 anos (fatos do produto ou do
serviço)
Prazo maior que o do código civil: 3 anos
Prazo só começa correr com o conhecimento do dano ou de sua autoria.
Ex: Queda de cabelo em decorrência do uso de shampoo e conhecimento do dano só após
conhecimento da repercussão geral do dano.

Responsabilidade cívil pelo fornecedor de Serviços.

Fato do serviço diz sobre a presença de defeito (art 14 p 1º). Legítima expectativa de segurança
do consumidor. Presunção relativa do defeito: (art 14 p 3º I, onus ope legis do fornecedor de
serviços). Fornecedor do serviço deve alertar dos riscos antes da execução do serviço para que se
evite defeito de informação.
Campo mais comum: Medicina e defeito de informação.
STJ julga, em recurso especial, materialidade do caso de rapaz que sofre cirurgia do cérebro que
a torna mais lesiva.

Exceção para fato do serviço: art 14 p4º, comprovação de culpa do profissional liberal pelo dano
causado leva a responsabilidade subjetiva do mesmo (caso do médico e cirugia cerebral).
(Caso da cirugia de câncer de mama: 3a Turma julga Resp do médico. Ele perde nas duas
instâncias devido a prova de laudo pericial que comprova erro do médico. Recurso indeferido
devido a culpa conhecida, reduzindo o valor da causa devido a chance de morte inevitável).
Obs: advogado está fora do CDC. Art 32 do estatuto da OAB.

Continuação:
Art 14 p 4º do cdc: responsabilidade do profissional liberal depende de culpa (responsabilidade
objetiva).
-profissonal liberar é aquele que tem formação especializada.
-Advogado ta fora do CDC: STJ alega que advogado, por ser regido pelo estatuto da OAB, está
fora do cdc.
-Medico está inserido no CDC e nos casos das obrigações de resultado é onus do médico provar
que não teve culpa no evento danoso. Ex: STJ considera cirurgia plástica estética obrigação de
resultado devido à culpa presumida (Em regra, é obrigação de meio, e paciente ten ônus da
prova, tirando as hipóteses do art. 6º inciso 8º).
-STJ reconhece obrigação mista: Parte de resultado e parte de meio. Caso de minas gerais da
redução de mamas que deu ruim. Relatora: Nancy.
É mista pois há objetivo estético (resultado) e de saude estrutural(meio). Médico é condenado.
-Questao da informação: não obtenção do consentimento informado (alegação dos riscos claros
do serviço levam a sua execução)
Obs: art 927 p único CC; responsabilidade objetiva pelas atividades de risco

Art 14 p 2º do CDC: isenção de responsabilidade em decorrência do avanço científico.


-superveniencia de serviço mais seguro não configura o passado como defeituoso.
-ligado ao 14 p 1º

Solidariedade: art 7ò p unico e 25 p1º CDC. Art 88 (a ação regressiva do art 13 deve ser ação
autônoma, sendo vedada a denunciação da lide).

Excludentes de responsabilidade do fornecedor dos serviço s (art 14 p 3º).


-Inversao ope legis do onus da prova: ônus é do fornecedor de produtos e serviços.
● Provar a inexistência de defeito (defeito é presumido)
● Da culpa exclusiva do consumidor ou de 3º. (Excludentes de nexo causal)-> assalto de
passageiros é fato de terceiro; assédio em vagão de trem em SP: afastou responsabilidade
da transportadora pelo assédio. Batida em estacionamento não é fato de 3º (súmula 130,
dano ou furto de veículo em seu estacionamento). STJ condenada Downtown pelo assalto
na cancela do estacionamento. Caso dos assaltos emestacionamentos do McDonald's em
SP: estacionamento abertto, STJ não admitiu culpa, mas no caso do drive through admitiu
a culpa. Caso de culpa exclusiva da vitima: surfista de trem, porem pingente (cara
pendurado no trem) tem culpa concorrente. Caso do restaurante em São Paulo com
manobrista: carro foi roubado na detenção do manobrista, discussão sobre ter ocorrido
em via pública e ser responsável o Estado pela segurança, e não o restaurante; STJ
definiu como fato de terceiro e afastou a responsabilidade do restaurante
Excludentes implicitas (STJ, sumula 479)
-Fortuito externo (fato estranho ao serviço) também exclue a responsabilidade (definição é feita
pelo STJ)
-Sumula 479: fortuito interno não é excludente de responsabilidade.
Art 17: das Vítimas do serviço
-Consumidor como qualquer vítima do evento defeituoso (Caso Eduardo Campos e os danos
gerados pela sua queda)

Art 27: Prescrição para mover ação para reparação de danos decorrentes de fato do produto ou de
serviço
-5 anos da data do conhecimento do fato danoso
-maior que o prazo de 3 anos do prazo do código civil.
Exceção: Transporte aéreo internacional. STJ entende que, por ter legislação específica
(Convenção de Toronto), afasta prazo do CDC (2 anos) no caso de dano material. (Dano moral
não consta na convenção)
Lei 7565: Define prazo diferenciado também para vôos domésticos, mas aplica-se o prazo do
CDC na prática.

Desconsideração da personalidade jurídica.


-Socio se responsabilizado com seu patrimônio em decorrência das dividas da Pessoa jurídica

1.Teoria Maior (art 28, caput); fundamentação. Semelhança com art 50 do CC, que restringe as
hipóteses de desconsideração.
Duas hipóteses: confusão patrimonial (da PJ e do sócio) ou desvio de finalidade (PJ sendo usado
pra fim diverso do definido no contrato social)

P5º do 28 do cdc: também ocorre desconsideração quando a personalidade da PJ for obstáculo


para o resarcimento dos danos (Teoria menor).
STJ: Shopping Osasco. Por maioria, 3a turma votou pela autônomia do parágrafo 5º do 28, de
forma excepcional.

Responsabilidade Civil pelo Vício do produto ou serviço.

Regra geral no cdc: responsabilidade objetiva (necessidade de demonstrar a existência do dano e


nexo causal do réu)
● Consumidor presumidamente vulnerável: s
● Ônus da prova cabe ao fornecedor (excessão: profissionais liberais. Art 14 cdc)
● Diferença entre fato e vício (Fato é falha no dever de segurança; acidente de consumo. art
12 cdc).
● (Vicio: falha de dever de adequação, relacionado à qualidade ou quantidade do produto
ou serviço. Haverá responsabilização do fornecedor quando o produto ou serviço não
estiver adequado ao que se destina, frustrando assim a legítima expectativa do
consumidor) Ex: garrafa d'água com volume menor do que o indicado; vicio devido a
qualidade do produto -> O direito básico no consumidor de acesso a informação é
prejudicado.
Art 18 CDC: definição de vício do produto ou serviço.
P1º: Remédios para o consumidor que poden ser requisitados caso em 30 dias o fornecedor não
corrija o problema.

STJ: consumidor pode recorrer ao remédio do p1º independente de justificativa e


reconhecimento de dano moral em razão de postura abusiva de fornecedores que querem impor
solução ao vício de seu gosto.

Substituição imediata do p 3º do art 18: quando substituição pode comprometer o valor do


produto, alterar suas características e qualidades ou se tratar de produto/serviço essencial.
● Essencialidade se liga a expectativa do consumidor

P 4º: Impossibilidade de trocar o bem por outro idêntico.

P5º: Fornecedor imediato pode ser responsável prlos vicios de produto em natura

Art 19: Os fornecedores respondem solidariamente (quem produz e quem comercializa)pelos


vícios de quantidade.
P2º: Fornecedor imediato que utiliza de balança e medição erronea responde diretamente pelo
vício de quantidade.

STJ e caso Coca cola: responderam por vício de quantidade

Art 20: vício de qualidade.


● Concentração nos efeitos do contrato (Obrigação de meio ou resultado).
● Produtos devem ser adequados aos fins esperados.
● Vicio de informação e solidariedade de toda a cadeia de fornecedores.

STJ: caso da viagem de avião con conexão no Canadá a qual não foi informada a necessidade de
visto de conexão.

Art 21: reparação deve ser feita com peças adequadas ao produto

Art 22: Órgãos públicos e suas empresas respnsabilizam-se pelo fornecimento de produtos
essenciais

Art: 23: ignorância acerca do vícios de qualidade de produtos e serviço não exime o fornecedor
de culpa.
Art 24: A garantia legal de adequação do Produto ou serviço independente de termo expresso,
vedada a exoneração contratual do fornecedor.
● Os termos legais e contratuais de garantia se somam
● Todo forcedor se obriga a garantia legal

Art 25: cláusula que não responsabiliza o forncedor o dever de indenização previsto nessa seção
e nas anteriores é nula de pleno direito .
● P1º: Toda a cadeia produtiva ou dd fornecimento responde solidariamente pelo dano.
● Se for decorrente de peça, fabricante também responde solidariamente pelo dano.

Art 26: O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
● Para bens não duráveis: 30 dias
● Bens duráveis: 90 dias
Em caso de vicios oculto, prazo decadencial tem início a partir da constatação do vício.
Teoria da vida util do produto ou do serviço adotada pelo STJ: natureza do vício deve ser
analisada para além do prazo de garantia. Deve-se levar em conta o tempo médio de vida
útil do produto para que se possa reclamar do vício oculto. Perícia é essencial nos casos que
se necessita (caso de justiça comum).

Mais uma aula da Adriane.


Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante pagamento em
prestações, bem como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de
pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas em
benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e
a retomada do produto alienado.

● Prestações seguidas após pagamento de parte do total no ato de pagamento


● Compra e venda com Alienação fiduciária: Traz terceiro a relação de compra e venda, o
banco. Consumidor paga ao banco o financiamento. Banco quita o valor completo e vira
o credor na relação.
● Inadimplência: 2 cenários -> contrato de compra e venda sem o banco envolvido e com
o banco envolvido
● É vedada a retomada do bem pelo inadimplemento ao longo do financiamento junto
com a tomada das parcelas pelo credor.
● Ou seja, são nulas de pleno direito cláusulas que prevêem a retomada do objeto e a
perda total das prestações no caso de inadimplemento.
§ 1° (Vetado).

§ 2º Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a compensação


ou a restituição das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da
vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos que o desistente ou
inadimplente causar ao grupo.

● Trata de programa de consórcio.


● Trata do desistente ou o do inadimplente ao programa.
● Será descontado, nesse caso, a vantagem econômica auferida com a fruição do bem
(muito subjetivo) e o prejuízos que o desistente ou inadimplente causar no grupo

§ 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo serão expressos em moeda


corrente nacional.

Obs: A diferença entre incorporadora (responsável pelo projeto) e construtora (quem constrói).
Incorporadora é quem celebra o contrato de promessa de compra e venda e o definitivo.

Sumula 538
e 543 do STJ (Restituição integral ou parcial, no caso de culpa exclusiva do promitente
comprador)

Oferta (arts 30 e 35)


Publicidade (arts 36/38)

Práticas (art 35)

Cobrança abusiva (art 42)

Cadastros restritivos (art 43)

Obs: aplica-se também a Consumidores por equiparação (art 29)

Da oferta
1.1. Necessidade de informar (art 30)
- A oferta feita ao público vincula o fornecedor.

1.2 Obrigatoriedade da oferta (art 35)


- Consumidor poderá exigir, alternativamente, a sua escolha:
1. O cumprimento forçado da oferta

Questão da hipótese de erro na publicidade


- Casa e video e a propaganda com erro de digitação nas parcelas ofertadas.

Questão das passagens aereas:


- Algoritmos e funcionários publicando valores errados das passagens nas ofertas (boa fé
objetiva ou dolo de propaganda agressiva)

Da publicidade

1.1. Publicidade e propaganda


- Propaganda é para propagar ideologias, ja Publicidade visa estimular o consumo (art
36)

1.2 espécies (art 37); a) enganosa, pod ação ou omissão; b)abusiva


- Enganosa quando trás informação total ou parcialmente falsa ( por ação); ou quando
deixa de informar sobre dado essencial ou relevante ( por omissão)
- Abusiva quando explora o medo, a supressão, incita violência ou se aproveita da falta
de discernimento de crianças e idosos (PRECEDENTE: STJ e biscoito gulosos/pão
durata; propaganda publicidade agressiva; compra de 5 pacotes + quantia, se
ganha relógio; propaganda abusiva+ venda casada)

1.3 Onus da prova (art 38).


- É do fornecedor: esse deve provar que não há abuso ou enganação; é automático;
inversão ope legis

Das práticas abusivas

Exercício abusiva de direitos (art 39). Rol exemplificativo.


- Inciso I: condicionar a aquisição de produto e serviço a outro produto e serviço (venda
casada).
- Ex: Apple vs Mp SP: venda de celulares sem carregador.
- Questão ta taxa de conveniência de sites de venda de ingresso; onus seria do
forncedor, que é repassado para consumidor;CASO RARISSIMO: Embargos de
declaração leva a mudança de entendimento do STJ, considerando legítima a
cobrança, desde que a taxa seja expressa.
- Caso TIM/MG: compra de aparelho para que se feche plano

Cobrança de Dívidas

1.1 Vedação a cobranças vexatória (art 42, Caput)

1.2. Devolução em dobro (art 42 p único). Distinção para os arts 939 e 941 do código cívil
(Sumula 159 do STF)
- Questão do engano justificado do fornecedor e o abuso desse direito; súmula do stf:
cobrança de boa-fé não cabe devolução do equivalente
- 2021: Corte especial do stj, por maioria, na relação de consumo não necessita ser
cobrança de má fé, apenas violar a boa-fé objetiva para que aja a devolução em
dobro do valor cobrado

1.3. Cadastros restritivos do crédito: Exemplos: SPC e SERASA (art 43). Prazo máximo ( p 1º,
STJ, súmula 323) e notificação ao Consumidor ( p 2º, STJ, sumula 359, 404), Dano moral (stj,
sumula 385).
Obs: cadastros positivo: L. 12.414/11 e D. 7.829/12

- P2º: qualquer abertura de ficha desses cadastros deve ser notificado ao consumidor, para
que essa se defenda
- STJ: ESSA NOTIFICAÇÃO DEVE SER, EXCLUSIVAMENTE, POR MEIO
IMPRESSO
- SUMULA 404: NÃO A NECESSIDADE DE COMPRAVAÇÃO DE AR PARA
QUE COBRANÇA SEJA VÁLIDA
- SE NÃO NOTIFICAR INSTITUI REGISTO INDEVIDO
- SÚMULA 385 (NÃO HÁ DANO MORAL POR AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO
NO CASO DE CONSUMIDOR JA SER NEGATIVADO ( COM PRÉVIA
INSCRIÇÃO), CABENDO APENAS O DIREITO DE CANCELAR AS OUTRAS
NOTIFICAÇÕES)
- PRAZO MÁXIMO PARA CADASTRO É DE 5 ANOS, independente do prazo de
Prescrição da dívida (Súmula 323 do STJ).
- Súmula 548: Incube ao fornecedor a remoção do registro contra o consumidor em
até 5 dias uteis após o pagamento ou prescrição, a pena de pagar danos morais
- Dívida prescrita em menos de 5 anos: STJ JULGOU QUE O PRAZO MAXIMO
PARA SE ESTAR NO CADASTRO É O DA PRESCRIÇÃO DA DÍVIDA.

OBS: CADASTRO POSITIVO; LEI COMPLEMENTAR 166; CADASTRO POSITIVO É


AUTOMÁTICA E NOTIFICADA, SENDO DE INICIATIVA DO CONSUMIDOR O
PEDIDO DE SAÍDA DO CADASTRO
Proteção contratual

1.1: Obrigação de informar ( art 46): consumidor deve ter conhecimento dos termos do contato
ao qual adere
- STJ e seguro de vida em Minas Gerais; recusa da seguradora em pagar seguro, basando-
se em cláusula a qual consumidor não tinha conhecimento

1.2 Interpretação em favor do consumidor em todas as cláusulas do contrato de consumo ( art


47); interpretatio pro consumatorio, Distinção para o CC/02 no artigo 423
- CASO CONCRETO DO SEGURO DE SAÚDE: NEGAR O TRATAMENTO DE
CERTAS DOENÇAS, MESMOS QUE O SEGURO DISSESSE QUE TRATARIA
QUALQUER PESSOA NOMEADA COMO BENEFICIÁRIA; STJ validou o
tratamento

1.3. Direito se arrependimento (art 49), em até 7 dias corridos se tratando de compras fora do
estabelecimento.
QUESTÃO DO "COMÉRCIO ELETRÔNICO"(Decreto 7962/2013)
- STJ E MERCADO LIVRE: VENDEDOR QUE TOMOU CALOTE DO
COMPRADOR E QUIS QUE MERCADO LIVRE SE RESPONSABILIZA-SE
PELO PREJUÍZO; STJ condenou mercado livre a pagar o valor.

Cláusulas Abusivas

1.1 Rol exemplificativo (art 51). Cláusula geral ( art 51 IV e p 1º) . Conhecimento de ofício
(stj e súmula 381, aplicação desse reconhecimento não se aplicaria a contratos bancários).
Cláusula de não-indenizar (inciso 1). Art 25 caput. A problemática do transporte aereos
( L. 7565/86; Decreto 5910/06)-> é nula cláusula que exime forncedora a responsabilidade
de indenizar, PROBLEMA DO TRANSPORTE AÉREO E CONVENÇÃO DE
MONTREAL, QUE EXIME EMPRESAS AÉREAS DA REPARAÇÃO POR DANO
MATERIAL).

1.2 Outorga de crédito (art 52). Multa moratória ( art 52 p 1º) Lei 14.181/21: lei do
superendividamento; alterou artigo 54 do cdc.
- Só se aplica a pessoas físicas de boa-fé; idéia é negociae a dívida por meio de concurso
de credores em face de ação judicial movida pelo endividado.
- Fornecedor, antes de fornecer financiamento, tem dever de negar o crédito ao ver que
consumidor não pode pagar o crédito.
Contrato de adesão

1.1 Natureza jurídica (art 54 caput)

1.2 Novo formalismo ( art 54 p p 3º e 4º). Distinção para o CC/02 art 424.
- Contrato de adesão, para se aplicar o CDC, deve-se ser contrato de consumo e deve-se
aplicar regras do artigos 54, como o tamanho da fonte
- Cláusulas restritivas de direito devem ser redigidas com o devido destaque
- STJ: LIMITAÇÕES DE DIREITO DEVE TA EM CLARO DESTAQUE, NÃO
ESTANDO MISTURADA AO RESTO DAS CLÁUSULAS DO CONTRATO.
-

1.3. Vedação á

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