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Conceito de Consumidor
2. Mato Grosso. Produtora de soja em larga escala comprou varios inseticidas de outra PJ e
ele não funcionou contra uma praga que afetou a colheita.
Produtora pediu indenização aos moldes do CDC. Fornecedor alegou que era insumo.
STJ: não se aplicaria o CDC por conta do porte econômico das partes e a ausência de
vulnerabilidade.
(Nem entra no mérito da destinação final)
3. Médico: contrato de compra e venda com reserva de domínio (uso como possuidor, mas
só se torna proprietário após quitar as parcelas). Aparelho de ultrassom comprado pelo
médico. Importado e parcelas era pagas em Dollar. Ocorre a maxidesvalorização do real
frente o Dollar.
Prestações aumentam mt de valor e médico quer revisão contratual aos moldes do CDC.
STJ alega que aparelho seja insumo da atividade, logo não aplica-se o CDC.
B) Vítimas do produto ou serviço (CDC art 17) Diz sobre evento danoso- diz sobre
responsabilidade cívil pelo fato produzido pelo produto ou serviços. Diz sobre produto ou
serviço defeituoso (não traz segurança ou afeta negativamente a saude do consumidor).
Nessa casos, o consumidor é todo aquele que for atingido pelo produto, não apenas o
destinatário final. (Caso Eduardo Campos e avião que destruiu casas. Moradores são
consumidores por equiparação).
C) Exposição às "práticas abusivas" (CDC, art 29) Consumidores também são aqueles
afetados pelas práticas previstas no cap 5 e 6 (Ex, cap 5 fala das práticas da publicidade,
art 54 inclui o contrato adesão)
Direito obrigacional comum(?) Não. Apesar da força do 29 não podemos extender toda
relação contratual como relação de consumo por equiparação, senão CC cairia em desuso.
Diferença entre compra e venda entre particulares e compra e venda entre concessionária.
(Aplica-se o cdc na atividade habitual, ou seja, a concessionária)
- Entre particulares aplica-se código civil e aplica-se as regras de vício do negócio jurídico
Art 927 p único do código civil: Responsabilidade cívil objetiva no casos em que atividade de
outrem evolvem risco ( conceito genérico) aos demais (teoria do risco).
->Princípio dos direito "privado" em geral -> Presume a não-estaticidade da relação jurídica pré,
durante e pós celebração do contrato/ negócio jurídico. Está atrelado à regra de condulta que se
espera das partes, independente de dolo, criando deveres anexos obrigatórios a essas.
-> Relação de consumo: foco na exigibilidade da Boa-fé por parte do fornecedor:
Obrigatoriedade de se evitar o abuso de direito.
-Inadequação: art 18 a 25 e 26: quando o produto ou serviço se torna inadequado aos seus fins ou
seu valor é reduzido. Inclue oa vícios aparentes ou de facil constatação (art 26). Consumidor aqui
é o destinatário final do produto ou serviço (art 2º)
Prazo para reclamar: 30 ou 90 dias (art 26). Trata-se de fato próprio ao produto, sem repercussão
externa .
Solução do art 18 a 25: compensação por quantidade ou devolução ou outras medidas.
Caso: Jovem de São Paulo e Anticoncepcionais da Beier-> caixa de 21 tem na verdade 20 e não
previu a gravidez.-> STJ aplica o artigo 12, e condenada a Beier a reparar os danos materiais e
morais pelo vicio do produto.
Defeito
Tipos de defeito:
● Defeito de fabricação/produção: "fabricação; montagem". Manifestação limitada e
previsibilidade estatística: defeito que atinge percentual dos produtos fabricados de forma
previsível.
● Defeito de concepção: "Fórmulas; manipulação". Manifestação universal. Defeito mais
grave. Todos os produtos serão defeituosos. Solução: Recall. Muito comum na indústria
automobilística.
(CASO BMW: esvaziamento do pneu em acidente)-> art 12 p 3º III- se dano é causado
por culpa do consumidor, a fabricante é eximida de culpa-> culpa concorrente-> produto
defeituso + culpa do consumidor na geração de danos
● Defeito de informação: "apresentação; acondicionamento". Manifestação universal e
aspecto externo ao produto. Danos decorrem sobre a falta de informação sobre o risco
inerente ao produto.
(Caso sabão Ariel e ausência de informações sobre danos causados pelo uso)
Produto de melhor qualidade (art 12 p 2º) : Fornecedor não se responsabilizará pelo risco gerado
por produtos anteriores quando produto novo lançado é mais seguro que esse.
Ex: Carros com e sem airbags -> carros sem airbags não são defeituosos.
(Art 12 p1º inciso III-> critério temporal para aferição do defeito).
Responsáveis.
Responsáveis "diretos" (art 12): fabricante; produtor; construtor e importador. CDC não
contempla todos os fornecedores, e sim específicos. Comerciante não seria responsável direto
pelo fato do produto, diferente do art. 18 do cdc que trata dos vícios do produto ou do serviço.
Responsáveis "subsidiários" (art 13): comerciante.
Inciso i e ii- produto "anônimo"; inciso iii- produto perecível. Comerciante se responsabiliza pelo
fato do produto quando o fabricantes ou produtores não são conhecidos/identificaveis ou quando
os produtos perecíveis não são conservados adequadamente.
Caso: Mulher do Rio grande do Sul e defeito da máquina de lavar de marca/fabricante
conhecido. Responsabilidade é do fabricante.
Responsabilidade solidária pelo fato do produto e do serviço: arts 7º p único, 25 p1º, Ação
regressiva (art 13 p único) sem denunciação da lide (art 88). Solidariedade torna os cocausadores
responsáveis pela totalidade do débito cada um. Quem pagou a totalidade, pode cobrar a quota
parte de cada um.
Art 88: afasta a denunciação da lide prevista no CPC para ação de regresso (chamar o terceiro
responsável ao processos)-> garantia de celeridade processual em face do consumidor.
CPC: julgar ação mais regresso na mesma ação
CDC: Processos necessariamente separados.
Excludentes da responsabilidade (art 12 p 3º) inversão do ônus da prova em regra (ope legis/
vem da lei): quando forcedores típicos provan:
● Que não botaram o produto no mercado: produtos falsificados, alterados, pirataria. (Caso
de tentativa de aplicação: pílulas de farinha da Johnson's e Johnson's em 2001 da
microvar. Máquina de fabricação em fases de testes. Fornecimento foi feito diretamente
pela Johnson e Johnson, logo, não se pode alegar essa excludente).
● Embora introduzido no mercado, inexiste (Não houve violação de expectativa de
segurança do consumidor) (Caso Novalgina e sindrome de steven jhonson. Risco
conhecido)
● Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro (fato de terceiro/da vítima) Exclusão do
nexo causal. Terceiro deve ser alguém que não guarda relação com fornecedor.(Caso
Carrefour, Unilever e papinha vencida. Fabricante responsabilizado e após propõe
regresso ao comerciante).(Caso bombom vencido STJ. Maioria decidiu pela culpa do
consumidor, devido a inobservância da data de validade). (Jurisprudência atual do STJ:
não precisa consumir o produto para que haja dano moral. Simples presença de corpo
estranho ja permite dano moral. Violação a direito fundamental a alimentação saudável
pela dignidade da pessoa humana. Caso do arroz estragado, 5 a 4, não precisa do
consumo. Tese andriniana).
Art 17: Vitimas do evento danoso como consumidoras em relação ao fato do produto e serviço.
Caso da fábrica da JBS no rio grande do sul: morador, não consumidor padrão, processa pelo
cheiro e barulho da fábrica granjeira. STJ aplica, então, o art. 17 e equipara o morador como
consumidor em decorrência do fato do produto ou do serviço.
Art 27: prescrição da reparação dos danos desse titulo ocorre em 5 anos (fatos do produto ou do
serviço)
Prazo maior que o do código civil: 3 anos
Prazo só começa correr com o conhecimento do dano ou de sua autoria.
Ex: Queda de cabelo em decorrência do uso de shampoo e conhecimento do dano só após
conhecimento da repercussão geral do dano.
Fato do serviço diz sobre a presença de defeito (art 14 p 1º). Legítima expectativa de segurança
do consumidor. Presunção relativa do defeito: (art 14 p 3º I, onus ope legis do fornecedor de
serviços). Fornecedor do serviço deve alertar dos riscos antes da execução do serviço para que se
evite defeito de informação.
Campo mais comum: Medicina e defeito de informação.
STJ julga, em recurso especial, materialidade do caso de rapaz que sofre cirurgia do cérebro que
a torna mais lesiva.
Exceção para fato do serviço: art 14 p4º, comprovação de culpa do profissional liberal pelo dano
causado leva a responsabilidade subjetiva do mesmo (caso do médico e cirugia cerebral).
(Caso da cirugia de câncer de mama: 3a Turma julga Resp do médico. Ele perde nas duas
instâncias devido a prova de laudo pericial que comprova erro do médico. Recurso indeferido
devido a culpa conhecida, reduzindo o valor da causa devido a chance de morte inevitável).
Obs: advogado está fora do CDC. Art 32 do estatuto da OAB.
Continuação:
Art 14 p 4º do cdc: responsabilidade do profissional liberal depende de culpa (responsabilidade
objetiva).
-profissonal liberar é aquele que tem formação especializada.
-Advogado ta fora do CDC: STJ alega que advogado, por ser regido pelo estatuto da OAB, está
fora do cdc.
-Medico está inserido no CDC e nos casos das obrigações de resultado é onus do médico provar
que não teve culpa no evento danoso. Ex: STJ considera cirurgia plástica estética obrigação de
resultado devido à culpa presumida (Em regra, é obrigação de meio, e paciente ten ônus da
prova, tirando as hipóteses do art. 6º inciso 8º).
-STJ reconhece obrigação mista: Parte de resultado e parte de meio. Caso de minas gerais da
redução de mamas que deu ruim. Relatora: Nancy.
É mista pois há objetivo estético (resultado) e de saude estrutural(meio). Médico é condenado.
-Questao da informação: não obtenção do consentimento informado (alegação dos riscos claros
do serviço levam a sua execução)
Obs: art 927 p único CC; responsabilidade objetiva pelas atividades de risco
Solidariedade: art 7ò p unico e 25 p1º CDC. Art 88 (a ação regressiva do art 13 deve ser ação
autônoma, sendo vedada a denunciação da lide).
Art 27: Prescrição para mover ação para reparação de danos decorrentes de fato do produto ou de
serviço
-5 anos da data do conhecimento do fato danoso
-maior que o prazo de 3 anos do prazo do código civil.
Exceção: Transporte aéreo internacional. STJ entende que, por ter legislação específica
(Convenção de Toronto), afasta prazo do CDC (2 anos) no caso de dano material. (Dano moral
não consta na convenção)
Lei 7565: Define prazo diferenciado também para vôos domésticos, mas aplica-se o prazo do
CDC na prática.
1.Teoria Maior (art 28, caput); fundamentação. Semelhança com art 50 do CC, que restringe as
hipóteses de desconsideração.
Duas hipóteses: confusão patrimonial (da PJ e do sócio) ou desvio de finalidade (PJ sendo usado
pra fim diverso do definido no contrato social)
P5º: Fornecedor imediato pode ser responsável prlos vicios de produto em natura
STJ: caso da viagem de avião con conexão no Canadá a qual não foi informada a necessidade de
visto de conexão.
Art 21: reparação deve ser feita com peças adequadas ao produto
Art 22: Órgãos públicos e suas empresas respnsabilizam-se pelo fornecimento de produtos
essenciais
Art: 23: ignorância acerca do vícios de qualidade de produtos e serviço não exime o fornecedor
de culpa.
Art 24: A garantia legal de adequação do Produto ou serviço independente de termo expresso,
vedada a exoneração contratual do fornecedor.
● Os termos legais e contratuais de garantia se somam
● Todo forcedor se obriga a garantia legal
Art 25: cláusula que não responsabiliza o forncedor o dever de indenização previsto nessa seção
e nas anteriores é nula de pleno direito .
● P1º: Toda a cadeia produtiva ou dd fornecimento responde solidariamente pelo dano.
● Se for decorrente de peça, fabricante também responde solidariamente pelo dano.
Art 26: O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
● Para bens não duráveis: 30 dias
● Bens duráveis: 90 dias
Em caso de vicios oculto, prazo decadencial tem início a partir da constatação do vício.
Teoria da vida util do produto ou do serviço adotada pelo STJ: natureza do vício deve ser
analisada para além do prazo de garantia. Deve-se levar em conta o tempo médio de vida
útil do produto para que se possa reclamar do vício oculto. Perícia é essencial nos casos que
se necessita (caso de justiça comum).
Obs: A diferença entre incorporadora (responsável pelo projeto) e construtora (quem constrói).
Incorporadora é quem celebra o contrato de promessa de compra e venda e o definitivo.
Sumula 538
e 543 do STJ (Restituição integral ou parcial, no caso de culpa exclusiva do promitente
comprador)
Da oferta
1.1. Necessidade de informar (art 30)
- A oferta feita ao público vincula o fornecedor.
Da publicidade
Cobrança de Dívidas
1.2. Devolução em dobro (art 42 p único). Distinção para os arts 939 e 941 do código cívil
(Sumula 159 do STF)
- Questão do engano justificado do fornecedor e o abuso desse direito; súmula do stf:
cobrança de boa-fé não cabe devolução do equivalente
- 2021: Corte especial do stj, por maioria, na relação de consumo não necessita ser
cobrança de má fé, apenas violar a boa-fé objetiva para que aja a devolução em
dobro do valor cobrado
1.3. Cadastros restritivos do crédito: Exemplos: SPC e SERASA (art 43). Prazo máximo ( p 1º,
STJ, súmula 323) e notificação ao Consumidor ( p 2º, STJ, sumula 359, 404), Dano moral (stj,
sumula 385).
Obs: cadastros positivo: L. 12.414/11 e D. 7.829/12
- P2º: qualquer abertura de ficha desses cadastros deve ser notificado ao consumidor, para
que essa se defenda
- STJ: ESSA NOTIFICAÇÃO DEVE SER, EXCLUSIVAMENTE, POR MEIO
IMPRESSO
- SUMULA 404: NÃO A NECESSIDADE DE COMPRAVAÇÃO DE AR PARA
QUE COBRANÇA SEJA VÁLIDA
- SE NÃO NOTIFICAR INSTITUI REGISTO INDEVIDO
- SÚMULA 385 (NÃO HÁ DANO MORAL POR AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO
NO CASO DE CONSUMIDOR JA SER NEGATIVADO ( COM PRÉVIA
INSCRIÇÃO), CABENDO APENAS O DIREITO DE CANCELAR AS OUTRAS
NOTIFICAÇÕES)
- PRAZO MÁXIMO PARA CADASTRO É DE 5 ANOS, independente do prazo de
Prescrição da dívida (Súmula 323 do STJ).
- Súmula 548: Incube ao fornecedor a remoção do registro contra o consumidor em
até 5 dias uteis após o pagamento ou prescrição, a pena de pagar danos morais
- Dívida prescrita em menos de 5 anos: STJ JULGOU QUE O PRAZO MAXIMO
PARA SE ESTAR NO CADASTRO É O DA PRESCRIÇÃO DA DÍVIDA.
1.1: Obrigação de informar ( art 46): consumidor deve ter conhecimento dos termos do contato
ao qual adere
- STJ e seguro de vida em Minas Gerais; recusa da seguradora em pagar seguro, basando-
se em cláusula a qual consumidor não tinha conhecimento
1.3. Direito se arrependimento (art 49), em até 7 dias corridos se tratando de compras fora do
estabelecimento.
QUESTÃO DO "COMÉRCIO ELETRÔNICO"(Decreto 7962/2013)
- STJ E MERCADO LIVRE: VENDEDOR QUE TOMOU CALOTE DO
COMPRADOR E QUIS QUE MERCADO LIVRE SE RESPONSABILIZA-SE
PELO PREJUÍZO; STJ condenou mercado livre a pagar o valor.
Cláusulas Abusivas
1.1 Rol exemplificativo (art 51). Cláusula geral ( art 51 IV e p 1º) . Conhecimento de ofício
(stj e súmula 381, aplicação desse reconhecimento não se aplicaria a contratos bancários).
Cláusula de não-indenizar (inciso 1). Art 25 caput. A problemática do transporte aereos
( L. 7565/86; Decreto 5910/06)-> é nula cláusula que exime forncedora a responsabilidade
de indenizar, PROBLEMA DO TRANSPORTE AÉREO E CONVENÇÃO DE
MONTREAL, QUE EXIME EMPRESAS AÉREAS DA REPARAÇÃO POR DANO
MATERIAL).
1.2 Outorga de crédito (art 52). Multa moratória ( art 52 p 1º) Lei 14.181/21: lei do
superendividamento; alterou artigo 54 do cdc.
- Só se aplica a pessoas físicas de boa-fé; idéia é negociae a dívida por meio de concurso
de credores em face de ação judicial movida pelo endividado.
- Fornecedor, antes de fornecer financiamento, tem dever de negar o crédito ao ver que
consumidor não pode pagar o crédito.
Contrato de adesão
1.2 Novo formalismo ( art 54 p p 3º e 4º). Distinção para o CC/02 art 424.
- Contrato de adesão, para se aplicar o CDC, deve-se ser contrato de consumo e deve-se
aplicar regras do artigos 54, como o tamanho da fonte
- Cláusulas restritivas de direito devem ser redigidas com o devido destaque
- STJ: LIMITAÇÕES DE DIREITO DEVE TA EM CLARO DESTAQUE, NÃO
ESTANDO MISTURADA AO RESTO DAS CLÁUSULAS DO CONTRATO.
-
1.3. Vedação á