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Reais: são contratos em que só serão considerados 1- Proteção da vida, saúde e segurança do
firmados com da entrega da coisa objeto do consumidor
negócio jurídico, como no contrato de mútuo. O direito à proteção da vida, saúde e segurança do
Consensual: são aqueles contratos que se consumidor tem, inequivocamente, como objetivo
consideram formados pela simples oferta e o resguardo da sua incolumidade física em face de
aceitação. riscos provocados por produtos ou serviços,
especialmente aqueles considerados perigosos ou
4- Comutativos e Aleatórios nocivos.
comutativo - sabe se os efeitos do contrato desde impõe-se aos fornecedores o dever de zelar pela
o momento da assinatura até sua conclusão final. segurança dos consumidores, adotando diversas
Aleatório vem de álea = sorte ou incerteza. medidas que assegurem a máxima proteção à vida,
saúde e segurança destes, como, por exemplo,
fazendo alertas nos rótulos, nas embalagens, nas
propagandas e em todos os demais meios capazes
de informar aos consumidores dos riscos a que eles
estão sujeitos
caso seja inobservado o dever de segurança pelos
fornecedores, responderão eles
objetivamente pelos danos que causarem. 3- Informação clara e transparente sobre produtos
Modernamente, tem sustentado a doutrina que a e serviços
responsabilidade dos fornecedores se fundamenta
na teoria da qualidade, a qual exige dos produtos e Art 6°, III - a informação adequada e clara sobre
serviços uma qualidade-adequação e uma os diferentes produtos e serviços, com
qualidade-segurança, pelo o que se vislumbrariam especificação correta de quantidade,
duas espécies de vício: o de qualidade por características, composição, qualidade, tributos
inadequação e o de qualidade por insegurança incidentes e preço, bem como sobre os riscos
que apresentem;
a) defeito do serviço;
b) evento danoso; e Profissionais liberais
c) relação de causalidade entre o defeito do serviço § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais
e o dano. liberais será apurada mediante a verificação de
Dentre os acidentes de consumo mais frequentes culpa.
nesta sede, podemos arrolar:
-defeito nos serviços relativos a veículos
Advogados, médicos e outros prestadores de
automotores;
serviços solitários, só será responsabilizado quando
-defeito nos serviços de guarda e estacionamento mostrada a sua imprudência, imperícia ou
de veículos; negligência
-defeito nos serviços de hotelaria; Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-
-defeito nos serviços de comunicação e se aos consumidores todas as vítimas do evento.
transmissão de energia elétrica.
Serviço defeituoso
O art. 22 faz remissão às empresas – rectius § 2° Sendo o dano causado por componente
empresas públicas – concessionárias de serviços ou peça incorporada ao produto ou serviço, são
públicos, entes administrativos com personalidade responsáveis solidários seu fabricante,
de Direito Privado, mas por extensão é aplicável às construtor ou importador e o que realizou a
sociedades de economia mista, fundações e incorporação.
autarquias, posto que omitidas, sempre que
prestarem serviços públicos.
As estipulações exonerativas são mais frequentes
Ignorância dos vícios
nas hipóteses de fornecimento de serviços. As
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os empresas de guarda e estacionamento de veículos
vícios de qualidade por inadequação dos costumam advertir seus usuários de que não se
produtos e serviços não o exime de responsabilizam pelos valores ou objetos pessoais
responsabilidade deixados no interior dos respectivos veículos.
Todos os envolvidos são solidários para a
ocorrência do dano
Na ordem civil, o alienante está de boa—fé quando
Danos
ignora o vício ou o defeito que afeta a coisa
alienada. Caracteriza-se a má-fé quando tem Danos materiais – são os prejuízos reais que você
conhecimento do defeito oculto. sofre.
Art. 24. A garantia legal de adequação do Dano moral - abalos psicológicos – será discutido
produto ou serviço independe de termo em juízo.
expresso, vedada a exoneração contratual do tem aspecto de compensar . Compensar o
fornecedor. prejuízo causado.
Lucro cessante- lucros que deixo de ganhar em Vícios ocultos e decadência
decorrência do ato ilícito praticado.
Ex.: tua renda é o taxi, o carro ficara 20 dias na § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo
oficina, pega a media dos meses que ganho calcula decadencial inicia-se no momento em que ficar
a media que ganha a diária. evidenciado o defeito.
Se o serviço, não obstante a ausência de aprovação X - elevar sem justa causa o preço de produtos
expressa do consumidor, for realizado, aplica-se, ou serviços.
por analogia, o disposto no parágrafo único do art.
39, ou seja, o serviço, por não ter sido solicitado, é
considerado amostra grátis, uma liberalidade do A regra, então, é que os aumentos de preço devem
fornecedor, sem qualquer contraprestação exigida sempre estar alicerçados em justa causa, vale dizer,
do consumidor. não podem ser arbitrários, leoninos ou abusivos.
Reajuste diverso do previsto em lei ou contrato Nenhum serviço pode ser fornecido sem um
orçamento prévio; tal já havia sido previsto no art.
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, 39, VI. E não cabe o mero “acerto” verbal, de vez
de 22.10.1999, transformado em inciso XIII, que o dispositivo fala em “entrega” do orçamento
quando da conversão na Lei nº 9.870, de ao consumidor.
23.11.1999
O orçamento deve conter, necessariamente,
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste informações sobre:
diverso do legal ou contratualmente
estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, a) o preço da mão de obra, dos materiais e
de 23.11.1999) equipamentos;
b) as condições de pagamento;
c) a data de início e término do serviço.
Inexistência ou deficiência de prazo para o
cumprimento da obrigação Validade da proposta de preço