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I - AGENTES RESPONSÁVEIS PELO DANO AMBIENTAL:

a) Conceito de Poluidor

Primeiramente, entende-se como ‘’POLUIDOR’’ o agente responsável pela


degradação ambiental, contudo, para compreender determinado conceito no ramo
do direito, é necessário observar as diretrizes gerais das normas jurídicas e os
ensinamentos doutrinários.

A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81) atribui aquele


que causa a degradação ambiental a denominação de ‘’POLUIDOR’’, que deve ser
aplicada lato sensu, dadas as conceituações que o referido diploma traz no seu art.
3º, incisos II, III e IV:

Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:


I – [...];
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração
adversa das características do meio ambiente;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental
resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da
população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e
econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio
ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os
padrões ambientais estabelecidos;
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito
público ou privado, responsável, direta ou indiretamente,
por atividade causadora de degradação ambiental (grifo
nosso)

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Porém, nas palavras de Édis Milaré:

O legislador, como se vê, não limita o perfil do poluidor


somente a quem suja ou inquina o meio ambiente ou energia,
porém, estende o conceito a quem (pessoa física ou jurídica)
degrada ou altera a desfavoravelmente a qualidade do
ambiente (MIRALÉ, 2001, p. 435).

b) Diferença entre agente pessoa física e agente pessoa


jurídica

 AGENTE PESSOA FÍSICA:

Configura-se o agente ‘’pessoa física’’ como todo ser humano que nasce com
vida, ao qual se atribui ação danosa, impondo a obrigação de reparar o meio
ambiente degradado e/ou a obrigação de indenização pecuniária na seara cível,
bem como lhe é imputado as sanções de natureza penal e administrativa pertinentes
ao caso concreto.

É importante frisar que o dano ambiental causado por pessoa física é de tão
simples configuração que raramente é tratado pela doutrina, mas não exclui o seu
destaque no direito ambiental, tendo em vista que não são apenas as grandes
empresas que contribuem para a destruição do meio ambiente, mas também, todo
ser, individualmente falando.

 AGENTE PESSOA JURÍDICA:

Segundo a doutrina, a ‘’pessoa jurídica’’ é uma entidade geralmente


constituída por um grupo de pessoas, a quem a lei confere
personalidade jurídica para atuar na ordem civil, tendo direitos e obrigações, como
uma pessoa natural.

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E assemelhando ao tópico anterior, a ‘’pessoa jurídica’’ também pode ser
responsabilizada na esfera cível pelos danos ambientais decorrentes do exercício de
suas atividades, além das responsabilizações penal e administrativa cabíveis.

Portanto, é importante ressaltar o dispositivo do art. 3°, parágrafo único da Lei


9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais) que dispõe:

Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas


administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei,
nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu
representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no
interesse ou benefício da sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas


jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras,
coautoras ou partícipes do mesmo fato.

Contudo, o dispositivo evidencia que a ‘’pessoa jurídica’’ pode cobrar os


custos despendidos daqueles (diretores, mandatários e funcionários) que por ação
ou omissão tenham contribuído para a ocorrência do dano, sem afastar a sua
responsabilidade.

Ademais, nota-se a possibilidade de desconsideração da pessoa jurídica no


art. 4° da Lei º 9.605/98.

Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica


sempre que sua personalidade for obstáculo ao
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio
ambiente.

Além disso, é imperioso apontar que o Estado, pessoa jurídica de direito


público interno, também pode ser responsabilizado por eventuais danos ambientais

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causados por suas ações, bem como pela omissão no controle e fiscalização de
atividades potencialmente lesivas ao meio ambiente, conforme se depreende o art.
3º, IV da Lei nº 6.938/81:

“poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito


público ou privado, responsável, diretamente ou
indiretamente, por atividade causadora de degradação
ambiental” (grifo nosso).

Outrora, incumbe-lhe, ainda, a obrigação de defender e preservar o meio


ambiente, concordante com o art. 225, caput, da CF/88:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações.

Na prática, o Estado deve sempre promover a reparação do ecossistema


degradado por ato exclusivamente praticado pelo ente público, não lhe cabendo a
indenização e nem a responsabilização solidária por ação ou omissão, senão,
estaríamos diante da própria condenação do povo ao custeio do que lhe cabe por
direito, haja vista que a coletividade tem direito ao meio ambiente equilibrado, mas
quem mantém o próprio Estado é o povo.

II- PRÍNCIPIOS BASE

É notório que uma das justificativas para a constituição de uma


responsabilidade específica para a reparação do dano ambiental está em uma serie
de princípios que a diferenciam dos demais conflitos do cotidiano, vejamos alguns
desses princípios.

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a) Princípio da Precaução

Pode-se definir o Princípio da Precaução como aquele que, suspeitando que


a atividade traz riscos, deve o Poder Público e o Judiciário presumir o pior e proibi-la
ou regulá-la impondo padrões de segurança rigorosos. Esse princípio separa bem o
Direito Ambiental dos demais ramos do Direito, isso porque a responsabilidade civil
e criminal clássica tem como pré-requisitos fundamentais a certeza e a
previsibilidade, exatamente dois dos obstáculos que a norma ambiental procura
afastar com a precaução.

b) Princípio do Poluidor-Pagador

Pode-se explicar o Princípio do Poluidor-Pagador como ‘’quem suja, limpa’’.


Neste princípio o poluidor deverá assumir os custos necessários para garantir que o
meio ambiente permaneça em estado aceitável, conforme determinado pelo Poder
Público. Sendo este princípio aclamado pela Constituição Federal de 1988, no art.
225, §3º:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente


sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.

c) Princípio do Usuário-Pagador

Não obstante, o Princípio do Usuário-Pagador estabelece que os valores


impostos devem refletir todos os custos sociais do uso e esgotamento do recurso
natural. Mais uma vez o Direito Ambiental se contrapõe ao sistema tradicional, pois
neste, a regra é que aquele que esgota um recurso comum não precisa compensar
a coletividade, já que também e titular de tal recurso.
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d) Princípio da Reparação Integral

Por fim, o Princípio da Reparação Integral veda a utilização de fórmulas que,


de algum modo, possam evitar que o meio ambiente degradado seja integralmente
recuperado.

III- RESPONSABILIDADE CIVIL

A responsabilidade civil constitui-se como um dos temas mais instigantes na


órbita jurídica. Isso porque, cotidianamente, o ser humano pratica atos e omissões
que podem trazer consequências danosas para outras pessoas. Nessas hipóteses,
surge a discussão acerca da possibilidade (ou não) de se atribuir a uma pessoa (ou
ente) a responsabilidade por algum dano sofrido, bem como os limites da
indenização subsequente.

Segundo estabelece o Código Civil, a regra geral é a de que aquele que, por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, viole direito e cause danos
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito (art. 186). Trata-se,
portanto, de responsabilidade com base na existência de culpa por parte do agente.

A responsabilidade civil busca compelir o autor do dano ambiental a recuperar


o ecossistema degradado que também causou prejuízo a terceiros (vítimas
individualizadas ou coletividade), seja pela restituição do meio degradado, seja pela
indenização em dinheiro, conforme expresso na Lei nº 6.938/81. Observa-se que na
referida norma, a Política Nacional do Meio Ambiente, visa à imposição, ao poluidor
ou ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados,
ficando ao mesmo tempo obrigado, independentemente da existência de culpa, de
indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados
por sua atividade.

No mesmo sentido, é estabelecido no art. 225, § 3º da Constituição Federal,


que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
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independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Assim, tem-se que
foi adotada a teoria da responsabilidade objetiva em matéria ambiental, ou seja,
independentemente de culpa e pelo simples fato da atividade.

IV- OBRIGAÇÃO DE REPARAR – RESPONSABILIDADE OBJETIVA E


SUBJETIVA

A responsabilização decorrente de atos e omissões relacionados a questões


ambientais funda-se no princípio da responsabilização. Segundo tal princípio, o
poluidor deverá responder por condutas praticadas em detrimento da preservação
do meio ambiente. Tal responsabilização pode se dar no âmbito civil, penal ou
administrativo e tem como objetivo desestimular a prática de condutas prejudiciais
ao bem jurídico ambiental, além de impedir que os prejuízos advindos da ocorrência
de danos ambientais venham a ser suportados por toda a coletividade.

Sobre o tema, observe-se que a jurisprudência do STJ está firmada no


sentido da viabilidade, no âmbito da Lei n. 7.347/1985 e da Lei n. 6.938/1981, de
cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar. Isso porque, nas
demandas ambientais (por força dos princípios do poluidor-pagador e da reparação
in integrum), admite-se a condenação do réu, simultânea e agregadamente, em
obrigação de fazer, não fazer e indenizar. Isto posto, entende-se que a
responsabilidade por danos ambientais é objetiva e solidária. Diferentemente do
Direito comum em que a responsabilidade se funda na culpa ou no dolo do agente
causador do dano – responsabilidade subjetiva, o Direito Ambiental pauta-se pelo
regime da responsabilidade objetiva, com base na teoria do risco, onde se leva em
conta o nexo de causalidade entre o resultado danoso e a atividade/ação
desenvolvida, ignorando se o agente causador do dano ambiental agiu com culpa ou
dolo (teoria da culpabilidade).

A responsabilidade civil objetiva busca equilibrar a relação de exploração do


homem para com o meio ambiente e encontra reforço no princípio do poluidor-
pagador – o agente tem que custear a reparação e indenizações pelos danos
causados pela sua atividade, independentemente da existência de culpa, conforme
explícito no art. 225, §§ 2º e 3º, da CF/88 e no art. 14, §§ 1º, da Lei nº 6.938/81 (Lei
da Política Nacional do Meio Ambiente).
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Conforme visto, o dano ambiental tem uma série de peculiaridades que não
permitem a responsabilidade subjetiva, com base na existência de dolo o culpa. A
primeira delas é seu caráter fluido, significando que tal dano pode ser resultado de
ações cumulativas ou simultâneas. Outra dificuldade é sua manifestação futura e a
falta de pleno conhecimento científico acerca do possível dano. Por último, tem-se a
dificuldade de dimensionamento do mesmo.

V - NEXO DE CAUSALIDADE

Outra peculiaridade do dano ambiental é a complexidade do nexo de


causalidade, diversamente do que ocorre em outras áreas do Direito. A
demonstração do nexo causal aqui é complexa pelo enfraquecimento do mesmo
devido à distância, tanto temporal como espacial, entre o fato danoso e a
manifestação concreta do dano. Ademais, tem-se a pluralidade de fontes poluidoras
e de vítimas, já que se trata de um dano à coletividade que pode ter sido causado
por uma multiplicidade de empreendimentos. Para que o instituto da
responsabilidade civil seja adequado, portanto, ao Direito Ambiental, algumas
modificações devem ocorrer. Neste sentido, destaque-se o art. 14, § 1º, da Lei n.
6.938/1981

§ 1º Sem obstar a aplicação das


penalidades previstas neste artigo, é o poluidor
obrigado, independentemente da existência de
culpa, a indenizar ou reparar os danos causados
ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua
atividade. O Ministério Público da União e dos
Estados terá legitimidade para propor ação de
responsabilidade civil e criminal, por danos
causados ao meio ambiente.

O nexo de causalidade é verificado pela ligação da prática de determinado


dano ambiental ao ato praticado, sob o prisma da responsabilidade civil objetiva,
sendo prescindível a culpa, mas imprescindível o nexo de causalidade, basta que se
demonstre a existência do dano para cujo desenlace o risco da atividade influenciou
decisivamente.
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Os doutrinadores de Direito Ambiental sempre clamaram, e assim continuam,
pela inversão do ônus da prova, conforme já ocorre nas relações de consumo, para
transferir ao agente poluidor a necessidade de provar que ele não tem ligação
alguma com a degradação perpetrada. Entretanto, apesar da dificuldade e
complexidade na delimitação do dano ambiental (necessidade de perícias técnicas),
a obrigação de reparar o meio ambiente advém do nexo de causalidade e do ato
praticado pelo agente, independentemente, de culpa ou não, isto é, o nexo de
causalidade é imprescindível já a culpa é prescindível.

Ademais, vejamos o entendimento do STJ a respeito do tema:

1.A responsabilidade por danos ambientais é objetiva e, como


tal, não exige a comprovação de culpa, bastando a constatação do
nexo de causalidade.2. Executa-se à regra, dispensando a prova do
nexo de causalidade, a responsabilidade de adquirente de imóvel já
danificado porque, independentemente de ter sido ele ou o dono
anterior o real causador dos estragos, imputa-se ao novo proprietário a
responsabilidade pelos danos. Precedentes do STJ. (resp. 1.056, de
25/08/2009)

Esse regime de responsabilização ambiental do proprietário ou possuidor do


bem degradado, independentemente de ter sido o autor do ato lesivo ao ambiente,
foi positivado pela lei 12.651/2012 que aprovou o novo Código florestal brasileiro.

Por conseguinte, o regime de reparação civil dos danos ambientais pela


obrigação propter rem passou a ter previsão expressa na legislação florestal
brasileira.

VI – RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR OMISSÃO NA ÁREA


AMBIENTAL

O responsável pelo dano ambiental é o poluidor, conforme já conceituado em


tópico acima.

Já a responsabilidade do Estado em matéria ambiental pode surgir em três


situações distintas:

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• A primeira delas é o dano provocado diretamente pelo Poder Público,
mediante ação de agentes estatais, ou por meio de concessionárias de serviços;

• A segunda é pela omissão do Poder Público quanto ao funcionamento de


um serviço público, que consubstancia em deficiência do exercício do poder de
polícia na fiscalização das atividades poluidoras na concessão de autorizações
administrativas e licenças ambientais;

• Já a terceira hipótese, pode ser definida como a responsabilidade


comissiva por omissão, que ocorre quando o Estado tem o dever legal de prestar
determinado serviço público e se omite, sendo esta omissão a causa direta do dano
ambiental.

Sobre o tema, a jurisprudência tem entendido que somente no caso de


omissão injustificável das autoridades, se deveria admitir a responsabilização
solidária do Estado pelos danos ambientais praticados por terceiros. Assim, pelo
entendimento mais recente do tribunal, é possível a responsabilização do Estado
pela omissão em seu dever-poder de fiscalização ambiental.

Vejamos o que entende os tribunais:

Responsabilidade do Estado por ato omissivo só ocorre quando


a omissão for determinante para a ocorrência ou agravamento do
dano: em matéria de proteção ambiental, há responsabilidade civil do
Estado quando a omissão de cumprimento adequado do seu dever de
fiscalizar for determinante para a concretização ou o agravamento do
dano causado pelo seu causador direto; art. 3º, IV, 14, § 1º, Lei n.
6.938/81, art. 37, § 5º, CF (AGRESP 200702476534, Relator Ministro
Teori Albino Zavascki, STJ – 1ª Turma, DJE: 04/10/2011). TJRJ/2016.
Responsabilidade do Estado é solidária, mas de execução subsidiária:
a responsabilidade civil do Estado pela omissão no exercício de seu
poder-dever de fiscalizar é solidária, porém de execução subsidiária,
isto é, somente se impossível, por algum motivo, exigir do poluidor o
cumprimento da obrigação. (REsp 604.725/PR, Rel. Ministro Castro
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Meira, Segunda Turma, DJ 22/8/2005). 13. Recurso Especial provido.
(REsp 1376199/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma,
julgado em 19/08/2014, DJe 07/11/2016). TJRJ

VII – MEIOS PROCESSUAIS PARA A DEFESA AMBIENTAL

As ações coletivas, como verificado, constituem importante mecanismo de


participação popular na proteção do meio ambiente. Por seu intermédio, o sistema
processual abre à sociedade a via da jurisdição civil para a defesa do direito de
todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, permitindo, com isso, o
controle social sobre a legalidade e a legitimidade de ações e omissões públicas e
privadas que interferem na qualidade ambiental.

Sob o ponto de vista dos sujeitos intitulados à participação pelo processo civil
na tutela do ambiente, a participação pode assumir as formas de
participação direta e de participação semidireta. A participação judicial direta na
defesa do meio ambiente é aquela exercida pelos indivíduos e cidadãos, enquanto a
participação semidireta, é exercida pelos chamados entes intermediários, ou seja,
órgãos, organismos, entidades e instituições sociais secundárias que atuam como
intermediários entre os indivíduos e os representantes eleitos pelo povo, como por
exemplo, as associações civis, o Ministério Público e a Defensoria Pública.

Existem meios processuais para a defesa ambiental coletiva, dentre elas,


destacaremos duas ações cabíveis, a Ação Popular e a Ação Civil Pública.

a) Conceito de Ação Civil Pública e Ação Popular

A ação civil pública está regulamentada pela Lei 7.347/85 e também tem o
intuito de proteger os interesses da coletividade. Dispõem o art. 1° da Lei 7.347/85:

Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular,
as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:

l - ao meio-ambiente;
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ll - ao consumidor;

III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e


paisagístico;

IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo;

V - por infração da ordem econômica;  

VI - à ordem urbanística;

VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos;

VIII – ao patrimônio público e social.

A descrita lei especifica que a ação civil pública é cabível para responsabilizar
quem tenha causado danos morais ou materiais contra ao meio ambiente, aos
consumidores, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à
ordem urbanística ou aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico.

As regras da Ação Popular, por sua vez, estão dispostas na Lei 4.717/65, que
permitem que qualquer cidadão, desde que tenha título de eleitor ou documento
semelhante, seja o titular de uma ação judicial com objetivo de anular algum ato da
administração pública que tenha causado danos aos cofres públicos, seja na esfera
Federal, Estadual ou Municipal, vejamos o disposto no art. 1°, caput, da Lei
4.717/65:

Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a


declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal,
dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia
mista, de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados
ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou
fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou
concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de
empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e
dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas
pelos cofres públicos.

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b) Legitimados ativos e passivos para proporem Ação Civil
Pública e Ação Popular

Em que pese as ações serem instrumentos de proteção da coletividade,


existem algumas diferenças existentes. A ação civil pública apenas pode ser
proposta pelos entes legitimados, previstos no artigo 5 o da Lei 7.347/85, cito:

Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;   

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;  

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio


público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre
concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

Já a Ação Popular, pode ser ajuizada por qualquer cidadão, conforme o


disposto no art. 5°, inc. LXXII, da CF, em que “qualquer cidadão é parte legítima
para propor ação popular que vise anular ato lesivo a diversos bens e valores, entre
os quais o meio ambiente e o patrimônio cultural” […].

Além disso, outra diferenciação, é que na ação popular, só a administração


pública ou seus agentes podem ser réus no processo, conforme o disposto no art.
6°, caput, da Lei 4.717/65:

 Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as


entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou
administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato

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impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os
beneficiários diretos do mesmo.

Já na ação civil pública, o polo passivo é mais abrangente e permite que seja
incluído como réu no processo qualquer pessoa física, jurídica ou ente da
administração pública que tenha causado danos aos direitos da coletividade
descritos em lei.

c) Casos práticos

Inicialmente, trataremos acerca da Ação Popular e após, da Ação Civil


Pública, senão vejamos:

Nos autos do processo de nº 5018511-55.2021.8.08.0024, fora ingressada


Ação Popular, ajuizada por CARLOS VON SCHILGEN FERREIRA em face de
FABIO NEY DAMASCENO, LUIZ PAULO DE FIGUEIREDO, KETRIN KELLY
ALVARENGA, MIRIAM TRANCOSO VICENTINI, MUNIR ABUB DE
OLIVEIRA , MARIANE PORTO DO SACRAMENTO, SALVADOR
EMPREENDIMENTOS LTDA , FRANCISCO SALVADOR NETTO e ANDRÉ
GONÇALVES RODRIGUES, objetivando proteger, vedar e ver declarados nulos
atos que estariam em desconformidade com o ordenamento jurídico, por meio de
imediata intervenção judicial para que sejam reparados os eventuais prejuízos ao
erário decorrentes do procedimento de dispensa e inexigibilidade de licitação em
contratação emergencial para serviços de desinfecção da Covid-19 nos terminais
de ônibus da Região Metropolitana da Grande Vitória.

De acordo com o autor, o Governo do Estado do Espírito Santo contratou,


reiteradamente e sem licitação, pequena empresa de obras criada recentemente,
mais precisamente no ano de 2013, de nome SALVADOR EMPREENDIMENTOS
LTDA, com sede no município Anchieta, interior do Espírito Santo, para
desinfecção de terminais de ônibus, cujo orçamento representa um gasto de R$
12.566.864,18 (nove milhões e quinhentos e sessenta e seis mil, oitocentos e
sessenta e quatro reais e dezoito centavos). Através de 06 (seis) termos aditivos
ao Contrato nº 007/2020, que juntos somam a quantia, sem licitação, de R$
10.492.740,38 (dez milhões, quatrocentos e noventa e dois mil, setecentos e

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quarenta reais e trinta e oito centavos), e mais 02 aditivos ao Contrato nº 004/2021,
totalizando a quantia de R$ 2.074.123,80 (dois milhões, setenta e quatro mil, cento
e vinte e três reais e oitenta centavos), o Governo do Estado vale-se de verbas
públicas para claro favorecimento de empresa que mal possui tradição em obras,
quanto mais em desinfecção de ambientes, especialização que veio a ter
posteriormente, menos de dois meses da assinatura do contrato, por meio de
alteração de seu CNAE. O Diário Oficial publicou o primeiro contrato com a
empresa Salvador Empreendimentos, com dispensa de licitação, usando a
pandemia da Covid-19 como álibi, no dia 13/05/2020. O contrato inicial, a teor da
publicação no DIO/ES, foi firmado no valor de R$ 1.472.091,30 (um milhão e
quatrocentos e setenta e dois mil e noventa e um reais e trinta centavos), por
meros 90 (noventa) dias;

O MM. Juiz de Direito da 2° Vara da Fazenda Pública Estadual e Municipal de


Vitória/ES, assim decidiu:

No caso, o objeto desta ação popular é a  decretação de nulidade dos


contratos administrativos de serviços de desinfecção de terminais de ônibus por
dispensa de licitação e do Pregão Eletrônico Presencial n. 005/2021 e o Contrato
SEMOBI n. 011/2021, com a consequente condenação dos requeridos ao
ressarcimento aos cofres públicos do Estado do Espírito Santo, no montante total
gasto indevidamente, no valor, agora, de R$ 12.566.864,18 (doze milhões e
quinhentos e sessenta e seis mil, e oitocentos e sessenta e quatro reais e dezoito
centavos  ).

Segundo o autor, tal contrato é lesivo e imoral ao patrimônio do Estado do


Espírito Santo, pois o Governo do Estado do Espírito Santo contratou,
reiteradamente, sem licitação e sem que o objeto do contrato tivesse,  em
oportunidade anterior à contratação  , relação alguma com o objeto social da
empresa, uma pequena empresa de obras criada recentemente, em 2013, de
nome SALVADOR EMPREENDIMENTOS LTDA, com sede no município Anchieta,
interior do Espírito Santo, para desinfecção de terminais de ônibus, cujo orçamento
representa um gasto de R$ 12.566.864,18 (nove milhões e quinhentos e sessenta
e seis mil, oitocentos e sessenta e quatro reais e dezoito centavos).

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A teor do que dispõe o art.  2º, alínea e da  Lei da Ação Popular, "são nulos
os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos
casos de: e)  desvio de finalidade". Lado outro, em se antevendo o  periculum in
mora  e  fumus boni iuris, nada obsta seja concedido o pedido de liminar na ação
popular, aliás, conforme é admitido expressamente pelo  § 4.º  do art.  5º  da
Lei  4.717  /65.

Acerca do tema, lecionam os ilustres doutrinadores Fredie Didier Jr, Paula


Sarno Braga e Rafael Alexandria de Oliveira, que  "[...] a sua concessão
pressupõe, a demonstração da probabilidade do direito (tradicionalmente
conhecida como" fumus boni iuris ") e, junto a isso, a demonstração do perigo de
dano ou de ilícito, ou ainda do comprometimento da utilidade do resultado final que
a  demora do processo representa (tradicionalmente conhecido como "periculum in
mora")  (  in  Curso de Direito Processual Civil, Volume 2, 11a ed., Ed. Jus Podivm,
Salvador, 2016, pag. 607).

Sendo assim, para garantir o contraditório e a ampla defesa e, diante da


natureza constitucional do princípio da segurança jurídica, a tutela de urgência, só
será concedida caso haja risco de frustrar-se a garantia da maior efetividade da
jurisdição e, além disso, estiver evidenciada a probabilidade do direito.

No caso, contudo, há indícios da ocorrência de improbidade administrativa


na conduta dos réus, capazes de gerar lesão ao erário, nos termos do art.  10,
inciso  VIII, da Lei  8.429/92, de forma a justificar, após exame dos documentos
colacionados aos autos,  o deferimento  parcial  do pedido de urgência […].

Isto posto, percebe-se que a ação popular foi ingressada visando proteger ato
lesivo contra a administração pública, uma vez que acordo com a Lei 14.133/21 (Lei
de Licitações), é necessária prévia licitação para a realização de obras.

Vejamos o caso prático da Ação Civil Pública:

Nos autos do processo de n° 0400.15.003989-1, O MINISTÉRIO PÚBLICO do


estado de Minas Gerais ingressou com uma Ação Civil Pública em face da

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SAMARCO MINERAÇÃO S/A, VALE S/A e BHP BILLITON BRASIL LTDA, em razão
do rompimento da barragem de Fundão, que provocou inúmeras mortes e
incontáveis degradações ambientais.

O titular da Ação relata que no dia 5 de novembro de 2015, a barragem de


Fundão, pertencente ao complexo minerário de Germano, localizada no subdistrito
de Bento Rodrigues, em Mariana/MG, rompeu-se. A barragem, de propriedade da
empresa, Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, continha rejeitos de minério
de ferro e, segundo informações prestadas nos autos, tinha capacidade para 60
(sessenta) milhões de metros cúbicos desse material.

Os rejeitos contidos na barragem de Fundão eram lançados no local não


apenas pela Samarco Mineração S/A, mas, também, pela Vale S/A.
Subsequentemente ao rompimento, a lama de rejeitos esvaiu-se da barragem do
Fundão, pelo lado esquerdo e atingiu a barragem de Santarém. O conteúdo
transbordou esta segunda barragem e deslocou-se em uma avalanche incontrolável
de terra, lama e água, atingindo primeiramente a comunidade de Bento Rodrigues.

Na sequência, além das mortes que causaram, tais sedimentos devastaram o


referido distrito, arruinando mais de 180 (cento e oitenta) edificações, arrastando
automóveis, maquinários, semoventes, destruindo plantações, encobrindo
logradouros e destruindo a história de vida de comunidades inteiras.

A população local não foi alertada pela Samarco sobre o rompimento e,


surpreendida pelos eventos, as pessoas fugiram às pressas para os pontos mais
altos da região, a maioria sem conseguir pegar documentos, roupas, mantimentos
ou qualquer outro bem.

Lamentavelmente, alguns moradores de Bento Rodrigues e trabalhadores da


área da Samarco não conseguiram salvar-se e vários morreram ou estão
desaparecidos em virtude da catástrofe. Em seguida, a lama continuou deslocando-
se, devastando os distritos e as localidades de Ponte do Gama, Paracatu de Cima,
Paracatu de Baixo, Pedras, Camargos e Campinas, ultrapassando os limites da
Comarca de Mariana, a ponto de afetar Gesteira e Barra Longa/MG, até atingir
afluentes e subafluentes do Rio Doce.

17
Vejamos alguns pontos relevantes na fundamentação do Órgão do Ministério
Público:

Com base no conceito que vincula atingido ao reconhecimento e legitimação


de direitos decorrentes de seu deslocamento forçado/involuntário, os impactos
sociais resultantes da catástrofe são geradores de direitos de restituição,
compensação ou indenização:

a) o deslocamento compulsório (de proprietários, não proprietários,


moradores, produtores, comerciantes, ambulantes, dentre outros);

b) a perda da propriedade, da terra, da moradia e/ou de outros bens móveis e


imóveis;

c) perda ou restrição de acesso a recursos e serviços básicos necessários à


sobrevivência, tais como acesso à água potável, saúde, educação, moradia e
alimentação;

d) perda ou redução de fontes de ocupação, renda ou meios de sustento;

e) perda de animais domésticos e/ou os animais;

f) ruptura de circuitos econômicos, sociais, culturais e religiosos.

Devem ser consideradas como perdas as alterações impostas a circuitos e


redes de sociabilidade, sempre que implicarem na ruptura de relações importantes
para a reprodução social, consideradas as dimensões culturais e a identidade dos
grupos, comunidades e famílias atingidas. As perdas de natureza afetiva, simbólica
e cultural, imateriais e intangíveis, e por isso mesmo não passíveis de quantificação
e, a fortiori, de monetarização, devem ser consideradas e objeto de ampla e aberta
discussão e negociação.10 Em certas circunstâncias também devem ser
consideradas como atingidas as comunidades e populações anfitriãs, isto é, que
receberam reassentamentos de deslocados pelo empreendimento. Isto explica que,
em certas circunstâncias, se recomende que às comunidades anfitriãs que recebem
os reassentados deve ser dada assistência para que possíveis efeitos sociais e
ambientais adversos decorrentes do aumento da densidade populacional possam
ser superados.

18
Em síntese, pode-se dizer que as ações das rés deverão concretizar com
urgência os direitos sociais previstos no artigo 6º Constituição da República, in
verbis:

São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Dessa maneira, aos atingidos devem ser assegurados os seguintes direitos,


indispensáveis para o resgate dos mencionados direitos sociais:

a) Auxílio financeiro mensal – consistente em um valor pago mensalmente


pelas rés, em valores iguais ou superiores aos anteriormente recebidos pelos
trabalhadores, suficiente para assegurar alimentação, vestuário, lazer e outros bens
indispensáveis à dignidade humana, levando em consideração os pedidos dos
próprios atingidos.

b) Aporte assistencial – um valor de caráter assistencial mais elevado, para


que as famílias possam pagar suas contas, comprar bens de uso diário e celebrar a
ceia de natal com mais conforto.

c) Moradia adequada – fornecimento de casas alugadas ou diárias em hotéis,


estabelecido a partir de consulta prévia e com o consentimento das famílias
atingidas. As moradias devem contemplar todos os móveis, eletrodomésticos,
utensílios domésticos, enxoval e outros necessários à configuração de moradia
digna e adequada para as famílias atingidas

d) Apoio à reativação econômica – assistência para que as pessoas voltem a


exercer suas atividades profissionais e/ou produtivas, visando a reativação
econômica e garantia de acesso ao direito ao trabalho.

e) Informação apropriada – fornecimento periódico de informações aos


atingidos quanto às ações das rés voltadas à reparação dos direitos sociais violados,
de forma a possibilitar a participação nos processos decisórios afetos aos odos e
formas de restituição, compensação e indenização.

19
f) Assistência à saúde e educação – trabalhar, juntamente com as diretrizes
dos poderes públicos, no fornecimento de medicamentos, tratamento de saúde e
escola para aqueles atingidos que assim precisarem.

g) Apoio no resgate de bens, animais e outros – auxiliar as vítimas a


reaverem os bens que puderem ser restituídos, inclusive com relação aos animais e
objetos de interesse pessoal, protegendo o patrimônio que ainda pode ser salvo, até
a restituição aos proprietários.

h) Resgate das lápides e restos mortais – as rés deverão ser


responsabilizadas pelo resgate das lápides e restos mortais existentes no(s) locais
afetados.

i) Antecipação de indenização para bens móveis que puderem ser provados


de plano – é o caso dos automóveis, uma vez que, recuperando-se esse valor, os
atingidos já poderão comprar novos veículos e retomarem seu direito ao transporte.

j) Outras medidas emergenciais – as situações são muito heterogêneas, não


cabendo, neste momento, limitar qualquer direito das pessoas atingidas. Assim, 2ª
PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE MARIANA/MG 33 se outros forem
identificados e forem revestidos de juridicidade, deverão ser concretizados pelas rés.

Assim, é imperioso apontar que a Ação Civil Pública foi ingressada visando a
reparação civil dos danos causados ao meio ambiente em razão do rompimento da
barragem de Mariana/MG, bem como a reparação dos danos causados aos
indivíduos lesados, sendo estes incalculáveis.

VIII – REFERÊNCIAS

Constituição Federal de 1988

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm

20
Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm

MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 3ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,


2003.

Sobre o tema, cf. COUTINHO, Nilton Carlos de Almeida. O essencial nas


procuradorias: advocacia pública em nível federal, estadual, distrital e
municipal. Brasília: Edição do Autor, 2017:

Conteúdo Jurídico | A tutela civil do meio ambiente: a responsabilização civil


pelo dano ambiental (conteudojuridico.com.br)

Direito Ambiental, Frederico Amado, sinopses para concursos- Editora Jus


podvm, 2017.

1 MIRRA, Álvaro Luiz Valery. Participação, processo civil e defesa do


meio ambiente. São Paulo: Letras Jurídicas, 2011, especialmente, p. 174 e ss.
2 MIRRA, Álvaro Luiz Valery, op. cit., p. 175-176.

https://www.conjur.com.br/2018-fev-03/ambiente-juridico-cidadao-acao-
popular-protecao-meio-ambiente

Portal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-
facil/edicao-semanal/acao-popular-x-acao-civil-publica#:~:text=Enquanto%20a%20a
%C3%A7%C3%A3o%20popular%20pode,podem%20ser%20r%C3%A9us%20no
%20processo.

Planalto Lei 4.717 de 1965

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4717.htm

Planalto Lei 7.347 de 1985

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7347orig.htm

TJES • AÇÃO POPULAR • Fiscalização (10015) • 5018511-


55.2021.8.08.0024 • Órgão julgador Vitória - Comarca da Capital - 2ª Vara da

21
Fazenda Pública Estadual e Municipal, Registros Públicos, Meio Ambiente e
Saúde do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo - Inteiro Teor

https://tj-es.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1321835503/acao-popular-
50185115520218080024-vitoria-es/inteiro-teor-1321835508

Processo do rompimento da barragem de Mariana/MG

https://www2.mppa.mp.br/sistemas/gcsubsites/upload/25/Acao%20Civil
%20Publica%20-%20MPMG%20-%202%20PJ%20MARIANA%20-%20IC
%200400_15_00306-1%20e%200400_15_000307-9.pdf

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