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DIREITO AMBIENTAL:

FUNDO DE
PROTEÇÃO DOS
INTERESSES
DIFUSOS E
COLETIVOS
RAYANA PEREIRA SOTÃO ARRAES
@NATURALRESOURCES

COMPONENTES

Caio Amorim Soeiro

Erikson Carvalho Costa

Levy Di Cássio Pereira Cunha


CONTEÚDO
01 02
INTRODUÇÃO DIREITOS DIFUSOS E
COLETIVOS

03 04
FUNDO DE PROTEÇÃO CONCLUSÃO
AOS DIRETOS DIFUSO E
COLETIVOS
01
INTRODUÇÃ
O
INTRODUÇÃO
Até a promulgação da Constituição da
República de 1988, as normas relativas à
proteção ambiental eram escassas. Eram regras
secundárias nas autorizações e licenças
administrativas outorgadas, onde se confundiam
como meros requisitos ao licenciamento, como
se fossem uma variante do Direito
Administrativo.
DIREITOS
02 DIFUSOS E
COLETIVOS
Evolução do Direito difuso e
coletivo

Revolução Industrial
2 Classes de Norberto Bobbio  barrada na evolução social
Roma e a edição da Bill of Peace na Inglaterra, no século XVII
Congresso de Paiva 1974 – Itália
No Brasil
● o Brasil, em 1977, José Carlos Barbosa Moreira foi o pioneiro a
tratar do tema com a obra “A ação popular do direito brasileiro
como instrumento de tutela jurisdicional dos chamados
interesses difusos”
● Em meio ao debate doutrinário aquecido, foi editada a lei
no 6.938/81 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente e, de maneira inovadora no ordenamento jurídico
pátrio, definiu em seu artigo 3 o, inciso I, o meio ambiente como
o “conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a
vida em todas as suas formas”.
DIREITOS
DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS
COLETIVOS
São conquistas sociais reconhecidas em lei, os Direitos
coletivos em sentido estrito são direitos de grupo,
categoria ou classe de pessoas. Nestes direitos é
possível determinar quem são seus titulares, pois existe
uma relação jurídica entre as pessoas atingidas por sua
violação ou entre estas e o violador do direito.

DIREITOS DIFUSOS
São aqueles cujos titulares são indeterminados e
indetermináveis. Os direitos difusos são direitos
que merecem especial proteção, pois não atingem a
alguém em particular e, simultaneamente, a todos.
DIREITOS COLETIVOS E DIFUSOS -
EXEMPLOS
DIREITOS COLETIVOS:

● Direitos do Consumidor

DIREITOS DIFUSOS

● Direitos do Meio Ambiente

● Direio a Segurança Pública


CARACTERÍSTICAS
COLETIVOS
● Indivisibilidade do objeto: pertence a todos, DIFUSOS
em um estado de indivisibilidade. ● Indivisibilidade do objeto: pertence a todos,
● Titulares: grupo, categoria ou classe. em um estado de indivisibilidade.
Indeterminabilidade relativa. ● Titulares: indeterminabilidade absoluta;
● União por circunstâncias jurídicas. mais do que indeterminados, são
● Baixa conflituosidade interna. indetermináveis.
● Origem: união por circunstâncias fáticas.
● Alta conflituosidade interna: não há
consenso/acordo entre os titulares dos
direitos difusos.
● Alta abstração.
“Os interesses ou direitos difusos, por tudo o que se
explicou, são os interesses ou direitos objetivamente
indivisíveis, cujos titulares são pessoas indeterminadas e
indetermináveis, ligadas entre si por circunstâncias de
fato.”
— INSTITUTO
FÓRMULA
03
FUNDO DE
PROTEÇÃO
DOS DIREITOS DIFUSOS E
COLETIVOS
LEI nº 7.347/1985
LEI DE AÇÃO CIVIL
PÚBLICA
ART. 13
Havendo condenação em dinheiro, a indenização
pelo dano causado reverterá a um fundo gerido
por um Conselho Federal ou por Conselhos
Estaduais de que participarão necessariamente o
Ministério Público e representantes da
comunidade, sendo seus recursos destinados à
reconstituição dos bens lesados.
CONSELHO FEDERAL GESTOR DO
FUNDO DE DEFESA DE DIREITO
DIFUSO
● O Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos - CFDD, que analisa e
aprova os projetos apresentados em processos seletivos, é constituído por:
● Um representante da Secretaria Nacional do Consumidor - Senacon, do Ministério da
Justiça e Segurança Pública, que o presidirá;
● Um representante do Ministério do Meio Ambiente;
● Um representante do Ministério da Cultura (atual Ministério do Turismo);
● Um representante do Ministério da Saúde, vinculado à área de vigilância sanitária;
● Um representante do Ministério da Fazenda (atual Ministério da Economia);
● Um representante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE;
● Um representante do Ministério Público Federal; e
● Três representantes de entidades civis.
VALORES DE ARRECADAÇÃO
Conforme definido pela Lei nº 9.008/1995, em seu § 2º art. 1º, Constituem recursos do Fundo de
Defesa de Direitos Difusos o produto da arrecadação:
● Das condenações judiciais de que tratam os arts. 11 e 13 da Lei nº 7.347, de 1985;
● Das multas e indenizações decorrentes da aplicação da Lei nº 7.853, de 24 de outubro de
1989, desde que não destinadas à reparação de danos a interesses individuais;
● Dos valores destinados à União em virtude da aplicação da multa prevista no art. 57 e seu
parágrafo único e do produto da indenização prevista no art. 100, parágrafo único, da Lei nº
8.078, de 11 de setembro de 1990;
● Das condenações judiciais de que trata o § 2º do art. 2º da Lei nº 7.913, de 7 de dezembro de
1989;
● Das multas referidas no art. 84 da Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994;
● Dos rendimentos auferidos com a aplicação dos recursos do Fundo;
● De outras receitas que vierem a ser destinadas ao Fundo;
● De doações de pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras.
RECOLHIMENTO AO FUNDO DE
DEFESA DOS DIREITOS DIFUSOS
O recolhimento atualmente é disciplinado pela Resolução nº 30, de 26 de novembro de 2013, do
Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos.

O artigo primeiro da referida resolução prevê o recolhimento por meio de Guia de Recolhimento
da União – GRU extraída do site da Secretaria do Tesouro Nacional
04
CONCLUSÃO
Atualmente, o Fundo regulamentado é Fundo de Defesa de
Direitos Difusos (FDD), que é vinculado ao Ministério da
Justiça e tem recursos provenientes das ações civis públicas
de direitos difusos e coletivos, das multas e indenizações
provenientes dos interesses dos portadores de deficiência, de
danos causados aos investidores no mercado de valores
mobiliários, das multas estipuladas pelo CADE contra a
ordem Econômica, de Doações de pessoas físicas ou jurídicas,
nacionais ou estrangeiras e os valores são utilizados em favor

M
WWW.NATURALRESOURCES.CO
da coletividade, aos danos causados ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.
OBRIGAD
O
LEI No 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 7.347, de 24 julho de 1985. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7347orig.htm. Acesso em: 22 de jun. 2022

BRASIL. Resolução nº 30 de 26 de novembro de 2013. Disponivel em: https://www.gov.br/mj/pt-br


/assuntos/seus-direitos/consumidor/direitos-difusos/anexos/resolucao-ndeg-30-novembro-de-2013.pdf. Aceso
em: 22 de jun. 2022

FUNDO de defesa de direitos difusos. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Disponível em:
https://www.gov.br/mj/pt-br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/consumidor/fundo-de-defesa-de-direitos-
difusos#:~:text=O%20Fundo%20de%20Defesa%20de%20Direitos%20Difusos%20%2D%20FDD%2C
%20criado%20pela,econ%C3%B4mica%20e%20a%20outros%20interesses. Acesso em: 22 de jun. 2022

SALLES, Mauricio. Afinal de contas: o que é o Fundo dos Direitos Difusos previsto na Lei de Ação Civil
Pública? Migalhas, 2015. Disponível em:
https://www.migalhas.com.br/depeso/221846/afinal-de-contas--o-que-e-o-fundo-dos-direitos-difusos-previsto-na
-lei-de-acao-civil-publica
. Acesso em: 22 de jun. 2022

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