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Regimento Interno
Tribunal de Contas do Distrito Federal
Professor: Marcelo Aragão
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
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CÓDIGO:
1972023471
TIPO DE MATERIAL:
E-book
NOME DO ÓRGÃO:
Tribunal de Contas do Distrito Federal
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
7/2023
Sumário
2. ORGANIZAÇÃO DO TCDF.........................................................................................34
4. PROCESSO EM GERAL............................................................................................64
5. JULGAMENTO DE CONTAS......................................................................................76
6. RECURSOS NO TCDF...............................................................................................113
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LEI ORGÂNICA E REGIMENTO INTERNO
Tribunal de Contas do Distrito Federal
De acordo com o inciso I do art. 78 da Lei Orgânica do DF, compete ao TCDF apreciar
as contas anuais do governador, fazer sobre elas relatório analítico e emitir parecer prévio
no prazo de sessenta dias, contados do seu recebimento da Câmara Legislativa.
Essa competência é reproduzida no inciso I do art. 1º da LO-TCDF, estabelecendo que
compete ao TCDF apreciar as contas anuais do governador, fazer sobre elas relatório analí-
tico e emitir parecer prévio, nos termos do art. 37 da referida Lei.
Como vimos, trata-se de uma função consultiva do Tribunal de Contas, consistente
na emissão de parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo governador do
Distrito Federal.
De acordo com o inciso XVII do art. 100 da LO-DF, compete ao governador do DF pres-
tar anualmente à Câmara Legislativa, no prazo de sessenta dias após a abertura da sessão
legislativa, as contas referentes ao exercício anterior. Como consequência, o chefe do Poder
Executivo tem até meados do mês de abril de cada ano para dirigir suas contas anuais ao
Poder Legislativo.
Recebidas as contas pela Câmara Legislativa, elas são remetidas ao TCDF para que
este as aprecie, elaborando parecer prévio, acompanhado de relatório analítico, no prazo
de sessenta dias a contar do recebimento. Realizada a consulta no Tribunal e consignadas
suas conclusões, as contas do governador são, finalmente, devolvidas à Câmara Legisla-
tiva. Antes de serem julgadas, porém, submetem-se a exame pela comissão competente da
Câmara, a que se refere o § 4º do art. 150 da LO-DF, que emite parecer sobre as contas do
Governador do Distrito Federal.
Logo, podemos traçar o seguinte esquema para ilustrar de forma didática o processo de
apreciação das contas do governador do DF pelo TCDF e o julgamento pelo Poder Legislativo:
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Tribunal de Contas do Distrito Federal
Logo, o parecer prévio do TCDF é um elemento técnico que subsidia a decisão política
do Poder Legislativo e não vincula a decisão do parlamento, que poderá deliberar contraria-
mente ao parecer emitido pelo TCDF. É por isso que o parecer, embora conclusivo, é dito
como prévio. Já a manifestação pela comissão instituída no âmbito do Legislativo é elabo-
rada em forma de parecer.
Apresento a seguir três observações importantes sobre o processo de apreciação das
contas e emissão de parecer prévio pelo TCDF:
O Regimento Interno do TCDF define prazos e o rito para a apreciação das contas do
governador pelo Tribunal.
De acordo com o parágrafo único do art. 220, até a última sessão ordinária do mês
de setembro, o plenário designará, entre os conselheiros efetivos, o relator das contas a
serem prestadas pelo governador, relativas ao exercício subsequente. Portanto, a cada ano
define-se, geralmente por sorteio, qual conselheiro será o relator das contas do governador.
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Esgotado o prazo a que se refere o inciso III acima, o relator dará continuidade à elabo-
ração do relatório analítico e do projeto de parecer prévio com base nos dados e elementos
disponíveis.
As manifestações intempestivas não serão conhecidas, sendo encaminhadas à Câmara
Legislativa do Distrito Federal ao final do processo.
O relator distribuirá um exemplar da versão final do relatório analítico com as conclu-
sões, as ressalvas, as determinações e as recomendações, se existentes, ao presidente, aos
conselheiros, aos auditores e ao Ministério Público Especial junto ao TCDF, em até 48 horas
antes da sessão de apreciação das contas.
A forma de apresentação das contas anuais prestadas pelo governador, conforme esta-
belece o art. 100, XVII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, será disciplinada em ato norma-
tivo próprio.
Na falta de qualquer dos documentos que devem integrar a prestação de contas, o Tri-
bunal o requisitará, devendo fixar prazo para a entrega e registrar o fato no relatório analítico,
hipótese em que o prazo previsto no caput do art. 220 somente começará a fluir a partir do
dia seguinte ao do recebimento dos documentos requisitados.
O relatório analítico e o parecer prévio serão elaborados com base nos dados e ele-
mentos disponíveis, caso os documentos requisitados não sejam entregues até a data fixada,
devendo a Câmara Legislativa ser informada sobre esse fato.
O relator poderá dispensar a remessa de demonstrativos que estejam disponíveis em
sistema eletrônico de processamento de dados acessível ao Tribunal.
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Atenção quanto às hipóteses de parecer com proposta de não aprovação das contas!
De acordo com o art. 223 do RI-TCDF, o Tribunal emitirá parecer prévio no sentido de não
serem aprovadas as contas anuais prestadas pelo governador do Distrito Federal quando
constatar irregularidades consideradas graves, em especial quando:
O parecer, favorável ou não à aprovação das contas, conforme o caso, quanto às falhas,
omissões, infrações e outras irregularidades, poderá conter ressalvas, determinações e
recomendações, que as justifiquem.
O primeiro aspecto a ser destacado é que o julgamento das contas dos gestores públi-
cos ou daqueles que causarem prejuízo ao erário público é uma competência própria (pri-
vativa) do Tribunal de Contas, não cabendo qualquer participação ou revisão por parte do
Poder Legislativo.
No julgamento das contas, os TCs poderão julgá-las regulares, regulares com ressal-
vas ou irregulares, aplicando, neste caso, as sanções cabíveis previstas em lei. Como já
sabemos, o julgamento das contas pelos TCs é de natureza administrativa e não judicial.
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Esse julgamento alcança, como já vimos, toda pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que utilize, arrecade, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou
pelos quais a União (bem como estados, DF e municípios) responda, ou que, em nome
desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Vale notar que, além das contas ordinárias ou anuais dos gestores públicos, o Tribunal
de Contas julga as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregulari-
dade de que resulte prejuízo ao erário público, mesmo que não seja administrador público.
Essas contas são as chamadas tomadas de contas especiais, que são aquelas ins-
tauradas quando se verificar a ocorrência de desfalque ou desvio de bens ou outra irregula-
ridade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, ou, ainda, quando se verificar que
o responsável pela aplicação dos recursos públicos não prestou contas no prazo e na forma
fixados nos normativos do Tribunal de Contas e dos órgãos de controle interno.
A LO-TCDF estabelece que o Tribunal de Contas julgará as contas dos seguintes ges-
tores e responsáveis:
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O Regimento Interno do TCDF regula a apreciação desses atos nos art. 260 a 263.
A autoridade administrativa responsável por ato de admissão de pessoal ou de conces-
são de aposentadoria, reforma ou pensão submeterá os dados e informações necessários ao
respectivo órgão de controle interno, que deverá emitir parecer sobre a legalidade dos referidos
atos e torná-los disponíveis à apreciação do Tribunal, na forma estabelecida em ato normativo.
Logo, repare que, antes da apreciação pelo TCDF, a documentação relativa à conces-
são do ato é enviada pelo gestor ao órgão de controle interno, que emite um parecer quanto
à legalidade para apoiar a apreciação pelo Tribunal de Contas.
Caso o TCDF considere o ato legal, determinará o seu registro. Caso o considere ilegal,
recusará o registro dos atos considerados ilegais.
Sim. Essa decisão não produz coisa julgada. Portanto, pode o Tribunal, a vista de novos
elementos, rever de ofício o ato registrado, com a oitiva do Ministério Público e do beneficiá-
rio do ato, no prazo de até cinco anos da apreciação, se verificado que o ato viola a ordem
jurídica, ou a qualquer tempo, no caso de comprovada má-fé.
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Veja que decai o direito do Tribunal de rever o ato já registrado em cinco anos, contudo,
existe uma exceção. Caso comprovada má-fé do gestor ou do próprio servidor beneficiário,
o Tribunal pode rever o ato a qualquer tempo. De todo modo, sempre que o Tribunal decidir
rever o ato já registrado, terá de ouvir, necessariamente, o Ministério Público junto ao Tribu-
nal e o beneficiário do ato, sob pena de arguição de nulidade.
Nos termos do art. 261 do RI-TCDF, quando o Tribunal considerar ilegal ato de admis-
são de pessoal, o órgão de origem deverá, observada a legislação pertinente, adotar as
medidas regularizadoras cabíveis, fazendo cessar todo e qualquer pagamento decorrente do
ato impugnado.
O responsável que injustificadamente deixar de adotar as medidas regularizadoras, no
prazo de trinta dias, contados da ciência da decisão do Tribunal, ficará sujeito a multa e a
reparação do dano decorrente, conforme o caso.
No que concerne ao ato de concessão de aposentadoria, reforma ou pensão, uma vez
considerado ilegal, o órgão de origem fará cessar o pagamento dos proventos ou benefícios
no prazo de trinta dias, contados da ciência da decisão do Tribunal, sob pena de responsa-
bilidade solidária da autoridade administrativa omissa.
Recusado o registro do ato, por ser considerado ilegal, a autoridade administrativa res-
ponsável poderá emitir novo ato, se for o caso, escoimado das irregularidades verificadas.
Cuidado em prova, com “pegadinhas” do CEBRASPE, afirmando que o TCDF procederá à
correção e à republicação do ato ilegal. O TCDF não é gestor, portanto, não tem competência
para corrigir o ato. Essa providência cabe à autoridade administrativa responsável.
Identificada irregularidade em ato de concessão já cadastrado nos sistemas informa-
tizados do TCDF, poderá o Tribunal proceder ao exame do respectivo ato, dispensando a
manifestação do órgão de controle interno respectivo.
Será considerado prejudicado, por inépcia, o ato de admissão ou concessão que apre-
sentar inconsistências nas informações prestadas pelo órgão de pessoal que impossibilitem
sua análise, devendo ser determinado o encaminhamento de novo ato, livre de falhas.
Por fim, vale notar o que dispõe o art. 263 do RI-TCDF. O relator ou o Tribunal não
conhecerão de requerimento que lhes seja diretamente dirigido por interessado na obtenção
de quaisquer benefícios ou vantagens de caráter pessoal, devendo a solicitação ser arqui-
vada após comunicação ao requerente.
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Vale notar que tanto a LO-DF quanto a LO-TCDF atribuem ao TCDF a competência
para avaliar a execução das metas previstas no Plano Plurianual, nas diretrizes orçamen-
tárias e no orçamento anual. Ocorre que essa competência também é atribuída, de forma
semelhante, ao Sistema de Controle Interno de cada Poder.
O art. 48, I, da LO-TCDF estabelece que os Poderes Legislativo e Executivo manterão,
de forma integrada, sistema de controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento
das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orça-
mentos do Distrito Federal.
Logo, muita atenção em prova, pois esse tema pode ser objeto de “pegadinha”
pela banca.
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Conforme o que estabelece o inciso VII do art. 1º da LO-TCDF, seguindo o que dispõe a
LODF, compete ao TCDF fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados ao Distrito
Federal ou pelo Distrito Federal, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres.
As transferências de recursos mediante convênio são transferências voluntárias para
alguma pessoa jurídica, para a execução de uma política pública de interesse de quem
repassa os recursos, no caso, o DF, e de quem recebe o recurso, geralmente uma entidade
privada, pois no DF não temos municípios.
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O art. 6º, VI, da LO-TCDF dispõe que a jurisdição do Tribunal de Contas abrange os res-
ponsáveis pela aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Distrito Federal, mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, até o valor do repasse.
Reparou num detalhe? A lei orgânica prevê a fiscalização pelo TCDF de recursos repas-
sados voluntariamente ao Distrito Federal ou pelo Distrito Federal.
Verifica-se, portanto, que o TCDF tem competência, também, para fiscalizar a aplicação
dos recursos repassados ao DF, a exemplo dos recursos repassados pela União, via Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, para aplicar em programas de educa-
ção, e recursos do Fundo Nacional da Saúde – FNS, para aplicar em ações de saúde.
De acordo com o art. 1º, VIII, da LO-TCDF, compete ao Tribunal prestar as informações
solicitadas pela Câmara Legislativa ou por qualquer de suas comissões técnicas ou de inqué-
rito sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas.
Trata-se da função informativa do TCDF, devendo prestar informações ao titular do
controle externo, que é a Câmara Legislativa, acerca de fiscalização contábil, financeira, orça-
mentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas.
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De acordo com o art. 57 da LC n. 01/1994, o Tribunal poderá aplicar multa de até cem
UPDFs ou o equivalente em outro indexador que venha a ser adotado pelo Distrito Fede-
ral, para fins fiscais, aos responsáveis em função das seguintes hipóteses:
Ficará também sujeito à multa prevista no art. 57 da LO-TCDF aquele que deixar de dar
cumprimento à decisão do Tribunal, salvo motivo justificado.
Na verdade, como são diversas as hipóteses para aplicação dessa multa, podemos dizer
que são diferentes tipos de multas, sempre tendo em conta o limite estabelecido de cem
UPDFs ou o equivalente em outro indexador que venha a ser adotado pelo DF, para fins fiscais.
HIPÓTESE GRADAÇÃO
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Obstrução ao livre exercício das auditorias e inspeções Entre vinte e oitenta por
determinadas (inciso V do art. 272 do RI). cento do montante.
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A outra hipótese que merece certa atenção é a multa por valor quando houver ato de
gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano ao erário.
– A questão é a seguinte: ora, se houve injustificado dano ao erário, não seria hipótese
para se aplicar a multa do art. 56, ou seja, de até 100% do valor do débito? Por que
se aplica a multa do art. 57?
Por uma razão muito simples. Apesar de haver dano, não há débito. Somente se aplica
a multa de 100% do dano quando houver a condenação em débito. É isso mesmo! Existem
situações em que há um dano, mas não se consegue quantificá-lo em um débito. Esse é o
caso de certos atos antieconômicos, quando não é possível utilizar um critério objetivo para
quantificá-lo em débito a ser ressarcido/pago pelo responsável.
O art. 58 da LO-TCDF define que, nos casos de irregularidade ou ilegalidade constata-
dos, sem imputação de débito em que o Tribunal de Contas decidir pela dispensa de aplica-
ção de multa, deverão os respectivos votos ser publicados juntamente com a ata da sessão
em que se der o julgamento.
Nos termos do art. 59, o débito decorrente de multa aplicada pelo Tribunal, quando
pago após o seu vencimento, será atualizado monetariamente na data do efetivo pagamento.
Nos termos do art. 60 da LO-TCDF, pode ainda o Tribunal, por deliberação exclusiva do
Plenário, no caso de contas julgadas irregulares, com ou sem débito, inabilitar o responsável
para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança na administração pública do
DF por período entre cinco e oito anos, desde que a irregularidade seja considerada grave
pela maioria absoluta dos conselheiros.
Essa sanção será aplicada pelo Tribunal, sem prejuízo das sanções por multa (de forma
cumulativa) e das penalidades administrativas, aplicáveis pelas autoridades competentes.
Repare que a inabilitação é para o exercício de cargo comissionado ou função de
confiança, logo, não alcança cargo efetivo, e, ainda, no âmbito da administração pública do
Distrito Federal.
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Outro aspecto é que a inabilitação será de cinco a oito anos, a depender da gravidade
da irregularidade. Por isso é que a lei estabelece que o Tribunal deverá deliberar sobre a gra-
vidade da irregularidade, para depois definir se a pena será de cinco, seis, sete ou oito anos.
Por fim, a lei estabelece um quórum qualificado para aplicação da sanção, devendo ser
aplicada somente por deliberação da maioria absoluta (metade + um) dos conselheiros, ou
seja, tem de ter o voto pela sanção de pelo menos quatro conselheiros presentes à sessão.
O art. 61 da LO-TCDF prevê que o Tribunal poderá solicitar, por intermédio do Ministé-
rio Público, à Procuradoria-Geral do Distrito Federal ou aos dirigentes das entidades que lhe
sejam jurisdicionadas, as medidas necessárias ao arresto dos bens dos responsáveis julga-
dos em débito, devendo ser ouvido quanto à liberação dos bens arrestados e sua restituição.
Anoto que o arresto de bens, apesar de constar no capítulo das sanções da Lei Orgâ-
nica do Tribunal, é na verdade uma medida cautelar para garantir a execução de acórdão/
decisão condenatória do Tribunal.
O arresto de bens decorre de uma medida judicial adotada pelo órgão de advocacia jurí-
dica do ente credor. Pode ser adotada pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal, no caso
de gestor de órgãos da administração direta ou autarquias e fundações ou ainda pelos diri-
gentes das estatais. O TCDF “solicita”, por intermédio do Ministério Público junto ao Tribunal,
à Procuradoria-Geral do DF ou aos dirigentes das entidades; ele não determina.
Ressalte-se, também, que a legislação eleitoral prevê a inelegibilidade, por um perí-
odo de cinco anos, dos responsáveis por contas julgadas irregulares. Todavia, não cabe ao
TCDF declarar a inelegibilidade. É uma sanção de competência da Justiça Eleitoral.
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Como visto, o Plenário poderá solicitar, por intermédio do Ministério Público junto ao
Tribunal, à Procuradoria-Geral do Distrito Federal ou, conforme o caso, aos dirigentes das
entidades que lhe sejam jurisdicionadas a adoção de medidas necessárias ao arresto dos
bens dos responsáveis julgados em débito, nos termos do art. 61 da Lei Complementar
n. 1/1994. O Tribunal deverá ser ouvido quanto à liberação e restituição dos bens arrestados.
É uma medida administrativa, que decorre Decorre de uma medida judicial adotada pelo
da decisão do tribunal, encaminhada aos órgão de advocacia jurídica do ente credor.
cartórios, no sentido de que não lavrem Pode ser adotada pela Procuradoria Jurídica
escritura de transferência de bens pelos no caso de gestor de órgãos da administração
responsáveis. direta ou autarquias e fundações ou ainda
Será adotada no início ou durante o curso de pelos dirigentes das estatais.
um processo, caso o tribunal entenda que Será adotada após decisão condenatória do
há risco de que os responsáveis alienem ou TC.
transfiram seus bens para terceiros. Cuidado: o TCDF “solicita” à PGDF ou aos
dirigentes das entidades; ele não “determina”.
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O quadro a seguir descreve as sanções e as medidas cautelares que podem ser aplica-
das pelo TCDF, conforme previsto em sua Lei Orgânica e seu Regimento Interno:
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Conforme o art. 1º da LO-TCDF, compete ao TCDF assinar prazo para que o órgão ou
entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, verificada a ilegali-
dade, devendo sustar, se não atendida, a execução do ato impugnado, comunicando a deci-
são à Câmara Legislativa, observando o disposto no art. 45 § 2º, da referida Lei.
Trata-se das competências fiscalizadora e corretiva do Tribunal de Contas.
Verificada a ilegalidade de ato ou contrato, o Tribunal, na forma estabelecida no Regi-
mento Interno, assinará prazo para que o responsável adote as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, fazendo indicação expressa dos dispositivos a serem observados.
No caso de ato administrativo, o Tribunal, se não atendido:
I – sustará a execução do ato impugnado;
II – comunicará a decisão à Câmara Legislativa;
III – aplicará ao responsável a multa prevista no inciso II do art. 57 da LC n. 1/1994.
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Portanto, quando for contrato, o Tribunal, se não atendido, comunicará o fato à Câmara
Legislativa, a quem compete adotar o ato de sustação e solicitar, de imediato, ao Poder Exe-
cutivo, as medidas cabíveis.
Se a Câmara Legislativa ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetiva-
rem as medidas cabíveis, o Tribunal decidirá a respeito da sustação do contrato.
Cabe ressaltar que os Tribunais de Contas não sustam nem anulam contratos, mas,
como reconhecido pelo STF, podem determinar que o próprio jurisdicionado anule, sob
pena de aplicação das sanções cabíveis.
Nos termos do inciso XVII do art. 1º do RI-TCDF, cabe ao Tribunal representar ao Poder
competente sobre irregularidades ou abusos apurados, indicando o ato inquinado.
Um exemplo do exercício dessa competência pelo TCDF é quando o Tribunal constatar
ato ilícito enquadrado como improbidade administrativa ou crime. Nesse caso, deve o Tribu-
nal representar ao Ministério Público competente para as providências investigativas e pro-
cessantes de sua competência.
Outro exemplo é o caso de o TCDF constatar uma irregularidade na gestão de recursos
públicos por administradores do DF, mas perceber que os recursos são originários do orça-
mento da União e, portanto, deve representar ao TCU para que faça as apurações pertinen-
tes e adote as providências de sua alçada.
Nos termos do art. 1º, XIII, da LO-TCDF, compete ao TCDF comunicar à Câmara Legis-
lativa qualquer irregularidade verificada na gestão ou nas contas públicas, enviando-lhe
cópias dos respectivos documentos.
O art. 1º, XIV, da LO-TCDF estabelece que compete ao Tribunal apreciar e apurar
denúncias sobre irregularidades e ilegalidades dos atos sujeitos a seu controle.
O art. 52 da LO-TCDF, seguindo o que dispõe a LODF, prevê importante mecanismo de
controle social, legitimando qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato
para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas.
A denúncia será apurada em caráter sigiloso, até que se comprove a sua procedência,
e somente poderá ser arquivada após efetuadas as diligências pertinentes, mediante despa-
cho fundamentado do responsável.
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A consulta está prevista na Lei Orgânica do Tribunal, inciso XV do art. 1º, in verbis:
XV – decidir sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade competente, a
respeito de dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais e regulamentares
concernentes a matéria de sua competência, na forma estabelecida no Regimen-
to Interno.
O primeiro ponto a ser notado é que consultas devem ser formuladas por quem seja com-
petente para tanto. O segundo é a matéria sobre a qual a consulta poderá versar: dúvida na apli-
cação de dispositivos legais e regulamentares abrangidos pela jurisdição da Corte de Contas.
A consulta não poderá versar sobre fato ou caso concreto, e sua resposta tem caráter
normativo, constituindo pré-julgamento da tese (art. 1º, § 2º, da LOTCDF).
A definição de quem é legitimado para formular consulta foi delegada pela Lei Orgânica
ao Regimento Interno. De acordo com o art. 264 do RI, em caso de dúvida na aplicação de
disposição legal ou regulamentar, em matéria de sua competência, o Tribunal decidirá sobre
consultas que lhe forem formuladas pelas seguintes autoridades:
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As consultas deverão versar direito em tese, indicar com precisão seu objeto e ser
acompanhadas de parecer técnico-jurídico da Administração.
A decisão sobre processo de consulta somente será tomada se presentes na sessão
pelo menos cinco conselheiros, incluindo o presidente e auditores convocados.
O Tribunal não conhecerá de consulta que não atenda aos requisitos anteriores ou verse
sobre caso concreto, devendo o processo ser arquivado após comunicação ao consulente.
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ATENÇÃO
Não se procederá a nova eleição se a vaga ocorrer na presidência nos sessenta dias
antecederem ao término do mandato, caso em que o vice-presidente assumirá a presi-
dência e complementará o mandato.
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O inciso IV do art. 4º da LO prevê que compete ao TCDF organizar seus serviços auxi-
liares e prover os respectivos cargos, ocupados aqueles em comissão preferencialmente
por servidores de carreira do próprio Tribunal, nos casos e condições que deverão ser
previstos em lei.
1.1.20.7 Elaborar e propor à Câmara Legislativa outros projetos de lei de seu inte-
resse (inciso VII)
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Essa jurisdição dos Tribunais de Contas, própria e privativa, deriva do texto constitucio-
nal: “Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Dis-
trito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo,
no que couber, as atribuições previstas no art. 96”.
Na Constituição do DF, tem-se a seguinte regra equivalente:
Art. 82. O Tribunal de Contas do Distrito Federal, integrado por sete Conselheiros,
tem sede na cidade de Brasília, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o
território do Distrito Federal, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no
art. 96 da Constituição Federal.
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Vamos ver, então, quem são as pessoas sujeitas à jurisdição do TCDF. Nos termos do
art. 6º da LO-TCDF, a jurisdição do Tribunal abrange:
• aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte
dano ao erário (inciso II).
Como vimos, o inciso I estabelece a jurisdição do TCDF para todas as pessoas ou res-
ponsáveis que utilizam, arrecadam, guardam, gerenciam ou administram dinheiros, bens e
valores públicos.
Já o inciso II em comento amplia a jurisdição do Tribunal para todos aqueles que derem
causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao erário.
Pelo dispositivo, se um servidor público que não esteja na condição de gestor ou de
ordenador de despesas causar um dano ao erário, estaria alcançado pela jurisdição do
TCDF. Esse é o caso, por exemplo, de um servidor que, ao utilizar um notebook em serviço
externo, por descuido, deu causa ao extravio desse bem. Portanto, em função do dano, cabe-
ria ao TCDF dizer do direito sobre o fato ocorrido, podendo ser constituído um processo de
tomada de contas especial – TCE a ser apreciado pelo Tribunal.
Esclareço que a TCE é um processo administrativo devidamente formalizado, com rito
próprio, para apurar responsabilidade por ocorrência de dano à administração pública, com
apuração dos fatos, quantificação do dano, identificação dos responsáveis e obter o respec-
tivo ressarcimento.
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Importante nesse inciso é definir o que sejam empresas encampadas ou que estejam
sob intervenção. A encampação é instituto do Direito administrativo. A Lei n. 8.987/1995, que
dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto
no art. 175 da CF define o instituto da seguinte forma:
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Por esse dispositivo, está sob a jurisdição do TCDF qualquer entidade privada que
receba contribuições e preste serviço de interesse público ou social. Cuidado: repare que,
para estar sujeita à jurisdição do Tribunal de Contas, a entidade privada tem de receber con-
tribuições e prestar serviço de interesse público ou social. Portanto, são duas condições.
• todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos à sua
fiscalização, por expressa disposição de lei (inciso V).
Como exemplo do inciso V, podemos citar as organizações sociais, que, por força de lei,
estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas e prestam contas ao Tribunal.
Eventuais fundações de apoio também são alcançadas pelo TCDF, mas dispensadas
de prestar contas anuais.
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O inciso VII apresenta uma garantia aos herdeiros. Por esse dispositivo, os sucessores
só precisam responder por eventuais dívidas herdadas até o limite do patrimônio trans-
ferido. Assim, caso um responsável seja condenado em débito pelo Tribunal de Contas e
venha a falecer, o débito pode ser cobrado dos herdeiros e/ou sucessores, mas somente até
o montante do patrimônio transferido pelo de cujus aos herdeiros e/ou sucessores.
A reparação do dano transmite-se aos herdeiros, até o limite do patrimônio transferido,
mas não se transfere a obrigação de pagar a multa, pois é personalíssima, ante o seu cará-
ter punitivo.
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2. ORGANIZAÇÃO DO TCDF
Conforme o art. 82 da LO-DF, o TCDF será integrado por sete conselheiros titulares/
efetivos. A Lei Complementar n. 1/1994 (LO-TCDF) reforça essa regra ao dispor no art. 62
que o Tribunal de Contas é composto de sete conselheiros.
Assim, muito cuidado em prova, pois, apesar de o Tribunal contar com auditores (con-
selheiros substitutos) e procuradores do Ministério Público junto ao Tribunal em sua organi-
zação e funcionamento, estes não compõem o TCDF. Nos exatos termos da Constituição e
da Lei, ele é composto pelos sete Conselheiros.
De acordo com o § 1º do art. 82 da LO-DF, as condições para escolha e nomeação
dos conselheiros são as seguintes:
Quanto aos notórios conhecimentos, note que a Constituição exige notórios conheci-
mentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros, mas no final apresenta uma alterna-
tiva mais ampla: ou de administração pública – permitindo, com isso, que o escolhido para o
cargo de conselheiro possua notórios conhecimentos apenas de administração pública. Isso
possibilita, por exemplo, que um deputado com alguns mandatos preencha as condições de
notório saber. Quem iria questionar se um parlamentar com alguns mandatos (mais de dez
anos de experiência) não possui notórios conhecimentos de administração pública?
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Seguindo, veremos como é feita a escolha dos Conselheiros. As regras são estabeleci-
das na LO-DF da seguinte forma:
Dos quatro conselheiros que são escolhidos pela Câmara Legislativa, a escolha pode
recair em qualquer pessoa que preencha os requisitos apresentados na LO. Dessa forma, não
há necessidade de o conselheiro a ser escolhido pela CLDF ter sido deputado, por exemplo.
Ainda com relação a esses quatro conselheiros, como foram escolhidos pela CLDF,
não há necessidade de serem aprovados pela própria Câmara. Somente os escolhidos pelo
Governador, isto é, três Conselheiros, devem passar por essa aprovação prévia da Câmara
Legislativa, em votação ostensiva, após arguição em sessão pública.
Com relação aos três escolhidos pelo governador, somente um pode ser de sua livre
escolha, uma vez que os outros dois devem ser escolhidos dentre auditores (conselheiros-
-substitutos) e membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, indicados em lista
tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento, alternadamente.
No que concerne à lista tríplice, deve-se atentar que a escolha é sempre do chefe do
Poder Executivo, não se cogitando em que deva ser escolhido o auditor ou o procurador mais
antigo ou aquele que, supostamente, seja o mais merecedor.
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Sobre o assunto, veja o que decidiu o STF no RE 179.461, avaliando um caso ocorrido
no próprio TCDF:
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Ainda, conforme asseverou o STF (MS 23968), a lista só será tríplice se houver três
candidatos aptos. Havendo apenas dois ou um candidato apto, a lista poderá ser elaborada
com menos nomes.
Uma vez escolhido o nome pelo governador, caberá à CLDF argui-lo em sessão pública
e, se for o caso, aprovar a indicação em votação ostensiva (art. 60, XVIII, da LODF).
Sendo aprovado, caberá ao governador, por meio de decreto, nomear novo conselheiro
(art. 100, XII, da LODF).
Após nomeado, o novo conselheiro será empossado pelo presidente do TCDF, nos
termos do art. 68, II, da LO-TCDF e do art. 84, III, do RI-TCDF.
Em caso de vacância, a competência para a escolha do conselheiro do Tribunal de
Contas será definida de modo que mantenha a composição estabelecida na Constituição.
Assim, se aposentar um Conselheiro indicado pela CLDF, esta caberá indicar o sucessor.
Conforme o art. 26 do RI-TCDF, os conselheiros terão os mesmos direitos, garantias,
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos desembargadores do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e somente poderão aposentar-se com as vantagens do cargo
quando o tiverem exercido, efetivamente, por mais de cinco anos.
Os conselheiros farão declaração pública de bens, no ato da posse e no término do
exercício do cargo (§ 1º do art. 24 do RI-TCDF). Nos casos de crime comum e nos de respon-
sabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Superior Tribunal de Justiça
(§ 2º do art. 24 do RI-TCDF). São regidos pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional (§ 3º
do art. 24 do RI-TCDF).
Os Conselheiros tomarão posse em sessão especial, podendo fazê-lo perante o presi-
dente nos períodos de recesso ou férias coletivas. Eles têm o prazo de trinta dias, a partir da
publicação do ato de nomeação no Diário Oficial do Distrito Federal, prorrogável por mais
60 dias, no máximo, mediante solicitação escrita, para posse e exercício no cargo.
No ato de posse, o conselheiro prestará o compromisso de bem cumprir os deveres do
cargo, em conformidade com a Constituição, as leis da República e as do Distrito Federal.
Os conselheiros terão os mesmos direitos, garantias, prerrogativas, impedimentos, ven-
cimentos e vantagens dos desembargadores do TJDFT e somente poderão aposentar-se
com as vantagens do cargo quando o tiverem exercido, efetivamente, por mais de cinco anos.
Eles gozarão das seguintes garantias e prerrogativas:
• vitaliciedade, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada
em julgado;
• inamovibilidade;
• irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o disposto nos
art. 37, XI, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da Constituição Federal;
• aposentadoria.
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As licenças para tratamento de saúde por prazo não superior a trinta dias, ou por motivo
de doença em pessoa da família, serão concedidas pelo presidente, mediante atestado
médico, dando-se conhecimento ao Plenário.
Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou de qualquer direito ou vantagem legal, o
conselheiro poderá afastar-se de suas funções, até oito dias consecutivos, por motivo de
casamento, falecimento do cônjuge, de companheiro, de ascendente, descendente ou irmão.
O procedimento de verificação da invalidez, para fim de aposentadoria, será iniciado a
requerimento do conselheiro ou por determinação do presidente, em cumprimento à delibe-
ração do Plenário.
Na hipótese da verificação de invalidez por determinação do Plenário, o presidente
nomeará junta integrada por três médicos, fixando o prazo para o exame e determinando a
notificação do conselheiro para, se o desejar, requerer providência no prazo de cinco dias.
Se o conselheiro estiver impossibilitado de apresentar defesa, por si ou por seu repre-
sentante legal, o presidente lhe nomeará curador à lide.
Deverá submeter-se a exame para verificação de invalidez o conselheiro que, no perí-
odo de dois anos consecutivos, houver gozado licença para tratamento de saúde por prazo
igual ou superior a seis meses e vier a requerer nova licença, para o mesmo fim, nos dois
anos subsequentes.
O Tribunal poderá determinar, por motivo de interesse público, a disponibilidade ou a
aposentadoria de conselheiro, assegurada a ampla defesa e a observância das normas rela-
tivas ao procedimento administrativo disciplinar aplicável aos magistrados.
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A comprovação do efetivo exercício por mais de dez anos de cargo da carreira de Con-
trole Externo do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares do Tribunal constitui título com-
putável para efeito do concurso.
Assim como o conselheiro, o auditor também possui vitaliciedade, já que, após dois
anos de exercício, só perderá o cargo por sentença judicial transitada em julgado.
O auditor, quando em substituição a conselheiro, além das mesmas garantias e impe-
dimentos do titular, gozará, no Plenário, dos direitos e prerrogativas a este assegurados, nos
termos e hipóteses previstos no Regimento Interno. Não poderá, contudo, o auditor votar
nem ser votado nas eleições para presidente, vice-presidente e corregedor conselhei-
ro-ouvidor e regente da Escola de Contas Públicas.
O presidente convocará auditor para substituir conselheiro nas ausências superiores a
duas sessões consecutivas. Por todo o período em que o conselheiro se mantiver afastado
do exercício do cargo, o auditor permanecerá convocado, sendo-lhe asseguradas as van-
tagens da substituição durante suas ausências justificadas e impedimentos por motivo de
licença. Cessará a convocação do auditor se este entrar em gozo de férias.
Tendo processo para relatar, decorrente de pedido de vista, e ocorrendo, antes da vota-
ção, o retorno do conselheiro substituído, o auditor convocado votará, mesmo que cessada
a convocação.
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ATENÇÃO
Repare que os auditores presidem a relatoria de processos junto ao Plenário, preferencial-
mente os processos de tomada e prestação de contas. Ao relatarem seus processos, eles
participam da discussão sobre eles, mas não têm direito a voto; apresentam proposta de
decisão por escrito, a ser votada pelos conselheiros. Os auditores somente têm direito a
voto quando estão substituindo conselheiro!
Três pelo
Conselheiros Governador e Presidente do TCDF
quatro pela CLDF
Concurso público de
Auditores Presidente do TCDF
provas e títulos
Governador do
Governador do DF
Procurador-Geral do DF, mediante lista Plenário, em sessão
MPTCDF tríplice dentre os especial
procuradores
Concurso público
Procuradores do de provas e títulos
Presidente do TCDF
MPTCDF (bacharéis em
Direito)
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DURAÇÃO DO CARGO/MANDATO
Cargo Tempo
Conselheiro Vitalício
• Colegiado: Plenário.
• Direção: presidente, vice-presidente e corregedor.
• Órgãos técnicos e administrativos: gabinetes do presidente, conselheiros, auditores,
procurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal e procuradores; corregedoria,
Secretaria-Geral de Controle Externo; secretarias de controle externo; núcleos de fis-
calização; consultoria jurídica; secretaria das sessões; Secretaria-Geral de Administra-
ção; Escola de Contas, ouvidoria, assessoria de comunicação, divisão de planejamento
e modernização administrativa; Divisão de Controle Interno, Divisão de Tecnologia da
Informação e Núcleo de Informações Estratégicas.
De acordo com o art. 8º do RI-TCDF, o Plenário do Tribunal, dirigido por seu presidente,
terá competência e o funcionamento regulado no Regimento Interno.
Muita atenção em prova, pois o RI prevê a possibilidade de o Tribunal de Contas divi-
dir-se em câmaras, mediante deliberação da maioria absoluta de seus membros titulares.
Atualmente, o TCDF não possui câmaras, sendo o Plenário o único órgão colegiado delibe-
rativo do Tribunal.
Integram a organização do Tribunal três auditores, como substitutos de conselheiro e
com funções permanentes definidas no Regimento.
Funciona junto ao Tribunal o Ministério Público, com as atribuições estabelecidas em lei
e no Regimento.
O Tribunal disporá de serviços auxiliares para atender às atividades de apoio técnico e
administrativo, necessárias ao exercício de sua competência.
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De acordo com a Lei Orgânica do TCDF, art. 68, compete ao presidente, dentre outras
atribuições estabelecidas no Regimento Interno:
I – dirigir o Tribunal;
II – dar posse aos conselheiros, auditores e dirigentes das unidades dos serviços auxi-
liares, na forma estabelecida no Regimento Interno;
III – expedir atos de nomeação, admissão, exoneração, demissão, remoção, dispensa,
aposentadoria e outros relativos aos servidores do Tribunal, os quais serão publicados no
Diário Oficial e no Boletim do Tribunal;
IV – movimentar as dotações e os créditos orçamentários próprios e praticar os atos
de administração financeira, orçamentária e patrimonial, necessários ao funcionamento
do Tribunal;
V – promover assistência médica e hospitalar aos membros do Plenário, autorizando as
necessárias despesas.
Nos termos do parágrafo único do mesmo artigo, os atos referidos nos incisos III, IV e
V acima poderão ser delegados, inadmitida a subdelegação.
O Regimento Interno do TCDF, em seu artigo 16, prevê 53 competências para o presi-
dente do Tribunal. Não vou listar todas aqui, mas recomendo a sua leitura. Destaco, contudo,
algumas competências que entendo muito potenciais para a prova!
Compete ao presidente convocar as sessões do Tribunal e presidi-las, resolvendo, sem
prejuízo de recurso ao Plenário, as questões de ordem e os requerimentos.
Além das hipóteses excepcionais em que o presidente do TCDF vota, compete ao pre-
sidente relatar e votar quando se apreciar agravo contra despacho decisório de sua auto-
ria. Também cabe relatar matérias administrativas para deliberação pelo Plenário. Com-
pete ao presidente decidir as questões administrativas ou, quando considerá-las relevantes,
relatar ou sortear relator para submetê-las ao Plenário, nos termos do art. 120 do Regimento,
resguardada a competência da Corregedoria.
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Outra competência que gostaria de destacar é a que consta do inciso XXXV do art. 16
do RI: determinar a instauração de sindicância ou processo administrativo disciplinar e apli-
car sanções disciplinares a servidor do Tribunal, observado o disposto no inciso XI do art. 13,
que define a competência do Plenário do Tribunal para deliberar, por proposta do presidente,
sobre a aplicação das penas disciplinares de demissão e cassação de aposentadoria ou dis-
ponibilidade a servidores do Tribunal.
Atenção para o que dispõe o § 1º do artigo 16, ao permitir que o presidente delegue, na
forma da lei, todas atribuições previstas no artigo 16.
Vale destacar ainda que, dos atos e decisões administrativas do presidente que envol-
vam a apreciação de direitos e vantagens de servidor, caberá pedido de reconsideração ou
recurso ao Plenário, na forma disciplinada em resolução.
Repare que, por essa regra, caso haja processo administrativo que proponha sanção
contra um servidor do TCDF, a decisão caberá ao presidente do Tribunal, mas o servidor
poderá apresentar pedido de reconsideração ao Plenário.
Por fim, destaco que, em caráter excepcional e havendo urgência, o presidente
poderá decidir sobre matéria da competência do Tribunal, submetendo o ato à homologação
do Plenário na próxima sessão ordinária.
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Ao servidor que exerce funções de controle externo, quando credenciado pelo presi-
dente do Tribunal ou, por delegação deste, pelos dirigentes das unidades técnicas dos ser-
viços auxiliares do Tribunal, para desempenhar funções de auditorias, inspeções e diligên-
cias expressamente determinadas pelo Tribunal ou por sua presidência, são asseguradas as
seguintes prerrogativas:
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ATENÇÃO
• O MPC não está vinculado ao MP; é um órgão com autonomia funcional que atua junto
ao respectivo Tribunal de Contas. Logo, os membros do MPC não são indicados ou
pertencem ao Ministério Público Federal ou Estadual;
• Os dois possuem a função institucional de custos legis (fiscal da lei);
• Enquanto o Ministério Público pode atuar como parte (titular da ação penal, ação civil
pública, ação de improbidade etc.); substituto processual; assistente processual (ao
lado de outro legitimado ativo, por exemplo, nos processos-crimes instaurados como
queixa); representante da parte; e custos legis (fiscal da lei), o Ministério Público junto
ao Tribunal de Contas atua processualmente como fiscal da lei (manifestando-se sobre
as questões de direito nos processos) e, excepcionalmente, como parte (ao recorrer, ao
formular representação etc.).
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Os atos normativos serão publicados na íntegra, sem ônus, no Diário Oficial do Distrito
Federal e no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal, à exceção de matéria de exclusivo inte-
resse do Tribunal, que será publicada apenas em boletim interno.
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• ordinárias;
• extraordinárias;
• especiais;
• reservadas; e
• administrativas.
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Se o horário da sessão especial coincidir com o da sessão ordinária, esta poderá ter
início logo após o encerramento daquela.
O julgamento de mérito de determinadas matérias ou tipos de processo poderá também
ser realizado por meio eletrônico, nos termos e condições definidos em ato normativo.
Sessões extraordinárias: serão convocadas pelo presidente, com antecedência
mínima de 24 horas, salvo por motivo relevante ou urgente, devidamente justificado.
Se o horário da sessão especial coincidir com o da sessão ordinária, esta poderá ter
início logo após o encerramento daquela.
Sessões reservadas: serão realizadas às terças e quintas-feiras, após o encerra-
mento das demais sessões previstas, quando incluídos em pauta processos dessa natureza,
mediante convocação do presidente e sempre com a presença de, pelo menos, quatro de
seus membros titulares, inclusive o que presidir o ato. Nas sessões reservadas, serão
julgados processos cuja preservação do sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado ou essencial à defesa da intimidade das partes.
A apreciação de matérias em sessão sigilosa será exclusivamente com a presença dos
conselheiros, auditores, representante do Ministério Público e Secretário das sessões, bem
assim das partes e de seus representantes legais.
Sessões administrativas: serão realizadas às terças e quintas-feiras, quando incluí-
dos em pauta assuntos de natureza administrativa do Tribunal, mediante convocação do pre-
sidente e sempre com a presença de, pelo menos, cinco de seus membros titulares, inclusive
o que presidir o ato.
Em regra, as sessões serão públicas, salvo quando a preservação do sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado ou essencial à defesa da intimidade
das partes, desde que não prejudique o interesse público.
As sessões de julgamento poderão ser realizadas por meio eletrônico ou na modali-
dade de Plenário Virtual, nos termos e condições definidos em ato normativo.
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• À hora prevista, havendo número legal, o presidente declarará aberta a sessão, mencio-
nando os conselheiros, auditores e representante do Ministério Público presentes e regis-
trando eventuais ausências, para, em seguida, passar à discussão e votação de atas de
sessões anteriores, previamente disponibilizadas, preferencialmente por meio eletrônico.
• Não havendo quórum, o presidente mandará lavrar termo de presença, e a matéria a
ser apreciada ficará automaticamente transferida para a sessão imediata.
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3.4.1.3 Expedientes
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• Qualquer conselheiro ou auditor convocado, antes de votar, poderá pedir vista do pro-
cesso, sendo facultado ao representante do Ministério Público fazer o mesmo, na fase
de discussão, ainda que já tenha se manifestado nos autos.
• O pedido de vista obriga a devolução dos autos à presidência, com voto ou parecer
escrito, no prazo de dez dias.
• A concessão de vista implicará a suspensão da votação já iniciada. Voltando o processo
à sessão, será reaberta a discussão e retomada a votação, dando-se a palavra, pela
ordem, a quem tenha pedido vista.
• A vista poderá se dar em mesa, durante a sessão, ficando a discussão da matéria sus-
pensa até seu pronunciamento.
• Possibilidade de antecipação de voto. Ainda durante a fase de discussão, qual-
quer conselheiro ou auditor convocado poderá antecipar seu voto, quando houver
pedido de vista.
• Apresentado o processo pelo relator e não mais havendo quem queira discutir a maté-
ria, o presidente encerrará a fase de discussão e abrirá, a seguir, a fase de votação.
• Concluída a discussão, o presidente encaminhará a votação, iniciada com o voto do
relator, colhendo-se, em seguida, os votos dos demais conselheiros, na ordem decres-
cente de antiguidade.
• Nenhum conselheiro ou auditor convocado presente à sessão poderá deixar de votar,
salvo se declarar impedimento ou suspeição.
• Não poderá, ainda, participar da votação o conselheiro ou auditor convocado para subs-
tituí-lo quando um deles já houver proferido o seu voto.
• Tendo votado o relator, qualquer conselheiro poderá requerer reunião em conselho,
para melhor informar-se da matéria, a qual acontecerá em sala própria, onde só pode-
rão permanecer os conselheiros, auditores e representante do Ministério Público.
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• unanimidade;
• maioria; ou
• desempate do presidente.
• Será, desde logo, declarada vencedora a proposta de mérito que superar, em número
de votos, a soma dos votos das demais propostas.
• Não ocorrendo a hipótese acima, elimina-se a proposta menos votada entre elas e sub-
metem-se à votação as propostas que obtiverem os maiores números de votos.
• Caso existam duas ou mais propostas com o mesmo número de votos, serão colocadas
inicialmente em votação as duas propostas que mais se assemelhem, observando-se,
a seguir, o disposto acima, quanto à eliminação da proposta menos votada entre elas e
submetendo à votação as propostas que obtiverem os maiores números de votos.
• O conselheiro poderá modificar seu voto antes de proclamado pelo presidente o resul-
tado da votação.
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• O conselheiro poderá fazer declaração de voto, protestando para que conste da ata,
apresentando-a por escrito, no prazo de 24 horas.
• A declaração de voto recebida fora do prazo, ou sem protesto prévio, será apenas jun-
tada aos autos.
• O conselheiro que apresentar voto divergente, acolhido pela maioria, deverá elaborar
declaração de voto para que conste em ata (por escrito e no prazo de 24 horas), salvo
quando a motivação do voto acolhido tenha por fundamento a instrução da unidade téc-
nica e/ou o parecer do Ministério Público.
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4. PROCESSO EM GERAL
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O título IV do RITCDF trata do processo em geral, sendo regulado nos artigos 117 a
177. A seguir, apresenta-se uma síntese dos principais aspectos regulados no título IV.
Responsável Interessado
ATENÇÃO
Nos processos em tramitação no TCDF, não é obrigatório que a parte esteja representada
por advogado. As partes podem praticar os atos processuais diretamente ou por intermédio
de procurador regularmente constituído, ainda que não seja advogado.
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Chama-se atenção para o fato de que o recurso não deve ser considerado uma etapa
do processo, mas sim uma fase processual.
O relator presidirá a instrução do processo, determinando, mediante despacho, de
ofício ou por provocação da unidade de instrução ou do Ministério Público junto ao Tribunal,
o sobrestamento do julgamento ou da apreciação, a citação, a audiência dos responsáveis,
ou outras providências consideradas necessárias ao saneamento dos autos.
O processo que apresentar pareceres discordantes, matéria complexa ou questões téc-
nico-jurídicas relevantes poderá ser levado à apreciação do Plenário.
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O relator fixará prazo de até sessenta dias para o cumprimento das diligências que
determinar, podendo o período ser superior em caso devidamente justificado.
Saneado o processo, será a matéria submetida à apreciação do Plenário, para decisão
de mérito.
Os atos do processo poderão se dar por meio eletrônico, na forma a ser disciplinada em
ato normativo.
A critério do relator e mediante delegação em portaria específica, o chefe de seu gabi-
nete poderá efetuar despachos de mero expediente ou de simples encaminhamento de
processos.
4.6 Provas
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São inadmissíveis no processo provas obtidas por meios ilícitos. O relator, em decisão
fundamentada, negará a juntada de provas ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou pro-
telatórias.
As partes poderão pedir vista ou cópia de peça do processo, mediante solicitação diri-
gida ao presidente ou ao relator, que poderá ser decidida pelo presidente do TCDF caso o
relator esteja de férias ou afastado.
O presidente concederá vista de processos e cópias de peças dos autos às partes até a
última decisão de mérito, podendo essa competência ser delegada mediante Portaria.
O relator decidirá mediante despacho singular sobre solicitação de vista ou de cópia de
peças do processo ainda não conhecidas pelo Plenário.
Poderão ser indeferidos os pedidos se existir motivo justo ou, estando no dia de jul-
gamento do processo, não houver tempo suficiente para a concessão de vista ou extração
de cópias.
Do despacho que indeferir pedido de vista ou cópia de peça de processo cabe agravo.
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De acordo com o art. 137 do RI, o processo será encerrado no sistema informatizado
de controle de processos, mediante despacho do dirigente da unidade técnica, nas seguintes
situações:
I – quando houver decisão do relator ou de colegiado pelo apensamento definitivo a
outro processo;
II – quando houver decisão do relator, do Tribunal ou da Presidência pelo seu encer-
ramento, após efetuadas as comunicações pertinentes e expirados os prazos dos recursos
cabíveis dotados de efeito suspensivo;
III – nos casos de decisões definitivas ou terminativas, após a adoção das providências
nelas determinadas e a efetivação das competentes comunicações;
IV – após o registro de que trata o art. 259 do Regimento Interno;
V – nos casos em que o processo tenha cumprido o objetivo para o qual foi constituído;
VI – entre outros, nos casos previstos nos art. 158, § 1º e 159 (reconhecido pelo arguido
o seu impedimento ou a sua suspeição, os autos do processo originário serão encaminhados
para redistribuição no caso de ser ele o relator e os do incidente, para arquivamento; 197, §
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4.10 Nulidades
A maior parte dos vícios de forma não proporciona grande repercussão processual.
Alguns podem ser simplesmente relevados e outros, corrigidos pela própria parte. Porém, em
algumas situações, o ordenamento jurídico reage à imperfeição do ato processual, negan-
do-lhe eficácia, com o objetivo de assegurar garantias para as partes, adequar-se ao devido
processo legal e conduzir um processo legítimo. Nessas situações mais extremas de vício,
impõe-se a invalidade do ato processual.
A seguir, apresento uma síntese das regras regimentais acerca da nulidade dos atos
praticados no âmbito dos processos do TCDF:
• Nenhum ato será declarado nulo se do vício não resultar prejuízo para a parte, para o
erário, para a apuração dos fatos pelo Tribunal ou para a deliberação adotada (princí-
pio do prejuízo);
• Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveitaria a declaração de nuli-
dade, o Tribunal não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. Não se
tratando de nulidade absoluta, considerar-se-á válido o ato que, praticado de outra forma,
tiver atingido o seu fim (princípios da verdade material e do formalismo moderado);
• A parte não poderá arguir nulidade a que haja dado causa ou para a qual tenha, de qual-
quer modo, concorrido (ninguém pode alegar a própria torpeza a seu favor);
• Conforme a competência para a prática do ato, o Tribunal ou o relator declarará a nuli-
dade de ofício, se absoluta, ou por provocação da parte ou do Ministério Público junto
ao Tribunal, em qualquer caso;
• A nulidade do ato, uma vez declarada, causará a dos atos subsequentes que dele
dependam ou sejam consequência (princípio da causalidade);
• A nulidade de uma parte do ato, porém, não prejudicará as outras que dela sejam
independentes;
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4.11.1 Do Impedimento
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VII – em que figure como interessada instituição de ensino com a qual tenha relação de
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII – em que figure como interessado cliente do escritório de advocacia de seu côn-
juge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o ter-
ceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX – quando promover ação contra o interessado ou seu advogado;
X – cuja matéria examinada seja objeto de Representação de sua autoria.
No caso do inciso III, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava exer-
cendo o patrocínio da causa.
É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do
conselheiro.
O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido
a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individual-
mente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.
A exceção de impedimento pode ser oferecida pela parte a qualquer tempo.
4.11.2 Da Suspeição
Há suspeição do conselheiro:
I – amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II – que receber presentes de pessoas que tiverem interesse no processo, antes ou
depois de iniciado, que aconselhar alguma das partes interessadas acerca do objeto do pro-
cesso ou que subministrar meios para atender às despesas do processo;
III – quando qualquer das partes interessadas for sua credora ou devedora, de seu côn-
juge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV – interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
Poderá o conselheiro declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade
de declarar suas razões. Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
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4.12 Comunicações
• mediante ciência da parte, efetivada por servidor designado, por meio eletrônico, fac-
-símile, telegrama ou qualquer outra forma, desde que fique confirmada inequivoca-
mente a entrega da comunicação ao destinatário;
• mediante carta registrada, com aviso de recebimento que comprove a entrega no
endereço do destinatário;
• por edital publicado nos órgãos oficiais, quando o seu destinatário não for localizado.
Quando a parte for representada por advogado, a comunicação deve ser dirigida ao
representante legalmente constituído nos autos.
Falecido o responsável e evidenciada a sucessão na responsabilidade de ressarci-
mento, o Tribunal ordenará a citação do cônjuge ou companheiro supérstite, dos herdeiros
ou sucessores e dos corresponsáveis por fiança ou seguro, para apresentar defesa.
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4.14 Prazos
De acordo com o art. 168 do RI, os prazos referidos no Regimento contam-se dia a dia,
a partir da data:
I – do recebimento pela parte:
a) da citação ou da comunicação de audiência;
b) da comunicação de rejeição das alegações da defesa ou das razões de justificativas;
c) da comunicação de diligência;
d) da notificação;
II – da notificação do MPjTCDF quando este atuar na condição de parte;
III – constante de documento que comprove a ciência da parte;
IV – da publicação nos órgãos oficiais, quando a parte não for localizada;
V – da publicação da decisão ou do acórdão no Diário Oficial do Distrito Federal,
nos demais casos, salvo disposição legal expressa em contrário;
VI – da circulação do Boletim Interno.
Na contagem dos prazos, salvo disposição legal em contrário, excluir-se-á o dia do
início e incluir-se-á o do vencimento. O prazo começa a correr a partir do primeiro dia em
que houver expediente no Tribunal. Se o vencimento do prazo recair em dia em que não
houver expediente, será prorrogado até o primeiro dia útil seguinte.
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5. JULGAMENTO DE CONTAS
O julgamento das contas dos gestores públicos ou daqueles que causarem prejuízo ao
Erário público é uma competência própria (privativa) do Tribunal de Contas, não cabendo
qualquer participação ou revisão por parte do Poder Legislativo.
Ressalta-se que o verbo julgar não possui cunho jurisdicional, exclusivo do julgamento
pelo Poder Judiciário. No julgamento das contas, os TCs poderão julgá-los regulares, regu-
lares com ressalvas ou irregulares, aplicando, neste caso, as sanções cabíveis previstas em
lei. É importante saber que o julgamento das contas pelos TCs não é de natureza jurisdicio-
nal, esta exclusiva do Poder Judiciário, e sim de natureza administrativa.
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Além das contas ordinárias ou anuais dos gestores públicos, o Tribunal de Contas julga
as tomadas de contas especiais daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregu-
laridade de que resulte prejuízo ao erário público, mesmo que não seja administrador público.
Essas contas são as chamadas tomadas de contas especiais, que são aquelas ins-
tauradas quando se verificar a ocorrência de desfalque ou desvio de bens ou outra irregula-
ridade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, ou, ainda, quando se verificar que
o responsável pela aplicação dos recursos públicos não prestou contas no prazo e na forma
fixados nos normativos do TC e dos órgãos de Controle Interno.
O art. 179 do RI estabelece que as pessoas indicadas no art. 6º, I a VI, do Regimento
têm o dever de prestar contas e, ressalvado o disposto no inciso XXXV do art. 5º da Consti-
tuição Federal, só por decisão do Tribunal de Contas do Distrito Federal podem ser liberadas
dessa responsabilidade.
Repare que os dirigentes das entidades indicados nos incisos I a VI do art. 6º do RI têm
o dever de prestar contas anualmente ao Tribunal, e somente serão liberados dessa obriga-
ção por decisão do Poder Judiciário ou do próprio TCDF.
Vale notar que as pessoas físicas, órgãos e entidades públicas ou privadas presta-
rão contas diretamente ao órgão/entidade repassador, quanto à boa e regular aplicação de
recursos recebidos do Distrito Federal sob a forma de convênio, acordo, ajuste ou outros
instrumentos congêneres, incluindo auxílios, contribuições, subvenções ou qualquer outra
forma de transferência. O TCDF verificará essas contas quando julgar as contas dos órgãos
repassadores dos recursos.
As contas dos administradores e responsáveis serão submetidas a julgamento do Tribu-
nal, sob a forma de tomada ou prestação de contas, que poderão ser:
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Vimos que todo aquele, pessoa física ou jurídica, pública ou privada que utilize, arre-
cade, guarde ou administre dinheiros, bens e valores públicos estão sujeitos a prestação de
contas. Da mesma forma, devem prestar contas as pessoas referenciadas, quando o DF, ou
que, em nome deste, assumam obrigações de natureza pecuniária.
Sujeitam-se ainda, à jurisdição dos tribunais de contas, aqueles que derem causa
a perda, extravio ou irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. Portanto, no
âmbito do TCDF, estão obrigados a apresentarem ou a terem as suas contas tomadas,
ainda que extraordinariamente, todo aquele que, na gestão temporária da coisa pública, de
alguma forma, cause prejuízo ao erário, por exemplo, na aplicação de recursos transferidos
mediante convênio.
A Tomada de Contas Especial (TCE) pode ser entendida como tomada de contas em
circunstâncias especiais, sendo um instrumento legal destinado a identificar eventuais preju-
ízos na guarda e aplicação de recursos públicos com vistas ao ressarcimento do Erário.
O Instituto da tomada de contas especial está disciplinado na Lei Orgânica do TCDF
(art. 9º) e no seu Regimento Interno.
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Aliada ao débito, deve estar configurada uma conduta culposa ou dolosa de um agente
público. Dessa forma, um ou mais responsáveis pelo prejuízo quantificado devem existir, e a
relação de causa e efeito entre a conduta do agente e o dano deve ficar caracterizada. Esse
responsável (ou esses responsáveis) precisa estar perfeitamente identificado, tendo em vista
que o ressarcimento aos cofres públicos será cobrado dele.
Tais objetivos possibilitam o alcance da finalidade maior de uma TCE, que é o ressarci-
mento dos cofres públicos. Se não pela própria via administrativa da TCE, pela obtenção,
ao fim de seu julgamento, de um título executivo para cobrança judicial da dívida, consubs-
tanciado no acórdão condenatório proferido pelo Tribunal de Contas.
Repare que a instauração de TCE é uma medida de exceção, em função do seu custo.
Nesse sentido, a legislação exige que a autoridade administrativa competente, antes da instau-
ração de TCE, adote medidas administrativas internas para regularizar a situação ou ressarcir o
dano, conforme especificado em instrução normativa, observados os princípios norteadores dos
processos administrativos, em especial o da racionalidade administrativa, do devido pro-
cesso legal, da economia processual, da celeridade, da ampla defesa e do contraditório.
Esgotadas as medidas administrativas internas sem obtenção do ressarcimento pretendido,
a autoridade administrativa competente deve providenciar a imediata instauração de tomada de
contas especial. Considera-se instaurada a tomada de contas especial a partir da autuação de
processo específico, em atendimento a determinação da autoridade administrativa competente.
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A não adoção das providências para apuração dos fatos, identificação dos responsá-
veis, quantificação do dano e obtenção do ressarcimento é considerada grave infração à
norma legal, sujeitando a autoridade administrativa à responsabilização solidária pelo
dano ocorrido e às sanções cabíveis. Nesse caso, o Tribunal determinará a instauração
da respectiva TCE, fixando prazo para cumprimento dessa decisão.
1) relatório de gestão;
2) relatório do tomador de contas, quando couber;
3) relatório e certificado de auditoria, com o parecer do dirigente do órgão de con-
trole interno, que consignará qualquer irregularidade ou ilegalidade constatada,
indicando as medidas adotadas para corrigir as faltas encontradas, manifestan-
do-se sobre a eficácia e a eficiência da gestão orçamentária, financeira, contábil e
patrimonial;
4) pronunciamento do Secretário de Estado supervisor da área ou da autoridade
de nível hierárquico equivalente;
5) endereço do responsável, para efeito de comunicações que se tornarem neces-
sárias.
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CASO FORTUITO OU DE FORÇA MAIOR: Fato que não se pode prever ou evitar,
que foge às forças humanas ou às forças do devedor, impedindo e impossibilitando
o cumprimento da obrigação. O artigo 393 do Código Civil equipara o caso fortuito
ao de força maior, tornando insignificante a divergência de alguns autores quanto
ao significado de uma ou de outra expressão. Por isso, são tomadas como expres-
sões de mesmo significado.
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Com relação à existência ou não de débito, deve-se ter muito cuidado quanto às seguin-
tes regras, pois são muito cobradas em prova, a saber:
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• O TCDF deverá julgar as contas irregulares quando comprovada qualquer das seguin-
tes ocorrências: a) omissão no dever de prestar contas; b) prática de ato de gestão
ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal ou regulamentar de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial; c) dano ao erário decor-
rente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico; d) desfalque ou desvio de dinheiros,
bens ou valores públicos;
• O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no descumpri-
mento de determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita em processo de
tomada ou prestação de contas.
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Atenção para o que dispõe o § 4º do art. 205 do RI. Citado o responsável pela omissão
no dever de prestar contas, bem como instado a justificar essa omissão, a apresentação
posterior das contas, sem justificativa para a falta, não elidirá a respectiva irregularidade,
podendo o débito ser afastado caso a documentação comprobatória das despesas esteja de
acordo com as normas legais e regulamentares e demonstre a boa e regular aplicação dos
recursos, sem prejuízo de aplicação da multa prevista no inciso I do art. 272 do RI.
Os §§ 5º a 7º do art. 205 do RI estabelecem a consequência do julgamento das contas
pela irregularidade. Nas hipóteses de dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo
ao antieconômico e desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos, o Tribunal,
ao julgar irregulares as contas, fixará a responsabilidade solidária:
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O Tribunal pode decidir sobre essa mesma providência também nas demais hipóteses
de julgamento das contas irregulares:
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Se o responsável for servidor público distrital, este poderá providenciar junto ao órgão
ou à entidade em que esteja lotado o desconto mensal do valor devido em folha de paga-
mento, na forma da lei.
Provado o pagamento integral, o Tribunal expedirá quitação do débito ou da multa ao
responsável, desde que o processo não tenha sido remetido para cobrança judicial.
O pagamento integral do débito ou da multa não importa em modificação do julgamento
quanto à irregularidade das contas. Uma vez julgadas irregulares as contas, não muda essa
condição, mesmo que o responsável pague o débito e a multa!
Expirado o prazo, sem manifestação do responsável, o Tribunal:
O art. 218 do RI prevê que, para os fins previstos no art. 1º, I, ‘g’, e no art. 3º da Lei
Complementar n. 135, de 04/06/2010, o Tribunal, com a devida antecedência ou quando
solicitado, enviará ao Ministério Público Eleitoral, em tempo hábil, o nome dos responsáveis
cujas contas houverem sido julgadas irregulares nos oito anos imediatamente anteriores à
época em que forem realizadas eleições no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal
e dos municípios, não se aplicando o envio à Justiça Eleitoral aos processos em que houver
recurso com efeito suspensivo cuja admissibilidade tenha sido reconhecida pelo relator.
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Embora o caput do art. 70 fale apenas do Congresso Nacional, que possui a titularidade
do controle externo, a fiscalização é exercida com apoio do Tribunal de Contas da União, a
quem compete também a fiscalização e algumas atribuições privativas no exercício dessa
fiscalização, como a sua realização mediante auditorias e inspeções.
Logo, as cinco espécies de fiscalização (contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial) e os cinco aspectos a serem fiscalizados (legalidade, legitimidade, economi-
cidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas) competem de igual modo ao Sis-
tema de Controle Interno de cada Poder, ao Congresso Nacional e, em uma interpretação
extensiva, ao TCU, já que o art. 71 da CF estabelece o seu papel de auxiliar o Legislativo.
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Cabe notar a abrangência conferida pelo constituinte à fiscalização dos órgãos e enti-
dades estatais: transcende os aspectos de legalidade e não se restringe à despesa. A
fiscalização da gestão pública pode ser realizada de cinco modos: contábil, financeira, orça-
mentária, operacional e patrimonial.
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Outra diretriz importante é estabelecida no art. 226 do RI. A ação fiscalizadora do Tribu-
nal levará em conta o grau de confiabilidade do sistema de controle interno de cada Poder e
entidade. Significa dizer que o TCDF precisa avaliar a eficácia e o grau de confiabilidade do
controle interno implantado e mantido pelos administradores, para identificar riscos e, conse-
quentemente, priorizar em seu planejamento objetos que apresentem maiores riscos.
A fiscalização do TCDF pode ser por iniciativa própria ou por iniciativa da Câmara
Legislativa.
O Tribunal, no exercício de suas atribuições, poderá realizar, por iniciativa própria, ou
em decorrência de acordos de cooperação, fiscalizações nos órgãos e entidades sob sua
jurisdição, com vistas a verificar a legalidade, a economicidade, a legitimidade, a eficiência,
a eficácia e a efetividade de atos, contratos e fatos administrativos.
Quanto à fiscalização exercida por iniciativa da Câmara Legislativa, o art. 228 do RI lista
as seguintes hipóteses:
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O Tribunal não poderá atender solicitação isolada de parlamentar, a não ser que seja
previamente aprovada pela Mesa Diretora (§ 1º, art. 228). Os tribunais de contas recebem
muitas solicitações de auditorias por parte de parlamentares feitas de forma isolada, sem
serem aprovadas previamente pela respectiva comissão parlamentar ou pela Mesa Diretora.
Nos casos de pedidos isolados feitos por deputados distritais sem a aprovação da Mesa
Diretora da CLDF, o Tribunal não poderá admitir essas solicitações. Contudo, uma saída “ele-
gante” geralmente adotada pelos tribunais de contas é autuar o documento do parlamentar como
representação, desde que contenha suficientes indícios de irregularidades a serem apuradas.
O Plenário ou o relator não conhecerá de solicitações encaminhadas ao Tribunal por
quem não seja legitimado (§ 3º, art. 228). A seguir, você verá quem é legitimado para repre-
sentar ao TCDF.
Atenção para a regra estabelecida no § 4º do art. 228 do RI. Quando a solicitação da
CLDF implicar a realização de auditoria, o relator submeterá à deliberação do Plenário sua
inclusão no plano de fiscalização do Tribunal.
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Vale ressaltar que a denúncia e a representação são institutos similares, mas diferencia-
dos por particularidades significativas, em especial, os legitimados para apresentar um e outro.
As denúncias podem ser encaminhadas por qualquer cidadão, partido político, associação
ou sindicato. A lista é exaustiva. Por seu turno, representações serão encaminhadas por força
da lei, como no caso do art. 113, § 1º, da Lei de Licitações e Contratos (Lei n. 8.666/1993).
Além da diferença entre esses dois processos quanto aos legitimados, o processo de
denúncia tramita de forma sigilosa e é deliberado em sessão reservada, enquanto a tramita-
ção da representação é pública.
A denúncia será apurada em caráter sigiloso, até que sejam reunidas as provas
que indiquem a existência de irregularidade ou ilegalidade, ou seja, considerada proce-
dente. Somente poderá ser arquivada após efetuadas as diligências pertinentes, mediante
despacho fundamentado do relator.
Reunidas as provas que indiquem a existência de irregularidade ou ilegalidade, serão
públicos os demais atos do processo, assegurando-se aos acusados oportunidade de
ampla defesa.
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Repare que, diferentemente da denúncia, cuja lista é exaustiva, a lista dos legitimados
para representar não tem essa caraterística, posto que são legitimados outros órgãos, enti-
dades ou pessoas desde que detenham a prerrogativa de representação por força de suas
respectivas competências ou atribuições legais.
Da mesma forma das denúncias, as representações deverão atender, pelo menos, aos
seguintes pressupostos de admissibilidade:
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5.6.1 Levantamentos
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5.6.2 Auditorias
5.6.3 Inspeções
As inspeções possuem também três finalidades, sendo utilizadas pelo Tribunal para:
Chamo a sua atenção para um aspecto peculiar do RI do TCDF. Repare que, no TCDF,
a inspeção pode ser utilizada para verificar o cumprimento de suas deliberações. Na maioria
dos tribunais de contas do Brasil a inspeção não tem essa finalidade. O instrumento exclu-
sivo para que o Tribunal verifique o cumprimento de suas deliberações é o monitoramento.
No TCDF é diferente!
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Outro aspecto que pode ser explorado em prova é: as inspeções serão autorizadas ou
determinadas pelo Tribunal, presidente ou relator. Tal comando pode ser confundido com o
fato de que as inspeções também obedecerão a plano de fiscalização aprovado pelo Plená-
rio. Ora, o candidato mais afoito poderia concluir que, se as inspeções devem ser incluídas
no Plano aprovado pelo Plenário, somente podem ser autorizadas pelo Plenário. Não é ver-
dade! Segundo as normas do TCDF, podem ser autorizadas pelo presidente ou conselheiro
relator e depois incluídas no Plano de Fiscalização.
5.6.4 Acompanhamentos
• pela publicação nos órgãos oficiais e mediante consulta a sistemas informatizados ado-
tados pela administração pública distrital: a) da Lei do Plano Plurianual, da Lei de Dire-
trizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) da abertura de créditos
adicionais; b) dos editais de licitação, dos extratos de contratos e de convênios, acor-
dos, ajustes, termos de parceria ou outros instrumentos congêneres, bem como dos
atos sujeitos a registro;
• por meio de expedientes e documentos solicitados pelo Tribunal ou colocados à sua
disposição;
• por meio de visitas técnicas ou participações em eventos promovidos por órgãos e
entidades da administração pública;
• pelo acesso a informações publicadas em sítio eletrônico do órgão ou entidade.
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5.6.5 Monitoramentos
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OBRIGAÇÕES PRERROGATIVAS
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O Tribunal, quando for o caso, comunicará às autoridades competentes dos Poderes Legis-
lativo e Executivo o resultado das auditorias, inspeções e de outros procedimentos de fiscaliza-
ção que realizar, para a adoção de medidas corretivas das irregularidades e falhas apontadas.
Ao constatar indícios de crime de ação pública ou de atos de improbidade administra-
tiva, em processos que lhe forem submetidos, o Tribunal encaminhará à Procuradoria-Geral
de Justiça do Distrito Federal e Territórios cópias dos documentos necessários à instauração
de processo criminal.
Para assegurar a eficácia do controle e para instruir o julgamento das contas, o Tribunal
efetuará a fiscalização dos atos de que resulte receita ou despesa, praticados pelos respon-
sáveis sujeitos à sua jurisdição, competindo-lhe, para tanto, realizar fiscalizações, por meio
de levantamentos, auditorias, inspeções, acompanhamentos e monitoramentos, e fiscalizar,
na forma estabelecida no art. 252 do RI, a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo
Distrito Federal a qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado, mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres.
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• sobre fatos que possam resultar em decisão do Tribunal no sentido de desconstituir ato
ou processo administrativo ou alterar contrato em seu desfavor: determinará a oitiva
da entidade fiscalizada e do terceiro interessado para, no prazo de trinta dias,
manifestarem-se;
• se configurada a ocorrência de desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de
que resulte dano ao erário: ordenará, desde logo, a conversão do processo em
tomada de contas especial, salvo na hipótese prevista no art. 208 do RI-TCDF, que
possibilita o arquivamento do processo sem cancelamento do débito, a título de racio-
nalização administrativa e economia processual, e com o objetivo de evitar que o custo
da cobrança seja superior ao valor do ressarcimento.
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O esquema abaixo demonstra o passo a passo do que vimos acima, desde o momento
em que o TCDF verifica vício em ato ou contrato até a decisão quanto à sustação:
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Para o exercício da competência atribuída ao Tribunal, nos termos do inciso III do art. 71,
c/c o art. 75 da Constituição Federal e art. 78, III, da LODF, a autoridade administrativa respon-
sável por ato de admissão de pessoal ou de concessão de aposentadoria, reforma ou pensão,
a que se refere o artigo anterior, submeterá os dados e informações necessários ao respectivo
órgão de controle interno, que deverá emitir parecer sobre a legalidade dos referidos atos e
torná-los disponíveis à apreciação do Tribunal, na forma estabelecida em ato normativo.
O Tribunal determinará o registro dos atos que considerar legais e recusará o registro
dos atos considerados ilegais.
A decisão que considerar legal o ato e determinar o seu registro poderá ser revista de
ofício pelo Tribunal, com a oitiva do Ministério Público e do beneficiário do ato, no prazo de
até cinco anos da apreciação, se verificado que o ato viola a ordem jurídica, ou a qualquer
tempo, no caso de comprovada má-fé.
Identificada irregularidade em ato de concessão já cadastrado nos sistemas informa-
tizados do TCDF, poderá o Tribunal proceder ao exame do respectivo ato, dispensando a
manifestação do órgão de controle interno respectivo.
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Será considerado prejudicado, por inépcia, o ato de admissão ou concessão que apre-
sentar inconsistências nas informações prestadas pelo órgão de pessoal que impossibilitem
sua análise, devendo ser determinado o encaminhamento de novo ato, livre de falhas.
Quando o Tribunal considerar ilegal ato de admissão de pessoal, o órgão de origem
deverá, observada a legislação pertinente, adotar as medidas regularizadoras cabíveis,
fazendo cessar todo e qualquer pagamento decorrente do ato impugnado.
O responsável que injustificadamente deixar de adotar as medidas regularizadoras, no
prazo de trinta dias, contados da ciência da decisão deste Tribunal, ficará sujeito à multa e
à reparação do dano decorrente, conforme o caso.
Quando o ato de concessão de aposentadoria, reforma ou pensão for considerado
ilegal, o órgão de origem fará cessar o pagamento dos proventos ou benefícios no prazo de
trinta dias, contados da ciência da decisão do Tribunal, sob pena de responsabilidade solidá-
ria da autoridade administrativa omissa.
Recusado o registro do ato, por ser considerado ilegal, a autoridade administrativa res-
ponsável poderá emitir novo ato, se for o caso, escoimado das irregularidades verificadas.
O relator ou o Tribunal não conhecerá de requerimento que lhe seja diretamente diri-
gido por interessado na obtenção de quaisquer benefícios ou vantagens de caráter pessoal,
devendo a solicitação ser arquivada após comunicação ao requerente.
6. RECURSOS NO TCDF
A legitimidade para interpor recursos varia conforme o tipo de recurso, mas, como
regra, podem ser interpostos pelo responsável, pelo interessado e pelo Ministério Público
junto ao TCDF.
Responsável: é aquele que figura no processo em razão da utilização, arrecadação,
guarda, gerenciamento ou administração de dinheiros, bens ou valores públicos, ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
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Também é considerado responsável aquele que tenha dado causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao Erário.
Interessado: é aquele que, embora não se enquadre no conceito de responsável, é
titular de direito que pode vir a ser afetado pela decisão do processo. Para tanto, deverá
ter reconhecida, pelo relator ou pelo Tribunal, razão legítima para intervir na causa. Na fase
recursal, o interessado habilitado em etapa anterior deve novamente demonstrar a sua razão
legítima para intervir na causa a partir da decisão prolatada.
Sucessores dos responsáveis: também podem interpor recursos. Embora apenas os
dispositivos legais relacionados ao recurso de revisão prevejam expressamente essa pos-
sibilidade, ela decorre, quanto às demais espécies recursais, do disposto no art. 1.055 do
Código de Processo Civil, aplicável subsidiariamente aos processos de controle externo.
Representação por advogado: para interpor recursos no TCDF, não é necessário que
a parte ou o interessado esteja representado por advogado. Se desejar, pode constituir repre-
sentante, que não precisa ser advogado. Em qualquer caso, a juntada aos autos do instru-
mento de mandato é essencial para a atuação do procurador.
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6.5.1 Agravo
Efeito suspensivo: poderá ser conferido, a critério do relator do agravo, em função das
especificidades do caso.
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Cabimento: é cabível contra decisão definitiva do Tribunal. Conta com requisitos espe-
cíficos de admissibilidade, quais sejam:
Prazo e efeitos: o prazo para interposição é de cinco anos, contados a partir da data do
recebimento da notificação no correspondente endereço ou, se for o caso, da data de publi-
cação da decisão no Diário Oficial do DF. O recurso de revisão não tem efeito suspensivo.
Apresenta efeito expansivo objetivo, permitindo ao Tribunal que corrija “todo e qualquer erro
ou engano apurado”, mesmo os não especificamente impugnados no recurso, desde que
superada a etapa de admissibilidade.
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RELATOR/
TIPO PRAZO EFEITO SUSPENSIVO
PROCEDIMENTO
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Nos termos do art. 291 do RI, o Tribunal encaminhará à Câmara Legislativa, trimestral e
anualmente, relatório circunstanciado e demonstrativo das atividades internas e de controle
externo realizadas. No relatório anual, o Tribunal apresentará análise da evolução dos custos
de controle e de sua eficiência, eficácia e economicidade.
Conforme o art. 292 do RI, o Tribunal manterá as seguintes publicações periódicas:
I – Diário Oficial Eletrônico do Tribunal - DOe - TCDF;
II – Boletim Interno;
III – Revista do Tribunal de Contas do Distrito Federal;
IV – Regimento Interno.
O Tribunal poderá ter, ainda, outras publicações relativas às matérias de sua competência.
No começo de cada ano, desde que tenha havido anteriormente reforma regimental,
será republicado, na íntegra, o Regimento Interno.
O Boletim Interno é considerado órgão oficial, nos termos do art. 90 da Lei Complemen-
tar n. 01/1994.
A publicação no Diário Eletrônico substituirá qualquer outro meio e publicação oficial,
para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos expressamente estabelecidos em lei.
O ato que regulamentar o Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de Contas do Distrito
Federal será publicado no Diário Oficial do Distrito Federal pelo período de trinta dias, nos
termos do § 5º do art. 4º da Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006.
Conforme art. 293 do RI, todos os atos, os termos, os documentos, as comunicações
e as deliberações poderão ser produzidos, praticados, armazenados, transmitidos e assina-
dos em meio eletrônico, na forma de norma elaborada pelo Tribunal, atendidos os requisitos
previstos em lei.
O art. 294 do RI autoriza que o Tribunal de Contas firme acordo de cooperação e outros
instrumentos similares com o Tribunal de Contas da União, de estados e de municípios e enti-
dades congêneres internacionais, com outros órgãos e entidades da administração pública e,
ainda, com entidades civis nacionais e internacionais, objetivando o intercâmbio de informa-
ções que visem ao aperfeiçoamento dos sistemas de controle e de fiscalização, o treinamento
e o aperfeiçoamento de pessoal e o desenvolvimento de ações conjuntas de fiscalização.
Os acordos de cooperação aprovados pelo Plenário serão assinados pelo presidente do
Tribunal. O Plenário poderá delegar ao presidente a competência para aprovar os acordos de
cooperação de que trata o caput, nos termos e limites que estabelecer no ato de delegação.
Segundo o art. 295 do RI, o TCDF, para o exercício de sua competência institucional,
poderá requisitar aos órgãos e entidades distritais, sem quaisquer ônus, a prestação de ser-
viços técnicos especializados, a serem executados em prazo previamente estabelecido, sob
pena de aplicação da sanção prevista no art. 272 do Regimento.
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