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Regimento Interno

da Câmara dos
Deputados - Parte VI
Esquematizado
Professora: Cristiane Capita
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br

CÓDIGO:
2162023969

TIPO DE MATERIAL:
E-book

TÍTULO:
Regimento Interno da Câmara os Deputados – Parte VI

PROFESSORA:
Cristiane Capita

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
6/2023
Sumário

CRONOGRAMA..................................................................................................................4

INTRODUÇÃO....................................................................................................................7

RESOLUÇÃO N. 17, DE 1989............................................................................................9

CAPÍTULO I – DA INICIATIVA POPULAR DE LEI..........................................................11

CAPÍTULO II – DAS PETIÇÕES E REPRESENTAÇÕES E OUTRAS FORMAS

DE PARTICIPAÇÃO........................................................................................................13

CAPÍTULO III – DA AUDIÊNCIA PÚBLICA.....................................................................15

CAPÍTULO IV – DO CREDENCIAMENTO DE ENTIDADES E DA IMPRENSA.............17

TÍTULO IX – DA ADMINISTRAÇÃO E DA ECONOMIA INTERNA.................................18

CAPÍTULO I – DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS...................................................18

CAPÍTULO II – DA ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,

ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, OPERACIONAL E PATRIMONIAL...........................19

CAPÍTULO III – DA POLÍCIA DA CÂMARA....................................................................20

CAPÍTULO IV – DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA................................................22

CAPÍTULO V – DO SISTEMA DE CONSULTORIA E ASSESSORAMENTO.................22

TÍTULO X – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS......................................................................24

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................25
REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS – PARTE VI
Professora: Cristiane Capita

CRONOGRAMA

AULA ASSUNTOS
DA SEDE
DAS SESSÕES LEGISLATIVAS
DAS SESSÕES PREPARATÓRIAS; DA POSSE DOS DEPUTADOS; DA ELEIÇÃO DA
MESA
DOS LÍDERES
DOS BLOCOS PARLAMENTARES, DA MAIORIA E DA MINORIA
DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA: DISPOSIÇÕES GERAIS; DA PRESIDÊNCIA; DA
SECRETARIA
DO COLÉGIO DE LÍDERES
DA SECRETARIA DA MULHER
DA SECRETARIA DA PRIMEIRA INFÂNCIA, INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE
DA PROCURADORIA PARLAMENTAR
DA OUVIDORIA PARLAMENTAR
01 DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR
DA CORREGEDORIA PARLAMENTAR
DA SECRETARIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
DA SECRETARIA DE PARTICIPAÇÃO, INTERAÇÃO E MÍDIAS DIGITAIS
DA SECRETARIA DA TRANSPARÊNCIA
DAS COMISSÕES; DISPOSIÇÕES GERAIS
DAS COMISSÕES PERMANENTES; DA COMPOSIÇÃO E INSTALAÇÃO
DAS SUBCOMISSÕES E TURMAS
DAS MATÉRIAS OU ATIVIDADES DE COMPETÊNCIA DAS COMISSÕES
DAS COMISSÕES TEMPORÁRIAS
DAS COMISSÕES ESPECIAIS
DAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO
DAS COMISSÕES EXTERNAS

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REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS – PARTE VI
Professora: Cristiane Capita

DA PRESIDÊNCIA DAS COMISSÕES


DOS IMPEDIMENTOS E AUSÊNCIAS
DAS VAGAS
DAS REUNIÕES
DOS TRABALHOS; DA ORDEM DOS TRABALHOS; DOS PRAZOS DA
ADMISSIBILIDADE E DA APRECIAÇÃO DAS MATÉRIAS PELAS COMISSÕES
DA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
DA SECRETARIA E DAS ATAS
02 DO ASSESSORAMENTO LEGISLATIVO
DAS SESSÕES DA CÂMARA; DISPOSIÇÕES GERAIS
DAS SESSÕES PÚBLICAS; DO PEQUENO EXPEDIENTE; DA ORDEM DO DIA;
DO GRANDE EXPEDIENTE; DAS COMUNICAÇÕES DE LIDERANÇAS; DAS
COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES; DA COMISSÃO GERAL
DAS SESSÕES SECRETAS
DA INTERPRETAÇÃO E OBSERVÂNCIA DO REGIMENTO; DAS QUESTÕES DE
ORDEM; DAS RECLAMAÇÕES
DA ATA

DAS PROPOSIÇÕES; DISPOSIÇÕES GERAIS


DOS PROJETOS
DAS INDICAÇÕES
DOS REQUERIMENTOS; SUJEITOS A DESPACHO APENAS DO PRESIDENTE;
SUJEITOS A DESPACHO DO PRESIDENTE, OUVIDA A MESA; SUJEITOS À
DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO;
03 DAS EMENDAS
DOS PARECERES
DA APRECIAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES:
DA TRAMITAÇÃO
DO RECEBIMENTO E DA DISTRIBUIÇÃO DAS PROPOSIÇÕES
DA APRECIAÇÃO PRELIMINAR
DOS TURNOS A QUE ESTÃO SUJEITAS AS PROPOSIÇÕES

DO INTERSTÍCIO
DO REGIME DE TRAMITAÇÃO
DA URGÊNCIA; DISPOSIÇÕES GERAIS; DO REQUERIMENTO DE URGÊNCIA; DA
APRECIAÇÃO DE MATÉRIA URGENTE
DA PRIORIDADE
DA PREFERÊNCIA
DO DESTAQUE
04 DA PREJUDICIALIDADE
DA DISCUSSÃO; DISPOSIÇÕES GERAIS; DA INSCRIÇÃO E DO USO DA PALAVRA:
DA INSCRIÇÃO DE DEBATEDORES; DO USO DA PALAVRA; DO APARTE; DO
ADIAMENTO DA DISCUSSÃO; DO ENCERRAMENTO DA DISCUSSÃO; DA
PROPOSIÇÃO EMENDADA DURANTE A DISCUSSÃO
DA VOTAÇÃO; DISPOSIÇÕES GERAIS; DAS MODALIDADES E PROCESSOS DE
VOTAÇÃO; DO PROCESSAMENTO DA VOTAÇÃO; DO ENCAMINHAMENTO DA
VOTAÇÃO; DO ADIAMENTO DA VOTAÇÃO

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A REDAÇÃO DO VENCIDO, DA REDAÇÃO FINAL E DOS AUTÓGRAFOS


DAS MATÉRIAS SUJEITAS A DISPOSIÇÕES ESPECIAIS:
DA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO
DOS PROJETOS DE INICIATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA COM SOLICITAÇÃO
DE URGÊNCIA
DOS PROJETOS DE CÓDIGO
DOS PROJETOS DE CONSOLIDAÇÃO
DAS MATÉRIAS DE NATUREZA PERIÓDICA:
DOS PROJETOS DE FIXAÇÃO DA REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONGRESSO
NACIONAL, DO PRESIDENTE E DO VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA E DOS
MINISTROS DE ESTADO
05 DA TOMADA DE CONTAS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
DO REGIMENTO INTERNO
DA AUTORIZAÇÃO PARA INSTAURAÇÃO DE PROCESSO CRIMINAL CONTRA O
PRESIDENTE E O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA E OS MINISTROS DE ESTADO
DO PROCESSO NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE E DO
VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA E DE MINISTRO DE ESTADO
DO COMPARECIMENTO DE MINISTRO DE ESTADO
DA PARTICIPAÇÃO NA COMISSÃO REPRESENTATIVA DO CONGRESSO NACIONAL
E NO CONSELHO DA REPÚBLICA
DOS DEPUTADOS: DO EXERCÍCIO DO MANDATO; DA LICENÇA; DA VACÂNCIA; DA
CONVOCAÇÃO DE SUPLENTE; DO DECORO PARLAMENTAR
DA LICENÇA PARA INSTAURAÇÃO DE PROCESSO CRIMINAL CONTRA DEPUTADO

DA INICIATIVA POPULAR DE LEI


DAS PETIÇÕES E REPRESENTAÇÕES E OUTRAS FORMAS DE PARTICIPAÇÃO
DA AUDIÊNCIA PÚBLICA
DO CREDENCIAMENTO DE ENTIDADES E DA IMPRENSA
DA ADMINISTRAÇÃO E DA ECONOMIA INTERNA:
DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
06
DA ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA,
OPERACIONAL E PATRIMONIAL
DA POLÍCIA DA CÂMARA
DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
DO SISTEMA DE CONSULTORIA E ASSESSORAMENTO
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

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REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS – PARTE VI
Professora: Cristiane Capita

INTRODUÇÃO

É com grande satisfação que convido você para nossa última aula desta parte do nosso
estudo sobre o Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Nos nossos encontros anterio-
res, exploramos diversos assuntos fundamentais para compreender o funcionamento dessa
instituição.
Nesta aula, abordaremos temas como a participação da sociedade civil, destacando a
iniciativa popular de lei, um mecanismo que permite que os cidadãos proponham leis direta-
mente à Câmara. Além disso, discutiremos as petições, representações e outras formas de
participação, reconhecendo a importância de fortalecer os laços entre os representantes e a
população.
Também vamos explorar o tema das audiências públicas, que proporciona um espaço
de diálogo aberto e transparente entre os deputados e a sociedade, permitindo que diferen-
tes vozes sejam ouvidas e consideradas nas decisões legislativas.
Outros pontos a serem tratados são o credenciamento de entidades e da imprensa, a
administração interna, a fiscalização fiscal, orçamentária, financeira, operacional e patrimo-
nial, o sistema de consultoria e assessoramento, que fornece suporte aos deputados em
suas atividades legislativas, auxiliando-os a tomar decisões embasadas e eficazes. Também
trataremos sobre a Polícia da Câmara, que desempenha um papel crucial na manutenção da

Cristiane Capita
A Prof. Cristiane Capita é servidora do Ministério Público da União, lotada no Conselho Nacional do
Ministério Público-CNMP, bacharel em Direito e especialista em Direito Processual Civil.
Aprovada nos concursos do Ministério do Planejamento-MPOG, Secretaria de Estado de Educação do
DF /SEE-DF, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE e Ministério da Educação-MEC.
É professora do Gran e integrante dos Gran Experts, que é a equipe de especialistas em planejamento
de estudos e mentoria do Gran.
Em 2004, ela deu início à sua trajetória nos concursos públicos e, desde então, tem se dedicado incan-
savelmente a aprimorar um método de estudos, sempre ressaltando que a consistência é um funda-
mento para alcançar a aprovação.
Depois de acumular uma experiência valiosa ao longo de sua trajetória, ela optou por compartilhar seu
conhecimento e auxiliar outros estudantes em sua jornada em busca do sucesso.
No ano de 2018, com o intuito de expandir seu alcance e impactar um número ainda maior de pessoas,
criou o perfil @cris_capita/Probatus Mentoria, para concursos no Instagram. Nesse perfil, disponibiliza
uma série de informações, dicas e técnicas de estudo altamente eficientes, adquiridas através de sua
própria vivência e também em colaboração com pessoas experientes na área.
Como mentora de estudos, ela se dedica a auxiliar concurseiros em todas as etapas do processo pre-
paratório. Através de sessões personalizadas de mentoria, ela ajuda os alunos a estabelecer metas
claras e realistas, identificar suas áreas de maior dificuldade e criar um planejamento para otimizar seu
tempo de estudo e maximizar seu desempenho.
Além disso, oferece orientação individualizada sobre as melhores técnicas de estudo, métodos de
organização eficientes e táticas de resolução de exercícios, fornecendo ferramentas e recursos valio-
sos para que seus clientes alcancem uma preparação sólida e consistente.
Com um compromisso permanente com o sucesso de seus orientados, ela se esforça para cultivar um
ambiente de apoio e motivação, encorajando seus alunos a persistirem diante dos desafios e a acredi-
tarem em seu potencial para conquistar seus objetivos.
Por meio de seu trabalho como mentora e planejadora de estudos, busca capacitar e inspirar os estu-
dantes, ajudando-os a trilhar um caminho mais eficaz rumo à aprovação em concursos e, assim, alcan-
çar suas aspirações de carreira no serviço público.

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REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS – PARTE VI
Professora: Cristiane Capita

segurança no ambiente parlamentar, garantindo que as atividades legislativas tenham per-


missão de forma tranquila e segura.
Por fim, lembro que, após esta aula, daremos início ao estudo do Código de Ética e
Decoro Parlamentar, um tema muito relevante para a construção de um ambiente político
íntegro e respeitoso.
Espero sinceramente que você possa se juntar a nós nesta última aula desta etapa do
nosso estudo. Será uma oportunidade valiosa para aprofundar nosso conhecimento sobre
o Regimento Interno da Câmara dos Deputados e iniciar uma reflexão sobre os princípios
éticos que devem nortear o trabalho parlamentar, além de obter um excelente desempenho
na sua prova.
Fico no aguardo de sua presença e espero que aproveitemos juntos!

Vamos que vamos!

Bons estudos!

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RESOLUÇÃO N. 17, DE 1989

Aprova o Regimento Interno da Câmara

Com as alterações trazidas pela RESOLUÇÃO N. 2, DE 2011, que acrescenta o Capí-


tulo III-B ao Título II; altera o art. 180 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, apro-
vado pela Resolução n. 17, de 1989.
Atualizado até a Resolução n. 2, de 2023.

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DA PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL

Introdução

A participação da sociedade civil é um princípio fundamental na democracia, e a Câmara


dos Deputados reconhece sua importância ao dedicar um capítulo específico para tratar
desse assunto em seu Regimento Interno.
Nesse contexto, o Regimento estabelece o controle para garantir que a voz dos cida-
dãos seja ouvida e considerada no processo legislativo. Um dos pontos destacados é uma
iniciativa popular de lei, que permite que os cidadãos apresentem projetos de lei diretamente
à Câmara. Essa é uma maneira efetiva de empoderar a sociedade civil e fornecer a partici-
pação direta na formulação das leis que regem nossa sociedade.
Além disso, o Regimento Interno prevê a possibilidade de apresentação de petições
e representações pelos cidadãos, permitindo que suas demandas e preocupações sejam
formalmente encaminhadas aos deputados. Essa abertura para manifestação da sociedade
civil é um elemento crucial para a promoção de uma democracia inclusiva e responsiva.
Outra forma de participação destacada no Regimento é a realização de audiências
públicas. Por meio delas, os deputados têm a oportunidade de ouvir especialistas, represen-
tantes de entidades, organizações da sociedade civil e qualquer pessoa interessada em um
determinado assunto. As audiências públicas são espaços de diálogo e debate, que permi-
tem que diferentes perspectivas sejam consideradas antes da tomada de decisões.
Além disso, o Regimento prevê o credenciamento de entidades e da imprensa, reco-
nhecendo o papel fundamental que desempenham na divulgação das atividades parlamen-
tares e na garantia do acesso à informação para a sociedade. Isso reforça a importância da
liberdade de imprensa e da transparência nas ações parlamentares.
Em suma, o tema "Da Participação da Sociedade Civil", apresentado no Regimento
Interno da Câmara dos Deputados, reforça o compromisso em promover a transparência, a
participação cidadã e a responsabilidade democrática. Essas disposições buscam assegurar
que os interesses e as demandas dos cidadãos sejam levados em consideração nas deci-
sões legislativas, fortalecendo, assim, os fundamentos da democracia representativa.

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CAPÍTULO I

DA INICIATIVA POPULAR DE LEI

A iniciativa popular é um instrumento da democracia, previsto no artigo 14 da Constitui-


ção Federal de 1988, que possibilita à população dar início a um projeto de lei. Esse meca-
nismo fortalece a participação popular e a soberania do povo, ao permitir que os cidadãos
exerçam diretamente sua vontade política.
Conforme estabelecido no artigo 14, a soberania popular é exercida por meio do sufrá-
gio universal e do voto direto e secreto, com igual valor para todos. Além disso, a Constitui-
ção prevê que, nos termos da lei, a participação popular pode se dar por meio de plebiscitos,
referendos e iniciativa popular.
Dentre essas formas de participação, a iniciativa popular destaca-se como uma ferra-
menta que permite que a população se apresente diretamente à Câmara dos Deputados um
projeto de lei. Isso significa que, caso um número significativo de cidadãos concorde com
uma determinada proposta de lei, eles podem coletar assinaturas em apoio ao projeto e,
assim, levar a matéria ao Legislativo.
Assim, a iniciativa popular é uma das formas de o cidadão exercer a soberania popu-
lar. Ela é iniciada por meio da apresentação de um projeto de lei à Câmara dos Deputados,
desde que seja subscrito por um mínimo de um centésimo do eleitorado nacional, distribuído
por pelo menos cinco Estados, com não menos de três milésimos dos eleitores de cada um
desses Estados.
Essa exigência estabelece critérios quantitativos que devem ser atendidos para que a
iniciativa popular seja validada. É necessário que um número significativo de eleitores apoie
o projeto, de forma a garantir sua representatividade e demonstrar que há um amplo respaldo
popular à proposta.

Requisitos para Iniciativa Popular de Projeto de Lei


• Número mínimo de eleitores para assinatura: um centésimo do eleitorado nacional.

• Distribuição mínima por Estados: pelo menos cinco Estados.

•Número mínimo de eleitores em cada Estado: não menos de três milésimos dos
concorrentes de cada um.

E, além desses critérios, devem ser obedecidas algumas condições. Vejamos


quais são elas:

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I – a assinatura de cada eleitor deverá ser acompanhada de seu nome completo e


legível, endereço e dados identificadores de seu título eleitoral;

II – as listas de assinatura serão organizadas por Município e por Estado, Território


e Distrito Federal, em formulário padronizado pela Mesa da Câmara;

III – será lícito a entidade da sociedade civil patrocinar a apresentação de projeto de


lei de iniciativa popular, responsabilizando-se inclusive pela coleta das assinaturas;

IV – o projeto será instruído com documento hábil da Justiça Eleitoral quanto ao


contingente de eleitores alistados em cada Unidade da Federação, aceitando-se,
para esse fim, os dados referentes ao ano anterior, se não disponíveis outros mais
recentes;

V – o projeto será protocolizado perante a Secretaria-Geral da Mesa, que verificará


se foram cumpridas as exigências constitucionais para sua apresentação;

VI – o projeto de lei de iniciativa popular terá a mesma tramitação dos demais,


integrando a numeração geral das proposições;

VII – nas Comissões ou em Plenário, transformado em Comissão Geral, poderá usar


da palavra para discutir o projeto de lei, pelo prazo de vinte minutos, o primeiro
signatário, ou quem este tiver indicado quando da apresentação do projeto;

VIII – cada projeto de lei deverá circunscrever-se a um único assunto, podendo, caso
contrário, ser desdobrado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
em proposições autônomas, para tramitação em separado;

IX – não se rejeitará, liminarmente, projeto de lei de iniciativa popular por vícios de


linguagem, lapsos ou imperfeições de técnica legislativa, incumbindo à Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania escoimá-lo dos vícios formais para sua
regular tramitação;

X – a Mesa designará Deputado para exercer, em relação ao projeto de lei de


iniciativa popular, os poderes ou atribuições conferidos por este Regimento ao
Autor de proposição, devendo a escolha recair sobre quem tenha sido, com a sua
anuência, previamente indicado com essa finalidade pelo primeiro signatário do
projeto.

Sobre cada uma das condições:

• Cada eleitor que assina o projeto deve fornecer seu nome completo e legível, endereço
e dados identificadores do título eleitoral;
• As listas de assinatura devem ser organizadas pelo Município e pelo Estado, Território
e Distrito Federal, em um formulário diferenciado pela Mesa da Câmara;

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• É permitido que entidades da sociedade civil patrocinem a apresentação do projeto de


lei de iniciativa popular, inclusive sendo responsáveis ​​pela coleta das assinaturas;
• O projeto deve ser instruído com um documento válido da Justiça Eleitoral, que com-
prove o contingente de candidatos alistados em cada Unidade da Federação. Caso
não haja dados mais recentes disponíveis, podem ser utilizados os dados referentes ao
ano anterior;
• O projeto deve ser protocolizado perante a Secretaria-Geral da Mesa, que verificará se
todas as exigências constitucionais foram impostas para sua apresentação;
• O projeto de lei de iniciativa popular terá a mesma tramitação dos demais projetos, inte-
grando a numeração geral das proposições;
• Nas Comissões ou em Plenário, o primeiro signatário do projeto ou seu representante
designado poderá usar a palavra por vinte minutos para discutir o projeto de lei;
• Cada projeto de lei de iniciativa popular deve abordar apenas um único assunto. Caso
contrário, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania poderá desdobrá-lo em
proposições autônomas para tramitação separadas;
• Não será rejeitado liminarmente um projeto de lei de iniciativa popular por vícios de lin-
guagem, lapsos ou imperfeições de técnico legislativo. A Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania será responsável por controlar os vícios formais para permitir a
sua tramitação regular;
• A Mesa designará um deputado para exercer os poderes e atribuições conferidos pelo
Regimento ao autor de uma proposição em relação ao projeto de lei de iniciativa popu-
lar. Essa designação deve ser feita com a anuência do primeiro signatário do projeto.

CAPÍTULO II

DAS PETIÇÕES E REPRESENTAÇÕES E OUTRAS FORMAS DE PARTICIPAÇÃO

As petições, reclamações, representações ou queixas apresentadas por pessoas físi-


cas ou jurídicas contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas, ou impu-
tados a membros da Casa, serão recebidas e analisadas pela Ouvidoria Parlamentar, pelas
Comissões ou pela Mesa, conforme o caso, desde que atendam às seguintes condições:

• Devem ser encaminhadas por escrito ou por meio eletrônico, devidamente identificadas
em formulário próprio, ou por telefone, com a identificação do autor;
• O assunto abordado deve estar relacionado a uma matéria de competência da Câmara
dos Deputados.

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Outras formas pelas quais os cidadãos e as entidades da sociedade civil podem


participar dos trabalhos da Câmara dos Deputados

A participação da sociedade civil pode ser exercida de diferentes formas, incluindo o


oferecimento de sugestões de iniciativa legislativa, pareceres técnicos, exposições e pro-
postas provenientes de entidades científicas e culturais, bem como de qualquer uma das
entidades mencionadas na alínea a do inciso XII do art. 32. Essa participação é valorizada
e considerada importante para enriquecer o debate e promover uma legislação mais abran-
gente e representativa.

E da sugestão de iniciativa legislativa, poderão resultar pareceres favorável e con-


trário à sugestão. Como funcionará em cada caso?

Parecer Favorável à Sugestão de Iniciativa Legislativa

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