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CÓDIGO:
472023295
TIPO DE MATERIAL:
E-book
DATA DE APLICAÇÃO:
07/2023
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
07/2023
Sumário
2 – FORÇA DE TRABALHO...............................................................................................5
3– PIA E PINA.....................................................................................................................6
4– PEA E PNEA..................................................................................................................7
5 – SUBEMPREGO............................................................................................................11
6 – INDICADORES DO MERCADO...................................................................................12
8 – CAPITAL HUMANO......................................................................................................15
12 – SALÁRIOS DE EFICIÊNCIA......................................................................................27
RESUMÃO DE ECONOMIA DO TRABALHO PARA AFT
Conceitos Fundamentais
ECONOMIA DO TRABALHO
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
APRESENTAÇÃO
Tudo bem?
Espero que sim!
Passados 10 anos desde o último concurso para AFT, estamos com o edital em vias de
ser publicado.
Certamente, nesse período, pouca gente teve contato com a disciplina Economia do
Trabalho, o ramo da economia que estuda o funcionamento e a dinâmica do mercado de
trabalho, incluindo a influência dos aspectos macroeconômicos nesse mercado.
Como o aprendizado da nossa matéria é gradativo, mais lento que nas demais, exigindo
mais tempo e dedicação, este material foi elaborado com o objetivo de apresentar conceitos
fundamentais da disciplina, de modo que, aos poucos, você vá se familiarizando e memori-
zando termos que certamente aparecerão na sua prova.
Espero que o conteúdo seja útil para te auxiliar no processo de aprovação. Fico à dis-
posição, desde já, para sanar todas as dúvidas que eventualmente surgirem.
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RESUMÃO DE ECONOMIA DO TRABALHO PARA AFT
Conceitos Fundamentais
2 – FORÇA DE TRABALHO
FT = E + D
É importante destacar que uma pessoa empregada deve ser computada como uma
unidade da força de trabalho, independentemente da quantidade de horas que ela trabalhe
em um dia ou de quantos empregos essa pessoa tenha.
Vamos aproveitar para conhecer um indicador: a TPFT – Taxa de Participação da
Força de Trabalho.
A TPFT apresenta a razão entre a força de trabalho e a população total de uma cidade,
região, um estado ou país, ou seja, apresenta a taxa unitária ou percentual (se multiplicada
por 100) da Força de Trabalho (FT) em relação à População (P) em questão.
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Conceitos Fundamentais
TPFT = 𝐹𝑇 / 𝑃
Nessa toada, podemos ver que a TE – Taxa de Emprego – que representa percentual
da população que está empregada é:
TE = 𝐸 / 𝑃
TD = 𝐷 / 𝐹T
3– PIA E PINA
Falando de forma simples, PIA é a População em Idade Ativa. Na verdade, a PIA deve-
ria referir-se às pessoas com mais de 16 anos; no entanto, segundo o IBGE e o DIEESE,
a PIA incorpora as crianças de 14 anos, segmento com idade inferior à idade constitu-
cionalmente estipulada como mínima para trabalhar no país, e que até recentemente era
de 10 anos.
ATENÇÃO
Então, ao fato de que, aqui no Brasil, a idade ativa para efeito de mensuração da PIA
começa aos 14 anos.
Amigo(a), destaco que, embora exista pouco efeito quantitativo sobre os indicadores
globais, a inclusão deste segmento decorre da consideração de que a presença dessa par-
cela populacional no mercado de trabalho é resultado da própria realidade social do país.
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Conceitos Fundamentais
DICA
Para fins de prova de concurso, essas idades não são rigidamente definidas. Assim,
se a banca relacionar bônus demográfico com idades ligeiramente diferentes, como
14 a 62 anos, por exemplo, não está errado, desde que apresente aumento da PIA.
DICA
Chamo a atenção para o fato de que, se um aposentado decide procurar emprego
ou trabalhar, ele ingressa na PIA.
4– PEA E PNEA
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Conceitos Fundamentais
O PULO DO GATO
Fique ligado! Aqueles que sendo não remunerados se ocupam prestando ajuda a institui-
ções beneficentes por pelo menos 01 hora semanal, apesar de não realizarem trabalho,
segundo o conceito do item 3, são consideradas pessoas ocupadas (empregadas), perten-
centes à PEA.
DICA
Para o IBGE, não importa se a ocupação segue regras do mercado formal ou
informal, ou seja, os trabalhadores de ambos são indistintamente considerados
como ocupados.
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Conceitos Fundamentais
O PULO DO GATO
O fato de o indivíduo estar em idade ativa e/ou capacitado para trabalho não o torna mem-
bro da PEA, já que este em idade ativa e capacitado para trabalho pode não estar traba-
lhando nem procurando emprego, integrando, assim, a PNEA.
Na figura seguinte, temos uma segmentação de uma população total de 100.000 habi-
tantes de uma cidade hipotética.
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Conceitos Fundamentais
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Conceitos Fundamentais
DICA
Os inativos são aqueles pertencentes à PNEA, e não à PINA.
Chamo a sua atenção para a importância de não confundir também o inativo, indivíduo
pertencente à PNEA, com o desocupado, indivíduo pertencente à PEA.
Assim, a PNEA inclui aqueles que não trabalham e não buscam emprego (estudantes,
donas de casa, desalentados, presos, inválidos, “filhinho(a)s de papai” etc.) e aqueles que
exercem atividade não remunerada por menos de 01 hora na semana de referência.
DICA
As provas de concurso adoram a figura do desalentado!
Então, vamos conhecê-lo!
Os desalentados são aquelas pessoas que não possuem trabalho e que procuraram
trabalho por um tempo, mas que desistiram de procurar por não encontrar qualquer tipo de
trabalho; trabalho com remuneração adequada; ou trabalho de acordo com as suas qualifica-
ções, ficando, dessa forma, desestimuladas, desalentadas ou desencorajadas.
Em outras palavras, são pessoas marginalmente ligadas à PEA na semana de referên-
cia da pesquisa que procuraram trabalho ininterruptamente durante pelo menos seis meses,
contados até a data da última providência tomada para conseguir trabalho no período de
referência de 365 dias, tendo desistido por não encontrar.
ATENÇÃO
Para o IBGE, os desalentados não fazem parte da PEA, por não estarem mais pro-
curando emprego. Já para o DIEESE, os desalentados fazem parte da PEA, consti-
tuindo um tipo de desemprego denominado desemprego oculto pelo desalento. Para
fins de prova, vale, em regra, o entendimento do IBGE.
DICA
Os desalentados integram a PNEA, já que não estão mais buscando emprego.
5 – SUBEMPREGO
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Conceitos Fundamentais
6 – INDICADORES DO MERCADO
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Conceitos Fundamentais
Note que:
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Conceitos Fundamentais
Apresenta os indivíduos que têm capacidade para trabalhar, desejam trabalhar, buscam
trabalho, mas não encontram uma ocupação.
Quando a taxa de desemprego se situa em torno de 5%, o mercado de trabalho é con-
siderado rígido, indício de que os empregos são abundantes, de que é difícil para os empre-
gadores preencher as vagas e de que a maioria dos desempregados encontrará trabalho
rapidamente.
Por outro lado, quando a taxa de desemprego é mais alta – aproximadamente 7% ou
mais –, o mercado de trabalho é descrito como folgado, os trabalhadores são abundantes e
os empregos são relativamente fáceis de preencher pelos empregadores.
Aqui vale o mesmo raciocínio exposto quando estudamos a taxa de atividade.
A taxa de desocupação dos homens é menor do que a das mulheres; no entanto, com
o avanço econômico, a tendência é cada vez mais essa diferença diminuir. E a taxa de deso-
cupação dos adultos é menor do que a de jovens e idosos.
DICA
Atenção para não confundir taxa de desocupação com nível de desocupação.
A taxa de desocupação, o indicador mais importante, reflete o percentual de deso-
cupados em relação à PEA, enquanto o nível de desocupação reflete o percentual
de desocupados em relação à PIA.
Isso quer dizer que o nível de desocupação é sempre menor do que a taxa de deso-
cupação, já que a PEA é sempre menor do que a PIA.
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Conceitos Fundamentais
8 – CAPITAL HUMANO
Podemos notar que o investimento em capital humano seria uma série de habilitações
e conhecimentos que os trabalhadores “alugam” aos empregadores.
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Conceitos Fundamentais
Vamos imaginar um mercado de trabalho em que a oferta iguala a demanda por trabalho.
Até agora, nossa aula tem tratado tal situação como pleno emprego e tem implicado
que não há desemprego nesse caso. No entanto, essa afirmação não é inteiramente verda-
deira. Mesmo quando o mercado está em equilíbrio ou em situação de pleno emprego, ainda
haverá algum desemprego friccional (ou natural), já que algumas pessoas estarão “entre
empregos”, ou seja, estarão em trânsito de um emprego para outro.
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Conceitos Fundamentais
Nesse tipo de situação, a busca por emprego e o tempo gasto nessa atividade serão
a causa do desemprego friccional. Esse tipo de desemprego é inevitável em uma economia
que esteja sempre em transformação.
Podemos citar como exemplo a situação em que os tipos de bens exigidos pelas
empresas e pelas famílias variam ao longo do tempo.
Na medida em que a demanda por bens se modifica, o mesmo acontece com a
demanda pela mão de obra que produz esses bens.
A invenção do telefone celular, por exemplo, reduziu a demanda por “orelhões”,
e, por conseguinte, a demanda por mão de obra que produz esses equipamen-
tos. Ao mesmo tempo, isso aumentou a demanda por mão de obra na indústria de
celulares.
Note que leva algum tempo para que os trabalhadores e as empresas se adaptem a
essas mudanças na composição da demanda de bens. Perceba que a oferta de trabalho
continua igual à demanda. No entanto, haverá um grupo de trabalhadores desempregados
“entre empregos” e algumas firmas precisando desses trabalhadores. Enquanto eles não
“se acham”, haverá desemprego friccional.
Outra situação elucidativa é a de que os trabalhadores podem, também, deixar o
emprego para mudar de carreira, mudar para outra cidade ou, ainda, se ver repentinamente
sem emprego devido a falências.
Nessas situações, independentemente da causa, serão necessários tempo e esforço
para que o trabalhador encontre um novo emprego. Enquanto a oferta e a demanda de tra-
balho estiverem mudando, haverá desemprego friccional.
É importante ter em mente que o nível ou a quantidade deste desemprego friccional
dependerá dos fluxos de indivíduos que entram e saem do mercado de trabalho e da veloci-
dade com que as pessoas desempregadas encontram emprego.
Perceba que essa velocidade com que “pessoas e firmas se acham” pode ser influen-
ciada pelas políticas públicas.
Aqui se destacam dois tipos de políticas públicas e suas influências sobre o desem-
prego friccional: o seguro-desemprego e o serviço de informações.
1) Seguro-desemprego
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Conceitos Fundamentais
2) Serviço de informações
Amigo (a), observe que, caso o governo desenvolva agências de emprego que tenham
o objetivo de divulgar informações sobre vagas para empregos, com o fito de combinar tra-
balhadores e empregos com mais eficiência e rapidez, o desemprego friccional diminuirá.
DICA
Em suma, guarde o seguinte em relação às políticas públicas e ao desemprego
friccional: o seguro-desemprego aumenta o desemprego friccional, diferentemente
do aprimoramento do serviço de informações, que reduz o desemprego friccional.
Exemplo:
Vamos pensar no mercado de médicos e de dentistas.
Vamos supor que os salários no mercado de médicos são inflexíveis e que estes
são flexíveis no mercado de dentista.
Agora, suponha que, devido à crise no setor hospitalar, a demanda por médicos caia.
Nesse caso, se os salários desses empregados são inflexíveis no sentido de que
eles não podem diminuir (devido a cláusulas contratuais, sindicatos, normas sociais,
pressão dos trabalhadores etc.), haverá desemprego no mercado de médicos.
Se eles pudessem se tornar dentistas, sem custo, esses funcionários desemprega-
dos iriam mudar rapidamente para outros mercados, em que foi presumido que os
salários são flexíveis e que, por fim, todo o desemprego seria eliminado.
Mas não é isso que acontece. Em razão de os custos de ajustamento serem bas-
tante elevados e dos salários serem inflexíveis no mercado de médicos, haverá
desemprego estrutural nesse último mercado de trabalho.
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Conceitos Fundamentais
Mas não é isso que acontece no mundo real, pois, muitas vezes, os trabalhadores
desempregados aguardam por empregos em sua região de origem, em sua cidade natal.
Pense comigo que isso acontece por três motivos:
A) Os fluxos de informações são imperfeitos, de forma que os trabalhadores podem não
estar cientes de que existem empregos disponíveis em outras regiões distantes;
B) Os custos diretos (custos financeiros) de tal mobilidade geográfica são elevados a
ponto de desestimular a migração;
C) Os custos psicológicos da mobilidade geográfica também podem ser fatores impedi-
tivos da migração, já que família, amigos etc., precisam ser deixados para trás.
Vale dizer que os três fatores inibem a mobilidade geográfica e, de fato, podem fazer
com que muitos trabalhadores que se tornam desempregados após o fechamento ou falência
de empresas não demonstrem qualquer interesse em buscar empregos em outras regiões.
Concluindo, temos um caso de desemprego estrutural que, dessa vez, é decorrên-
cia direta do desequilíbrio geográfico e decorrência indireta da rigidez salarial, dos
fluxos imperfeitos de informações e dos custos da mobilidade geográfica.
DICA:
As políticas públicas, da mesma maneira que interferem no desemprego friccional,
também têm o poder de influenciar o nível do desemprego estrutural.
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Conceitos Fundamentais
ATENÇÃO
O PULO DO GATO
Podemos concluir que o desemprego que tem como origem a rigidez salarial deve
ser considerado um tipo de desemprego estrutural e que o desemprego causado
pela legislação do salário mínimo, pelo poder de monopólio dos sindicatos e pelos
salários de eficiência são tipos de desemprego estrutural, já que esses três fatores
são causadores de rigidez salarial.
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Conceitos Fundamentais
Nós sabemos que os empregados que trabalham em empresas de salários mais baixos
naturalmente desejam trabalhar nas empresas de salários mais altos.
Assim, esse anseio pode fazer com que alguns funcionários de empresas de baixos
salários saiam de seus empregos mal remunerados, e se “vinculem” ao setor de altos salá-
rios, “aguardando” que ocorram vagas de emprego.
Dessa maneira, ele ficará à espera de uma vaga no setor de altos salários, já que
sempre haverá uma rotatividade mínima nesse setor (mortes, aposentadorias, mudanças de
cidade etc.).
1. Saúde do trabalhador
É fato que trabalhadores melhor remunerados podem arcar com os custos de uma dieta
mais nutritiva, e trabalhadores melhor alimentados e saudáveis são mais produtivos.
Seria, sem dúvida, vantajoso para a empresa pagar salários acima do nível de equilíbrio
para manter a mão de obra em boas condições de saúde.
Note que isso é quase irrelevante para mercados de trabalho em que o salário de equi-
líbrio já é suficiente para se manter uma boa saúde.
2. Rotatividade do trabalhador
Via de regra, salários altos, coeteris paribus, reduzem a rotatividade da mão de obra.
Perceba que os trabalhadores deixam o emprego por muitas razões: mudança de car-
reira, cuidar da família, mudança de cidade, posições melhores em outras empresas etc.
Note, entretanto, que quanto melhor uma empresa remunera seus trabalhadores, maior
o incentivo para que eles permaneçam na empresa.
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Conceitos Fundamentais
Assim, por pagar um salário alto, uma empresa reduz a frequência com que seus empre-
gados pedem demissão, reduzindo, assim, o tempo gasto com contratação e treinamento de
novos trabalhadores.
Se uma empresa reduz seus salários, os melhores empregados podem aceitar empre-
gos em outros lugares, deixando a empresa com empregados não tão bons, que tenham
menos oportunidades alternativas.
Assim, essa opção desfavorável seria um exemplo de seleção adversa (a tendência de
que os trabalhadores melhor informados – nesse caso aqueles que têm consciência de suas
próprias oportunidades fora da empresa – se auto selecionem, de tal maneira que deixem em
desvantagem aqueles com menor nível de informação, a empresa).
4. Esforço do trabalhador
Aqui, os teóricos da economia dizem que é muito custoso para as empresas manterem
o constante monitoramento de seus empregados.
Além disso, tal monitoramento nem mesmo é possível, de forma que os próprios empre-
gados decidem o empenho que irão dedicar ao trabalho.
Os trabalhadores podem trabalhar com afinco ou podem se esquivar do esforço, cor-
rendo o risco de serem descobertos e demitidos. Essa possibilidade de os trabalhadores
“enrolarem” no trabalho é chamada de risco moral (a tendência de os trabalhadores se
comportarem de maneira inapropriada quando seus comportamentos não estão sendo moni-
torados de modo eficaz).
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Conceitos Fundamentais
Observe que a empresa pode reduzir o problema do risco moral pagando altos salários.
Quanto mais alto for o salário, maior será o custo da enrolação para o trabalhador no caso
de ele ser demitido.
DICA
Essas quatro teorias, apesar das pequenas diferenças, nos dizem que, uma vez
que a firma opera com maior eficiência no caso do pagamento de altos salários,
a empresa pode julgar lucrativo manter os salários acima do nível que equilibra
a oferta e a demanda. O resultado desse salário mais alto é mais desemprego
(desemprego estrutural e/ou de espera).
Mesmo quando a demanda iguala a oferta de mão de obra, ainda assim, há desem-
prego friccional e pode haver desemprego estrutural.
O primeiro surge devido ao dinamismo do mercado e ao período “entre empregos”,
enquanto o segundo surge devido a desequilíbrios geográficos ou ocupacionais na oferta e
na demanda, além da política de salário-mínimo, salários de eficiência e poder de monopólio
dos sindicatos.
Mas note que, quando acontece alguma flutuação na atividade econômica (um
“ciclo econômico”) que provoca redução, deficiência ou insuficiência na demanda
agregada da economia, e essa redução na demanda agregada da economia provoca
redução na demanda agregada pela mão de obra, nós temos o desemprego cíclico,
também chamado de desemprego por deficiência de demanda, por insuficiência de
demanda, desemprego conjuntural ou, ainda, desemprego keynesiano.
Sem dúvida, esse é um tipo de desemprego mais grave, merecendo, desse modo,
mais atenção por parte das autoridades.
Note que enquanto os desempregos friccional e estrutural são causados por fluxos
imperfeitos de informações ou desequilíbrios pontuais, o desemprego cíclico é provocado
pela queda no ritmo da atividade econômica.
Parte dos trabalhadores e da capacidade produtiva das empresas fica ociosa, ocasio-
nando perdas aos trabalhadores (através do desemprego) e aos empresários (através da
redução na produção).
É válido ressaltar mais uma vez que o desemprego ocorrerá em virtude da rigidez sala-
rial. Caso contrário, o mercado se ajustaria automaticamente e não haveria desemprego.
Vale abrir outro parêntese e dizer que, apesar de ter sido falado que a rigidez dos salá-
rios reais também é causadora do desemprego estrutural, as duas situações (desemprego
estrutural x desemprego cíclico) não se confundem.
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Já sabemos, mas vamos deixar destacado em nossas mentes que o desemprego estru-
tural, a demanda agregada por trabalho, é igual à oferta agregada de trabalho, mas, mesmo
assim, haverá desemprego estrutural devido a alguns desequilíbrios pontuais que, por sua
vez, têm suas raízes calcadas na rigidez salarial.
Também estamos cientes de que, no desemprego cíclico, a demanda agregada por tra-
balho é inferior à oferta agregada de trabalho, e a rigidez salarial é o mecanismo que impede
o ajuste automático entre demanda e oferta, causando, assim, desemprego cíclico/keyne-
siano/conjuntural.
Concluímos, portanto, que a rigidez salarial está presente nos vários tipos de
desemprego (desemprego estrutural, cíclico – e também no desemprego friccional),
mas as situações são diferentes, pois, no caso do desemprego cíclico, a demanda por
mão de obra é menor do que a oferta de mão de obra. Nos outros casos, a demanda é
igual à oferta, mas o desemprego é causado por desequilíbrios pontuais (geográfico,
ocupacional, fluxo imperfeito de informações etc.).
Uma pergunta que pode surgir é: por que os trabalhadores aceitam empregos em
setores em que eles já sabem antecipadamente que ficarão desempregados por
uma parte do ano?
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Conceitos Fundamentais
Na verdade, esse conceito apresenta várias definições, tiradas de vários livros diferen-
tes, e todas igualmente relevantes e com a mesma possibilidade de serem cobradas em prova.
O conceito mais simples nos diz que a taxa natural de desemprego corresponde à taxa
de desemprego em direção à qual a economia gravita no longo prazo, consideradas todas
as imperfeições do mercado de mão de obra que impedem os trabalhadores de encontrar
emprego instantaneamente.
Outro autor nos diz que a taxa natural de desemprego é sinônimo de taxa de desem-
prego de pleno emprego, no sentido de que é a taxa de desemprego em que as vagas de
emprego igualam o número de trabalhadores desempregados (haverá basicamente desem-
prego friccional).
Outra definição é a de que é a taxa de desemprego em que aumentos na demanda
agregada não causarão novas reduções no desemprego, ou, ainda, é a taxa de desem-
prego em que todo desemprego é voluntário (friccional e talvez sazonal).
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Existe, ainda, definição como sendo a taxa em que o nível de desemprego não muda
e em que tanto os fluxos rumo ao desemprego como sua duração são normais, ou seja, é a
taxa ao redor da qual a taxa de desemprego varia ao longo do tempo.
Na verdade, a conclusão que você deve guardar é de que a taxa natural de desem-
prego é a taxa condizente com a situação de pleno emprego prevalecente em tempos
“normais”.
DICA
É a relação existente entre a perda e a obtenção de trabalho que determina a taxa
natural de desemprego.
Nessa linha de raciocínio, note que a taxa natural de desemprego depende da taxa de
perda de emprego e da taxa de obtenção de emprego, ou seja, quanto mais alta for a taxa de
obtenção de emprego, menor será a taxa natural de desemprego e quanto mais alta a taxa
de perda de emprego, maior o desemprego natural.
A Taxa de Desemprego (TdD) é a razão entre os trabalhadores desempregados e o total
de trabalhadores:
TdD = D / L
o.D = p.E
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12 – SALÁRIOS DE EFICIÊNCIA
DICA
Associe, nessa situação, as palavras eficiência e produtividade.
Assim, quanto mais um trabalhador ganha, mais ele se empenha, mais ele produz.
Nessa toada, alguns empregadores pagam salários de eficiência a seus empregados,
no intuito de aumentarem seus lucros.
Esses empregadores sabem que os ganhos adicionais provenientes do pagamento
desses altos salários serão maiores que os custos adicionais, de forma que seus lucros serão
aumentados, apesar do aumento de custos em seu total.
O resultado dessa estratégia de utilização de salários de eficiência é a rigidez salarial
causada nesse mercado de trabalho; e, conforme já vimos, tal rigidez é causadora de desem-
prego estrutural.
Por outro lado, em contraste, o pagamento de salários de eficiência pode ocasionar
outro tipo de desemprego: o desemprego de espera.
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#VEM
SER
GRAN
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